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– Em pacientes com sintomas leves ou moderados, a terapia VO – Possíveis complicações da pielonefrite aguda são abscessos
é adequada e o tratamento empírico pode ser iniciado com renais ou perirrenais.
quinolonas. – Um quadro clínico insidioso, com febre, anorexia, dor lombar,
– Em pacientes com quadro mais grave, está indicada perda de peso e sudorese noturna, pode ocorrer tanto em
hospitalização, com instituição de terapia parenteral inicial abscessos primários (por disseminação hematogênica) como
com aminoglicosídeo, quinolona, betalactâmico com inibidor nos secundários à pielonefrite aguda, à obstrução urinária, aos
da betalactamase ou cefalosporina de espectro estendido. cálculos, aos cistos ou à infecção de vísceras adjacentes.
– A grande resistência dos patógenos urinários à ampicilina, à – Alguns pacientes têm uma apresentação mais dramática,
amoxicilina, às sulfonamidas e às cefalosporinas de primeira com febre alta, dor lombar e evidência de bacteriemia.
geração faz desses medicamentos opções pouco atrativas – Nas situações de maior gravidade, deve-se pensar em
para o tratamento de infecções urinárias complicadas. abscesso, obstrução urinária (com pionefrose) ou necrose
– As fluoroquinolonas são especialmente úteis no manejo de papilar aguda (sobretudo em diabéticos). O diagnóstico (por
infecções complicadas em pacientes ambulatoriais, por terem US, TC ou cintilografia com gálio) deve ser feito rapidamente, e
amplo espectro, alta potência e baixa prevalência de o tratamento cirúrgico é, em geral, indicado.
resistência. Infecção urinária associada a cateter
– Alguns desses fármacos são disponíveis por via parenteral e – A cateterização prolongada leva à bacteriúria assintomática
VO. Isso pode favorecer a opção por esses antibióticos, pois o em mais de 90% dos pacientes, não sendo recomendado o seu
uso parenteral pode ser seguido pelo uso VO do mesmo tratamento, já que é pouco efetivo e há grande probabilidade
medicamento. de selecionar germes resistentes.
– Além disso, têm alta biodisponibilidade VO, grande – A prevenção é a conduta mais importante e inclui inserção
penetração tecidual e, no caso de algumas quinolonas mais do cateter de forma estéril, troca periódica do cateter para
novas (moxifloxacino), meia-vida longa. evitar formação de biofilme, remoção do cateter o mais rápido
Pielonefrite possível e uso de sistema fechado, entre outras medidas.
– O medicamento ideal para tratamento da pielonefrite deve – Os antimicrobianos devem ser usados quando houver
ser bactericida e ter amplo espectro de ação e características sintomas ou evidência de bacteriemia.
farmacocinéticas que permitam uma alta concentração do ITU em homens
fármaco no parênquima renal e na via urinária. – A ITU em homens ocorre mais frequentemente após os 40 anos
– O padrão de resistência na comunidade também é um fator de idade e, muitas vezes, está associada à obstrução
importante na escolha do tratamento. prostática do trato urinário.
– A escolha deve ser realizada com base no perfil de resistência – A contaminação da amostra urinária ocorre com muito
local, nos custos, nos efeitos colaterais e na preferência do menos frequência do que em mulheres, tanto que uma única
paciente. contagem ≥ 105 UFC/mL de urina já é suficiente para fazer o
– O tratamento ambulatorial de primeira linha para pielonefrite diagnóstico de bacteriúria em homens.
aguda não complicada em pacientes sem doença sistêmica – No caso de urina coletada por cateter, o diagnóstico se dá a
grave são as fluoroquinolonas, como ciprofloxacino por 7 dias partir de 1.000 UFC/mL, assim como nas mulheres.
e levofloxacino por 5 dias em caso de resistência local < 10% – Como as infecções urinárias em homens são, por definição,
exceto em mulheres grávidas e crianças. infecções complicadas, a avaliação do trato urinário é
– Em caso de resistência à fluoroquinolona > 10%, deve-se necessária.
associar dose única inicial de ceftriaxona 1 g ou de um – A avaliação inicial é feita com US de aparelho urinário.
aminoglicosídeo.
– A avaliação urológica deve ser feita em pacientes com
– A associação sulfametoxazol + trimetoprima por 14 dias pode alterações no exame de imagem, em particular naqueles com
ser utilizada se o patógeno for suscetível. idade > 50 anos.
– A avaliação é especialmente importante quando estão
presentes febre e/ou hematúria, bem como nas infecções
recorrentes com intervalos curtos e envolvendo a mesma cepa
bacteriana.
– A prostatite bacteriana é a causa mais comum de ITU
complicada aguda ou recorrente crônica.
– Pacientes com prostatite aguda em geral apresentam
sintomas clínicos típicos e podem desenvolver retenção
urinária, que requer, frequentemente, sondagem vesical (para
mais detalhes sobre prostatite, incluindo tratamento.
– Os uropatógenos predominantes são E. coli e outras
enterobactérias.
– Em homens idosos, são prevalentes Proteus, Klebsiella, Serratia,
Pseudomonas e Enterococcus.
– Há poucos estudos avaliando o tratamento em homens com
infecção urinária; contudo, é recomendado o tratamento por
7 a 10 dias para cistite e 10 a 14 dias para pielonefrite, devido à
possibilidade de prostatite associada.
– Podem ser utilizados sulfametoxazol + trimetoprima ou
fluoroquinolonas.
– A nitrofurantoína deve ser evitada em homens, em caso de
suspeita de prostatite associada.
– A eficácia da fosfomicina para tratamento de ITU em homens
não foi estudada.
– A infecção urinária simples em homens é tratada com os
antibióticos comumente usados nas mulheres, porém por pelo
menos 7 dias.
– Infecção urinária recorrente não complicada em mulheres O
manejo da ITU recorrente compreende o tratamento do
episódio isolado e a profilaxia da recorrência.
– Deve-se realizar urocultura com teste em cada episódio
sintomático de cistite antes de iniciar o tratamento; porém,
testes de rastreamento em mulheres assintomáticas não são
recomendados.
– O episódio isolado deve ser tratado com fármacos de
primeira linha.
– Mulheres com história de boa adesão podem iniciar terapia
por si mesmas após coleta da cultura.
-Anemia (23%) -Disfunção renal – IRA (2%)
– Não se recomenda coletar urocultura de controle, a não ser
-Obstrução urinária -Bateremia (17%)
que os sintomas persistam por mais de 7 dias, quando a cultura
poderá guiar novo tratamento, ou antes de iniciar profilaxia. -Sepse (20%)
-Abescesso intrarrenal
-Insuficiência respiratória (7%)
-Trabalho de parto prematuro (↑ PGE2)
-Abscesso perinefrético
– A cistografia direta radioisotópica é mais sensível para 2. Proliferação das células epiteliais: a DHT se liga aos
detecção de refluxo vesicoureteral de baixo grau. receptores androgênios nucleares → Início do processo de
transcrição e síntese proteica → Proliferação das células
Tomografia computadorizada (TC) com contraste. epiteliais e estimulação das células estromais da próstata, que
– Na presença de sintomas persistentes em que a avaliação secretam fatores de crescimento que atuam de modo
inicial foi negativa, é o exame de escolha para excluir parácrino nas células epiteliais
abscesso, obstrução e cálculos urinários. 3. Instalação do processo de HPB na Zona de Transição da
Urografia venosa. Próstata: situada em torno da uretra. Nesse local, surge
proliferação de nódulos formada por tecido glandular ou por
– É útil em situações selecionadas nas quais é importante o
estroma fibromuscular que constituem os 2 padrões histológicos
detalhamento anatômico de cálices, pelve e ureter.
dos quadros de HBP. O processo de Hiperplasia Prostática
Cintilografia renal com DMSA (ácido dimercaptossuccínico
condiciona o aparecimento de sintomas miccionais que, na
marcado com tecnécio-99).
verdade, resultam de 3 mecanismos fisiopatológicos distintos:
– Identifica com precisão cicatrizes corticais renais, mais
(I) Obstrução uretral propriamente dita;
frequentemente causadas por nefropatia do refluxo e
obstrução crônica do trato urinário. (II) Reação do músculo detrusor à obstrução; e
(III) Estímulos neuronais gerados pela próstata
4. Processo de Obstrução Uretral: Pode ser decorrente de 2 da próstata aumentado, de atonia vesical neurogênica ou
mecanismos diferentes: mesmo de um estreitamento uretral
a. Efeito Mecânico: decorrente do efeito secundário ao -Durante o Esvaziamento: Hesitância, Jato Fraco, Intermitência,
crescimento prostático exagerado de compressão direta da Jato Afilado, Gotejamento Terminal
uretra -Pós-miccional:
b. Efeito Funcional: dá-se por meio da estimulação Esvaziamento Incompleto, Gotejamento Pós-Miccional
nervosa simpática da musculatura lisa do estroma prostático Sintomas irritativos (de armazenamento)
pelos receptores alfa-1- adrenérgicos, aumentando o grau de
obstrução uretral → Explica os quadros de prostatismo em -Quando o quadro irritativo é muito exuberante, deve-se estar
pacientes com próstatas pouco volumosas atento para a presença de outras doenças causadoras das
manifestações, como a bexiga instável do idoso, a doença
5. Alterações Vesicais: costumam estar presentes nos casos de relacionada a disfunções neurológicas, infecções locais, litíase
HPB, sendo responsáveis por parte dos sintomas apresentados. vesical e neoplasias de bexiga
– Com o surgimento da obstrução uretral, o músculo detrusor -Sintomas: Urgência miccional, aumento da frequência,
(parede da bexiga) sofre hipertrofia, na tentativa de manter um Noctúria, incontinência de urgência, incontinência por
fluxo urinário normal. transbordamento (quando a bexiga está excessivamente
– Consequentemente, há uma diminuição da complacência e cheia)
da capacidade vesical, o que ocasiona sintomas miccionais
“irritativos” como urgência miccio-nal, polaciúria, incontinência
de urgência e redução do volume miccional -O diagnóstico de HPB deve ser feito de acordo com critérios
da História Clínica, Toque Retal e alguns Exames
6. Alterações Neurogênicas: nesta mesma fase surgem
Complementares
alterações neurogênicas, como ativação dos receptores de
tensão presentes na mucosa vesical, redução do número de -Embora não exista um único exame capaz de confirmar o
terminações colinérgicas (denervação Local) e aumento de diagnóstico, este deve ser considerado num paciente com
receptores alfa-1-adrenérgicos. quadro clínico compatível, excluídas outras patologias que se
apresentem de forma semelhante
– Juntas, todas essas alterações condicionam o surgimento de
“Instabilidade Vesical” (Hiperatividade Espontânea do História clínica
Detrusor), agravando ainda mais os sintomas da síndrome de – Importante para avaliar os sintomas do prostatismo e sua
prostatismo gravidade; verificar e afastar outras etiologias, como a
presença ou não de febre e assim afastar causas infecciosas
– O processo hiperplásico começa frequentemente na terceira -Sintomas Neurológicos associados sugerem Bexiga
década de vida; em torno dos 80 anos de idade, 85% dos Neurogênica;
homens apresentam HPB. – Hematúria traz a possibilidade de Neoplasia Uroepitelial ou
– A prevalência da HPB, que aumenta com o passar dos anos Urolitía-se; história de trauma ou instrumentação cirúrgica nos
em necropsias, é notavelmente semelhante entre homens de faz pensar em Estenose Uretral; uso de Drogas Anticolinérgicas
diferentes etnias. ou Simpaticomiméticas indica uma Disfunção Vesical
Medicamentosa
– O envelhecimento e os testículos funcionantes constituem os
principais fatores de risco. Toque retal
– O aparecimento de manifestações clínicas de HPB antes dos - Os pacientes com HBP devem ser submetidos a um estudo
65 anos de idade em um parente de primeiro grau também mínimo que inclui toque digital da próstata e um exame
constitui um fator de risco. neurológico perineal, para avaliar basicamente a sensibilidade
da pele do períneo e a tonicidade do esfíncter anal
– A prevalência das manifestações clínicas é incerta, devido a
uma falta de consenso na definição dos sintomas atribuíveis à - O toque retal costuma revelar uma próstata de tamanho
hiperplasia. aumentado (simétrico), de consistência fibroelástica e com o
sulco interlobular preservado
– Entretanto, nos Estados Unidos, cerca de um terço dos homens
norte-americanos na faixa dos 40 aos 79 anos de idade - A presença de nódulos endurecidos é sugestiva de
apresenta sintomas moderados a graves do trato urinário Adenocarcinoma, e sempre indica a realização de uma Biópsia
inferior, cuja maioria é atribuível à HPB. transretal da próstata guiada por USG
-Superfície: lisa na HPB e rugosa no CA de Próstata
OBS: O volume prostático não tem, necessariamente, relação
-Tratam-se dos sinais e sintomas clássicos do prostatismo.
com a intensidade da obstrução urinária, glândulas pequenas
– Os pacientes com HPB apresentam sintomas do trato urinário podem causar obstruções, enquanto próstatas volumosas
inferior (STUI) que podem ser divididos em obstrutivos e irritativos podem ser oligossintomáticas (poucos sintomas)
-As manifestações clínicas de HBP são oscilantes, notando-se Exames laboratoriais
que 30 a 70% referem melhora do desconforto quando
# Exames de urina tipo I (EAS)
reavaliados entre 3 e 7 anos, e em 20 a 50% dos pacientes
ocorrem períodos de acalmia, que duram meses ou anos. – A presença de piúria significativa deve indicar a pesquisa de
infecção do trato urinário ou prostatite, por exame
– Outro aspecto clínico importante é que a intensidade e o grau
bacteriológico (coloração de Gram + cultura)
de desconforto gerado pelos sintomas não são proporcionais
ao volume da próstata ou ao nível de rebaixamento do fluxo - A presença de hematúria deve estimular a solicitação de USG
urinário de vias urinárias, para afastar um Ca urogenital
Sintomas obstrutivos - A hematúria macroscópica indica ainda a realização de
cistoscopia (complementar a avaliação para a possibilidade
-As intervenções cirúrgicas tendem a gerar melhores resultados
de Ca de bexiga)
quando predominam as manifestações obstrutivas
Ureia e creatinina
-Quando existem sintomas obstrutivos e próstata sem aumento
significativo, deve-se cogitar da presença de um lobo mediano
-Sua importância é avaliar a presença de uma importante devem ser analisados com cautela Escore internacional de
complicação da HPB, a nefropatia obstrutiva, bem como a sintomas prostáticos (IPSS)
presença de outras nefropatias (hipertensiva e diabética) PSA -Com o IPSS, os sintomas podem ser classificados como leves (0
(Antígeno prostático específico) A 7), moderados (8 A 19) ou graves (20 a 35).
-É uma glicoproteína próstata-específica, ou seja, sintetizada Outras vantagens da quantificação dos sintomas são a
nas células epiteliais do tecido prostático. Logo, situações que documentação da resposta terapêutica e a detecção da
levam à ruptura celular como trauma, infecções, ejaculação, progressão da doença em pacientes acompanhados sem
hiperplasia prostática benigna (HPB), retenção urinária, tratamento
neoplasia etc.
• Podem ser responsáveis pelo aumento do PSA
-O aumento do nível sérico do PSA ocorre devido à perda da
arquitetura celular e liberação das moléculas de PSA na
corrente sanguínea
-Valor normal (pacientes > 60 anos): < 4 ng/mL
-Em pacientes > 60 anos: níveis acima de 1,6 ng/ml estão
relacionados à maior risco de progressão da HPB
-A dosagem do PSA é útil na avaliação de um provável Câncer
de Próstata (CaP)
-Considerações: (1º) aproximadamente, 25% dos pacientes
com HPB possuem níveis de PSA sérico > de 4,0 ng/mL, sem que
isso indique a presença de um CaP.
(2º) os níveis de PSA são preditores da história natural da HPB, e
homens com níveis elevados desse antígeno apresentam maior
risco de crescimento prostático, deterioração dos sintomas e
do fluxo urinário, retenção urinária aguda e cirurgia para HPB
Outros exames
Ultrassonografia
-Permite a avaliação do trato urinário superior, da espessura da
parede vesical, do volume e peso da próstata e do resíduo
pósmiccional
-Embora seja um exame realizado de rotina, a USG se encontra
indicada na presença de elevação da creatinina, na suspeita
de litíase vesical e em casos de hematúria
-Vale lembrar que o peso prostático é + bem estimado pela
USG Transretal, exame que está indicado nos pacientes que
irão se submeter à cirurgia e biópsia. É com base neste dado
que o urologista decidirá entre o Tratamento Endoscópico
(Ressecção Transuretral da Próstata) e a Prostatectomia
Citoscopia/Cistometria
-Indicada quando a próstata não se encontra muito
aumentada, porém, o paciente apresenta sintomas obstrutivos
importantes
-Nesta situação devemos avaliar diagnósticos diferenciais,
como a Estenose de uretra
-A Cistoscopia é também obrigatória na presença de
hematúria macroscópica, como parte da investigação para
Câncer de Bexiga Estudo urodinâmico
-Mensurações do Fluxo Urinário, do Volume Urinário Residual
(VUR) e das “Relações PressãoVolume” na bexiga são
recomendáveis quando existe a suspeita de um distúrbio
neurológico, bem como quando o paciente persiste com
sintomas após o tratamento intervencionista (RTU de próstata,
cirurgia) -VUR > de 350 mL podem indicar disfunção vesical e
ser preditivo de respostas menos favoráveis ao tratamento
-Medidas do fluxo urinário, por meio de fluxômetros, também
servem para caracterizar grosseiramente o grau de obstrução
Alguns exames complementares auxiliam na avaliação inicial a
uretral
fim de excluir diagnósticos diferenciais:
-Sob o ponto de vista prático, fluxos urinários > de 15 mL/s são
• Exame Qualitativo de Urina (EQU): realizado para excluir
considerados normais, fluxos entre 10 e 15 mL/s podem ou não
infecção e hematúria.
indicar obstrução uretral e fluxos < a 10 mL/s sugerem a
existência de processo obstrutivo local • PSA total sérico: algumas instituições indicam quando a
pessoa apresenta expectativa de vida superior a 10 anos ou
-Considerações: é importante ressaltar que um VUR alto e um
quando o diagnóstico do câncer pode alterar o manejo dos
fluxo urinário baixo representam parâmetros falhos para
sintomas. Deve-se conversar com o paciente sobre potenciais
diagnosticar a presença de obstrução urinária, pois podem
benefícios e riscos na realização do exame, como resultados
representar também um quadro de falência detrusora e por isso
falsos positivos e/ou complicações consequentes à
possibilidade de biópsia após resultado do PSA.
• Função renal (Creatinina/Taxa de filtração glomerular):
recomendada para pacientes com história clínica sugestiva de
doença renal, retenção urinária, hidronefrose, e/ou candidatos
a tratamento cirúrgico.
• Ecografia das Vias Urinárias: não é obrigatória na avaliação
inicial.
Recomendada em paciente com função renal reduzida ou
infecção urinária.
Mostra o tamanho da próstata, lesão em trato urinário superior
(hidronefrose) ou lesão em trato urinário inferior (protrusão
prostática intravesical (lobo mediano) e espessamento da
parede vesical (trabeculação vesical).
ETIOLOGIA
Fatores de risco
Diversos fatores de risco estão descritos para a formação de
cálculo urinário, como história pessoal e familiar de litíase,
condições de hiperabsorção entérica de oxalato (p. ex.,
cirurgia bariátrica), síndrome metabólica, uso de medicações
que precipitam cristais (indinavir, aciclovir, sulfadiazina), baixa
ingestão hídrica e infecções do trato urinário (ITU) por germes
produtores de urease.
Patogênese
Os distúrbios metabólicos mais comuns entre os indivíduos
formadores de cálculos urinários são hipercalciúria,
hipocitratúria, hiperuricosúria e hiperoxalúria. Cerca de 80% dos
cálculos apresentam cálcio em sua formação, sobretudo
oxalato de cálcio. Sabe-se que a litíase acontece pelo de repetição), independentemente do tamanho; cálculos
desequilíbrio entre a solubilidade e a precipitação de sais na renais > 1 cm (devido ao maior risco de complicações ao longo
urina. do tempo); cálculos coraliformes (devido ao elevado risco de
Os processos envolvidos na cristalização consiste em deterioração da função renal); cálculos ureterais ≤ 1 cm sem
nucleação, crescimento, agregação e adesão. A nucleação resolução após 4 a 6 semanas de tratamento conservador;
envolve a formação de núcleos soltos de cristais, unidos por cálculos ureterais > 1 cm desde o diagnóstico (devido à baixa
células epiteliais renais e cilindros. Uma vez que o núcleo do probabilidade de eliminação espontânea).
cristal é estabelecido, acrescentam-se componentes – A abordagem especializada para pacientes sépticos com
adicionais e define-se o processo de crescimento. Partículas cálculo obstrutivo consiste em realizar descompressão urgente
maiores combinam-se em um processo denominado do sistema coletor urinário com drenagem percutânea ou
agregação. Todo o processo sofre influência de fatores colocação de stent ureteral (cateter duplo J).
inibidores (p. ex., citratúria) e promotores [p. ex., alterações do – Pacientes com cálculos ureterais com indicação de remoção
pH, sendo alcalino na formação de fosfato de cálcio em ativa podem ser submetidos à litotripsia extracorpórea
pacientes com acidose tubular renal distal (ATRd) e ácido na (especialmente em caso de cálculo < 1 cm) ou à ureteroscopia
formação de cálculos de ácido úrico]. rígida ou flexível.
– Os tratamentos indicados para pacientes com cálculos renais
– Em geral, os pacientes são assintomáticos até que o cálculo com indicação de remoção ativa dependem de múltiplos
cause obstrução parcial, intermitente ou completa do sistema fatores, como composição do cálculo, localização, tamanho,
coletor, resultando em cólica renal. equipamento disponível e preferência do paciente.
– Esse é o mecanismo causador de dor dos cálculos que estão – As possibilidades incluem litotripsia extracorpórea
na pelve renal, no ureter e, menos comumente, no infundíbulo (especialmente em caso de cálculos < 2 cm), ureteroscopia
de um cálice (causando obstrução apenas do cálice afetado). flexível ou nefrolitotripsia percutânea (especialmente em caso
de cálculos > 1 cm).
– Cálculos infracentimétricos situados em cálices renais
geralmente são assintomáticos, mas alguns pacientes sentem
dor a despeito da inexistência de qualquer sinal de obstrução. – A terapia extracorpórea por ondas de choque (LETO),
– A maioria (70-90%) dos pacientes com litíase urinária tem também conhecida como litotripsia extracorpórea por ondas
hematúria micro ou macroscópica, principalmente durante os de choque (LECO), é um tratamento não invasivo utilizado para
episódios de dor. quebrar cálculos renais (pedras nos rins) em fragmentos
– Entretanto, a ausência de hematúria não exclui a presença menores, tornando mais fácil sua eliminação pelo trato urinário.
de litíase urinária. – A decisão de indicar a LETO como tratamento para
– Cálculos na pelve renal frequentemente causam cólicas nefrolitíase (formação de cálculos nos rins) depende de vários
renais episódicas devido à obstrução intermitente da junção fatores, incluindo o tamanho e a localização das pedras, a
ureteropélvica, mas quando impactam nessa região causam gravidade dos sintomas e a saúde geral do paciente. Aqui
cólicas renais mais frequentes e intensas, assim como os estão algumas considerações:
cálculos ureterais.
– A dor típica de cólica renal cresce e diminui de intensidade e 1. Tamanho e Localização das Pedras A LETO é mais eficaz no
evolui em ondas (paroxismos). tratamento de cálculos renais pequenos e médios, geralmente
– Esses paroxismos geralmente duram 20 a 60 minutos. com menos de 2 centímetros de diâmetro. Além disso, a
localização das pedras também é importante. Pedras
– A dor ocorre primariamente por obstrução ao fluxo urinário, localizadas na parte superior do trato urinário, como no rim ou
causando distensão da cápsula renal. no ureter proximal, geralmente respondem melhor à LETO do
– As características da dor são influenciadas pelo sítio da que as pedras localizadas mais abaixo no ureter.
obstrução: cálculos em pelve renal ou ureter proximal causam 2. Sintomas e Complicações: A presença de sintomas dolorosos,
dor em flanco, enquanto cálculos em ureter distal causam dor como dor intensa nas costas ou no abdômen, sangue na urina,
que irradia para testículo ou grande lábio ipsilateral, além de obstrução do fluxo urinário ou infecções do trato urinário devido
sintomas miccionais como disúria, aumento da frequência e às pedras, pode ser uma indicação para o tratamento com
urgência. LETO. A LETO pode aliviar a dor e resolver complicações
– A cólica renal é frequentemente acompanhada por náusea causadas pelas pedras.
e vômitos 3. Saúde Geral do Paciente: O estado de saúde geral do
paciente também é importante. Em algumas situações, a LETO
pode não ser recomendada se o paciente tiver condições
– Cálculos renais (litíase renal) são depósitos minerais cristalinos médicas que tornem o procedimento arriscado. O médico
que se formam nos rins e podem ocorrer em 1 a 20% da avaliará o estado de saúde do paciente antes de decidir pelo
população durante sua vida, sendo mais comuns em homens tratamento com LETO.
que em mulheres (2:1).
4. Histórico de Tratamentos Anteriores: O histórico de
– O risco de recorrência depende da doença ou da alteração tratamentos anteriores para nefrolitíase também pode
metabólica que está causando a formação dos cálculos, mas influenciar a decisão. Se outros tratamentos, como a passagem
sabese que pacientes que tiveram a passagem de um primeiro espontânea das pedras ou procedimentos endoscópicos, não
cálculo têm, em média, 50% de chance de formar um segundo forem eficazes, a LETO pode ser considerada como uma
cálculo em até 10 anos. opção.
– Os cálculos de cálcio (oxalato ou fosfato) são os mais – É importante ressaltar que nem todos os pacientes com
frequentes (80%), seguidos pelos cálculos de ácido úrico e nefrolitíase precisam de LETO. Em alguns casos, as pedras
estruvita (associados à infecção). podem passar naturalmente sem a necessidade de tratamento
específico.
– O encaminhamento para avaliação ambulatorial urológica – Além disso, em casos graves ou em situações em que a LETO
deve ser realizado para: pacientes com cálculos renais não é adequada, podem ser consideradas outras opções de
sintomáticos (dor, hematúria ou infecções do trato urinário [ITUs] tratamento, como cirurgia.
– A decisão de realizar a LETO deve ser feita pelo médico, que pelos defeitos no metabolismo do glioxalato, estando
levará em consideração todos os fatores relevantes para o associada a cálculos urinários de repetição, nefrocalcinose e
caso individual do paciente. doença renal crônica terminal (quando estabelecida, esta traz
risco de oxalose sistêmica).
# Hiperoxalúrias secundárias
– Podem ocorrer por aumento da absorção quando da
ingestão excessiva de alimentos ricos em oxalato, como chá-
mate, beterraba, cacau e espinafre.
– A suplementação excessiva de vitamina C – metabolizada ao
oxalato – também pode promover excreção urinária
aumentada e risco de litíase, além do aumento de oxalato livre
no intestino, secundário a distúrbios gastrintestinais, como nas
doenças inflamatórias intestinais e em condições de
disabsorção intestinal de gorduras ou sais biliares.
Hipocitratúria
– Define-se como concentração de citrato em urina menor que
320 mg/dia.
– O citrato inibe a formação de cálculos reduzindo os processos
de nucleação e aglomeração junto ao cálcio. Acidose e
hipopotassemia aumentam a reabsorção de citrato levando a
menor concentração de citrato urinário; portanto, estados de
acidose crônica têm importante papel na hipocitratúria.
Acidose tubular renal distal
– Classicamente, a ATRd completa apresenta-se como um
quadro de acidose sistêmica associado a alto pH urinário (> 6),
sendo importante na formação de cálculos de fosfato de
cálcio.
– As formas completas (pH urinário alto em vigência de acidose
sistêmica) e incompletas (pH urinário alto, sem acidose
sistêmica) têm as mesmas características urinárias: elevado pH,
hipocitratúria e hipercalciúria.
– Por tal motivo, a avaliação acidobásica tem sua relevância
na investigação da nefrolitíase.
– Manejo de pacientes portadores de cálculos constituintes de
cálcio Ingestão de líquidos: aumento de aporte de líquidos
objetivando volume urinário diário de 2 a 2,5 ℓ por dia Dieta:
evitar ingestão excessiva de oxalato; manter dieta normal ou
rica em cálcio (1.200 mg/dia); reduzir consumo de sal e proteína
animal
Medicações: os diuréticos tiazídicos (hidroclorotiazida 50
• Cálculos constituintes de cálcio mg/dia ou clortalidona 25 mg/dia) tendem a reduzir a calciúria,
# Hipercalciúria principalmente quando associados a dieta hipossódica.
– Como dito anteriormente, mais de 80% dos cálculos contêm Podem ser usados em pacientes sabidamente hipercalciúricos
cálcio, predominantemente na forma de oxalato de cálcio. ou em normocalciúricos com cálculos recorrentes Citrato de
potássio: indicam-se 20 a 80 mEq/dia, em 3 a 4 tomadas, a
– A hipercalciúria define-se pela excreção urinária de cálcio pacientes com doença recorrente, citratúria normal ou no
superior a 250 e 300 mg/24 h em mulheres e homens adultos, limite inferior, normocitratúria com pH urinário baixo e sem
respectivamente, ou maior que 4 mg/kg/24 h em ambos os distúrbio metabólico evidente, mas com cálculos formados por
sexos e crianças. cálcio recidivantes.
– Quando diante de um paciente com hipercalciúria, um – Monitora-se o pH urinário, evitando-se eleválo acima de 6,5 a
distúrbio secundário deve ser excluído, a saber: 7 (risco de formação de cálculos de fosfato de cálcio). Cálculos
hiperparatireoidismo primário, sarcoidose, neoplasia, síndrome de ácido úrico Hiperuricosúria Cálculos de ácido úrico
de Cushing, acidose tubular renal (ATR) tipo I e excesso de representam 5 a 10% do total de cálculos na doença litiásica.
vitamina D. pH urinário baixo (< 5,5) representa a principal causa de
– Na maioria dos casos, contudo, não há uma causa definida, formação de cálculos de ácido úrico, sendo a hiperuricosúria
estabelecendo-se o diagnóstico de hipercalciúria idiopática, (excreção maior que 800 mg/dia em homens e maior que 750
que pode decorrer dos seguintes mecanismos: aumento na mg/dia em mulheres) responsável por 20% litogênese de ácido
absorção intestinal de cálcio, redução na reabsorção tubular úrico.
renal ou aumento na reabsorção óssea É comum em pacientes com gota, síndrome metabólica e
# Hiperoxalúria diabetes melito. Manejo dos pacientes com cálculos
constituintes de ácido úrico Deve-se objetivar pH urinário entre
Há duas origens para o oxalato urinário: produção endógena e
6 e 6,5, com uso de citrato de potássio via oral, com a mesma
absorção exógena.
cautela de evitar alcalinização excessiva da urina.
Definidas como excreção de oxalato na urina maior que 40
– Nos pacientes com hiperuricosúria, recomenda-se a restrição
mg/dia, as hiperoxalúrias primárias são distúrbios autossômicos
de purinas na dieta. Alopurinol e febuxostate podem ser uma
recessivos que causam hiperprodução de oxalato via hepática
ferramenta terapêutica adjuvante.
– Cálculos relacionados com a infecção Apresentação -Ocorrem cerca de 13 mil óbitos por essa doença por ano, o
clínica/laboratorial Os cálculos relacionados com as ITU têm que dá uma taxa de mortalidade de aproximadamente 15
composição de estruvita (fosfato amônio magnesiano) e óbitos/100.000 homens-ano.
carbonato apatita, sendo causados por bactérias que – Trata-se da 2ª causa de morte oncológica em homens,
produzem urease, que degradam a ureia produzindo amônia e perdendo apenas para o CA de pulmão
dióxido de carbono, alcalinizando a urina, o que precipita a
apatita e a hidroxiapatita. -Alguns autores sugeriram que uma história de DST e/ou
prostatite constituiria fator de risco para CA de próstata,
– Proteus, Morganella e Providencia são os germes mais contudo, tal associação se revelou inconsciente em estudos
frequentemente associados. Podem também estar associados posteriores
a bexiga neurogênica e obstrução urinária crônica.
Rotineiramente, não se apresentam com a clássica cólica -É importante deixar claro que a HPB não é fator de risco para
renal, embora possa haver lombalgia crônica, ITU recorrentes, o CA de próstata
dor abdominal inespecífica, hematúria franca, urina alcalina e Etiopatogênese
leucocitúria.
-O CA de próstata é classificado em 2 subgrupos:
– É preciso lembrar da considerável morbimortalidade em
1. Lesão histológica clinicamente oculta ou latente
decorrência da associação com sepse urinária. Manejo dos
pacientes com cálculos relacionados com infecção 2. Doença clinicamente manifesta
Intervenção urológica, como a nefrolitotomia percutânea, -A principal conclusão que pode ser inferida a partir de tais
costuma ser indicada, uma vez que a antibioticoterapia, observações é que existem 2 grandes passos na
direcionada ao germe produtor de urease, não é o suficiente etiopatogênese dessa neoplasia: (1) iniciação (que cria a
para a resolução do cálculo. doença latente) e (2) progressão (que torna a doença
– O ácido aceto-hidroxâmico, inibidor da urease bacteriana, clinicamente manifesta)
pode constituir uma alternativa, porém de posologia incômoda -São fatores de risco para CA de próstata todos os eventos
e efeitos colaterais diversos. capazes de promover iniciação e/ou progressão do processo
– A restrição de fósforo pode ser útil nos pacientes com de transformação neoplásica da célula prostática
fosfatúria maior que 35 mmol em 24 h. Alterações geneticas
Cálculos de cistina -Das modificações na sequência do DNA que são importantes
Apresentação clínica/laboratorial para o câncer de próstata, merece destaque a fusão dos
genes TMPRSS2 e ERG (ambos no cromossomo 22), encontrada
– Trata-se de uma condição autossômica recessiva
em até 50% dos casos
caracterizada por alteração no transporte de aminoácidos,
como cistina, lisina, ornitina e arginina, em túbulos renais -O gene TMPRSS2 é próstata-específico e tem sua expressão
proximais e células epiteliais do trato gastrintestinal, com regulada por hormônios androgênios, enquanto o gene ERG
consequente aumento da excreção urinária desses quatro (que não responde aos androgênios) pertence a uma família
aminoácidos. de fatores de transcrição para oncogenes, isto é, sua expressão
aumenta a ativação dos oncogenes
– Contribuem com 1 a 2% dos casos de urolitíase em adultos.
-A fusão TM-PRSS2-ERG, em última análise, resulta na ativação
– A urinálise evidencia cristais hexagonais, patognomônicos,
de múltiplos oncogenes em resposta aos androgênios,
em 25% dos pacientes.
ratificando o conceito de que os hormônios sexuais masculinos
– O exame diagnóstico qualitativo de escolha é o teste do são importantes tanto para a iniciação quanto para a
nitroprussiato de sódio, positivo quando acima de 75 mg. progressão do CA de próstata Alterações epigenéticas
– Deve-se atentar para resultados falso-positivos, quando o -A alteração genética mais comum do CA de próstata (100%
paciente está em uso de medicações contendo sulfa ou dos casos), é a hipermetilação do gene GSTP1
ampicilina, bem como na presença associada de síndrome de
-Este gene codifica uma enzima que protege a célula do
Fanconi.
estresse oxidativo (glutation-S-transferase), e sua
– Quando de screening positivo no teste de nitroprussiato, dosar hipermetilação diminui os níveis de GSTP1 no citoplasma, o que
a cistinúria em urina de 24 h. aumenta a exposição do núcleo à ação de radicais livres e
Manejo dos pacientes com cálculos relacionados com a acelera o surgimento de mutações genéticas cumulativas
cistinúria -A hipermetilação do GSTP1 parece imprescindível para a
O tratamento está voltado para ingesta hídrica de cerca de 3 iniciação do CA de próstata Patologia -Aproximadamente 98%
a 4 ℓ por dia, com objetivo de reduzir a cistinúria a menos de das neoplasias da próstata são representadas pelos
250 mg em 24 h. adenocarcinomas, e o restante compreende casos de
sarcomas, carcinoma epidermóide e carcinoma de células
– Além disso, deve-se alcalinizar o pH urinário acima de 7. transicionais
Penicilamina e tiopronina, bem como captopril, aumentam a
solubilidade da cistina na urina e podem ser empregadas, -Os adenocarcinomas localizam-se na zona periférica da
quando a alcalinização e a ingesta hídrica não forem glândula em cerca de 75% dos casos, na zona transicional em
suficientes para reduzir a cistinúria para menos de 250 mg aproximadamente 25% dos pacientes e na zona central em
menos de 5% dos casos
-A diferenciação glandular nos casos de adenocarcinoma da
próstata constitui um importante fator prognóstico, que está
-No BR, o adenocarcinoma de próstata é o tipo mais comum relacionado com o comportamento biológico do tumor e com
de câncer em homens depois dos tumores de pele não a sobrevida do paciente
melanoma -Como os tumores da próstata são bastante heterogêneos sob
-A estimativa nacional é de pouco mais de 60 mil casos novos o ponto de vista histológica, com áreas de maior anaplasia
– uma taxa de incidência de 62,5 casos/100.000 homens/ano – -Sob o ponto de vista prático, o sistema de graduação
representando cerca de 30% de todas as neoplasias malignas histológico mais utilizado é o proposto por Gleason, que valoriza
do sexo masculino principalmente o padrão glandular e a relação entre as
glândulas e o estroma prostático
-Nesse sistema, os tumores são classificados em 5 graus,
denominando-se grau 1 as lesões mais diferenciadas e grau 5
as mais indiferenciadas
-Como os adenocarcinomas da próstata apresentam mais de
um padrão histológico, o diagnóstico final na escala de
Gleason é dado pela soma dos graus do padrão primário
(predominante) e do padrão secundário (2ª menor área
representada), o que faz com que as neoplasias mais
diferenciadas sejam classificadas como escore 2 (1+1) e as mais
anaplásicas caracterizadas por escore 10 (5+5)
-A presença, nas neoplasias prostáticas, de marcadores
tumorais específicos, como a fosfatase ácida e o antígeno
prostático específico, permite que, por meio de métodos
imuno-histoquímicos, os adenocarcinomas locais possam ser
diferenciados de outros tipos de tumores.
– Isso é particularmente relevante nos casos de neoplasias
metastáticas de origem indeterminada, onde a identificação
imunohistoquímica desses antígenos nas lesões secundárias
permite caracterizar a origem prostática do tumor