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LEI Nº 8.080/90

Dispõe: condições para promoção, proteção e recuperação da saúde, além da


organização e funcionamento dos serviços.
Art. 2º - a saúde é um direito fundamental e deve ser garantido pelo Estado;
- formulação de políticas econômicas e sociais para reduzir os riscos de doenças
e outros agravos.
Art. 3º - os níveis de saúde expressam a organização social e econômica do país.
Condicionantes e determinantes de saúde: garantir às pessoas e a coletividade
condições de bem-estar, físico, mental e social.

OBJETIVOS DO SUS
I. Identificação e divulgação dos determinantes e condicionantes de saúde;
II. Formulação de políticas de saúde para promover no campo econômico e social
para reduzir os riscos de doenças e outros agravos;
III. Assistência às pessoas por intermédio de ações de promoção, proteção e
recuperação da saúde.

ATUAÇÃO DO SUS
I. Vigilância sanitária: conjunto de ações para eliminar, diminuir ou prevenir
riscos à saúde.
II. Vigilância epidemiológica: conjunto de ações que proporcionam:
conhecimento, detecção ou prevenção de qualquer mudança nos condicionantes
e determinantes de saúde com a finalidade de adotar as medidas de prevenção e
controle das doenças e outros agravos.
III. Saúde do trabalhador: conjunto de atividades destinadas através de ações de
vigilância sanitária e epidemiológica à promoção, proteção, recuperação e
reabilitação da saúde do trabalhador.
IV. Assistência terapêutica integral
V. Farmacêutica
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PRINCÍPIOS E DIRETRIZES DO SUS


I. Universalidade de acesso;
II. Integralidade de assistência;
III. Preservação da autonomia das pessoas;
IV. Igualdade da assistência à saúde;
V. Direito à informação;
VI. Divulgação da informação;
VII. Utilização da epidemiologia;
VIII. Participação da comunidade;
IX. Descentralização político administrativa;
X. Integração das ações em saúde;
XI. Conjugação dos recursos;
XII. Capacidade de resolução dos serviços;
XIII. Organização dos serviços;
XIV. Atendimento as mulheres vítimas de violência doméstica em geral.

ORGANIZAÇÃO DO SUS
De forma regionalizada e hierarquizada em níveis de complexidade crescente.

DIREÇÃO E GESTÃO DO SUS


Única, exercida em cada esfera do governo.
I. União – Ministério da Saúde;
II. Estados e DF – Secretaria de Saúde;
III. Municípios – Secretaria de Saúde.
Os municípios poderão constituir consórcios para desenvolverem ações e serviços de
saúde.

COMISSÕES DO SUS
Intersetoriais: âmbito nacional subordinadas ao Conselho Nacional de Saúde – CNS.
Finalidade: articular políticas e programas de saúde.

Intergestores Bipartite e Tripartite CIB e CIT: são foros de negociação e pactuação


entre gestores.
Atuação:
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I. Decidir sobre os aspectos operacionais, financeiros e administrativos da gestão


compartilhada do SUS;
II. Definir diretrizes a respeito da organização das redes de ações e serviços de
saúde;
III. Fixar diretrizes sobre as regiões de saúde, distritos sanitários, integração de
territórios, referência e contrareferência.

RECURSOS
Provenientes da seguridade social.

GESTÃO FINANCEIRA
Recursos financeiros depositados em conta especial em cada esfera sob fiscalização dos
respectivos conselhos de saúde.
Estabelecimentos dos valores para transferência;
I. Perfil demográfico;
II. Perfil epidemiológico;
III. Características quanti/quali da rede de saúde;
IV. Desempenho técnico, econômico e financeiro no período anterior;
V. Participação do setor saúde nos orçamentos estaduais e municipais;
VI. Previsão do plano quinquenal;
VII. Ressarcimento do atendimento a serviço prestados para outras esferas do
governo.

PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO
Planos de saúde: municípios, estados, DF e união serão a base das atividades e
programações;
É vedada a transferência de recursos para o financiamento de ações não previstas nos
planos de saúde, exceto em situações emergências e/ou de calamidade pública na área
de saúde.
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LEI Nº 8.142/90
Dispõe: participação da comunidade na Gestão do SUS e sobre as transferências
intergovernamentais de recursos.
O SUS contará em cada esfera do governo com as sgui9ntes instancias colegiadas:
Conferencia de saúde: reúnem-se a cada 4 anos, representado por vários segmentos
sociais para avaliar a situação de saúde e propor diretrizes para a formulação da política
de saúde.
Conselho de saúde: caráter permanente e deliberativo, órgão colegiado composto por
representantes do governo, prestadores de serviço, profissionais de saúde e usuários,
atua na formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde.
A representação dos usuários nos conselhos de saúde é paritária (50%).

Para receberem os recursos os Municípios, Estrados e DF deverão ter:


I. Fundo de saúde;
II. Conselho de saúde;
III. Plano de saúde;
IV. Relatório de gestão;
V. Contrapartida de recursos para à saúde no respectivo orçamento;
VI. Comissão de elaboração do PCCS.

DECRETO Nº 1.232/94
Dispõe: condição e a forma de repasse regular e automático dos recursos do FNS para
os fundos de saúde Municipais, Estaduais e do DF.
Art. 1º - os recursos do orçamento da seguridade social alocados no FNS é destinado à
cobertura dos serviços e ações de saúde;
Enquanto não forem estabelecidos as características epidemiológicas e de organização
dos serviços assistenciais e as diretrizes dos planos de saúde. A distribuição dos
recursos será feita segundo o quociente de sua divisão pelo número de habitantes
(IBGE).
Art. 2º - a transferência condicionada a existência de fundo de saúde e apresentação de
plano de saúde aprovado pelo conselho de saúde.
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Art. 4º - é vedada a transferência de recursos para ações não previstas nos planos de
saúde, exceto em situações emergências e/ou de calamidade pública na área da saúde.
Art. 5º - o MS acompanhará a aplicação dos recursos com base nos relatórios de gestão.

PORTARIA Nº 3.916/98
Dispõe: política de medicamentos.
Propósito de garantir a necessária segurança, eficácia e qualidade destes produtos, a
promoção do uso racional e o acesso da população àqueles considerados essenciais.

Diretrizes:
I. Estabelecimento da relação de medicamentes essenciais;
II. Reorientação da assistência farmacêutica;
III. Estímulo à produção de medicamentos; e
IV. Regulamentação sanitária.
Criação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA para garantir
condições para a segurança e qualidade dos medicamentos consumidos no país.

PORTARIA Nº 1.101/02
Dispõe: cobertura assistencial do SUS.
Descentralização das ações e serviços de saúde para estados e municípios requer a
elaboração da programação pactuada e integrada entre gestores (PPI);
A necessidade da revisão dos parâmetros assistenciais no SUS de mais de 20 anos face
aos avanços;
Necessidade de estabelecer parâmetros como instrumentos de planejamento, controle,
regulação e avaliação do SUS.
Art. 1º - estabelecer parâmetros de cobertura assistencial do SUS. Técnicas ideais de
referência para orientação aos gestores do SUS.
Art. 2 – atribuir à secretaria de assistência à saúde pela revisão periódica dos
parâmetros estabelecidos.
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PARAMETROS ASSISTENCIAIS DO SUS


Orientar os gestores no aperfeiçoamento da gestão do SUS:
I. Necessidade da oferta de serviços;
II. Elaboração da PPI;
III. Acompanhamento, controle, avaliação do SUS.

Para a elaboração dos parâmetros foram considerados:


I. Parâmetros assistências, internacionalmente aceitos (OMS, OPAS);
II. Estatísticas de atendimento por especialidade dos últimos 3 anos.

Parâmetros assistências:
I. Cobertura: estimar as necessidades de atendimento a uma determinada
população em determinado período.
II. Produtividade: estimar a capacidade de produção dos recursos, equipamentos e
serviços da assistência à saúde.
Os parâmetros de cobertura assistencial, alguns foram calculados com base na
população e outros se derivam de um procedimento ou ato profissional.
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PORTARIA Nº 399 e 648/06


Dispõe: pacto pela saúde 2006 – consolidação do SUS – diretrizes operacionais do
referido pacto.
Dispõe: custeio de saúde de responsabilidade das 3 esferas de gestão do SUS.
Art. 1 – divulgação do pacto pela saúde - 2006.
Art. 2º - aprova as diretrizes operacionais com seus 3 componentes – pacto pela vida,
em defesa do USS e de gestão.

PACTO PELA SAÚDE – 2006


Compromisso dos gestores em superar as dificuldades, anualmente revisado com base
nos princípios constitucionais do SUS com ênfase nas necessidades de saúde integrada
nos 3 componentes.

PACTO PELA VIDA


Conjunto de compromissos sanitários derivados da análise da situação de saúde do país
e das prioridades definidas pelos governos.
Ação prioritária no campo d saúde com foco em resultados.
Prioridades:
I. Saúde do idoso;
II. Câncer de colo de útero e de mama;
III. Mortalidade infantil;
IV. Doenças emergentes e endemias – DEngue, HANseníase, TUberculose, MAlária
e INfluenza. DEHANTUMAIN.
V. Promoção da saúde;
VI. Atenção básica à saúde.

PACTO EM DEFESA DO SUS


Ações concretas e articuladas pelas 3 instancias federativas para reforçar o SUS como
política de Estado;
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Estratégia de mobilização social com financiamento público da saúde como um dos


pontos centrais.
Prioridades:
I. Implantar um projeto permanente de mobilização social com a finalidade: saúde
com direito de todos e o SUS para garantir;
II. Elaborar e divulgar a carta dos direitos dos usuários do SUS;
PACTO DE GESTÃO DO SUS
Estabelecer as responsabilidades de cada ente federado, fortalecendo a gestão
compartilhada e solidária do SUS, respeitando as singularidades regionais.
Estruturando as regiões sanitárias e instituindo colegiados de gestão regional.
Prioridades:
I. Definir a responsabilidade sanitária de cada instancia gestora do SUS;
II. Estabelecer as diretrizes para a gestão do SUS: descentralização, regionalização,
financiamento, programação pactuada e integrada.
Financiamento:
I. Responsabilidade das 3 esferas de gestão;
II. Repasse fundo a fundo;
III. Transferência em blocos de recursos.
Blocos de financiamento:
I. Atenção básica;
II. Atenção de média e alta complexidade;
III. Vigilância em saúde;
IV. Assistência farmacêutica;
V. Gestão do SUS;
VI. Bloco de financiamento para atenção básica.

I Atenção Básica – divido em 2 blocos.


PAB fixo – custeio de ações de atenção básica em saúde com transferência mensal,
regular, automática e fundo a fundo.
PAB variável – custeio de estratégias especificas desenvolvidas no âmbito da atenção
básica em saúde:
I. Saúde da família;
II. Agente comunitário de saúde;
III. Saúde bucal;
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IV. Especificidades regionais;


V. Atenção básica aos povos indígenas;
VI. Saúde do sistema penitenciário.
O município deve aderir e implementar tais estratégias específicas e devem constar no
seu plano municipal de saúde;
II - Atenção de média e alta complexidade – 2 componentes – MAC e FAEC
I. Componente limite financeiro da Média e Alta Complexidade ambulatorial e
hospitalar – MAC;
Serviços abarcados pelo MAC:
1. Centro de Especialidades Odontológicas – CEO;
2. Laboratório de prótese dentária;
3. Serviço de atendimento móvel de urgência – SAMU;
4. Centro de Referência em Saúde do Trabalhador – SEREST;
5. Hospitais de pequeno porte;
6. Incentivo de Integração do SUS – INTEGRASUS;
7. Fator de Incentivo ao Desenvolvimento do Ensino e Pesquisa Universitária em
Saúda – FIDEPS;
8. Programa de Incentivo de Assistência à População Indígena – IAPÍ;
9. Outros.
II. Componente Fundo de Ações Estratégicas e Compensação – FAEC.
Serviços abarcados pelo FAEC:
1. Procedimentos regulados pela Central Nacional de Regulação da Alta
Complexidade – CNRAC;
2. Transplantes;
3. Ações estratégicas ou emergenciais;
4. Novos procedimentos – custeados pelo FAEC – 6 meses – para agregar ao
MAC.
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PORTARIA Nº 648/06
Dispõe: Política Nacional de Atenção Básica – PNAB, organização da atenção básica
para o PSF e PACS.
Transformação do PSF para abrangência nacional;
Desfragmentação do financiamento da atenção básica;
A secretaria de atenção à saúde do ministério da saúde (SAS/MS) – publicará manuais e
guias de orientação.

ATENÇÃO BÁSICA
Conjunto de ações de saúde que abrange a promoção, proteção, prevenção de agravos,
diagnóstico, tratamento, reabilitação e a manutenção da saúde.
Desenvolvida por meio do exercício de práticas gerenciais e sanitárias democráticas e
participativas do trabalho em equipe dirigidas em territórios delimitados.
PRINCÍPIOS
I. Universalidade;
II. Acessibilidade;
III. Coordenação do cuidado;
IV. Vínculo;
V. Continuidade;
VI. Integralidade;
VII. Responsabilização;
VIII. Humanização;
IX. Equipe;
X. Participação social.
A saúde da família como estratégia prioritária.
FUNDAMENTOS
I. Acesso universal e contínuo (porta de entrada);
II. Integralidade das ações;
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III. Desenvolver relações de vínculo e responsabilização entre a equipe e a


população;
IV. Valorizar os profissionais;
V. Avaliar resultados;
VI. Participação popular e o controle social.

PORTARIA Nº 699/06
Dispõe: regulamenta as diretrizes operacionais dos pactos pela vida e de gestão.
Pactuadas na Comissão Intergestora Tripartite – CIT;
Art. 2º - estabelece as responsabilidades sanitárias e atribuições do respectivo gestor, as
metas e objetivos do pacto pela vida, os indicadores de monitoramento serão afirmadas
pelo Termo de Compromisso de gestão – TCG (Municipal, Estadual e DF).
3 ANEXOS DE TCG:

I. TERMO DE COOPERAÇÃO ENTRE ENTES PÚBLICOS


Destinado à formulação da relação entre gestores quando, unidades públicas
prestadoras de serviço situadas no território de um município, estão sob gestão
de outra.
As unidades receberão recurso de custeio correspondente à realização das metas
pactuadas no plano operativo do acordo.
II. DECLARAÇÃO DA CIB DE COMANDO ÚNICO DO SISTEMA PELO
GESTOR MUNICIPAL
Explicita a gestão dos estabelecimentos de saúde situados no território de um
determinado município.
III. TERMO D LIMITE FINANCEIRO GLOBAL DO MUNICÍPIO, ESTADO E
DF.
Refere-se aos recursos federais de custeio explicitando o valor correspondente a
cada bloco (PAB FIXO, PAB VARIÁVEL).
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PORTARIA Nº 3.085/06
Dispõe: regulamenta o sistema de planejamento do SUS.
OBJETIVOS
I. Pactuar diretrizes gerais e os instrumentos a serem adotados pelas 3 esferas de
gestão;
II. Formular metodologias e modelos básicos dos instrumentos de planejamento,
monitoramento e avaliação do SUS;
III. Implementar e difundir uma cultura de planejamento e qualificar as ações do
SUS;
IV. Desenvolver e implementar uma rede de cooperação entre os 3 entes federados;
V. Avaliação periódica à situação de saúde da população e ao funcionamento do
SUS;
VI. Capacitação contínua dos profissionais do SUS;
VII. Monitorar e avaliar o planejamento das ações, resultados do SUS.

INSTRUMENTOS BÁSICOS DO SISTEMA DE PLANEJAMENTO DO SUS


I. Plano de saúde: norteia a programação anual das ações e serviços de saúde,
assim como da gestão do SUS.
II. Relatório de gestão: apresenta os resultados alcançados e orienta
redirecionamento necessários.

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