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ASSISTÊNCIA

FARMACÊUTICA NO SUS
GRAN CONGRESSO SAÚDE

Prof. Alexandre Martins


Alexandre Martins
Farmacêutico
Mestre em Ciências e Tecnologias em Saúde - UNB
Especialista em Farmácia Hospitalar - UNB
Especialista em Gestão da Assistência Farmacêutica – UFSC
Farmacêutico – Universidade Federal de Ouro Preto - UFOP

• Farmacêutico Clínico em Unidade de Terapia Intensiva


• Manipulação em Oncologia – Hospital da Criança de Brasília - HCB
• Farmácia Ambulatorial – Hospital da Criança de Brasília - HCB
• Consultório Farmacêutico em Pediatria
• Docente no Centro Universitário do Distrito Federal – UDF
• Conselheiro Regional pelo CRF/DF 2018-2021

• Equipe GRAN CURSOS


• Mentoria GRANXPERT
• @prof.alemartins
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O que é Assistência
Farmacêutica?
Assistência Atenção
Farmacêutica Farmacêutica

Foco:
Foco: Paciente
Medicamento

Realizada por Realizada


diversos somente pelo
profissionais Farmacêutico
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Assistência Farmacêutica

Pesquisa
• Desenvolvimento e a produção de medicamentos e insumos

Seleção
• Programação

Aquisição
• Distribuição

Prescrição
• Dispensação

Garantia da qualidade dos produtos e serviços


• Acompanhamento e avaliação da sua utilização

Obtenção de resultados concretos


• Melhoria da qualidade de vida da população
Ciclo da assistência farmacêutica

O enfoque sistêmico da assistência farmacêutica se baseia na organização de ações


articuladas e sincronizadas, realizadas por diferentes integrantes do processo.

Esse processo é chamado de ciclo da assistência farmacêutica, e cada etapa


deve ser adequadamente realizada para não comprometer o alcance dos
objetivos estabelecidos.

A coordenação das atividades relacionadas ao ciclo da assistência farmacêutica


(seleção, programação, aquisição, armazenamento, distribuição e dispensação
de medicamentos, além do acompanhamento, da avaliação e da supervisão das
ações) cabe às gerências ou coordenações estaduais.
Assistência Farmacêutica é um conjunto de ações voltadas à promoção,
proteção e recuperação da saúde, tanto individual como coletiva, tendo
o medicamento como insumo essencial e visando ao acesso e uso
racional.
Fonte : Práticas Farmacêuticas no Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf)
Assistência Farmacêutica no SUS
O direito à saúde, conforme estabelecido pela Constituição Federal de 1988, garante o acesso aos
medicamentos integrantes das políticas públicas. A Assistência Farmacêutica é conceituada pela Lei nº
8.080/1990 como sendo um compromisso público e um dos campos de atuação do SUS por meio da
execução de ações de assistência integral à saúde, inclusive a farmacêutica, estando relacionada à
“formulação da política de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos e outros insumos para a saúde e
a participação na sua produção”
Marcos relacionados à implantação da Assistência Farmacêutica no Brasil pelo SUS

http://www.ccates.org.br/areas-tematicas/assistencia-farmaceutica/
A assistência farmacêutica no SUS é considerada uma política pública norteadora para a
formulação de políticas setoriais, que deve contemplar, em seus eixos estratégicos, a
manutenção e a qualificação dos serviços de assistência farmacêutica na rede pública de
saúde, a qualificação de recursos humanos, e a descentralização das ações.
Um dos principais marcos regulatórios foi a publicação da Política Nacional de Medicamentos
(PNM), por meio da Portaria GM/MS nº 3.916/1998, que tem como base os princípios e diretrizes
do SUS e propósito precípuo o de garantir a necessária segurança, eficácia e qualidade dos
medicamentos, a promoção do uso racional e o acesso da população àqueles considerados
essenciais. Dentre as suas principais diretrizes, a reorientação da Assistência Farmacêutica destaca-
se como prioritária para que o modelo de Assistência Farmacêutica seja reorientado de modo a que
“não se restrinja à aquisição e à distribuição de medicamentos”
Política Nacional de Assistência Farmacêutica - PNAF
A PNAF foi concebida a partir das deliberações da 1ª Conferência Nacional de Medicamentos e Assistência Farmacêutica (CNMAF),
realizada em setembro de 2003, cujo tema central foi “Acesso, Qualidade e Humanização da Assistência Farmacêutica com Controle
Social”

Política A Política Nacional de Assistência Farmacêutica (PNAF) é parte integrante da


Nacional de Política Nacional de Saúde
Saúde

Política
Nacional de A PNAF foi aprovada por meio da Resolução nº 338/2004 do Conselho Nacional
Assistência de Saúde
Farmacêutica

Possui ações voltadas à promoção, proteção e recuperação da saúde com


vistas a garantir os princípios da universalidade, integralidade e equidade do
Programas e SUS
Ações
subordinadas
Os componentes da assistência
farmacêutica
A portaria GM/MS 204, de 2007, ao regulamentar a transferência dos recursos financeiros federais,
estabeleceu o bloco de financiamento da assistência farmacêutica, constituído por três
componentes.
http://www.ccates.org.br/areas-tematicas/assistencia-farmaceutica/
O de financiamento bloco da Assistência Farmacêutica não abrange os medicamentos de uso
hospitalar, os quais são que estes estão contemplados pelo bloco da Atenção de Média e Alta
Complexidade.

Os medicamentos de uso oncológico são disponibilizados por estabelecimentos credenciados no


SUS os quais são reembolsados com o lançamento do procedimento no subsistema de
Autorização de Procedimentos de Alta Complexidade (APAC), do Sistema de Informações
Ambulatoriais do SUS (SIA-SUS).
Consolidação das normas do SUS
Portarias de Consolidação (PRC)
• Em 28 de setembro de 2017, o Ministro da Saúde assinou seis Portarias de Consolidação dos Atos
Normativos do Ministério, divididas em eixos temáticos, que foram publicadas no Diário Oficial da União nº
190-Suplemento, de 03 de outubro de 2017.
• Foram analisadas mais de 18.000 portarias editadas pelo Gabinete do Ministro da Saúde, que, após
categorização, resultaram em 749 portarias que passaram nos critérios para consolidação, ou seja, foram
consideradas de conteúdo normativo e de efeitos permanentes ou duradouros.
• Assim, foram publicadas seis Portarias de Consolidação que sistematizam as 749 portarias.
• Segundo o Ministério da Saúde, as Portarias conformam um "código", que resultou da análise de 18 mil
portarias vigentes, onde menos de 5% continham normas ainda válidas.
• Essas normas foram consolidadas no que tem sido denominado como Código do SUS, lançado pelo Ministro
da Saúde.
• O Código deve facilitar a compreensão de gestores, órgãos de controle e cidadãos; melhorar a gestão das
políticas públicas; dar maior transparência às regra; e facilitar também a compreensão do cidadão e dos
órgãos de controle.
As portarias dividem-se em

Portaria de Consolidação Nº 1: Consolida as normas sobre os direitos e deveres dos usuários da saúde, a organização
e o funcionamento do SUS.

Portaria de Consolidação Nº 2: Consolida as normas sobre as políticas nacionais de saúde do SUS

Portaria de Consolidação Nº 3: Consolida as normas sobre as redes do SUS

Portaria de Consolidação Nº 4: Consolida as normas sobre os sistemas e os subsistemas do SUS

Portaria de Consolidação Nº 5: Consolida as normas sobre as ações e os serviços de saúde do SUS

Portaria de Consolidação Nº 6: Consolida as normas sobre o financiamento e a transferência dos recursos federais
para as ações e os serviços de saúde do SUS
Desta forma, é importante destacar que,
quando se diz que a portaria foi revogada
por consolidação, significa que, embora a
portaria não esteja mais vigente, seu
conteúdo foi consolidado e, portanto,
está inserido em uma das PRCs.
Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (CEAF)
• APROVAÇÃO
• Portaria nº 2981 de 26 de novembro de 2009
• Política Nacional Assistência Farmacêutica (Integrante)
• Visa garantir o tratamento integral
• Fornecimento de medicamentos para o tratamento de doenças raras ou de medicamentos
utilizados em últimas linhas de tratamento para várias doenças, como a artrite reumatoide, por
exemplo.

• PORTARIA Nº 1.554, DE 30 DE JULHO DE 2013 - Financiamento


• Dispõe sobre as regras de financiamento e execução do Componente Especializado da Assistência
Farmacêutica no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (CEAF)

• REGULAMENTAÇÃO

• Portaria de Consolidação GM/MS nº 02 (regras de financiamento e execução) de


28 de setembro de 2017.

• Portaria de Consolidação GM/MS nº 06 (regras de financiamento) de 28 de


setembro de 2017.
Guia: estrutura e organização da assistência
farmacêutica no Ceará 2021
Guia: estrutura e organização da assistência
farmacêutica no Ceará 2021
Guia: estrutura e organização da assistência farmacêutica no Ceará 2021
Componente Especializado da
Assistência Farmacêutica (CEAF)

• Deve ser iniciado na Atenção Básica


• Relacionamento direto entre o Componente Especializado e o Componente Básico
• Integralidade do tratamento medicamentoso
• Facilitar a divisão das responsabilidades entre os entes federados
• Articulação entre as diferentes políticas de saúde

https://www.saude.gov.br/assistencia-farmaceutica/medicamentos-rename/componente-especializado-da-
assistencia-farmaceutica-ceaf
Componente Especializado da
Assistência Farmacêutica (CEAF)

• É uma das estratégias de acesso aos medicamentos no âmbito do SUS que busca
garantir a integralidade do tratamento medicamentoso, em nível ambulatorial.

• Prevê medicamentos para algumas situações clínicas, principalmente agravos


crônicos, com custos de tratamento mais elevados ou de maior complexidade.

• O acesso aos medicamentos ocorre de acordo com critérios definidos em


protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas (PCDTs) publicados pelo Ministério
da Saúde.
Grupo 1, cujo financiamento está sob responsabilidade exclusiva da União e é constituído pelos produtos que
representam um elevado impacto financeiro, e subdivide-se em: Grupo 1A: medicamentos com aquisição
centralizada pelo Ministério da Saúde e; Grupo 1B: medicamentos adquiridos pelos estados com transferência de
recursos financeiros pelo Ministério da Saúde.

Grupo 2, cuja responsabilidade pelo financiamento é das Secretarias Estaduais de Saúde.


Incorporação de novos medicamentos no CEAF

• Princípios da medicina baseada em evidências

• Medicamento a ser incorporado deve demonstrar além de eficácia e segurança,


vantagem em relação às opções terapêuticas já disponibilizadas.

• A incorporação definitiva ocorre somente após publicação da versão final do


Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) pelo Ministério da Saúde.
Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas

• Cada doença atendida tem um Protocolo Clínico e Diretriz Terapêutica

• Protocolos de diagnóstico
• Critérios de inclusão e exclusão
• Casos especiais
• Algoritmo de tratamento
• Resultados esperados
• Monitorização terapêutica.

https://www.saude.gov.br/assistencia-farmaceutica/medicamentos-rename/componente-especializado-da-
assistencia-farmaceutica-ceaf
Protocolos Clínicos e Diretrizes
Terapêuticas (PCDT)

São documentos que estabelecem critérios para o diagnóstico da doença ou do agravo à saúde;

O tratamento preconizado, com os medicamentos e demais produtos apropriados, quando couber;

As posologias recomendadas;

Os mecanismos de controle clínico;

http://conitec.gov.br/index.php/protocolos-e-diretrizes
Protocolos Clínicos e Diretrizes
Terapêuticas (PCDT)

O acompanhamento e a verificação dos resultados terapêuticos, a


serem seguidos pelos gestores do SUS.

Devem ser baseados em evidência científica e


considerar critérios de eficácia, segurança, efetividade
e custo-efetividade das tecnologias recomendadas.

http://conitec.gov.br/index.php/protocolos-e-diretrizes
Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec)

• A Conitec é um órgão colegiado de caráter permanente, que tem como objetivo assessorar o
Ministério da Saúde.

• Análise e à elaboração de estudos de avaliação dos pedidos de incorporação, ampliação de uso,


exclusão ou alteração de tecnologias em saúde;

• Na constituição ou na alteração de protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas (PCDTs)


Comissão Nacional de Incorporação
de Tecnologias no SUS (Conitec)

• A atualização do elenco da Rename proposta pela Conitec compreende:

• i) um processo reativo em que os demandantes são órgãos e instituições, públicas ou privadas, ou pessoas
físicas;

• ii) um processo ativo conduzido por uma subcomissão da Conitec – a Subcomissão Técnica de Atualização
da Rename e do Formulário Terapêutico Nacional.

• Em ambos os processos, os medicamentos e insumos são incorporados, excluídos ou alterados no SUS,


após avaliação da Conitec e decisão do secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do
Ministério Saúde.
Rename
Relação Nacional de Medicamentos
RENAME
Contempla os medicamentos e insumos disponibilizados no SUS por meio do

Componente Básico da Assistência Farmacêutica,


Componente Estratégico da Assistência Farmacêutica,
Componente Especializado da Assistência Farmacêutica, além de determinados
medicamentos de uso hospitalar.
Portaria GM/MS n.º 3.435,de 8 de dezembro de 2021

Estabelece a Relação Nacional de Medicamentos


Essenciais (Rename 2022) no âmbito do Sistema
Único de Saúde (SUS), por meio da atualização do
elenco de medicamentos e insumos da Relação
Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename 2022).

Art. 2º A Rename 2022 e suas atualizações encontram-se


disponíveis no sítio eletrônico do Ministério da Saúde, no
endereço https://www.gov.br/saude/pt-
br/assuntos/assistencia-farmaceutica-no--sus/rename
CBAF Anexo I: Componente Básico
CESAF Anexo II: Componente Estratégico

CEAF Anexo III: Componente Especializado

Insumos Anexo IV: Insumos Farmacêuticos

Hospital Anexo V: Medicamentos de uso Hospitalar

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