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O Trato Urinário é composto pelos rins, ureteres, bexiga e uretra. Os rins são
responsáveis pela regulação da composição iônica, pela osmolaridade, pH e
volume sanguíneos, pela regulação da pressão arterial, pela liberação de
hormônios e pela excreção de resíduos e substâncias estranhas. Os ureteres
são dois tubos que transportam a urina dos rins para a bexiga e realizam
contrações rítmicas, o peristaltismo. A bexiga funciona como um reservatório
temporário para o armazenamento da urina. Possui um esfíncter interno, de
contração involuntária, que previne o esvaziamento e um esfíncter externo, de
contração voluntária, que é responsável pela resistência a necessidade de
urinar. Por fim, temos a uretra, que conduz a urina da bexiga para o meio externo.
Outra via menos frequente é a via hematogênica, pois os rins são muito
vascularizados. Esta via assume maior importância em neonatos.
Já a via linfática, através das conexões linfáticas entre intestino e rins, embora
rara, pode ocorrer em casos de obstrução intestinal.
Existem fatores que aumentam o risco de adquirir infecção pela via ascendente.
Em ambos os sexos a diabetes, por conta da glicosúria é um desses fatores. Nas
mulheres, acrescenta-se a atividade sexual, devido ao retardo na micção, a má
higiene, o uso de espermicidas, que favorecem a colonização vaginal por E.coli,
a utilização de diafragma, a gravidez e a pós menopausa. Já no homem os
fatores são doença prostática, cateterismo vesical, homossexualidade e
colonização da parceira.
A urina pode ser coletada por aspiração supra púbica, cateterização, coletor
infantil ou por jato médio de micção espontânea.
Na aspiração supra púbica a coleta é feita por médico, através de punção direta
da bexiga com agulha e seringa, e mesmo um pequeno número de
microrganismos pode ser significativo, portanto, é necessário que o laboratório
seja informado que a coleta foi efetuada por esta técnica. Este tipo de coleta é a
técnica mais fidedigna para identificar bacteriúria.
Em crianças de baixa faixa etária utiliza-se o coletor infantil ou saco coletor, após
a higienização do local. No caso de meninas, colocar o adesivo na pele em volta
dos genitais externos, de maneira que a vagina e o reto fiquem isolados, evitando
a contaminação. Nos meninos, colocar o coletor autoaderente de maneira que o
pênis fique em seu interior. O saco coletor deve permanecer por no máximo 30
minutos. Se a criança não urina, nova assepsia deve ser feita seguida da
colocação de outro saco coletor.
Temos também o lamino cultivo feito em recipiente plástico cilíndrico, onde pode
ser coletada a urina, com uma tampa ligada a um suporte plástico com duas
faces contendo meios de cultura como CLED e MacConkey ou outras
combinações.
Esta técnica é utilizada por laboratórios com pequena rotina ou com grande
movimento, por ser de fácil semeadura (não necessita de alça calibrada), fácil
transporte da urina (no próprio recipiente) e por identificar os principais
patógenos envolvidos nas ITUs. A desvantagem é ser um método
semiquantitativo por possui menor superfície de leitura.