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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
INSTITUTO DE PSICOLOGIA
COORDENAÇÃO DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
Bloco 2C sala 2C35 Campus Umuarama Telefone: 34-3225-8537

Universidade Federal de Uberlândia

Instituto de Psicologia

Estágio Profissionalizante

RELATÓRIO FINAL
PSICOLOGIA EM CONTEXTO HOSPITALAR

Victória Magalhães

Uberlândia

2022
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RELATÓRIO FINAL
PSICOLOGIA EM CONTEXTO HOSPITALAR

Victória Magalhães (11721PSI006)

 Relatório realizado como uma das


reflexões do Estágio Profissionalizante II
na Local: Clínica Médica do Hospital de
Clínicas da Universidade Federal de
Uberlândia (HC-UFU)
 Períododurante o período de: 09/05/2022 a
19/08/2022.
 Orientação da Prof.ª Drª Renata Fabiana
Pegoraro (CRP 04/22636).
 Supervisão de João Manoel Borges de
Oliveira (CRP 09/13588).

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2022

1. APRESENTAÇÃO DO ESTÁGIO

Segundo Assis e Figueiredo (2019), o estágio é uma maneira do estudante ter


conhecimento teórico e prático das áreas de atuação que o curso oferece, além de motivar os
alunos para um campo profissional futuro mais específico (Assis & Figueiredo, 2019).
O estágio profissionalizante realizado em contexto hospitalar tem como ênfase a
Psicologia Clínica e Social, e foi realizado presencialmente no Hospital de Clínicas da
Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU) localizado na Avenida Pará nº 1720, Bairro
Umuarama, entre 09/05/2022 e 19/08/2022. Referência na assistência à saúde no estado de
Minas Gerais pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o HC-UFU foi inaugurado na década de
70, conta hoje com mais de 500 leitos em sua estrutura e uma área construída de mais de 50
mil m² (FAMED, 2020).
As atividades são feitas em vários setores da instituição, dentre eles, a Clínica Médica
(CM), setor onde atuei. Na CM são assistidas muitas especialidades como Cardiologia,
Reumatologia, Gastroenterologia, Nefrologia, Neurologia, dentre outras. Atualmente, Marcus
Vínicius de Pádua Netto é o coordenador do departamento acadêmico da CM do HC-UFU,
espaço que conta com mais de 40 professores, especialistas, estagiários, internos e residentes
que participam e operam nas atividades da seção (EBSERH, 2019). Segundo Alencar,
Barbosa e Lacerda (2017) “as unidades de internação, particularmente nos hospitais de
ensino, caracterizam-se por reunir indivíduo internado de diferentes níveis de complexidade
assistencial e, em muitos casos, indivíduos internados de diferentes especialidades” p. 420.
Localizado no terceiro andar do Hospital, o setor conta com 19 quartos que possuem
no máximo, três leitos cada, totalizando aproximadamente, no máximo, 57 leitos. Em sua
estrutura, a CM conta com uma sala de Psicologia, sala para prescrições, sala de reuniões,
copa, área da enfermagem, da medicina, dentre outros locais adequados que garantem a
execução do trabalho e um cuidado de qualidade para o paciente e seus possíveis
acompanhantes.
O estágio colaborou com a formação profissional de estudantes na área de Psicologia
Hospitalar e garantiu a prestação de atendimento, escuta, acolhimento, orientações e um
espaço de reflexões para acompanhantes e pacientes internados no hospital geral assistidos
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por uma equipe multiprofissional.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Segundo Moraes, Silva e Almeida (2010) as expressões Psicologia da Saúde e
Psicologia Hospitalar tem uma diferenciação. A primeira se refere ao conjunto acadêmico e
profissional da Psicologia que pode ser usado no cuidado, intervenção, identificação e
tratamento da saúde. Já a segunda se relaciona com a análise de aspectos psicológicos ligados
ao quadro de saúde dos pacientes dentro do hospital. Segundo as autoras, a Psicologia
Hospitalar está inserida no campo da Psicologia da Saúde.
De acordo com Moraes, Silva e Almeida (2010), as atividades do psicólogo dentro do
contexto hospitalar no Brasil começaram na década de 60. Segundo Azevêdo e Crepaldi
(2016), a especialidade de Psicologia Hospitalar foi reconhecida pelo Conselho Federal de
Psicologia (CFP) a partir da Resolução nº 014/2000. Segundo os autores, neste decreto está
apresentado instruções para o profissional conseguir o registro de especialista, o qual depende
de uma prática de dois anos na área e a aprovação em provas teóricas. Com a Resolução nº
02/2001, o CFP relata as atividades para a atuação do Psicólogo Hospitalar, como o
acompanhamento e avaliação psicológica de pacientes internados e seus possíveis
acompanhantes a partir do setting terapêutico, técnicas e abordagens adequadas e estratégias
que devem priorizar a tríade hospitalar (equipe, paciente e família) (Azevêdo & Crepaldi,
2016).
Segundo as autoras, oCom isso, o profissional foca na vivência do paciente e dos
possíveis acompanhantes na internação e atua ressaltando o contexto de vida, as
particularidades e a doença para um maior conforto psicológico e físico durante este
momento (Moraes, Silva & Almeida, 2010). Além disso, conforme Assis e Figueiredo
(2019), a atividade do profissional de Psicologia Hospitalar tem como função principal ajudar
o paciente internado em sua elaboração simbólica do adoecer a partir da subjetividade de
cada indivíduo. O psicólogo na instituição oferece acompanhamento para diminuir as
angústias do paciente que surgem no período da internação, trabalho que também é
interligado com a equipe multidisciplinar por meio da comunicação no campo, reuniões e
discussões de caso (Assis & Figueiredo, 2019).
A partir disso, percebo que a maioria das atividades que realizei como estagiária de
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Psicologia Hospitalar nos Acompanhamentos e Atendimentos de Usuários e Família, se


envolveram basearam no atendimento de famílias, acompanhamento de visitas infantis e
comunicação de notícias difíceis para acompanhantes. Nessas práticas, foquei na
complexidade da hospitalização, a qual envolve a despersonalização do paciente, a
imprevisibilidade, o tempo de internação, os procedimentos invasivos, entre outros elementos
(Velasco, Rivas & Guazina, 2012) que necessitam de escuta e acolhimento, estratégias bases
que utilizei para minha atuação em campo.
De acordo com a definição de acolhimento do Ministério da Saúde (2008), é possível
perceber sua relação direta do acolhimento com a escuta qualificada, elementos ligados ao
atendimento psicológico no context hospitalar. Segundo o Ministério, acolhimento é um:
Processo constitutivo das práticas de produção e promoção de saúde que implica
responsabilização do trabalhador/equipe pelo usuário, desde a sua chegada até a sua
saída. Ouvindo sua queixa, considerando suas preocupações e angústias, fazendo uso
de uma escuta qualificada que possibilite analisar a demanda e, colocando os limites
necessários, garantir atenção integral, resolutiva e responsável por meio do
acionamento/articulação das redes internas dos serviços (visando à horizontalidade do
cuidado) e redes externas, com outros serviços de saúde, para continuidade da
assistência quando necessário (Brasil, 2008, p. 51).
Assim, é possível perceber que a escuta é uma ferramenta significativa que busca
acolher as queixas e demandas não apenas do paciente, mas também de seus acompanhantes
(Velasco, Rivas & Guazina, 2012). Percebo que nos meus atendimentos realizados, a escuta
foi a chave para a criação do vínculo com os usuários e familiares garantindo o acolhimento
de suas questões. A escuta, portanto, “conduz o processo de acolher” (Alexandre,
Vasconcelos, Santos & Monteiro, 2019, p. 8). A partir disso, segundo Alexandre, et. al
(2019), o acolhimento coloca o paciente e/ou acompanhante como componente principal do
atendimento e fornece a eles a possibilidade de se verem como sujeitos autônomos, cientes e
inseridos diante do processo saúde-doença.
Acerca das demandas dos acompanhantes, questão muito recorrente durante meu
Acompanhamento e Atendimento de Usuários e Família, é necessário entender
primeiramente a dinâmica familiar, a qual envolve o que cada membro representa no sistema,
as fronteiras intra e inter-familiares e as hierarquias estabelecidas (Rodrigues, 2010).
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Segundo a autora, em seguida é fundamental entender como a doença do paciente e suas


complicações impactam os membros e a partir daí, verificar qual a demanda dos
acompanhantes e qual a intervenção psicoterapêutica adequada a eles.
Com isso feito, é possível pensar nos impactos que a internação do ente causa na
família. Segundo Lustosa (2007), os familiares, além do paciente, sofrem os efeitos da
hospitalização, os quais podem estar relacionados com falta de informações acerca do
quadro; as mudanças do cotidiano por conta de visitas e acompanhamento ao interno; o papel
desempenhado do paciente na dinâmica familiar; a relação com a equipe médica do paciente
e o comprometimento dos membros em relação a decisões de situações difíceis.
Diante disso, a autora relata sobre o apoio que os familiares necessitam em frente a
toda conjuntura que envolve a internação de um membro da família. Muito frequentemente,
esse suporte que é fornecido pelo profissional da Psicologia Hospitalar, que . Segundo a
autora, o profissional, a partir de estratégias diversas, consegue analisar dúvidas da família, as
quais podem ser sanadas a partir da aproximação e comunicação dos acompanhantes com a
equipe de saúde. Com isso, o psicólogo, em alguns momentos, é capaz de facilitar,
tranquilizar, reorganizar, elaborar e acima de tudo suportar o momento difícil com os
acompanhantes (Lustosa, 2007).
Esses elementos de apoio foram imprescindíveis para minha atuação durante a
participação de comunicações de notícias difíceis para a família. Durante a prática, percebi
que o suporte aos acompanhantes de um paciente com um diagnóstico grave e/ou em
cuidados paliativos deve ser constante, principalmente do momento da elucidação do
diagnóstico do ente até, em alguns casos, seu óbito (Medeiros & Lustosa, 2011). Para
explicar melhor como os familiares lidam com o luto, as autoras abordam as fases dele,
teorizadas por Simonetti em seu livro “Manual da Psicologia Hospitalar: o mapa da doença”,
o qual foca mais nas etapas para o paciente. São elas: negação, raiva, barganha, depressão e
aceitação tal qual proposto por Kluber-Ross (apud Simonetti, 2004).
Para Simonetti (2004), a primeira etapa que geralmente o paciente realiza após
descobrir seu quadro clínico é a de negá-lo, a partir de sentimentos de tristeza, onipotência,
medo, irritação, angústia, isolamento social, dentre outras formas reativas contra sua
realidade. Ao analisar isso, é possível pensar em um paralelo dessas reações com o que
acontece com os acompanhantes ao receber a notícia de falecimento de algum membro da
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família.
Em uma experiência específica com familiares enfrentando a perda do ente querido
dentro do hospital, pude fazer uma relação com a fase de negação por parte deles, a partir de
falas como: “não pode ser”, “isso não está acontecendo”, “não é possível que estou passando
por isso”, dentre outras faladas após a notícia do falecimento do paciente. A partir disso, vejo
que essa negação inicial busca expressar a indignação e o impacto da notícia da perda de um
membro da família. Visto isso, o psicólogo hospitalar atua oferecendo apoio e reforçando os
vínculos e suportes existentes para a família não atravessar esse momento desamparada
(Medeiros & Lustosa, 2011).
Além disso, a realização de uma reunião com a equipe médica, posteriormente ao
comunicado de óbito, em um espaço calmo é imprescindível para os acompanhantes
entenderem melhor o caso, o que consequentemente dificulta o surgimento de culpa,
inseguranças e fantasias nesses familiares sobre o que de fato ocorreu (Medeiros & Lustosa,
2011). Assim, em muitos desses momentos, a presença de um profissional da Psicologia
possibilita, pelo acolhimento e apoio, que a família possa consegue acolher e suportar essa
perda com a família pela presença e pelo apoio aos acompanhantes, realidade corriqueira no
hospital geral.
Além dessa experiência, tive a oportunidade de acompanhar algumas visitas infantis
para pacientes internados na Clínica Médica (CM). Na literatura é possível encontrar artigos
científicos com foco em visitas de crianças acima de 12 anos em Unidades de Terapia
Intensiva (UTI), porém, não há tantos estudos no setor da CM. Além disso, não há nenhum
artigo legislativo no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) que preconize essa garantia.
Todavia, acompanhei algumas visitas infantis de crianças abaixo de 12 anos na CM do
Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU), o qual possui uma
política de visitação, e percebi ganhos positivos dos encontros para o paciente, para os
acompanhantes e para a criança.
O HC-UFU possui o Boletim de Serviço nº 146, de 16 de março de 2022 elaborado
pelo hospital, pela Universidade e pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares
(EBSERH) que expõe todas as condições e condutas necessárias para ocorrer a visita, como
orientações, horários, documentos e assistência, elementos priorizados nas visitas que
acompanhei. O artigo 15º aborda a questão da visita infantil, a qual é permitida sem
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agendamentos prévios para maiores de 12 anos, respeitando-se apenas os horários


estabelecidos pelo HC para esse contato. Crianças com 12 anos incompletos ou menos idade
abaixo devem obter a autorização e a programação da visita é realizada pelo Serviço Social
e/ou Psicologia, destacando um professional para companhar a criança até o leito.
Durante a experiência, meu papel como estagiária de psicologia hospitalar era o de
acompanhar e o de promover acolhimento de visitantes que precisaram de apoio psicológico.
O andamento das visitas infantis ocorreram sem intercorrências e demonstraram ser uma
fonte de redução de ansiedade e de sentimentos relacionados ao medo da morte e ao
abandono possivelmente experienciados por algumas crianças (Nunes & Gabarra, 2018). As
visitas são uma forma da criança poder ver como o paciente está, poder expressar seus
sentimentos e trazer segurança, pertencimento e esperança ao paciente, caso ele esteja
consciente (Nunes & Gabarra, 2018).
Para que esses elementos sejam alcançados, é necessário um preparo prévio da visita,
realizados na minha prática em campo, como análises em relação:
i) a motivação da criança para visitar o paciente; ii) a condição clínica do paciente e
sua gravidade; iii) o grau de parentesco e qualidade da relação afetiva entre a criança
e o paciente; iv) a maturidade emocional da criança e seu entendimento sobre o
processo de doença e internação, e v) a rede de apoio familiar (Nunes & Gabarra,
2018, p 111).
Além disso, era conversado com a equipe médica e de enfermagem acerca de como
eles analisavam os possíveis benefícios e prejuízos do encontro, e a partir da decisão
conjunta, a visita acontecia ou não. Eu rRealizava também uma conversa prévia com a
criança, para expor de uma forma acessível o estado do paciente que ela iria ver. Com isso, a
criança e a família estavam orientadas, assistidas e a criança era acompanhada previamente,
para que não houvesse margem para que o encontro fosse nocivo para o círculo familiar e
para a recuperação do paciente.
Portanto, é possível analisar que a atuação do psicólogo hospitalar dialoga com
praticamente todas as especialidades atuante ndo setor de CMatuação dentro do hospital,
como com a equipe médica, de enfermagem e do serviço social, além do acompanhamento ao
paciente e à família. Com isso, vejo a necessidade de uma flexibilização do profissional que
começa desde o setting terapêutico até os imprevistos que ocorrem em um dia de trabalho.
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3. DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES REALIZADAS


No setor de CM do HC-UFU fomos duas estagiárias, minha colega e eu. Para um
melhor aproveitamento, o supervisor dividiu os leitos por especialidades: na primeira metade
do estágio atendi pacientes da Gastroenterologia, Nefrologia e Medicina Interna e minha
colega da Neurologia, Reumatologia e Cardiologia. Na segunda parte do estágio, invertemos
as especialidades atendidas. Essa estratégia permitiu que passássemos por todas as áreas de
atuação e garantiu um aproveitamento geral do setor.
Durante a prática tivemos atividades internas e externas obrigatórias. A primeira se
refere a tudo que fizemos dentro do HC-UFU, como supervisão e Acompanhamento e
Atendimento de Usuários e Família (atividade em campo). A segunda diz respeito a ações
realizadas fora do hospital, como orientação, elaboração de diário de campo e relatório e
leituras e estudos teóricos.
Essas atividades foram essenciais para a evolução do nosso trabalho como estagiárias:
as supervisões eram um espaço onde falávamos dos casos atendidos, das eventuais
intervenções, evoluções e intercorrências, e discutíamos sobre nossa atuação, sentimentos,
fatos marcantes e próximos passos para o acompanhamento e atendimento dos pacientes e/ou
dos acompanhantes. A orientação tinha a mesma lógica, porém, a professora tinha como base
nosso diário de campo, o qual era um espaço que expressávamos acerca das emoções,
inseguranças, pensamentos e condutas que possivelmente surgia nos atendimentos de forma
mais detalhada. Além disso, elaboramos este relatório final, o qual serviu para pensarmos nas
contribuições que o estágio nos forneceu, e analisar a atuação em campo aliada a leituras e
vertentes abordadas ao longo do semestre.
Para isso, realizei algumas leituras importantes para a orientação e supervisão, como:
“A Psicologia no hospital geral: aspectos históricos, conceituais e práticos” de Azevêdo &
Crepaldi (2016) (pp. 573-585); Capítulo 3 “O cotidiano do psicólogo no hospital geral” In: A
psicologia na prática hospitalar da Santa Casa de São Paulo de Bruscato, Amorim,
Haberkorn & Santos (2010) (pp. 43-52); “O psicólogo na Unidade de Emergência” In: A
prática psicológica e sua interface com as doenças de Perez (2005) (pp. 53-65); “O
sofrimento da equipe de saúde no contexto hospitalar: cuidando do cuidador profissional” de
Maria Júlia Kovacs (pp. 420-429); “Intervenção psicológica em terminalidade e morte: relato
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de experiência” de Schmidt, Macedo Gabarra & Rodrigues Gonçalves (2011) (pp. 423-430);
“Como comunicar situações difíceis no tratamento” In: Comunicação de notícias difíceis:
compartilhando desafios na atenção à saúde Roteiro baseado no Protocolo SPIKES (2010)
(pp. 187-196); “Processo de adoecimento e hospitalização em pacientes de um hospital
público” de Bezerra & Siqueira (2021) (pp. 61-70); “O Acolhimento como Postura na
Percepção de Psicólogos Hospitalares” de Alexandre, Vasconcelos, Santos & Monteiro
(2019); “Uma homenagem a João Claudio Todorov: O luto e a morte na perspectiva da
Análise do Comportamento” da Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva e
“Arte como instrumento psicoterapêutico no tratamento hospitalar de pessoas com doenças
onco-hematológicas” de Carvalho, Neto & Ferreira (2020).
Para meu estudo pessoal, li “O Manual de Psicologia Hospitalar: o mapa da doença”
de Simonetti (2004); “A Abordagem Centrada na Pessoa e o contexto hospitalar: desafios do
profissional de psicologia na contemporaneidadeO psicólogo centrado na pessoa e a
instituição hospitalar” de Torres; “Suicídio: informando para prevenir” da Associação
Brasileira de Psiquiatria (2014) (pp. 22-50); Capítulo 16 “Trabalhando com famílias no
Hospital Geral” de Rodrigues (2010) In: A psicologia na prática hospitalar da Santa Casa de
São Paulo (pp. 189-195); Capítulo 4 “Avaliação Psicológica no Hospital Geral” de Lopes &
Amorim (2010) In: A psicologia na prática hospitalar da Santa Casa de São Paulo (pp. 53-
69) e Capítulo 5 “Intervenção Psicológica no Hospital Geral” de Amorim (2010) In: A
psicologia na prática hospitalar da Santa Casa de São Paulo (pp. 69-81).
Acerca do Acompanhamento e Atendimento de Usuários e Família, realizei leitura e
evolução em prontuário; participei de comunicações de notícias difíceis; busquei informações
com algumas pessoas da equipe multiprofissional (Enfermagem, Medicina e Serviço Social)
para saber mais acerca de determinado caso; acompanhei visitas infantis; discuti casos com
colegas de estágio do Pronto Socorro (PS); acolhi grande parte dos acompanhantes de
paciente e e propus atividades artísticas (música, desenhos e vídeos) com propósito
psicológico para os pacientes internados e/ou acompanhantesfamiliares. Sem dúvidas, o
conjunto das atividades internas e externas fizeram com que o estágio tenha sido muito bem
aproveitado e bem-feito, já que tínhamos suporte prático e teórico.
Para sua realização, o estágio teve como carga semanal prevista 20 horas, sendo que
08 horas foram reservadas para a prática no HC-UFU (Acompanhamento e Atendimento de
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Usuários Família), 04 para leitura e estudos, 02 para produção de relatórios, 04 horas para
orientação e 02 de supervisão, totalizando 300 horas. As 8 horas de prática foram divididas
em dois turnos de 4 horas em dois dias da semana. A supervisão da CM ocorreu na segunda-
feira e orientação geral na quarta-feira.
Os pacientes que atendi, em sua maioria, estão aguardando algum procedimento,
como exames, cirurgias e/ou a própria alta hospitalar. Em média, o tempo de internação é
alto, variando de 15 a 30 dias, ou superior, o que traz ansiedades e angústias. Assim, os
atendimentos são em torno dos sentimentos e emoções que surgem durante esse período,
além de contextos da história pessoal do indivíduo que eventualmente aparecem os quais sem
dúvidas influenciam na maneira com que ele está lidando com o momento.
Grande parte dos pacientes que atendi encontravam-se acima de 35 anos, sendo que a
maioria possuía acompanhantes em algum período do dia. No geral, consigo atender
diretamente quase todos os internos e seus familiares, com exceção de dois casos que os
atendimentos foi plenamente à família por conta do quadro clínico comatoso do paciente.
Algo recorrente durante minha prática foi o atendimento voltado para os acompanhantes dos
pacientes internados, os quais em sua maioria, possuíam vínculo afetivo forte, sendo filhos
(as), pais e/ou irmãos angustiados por ver o ente querido em internação.
Geralmente os pacientes são receptivos, educados e relatam sobre seu quadro clínico e
as implicações para suas vidas pessoais, para a saúde mental e física. Além disso, observo
que no setor nos deparamos com muitas situações que envolvem vulnerabilidade social, como
pessoas em situação de rua e famílias com baixa condição financeira e. O uso prejudicial de
álcool e outras drogas por parte dos pacientes também ocorrem., Essas questões que questões
são minimamente cuidadas dentro da instituição, por conta da internação, mas que geralmente
não recebem a continuidade desta atenção após a alta hospitalar.

4. CONTRIBUIÇÕES DA SUPERVISÃO PARA A FORMAÇÃO E REALIZAÇÃO


DO ESTÁGIO
A supervisão era um espaço onde fazíamos uma retrospectiva acerca dos casos
atendidos na semana anterior. Participava dela o supervisor e responsável pelo setor da
Clínica Médica, minha colega de estágio e eventualmente residentes em Psicologia
Hospitalar. Ao longo do semestre, o supervisor nos passava alguns textos e filmes para
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agregar a discussão e nossos atendimentos. A supervisão era um local onde podíamos falar
sobre como estava indo nossa trajetória no campo, nossas angústias pessoais e institucionais,
nossa atuação, conduta, evolução e dificuldades que por ventura ocorriam.
Acredito que a criação do vínculo e da confiança foram uma das maiores
contribuições que esse espaço me forneceu, já que com isso, me sentia a vontade de contar
tudo, principalmente por alguns atendimentos envolverem meus valores, crenças e vivências
pessoais. Assim, ao contar e ao discutir impactos que aconteciam durante os
Acompanhamentos e Atendimentos de Usuários e Família, me fortalecia como profissional e
tinha a oportunidade de confrontar e elaborar elementos pessoais que afetavam minha
atuação. Nossas reuniões semanais me passavam segurança, tanto de compartilhar os
acontecimentos, quanto de ter um profissional que nos orientava, direcionava e nos fornecia
feedback acerca do nosso trabalho.
Vejo que a perspectiva do supervisor em relação às vertentes teóricas da Psicologia foi
positiva, já que em nossa prática o entendimento e discussão dos assuntos abordados nos
atendimentos e nossa conduta era mais considerado do que apenas a técnica de uma
determinada abordagem. Assim, nossa autonomia em relação a isso foi respeitada e garantiu
um estudo mais amplo de toda conjuntura que estávamos vivenciando no campo.
Além disso, a experiência em campo aliado com o suporte que recebi nas supervisões
me fez de fato ver que pretendo seguir a área da Psicologia Hospitalar, pensamento que tinha
antes de fazer o estágio, mas que se concretizou após tudo que vivi dentro do hospital.
Durante a experiência, tivemos também orientações semanais com a coordenadora do
estágio. Nesse espaço, discutíamos também os casos, e tínhamos como base nosso relato
semanal escrito no diário de campo, o qual era lido previamente pela orientadora. Além disso,
percebo que nas orientações as angústias institucionais eram faladas mais abertamente, assim
como questões burocráticas que envolvem o estágio, como elaboração deste relatório e
renovação para o próximo semestre.
Assim, tínhamos dois espaços com profissionais qualificados e direcionados para
fornecer instruções coerentes com a atuação, o setor e as dificuldades de cada aluno. Percebo
que esses espaços nos fornecem a possibilidade de errar e de discutir como melhorar, para
que no futuro, na nossa carreira profissional, esses erros não se repitam.
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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
No presente relatório, tive como objetivo explanar minhas vivências na Clínica Médica
do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia e relacioná-las com meus
estudos teóricos e leituras ao longo do semestre.
Observo que as demandas principais dentro da instituição se referem ao acolhimento,
atendimento, avaliação e acompanhamento de pacientes e familiares, além de atividades que
tive que acompanhar como visitas e comunicação de más notícias. Na instituição, percebi que
muitas vezes o contexto de vida do paciente influencia muito em como ele está vivenciando a
internação e seu processo saúde-doença. Com isso, é imprescindível o olhar que o psicólogo
hospitalar deve ter para questões que perpassam a hospitalização, pois, muitas vezes, essa
conjuntura determina a maneira que o paciente está lidando com seu diagnóstico, com o
tratamento e procedimentos, ou seja, seu repertório de vida passado interfere em como ele
está lidando com o agora.
Assim, o foco na visão do sujeito como um todo garante sua autonomia e busca
fornecer ao paciente um conforto, uma escuta e um acolhimento necessário e individual para
experienciar esse momento difícil de uma forma mais branda, na medida do possível.

6. SUGESTÕES PARA O ESTÁGIO


Acredito que foi o estágio que mais me marcou durante a graduação, por ser minha
área de interesse e por tudo que vivencie na prática. Durante esse semestre, tinham dias que
saía do hospital com sentimentos de gratidão e de alegria, porém, em outros, me sentia
impotente e com muito questionamentos internos. Vejo que muito dessa ambiguidade é por
conta das incertezas que nos defrontavam todos os dias e devido ao processo saúde doença
que enfrentamos na instituição, questões que eram acolhidas nas supervisões e orientações,
espaços que se demonstraram essenciais durante a prática. Além disso, a escrita do diário de
campo, para mim é indispensável por conta de ser um momento em que sentamos e
elaboramos o que foi feito no dia. Penso que são elementos fundamentais para a continuidade
do estágio.
Além disso, percebo que teria sido interessante vivenciar um trabalho direto com as
equipes multiprofissionais, como reuniões e discussões de caso com profissionais das
especialidades responsáveis. Acredito que uma proximidade maior do que saber de
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informações acerca do paciente pelos corredores seria relevante para nosso aprendizado.
Analiso também algumas burocracias institucionais, como a demora para termos um crachá
de identificação e encaminhamentos para outros serviços da rede, realidade que se encaixa
em muitas demandas de pacientes e acompanhantes.

7. REFERÊNCIAS

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https://www.gov.br/ebserh/pt-br/hospitais-universitarios/regiao-sudeste/hc-ufu/
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