Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ESQUIZOFRENIA
O diagnóstico de Esquizofrenia sofreu alterações na nova versão do DSM-V. O critério
que define a sintomatologia característica (Critério A) continua requerendo a presença de,
no mínimo, dois dos cinco sintomas para ser preenchido, mas a atual versão exige que, ao
menos um deles, seja positivo (delírios, alucinações ou discurso desorganizado).
O DSM-V, praticamente, alterou tudo o que se sabia anteriormente com relação à esqui-
zofrenia. Sobre isso, o Critério A descreve as principais características e o tempo que cada
característica deve apresentar diante do quadro. Na esquizofrenia, existe uma peculiaridade
bastante interessante que são os sintomas positivos e os sintomas negativos. Dentro dos sin-
tomas positivos, estão as situações que, antes, não estavam presentes na vida do indivíduo
e que, a partir desse momento, passam a existir. Os principais sintomas positivos são delírios
e alucinações. Já os sintomas negativos são características que, antes, existiam no indivíduo
e que deixam de existir.
Embora os sintomas listados sejam os mesmos, o DSM-V permitia que o Critério A fosse
preenchido com apenas um sintoma nos casos de delírios bizarros ou alucinações auditivas
de primeira ordem (ex.: vozes conversando entre si).
Nesse sentido, é essencial destacar que existem situações culturais que são extrema-
mente comuns para determinadas civilizações, são completamente tratadas como bizarras
para outras comunidades. Por exemplo, durante a pandemia, surgiu uma hipótese com rela-
ção à Covid-19, na qual, em Wuhan, na China, uma feira vendia vários animais, inclusive
cães, gatos e sapos, bem como outros animais tido como bizarros dentro da gastronomia
ocidental. Portanto, situações que permeiam a questão cultural não poderiam se enquadrar
como uma condição de um delírio bizarro, já que, para muitas situações, como esse exemplo,
acabam sendo parte da questão cultural gastronômica.
5m
ANOTAÇÕES
1 www.grancursosonline.com.br
SAÚDE MENTAL
Psicopatologia X Tratamento Farmacológico
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
No DSM-5, essa exceção foi retirada por se considerar que a classificação de um delírio
como bizarro é pouco confiável, especialmente por esbarrar em questões culturais.
O DSM-5 abandonou a divisão da esquizofrenia em subtipos: paranóide, desorganizada,
catatônica indiferenciada e residual. Os subtipos apresentavam pouca validade e não refle-
tiam diferenças quanto ao curso da doença ou resposta ao tratamento.
O abandono à divisão da esquizofrenia em subtipos é uma das mudanças mais significa-
tivas do DSM-V. Contudo, é fundamental frisar que, no CID-10, essa subdivisão ainda existe.
Sendo assim, é de extrema relevância identificar que tipo de material está sendo utilizado ou
cobrado na prova. Uma das justificativas da banca que constituiu o DSM-V é que os subtipos
apresentavam pouca validade e não refletiam diferenças quanto ao curso da doença ou res-
postas ao tratamento.
O diagnóstico de Transtorno Esquizoafetivo sofreu uma pequena alteração em seu texto,
sendo exigido que um episódio de alteração importante do humor (depressão ou mania)
esteja presente durante a maior parte do curso da doença, após a Nova Classificação do pre-
enchimento do Critério (A) de Esquizofrenia. A mudança busca aumentar a confiabilidade do
diagnóstico, apesar de reconhecer que ele ainda é um grande desafio para os profissionais.
A Catatonia não é mais apresentada como um subtipo da Esquizofrenia ou uma classe
independente. Na atual versão, passa a ser dividida como: Catatonia Associada com Outros
Transtornos Mentais; Catatonia Associada com Outras Condições Médicas; ou Catatonia
Não Especificada. Aceita-se que o quadro possa ocorrer em diversos contextos e o diagnós-
tico requer a presença de no mínimo três de doze sintomas listados.
Nesse caso, a esquizofrenia catatônica foi subdividida em três situações, e não classifi-
cada mais apenas como um único subtipo de esquizofrenia. Com isso, atualmente, o quadro
catatônico apresenta no DSM-V três características específicas. Ainda sobre esse assunto,
vale enfatizar que existem várias situações que podem envolver outras condições médicas,
como, por exemplo, sequelados de AVC, indivíduos vítimas de traumatismo crânio encefá-
lico e condições médicas não relacionadas aos transtornos mentais, bem como a catatonia,
ou seja, quando não se consegue definir exatamente qual foi a causa de evolução para
esse quadro.
10m
O DSM-5 permite que a Catatonia seja empregada como um especificador no Transtorno
Depressivo, Transtorno Bipolar e Transtornos Psicóticos, ou diagnosticada de forma isolada
no contexto de outras condições médicas.
ANOTAÇÕES
2 www.grancursosonline.com.br
SAÚDE MENTAL
Psicopatologia X Tratamento Farmacológico
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
A Catatonia pode ser incluída dentro dos transtornos mentais, principalmente, nos qua-
dros depressivos, na bipolaridade e dentro dos transtornos psicóticos. Esse é um dos moti-
vos pelos quais ela foi desvinculada das questões relacionadas à esquizofrenia propriamente
dita, já que ela é vista em outros quadros relacionados aos transtornos mentais.
PSICOFÁRMACOS
Os antipsicóticos ou neurolépticos são as medicações recomendadas para o tratamento
da esquizofrenia. Nessa situação, aborda-se as recomendações contidas no Caderno de
Atenção Básica n. 34, podendo essa ser uma das literaturas utilizadas para embasar a cons-
trução das questões para o Depen.
Os psicofármacos são um recurso entre outros para o tratamento em Saúde Mental,
entretanto o seu uso só faz sentido quando dentro de um contexto de vínculo e de escuta. É
a partir do momento em que o usuário compreende e se corresponsabiliza pelo uso da medi-
cação que passará a não somente demandar “troca de receitas”, mas poderá se implicar um
pouco diante das queixas que traz. Diante de alguém em sofrimento, é importante considerar
a perigosa ideia de que o remédio possa representar uma solução rápida, uma resposta para
uma angústia que sente diante da impotência e da vontade de extirpar o problema.
Muitos pacientes possuem uma ideia pouco concreta com relação à questão do uso dos
psicofármacos, ou seja, acreditam que a medicação, por si só, será introduzida e de imediato
gerará respostas sobre o contexto do adoecimento. Porém, não ocorre dessa maneira. Os
psicofármacos, de uma forma geral, demoram, ao menos, em torno de duas semanas ou 15
dias para começar a fazer os efeitos desejados. Muitas vezes, os efeitos não desejados, ou
seja, os efeitos colaterais, se apresentam antes dos efeitos desejados, o que faz com que
frequentemente os pacientes abandonem o tratamento antes mesmo de saber se os efeitos
foram positivos ou não diante do tratamento.
15m
Sendo assim, o profissional de saúde também cria essa expectativa com relação à ques-
tão do manejo do problema. Nesse caso, é importante que tanto o profissional quanto o
paciente tenham essa ideia muito bem consolidada. Logo, é essencial que o profissional
oriente com relação ao seu uso, oriente com relação à expectativa dos resultados do trata-
mento e oriente, principalmente, com relação aos efeitos indesejados da medicação ou efei-
tos colaterais.
ANOTAÇÕES
3 www.grancursosonline.com.br
SAÚDE MENTAL
Psicopatologia X Tratamento Farmacológico
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
ANTIPSICÓTICOS OU NEUROLÉPTICOS
Os antipsicóticos ou neurolépticos tiveram um papel bastante importante no processo de
desinstitucionalização e tornaram possíveis altas de pacientes bastante graves que viveram
nos manicômios durante décadas. Foram descobertos (por acaso, como a maioria dos medi-
camentos que agem no sistema nervoso central) na década de 1950 e, até hoje, configuram-
-se como escolhas bastante seguras, apesar de bastante desconfortáveis para algumas pes-
soas mais sensíveis aos seus efeitos indesejados.
É preciso reconhecer, com relação ao uso dos psicofármacos, a introdução desses fár-
macos no tratamento, principalmente, da esquizofrenia. Vale destacar que é uma medicação
com mais de 70 anos de uso e, muitas delas, ainda seguem basicamente o mesmo contexto
químico da sua formatação original. É fundamental mencionar que existem muitos efeitos
colaterais e que, para aqueles com maior sensibilidade, geram piores efeitos.
Agem basicamente bloqueando a transmissão da dopamina no cérebro, com efeitos
motores, hormonais (aumento da prolactina) e sobre o pensamento (melhora de sintomas
psicóticos ou pensamento mais lento ou embotado). Alguns dos neurolépticos apresentam
formulação injetável de depósito, sendo extremamente úteis nas situações onde o uso diário
por via oral torna-se muito difícil como, por exemplo, quando o usuário enfrenta dificuldades
na cogestão dos medicamentos que usa e sua rede de suporte é frágil demais para ajudá-lo
a organizar os comprimidos que toma em diferentes horários.
20m
ANOTAÇÕES
4 www.grancursosonline.com.br
SAÚDE MENTAL
Psicopatologia X Tratamento Farmacológico
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
5 www.grancursosonline.com.br
SAÚDE MENTAL
Psicopatologia X Tratamento Farmacológico
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
De uma forma geral, sempre se começa o manejo do paciente com os típicos. Porém,
quando esses não geram o efeito desejado, ou seja, não estão sendo bem tolerados pelo
paciente, é feita a opção pelos atípicos. Sendo assim, normalmente, os atípicos nunca serão
a primeira opção de tratamento.
Nesse caso de mudança para os atípicos, o psiquiatra deverá fazer um relatório por conta
da alteração na opção de tratamento farmacológico, pois, em geral, os atípicos são fármacos
que entram no rol dos fármacos de alto custo. Vale frisar que o fato de ser mais caro não sig-
nifica que ele venha a ser melhor. Nessa situação, a maior parte dos casos acontecerá em
decorrência dos efeitos colaterais exacerbados associados aos antipsicóticos típicos.
Quando há outros efeitos associados, como insônia e tique nervoso, é possível associar
os antipsicóticos também nesse tratamento.
Dificuldade de controle de impulsos/risco de agressividade ou agitação não reativa/difusa:
essas acabam sendo as principais situações nas quais os neurolépticos são empregados.
Funcionam e muitas vezes são utilizados por longos períodos. A decisão de iniciá-los deve
ser bastante cautelosa porque retirá-los pode se tornar bastante difícil, em parte porque os
efeitos podem acomodar a família e a equipe, silenciando a necessidade do trabalho para
que essa agressividade ou agitação possa operar de outra maneira. Um uso bastante comum
é na dependência de crack, como maneira de se produzir uma contenção química, quase que
como uma “internação domiciliar” que evite que o usuário saia de casa nos primeiros dias,
quando a abstinência e a fissura podem ser graves.
30m
Os três exemplos apresentados são exemplos clássicos da utilização dos neurolépticos
para tratar outras condições não necessariamente relacionadas à esquizofrenia, como é o
caso dos antipsicóticos no manejo das síndromes de abstinência, por exemplo, associada ao
uso de crack.
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada ministrada pelo professor Alexandre Sampaio.
ANOTAÇÕES
6 www.grancursosonline.com.br
SAÚDE MENTAL
Psicopatologia X Tratamento Farmacológico II
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
ANTIPSICÓTICOS OU NEUROLÉPTICOS
Como tranquilizador rápido nas situações de crise grave: os neurolépticos são muito
efetivos e seguros no manejo das situações de agitação grave. O haloperidol associado à
prometazina pode produzir sedação e contenção em cerca de . É fundamental, entretanto,
20m
sempre contar com o profissional que tenha mais vínculo com o usuário na hora de nego-
ciar o uso. Além disso, sempre vale a pena oferecer inicialmente medicação via oral, mesmo
diante de situações que pareçam caóticas.
Vale lembrar que o tranquilizador é popularmente chamado de calmante. A medicação
citada acima descrevida como sendo uma medicação tranquilizadora, nada mais é que o
popularmente conhecido “sossega leão” – ou seja, o “sossega leão” é um combinado de
haloperidol com a prometazina. Portanto, é um medicamente utilizado, praticamente, em
qualquer situação de emergência do Brasil, principalmente quando o indivíduo apresenta
a famosa “crise”, em que ele tem uma agitação psicomotora e falta de compreensão pelas
falas. Todavia, se o indivíduo estiver no ambiente propício para a saúde mental e estiver pre-
sente um profissional de referência, essa abordagem pode ser diferente.
Logo, a utilização dessa medicação é um conceito da urgência e emergência psiquiátrica.
Contudo, quando não é possível estabelecimento de vínculo, tentativa de manejo de forma
verbal ou uso da medicação por via oral, a medicação deve ser feita via intramuscular. Nesse
caso, é possível associar o haloperidol e a prometazina na mesma seringa e, ainda, definir
como via de administração mais segura a região do vasto lateral. Vale ressaltar que se trata
de um paciente com agitação psicomotora, pouco colaborativo e que precisa receber esse
fármaco de forma rápida. Sendo assim, essa é uma estrutura muscular que recebe muito
bem 5 ml da medicação de forma bem segura, já que possui uma musculatura extremamente
grande e uma absorção extremamente satisfatória. Com isso, torna-se a via mais utilizada,
recomendada e mais segura nessas situações.
Obs.: deve-se estudar página 160 do Caderno 34 Atenção Básica Efeitos indesejados.
ANOTAÇÕES
1 www.grancursosonline.com.br
SAÚDE MENTAL
Psicopatologia X Tratamento Farmacológico II
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Bipolaridade
2 www.grancursosonline.com.br
SAÚDE MENTAL
Psicopatologia X Tratamento Farmacológico II
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
ESTABILIZADORES DE HUMOR
Principais sintomas-alvo
3 www.grancursosonline.com.br
SAÚDE MENTAL
Psicopatologia X Tratamento Farmacológico II
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
A carbamazepina é uma opção na tentativa de diminuir a fissura por uso de crack, sendo
uma das características das síndromes de abstinência.
O lítio possui alguns efeitos colaterais importantes, sendo que ele entra com relação ao
manejo das situações de urgência e emergência psiquiátrica, principalmente, por conta dos
efeitos indesejados da medicação.
• Acne, aumento do apetite, edema, diarreia, ganho de peso, gosto metálico, náusea,
polidipsia, poliúria, tremores finos (que respondem bem a propranolol);
• Monitorizar toxicidade renal e tireoideana;
• O quadro mais preocupante no uso do lítio é o da intoxicação, quando os níveis séricos
ultrapassam 1,5mEq/L, que pode ser precipitada por diminuição de dieta hipossódica,
uso de diuréticos, desidratação, ou mesmo doses excessivas. Manifestações precoces
são disartria, ataxia e tremores grosseiros.
Vale destacar que o gosto metálico na boca é muito comumente relatado pelos pacien-
tes. Já sobre os tremores finos, esses correspondem bem ao uso do propranolol. A medica-
ção ainda pode gerar toxicidade renal e tireoidiana. Em relação aos casos de intoxicação, é
essencial frisar que uma quantidade muito pequena pode gerar a toxicidade. Essa não é uma
situação rara de ser evidenciada.
O professor cita a experiência que teve em presenciar a situação de dois pacientes bipo-
lares que tiveram intoxicação pelo uso do lítio, também chamada de hiperlitimia. Um deles
já vinha apresentando características de intoxicação anteriores e foi encaminhado para uma
urgência. Logo, por conta da alta toxicidade renal, esse paciente precisou ser submetido a
diálise, pois a evolução é muito rápida e, se não for feita uma intervenção imediata nesse
sentido, os danos podem ser extremamente severos, podendo causar o óbito do paciente.
ANOTAÇÕES
4 www.grancursosonline.com.br
SAÚDE MENTAL
Psicopatologia X Tratamento Farmacológico II
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Nesse caso, os sintomas não seguem uma regra, mas, em geral, o indivíduo evolui, de
certa forma, com uma discreta confusão mental. Nessa situação, se o paciente tiver diarreia,
é preciso ficar atento, pois uma das situações mais importantes com relação à questão da
intoxicação por lítio é a diarreia. Logo na sequência e de forma muito rápida, esse indivíduo
que apresentou diarreia pode começar a apresentar confusão mental, sendo proeminente,
ou seja, vai evoluindo até uma situação comatosa. Desse modo, o indivíduo entra em coma
logo após a confusão mental, que pode ocorrer em seis horas ou mais, dependendo da sen-
sibilidade de cada organismo.
15m
Após entrar em coma, é comum o paciente apresentar insuficiência renal, seguida de
insuficiência múltipla de órgãos e óbito. Sendo assim, é uma condição rara que evolui com
uma certa rapidez. Por isso, é importante que o profissional de saúde, principalmente o enfer-
meiro, durante a introdução dos fármacos, tenha a capacidade de observar as respostas e
saiba intervir precocemente, interrompendo o uso do fármaco. Além disso, deve-se solicitar o
exame de sangue para verificar a dosagem de lítio – ressalte-se que um 1,5mEq/L de sangue
já é considerado um nível de intoxicação importante e que precisa ser revertido o mais rápido
possível para tentar minimizar os agravos relacionados ao seu uso.
Outro ponto relevante que vale atenção é sobre o uso dos anticonvulsivantes. Nesse sen-
tido, os anticonvulsivantes, de uma forma geral, no tratamento da bipolaridade, funcionam
como um potencializador na absorção do lítio. Ainda não se sabe exatamente qual é o meca-
nismo de ação que faz com que o uso associado do anticonvulsivantes mais o carbonato de
lítio melhore a questão da absorção do organismo por esse mineral.
Por exemplo, o sulfato ferroso para a gestante. Nesse caso, é comum afirmar que o sul-
fato ferroso é uma medicação que irá auxiliar tanto na prevenção da anemia, quanto também
no tratamento da própria anemia. Recomenda-se à gestante que utilize associado ao o sul-
fato ferroso, o ácido ascórbico, isto é, a Vitamina C. Isso porque o uso da Vitamina C acelera
o processo de oxidação, aumentando a capacidade de absorção do ferro pela paciente. No
caso dos anticonvulsivantes associados ao carbonato de lítio também fazendo com que o
organismo apresente resposta similar a comparação do sulfato ferroso com o ácido ascórbico.
20m
É de extrema importância recordar dos níveis séricos, no qual 1,5mEq/L é uma condição
que exige atenção. Sobre isso, a situação de intoxicação pode ser agravada em razão da
diminuição de dieta para uma dieta hipossódica, o uso de diuréticos, principalmente, se não
forem diuréticos de alça, fazendo com que o paciente tenha maior perda de sódio.
ANOTAÇÕES
5 www.grancursosonline.com.br
SAÚDE MENTAL
Psicopatologia X Tratamento Farmacológico II
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada ministrada pelo professor Alexandre Sampaio.
�A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
6 www.grancursosonline.com.br
SAÚDE MENTAL
Psicopatologia X Psicofármacos – Tratamentos Depressivos III
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
TRANSTORNOS DEPRESSIVOS
1 www.grancursosonline.com.br
SAÚDE MENTAL
Psicopatologia X Psicofármacos – Tratamentos Depressivos III
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Essa é uma situação que já pode ser identificada de forma extremamente precoce. Por
isso, é importante ter cuidado em saber separar, principalmente nas crianças, a questão
da ausência de limites que, muitas vezes, faz com que essas situações ou características
compatíveis ao quadro patológico torne-se mais evidente.
5m
O DSM-V incluiu o Transtorno Disfórico Pré-Menstrual como um diagnóstico validado
e os diagnósticos de depressão crônica e distimia foram modificados passando a formar o
Transtorno Depressivo Persistente.
Essa é outra situação que, por exemplo, quando se aborda a população carcerária,
deve-se lembrar da presença feminina dentro desse contexto. Logo, é outro caso que pode
ser avaliado de forma diferenciada também.
Os sintomas centrais do Transtorno Depressivo Importante (Maior) foram mantidos,
aceitando agora especificadores como “com Características Mistas” e “com Ansiedade”.
A presença de características mistas deve alertar o clínico para um possível quadro do
espectro bipolar.
Com o DSM-V, tentou-se diferenciar um pouco o conceito, mas, assim como na questão do
transtorno bipolar, a nova explicação complicou um pouco mais a associação à bipolaridade
e a diferenciação com a questão dos transtornos depressivos. Com isso, gera margem para
diversas interpretações de possíveis diagnósticos.
Um dos pontos de maior polêmica, no que diz respeito à depressão, foi a retirada do luto
como critério de exclusão do Transtorno Depressivo Maior. No DSM-V, é possível aplicar
esse diagnóstico mesmo àqueles que passaram pela perda de um ente querido há menos
de dois anos.
A retirada do luto como critério de exclusão dos transtornos depressivos foi um grande
erro do DSM-V. O luto é algo muito pessoal. Sendo assim, cada pessoa lidará de uma
forma diferente. Portanto, colocar isso como um critério patológico acaba sendo a chamada
patologização de condições naturais. Ou seja, se a pessoa está alegre, ela tem um transtorno,
se ela está triste também tem o transtorno. Analisando essa situação, o profissional da saúde
necessita ter a sensibilidade para poder definir de uma forma concreta.
O DSM-V acrescenta essa característica como uma condição, que pode ser tanto
enquadrada como um transtorno depressivo maior ou como um dos itens do espectro
bipolar. Isto é, tentou-se diferenciar de forma a não gerar conflitos com relação aos critérios
diagnósticos, entretanto acabaram confundindo ainda mais os profissionais com relação
ANOTAÇÕES
2 www.grancursosonline.com.br
SAÚDE MENTAL
Psicopatologia X Psicofármacos – Tratamentos Depressivos III
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
3 www.grancursosonline.com.br
SAÚDE MENTAL
Psicopatologia X Psicofármacos – Tratamentos Depressivos III
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
CURIOSIDADES
ANTIDEPRESSIVOS
4 www.grancursosonline.com.br
SAÚDE MENTAL
Psicopatologia X Psicofármacos – Tratamentos Depressivos III
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
5 www.grancursosonline.com.br
SAÚDE MENTAL
Psicopatologia X Psicofármacos – Tratamentos Depressivos III
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Não apenas quanto à questão dos antidepressivos, mas no geral, é fundamental que o
profissional não crie expectativas, junto ao paciente, de que o remédio resolverá tudo, pois,
na verdade, ele é uma parte do tratamento.
Em relação as divisões dos antidepressivos, existe basicamente dois grandes grupos, os
antidepressivos tricíclicos e os Inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS).
Tricíclicos (ADT)
São os “antidepressivos” mais antigos, bastante eficazes, porém menos tolerados
sobretudo pelos efeitos anticolinérgicos (boca seca, constipação), sedativos e tonturas.
Um dado importante: para a imipramina e a amitriptilina, os efeitos antidepressivos só são
observados em doses acima de 100 mg/dia, podendo a dose máxima girar em torno de 200-
250 mg/dia, considerando o risco cardiovascular.
25m
A fluoxetina é, provavelmente, uma das drogas mais comercializadas no mundo, sendo
enquadrada no grupo de antidepressivos mais recentes.
Principais Sintomas-Alvo
• Sintomas depressivos: “tristeza profunda” com alteração do apetite/sono, desinteresse
pelo ambiente, sensação de menos valia etc.;
• Sintomas de pânico: é muito importante escutar com calma esta queixa: inúmeras e
diferentes queixas chegam à Atenção Básica como sendo “pânico”, desde situações
claramente reativas a eventos traumáticos, passando por sintomas psicóticos até
fobia social. Os sintomas de pânico que respondem aos antidepressivos são aqueles
episódios intermitentes de sensação iminente de morte, sem precipitador evidente, de
duração de alguns minutos a poucas horas com intensa manifestação somática;
ANOTAÇÕES
6 www.grancursosonline.com.br
SAÚDE MENTAL
Psicopatologia X Psicofármacos – Tratamentos Depressivos III
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada ministrada pelo professor Alexandre Sampaio.
�A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
ANOTAÇÕES
7 www.grancursosonline.com.br
SAÚDE MENTAL
Psicopatologia X Tratamento Farmacológico IV
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
PSICOPATOLOGIA X PSICOFÁRMACOS IV
1 www.grancursosonline.com.br
SAÚDE MENTAL
Psicopatologia X Tratamento Farmacológico IV
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
TRATAMENTO
Por estranho que possa parecer, os transtornos obsessivos compulsivos apresentam
melhores resultados com determinados grupos farmacológicos.
10m
ANOTAÇÕES
2 www.grancursosonline.com.br
SAÚDE MENTAL
Psicopatologia X Tratamento Farmacológico IV
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
As intervenções educativas têm como meta fornecer aos pacientes e familiares infor-
mações sobre a etiologia, epidemiologia, características clínicas, prognóstico e diferentes
tipos de tratamentos do TOC, bem como o modelo explicativo de origem e perpetuação dos
sintomas, com o objetivo de habilitá-lo a reconhecer e tentar controlar os seus sintomas ao
longo da vida. Contribui para diminuir o estigma, facilitar a aceitação do tratamento e o enga-
jamento de todos os envolvidos nas medidas que serão propostas ao longo do tratamento.
A interação dos familiares no tratamento contribui dentro desse contexto, ao formar o
que se chama de rede de apoio. É fundamental enfatizar que a rede de apoio é uma condi-
ção indispensável dentro do tratamento psiquiátrico. É preciso estar sempre atento se essa
é uma rede estruturada e competente dentro do seu papel ou não, para que, assim, possa
capacitar esses indivíduos com o intuito de melhorar, principalmente, a condição de adesão
e acompanhamento do paciente, que é o principal objetivo.
As abordagens psicológicas podem ser realizadas em formato individual ou em grupo. A
terapia familiar também pode ser indicada em certas situações, quando atitudes dos familia-
res colaboram para a manutenção dos sintomas do paciente.
A codependência diz respeito ao caso em que um familiar, muitas vezes, mantém a
condição patológica até por uma comodidade associada à questão do tratamento. Ou seja,
às vezes, muitos familiares se aproveitam da condição patológica para poder se vitimizar,
podendo fazer com que a manutenção da doença ocorra. Nesse sentido, as terapias fami-
liares acontecem com o intuito de tentar modificar esse ciclo vicioso, ao qual muitas famílias
entram no decorrer do cotidiano.
A resposta ao tratamento farmacológico costuma ser lenta, aumenta com o tempo e, por
isso, deve-se esperar pelo menos 12 semanas para se considerar um paciente não respon-
dedor ao tratamento.
Esteja atento, pois o tratamento farmacológico não pode ser considerado um único tra-
tamento dentro desse contexto. Portanto, é muito importante esclarecer para a família, para
os pacientes e para os profissionais envolvidos no processo de cuidar que o remédio não
é a salvação para o problema, sendo apenas uma parte da resolução dos problemas. Além
disso, não se pode atribuir ao fármaco a responsabilidade integral sobre a correção dos pro-
blemas. Cada um tem uma participação e a resposta farmacológica não é imediata. Esse é
um ponto relevante, pois, às vezes, o paciente acredita que a dose é baixa, aumentando a
dosagem por conta própria, ou o cuidador ou família acredita que o problema é muito grave e
a dose é baixa, assim, também aumentando por conta própria. Com isso, quando se inicia o
ANOTAÇÕES
3 www.grancursosonline.com.br
SAÚDE MENTAL
Psicopatologia X Tratamento Farmacológico IV
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
processo terapêutico, é essencial esclarecer que existe uma correlação de fatores e vontade
de modificar o quadro, por conta do próprio paciente e da família, que não geram os melhores
resultados dentro desse processo.
15m
Os tratamentos farmacológicos de primeira linha para o TOC são os inibidores de recap-
tação de serotonina (IRS), classe de medicamentos antidepressivos que inclui os inibidores
seletivos da recaptação de serotonina (ISRS) e a clomipramina (tricíclico). A eficácia medi-
camentosa é avaliada pela diminuição de pelo menos 35% da Escala de Yale-Brown Obses-
sive-Compulsive (YBOCS).
A Escala de Yale-Brown é uma das escalas mais interessantes e validadas para o TOC,
na qual se consegue avaliar se de fato estão surgindo respostas farmacológicas efetivas ou
não diante do tratamento. Nesse caso, após doze semanas, espera-se que o paciente esteja
com ao menos 35% de redução segundo a Escala de Yale-Brown, que deve ser aplicada
antes do início do tratamento farmacológico. Relembrando que o tratamento envolve o trata-
mento farmacológico, bem como as terapias em grupo e terapias em família, em um contexto
em que nenhum é mais importante do que outro. Pesquisas realizadas em todo o mundo
indicam que os melhores resultados estão associados a processos terapêuticos múltiplos, e
não a processos terapêuticos isolados.
Farmacológico
Popularmente, são denominados como antidepressivos os remédios psiquiátricos que
combatem transtornos como depressão, ansiedade, hiperatividade, esquizofrenia, dis-
túrbio do sono, compulsões entre outros. Contudo, até mesmo atividades físicas e terapias
naturais são consideradas antidepressivos.
Qualquer atividade feita com prazer e vontade libera uma cascata hormonal importan-
tíssima para a modificação dos quadros, principalmente, dos quadros de TOC, depressão e
ansiedade. A serotonina e endorfina são hormônios relacionados ao prazer e à saciedade,
que acabam tendo um efeito no cérebro, em especial com os seus receptores, que causam
uma melhora considerável dentro dos processos terapêuticos. Ou seja, o fato de agregar
outras situações poderá potencializar o tratamento.
ANOTAÇÕES
4 www.grancursosonline.com.br
SAÚDE MENTAL
Psicopatologia X Tratamento Farmacológico IV
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Obs.: As terapias complementares previstas pelo SUS também podem ser cobradas no
concurso, já que há uma população carcerária completamente desprovida de cui-
dados. Nesse contexto, as terapias complementares agregam um aspecto extrema-
mente positivo para os tratamentos.
5 www.grancursosonline.com.br
SAÚDE MENTAL
Psicopatologia X Tratamento Farmacológico IV
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
6 www.grancursosonline.com.br
SAÚDE MENTAL
Psicopatologia X Tratamento Farmacológico IV
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Esses remédios têm ação semelhante aos antidepressivos tricíclicos, mas com um índice
menor de efeitos colaterais possíveis. Esses medicamentos não influenciam na recaptação
ou na meia vida da dopamina. Além disso, também será utilizado quando as terapias farma-
cológicas anteriores não surtirem um efeito desejado.
Principais ISRSN:
• Venlafaxina;
• Duloxetina.
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada ministrada pelo professor Alexandre Sampaio.
�A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
ANOTAÇÕES
7 www.grancursosonline.com.br
SAÚDE MENTAL
Psicopatologia X Psicofármacos V
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
PSICOPATOLOGIA X PSICOFÁRMACOS V
FARMACOLÓGICO
Principais IMAOs
• Iproniazida;
• Isocarboxazida;
• Tranilcipromina;
• Fenelzina;
• Clorgilina;
• Brofaromina;
• Moclobemida;
ANOTAÇÕES
1 www.grancursosonline.com.br
SAÚDE MENTAL
Psicopatologia X Psicofármacos V
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
• Toloxatona;
• Befloxatona.
2 www.grancursosonline.com.br
SAÚDE MENTAL
Psicopatologia X Psicofármacos V
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
tem efeito sedativo e analgésico, o que pode causar sonolência e potencializar efeitos do
álcool. Por isso, sua combinação com bebidas alcoólicas é perigosa, resultando em taquicar-
dia, convulsão e alucinações.
Vale destacar que o principal efeito é o de sedação. Se associado à direção, esse efeito
pode gerar acidentes.
Mais uma vez, reforça-se a ideia de que a orientação e a informação ao usuário sobre os
riscos associados à combinação com o álcool são indispensáveis.
Antidepressivos Atípicos
Os antidepressivos atípicos são aqueles que não se caracterizam como tricíclicos, ISRS
ou IMAO. Por isso, alguns dos medicamentos desse tipo também se encaixam em demais
classificações, como ADTC, ISRD, ISRN e ISRSN.
Alguns remédios desse tipo aumentam a transmissão de noradrenalina e regulam a inte-
ração dos neurônios com a serotonina. Outros elevam a disponibilidade de serotonina e
noradrenalina.
Há, ainda, medicamentos que reduzem a sensibilidade dos receptores dessas substân-
cias; e existem também os que induzem a recaptação pelos neurônios específicos do cére-
bro. Eles costumam apresentar efeitos rápidos, com melhoras dos sintomas de depressão já
entre o terceiro e quinto dia de tratamento.
Fazem parte do grupo dos atípicos:
• Bupropiona;
• Escitalopram;
• Fluvoxamina;
• Mianserina;
ANOTAÇÕES
3 www.grancursosonline.com.br
SAÚDE MENTAL
Psicopatologia X Psicofármacos V
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
• Mirtazapina;
• Reboxetina;
• Tialeptina;
• Trazodona;
• Venlafaxina;
• Duloxetina.
Antidepressivos Melatoninérgicos
Trata-se de um grupo novo de antidepressivos. A melatonina é um hormônio produzido
pelo cérebro, principalmente, pela glândula pineal. Durante a noite e no final da tarde, há
liberação da melatonina, principalmente em ambientes mais escuros, de maior penumbra.
É possível conhecer muito bem a melatonina quando se pesquisa sobre o ciclo circa-
diano. Esse ciclo, de forma geral, é regido por dois hormônios: cortisol e melatonina. O corti-
sol é o hormônio que dá disposição durante o dia. Já a melatonina é o hormônio que rebaixa
a frequência cardíaca, provoca o sono e relaxa a musculatura. É por isso que os indivíduos
que moram na roça dormem cedo. Dada a baixa luminosidade nesse ambiente, conforme a
noite vem, os indivíduos começam a ficar com sono. Por outro lado, ao nascer o sol, uma
descarga de cortisol acontece e dá disposição a esses indivíduos.
Também é por causa dessa dinâmica que quando viajamos de um continente a outro,
temos dificuldade de adaptação.
15m
Cabe destacar que os indivíduos que trabalham no período noturno e têm alteração no
ciclo do sono (ciclo circadiano) apresentam mais chances de desenvolverem um quadro
depressivo.
É neste contexto que surgem os antidepressivos melatoninérgicos, os quais potenciali-
zam a melatonina.
Apenas um medicamento, atualmente, se encaixa na categoria de antidepressivos mela-
toninérgicos: a agomelatina. A descoberta deste medicamento é de 2013. Observou-se que
o remédio é capaz de, por meio da recaptação da melatonina, regular os ritmos biológicos
do cérebro.
Pesquisas relacionadas a este antidepressivo ainda estão sendo realizadas. O que se
sabe até o momento é que a substância reduz a incidência de recaídas em pacientes com
depressão, além de ter um efeito rápido sobre os sintomas da doença.
ANOTAÇÕES
4 www.grancursosonline.com.br
SAÚDE MENTAL
Psicopatologia X Psicofármacos V
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Antidepressivos Serotoninérgicos
Bem como ocorre no tipo de antidepressivos melatoninérgicos, na categoria de antide-
pressivos serotoninérgicos, há somente um medicamento até então: a vortioxetina.
Estudos sobre novos antidepressivos têm se tornado cada vez mais comuns. Por isso,
em 2018, foi descoberto o efeito da vortioxetina em pacientes com depressão.
O medicamento tem efeito semelhante aos ISRS, de forma a inibir a recaptação da sero-
tonina e, assim, aumentar sua disponibilidade no organismo de pacientes. Porém, seus efei-
tos colaterais são menores, principalmente no âmbito sexual.
Essas situações precisam ser levadas em consideração, pois o abandono do tratamento
acaba gerando muitos prejuízos para o paciente, para a equipe e para toda a família.
5 www.grancursosonline.com.br
SAÚDE MENTAL
Psicopatologia X Psicofármacos V
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Ansiedade – DSM 5
Basicamente, será trabalhado o quadro mais grave de ansiedade. Trata-se de um tipo de
ansiedade que, muito provavelmente, será cobrado nos concursos públicos no Brasil.
20m
Dentro do DSM 5, a ansiedade apresenta algumas variações. No entanto, será vista
a principal característica dentro dos quadros ansiosos: Transtorno de Ansiedade Generali-
zada (TAG).
A preocupação persistente e excessiva é a característica principal do Transtorno de
Ansiedade Generalizada (TAG), porém essas preocupações são acompanhadas de sinto-
mas físicos relacionados à hiperatividade autonômica e à tensão muscular. Entre esses sin-
tomas, são comuns a taquicardia, sudorese, insônia, fadiga, dificuldade de relaxar e dores
musculares.
As preocupações não se restringem a uma determinada categoria, mas são generaliza-
das, excessivas, por vezes, envolvendo temas que não preocupam a maioria das pessoas
e de difícil controle. Para o diagnóstico, é importante, também, que esses sintomas causem
uma interferência no desempenho da pessoa ou um sofrimento significativo.
Trata-se de um quadro patológico que, até então, era extremamente banalizado e subno-
tificado. Muitos acreditam que esse tipo de comportamento é uma característica pessoal e o
acabam não considerando como um quadro patológico.
O TAG é um dos transtornos psiquiátricos mais subdiagnosticados. Raramente, os
pacientes procuram diretamente um profissional de saúde mental, preferindo o clínico geral
ou médicos de outras especialidades. A queixa predominante é de sintomas físicos vagos e
que não caracterizam uma enfermidade bem definida.
6 www.grancursosonline.com.br
SAÚDE MENTAL
Psicopatologia X Psicofármacos V
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Dificuldade de concentração;
•
• Irritabilidade;
• Tensão muscular;
• Distúrbios do sono (dificuldade de iniciar ou manter o sono e sensação de sono não
satisfatório).
d. Os sintomas físicos, preocupação ou ansiedade causam sofrimento clinicamente sig-
nificante ou incapacidade em atividades sociais, ocupacionais ou outras.
25m
e. O transtorno não pode ser atribuído a: uma condição médica geral, uso de substâncias
ou outro transtorno mental.
Tratamento
Como o componente psicológico e fatores ambientais têm um papel muito significativo na
gênese do TAG, a abordagem psicoterápica, num sentido amplo, é prioritária no tratamento
desse transtorno. O tratamento farmacológico pode e deve ser considerado em determina-
das circunstâncias, porém nunca deve ser a única opção terapêutica.
Ensaios clínicos mostram que a Terapia Cognitiva Comportamental (TCC) apresenta uma
eficácia maior do que as situações-controle e outras formas de psicoterapia, constituindo a
primeira escolha dentre as psicoterapias para o TAG. De uma maneira bem geral e simplista,
seria possível dizer que a TCC procura desenvolver habilidades cognitivas que permitam ao
paciente lidar melhor com a situação.
Deve-se ressaltar que psicoterapias estruturadas, entre elas a TCC, para terem êxito,
implicam em algumas precondições do paciente, tais como: alto grau de motivação, capa-
cidade de auto-observação, disponibilidade de tempo e outros recursos. Mesmo para os
pacientes que não preencham essas condições, o profissional de saúde deve procurar
formas alternativas de abordar as dificuldades psicológicas e ambientais do paciente, como,
por exemplo, orientação, aconselhamento, técnicas de relaxamento e/ ou exercícios físicos,
não se limitando a prescrever medicamentos (médicos).
No caso da terapia farmacológica, deve-se avaliar se a previsão de uso do medicamento
é por um curto ou longo período. Se o período for curto (menor que 12 semanas), pode-se
utilizar um benzodiazepínico, porém, se houver a possibilidade de uso mais prolongado,
deve-se pensar em outra alternativa terapêutica.
ANOTAÇÕES
7 www.grancursosonline.com.br
SAÚDE MENTAL
Psicopatologia X Psicofármacos V
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
É muito importante ter em mente a questão do prazo. Sempre que se fala sobre inter-
venção terapêutica, metas precisam ser estabelecidas. Nesse sentido, caso não se conheça
um paciente que acabou de chegar e apresenta determinadas queixas, deve-se pensar em
intervenções a curto, médio e longo prazo.
Além disso, é muito importante começar a construir situações análogas à utilização do
NANDA (Manual de Diagnóstico de Enfermagem). Diante do NANDA, há um estabelecimento
de metas, que são muito comuns nos tratamentos psicoterápicos que envolvem o papel do
enfermeiro.
30m
Assim, ao construir um Projeto Terapêutico Singular – PTS, é preciso estabelecer as
metas, levando-se em consideração os principais objetivos a curto, médio e longo prazo.
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada ministrada pelo professor Alexandre Sampaio.
�A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
ANOTAÇÕES
8 www.grancursosonline.com.br
SAÚDE MENTAL
Psicopatologia X Psicofármacos – Ansiedade VI
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Ansiedade – DSM 5
1 www.grancursosonline.com.br
SAÚDE MENTAL
Psicopatologia X Psicofármacos – Ansiedade VI
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
ANOTAÇÕES
2 www.grancursosonline.com.br