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Assistência Farmacêutica

Política Nacional de
Medicamentos e de

Assistência Farmacêutica
O que são Políticas?
POLÍTICAS

 Políticas são decisões de caráter geral que apontam os


rumos e as linhas estratégicas de atuação de uma determinada
gestão.

Tornam públicas as intenções do governo;

Orientam o planejamento governamental;

Permitem o acesso da população e da opinião pública aos


programas e projetos a serem executados e permitem a
discussão.
POLÍTICAS

Apontam a amplitude de opções que as organizações e os


indivíduos dispõem para fazer suas escolhas e influenciam o
ambiente e o padrão de vida;

Fornecem uma estrutura para o desenvolvimento em um


determinado setor;

As políticas de saúde se referem a assuntos e cuidados em


saúde, mas são influenciadas por decisões e políticas de outras
áreas (econômica, fiscal, industrial etc).
Porque é necessário ter políticas?
Porque é necessário ter políticas?

 Para apresentar um registro formal de compromissos, decisões, e


valores do governo a médio e longo prazo;

Para definir as metas e objetivos nacionais e estaduais para o


setor e fixar as prioridades;

 Para identificar as estratégias necessárias para cumprir esses


objetivos;
(OMS. Perspectivas Políticas de la OMS sobre medicamentos – Cómo desarrollar y
aplicar uma política farmacéutica nacional, Genebra, 2003)
Porque é necessário ter políticas?

Para discutir as relações de poder, as linhas de mando e


identificar os responsáveis pela operacionalização da política;

 Para criar um fórum de debate nacional ou estadual em torno das


questões do setor.

(OMS. Perspectivas Políticas de la OMS sobre medicamentos – Cómo desarrollar y


aplicar uma política farmacéutica nacional, Genebra, 2003)
Objetivos de uma Política de
Medicamentos
 Promover a equidade e sustentabilidade do setor farmacêutico.

Garantir o acesso e disponibilidade eqüitativa de medicamentos


essenciais;

Garantir a qualidade e segurança dos medicamentos;

Promover o Uso Racional de Medicamentos;

Orientar as práticas dos profissionais de saúde.


(OMS. Perspectivas Políticas de la OMS sobre medicamentos – Cómo desarrollar
y aplicar uma política farmacéutica nacional, Genebra, 2003)
Componentes de uma política

Propósito – objetivo principal

Diretrizes

– São proposições que apontam decisões.

- São marcos referenciais para orientar decisões e fixar objetivos;

- Devem compatibilizar as necessidades com os recursos


disponíveis.
(OMS. Perspectivas Políticas de la OMS sobre medicamentos – Cómo desarrollar y
aplicar uma política farmacéutica nacional, Genebra, 2003)
Componentes de uma política

Responsabilidades institucionais

Toda Política deve definir de quem são as atribuições,


responsabilidades e competências para o alcance dos objetivos.

Avaliação

Nas Políticas devem ser definidos os critérios e indicadores para


avaliação da sua implementação.
(OMS. Perspectivas Políticas de la OMS sobre medicamentos – Cómo desarrollar y
aplicar uma política farmacéutica nacional, Genebra, 2003)
Processo de formulação de uma política:

Identificação dos responsáveis pela formulação: identificar


responsáveis por todas as áreas que fazem interfaces e que possam
estabelecer parcerias para implementação da política.

Proposição – ampla discussão

Aperfeiçoamento – discussão e apreciação

Validação – aprovação em instância competente (Comissões,


Conselhos de Saúde) para aprovação.

Divulgação, Implementação e Avaliação


(OMS. Perspectivas Políticas de la OMS sobre medicamentos – Cómo desarrollar y aplicar
uma política farmacéutica nacional, Genebra, 2003)
I Política Nacional de Medicamentos – 1998

I Política Nacional de Medicamentos:

Publicada pelo MS em 1998, Portaria 3.916/98.

Discutida e aprovada pelo Conselho Nacional de Saúde e entidades


representativas.

Propósito:

“Garantir a necessária segurança, eficácia e qualidade dos medicamentos, a


promoção do uso racional e o acesso da população àqueles considerados
essenciais.”
I Política Nacional de Medicamentos – 1998

Antescedentes:

-Anos 1970: a OMS recomenda que os países formulem


políticas de saúde e de AF para organizar o setor
farmacêutico e garantir o acesso e uso racional de
medicamentos.

- 1997 – extinção da CEME (Central de Medicamentos


que fornecia medicamentos básicos para os estados
brasileiros.

- Necessidade de reorganizar e reorientar o setor.


Diretrizes da I Política Nacional de
Medicamentos

1.Reorientação da assistência farmacêutica:


Para mudar a visão da assistência farmacêutica. Ela não pode se
limitar a aquisição e distribuição de medicamentos

Reorientação do modelo:
Era necessário descentralizar a gestão para estados e
municípios
Promoção do uso racional de medicamentos,
Otimização eficácia de distribuição setor público,
Redução de preços inclusive no setor privado.
Diretrizes da I Política Nacional de
Medicamentos

2. Atualização e adoção de Relação Nacional de


Medicamentos Essenciais, RENAME:
 Selecionar os medicamentos considerados essenciais para a
realidade brasileira.

 Os medicamentos deverão contemplar as doenças mais comuns da


população brasileira definidos por critérios epidemiológicos, de
segurança e eficácia comprovadas;

 Comporão uma lista de referência e deverão estar disponíveis à


população;

 Essa lista orientará a seleção, a prescrição, o abastecimento e a


dispensação principalmente no âmbito do SUS.
Diretrizes da I Política Nacional de
Medicamentos

3. Promoção do Uso racional de Medicamentos:


 Compromisso de desenvolver medidas educativas,
regulatórias
e de gestão para a promoção do uso racional e criterioso de
medicamentos.
Diretrizes da Política Nacional de
Medicamentos

4. Regulamentação Sanitária de Medicamentos:

 Melhoria do processo de registro de medicamentos e


autorização para o funcionamento de empresas e e
estabelecimentos relacionadas com a saúde;

 Descentralização e otimização das ações de Vigilância


Sanitária para fiscalização do cumprimento da legislação
sanitária.
Diretrizes da I Política Nacional de
Medicamentos
5. Desenvolvimento Científico e tecnológico:
 Incentivar a pesquisa na área de medicamentos estratégicos;

 Capacitação e desenvolvimento tecnológico nacional,


integrando Universidades, instituições de pesquisa e setor
produtivo;

 Apoiar as pesquisas que visem o aproveitamento do potencial


terapêutico da flora e fauna nacionais;

 Expansão do parque produtivo nacional.


Diretrizes da I Política Nacional
de Medicamentos

6. Promoção da produção de medicamentos


 Articulação dos setores produtivos públicos e privados;

 Aumento da capacidade instalada dos Laboratórios oficiais de


produção de medicamentos para produção de medicamentos
essenciais.

 Domínio tecnológico dos Laboratórios oficiais no processo de


produção de medicamentos de interesse em saúde pública.

 Monitoramento de preços no mercado.


Diretrizes da Política Nacional de
Medicamentos

7. Garantia da Segurança, Eficácia e Qualidade


dos medicamentos:
 Atualização do regulamento sanitário;

Otimização das ações de fiscalização e inspeção;

Cumprimento do regulamento de Boas Práticas de Fabricação

Reestruturação da Rede Brasileira de Laboratório Analítico-


Certificadores em Saúde - REBLAS, para testemunhar a
qualidade dos produtos farmacêuticos.
Diretrizes da Política Nacional de
Medicamentos

8. Desenvolvimento e capacitação de recursos


humanos:
Capacitação de pessoal envolvido com os programas propostos
na Política;

Adequação quantitativa de pessoal.


Prioridades da Política Nacional de
Medicamentos - 1998

 Reorientação da Assistência farmacêutica;

 Revisão permanente da RENAME;

 Observação das normas do ciclo logístico da AF;

 Promoção do Uso Racional;

 Organização das atividades de Vigilância Sanitária.


Política Nacional de assistência
Farmacêutica,

Publicada pelo MS em 2004


Apresenta eixos estratégicos e não diretrizes.

Eixos estratégicos:
I - a garantia de acesso e equidade às ações de saúde, inclui,
necessariamente, a Assistência Farmacêutica;

II - manutenção de serviços de assistência farmacêutica na rede públ


de saúde, nos diferentes níveis de atenção, considerando a necessária
articulação e a observância das prioridades regionais definidas nas
instâncias gestoras do SUS;
Política Nacional de assistência
Farmacêutica,

III - qualificação dos serviços de assistência farmacêutica


existentes, em articulação com os gestores estaduais e municipais,
nos diferentes
níveis de atenção;

IV - descentralização das ações, com definição das


responsabilidades das diferentes instâncias gestoras, de forma
pactuada e visando a superação da fragmentação em programas
desarticulados;
Política Nacional de assistência
Farmacêutica, CNS, 2004

V - desenvolvimento, valorização, formação, fixação e capacitação de


recursos humanos;

VI - modernização e ampliação da capacidade instalada e de produção


dos Laboratórios Farmacêuticos Oficiais, visando o suprimento do
SUS e o cumprimento de seu papel como referências de custo e
qualidade da produção de medicamentos, incluindo-se a produção
de fitoterápicos;

VII - utilização da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais


(RENAME), atualizada periodicamente, como instrumento
racionalizador das ações no âmbito da assistência farmacêutica;
Política Nacional de assistência
Farmacêutica, CNS, 2004

VIII - pactuação de ações intersetoriais que visem à


internalização e o desenvolvimento de tecnologias que atendam
às necessidades de produtos e serviços do SUS, nos
diferentes níveis de atenção;

IX - implementação de forma intersetorial de uma política pública


de desenvolvimento científico e tecnológico, envolvendo os
centros de pesquisa e as universidades brasileiras, com o
objetivo do desenvolvimento de inovações tecnológicas que
atendam os
interesses nacionais e às necessidades e prioridades do SUS;
Política Nacional de assistência
Farmacêutica, CNS, 2004

X -definição e pactuação de ações intersetoriais que visem à


utilização das plantas medicinais e medicamentos fitoterápicos
no processo de atenção à saúde, com respeito aos
conhecimentos tradicionais incorporados, com embasamento
científico, com base no incentivo à produção nacional, com a
utilização da biodiversidade existente no País;
Política Nacional de assistência
Farmacêutica, CNS, 2004

XI - construção de uma Política de Vigilância Sanitária que


garanta o acesso da população a serviços e produtos seguros,
eficazes e com qualidade;

XII - estabelecimento de mecanismos adequados para a regulação


e monitoração do mercado de insumos e produtos estratégicos
para a saúde, incluindo os medicamentos;

XIII - promoção do uso racional de medicamentos, por


intermédio de ações que disciplinem a prescrição, a
dispensação e o consumo.
Uilizando os documentos das
políticas de medicamentos e de AF
responda:

1. Data e responsáveis pela publicação.


2. Como estão organizados os documentos? (conteúdo)
3. Quais são os objetivos apontados?
4. Quais são as diretrizes e eixos estratégicos?
5. Quais são as prioridades?

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