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POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE/ LEGISLAÇÃO SUS

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988 - SEÇÃO III


● A saúde é elevada ao status de “direito social”. A Constituição tomou como base a noção de
conceito ampliado de saúde, que foi produzido pela VIII Conferência Nacional de Saúde.
● O tema aparece nos artigos 196-200, nos quais já faz menção a um “sistema único de saúde”,
delineando os princípios e diretrizes do SUS.

Artº 196 - Universalidade


● Saúde é direito de todos e dever do Estado, garantindo mediantes políticas sociais e
econômicas, que visa reduzir o risco de doenças e outros agravos.
● Objetiva o acesso UNIVERSAL e IGUALITÁRIO às ações e serviços para a sua promoção,
proteção e recuperação.

Artº 197 - Ações e Serviços de Saúde


● Ações e serviços de saúde são de relevância pública e cabe ao Poder Público regulamentar,
fiscalizar e controlar e cabe ao Estado (diretamente ou por terceiros) e iniciativas privadas
executar as ações e serviços.

Artº 198 - Diretrizes, Recurso Mínimo e ACS/ACE


● Diretrizes do SUS: descentralização, atendimento integral, participação da comunidade
(controle social) e regionalização e hierarquização.
● Aplicação de recurso mínimo: 15% da receita líquida da União, 12% da receita líquida do
Estado e 15% da receita líquida do Município.
● ACS/ACE: Admissão através de processo seletivo público, possui Piso Salarial Nacional e a
União deve prestar assistência financeira complementar aos estados e municípios.

Artº 199 - Iniciativa Privada


● A iniciativa privada é de caráter complementar, com preferência para entidades filantrópicas e
sem fins lucrativos.
● É vedada a destinação de recurso público para auxílio às instituições privadas com fins
lucrativos.
● Capital Estrangeiro: É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou capital
estrangeiro na assistência, salvo em casos previstos em lei. - ALTERAÇÃO NA LEI 8.080
QUE PERMITE.

Artº 200 - Competências do SUS


O SUS deve:
I. controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde e
participar da produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados e
outros insumos;
II. executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do
trabalhador;
III. ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde;
IV. participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico;
V. incrementar em sua área de atuação o desenvolvimento científico e tecnológico;
VI. fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem como
bebidas e águas para consumo humano;
VII. participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de
substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos;
VIII. colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.

SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE – SUS

Princípios e Diretrizes do SUS:


● Princípios doutrinários:
○ Universalidade
○ Integralidade
○ Equidade

● Princípios organizativos:
○ Participação popular
○ Regionalização → consórcios intermunicipais/articulação interfederativa - região de
saúde
○ Hierarquização → serviços com diferentes níveis de complexidade - redes
○ Descentralização → descentralizar poder, recursos e autonomia - municipalização
○ Resolutividade → capacidade de resolver até o seu nível de competência
○ Complementaridade do setor privado → prioridade para instituições filantrópicas e
sem fins lucrativos

Lei nº 8.080/90 - Lei Orgânica da Saúde


- Regula, em todo o país, as ações e serviços de saúde, executados isolada ou conjuntamente, em
caráter permanente ou eventual, por pessoas naturais ou jurídicas de direito público ou privado.

● Art. 3o Os níveis de saúde expressam a organização social e econômica do País, tendo a


saúde como determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o
saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, a atividade física, o
transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais.

● Art. 4º O conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por órgãos e instituições públicas
federais, estaduais e municipais, da Administração direta e indireta e das fundações mantidas
pelo Poder Público, constitui o Sistema Único de Saúde (SUS)

● Art. 5º - Objetivos do SUS:


I. a identificação e divulgação dos fatores condicionantes e determinantes da saúde;
II. a formulação de política de saúde destinada a promover, nos campos econômico e social, a
observância do disposto no § 1º do art. 2º desta lei;
III. a assistência às pessoas por intermédio de ações de promoção, proteção e recuperação da
saúde, com a realização integrada das ações assistenciais e das atividades preventivas.

● Art. 6º - Campo de atuação:


I. a execução de ações:
A. de vigilância sanitária - produção, circulação, fiscalização de bens e serviços;
B. de vigilância epidemiológica - prevenção e controle de doenças e agravos;
C. de saúde do trabalhador - promoção e proteção, além de recuperação e reabilitação da
saúde do trabalhador submetido a riscos e agravos advindos das condições de
trabalho;
D. de assistência terapêutica integral, inclusive farmacêutica;
II. a participação na formulação da política e na execução de ações de saneamento básico;
III. a ordenação da formação de recursos humanos na área de saúde;
IV. a vigilância nutricional e a orientação alimentar;
V. a colaboração na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho;
VI. a formulação da política de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos e outros insumos
de interesse para a saúde e a participação na sua produção;
VII. o controle e a fiscalização de serviços, produtos e substâncias de interesse para a saúde;
VIII. a fiscalização e a inspeção de alimentos, água e bebidas para consumo humano;
IX. a participação no controle e na fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de
substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos;
X. o incremento, em sua área de atuação, do desenvolvimento científico e tecnológico;
XI. a formulação e execução da política de sangue e seus derivados.

● Art. 7º - Princípios e diretrizes do SUS


I. universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de assistência;
II. integralidade de assistência, entendida como conjunto articulado e contínuo das ações e
serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os
níveis de complexidade do sistema;
III. preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física e moral;
IV. igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie;
V. direito à informação, às pessoas assistidas, sobre sua saúde;
VI. divulgação de informações quanto ao potencial dos serviços de saúde e a sua utilização pelo
usuário;
VII. utilização da epidemiologia para o estabelecimento de prioridades, a alocação de recursos e a
orientação programática;
VIII. participação da comunidade;
IX. descentralização político-administrativa, com direção única em cada esfera de governo:
A. ênfase na descentralização dos serviços para os municípios;
B. regionalização e hierarquização da rede de serviços de saúde;
X. integração em nível executivo das ações de saúde, meio ambiente e saneamento básico;
XI. conjugação dos recursos financeiros, tecnológicos, materiais e humanos da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios na prestação de serviços de assistência à saúde
da população;
XII. capacidade de resolução dos serviços em todos os níveis de assistência; e
XIII. organização dos serviços públicos de modo a evitar duplicidade de meios para fins idênticos.
XIV. organização de atendimento público específico e especializado para mulheres e vítimas de
violência doméstica em geral, que garanta, entre outros, atendimento, acompanhamento
psicológico e cirurgias plásticas reparadoras.
XV.
● Art. 8º - As ações e serviços de saúde, executados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), seja
diretamente ou mediante participação complementar da iniciativa privada, serão organizados
de forma regionalizada e hierarquizada em níveis de complexidade crescente.
● Art. 9º - A direção do Sistema Único de Saúde (SUS) é única, sendo exercida em cada esfera
de governo pelos seguintes órgãos:
I. no âmbito da União, pelo Ministério da Saúde - formulação de políticas e diretrizes e fomento
de programas;
II. o âmbito dos Estados e do Distrito Federal, pela respectiva Secretaria de Saúde ou órgão
equivalente - articular regiões, apoio técnico e financeiro dos municípios ;
III. no âmbito dos Municípios, pela respectiva Secretaria de Saúde ou órgão equivalente -
implementação de ações, controle e fiscalização.

Comissões Colegiados Instâncias de


Gestor
Intergestores Deliberativos participação

Conselho Conferência
União Ministério da Saúde CI Tripartite Nacional de Nacional de
Saúde (Conass) Saúde

Conselho Conferência
Estadual Secretarias estaduais CI Bipartite Estadual de Estadual de
Saúde Saúde

Conselho Conferência
Secretarias
Municipal CI Regional Municipal de Municipal de
municiapais
Saúde (Cosems) Saúde

● CAPÍTULO V - Subsistema de Atenção à Saúde Indígena


○ Caberá à União, com seus recursos próprios, financiar o Subsistema de Atenção à
Saúde Indígena.
○ Os Estados, Municípios, outras instituições governamentais e não-governamentais
poderão atuar complementarmente no custeio e execução das ações.
○ O SUS promoverá a articulação do Subsistema instituído por esta Lei com os órgãos
responsáveis pela Política Indígena do País.
○ .Dever-se-á obrigatoriamente levar em consideração a realidade local e as
especificidades da cultura dos povos indígenas e o modelo a ser adotado para a
atenção à saúde indígena, que se deve pautar por uma abordagem diferenciada e
global, contemplando os aspectos de assistência à saúde, saneamento básico, nutrição,
habitação, meio ambiente, demarcação de terras, educação sanitária e integração
institucional.
○ A União deverá integrar os sistemas de informação da rede do SUS com os dados do
Subsistema de Atenção à Saúde Indígena.
○ As populações indígenas terão direito a participar dos organismos colegiados de
formulação, acompanhamento e avaliação das políticas de saúde, tais como o
Conselho Nacional de Saúde e os Conselhos Estaduais e Municipais de Saúde,
quando for o caso.

● CAPÍTULO VI - Subsistema de Atendimento e Internação Domiciliar


○ Na modalidade de assistência de atendimento e internação domiciliares incluem-se,
principalmente, os procedimentos médicos, de enfermagem, fisioterapêuticos,
psicológicos e de assistência social, entre outros necessários ao cuidado integral dos
pacientes em seu domicílio.
○ O atendimento e a internação domiciliares serão realizados por equipes
multidisciplinares que atuarão nos níveis da medicina preventiva, terapêutica e
reabilitadora.
○ O atendimento e a internação domiciliares só poderão ser realizados por indicação
médica, com expressa concordância do paciente e de sua família.

● CAPÍTULO VII - Subsistema de Acompanhamento durante o trabalho de parto, parto,


pós-parto imediato.
○ Obrigados a permitir a presença, junto à parturiente, de 1 (um) acompanhante durante
todo o período de trabalho de parto, parto e pós-parto imediato.

● CAPÍTULO VIII - Assistência Terapêutica e da Incorporação de Tecnologia em Saúde


○ Dispensação de medicamentos e produtos de interesse para a saúde
○ Oferta de procedimentos terapêuticos, em regime domiciliar, ambulatorial e hospitalar
○ Produtos de interesse para a saúde: órteses, próteses, bolsas coletoras e equipamentos
médicos
○ Crianaçãp da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS -
CONITEC, que tem como missão assessorar o Ministério da Saúde nas atribuições
relativas à incorporação, exclusão ou alteração de tecnologias em saúde pelo SUS,
bem como na constituição ou alteração de Protocolos Clínicos e Diretrizes
Terapêuticas - PCDT.

Lei nº 8.142/90
- Complementa a Lei nº8.080 e dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do SUS e sobre
as transferências intergovernamentais de recursos financeiros.
- Controle Social ⇔ Participação da comunidade nas políticas públicas
- O SUS conta, em cada esfera de governo, sem prejuízo das funções do Poder Legislativo, com as
seguintes instâncias colegiadas:.

● Conferências de Saúde:
○ Ocorrem a cada quatro anos, contando com a representação dos vários segmentos
sociais (paritária), para avaliar a situação de saúde e propor diretrizes para a
formulação da política de saúde nos níveis correspondentes.
○ É convocado pelo Poder Executivo ou, extraordinariamente, por esta ou pelo
Conselho de Saúde.

● Conselhos de Saúde:
○ Atua na formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde na
instância correspondente, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros, cujas
decisões serão homologadas pelo chefe do poder legalmente constituído em cada
esfera do governo.
○ Os Conselhos de Saúde acompanham, fiscalizam e avaliam a implementação e
operacionalização das políticas públicas, planos e ações de saúde.
○ A existência do Conselho de Saúde é obrigatória para o município receber
financiamento federal.
○ O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS) e o Conselho Nacional de
Secretários Municipais de Saúde (CONASEMS) terão representação no Conselho
Nacional de Saúde (CNS).
○ Colegiado: composto por pessoas que representam diferentes grupos da sociedade,
sendo 50% delas representantes de usuários do SUS (composição paritária → 25%
trabalhadores e 25% governo e prestadores de serviço).
○ Permanente: tem sua existência garantida em qualquer circunstância. Para ser
extinto, será necessário uma lei.
○ Deliberativo: toma decisões que devem ser cumpridas pelo setor público.

OBS: A organização e as normas de funcionamento dos Conselhos e Conferências de Saúde são


definidas por regimento próprio.

Os Conselhos de Saúde NÃO são órgãos responsáveis pela gestão ou execução de serviços e, por
isso, não têm responsabilidade direta sobre a prestação de serviços de saúde.

● Para receber recursos federais, os estados deverão contar com:


I. Fundo de Saúde;
II. Conselho de Saúde, com composição paritária;
III. plano de saúde;
IV. relatórios de gestão;
V. contrapartida de recursos para a saúde no respectivo orçamento;
VI. Comissão de elaboração do Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS), previsto o prazo de
dois anos para sua implantação.

OBS: Os recursos do Fundo Nacional de Saúde (FNS) são repassados de forma regular e
automática para os municípios e estados (fundo a fundo), sendo 70% para os municípios e 30%
para os estados. Os municípios poderão estabelecer consórcio para execução de ações e serviços
de saúde, remanejando, entre si, parcelas de recursos.

DECRETO NO 7.508 DE 28 DE JUNHO DE 2011


- Regulamenta a Lei nº 8.080, para dispor sobre a organização do SUS, o planejamento da saúde, a
assistência à saúde e a articulação interfederativa.

Conceitos:
● Região de Saúde: espaço geográfico contínuo constituído por agrupamentos de municípios
limítrofes, delimitado a partir de identidades culturais, econômicas e sociais e de redes de
comunicação e infraestrutura de transportes compartilhados, com a finalidade de integrar a
organização, o planejamento e a execução de ações e serviços de saúde.
○ São instituídas pelo estado, em articulação com os municípios. Poderão ser instituídas
regiões interestaduais, compostas por municípios adjuntos, através da articulação
entre estados e municípios.
○ Deve conter, no mínimo, ações e serviços de: atenção primária; urgência e
emergência; atenção psicossocial; atenção ambulatorial e hospitalar especializada; e
vigilância em saúde.
● Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde (COAP): acordo de colaboração
firmado entre entes federativos com a finalidade de organizar e integrar as ações e serviços de
saúde na rede regionalizada e hierarquizada, com definição de responsabilidades, indicadores
e metas de saúde, critérios de avaliação de desempenho, recursos financeiros que serão
disponibilizados, forma de controle e fiscalização de sua execução e demais elementos
necessários à implementação integrada das ações e serviços de saúde.
● Comissões Intergestores: instâncias de pactuação consensual entre os entes federativos para
definição das regras da gestão compartilhada do SUS.
● Mapa de Saúde: descrição geográfica da distribuição de recursos humanos e de ações e
serviços de saúde ofertados pelo SUS e pela iniciativa privada, considerando-se a capacidade
instalada existente, os investimentos e o desempenho aferido a partir dos indicadores de saúde
do sistema. Ou seja, o que tem e em que situação.
● Portas de Entrada: serviços de atendimento inicial à saúde do usuário no SUS.
● Redes de Atenção à Saúde (RAS): conjunto de ações e serviços de saúde articulados em
níveis de complexidade crescente (AP é a principal porta de entrada do SUS), com finalidade
de garantir a integralidade da assistência à saúde.
○ São consideradas portas de entrada das RAS: atenção primária (principal -
coordenadora do cuidado e ordenadora nas redes), urgência e emergência, atenção
psicossocial, especiais de caso aberto (maternidade, CRAS, etc).
○ Os serviços de atenção hospitalar e ambulatorial especializados serão referenciados
pelas portas de entrada.
● Serviços Especiais de Acesso Aberto: serviços de saúde específicos para atendimento da
pessoa que, em razão de agravo ou de situação laboral, necessita de atendimento especial.
● Protocolo Clínico e Diretriz Terapêutica: documento que estabelece: critérios para o
diagnóstico da doença ou do agravo à saúde; o tratamento preconizado, com os medicamentos
e demais produtos apropriados; as posologias recomendadas; os mecanismos de controle
clínico; e o acompanhamento e a verificação dos resultados terapêuticos, a serem seguidos
pelos gestores do SUS.

Sobre o Planejamento em Saúde:


● O processo de planejamento será ascendente e integrado (hierarquização e regionalização), do
nível local até o federal.
● O planejamento é obrigatório para os entes públicos e será indutor de políticas para a
iniciativa privada.
● No planejamento, devem ser considerados os serviços e ações prestados pelas iniciativa
privada, de forma complementar ou não ao SUS, os quais deverão compor os Mapas da Saúde
regional, estadual e nacional.
● O planejamento em âmbito estadual deve ser realizado de maneira regionalizada, a partir das
necessidades dos municípios.
● Compete ao CIB, pactuar as etapas do processo e os prazos do planejamento municipal, em
consonância com os planejamentos estadual e nacional.

Outros conceitos:
● RENASES: Relação Nacional de Ações e Serviços de Saúde compreende todas as ações e os
serviços que o SUS oferece ao usuário para o atendimento da integralidade da assistência à
saúde.
● RENAME: Relação Nacional de Medicamentos Essenciais compreende a seleção e
padronização de medicamentos indicados para atendimento de doenças ou de agravos no
âmbito do SUS.

EVOLUÇÃO DAS POLÍTICAS DE SAÚDE NO BRASIL


1904 - Revolta da Vacina - Vacinação obrigatória da varíola (Oswaldo Cruz - convidado para
controlar a epidemia de febre amarela).
1917 - Reforma do porto de Santos (Saneamento do porto, pois os outros países não queria atracar no
Brasil - propósito econômico).
1923 - Lei Eloy Chaves - criação da CAP’s (embrião da lógica da previdência social no Brasil) -
gestão e financiamento pelo empregador e empregado.
1933 - Criação dos IAP’s (unificação das CAP’s) - divisão por categoria profissional e gestão
financeira passa a ser pelo governo (desvio de dinheiro).
1942 - I Conferência Nacional de Saúde e criação da SESP (saúde pública devido à 2ª guerra).
1953 - Criação do Ministério da Saúde.
1963 - III Conferência Nacional de Saúde e olhar para a municipalização.
1964 - Golpe Militar - retrocesso (centralização).
1966 - Unificação dos IAPs e criação do INPS.
1977 - INAMPS.
1978 - Alma-Ata (I Conferência Internacional de Cuidados Primários em Saúde) - impacto na
assistência do país .
1983/1984 - AIS (Ações Integrais em Saúde) - início da lógica descentralizadora
1986 - VIII Conferência Nacional de Saúde - participação da sociedade e ponto-chave para a
elaboração do SUS.
1987 - SUDS - descentralização por convênios.
1988 - Constituição Federal - SUS
1990 - Lei nº 8.080 e 8142/90
1991 - NOB e PACs
1992 - NOBS
1993 - Extinção do INAMPS e NOB 93
1994 - PSF
2003 - SAMU
2006 - Pacto pela Saúde
2009 - Regulamento do SUS
2011- Decreto 7.508 - retomar a narrativa de regionalização

Normas Operacionais Básicas (NOB):


- Pautaram-se no financiamento federal do SUS
● NOB 01/91:
○ Pretendia fazer um grande convênio, ignorando a CF 1988.
● NOB 01/92:
○ Grande avanço - autonomia estatais/municipais e descentralização.
○ Propôs instrumentos e procedimentos operacionais para ampliar e aprimorar a gestão
e estabeleceu condições de gestão incipiente, plena ou semiplena dos municípios.
● NOB 01/96:
○ Gestão Plena da Atenção Básica e Gestão Plena do Sistema Municipal.
○ Descentralização/municipalização
Normas Operacionais de Assistência à Saúde (NOAS):
- Promover maior equidade na alocação de recursos e no acesso da população às ações e serviços de
saúde em todos os níveis de atenção, sendo instituída pela regionalização como macroestratégia e
tendo como ponto relevante a elaboração do Plano Diretor de Regionalização.
● NOAS 2001/2002:
○ Qualificar a assistência e melhorar a resolutividade da AB.

Pacto pela Saúde - Portaria nº699/2006:


● Visou conter a crise do financiamento do SUS, definindo responsabilidades, metas sanitárias e
compromissos entre os gestores da saúde.
● Definidas as Diretrizes Operacionais dos Pactos pela Vida e de Gestão e instituída uma nova
forma de transferências de recursos federais, em Blocos de Financiamento.
● Blocos de Financiamento:
○ Atenção Básica
○ Atenção de Média e Alta Complexidade Ambulatorial e Hospitalar
○ Vigilância em Saúde
○ Assistência Farmacêutica
○ Gestão do SUS
● Reforçou a importância dos instrumentos de gestão.
○ Pacto pela Vida: propõe metas sanitárias de acordo com as especificidades de cada
município/estado e com as possibilidades financeiras.
○ Pacto pela Defesa do SUS: buscou fortalecer o debate sobre o próprio SUS,
resgatando os princípios doutrinários do Movimento da Reforma Sanitária e os
direitos adquiridos a partir da CF 1988.
○ Pacto de Gestão: busca fortalecer a gestão compartilhada do SUS, dando maior
autonomia e responsabilidade a cada esfera de governo.

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