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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS - UFAL

HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PROFESSOR


ALBERTO ANTUNES - HUPAA

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1. OBJETIVO
Organizar o fluxo de transporte Inter hospitalar de pacientes internas na
Maternidade Professor Mariano Teixeira do Hospital Universitário Professor Alberto Antunes
(HUPAA) para outras unidades de saúde de menor complexidade.

2. RESPONSÁVEIS
Médico (a) obstetra, enfermeira (o), técnico (a) de enfermagem, auxiliar de
enfermagem, recepcionista, padioleiro, setor de transporte (motorista da ambulância).

3. MATERIAIS NECESSÁRIOS

 Ficha de transferência
 EPI’S (máscara cirúrgica, luvas estéreis e de procedimento, gorro)
 Esfigmomanômetro
 Estetoscópio adulto
 Termômetro
 Oxímetro portátil
 Sonnar doppler
 Pacote de campos estéreis para parto normal
 Kit de instrumental para parto normal
 Pacote de recepção de RN
 Cadeira de rodas

4. DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO

4.1. Gestante ou parturiente é classificada pelo médico obstetra como sendo de risco
habitual, de acordo com o Protocolo de ocupação de leitos obstétricos de alto risco da
secretaria de estado da saúde-sesau (Anexo A);
4.2. Se for gestante, esta deve estar estável, com seus sinais vitais e do feto mantidos
dentro da normalidade;
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4.3. Se for parturiente, esta deve estar na fase de latência do primeiro estágio do
trabalho de parto ou na fase ativa inicial.
4.4. Médico (a) obstetra preenche ficha de transferência da paciente;
4.5. Recepcionista faz contato telefônico com o CORA (Complexo Regulador
Assistencial) e solicita vaga para a paciente, de acordo com a descrição na ficha de
transferência;
4.6. Após confirmação da vaga, a recepcionista contacta setor de transporte e informa
sobre a transferência, solicitando a ambulância;
4.7. Antes da saída da paciente do setor, a (o) enfermeira (o): avalia seu estado geral;
antecipa possíveis instabilidades e complicaçõesl; confere a provisão de todos os
equipamentos e materiais necessários durante o transporte; prevê a necessidade de
vigilância e intervenção terapêutica durante o transporte, avalia distância a percorrer,
possíveis obstáculos e tempo a ser despendido até o destino e verifica novamente todos os
sinais vitais, a fim de se confirmar que se mantém estáveis;
4.8. Enfermeira do setor avalia situação clínica da gestante e, considerando o nível de
complexidade da assistência requerida, de acordo com Parecer COFEN n° 008/2020 (Anexo
B), define o(s) profissional(is) de Enfermagem que assistirá(ão) a gestante durante o
transporte;
4.9. Padioleiro é acionado e realiza transporte da paciente em cadeira de rodas até a
ambulância, juntamente com a (o) auxiliar de enfermagem ou técnico (a) de enfermagem
definido pela enfermeira, com a ficha de transferência devidamente preenchida.

5. RECOMENDAÇÕES

5.1 Fase de latência do trabalho de parto é um período de tempo caracterizado por


contrações uterinas dolorosas e alterações variáveis do colo do útero, incluindo
algum grau de apagamento e progressão mais lenta da dilatação até 05 cm para
trabalho de parto de nulíparas ou multíparas (RECOMENDAÇÕES DA OMS NA ATENÇÃO
AO PARTO NORMAL, 2018).
5.2 É considerado gestação de risco habitual: aquela cuja gestação encontra-se acima de 35
semanas, contadas a partir da data da última menstruação e/ou com base em exame
ecográfico, desde que o serviço tenha UCI neonatal e quando a mulher não apresente
comorbidades associadas (Protocolo de ocupação de leitos obstétricos de alto risco da
secretaria de estado da saúde-sesau - Anexo A);
5.3 Não realizar transferência de pacientes instáveis, mesmo na companhia da (o)
enfermeira (a);
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5.4 Não realizar transferência de parturiente em fase ativa avançada (quando há


contrações uterinas regulares e dilatação cervical progressiva acima dos 5cm)
ou em período expulsivo;
5.5 No caso de parturiente de risco habitual em período expulsivo, realizar
assistência ao parto na maternidade (conforme POP Parto em Trânsito, Anexo
B) e em seguida providenciar a transferência da puérpera e seu RN;
5.6 Caso a gestante ou parturiente seja menor de idade ou portadora de
necessidades especiais deverá ser transferida obrigatoriamente com seu
acompanhante;
5.7 A ficha de transferência da paciente preenchida pelo médico deve conter as seguintes
informações: Nome completo da paciente, Maternidade de origem, Classificação inicial
do setor de A&CR, Anamnese e exame físico e obstétrico médico, Hipótese Diagnóstica,
Assistência/Intervenções realizadas na paciente antes da transferência, Motivo de
transferência, Número de transferência autorizado pelo Cora, SSVV pré-transporte,
Assinatura e CRM do médico responsável;

6. AÇÕES EM CASO DE NÃO CONFORMIDADE (EVENTO ADVERSO)

Em casos de não conformidade ou evento adverso, notificar no VIGIHOSP de acordo com o


item notificado.

6.1 Comunicar ao enfermeiro a falta de materiais e o mau funcionamento de equipamentos,


para devidas providências.
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7. REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos.
Departamento de Gestão e Incorporação de Tecnologias em Saúde. Diretrizes nacionais de
assistência ao parto normal: versão resumida [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde,
Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Departamento de Gestão e
Incorporação de Tecnologias em Saúde. – Brasília : Ministério da Saúde, 2017. 51 p. : il.

BRASIL. Secretaria de Atenção à Saúde. Atenção à saúde do recém nascido - guia para
profissionais de saúde. Brasília, DF, 2012.

CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM - COFEN. EMENTA: Remoção de pacientes –


Transporte extra-hospitalar. Brasília-DF, 02 de dezembro de 2020. Disponível em:
http://www.cofen.gov.br/parecer-de-comissao-no-008-2020-conue-cofen_84834.html. Acesso
em 30/06/2021.

WHO Recommendations: intrapartum care for a positive childbirth experience. Geneva:


World Health Organization; World Health Organization, 2018. Licence: CC BY-NC-SA 3.0 IGO.

POP Transferência de puérpera – parto em trânsito.


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8. ANEXOS

Anexo A- PROTOCOLO DE OCUPAÇÃO DE LEITOS OBSTÉTRICOS DE ALTO RISCO DA SECRETARIA DE


ESTADO DA SAÚDE-SESAU

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE – SESAU


SUPERINTENDÊNCIA DE ATENÇÃO À SAÚDE - SUAS
DIRETORIA DE ATENÇÃO HOSPITALAR DE URGÊNCIA

NOTA TÉCNICA 04/2018

Assunto: Atualização do Protocolo de Transferência de Gestante e Recém-Nascido de


Risco.

A revisão do Protocolo foi realizada no dia 16 de abril de 2018, com a


participação de representantes médicos (obstetras e pediatras) das maternidades do
Hospital Universitário Professor Alberto Antunes, Maternidade Escola Santa Mônica,
Hospital do Açúcar, Hospital Nossa Senhora da Guia, Hospital Santo Antônio,
Maternidade Nossa Senhora de Fátima de Maceió e representação da Central de
Regulação de Maceió, com o objetivo de atualizar orientação de condutas e esclarecer
situações que geram conflitos no momento das solicitações de transferência.
O protocolo define perfil do paciente neonatal que deverá ocupar leitos de
Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais-UTIN, Unidade de Cuidados Intermediários
Neonatais Convencionais-UCINCo e leitos de Maternidade de Alto Risco, e será
utilizado como referência pela Central de Regulação de Leitos de Maceió-CORA para
direcionar as solicitações de transferências.
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PROTOCOLO DE OCUPAÇÃO DE LEITOS OBSTÉTRICO DE ALTO RISCO


BASEADO NO MANUAL DE GESTAÇÃO DE ALTO RISCO DO MINISTÉRIO DA
SAÚDE

Pacientes obstétricas que se enquadram no perfil de alto risco e que devem ser
transferidas para os serviços de referência de forma responsável (contato com a
central de regulação, estabilização da paciente, relatório clínico, transporte
adequado).

• Trabalho de parto prematuro abaixo de 35 semanas de IG (paciente entre 35 e


37 semanas de IG pode ser atendida no risco habitual desde que o serviço tenha
UCI neonatal).

• Complicações hipertensivas:
o Pré-eclâmpsia leve: pressão arterial > 140/90, medida após um mínimo
de 10 minutos de repouso, na posição decúbito lateral esquerdo,
associada à proteinúria +++ (pode-se usar o teste rápido de proteinúria).
o Pré-eclâmpsia grave: pressão arterial > 160/110, medida após um
mínimo de 10 minutos de repouso, na posição decúbito lateral esquerdo,
associada à proteinúria (pode-se usar o teste rápido de proteinúria).
o Sinais premonitórios de eclâmpsia em gestantes hipertensas:
escotomas cintilantes, cefaleia típica occipital, epigastralgia ou dor
intensa no hipocôndrio direito.
o Eclâmpsia: crises convulsivas em pacientes com pré-eclâmpsia.
Obs.: Edema não é mais considerado critério diagnóstico.
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• Amniorrexe prematura com feto >22 semanas de IG: perda de líquido vaginal
de em qualquer quantidade, mas de forma persistente, podendo ser observada
mediante exame especular com manobra de Valsalva e elevação da
apresentação fetal, preferencialmente após realização do teste de cristalização
do muco cervical (paciente entre 35 e 37 semanas de IG pode ser atendida no
risco habitual desde que o serviço tenha UCI neonatal).

• Hemorragias exceto abortamento (IG < 22 semanas), incluindo descolamento


prematuro de placenta e placenta prévia, independentemente da dilatação
cervical, desde que o serviço não disponha de condições para realização de
procedimento operatório.

• Prenhes ectópica, desde que o serviço não disponha de condições para


realização de procedimento operatório.

• Anemia grave (hemoglobina < 8) com instabilidade hemodinâmica

• Suspeita/diagnóstico de abdome agudo em gestantes.

• Suspeita/diagnóstico de pielonefrite, infecção ovular ou outra infecção que


necessite de internação hospitalar.

• Suspeita de trombose venosa profunda em gestantes (dor no membro inferior,


edema localizado e/ou varicosidade aparente).

• Casos clínicos que necessitem de avaliação hospitalar: cefaleia intensa e súbita,


sinais neurológicos, crise aguda de asma etc.

• Malformações fetais em gestação > 22 semanas de IG, em trabalho de parto ou


indicação de interrupção.
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• Gestantes politraumatizadas.

• Obesidade mórbida IMC >40.

• Feto > 22 semanas isoimunizado.

• Aminiorrex com sinais clínicos de infecção (febre, corioaminionite) independente


de idade gestacional.

As situações de gravidez ectópica devem ser resolvidas na maternidade


em que a paciente foi atendida, seja alto risco ou risco habitual.
Outras situações não citadas neste protocolo devem ser atendidas nas
maternidades de risco habitual.
Os Centro de Parto Normal e Casas de Parto destinam-se a assistência de
gestantes com indicação de parto normal sem distorcia.

Em 27 de abril de 2018

Syrlene Medeiros Patriota


Coordenadora da Rede Cegonha
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ANEXO B – PARECER COFEN – TRANSPORTE INTER HOSPITALAR

PARECER DE COMISSÃO Nº 008/2020 CONUE/COFEN

Ref.:    Despacho DGEP/COFEN 333/2020

 EMENTA: Remoção de pacientes – Transporte extra-hospitalar

1. Do fato
A Ouvidoria do Conselho Federal de Enfermagem recebeu no dia 22 de setembro de 2020, a seguinte
demanda sob Protocolo Cofen nº 16008249001113692963, que solicita esclarecimentos sobre a realização
de transporte extra-hospitalar com o seguinte questionamento:  O técnico ou auxiliar de enfermagem
pode realizar transferência de pacientes de cuidados mínimos e intermediários (apenas com o condutor)?
Ou seja, pode transferir sozinho sem a obrigatoriedade da presença do enfermeiro nos transportes inter
hospitalares desses pacientes?

2. Da fundamentação e análise
Em atenção ao Despacho DGEP/COFEN 333/2020, a Comissão Nacional de Urgência e Emergência (CONUE)
analisou a solicitação e apresenta parecer técnico, com vistas a consubstanciar o entendimento sobre
transporte extra-hospitalar de pacientes de cuidados mínimos e intermediário, por técnicos e auxiliares de
enfermagem.
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O transporte inter-hospitalar refere-se à transferência de pacientes entre unidades não hospitalares ou


hospitalares de atendimento às urgências e emergências, unidades de diagnóstico, terapêutica ou outras
unidades de saúde que funcionem como bases de estabilização para pacientes graves, de caráter público
ou privado e tem como principais finalidades a transferência de pacientes de serviços de saúde de menor
complexidade para serviços de referência de maior complexidade ou a transferência de pacientes de
centros de referência de maior complexidade para unidades de menor complexidade (BRASIL, 2002).

CONSIDERANDO a Lei Nº 7.498/86 de 25 de Junho de 1986, no Art. 11, ítem L, cita que são privativos do
enfermeiro, cuidados diretos de enfermagem a pacientes graves com risco de vida, e no ítem M, cuidados
de enfermagem de maior complexidade técnica e que exijam conhecimentos de base científica e
capacidade de tomar decisões imediatas. O §2º do Art. 12, cabe ao Técnico de Enfermagem, executar ações
assistenciais de Enfermagem, exceto as privativas do enfermeiro. Ao auxiliar de enfermagem, conforme
descrito no Art. 13, parágrafos 1º, 2º 3º, compete exercer atividades de nível médio, de natureza repetitiva,
envolvendo

serviços de enfermagem sob supervisão, bem como participação em nível de execução simples, em
processos de tratamento, cabendo-lhe: observar, reconhecer e descrever sinais e sintomas; executar ações
de tratamento simples; prestar cuidados de higiene e conforto ao paciente.

CONSIDERANDO a Resolução no 358/2009 que dispõe sobre a Sistematização da Assistência de


Enfermagem e a implementação do Processo de Enfermagem em ambientes, públicos ou privados, em que
ocorre o cuidado profissional de Enfermagem (COFEN, 2009);

CONSIDERANDO a Resolução Cofen no 564/2017, que aprova o novo Código de Ética dos Profissionais de
Enfermagem (COFEN, 2017);

Em 2008, o COFEN aprovou a Resolução 588/2018, que normatiza a atuação da equipe de Enfermagem no
processo de transporte de pacientes em ambiente interno aos serviços de saúde, o anexo desta resolução
descreve que.

Incumbe ao Enfermeiro da unidade de origem:

1. avaliar o estado geral do paciente;


2. antecipar possíveis instabilidades e complicações no estado geral do paciente;
3. conferir a provisão de equipamentos necessários à assistência durante o transporte;
4. prever necessidade de vigilância e intervenção terapêutica durante o transporte;
5. avaliar distância a percorrer, possíveis obstáculos e tempo a ser despendido até o destino;
6. selecionar o meio de transporte que atenda as necessidades de segurança do paciente;
7. definir o(s) profissional(is) de Enfermagem que assistirá(ão) o paciente durante o transporte;
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8. realizar comunicação entre a Unidade de origem e a Unidade receptora do paciente.


 

 Incumbe ao Técnico e/ou Auxiliar de Enfermagem da Unidade de origem:

1. prestar assistência de enfermagem durante o transporte do paciente, considerando a legislação em


vigor e processo de assistência de enfermagem previstos pelo Enfermeiro;

2. atuar na prevenção de possíveis instabilidades e complicações no estado geral do paciente;


3. comunicar ao Enfermeiro toda e qualquer intercorrência ou complicação ocorrida durante o
transporte, assim como proceder com o registro no prontuário.

A Resolução 588/2018, traz ainda que para a designação do profissional de enfermagem que prestará
assistência ao paciente durante o transporte, deve considerar o nível de complexidade da assistência
requerida, ressaltando-se que essa resolução trata de transporte intra-hospitalar, sugere-se a utilização da
classificação abaixo para o transporte inter-hospitalar.

I – Paciente de cuidados mínimos (PCM): paciente estável sob o ponto de vista clínico e de enfermagem e
autossuficiente quanto ao atendimento das necessidades humanas básicas;

 II – Paciente de cuidados intermediários (PCI): paciente estável sob o ponto de vista clínico e de
enfermagem, com parcial dependência dos profissionais de enfermagem para o atendimento das
necessidades humanas básicas;

 III – Paciente de cuidados de alta dependência (PCAD): paciente crônico, incluindo o de cuidado paliativo,
estável sob o ponto de vista clínico, porém com total dependência das ações de enfermagem para o
atendimento das necessidades humanas básicas;

 IV – Paciente de cuidados semi-intensivos (PCSI): paciente passível de instabilidade das funções vitais,
recuperável, sem risco iminente de morte, requerendo assistência de enfermagem e médica permanente e
especializada;

 V – Paciente de cuidados intensivos (PCIt): paciente grave e recuperável, com risco iminente de morte,
sujeito à instabilidade das funções vitais, requerendo assistência de enfermagem e médica permanente e
especializada.

CONSIDERANDO a Portaria no 2.048/02 que aprova o Regulamento Técnico dos Sistemas Estaduais de
Urgência e Emergência, e classifica as Unidades Móveis em 6 tipos: (BRASIL, 2002)

Tipo A – Ambulância de Transporte: Destinada para remoções simples e de caráter eletivo de pacientes em
decúbito horizontal de pacientes que não apresentam risco de vida para remoções simples e de caráter
eletivo.

Tipo B – Ambulância de Suporte Básico: veículo destinado ao transporte inter- hospitalar de pacientes com
risco de vida conhecido e ao atendimento pré-hospitalar de pacientes com risco de vida desconhecido, não
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classificado com potencial de necessitar de intervenção médica no local e/ou durante transporte até o
serviço de destino.

Tipo C – Ambulância de Resgate: veículo de atendimento de urgências pré- hospitalares de pacientes


vítimas de acidentes ou pacientes em locais de difícil acesso, com equipamentos de salvamento (terrestre,
aquático e em alturas).

Tipo D – Ambulância de Suporte Avançado: veículo destinado ao atendimento e transporte de pacientes de


alto risco em emergências pré-hospitalares e/ou de transporte inter-hospitalar que necessitam de cuidados
médicos intensivos. Deve contar com os equipamentos médicos necessários para esta função.

Tipo E – Aeronave de Transporte Médico: aeronave de asa fixa ou rotativa utilizada para transporte inter-
hospitalar de pacientes e aeronave de asa rotativa para ações de resgate, dotada de equipamentos
médicos homologados pelo Departamento de Aviação Civil – DAC.

Tipo F – Embarcação de Transporte Médico: veículo motorizado aquaviário, destinado ao transporte por via
marítima ou fluvial. Deve possuir os equipamentos médicos necessários ao atendimento de pacientes
conforme sua gravidade (BRASIL, 2002).

CONSIDERANDO o Capítulo VI da Portaria no 2048/02 que traz a conceituação sobre as transferências e


Transporte Inter-Hospitalar e diz que o transporte inter-hospitalar refere-se à transferência de pacientes
entre unidades não hospitalares ou hospitalares de atendimento às urgências e emergências, unidades de
diagnóstico, terapêutica ou outras unidades de saúde que funcionem como bases de estabilização para
pacientes graves, de caráter público ou privado e tem como principais finalidades:

A – A transferência de pacientes de serviços de saúde de menor complexidade para serviços de referência


de maior complexidade seja para elucidação diagnóstica, internação clínica, cirúrgica ou em unidade de
terapia intensiva, sempre que as condições locais de atendimento combinadas à avaliação clínica de cada
paciente assim exigirem;

B – A transferência de pacientes de centros de referência de maior complexidade para unidades de menor


complexidade, seja para elucidação diagnóstica, internação clínica, cirúrgica ou em unidade de terapia
intensiva, seja em seus municípios de residência ou não, para conclusão do tratamento, sempre que a
condição clínica do paciente e a estrutura da unidade de menor complexidade assim o permitirem, com o
objetivo de agilizar a utilização dos recursos especializados na assistência aos pacientes mais graves e/ou
complexos (BRASIL, 2002).

CONSIDERANDO que o transporte inter-hospitalar, em qualquer de suas modalidades, de acordo com a


disponibilidade de recursos e a situação clínica do paciente a ser transportado, deve ser realizado em
veículos adequados e equipados de acordo com o estabelecido no Capítulo IV da referida Portaria (BRASIL,
2002).

 
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3. Da Conclusão
À luz da legislação que norteia as ações da equipe de enfermagem e considerando a Portaria GM
2048/2002 que classifica os veículos para atendimento pré-hospitalar e/ou transporte de pacientes em 6
tipos (A,B,C,D,E e F), sendo o tipo B “Unidade de Suporte Básico de Vida” composta por técnico ou auxiliar
de enfermagem, podem realizar o transporte de pacientes com risco conhecido entre unidades extra
hospitalares sem a presença do enfermeiro, desde que, o enfermeiro como sendo responsável pela equipe
avalie o paciente quanto ao grau de dependência, antes da realização do transporte:

Paciente de cuidados mínimos (PCM): recomenda-se que seja realizado pelo Auxiliar de Enfermagem e/ou
Técnico de Enfermagem.

Paciente de cuidados intermediários (PCI): recomenda-se que seja realizado pelo Técnico de Enfermagem.

Compete às gerências de enfermagem das instituições de saúde desenvolver protocolos de acordo com as
características de suas rotinas internas, devidamente aprovadas pela Diretoria Técnica da Unidade, bem
como estabelecer estratégias e ações voltadas para a segurança do paciente.

Além de que qualquer conduta a ser realizada pelo profissional de enfermagem, o mesmo esteja seguro
frente à sua competência técnica, científica, ética e legal, assegurando a pessoa, família e coletividade, livre
de danos decorrentes de imperícia, negligência e imprudência.

É o parecer smj.

Brasília-DF, 02 de dezembro de 2020.

Eduardo Fernando de Souza

Coordenador

Comissão Nacional de Urgência e Emergência

Portaria 289/2020

Parecer elaborado por Marcos Fonseca, Coren-SE nº 47210, Eduardo Fernando de Souza, Coren-SP nº
180.775. e Silvio José de Queiroz, Coren-GO 93.937.
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FLUXOGRAMA

GESTANTE ACOLHIDA NA TRIAGEM PARA AVALIAÇÃO MÉDICA

GESTANTE OU PARTURIENTE CLASSIFICADA COMO RISCO HABITUAL

GESTANTE E FETO ESTÁVEIS ?

NÃO
SIM
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CANCELA A
MÉDICO PREENCHE A TRANSFERÊNCIA
FICHA DE TRANSFERÊNCIA
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9. HISTÓRICO DE REVISÃO
RECEPCIONISTA
VERSÃO ENTRA
DATA EM ELABORAÇÃO/REVISÃO DESCRIÇÃO DA ATUALIZAÇÃO
CONTATO COM O CORA
Giselle Carlos Santos
Brandão Monte Institui o Procedimento Operacional Padrão
1 30/07/2021 Mariana Melo Lima Transporte Inter hospitalar de pacientes do
TRANSFERÊNCIA
Cansanção ACR e Pré-Parto
AUTORIZADA
(Elaboração)

ENFERMEIRA REAVALIA A
PACIENTE, PROVER
Elaboração:
MATERIAIS E
PROFISSIONAL
Giselle Carlos SantosPARA O Monte
Brandão
Enfermeira Obstétrica Data: _____/_____/__________
TRANSPORTE

Mariana Melo Lima


Enfermeira Obstétrica Data: _____/_____/__________

Lais Daniele
Cargo
Data: _____/_____/__________

Análise:

Comissão de Planejamento, Elaboração, Avaliação e Implementação dos POP’s de Data: _____/_____/__________


Enfermagem

Validação: Data: _____/_____/__________

Joyce Letice Barros Gomes


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Serviço de Controle de Infecção Relacionados à Assistência à Saúde/SCIRAS

Tereza Carolina Santos Cavalcante


Serviço de Controle de Infecção Relacionados à Assistência à Saúde/SCIRAS Data: _____/_____/__________

Celina de Azevedo Dias


Chefe do Setor de Gestão da Qualidade e Vigilância em Saúde/SGQVS Data: _____/_____/__________

Aprovação:

José César de Oliveira Cerqueira


Data: _____/_____/__________
Chefe da Divisão de Enfermagem

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