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DEGENERAÇÃO MUCOIDE
Ocorre por hiperprodução de muco
(glicoproteínas) por células mucíparas dos tratos
digestório e respiratório, provocada pela síntese
exagerada de mucinas por células de neoplasias
(adenomas e adenocarcinomas).
- ACUMULO DE CARBOIDRATOS –
GLICOGENOSE
Também chamada de infiltração glicogênica, é a
situação em que há um acúmulo anormal de
Glicogenose hepática em cão, com vários vacúolos
glicogênio dentro da célula, devido a
desequilíbrios na síntese ou degradação
(catabolismo) de glicogênio, podendo afetar
rins, fígado, músculos esqueléticos e coração.
Em Medicina Veterinária, pode ser causada por:
-Diabetes mellitus, havendo infiltração
glicogênica em rins e ilhotas de Langerhans.
-Corticoesteroides endógenos ou exógenos,
levando a uma hepatopatia induzida por
esteroides. É a causa mais comum.
-Doenças do armazenamento, deficiência
genética da enzima glucose-6-fosfatase,
caracterizando Glicogenose hereditária, muito
rara. Infiltração glicogênica em fígado
NECROSE
Rim em necrose, citoplasma eosinofílico (seta)
Morte celular que ocorre em um organismo vivo
e seguida de fenômenos de autólise. Quando a
agressão é suficientemente forte interrompe-se
a produção de energia, os lisossomos perdem a
capacidade de conter hidrolases que
extravasam para o citosol e iniciam a autólise,
com a digestão dos substratos celulares,
causando as alterações morfológicas vistas nos
tecidos em necrose. As células necróticas são
incapazes de manter a integridade da
membrana e seus conteúdos sempre são
liberados no meio externo, um processo que
provoca a inflamação no tecido circundante.
Tecidos em necrose também têm por
característica as alterações nucleares de
picnose, cariorrexe e cariólise. Dentre as
alterações no citoplasma, é possível perceber
um aumento na eosinofilia (acidofilia) por conta
da perda de RNA (desacoplamento de
ribossomos e desintegração de polissomos) e
desnaturação de proteínas com exposição de
radicais acídicos. Além disso, pode ser visto um
aspecto vacuolado em decorrência da digestão
NECROSE DE COAGULAÇÃO
Frequentemente ocorre devido a isquemia. A isquemia causada por obstrução de um vaso provoca
necrose de coagulação dos tecidos em todos os órgãos, exceto no cérebro; é a forma de necrose tecidual
na qual a arquitetura básica dos tecidos mortos é preservada por alguns dias. Ela é determinada pela
desnaturação das proteínas celulares autolíticas. Os tecidos afetados exibem uma consistência firme.
Uma área localizada de necrose de coagulação é chamada de infarto.
APOPTOSE
A apoptose é uma via de morte celular induzida
por um programa de suicídio estritamente
regulado no qual as células destinadas a morrer
ativam enzimas que degradam seu próprio DNA
e suas proteínas nucleares e citoplasmáticas. A
apoptose ocorre normalmente durante o
desenvolvimento e por toda a vida, e serve para
eliminar células indesejáveis, velhas ou
potencialmente prejudiciais. É também um
evento patológico quando células doentes se
tornam
Quanto aos aspectos morfológicos, é de difícil MITOCONDRIAL (VIA INTRÍNSECA)
visualização em HE pois a apoptose afeta as
Principal mecanismo de apoptose em todas as
células individualmente, mas as principais
células dos mamíferos. A viabilidade celular é
características são: retração celular (célula com
mantida pela indução de proteínas
tamanho menor e citoplasma mais
antiapoptóticas, tais como BCL2, por sinais de
denso/condensado por perda de água e
sobrevivência. Essas proteínas mantêm a
reorganização do citoesqueleto), condensação
integridade da membrana mitocondrial e evitam
da cromatina (que forma grumos junto à a saída de proteínas mitocondriais. B, Perda de
membrana nuclear), fragmentação nuclear sinais de sobrevivência, danos no DNA e outras
(cariorrexe) e formação de bolhas agressões ativam os sensores que antagonizam
citoplasmáticas e corpos apoptóticos. as proteínas antiapoptóticas e ativam as
A apoptose resulta da ativação de enzimas proteínas próapoptóticas BAX e BAK, que
chamadas caspases (proteases). A caspases formam canais na membrana mitocondrial. A
sofrem ativação sequencial (primeira caspase saída subsequente do citocromo c, que se liga à
ativada, ativa cascata de caspases) e isso proteína APAF‑1, formando um apoptossomo
depende de um equilíbrio firmemente que se liga à caspase‑9, cuja ação enzimática
sintonizado entre vias proapoptóticas e cliva uma caspase‑9 adjacente, desencadeando
antiapoptóticas. As caspases podem ser ativadas uma cascata de ativação das caspases
por duas vias: executoras (3, 6, 7) por clivagem levando à
apoptose.
RECEPTOR DE MORTE (VIA EXTRÍNSECA)
Via iniciada pela ativação de receptores de
morte na membrana plasmática em diversas
células, receptores que são membros da família
do receptor TNF. Os principais receptores são:
TNFR-1 e Fas. Os ligantes desses
receptores são αTNF e FasL
respectivamente. Quando há
essa ligação, outras moléculas
de Fas se juntam formando um
sítio de ligação para a proteína
FADD, que por sua vez, se liga à
uma caspase-8 inativa. Então,
moléculas de pró‑caspase‑8 se
aproximam, e elas clivam umas
às outras para gerar a
caspase‑8 ativa, que por sua vez
promove outras clivagens,
culminando na cascata de
caspases executoras (3, 6, 7),
levando à apoptose.
Como visto, as duas vias de iniciação convergem
para uma cascata de ativação de caspases que
medeiam a fase final da apoptose. Uma vez
ativadas, as caspases clivam um inibidor de uma
DNase citoplasmática, tornando‑a
enzimaticamente ativa; esta enzima induz a
clivagem do DNA. Além disso elas também
degradam os componentes estruturais da matriz
nuclear, promovendo, assim, a fragmentação do
núcleo. Por fim, há formação de corpos
apoptóticos que é a quebra as células em
fragmentos “diminutos” prontos para serem
fagocitados já que células que estão morrendo
por apoptose secretam fatores solúveis que
recrutam os fagócitos. Esse processo de
fagocitose de células apoptóticas é tão eficiente
que as células mortas desaparecem, dentro de
minutos, sem deixar traços, e a inflamação está
ausente, mesmo ocorrendo extensa apoptose.
Vale ressaltar que um tecido pode apresentar
tanto necrose como apoptose, apesar de serem
diferentes tipos de morte celular.
Alterações de interstício componente P (10%). Os aminoácidos são
dispostos em forma de pregueamento β.
Além das células, outros componentes dos
tecidos podem sofrer lesão, como a matriz Microscopicamente, o material amiloide
extracelular – interstício. extracelular hialino é visto como homogêneo,
amorfo e eosinofílico, em coloração por HE, mas
AMILOIDOSE para confirmar se o material é amiloide, já que
Deposição nos tecidos de Amiloide, material várias substâncias coram como eosinofílicas, é
proteico fibrilar sem ramificação, com preciso utilizar de uma coloração especial
características tintoriais, ultraestruturais e Vermelho-congo, onde fica de cor vermelho-
químicas próprias, que pode causar alaranjada e quando submetida à luz polarizada,
interferência com o metabolismo de órgãos se vê uma birrefringência de cor verde-maçã.
vitais (p. ex. rim, coração) e levar à morte. Já na microscopia eletrônica o amiloide é visto
O material amiloide é composto pela proteína com aspecto fibrilar/filamentoso.
amiloide (90%) e pela glicoproteína do
A amiloidose resulta da dobragem irregular de proteínas que são
depositadas como fibrilas no interstício, quando os mecanismos
de degradação de proteínas de dobragem irregular falham.
As formas bioquímicas de Amiloide são:
PROTEÍNA AL- amiloide de cadeia leve, que gera amiloidose primária; esse amiloide é produzido por
plasmócitos, deriva de cadeias leves de imunoglobulinas. Acontece em casos de mieloma.
PROTEÍNA AA- Derivado da proteína plasmática SAA, produzida no fígado para auxiliar a fagocitose por
macrófagos durante processos inflamatórios. Quando há defeito na degradação de SAA, gerando
deposição de AA em casos de doenças inflamatórias crônicas, como pneumonia, lepra lepromatosa,
tuberculose, osteomielite e artrite reumatoide.
A Amiloidose pode ser localizada (idiopática-sem causa definida), com depósitos de material amiloide
limitados a um único tecido ou órgão, como em casos de amiloidose nasal de equinos e pancreática de
gatos.
Baço em Sagu
GOTA ÚRICA
É a deposição de cristais de urato de sódio ou outros uratos nos tecidos em mamíferos, aves e répteis.
Existem suas formas: Gota articular, onde há deposição de urato nas articulações, sendo rara em
animais; e Forma visceral, quando há deposição de cristais de urato nas vísceras, acometendo serosas,
principalmente pericárdio parietal e rins.
http://depto.icb.ufmg.br/dpat/setores/museu/
banco_imagens/degener.htm, Lâminas 09
(fígado - esteatose), 60 (Lesão vegetante ao
nível do prepúcio - degeneração hidrópica), 81
e 81A (Formação tumoral ovariana -
degeneração mucoide), 94A (fígado - infiltração
glicogênica) e 109 (cerebelo - hialinose
intracelular).
http://depto.icb.ufmg.br/dpat/setores/museu/
banco_imagens.htm: novas imagens (lâminas
74 - necrose de coagulação, 80 - apoptose; 84 -
necrose caseosa).
https://www.virtualpathology.leeds.ac.uk/slide
s/library/, Caso 1111 (necrose de coagulação -
palavra de busca: infarct) e o caso 1089
(necrose caseosa - palavra de busca:
tuberculosis).
http://depto.icb.ufmg.br/dpat/setores/museu/
banco_imagens/degener.htm, Lâminas 23 (
amiloidose) e 70 (hialinização do interstício).