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Assistência Farmacêutica

Everton Varela

Belém-PA
2023
Etapas
Etapas
Eficácia
Segurança Qualidade
Medicamentos
Promoção do essenciais Acesso da
uso racional população
Diretrizes
 1° Adoção de RENAME;

 2° Regulamentação sanitária de medicamentos;

 3° Reorientação da Assistência Farmacêutica;


 4° Promoção do uso racional de medicamentos:

 5° Desenvolvimento científico e tecnológico:

 6° Promoção da produção de medicamentos:

 7° Garantia da Segurança, Eficácia e Qualidade dos Medicamentos.

 8° Desenvolvimento e Capacitação de Recursos Humanos:


Prioridade
 1° Revisão permanente da RENAME;

 2° Promoção do uso racional de medicamentos;

 3° Reorientação da Assistência Farmacêutica;


 4° Organização das atividades de vigilância sanitária de
medicamentos.
Reorientação da Assistência Farmacêutica
 Fundamentada:

 Na promoção do uso racional de medicamentos;

 Na otimização e eficácia do sistema de distribuição no setor

público;

 Medicamento:

 É de fundamental importância;

 Capacidade resolutiva das condições de saúde da


população;
 É considerado um insumo essencial e estratégico.
Assistência Farmacêutica
 Grupo de atividades relacionadas com o medicamento:

 Apoiar as ações de saúde demandadas por uma comunidade.

 O abastecimento de medicamentos em todas e em cada uma de

suas etapas constitutivas;

 Conservação e controle de qualidade;

 Segurança e a eficácia terapêutica dos medicamentos;

 Acompanhamento e a avaliação da utilização;

 Educação permanente dos profissionais de saúde, do paciente e da

comunidade para assegurar o uso racional de medicamentos.


Ciclo da Assistência Farmacêutica
 Para a efetiva implementação da Assistência Farmacêutica é

fundamental ter como princípio básico norteador:

• Apoiar as ações de saúde;


• Promover o acesso da população aos medicamentos
e seu uso racional.
SELEÇÃO

 Processo de escolha de medicamentos:


 Eficazes e seguros;
 Atendam as reais necessidades da população;
 Tendo como base às doenças prevalentes.

 Finalidade:
 Garantir uma terapêutica medicamentosa de qualidade
nos diversos níveis de atenção a saúde.
 Fundamentada:
 Em critérios epidemiológicos, técnicos e econômicos
como, também, na estrutura dos serviços de saúde.
VANTAGENS DA SELEÇÃO

 a) Possibilitar maior eficiência no gerenciamento do Ciclo

da Assistência Farmacêutica.

 b) Disponibilizar medicamentos eficazes e seguros,


voltados para as necessidades da população.

 c) Contribuir para promoção do uso racional de


medicamentos.

 d) Racionalizar custos e possibilitar maior otimização dos

recursos disponíveis.
VANTAGENS DA SELEÇÃO

 e) Permitir a uniformização de condutas terapêuticas,

disciplinando o seu uso.

 f) Propiciar melhores condições para prática da


farmacovigilância.

 g) Desenvolver e facilitar o estabelecimento de ações

educativas para prescritores, dispensadores e usuários.


ESTRATÉGIAS DA SELEÇÃO

 a) Sensibilizar o gestor para a importância da seleção.

 Apresentar argumentos técnicos baseado em:

 Análises de prescrições na rede de saúde;

 Gastos efetuados/mês, dados de consumo e demanda;

 Situação de saúde local, entre outras informações relevantes.

 Objetivo:

 Racionalizar o uso de medicamentos e a utilização dos

recursos financeiros disponíveis.


ESTRATÉGIAS DA SELEÇÃO
 b) Buscar o apoio dos profissionais de saúde.

 Envolver o número mais representativo possível de profissionais de

saúde, para que a Relação de Medicamentos seja referendada.

 c) Levantar as informações necessárias ao desenvolvimento do

trabalho.

 Situação de saúde local (Exemplo: faixa etária, prevalência e

incidência das doenças).

 Medicamentos mais utilizados, demanda e custos.

 Referências bibliográficas para subsidiar o processo de trabalho,

utilizando, por exemplo, a RENAME e outras.


ETAPAS DA SELEÇÃO
 a) Constituir Comissão de Farmácia e Terapêutica – CFT.

 Instância colegiada, de caráter consultivo e deliberativo, que tem por

finalidade assessorar o gestor e a equipe de saúde em assuntos


referentes a medicamentos.
 Composta por médicos, farmacêuticos, enfermeiros, dentistas e outros.

 Funções:

 Seleção de medicamentos e elaboração do Formulário Terapêutico;

 Assessorar a Gerência de Assistência Farmacêutica nos assuntos

referentes a medicamentos;
 Validar protocolos terapêuticos;

 Produzir material informativo sobre medicamentos.


ETAPAS DA SELEÇÃO

 b) Estabelecer critérios para:

 Inclusão e exclusão de medicamentos;

 Prescrição e a dispensação (Exemplo: medicamentos de uso

restrito, como psicofármacos e antimicrobianos);

 Periodicidade da revisão (Exemplo: a cada 2 anos).

 Obs: Somente incluir medicamentos se comprovada a vantagem em

relação aos medicamentos já selecionados.


ETAPAS DA SELEÇÃO
 c) Selecionar os medicamentos de acordo com o perfil
epidemiológico local.

 d) Priorizar os medicamentos considerados básicos e


indispensáveis para atender à maioria dos problemas de saúde
da população.

 e) Comparar custo/tratamento.

 f) Relacionar os medicamentos por grupo terapêutico:

 Denominação Comum Brasileira – DCB;

 Denominação Comum Internacional – DCI.


ETAPAS DA SELEÇÃO
 g) Selecionar medicamentos com eficácia e segurança
terapêutica comprovadas.
 h) Observar a disponibilidade no mercado;

 i) Observar o menor risco/benefício;

 j) Analisar as informações levantadas e definir o elenco de

medicamentos que irá constituir a Relação de Medicamentos.

 k) Avaliar a utilização na rede de saúde:

 Exemplo: Percentual de redução dos custos por tratamento.


PROGRAMAÇÃO
 Consiste em estimar quantidades a serem adquiridas dos

medicamentos;
 Para atender determinada demanda de serviços;

 Em um período definido de tempo;


POR QUE PROGRAMAR?

 Para identificar as quantidades de medicamentos necessárias ao

atendimento da demanda da população.

 Garantir o abastecimento e o acesso ao medicamento.

 Para evitar compras e perdas desnecessárias, assim como

descontinuidade no suprimento.

 Para definir prioridades dos medicamentos a serem adquiridos,

frente à disponibilidade de recursos.


ASPECTOS A SEREM CONSIDERADOS

 a) Dados de consumo e demanda (atendida e não atendida) de

cada produto, incluindo:


 As sazonalidades, estoques existentes, e considerando a

descontinuidade no fornecimento.

 b) Perfil epidemiológico local (morbimortalidade):

 Para que se possa conhecer as doenças prevalentes;

 E avaliar as necessidades de medicamentos para intervenção.


ASPECTOS A SEREM CONSIDERADOS

 c) Conhecimento prévio da estrutura organizacional da rede de

saúde local:
 Níveis de atenção à saúde, oferta e demanda dos serviços,

cobertura assistencial, infraestrutura e recursos humanos.

 d) Recursos financeiros disponíveis:

 Priorizar o que deve ser adquirido para a rede.

 e) Mecanismo de controle e acompanhamento.


ETAPAS DA PROGRAMAÇÃO
 a) Proceder o levantamento de dados sobre:
 Consumo, demanda, estoques e o prazo de validade de cada
produto.
 b) Analisar a programação dos anos anteriores.

 c) Estimar as necessidades reais de medicamentos.

 d) Elaborar planilha constando a relação dos medicamentos,

contendo as especificações técnicas, as quantidades necessárias e


o custo estimado para a cobertura pretendida no período.
 e) Encaminhar ao gestor a planilha para que seja realizada a
aquisição dos medicamentos.
 f) Acompanhar e avaliar.
MÉTODOS PARA PROGRAMAR

 Perfil Epidemiológico:

 Baseia-se, fundamentalmente, no perfil nosológico e nos dados de

morbimortalidade.

 Informações utilizadas:

 Diagnóstico situacional de saúde da população;

 Frequência com que se apresentam as diferentes enfermidades da

população.
 Enfermidades prevalentes, que possam gerar impacto no quadro de

morbimortalidade.
 Esquemas terapêuticos existentes.
Perfil Epidemiológico

 Procedimentos Operacionais:

 Listar os principais problemas de saúde por grupo populacional e

faixa etária.
 Relacionar os medicamentos padronizados.

 Definir o esquema terapêutico e estimar as quantidades de

medicamentos por tratamento.


 Calcular a quantidade necessária para o tratamento da população-

alvo.
 Avaliar a repercussão financeira e compatibilizar com os recursos

existentes.
Perfil Epidemiológico

 Exemplo:
Perfil Epidemiológico

Vantagens Desvantagens
Confiabilidade duvidosa dos
Não requer dados de consumo
registros epidemiológicos

Aplicável quando não se dispõe


de informações de utilização de
Pode acarretar programação
medicamentos e/ou quando se
superestimada.
deseja implantação de novos
serviços na rede de saúde.
MÉTODOS PARA PROGRAMAR

 Consumo Histórico:

 Consiste na análise do comportamento de consumo do


medicamento numa série histórica no tempo, possibilitando
estimar as necessidades.

 Informações utilizadas:

 Os registros de movimentação de estoques;

 Dados de demanda (atendida e não atendida);

 Inventários com informações de, pelo menos, 12 meses, incluídas

as variações sazonais.
Consumo Histórico
 Procedimentos Operacionais:

 Levantar uma série histórica de consumo de medicamentos,


representativa no tempo.
 Calcular o Consumo Médio Mensal (CMM) de cada medicamento.

 Analisar a variação dos consumos de cada medicamento, em função

do tempo.
 Recomenda-se definir um ponto de reposição, considerando o CMM

e o tempo médio para aquisição/ressuprimento.


 Quantificar os medicamentos.

 Deduzir do quantitativo programado o estoque existente


(inventário).
Consumo Histórico

 Consumo Médio Mensal – CMM:

 É a soma dos consumos de medicamentos utilizados em


determinado período de tempo, dividido pelo número de meses em
que cada produto foi utilizado.

 Excluir perdas, empréstimos e outras saídas não regulares.


Consumo Histórico

Vantagens Desvantagens
Não requer dados de
Dificuldade na obtenção de
morbidade e esquemas
dados de consumo fidedignos.
terapêuticos.

Não é muito confiável quando


Requer cálculos simplificados. ocorrem períodos prolongados
de desabastecimento.
AQUISIÇÃO

 Consiste num conjunto de procedimentos pelos quais se

efetiva o processo de compra dos medicamentos.

 Objetivo:

 Suprir as unidades de saúde em quantidade, qualidade e

menor custo/efetividade;
 Manter a regularidade e funcionamento do sistema.
REQUISITOS NECESSÁRIOS

 a) Pessoal qualificado e com conhecimentos específicos na área.

 b) Existência de uma seleção e programação de medicamentos.

 c) Cadastro de fornecedores.

 d) Catálogo ou manual de especificações técnicas dos produtos,

com a especificação correta daqueles a serem adquiridos.

 e) Definição do cronograma de compras: mensal, trimestral,

semestral ou anual, com entrega programada.


REQUISITOS NECESSÁRIOS

 f) Conhecimento dos dispositivos legais:

 Lei de Licitação − Lei n° 8.666/93 e suas atualizações.

 Registro Nacional de Preços - Decreto n° 2.743 de 21/08/98.

 Sistema de Registro de Preços do MS - Lei n° 10.191/01.

 Regulamentação de medicamentos sob controle especial –

Portaria SVS n° 344/98 e suas atualizações.


 Lei dos Medicamentos Genéricos - Lei n° 9.787/99.

 Estabelecimento de requisitos de qualidade na aquisição de

medicamentos-Portaria SVS n° 1.818/98.


REQUISITOS NECESSÁRIOS

 g) Articulação permanente com todos os setores envolvidos no

processo:
 Comissão de licitação, setor de finanças, material e patrimônio,

planejamento, fornecedores, etc.

 h) Instrumentos de controle e acompanhamento do processo de

compra.

 i) Avaliação do processo de aquisição.


ATRIBUIÇÕES DO FARMACÊUTICO NO PROCESSO
DE AQUISIÇÃO
 Estabelecer requisitos técnicos e participar da elaboração

de normas administrativas que irão compor o Edital, e de


procedimentos que orientem o processo de compra.

 Solicitar pedido de compras, definindo as especificações

técnicas:
 Nome pela denominação genérica, forma farmacêutica,
apresentação, quantidades e preços estimados.
ATRIBUIÇÕES DO FARMACÊUTICO NO PROCESSO
DE AQUISIÇÃO
 Encaminhar pedido de compra ao gestor com
estimativa de custos, para dar agilidade ao processo.

 Emitir parecer técnico dos processos de compras

relacionados a medicamentos e/ou outros materiais


sob sua responsabilidade.

 Acompanhar e avaliar o processo de compra e


desempenho dos fornecedores.
ARMAZENAMENTO

 Conjunto de procedimentos técnicos e administrativos

que envolvem as atividades de:


 Recepção/Recebimento de Medicamentos.

 Estocagem e Guarda de Medicamentos.

 Conservação de Medicamentos.

 Controle de Estoque.
ARMAZENAMENTO
 RECEPÇÃO/RECEBIMENTO:

 Ato de conferência;

 Verificar se os medicamentos entregues estão em conformidade

com a especificação, quantidade e qualidade estabelecidas


previamente no edital.

 Verificar os aspectos administrativos:

 Exemplo: nota fiscal, nota de empenho, guia de remessa etc.

 Verificar as especificações técnicas:

 Exemplo: forma farmacêutica, concentração e lote/validade em

conformidade com a solicitação.


Procedimentos Operacionais para Recebimento

 Verificar as especificações técnicas e administrativas em conformidade

com a N.F. e o pedido. Carimbar, assinar e datar a N.F., atestando o


recebimento.

 Registrar a entrada dos medicamentos no sistema de controle existente

(fichas/informatizado).

 Incluir a informação do lote e do prazo de validade no registro da

entrada.

 Comunicar aos setores envolvidos a entrada do produto, para posterior

distribuição.

 Protocolar e encaminhar a via original da nota fiscal ao setor financeiro,

para que seja processado o pagamento.


ARMAZENAMENTO

 ESTOCAGEM E GUARDA:

 Estocar consiste em ordenar adequadamente os produtos em


áreas apropriadas, de acordo com suas características e
condições de conservação exigidas;
 Ex: termolábeis, psicofármacos, inflamáveis, material médico-
hospitalar etc.
 Central de Abastecimento Farmacêutico:

 Área destinada à estocagem e conservação dos produtos;

 Visando assegurar a manutenção da sua qualidade.


ARMAZENAMENTO

 CONSERVAÇÃO:

 É manter os produtos em condições satisfatórias de estocagem

para manutenção de sua estabilidade e integridade durante o


período de vida útil.

 Fatores que afetam a estabilidade dos Medicamentos:

 Fatores intrínsecos: EX. excipiente, conservantes, corantes e

aromatizantes.

 Fatores extrínsecos: Ex. temperatura, ventilação, luminosidade e

umidade.
ARMAZENAMENTO

 CONTROLE DE ESTOQUE:

 Atividade técnico-administrativa que tem por objetivo subsidiar

a programação e aquisição de medicamentos;

 Visando à manutenção dos níveis de estoques necessários ao

atendimento da demanda;

 Evitando-se a superposição de estoques ou desabastecimento

do sistema.
ARMAZENAMENTO

 IMPORTÂNCIA DO CONTROLE DE ESTOQUE:

 Proporcionar subsídios para determinar o que é necessário

adquirir;

 Garantir a regularidade do abastecimento;

 Eliminar perdas e desperdícios.


ARMAZENAMENTO

 Requisitos necessários para um eficiente Sistema de Controle:

 Precisão da informação − Que possibilite condições para

possíveis intervenções, quando necessário.

 Objetividade − As informações devem ser claras e precisas.

 Rapidez − Devem estar disponíveis, quando necessário.

 Arquivo da documentação − As informações devem estar

arquivadas adequadamente e facilmente localizadas, quando da


necessidade de consulta.
Etapas
DISTRIBUIÇÃO

 Atividade que consiste no suprimento de


medicamentos às unidades de saúde:
 Em quantidade;

 Em qualidade e tempo oportuno;

 Para posterior dispensação à população usuária.


Requisitos necessários para Distribuição

 a) Rapidez

 Deve ser realizado em tempo hábil, mediante um cronograma

estabelecido, impedindo atrasos e (ou) desabastecimento do


sistema.

 b) Segurança

 É a garantia de que os produtos chegarão ao destinatário nas

quantidades corretas e com a qualidade desejada.


Requisitos necessários para Distribuição

 c) Sistema de informação e controle

 Deve ser monitorada sempre.

 Informações atualizadas sobre:

 Quantidades recebidas e distribuídas;

 Dados de consumo e da demanda de cada produto;

 Estoques máximo e mínimo;

 Qualquer outra informação necessária para um gerenciamento

adequado.
Requisitos necessários para Distribuição

 d) Transporte

 Devem ser consideradas:

 As condições adequadas de segurança;

 A distância das rotas das viagens;

 O tempo da entrega e os custos financeiros.

 Seleção do veículo:

 Para medicamentos termolábeis:

 Ex.: vacinas, soros e insulinas.

 O veículo deve ter isolamento térmico.


FREQUÊNCIA DE DISTRIBUIÇÃO

 É a periodicidade com que os medicamentos são distribuídos.

 Varia em função da:

 Programação, capacidade de armazenamento, tempo de


aquisição, entre outros.

 Distribuição mensal:

 Mais onerosa ao sistema;

 Garante o melhor acompanhamento e gerenciamento das

informações.

 Objetivo: Evitar o desabastecimento.


ETAPAS DA DISTRIBUIÇÃO

 a) Receber a solicitação de medicamentos por parte do


requisitante.

 b) Analisar a solicitação

 Verificar as quantidades a serem distribuídas, o estoque

existente, a data do último atendimento, entre outros.

 c) Processar o pedido

 Registrar o pedido em 2 vias;

 Uma cópia para a unidade requisitante e a outra para o controle

da distribuição.
ETAPAS DA DISTRIBUIÇÃO

 d) Preparar e liberar o pedido

 Separar os medicamentos solicitados e revisar cada item.

 e) Registrar a saída

 Registrar as informações em livro ata, ficha de controle ou

computador, dependendo do sistema de controle.

 f) Arquivar a documentação

 Deve-se manter o arquivo das cópias de todos os documentos

por um período de cinco anos.


DISPENSAÇÃO

 Ato profissional farmacêutico de proporcionar um ou

mais medicamentos a um paciente, em resposta a


apresentação de uma receita elaborada por um
profissional autorizado.
ASPECTOS LEGAIS PARA DISPENSAÇÃO

 A atividade de dispensação é regulamentada por legislação específica:

 RDC n° 10/2001 e RDC n° 16/2007

 Estabelecimento de critérios para prescrição e dispensação dos

medicamentos genéricos.

 Portaria n° 344/98

 Estabelecimento de critérios para medicamentos sob controle especial.

 RDC n° 471/2021

 Estabelecimento de critérios para a prescrição e dispensação de

medicamentos à base de substâncias classificadas como


antimicrobianos.
RDC - n° 10/02/01 e RDC n° 16/03/2007

 Prescrição
 No âmbito do SUS, as prescrições pelo profissional responsável

adotarão, obrigatoriamente, a DCB, ou, na sua falta, a DCI;

 Nos serviços privados de saúde, a prescrição ficará a critério do

profissional responsável, podendo ser realizada sob a DCB ou, na sua


falta, sob a DCI ou sob o nome comercial;

 No caso de o profissional prescritor decidir pela não-intercambialidade

de sua prescrição, a manifestação deverá ser efetuada por item


prescrito, de forma clara, legível e inequívoca, devendo ser feita de
próprio punho, não sendo permitidas outras formas de impressão.
RDC - n° 10/02/01 e RDC n° 16/03/2007

 Dispensação

 Será permitida ao profissional farmacêutico a substituição do

medicamento prescrito pelo medicamento genérico correspondente,


salvo restrições expressas pelo profissional prescritor;

 Nesses casos, o profissional farmacêutico deverá indicar a


substituição realizada na prescrição, apor seu carimbo a seu nome
e número de inscrição do CRF, datar e assinar;

 Nos casos de prescrição com a DCB ou a DCI, somente será

permitida a dispensação do medicamento de referência ou de


genérico correspondentes.
RDC - n° 10/02/01 e RDC n° 16/03/2007

 Dispensação

 É dever do profissional farmacêutico explicar, detalhadamente, a

dispensação realizada ao paciente ou usuário bem como


fornecer toda a orientação necessária ao consumo racional do
medicamento genérico;

 A substituição do genérico deverá pautar-se na relação de

medicamentos genéricos registrados pela ANVISA;

 A relação de medicamentos genéricos deverá ser divulgada pela

ANVISA por intermédio dos meios de comunicação.


Portaria 344/98
 Notificação de Receita tipo “A” – Cor Amarela

 Medicamentos na listas A1 e A2 (Entorpecentes) e A3 (Psicotrópicos);

 Validade após prescrição: 30 dias; em todo território Nacional.

 Quantidade máxima/Receita:
 30 dias de tratamento (para outras formas farmacêuticas).
 Limitado a 5 ampolas por medicamento injetável.
Portaria 344/98
 Notificação de Receita tipo “B1” – Cor Azul

 Medicamentos na lista B1 (Psicotrópicos);

 Validade após prescrição: 30 dias; somente no estado emitente.

 Quantidade máxima/Receita:
 60 dias de tratamento (para outras formas farmacêuticas).
 Limitado a 5 ampolas por medicamento injetável.
RDC n° 471/2021

 Prescrição

 Profissionais legalmente habilitados;

 Receituário privativo do prescritor ou do estabelecimento de

saúde, não havendo, portanto, modelo de receita específico.


 Válida em todo o território nacional;

 Válida por 10 (dez) dias a contar da data de sua emissão.

 Poderá conter a prescrição de outras categorias de


medicamentos desde que não sejam sujeitos a controle
especial.
RDC n° 471/2021

 Prescrição

 Deve ser legível, sem rasuras, em 2 (duas) vias e contendo os

seguintes dados obrigatórios:


 I - identificação do paciente: nome completo, idade e sexo;

 II - nome do medicamento ou da substância prescrita sob a forma

de DCB, dose ou concentração, forma farmacêutica, posologia e


quantidade (em algarismos arábicos);
 III - identificação do emitente: nome do profissional com sua
inscrição no Conselho Regional ou nome da instituição, endereço
completo, telefone, assinatura e marcação gráfica (carimbo); e
 IV - data da emissão.
RDC n° 471/2021

 Dispensação

 Em farmácias e drogarias públicas e privadas:

 Retenção da 2ª (segunda) via da receita, devendo a 1ª

(primeira) via ser devolvida ao paciente.


 O farmacêutico não poderá aceitar receitas posteriores ao

prazo de validade estabelecido nos termos desta Resolução.


 As receitas somente poderão ser dispensadas pelo
farmacêutico quando apresentadas de forma legível e sem
rasuras.
RDC n° 471/2021

 Dispensação

 No ato da dispensação devem ser registrados nas duas vias da

receita os seguintes dados:


 I - a data da dispensação;

 II - a quantidade aviada do antimicrobiano;

 III - o número do lote do medicamento dispensado; e

 IV - a rubrica do farmacêutico, atestando o atendimento, no

verso da receita.
RESPONSABILIDADES DO FARMACÊUTICO

 Analisar a prescrição;

 Esclarecer ao cidadão a razão do uso do medicamento;

 Modo de Usar: se com água e/ou alimentos, antes, durante ou

após as refeições.

 Via de Administração;

 Horários de Administração;

 Quantidade de Medicamento/Duração do Tratamento.

 Orientar sobre os cuidados e guarda dos medicamentos,

especialmente os termolábeis e aqueles sob controle especial.


RESPONSABILIDADES DO FARMACÊUTICO

 Objetivos da informação e orientação ao paciente

 Educar para o uso correto do medicamento.

 Contribuir para o cumprimento da prescrição médica.

 Proporcionar uma atenção farmacêutica de qualidade.

 Garantir o fornecimento do medicamento correto e na

quantidade adequada.
OUTRAS RESPONSABILIDADES DO FARMACÊUTICO

 Conhecer, interpretar e estabelecer condições para o

cumprimento da legislação pertinente;

 Coletar e registrar ocorrências de reações adversas e

efeitos colaterais relativos ao uso de medicamento,


informando à autoridade sanitária local.
ETAPAS DA DISPENSAÇÃO

 a) Cadastrar cada paciente;

 b) Analisar a prescrição;

 c) Separar o medicamento;

 d) Marcar na receita os itens atendidos e não atendidos

e datar a entrega nas duas vias da prescrição, assinar e


carimbar;

 e) Orientar o paciente.
Descarte de medicamentos
Onde devem ser descartados medicamentos?
 Ex.: medicamentos vencidos, frascos, materiais perfurocortantes.
Medicamentos e suas embalagens

 Embalagens

 Primarias – contato direto com o medicamento.

 Secundaria – envolve a embalagem primaria.

 Terciaria – contêm as embalagens secundarias.


Onde devem ser descartados as embalagens primárias?
Onde devem ser descartados embalagens secundárias e
terciárias?
Onde devem ser descartados medicamentos e embalagens?

 Ex.: medicamentos vencidos, frascos, materiais perfurocortantes.

 Unidades Básicas de Saúde;

 Supermercados;

 Farmácias e Drogarias;
O que é feito com os medicamentos descartados?

 São levados a usinas de tratamento, preparadas ambientalmente:

 São descontaminados.

 São incinerados (queimados).


Qual a importância do descarte correto?

 Evitar a contaminação por resíduos tóxicos e a


resistência microbiana a medicamentos.

 Evitar danos aos animais, ao meio ambiente e,


consequentemente aos seres humanos.
• Vamos conhecer as
principais características do
sistema Hórus

• Para iniciar,
• Vocês saberiam dizer por
que este sistema foi
criado?
Alguns motivos

 Existência de informações:

 Pouco fidedignas e insuficientes.

 Ausência de informações:

 Acesso;

 Perfil de utilização;

 Controle de demanda e estoque.


Quem desenvolveu o sistema?

Sistemas do SUS integrados

CADSUS WEB
Cadastro Nacional de
Usuários do SUS
Objetivos do Hórus

 Qualificar a gestão da Assistência Farmacêutica nos municípios,

nos estados e na União.

 Monitorar e avaliar as ações da Assistência Farmacêutica no

País.

 Contribuir para o planejamento dos serviços.

 Conhecer o perfil de acesso e utilização de medicamentos pela

população.
Objetivos do Hórus

 Otimizar os recursos financeiros.

 Qualificar a atenção à saúde prestada aos usuários do SUS.

 Oferecer uma base de dados para consolidar a elaboração de

indicadores.

 Contribuir com a formação da Base Nacional de dados de ações

e serviços da Assistência Farmacêutica no SUS.


Fluxo de movimentações
A utilização do Hórus nos estabelecimentos proporciona:

 1 – O gerenciamento estratégico dos medicamentos, possibilitando:

 a) A solicitação de produtos ao almoxarifado/CAF em tempo real.

 b) A programação de aquisição a partir do consumo e do estoque

disponível nos estabelecimentos de saúde.

 c) O acompanhamento das validades.

 d) A rastreabilidade de lotes dos medicamentos.

 e) O remanejamento entre estabelecimentos de saúde e a


atualização de estoques em tempo real.
A utilização do Hórus nos estabelecimentos proporciona:

 2 – O acompanhamento das dispensações registradas,


possibilitando:

 a) A identificação dos usuários do SUS, a partir do CADSUS Web.

 b) A finalização dos atendimentos em outros estabelecimentos

de saúde da mesma esfera.

 c) O conhecimento do padrão de consumo de medicamentos por

estabelecimento de saúde.

 d) O conhecimento da demanda atendida e não atendida.


A utilização do Hórus nos estabelecimentos proporciona:
O acesso às funcionalidades do Hórus
 1-Gestor municipal:

 Acesso a todas as funcionalidades do sistema e a todos os

estabelecimentos de saúde da esfera municipal.

 2-Almoxarifado/CAF:

 Profissionais que trabalham em estabelecimentos que realizam a

distribuição de produtos para outros estabelecimentos.

 3-Farmácia/Unidade de Saúde:

 Profissionais que trabalham nas farmácias ou unidades de saúde

que realizam solicitação, recebimento e dispensação.


Política Nacional de Atenção Básica
PORTARIA Nº 2.436, DE 21 DE SETEMBRO DE 2017.
 Aprova a Política Nacional de Atenção Básica;

 Estabelecendo a revisão de diretrizes para a organização da

atenção básica, no âmbito do SUS:

Programa de Agentes
Comunitários de Saúde -
PACS
Atenção Básica

 Conjunto de ações de saúde individuais, familiares e coletivas;

 Promoção, proteção, prevenção, diagnóstico;

 Tratamento, reabilitação e vigilância em saúde;

 Desenvolvida por meio de práticas de cuidado integrado e

gestão qualificada;

 Realizada com equipe multiprofissional e dirigida à

população em território definido.


Atenção Básica
 Deve ser o contato preferencial dos usuários;

 A principal porta de entrada e;

 Centro de comunicação da Rede de Atenção à Saúde.

 São princípios: • São Diretrizes:


 A universalidade; • Regionalização e Hierarquização;

 A equidade e; • População Adscrita;

 A integralidade.
• Cuidado centrado na pessoa;
• Resolutividade;
• Longitudinalidade do cuidado.
Da infraestrutura e funcionamento da Atenção Básica

 Unidades Básicas de Saúde (UBS):

 São construídas de acordo com as normas sanitárias;

 Tendo como referência:

 Manual de infraestrutura do Departamento de Atenção Básica.


Da infraestrutura e funcionamento da Atenção Básica
 Unidades Básicas de Saúde (UBS):

Área para assistência farmacêutica


Da infraestrutura e funcionamento da Atenção Básica

 Unidades Básicas de Saúde (UBS):


Da infraestrutura e funcionamento da Atenção Básica

 Equipes multiprofissionais das UBS são compostas por:

 Médicos, enfermeiros, cirurgiões-dentistas;

 Auxiliar em saúde bucal ou técnico em saúde bucal;

 Auxiliar de enfermagem ou técnico de enfermagem;

 Agentes comunitários de saúde;

 Entre outros profissionais em função da realidade


epidemiológica, institucional e das necessidades de
saúde da população.
Assistência Farmacêutica

 Visa a assegurar o acesso da população:

 Aos medicamentos

 Promover uso correto dos medicamentos.

 Objetivos:

 Garantir a integralidade do cuidado;

 Resolutividade das ações em saúde.


 Os medicamentos contribuem:

 Controle das doenças;

 Aumento da expectativa e da qualidade de vida da população.

 A sua ausência ou uso irracional coloca em risco os


investimentos nas ações de saúde.
Como garantir o uso racional de medicamentos?
 1° - Definir claramente o objetivo terapêutico do uso do
medicamento;
 2° - Prescrever o medicamento apropriado:
 De acordo com dados de eficácia, segurança e adequação ao
indivíduo.
 Forma farmacêutica e o regime terapêutico.

 3° - Dispensar em condições adequadas;


 Orientar ao usuário, e este deve cumprir o regime terapêutico

da melhor maneira possível;


 A fim de que surjam resultados terapêuticos desejados.
Serviços farmacêuticos na Atenção Básica à Saúde
 A participação ativa do farmacêutico nas equipes

multiprofissionais é vista como necessidade para o

redesenho do modelo de atenção às condições

crônicas e para melhoria dos resultados em saúde,

particularmente no nível dos cuidados primários.


“Don’t complain,

don’t explain”

“Just show up and do your best”

Obrigado!

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