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Atuação

fisioterapêutica na
equipe
multiprofissional
NÍVEIS DE ATENÇÃO EM SAÚDE: PREVENÇÃO PRIMÁRIA E
SECUNDÁRIA

Profª Drª Maria Cecília Moraes Frade

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Tópicos abordados:
1. Definição dos níveis de atenção em saúde prevenção :
a) Primária
b) Secundária

2. Equipe multiprofissional;
3. Conclusão;
4. Referências.

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Doenças crônicas:
DoençasDoenças
crônicas não Doenças
transmissíveis Crônicas
Cardiovasculares Respiratórias

DCNT

Diabetes
Cânceres

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Doenças crônicas:
Indicadores de Saúde
risco Cardiorrespiratória

• PAS elevada
• Glicose em jejum
elevada
• Obesidade
• Tabagismo
• Inatividade física
• Fatores ambientais

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Doenças crônicas:

• ↑ complexidade
SUS
• ↑ magnitude • Atenção
primária

DCNT

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Promoção
SUS:
Reabilitação Prevenção

Atenção
primária
Tratamento Proteção

Diagnóstico

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SUS:
Atenção Individuais

primária Familiar
à Saúde
Coletivas

APS Ações
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Atenção primária à saúde
Quando foi a última vez
que vocês verificaram
glicemia?

Maior cobertura Redução:


• acima de 70% • doenças cerebrovasculares
• 36% pa31% para as doenças isquêmicas
e outras formas de doença cardíaca
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Primária Secundária Terciária
• Individual, familiar, • Suporte à Atenção • Ambulatorial e
grupal e Primária à Saúde; hospitalar;
comunitária; • Casos que não são • casos de
• Promoção, de urgência e reabilitação;
prevenção, proteção, emergência; • Requer tecnologia
diagnóstico, • Média de alta
tratamento, complexidade. complexidade e
reabilitação. recursos humanos
mais especializados.

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Atenção secundária
•Dar suporte aos pacientes referenciados da Atenção Primária;
•Especialidades:
•GSAS 1 (Policlínica HRG) Acupuntura, Dermatologia, Endocrinologia,
Reumatologia, Psiquiatria, Otorrinolaringologia, Ortopedia Geral, Homeopatia,
Alergia Pediátrica, Pneumologia Pediátrica, Fonoaudiologia, Radiologia,
Ambulatório de Enfermagem, Anestesista, Nefrologia, Ginecologia, Neurologia
Adulto, Infectologia, Psicologia e Assistente Social, Odontologia.
•GSAS 2 (Policlínica HRSM) Acupuntura, Dermatologia, Endocrinologia,
Fisioterapia, Gastroenterologia, Ginecologia, Geriatria, Reumatologia, Pediatria,
Psiquiatria, Infectologia, Nutrição, Odontologia e pediatria.

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Ambulatório de fisioterapia
➢Especialidades:
• fisioterapia ortopédica;
• fisioterapia neurológica adulto;
• fisioterapia uroginecologica;
• terapia ocupacional.
❑Trata-se de um tratamento seriado realizado individualmente ou em grupo a
depender do quadro clinico do paciente.

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Atividade física
Crianças até 5 anos

Crianças e Jovens 6-17


anos

Adultos

Idosos

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Tempo
livre

Tarefas
Atividade Desloca
domés-
física mento
ticas

Trabalho/
estudo

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1-4 5-6 7-10

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Crianças até 5 anos

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29
< 1 ano 30
Crianças e Adolecentes
6 a 17 anos

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➢ 60 minutos ou mais por dia;
➢ 3 dias na semana.

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Adultos > 18 anos

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➢ 150 minutos atividade moderada;
➢ 75 minutos atividade intensa.

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Idosos > 60 anos

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40
➢ 150 minutos atividade moderada;
➢ 75 minutos atividade intensa.

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https://sppt.org.br/servicos_sppt/centros-de-reabilitacao/

https://sppt.org.br/servicos_sppt/centros-de-reabilitacao/

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https://www.hcor.com.br/especialidades-servicos/servicos/servico-de-reabilitacao/reabilitacao-cardiovascular-e-metabolica/

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↓ políticas Disparidade
públicas regional

↑ extensão
↓ renda
territorial

↓ nível Baixa ↓ referência


e contra-
educacional
adesão referência

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Grupo Supervisão

✓ Individual

✓ 8 encontros: primeiro- cartilha educativa +exercícios

✓ Intensidade do exercício: orientação individual, descrita na


cartilha.

✓ Ficha de acompanhamento semanal


Grupo Orientação

✓ Um único encontro intervencionista:

✓ Cartilha ilustrativa;

✓ Orientações,

✓ Intensidade do exercício: executado uma única vez e orientação


individual, descrita na cartilha.
Orientação e Semana 1 Semana 2 Semana 3 Semana 4 Semana 5 Semana 6 Semana 7 Semana 8
prescrição
Tempo
Número mínimo de
repetições
Protocolo de Reabilitação
◇ Aquecimento e ◇ Fortalecimento ◇ Alongamento e
treinamento de membros relaxamento
aeróbico superiores e
- Caminhada exercício
respiratório
- Degrau
- Sentar e levantar

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Etapas para prescrever o treinamento
aeróbico
1. Ver a velocidade por minuto:
1. quantos metros/ degraus fez em um minuto?
2. Adotar a progressão semanal da % por minuto ( 80-100%).
3. Progredir semanalmente a duração do exercício
4. Para calcular semanalmente quanto deve realizar: multiplicar a
duração do exercício pela velocidade por minuto.
Prescrição da caminhada
REPRESENTAR POR
CAMINHADA QUARTEIRÕES OU CORREDOR DE
LIVRE CASA
6min: 300 metros
1 min: 50 metros ( 50 m/min)
Prescrição vai variar: % da intensidade (80-100%) da distância

40x5=200 40x8=320 45x10=450 50x12=600 50x12=650 50x12=750


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Prescrição de subir e descer degrau

Prescrição

6min: 60 degraus
EXECUTAR 1 min: 10 degraus
EM CASA (10/min)
Prescrição vai variar: %
da intensidade e tempo.

Degrau

8x5=40 8x8=64 9x10=90 15x10=150


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Prescrição de sentar e levantar

Prescrição

1min= 24
Prescrição vai variar: % da intensidade e tempo.

1x19=19 2x19=38 5x24=120

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Progressão da Intensidade do exercício
Tolerância
80% 100%
máxima

Duração: aquecimento 3-5 min, caminhada 5-20 min,


Tempo degrau 3-15 min, sentar e levantar de 1-5 min.

Variável sintoma- 0 Nenhum cansaço


0,5 Cansaço muito, muito leve
limitado 1 Cansaço muito leve
2 Cansaço leve
* Considerar em todas 3 Cansaço moderado
as fases 4
5
Cansaço pouco intenso
Cansaço intenso
6
7 Cansaço muito intenso
Prescrição do Progressão do 8
treinamento treinamento 9 Cansaço muito, muito intenso
aeróbico aeróbico 10 Cansaço máximo

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Prescrição de fortalecimento

10 RM
✓ Teste 10RM para determinar a carga
✓ Membro superior dominante
✓ Diagonal do movimento
✓ Pesos livres.

(POLLOCK & WILMORE, 1996)

10RM= 3kg 1kg 2kg 3kg

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Cartilha educativa

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Cartilha ilustrativa

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Cartilha ilustrativa

Critério de Prescrição do
inclusão na treinamento
terapia aeróbico

Progressão do
Supervisão do
treinamento
profissional
aeróbico
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Uberlândia

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https://comunica.ufu.br/midia/video/2016/07/fisioterapia-para-coracao

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DCTN
Professional de educação física

Grupos de risco
• Hipertensão
• Tabagismo
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Matriciamento
Atenção terciária
• Hospital Atenção primária Grupos de
atividade física

Atenção secundária
• Pós COVID-19;
• Centro vida
(centro de • PO CC (3 meses);
reabilitação) • Suplementação de O₂.

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Equipe multiprofissional

Modalidade de trabalho coletivo que se configura na


relação recíproca entre as múltiplas intervenções técnicas e
a interação dos agentes de diferentes áreas profissionais.

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Equipe
multiprofissional Nutricionistas

Profissionais
Fisioterapeutas
de enfermagem

Educadores
físicos

Médicos Psicólogos

Assistentes
sociais

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Equipe multidisciplinar
“Quando existem vários profissionais atendendo o mesmo
paciente de maneira independente”
(Bucher, 2003; LoBianco, Bastos, Nunes & Silva, 1994).

“Busca integrar diferentes disciplinas, compreendidas


como campos específicos do conhecimento científico”

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Equipe transdisciplinar
“Quando as ações são definidas e planejadas em conjunto”
(Bucher, 2003; LoBianco, Bastos, Nunes & Silva, 1994).
“Busca a integração do conhecimento científico a outros modos
de produção de conhecimento construídos historicamente pela
humanidade, com diálogo rigoroso não apenas entre ciências
exatas e humanas, mas também entre ciência, arte, cultura,
tradição, religião, experiência interior e pensamento simbólico”
(Nicolescu, 2005, p. 52-53)

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Conclusões
➢Medidas de prevenção devem ser prioridades para saúde pública e
os profissionais da saúde;
➢Importante realizar o rastreio das DCNT para evitar agravos e
complicações severas e que geram maiores custos (tecnológicos
quanto financeiros);
➢A saúde não está direcionada em apenas um único profissional e sim
em uma equipe com foco no paciente e no meio que ele vive.

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Referências
1. Estratégia de Saúde Cardiovascular na Atenção Primária à Saúde: instrutivo para profissionais e gestores [recurso eletrônico]. /
Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção Primária à Saúde. - Brasília : Ministério da Saúde, 2022. 50 p. : il
2. Guia de Atividade Física para a População Brasileira [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção Primária à
Saúde, Departamento de Promoção da Saúde. – Brasília : Ministério da Saúde, 2021.
3. https://www.saude.df.gov.br/atencao-secundaria-gama
4. José Antônio Ferreira Martins¹, Selma Cristina Franco. Condições cardiológicas sensíveis à atenção primária em serviço terciário de
saúde: apenas a ponta do iceberg. Saúde em Debate • Rio de Janeiro, v. 37, n. 98, p. 388-399, jul/set 2013.
5. Audrey Borghi-Silva, Renata Gonçalves Mendes, Renata Trimer, Gerson Cipriano. Current Trends in Reducing Cardiovascular
Disease Risk Factors From Around the World: Focus on Cardiac Rehabilitation in Brazil, Progress in Cardiovascular Diseases,
Volume 56, Issue 5, 2014, Pages 536-542.
6. https://comunica.ufu.br/midia/video/2016/07/fisioterapia-para-coracao
7. da Silva MMC, Arcuri JF, Di Lorenzo VAP. Individualized, low-cost and accessible pulmonary rehabilitation program based on
functional clinical tests for individuals with COPD-a study protocol of a randomized controlled trial. Trials. 2021 May 26;22(1):367.
doi: 10.1186/s13063-021-05267-9. PMID: 34039406; PMCID: PMC8152053.
8. Peduzzi, MarinaEquipe multiprofissional de saúde: conceito e tipologia. Revista de Saúde Pública [online]. 2001, v. 35, n. 1
[Acessado 5 Agosto 2022] , pp. 103-109. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0034-89102001000100016>. Epub 23 Jun 2009.
ISSN 1518-8787. https://doi.org/10.1590/S0034-89102001000100016.
9. SHIVA, Vandana. Biopirataria: a pilhagem da natureza e do conhecimento. Trad. Laura Cardellini Barbosa de Oliveira. Petrópolis, RJ:
Vozes, 2001. p. 127-130. [ Links ]

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Muito obrigada!!!
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