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Comunicação Livre

Infeção Urinária Associada a Algaliação

AUTORES

Carina Mendes Teixeira; Cidália Marlene Teixeira Ferreira; Liliana Carina Matos
Teixeira Vasconcelos; Maria Alice Barbosa Ferraz Ribeiro; Susana Maria
Almeida Penetro. Telem: 961908486; Email: susanapenetro@hotmail.com;
Telmo Marcos Mendes Silva

INTRODUÇÃO

A infeção urinária constitui um problema com consequências importantes a nível


socio-económico em todo o mundo. É uma das infeções com maior importância
pela grande repercussão em termos de morbilidade, de impacto pessoal e
económico. A cateterização vesical é a principal causa de infeção urinária e é
frequente em cerca de 33% dos casos. A septicemia é a complicação mais
grave da infeção com uma prevalência de 1-3% dos casos e a taxa de
mortalidade desta, ronda os 30% ou mais.

OBJECTIVOS

 Definir Infeção Urinária;

 Inumerar as complicações mais frequentes;

 Identificar os agentes causais de uma infeção após algaliação


METODOLOGIA

Para realização deste projeto utilizamos artigos científicos e pesquisa


bibliográfica. O trabalho será ilustrado com imagem elucidativa.

DESENVOLVIMENTO

A algaliação é reconhecida como o principal fator de risco associado à infeção


urinária, depende do método, da duração da cateterização, da qualidade dos
cuidados ao cateter e da suscetibilidade individual de cada doente. As infeções
urinárias estão presentes em cerca de 1 a 5 % das algaliações de curta duração
e sobe para 100% em algaliações superiores a 4 dias em sistema de drenagem
aberto. Os agentes causais variam com o tipo de doente, duração da
cateterização e política de utilização de antibióticos.

O trato urinário é mais frequentemente invadido de baixo para cima, ou a partir


do sangue, via rim. Os agentes infetantes podem ser introduzidos
mecanicamente no momento da cateterização, quando a ponta do cateter passa
através da porção colonizada da uretra.

As complicações mais frequentes são as infeções por ascensão bacteriana, a


formação de falso trajeto por traumatismo da mucosa uretral, as cistouretrites, a
perfuração da uretra e a estenose da uretra.

Os sistemas fechados não devem ser abertos por razões triviais. Os sacos
coletores nunca devem ser colocados acima do nível da uretra pois o refluxo da
urina provoca a contaminação vesical e aumenta a possibilidade de infeção.
Caso exista o risco de refluxo, antes de qualquer movimento o cateter deve ser
clampado. Após algaliação é discutível o uso de antissépticos para evitar a
colonização da uretra uma vez que esta habitualmente começa com a inserção
da algália.

CONCLUSÃO
A incidência das infeções urinárias pode ser reduzida evitando-se, sempre que
possível, a algaliação ou, quando esta é realmente necessária, através da sua
remoção logo que deixe de se justificar. Embora nem todas as infeções urinárias
possam ser prevenidas, acredita-se que um grande número podem ser evitadas
através de um adequado cuidado ao doente algaliado.

BIBLIOGRAFIA

 Recomendações Europeias - HARMONY Guidelines: , “Prevenção da


Infecção Urinária Nosocomial”, 2000-2001

 Programa Nacional de Controlo da Infecção (2004) – Recomendações


para a prevenção da Infecção do tracto urinário. INSA

 Pina, Elaine: “Inquérito de Prevalência de Infeção”, relatório preliminar,


PNCI-INSA, 2003

 Prevalência da Algaliação sem Indicação “Um Fator de Risco Evitável” -


Natércia Caramujo, Manuel Carvalho, Helena Caria - Acta Med Port 2011;
24(S2): 517-522-

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