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Acúmulos Intracelulares
As células do nosso corpo podem acumular substâncias de forma endógena ou exógena por
diversos motivos. Normalmente essas substâncias se dividem em constituintes celulares
normais (água, lipídios, proteínas e carboidratos) e anormais, sendo elas endógenas (produto
de um metabolismo anormal) ou exógenas (mineral ou produtos de agentes infecciosos). O
acúmulo dessas substâncias é atribuído a três tipos principais de anormalidades.
ocorre com a sílica, por exemplo, que não é metabolizável e acaba se acumulando no
citoplasma da célula.
PROTEÍNAS
O acúmulo dessas moléculas pode ocorrer por motivos genéticos, metabólicos e patológicos.
Abaixo se encontram alguns exemplos de acúmulo proteico no meio intracelular e extracelular.
Histologicamente, o acúmulo desses compostos pode ser notado como vesículas eosinófilas,
vacúolos e gotículas arredondadas.
LIPÍDIOS
O principal sinal para o acúmulo de lipídios no meio intracelular é a esteatose (degeneração
gordurosa). Esse acúmulo ocorre no coração, fígado, rins e músculos esqueléticos; sendo que o
acúmulo sempre ocorre nas células parenquimatosas desses órgãos. Histologicamente
notamos a presença de vários vacúolos brancos, sendo a coloração feita por Sudan IV.
Normalmente é causada por toxinas (álcool), desnutrição proteica, diabetes melitus,
obesidade e anóxia.
Alcoolismo: É uma das causa de degeneração gordurosa no fígado. Os ácidos graxos livres
da alimentação ou tecidos adiposos são transportados ao fígado, local para sofrerem
transformação em triglicerídeos, fosfolipídios, corpos cetônicos ou colesterol. A liberação
dos triglicerídeos do fígado requer a associação com apoproteínas, sendo que defeito em
qualquer etapa deste processo pode levar ao acúmulo de gordura nos hepatócitos. O
álcool atua alterando funções mitocondriais, a desnutrição proteica reduz a produção de
apoproteína, anóxia inibe a oxidação de gorduras e desnutrição aumenta a mobilização de
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ácidos graxos. Quando a degeneração é leve pode não causar efeitos nas células. Já uma
degeneração mais grave pode afetar a função celular, chegando à morte celular.
O colesterol é utilizado na célula para compor as membranas celulares, mas não fica
acumulado na célula. Porém, em situações patológicas pode haver acúmulo.
GLICOGÊNIO
Outros exemplos muito importantes se relacionam com o músculo e o fígado. Esses locais
armazenam muito glicogênio, causando problemas como o aumento do coração no caso do
músculo cardíaco e acumulação de glicogênio nos hepatócitos. Normalmente esse acúmulo se
dá por meio de problemas nas enzimas responsáveis pela degeneração do glicogênio como a
fosforilase.
CÁLCIO
A calcificação é um evento patológico que pode ser metabólico ou não. Quando temos
calcificação em áreas de necrose denominamos de calcificação distrófica. Quando temos
calcificação em tecidos normais por conta de defeitos no metabolismo secundário
denominamos de calcificação metastática.
PIGMENTOS
Os pigmentos são substâncias coloridas de origem endógena ou exógena podendo ser normal
ou anormal.
Endógenos:
Lipofuscina (lipocromo): é um pigmento insolúvel composto de polímeros de lipídios
e fosfolipídios com proteínas, derivada da peroxidação lipídica de membranas. Ela não
é tóxica à célula, mas funciona como indicativo para lesão por radicais livres ou
peroxidação lipídica. As características da lipofuscina incluem cor marrom-amarelada,
localização perinuclear e vista em células sofrendo lentas alterações regressivas, como
no coração e fígado de idosos.
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