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“Todo déficit neurológico súbito dimidiado (acomete Já a hemorragia subaracnóidea, normalmente está muito
dimídios) é um AVC até que se prove o contrário.” relacionada à ruptura de aneurismas e malformações
arteriovenosas e acarreta em sangramento no espaço
1.9 milhões de neurônios morrem por minuto em um AVC subaracnóideo.
“Tempo é cérebro!”
ESUS AVC embólico de etiologia indeterminada
*Menor que 24 horas Ataque Isquêmico Transitório precisa ter feito estudo de vasos (angioTM)
(AIT).
EPIDEMIOLOGIA
*Déficit alterno (cruzado) AVC de tronco cerebral
AVC principal causa de mortalidade no Brasil em 2022 e na
Os AVCs são classificados como isquêmicos primeira metade de 2023
(AVCi) ou hemorrágicos (AVCh), de acordo com o
processo patológico subjacente. Sendo que os AVCi são os No mundo é a segunda maior, perdendo apenas para o IAM.
mais comuns, representando 80/85%. Enquanto que os
AVCh correspondem a 20/15% dos casos. 90% dos fatores de risco para AVC são preveníveis
Numa isquemia grave, ocorre uma necrose neuronal Terapia hormonal (pós-menopausa ou contracepção
seletiva, onde todos os neurônios morrem, mas as células oral);
gliais e vasculares são preservadas. Já numa isquemia
completa e permanente, ocorre uma pan-necrose, onde todos Dislipidemia;
os tipos celulares serão afetados. Obesidade;
Circundando o núcleo da região isquêmica, existe uma área
Sedentarismo, entre outros.
chamada zona de penumbra, onde a isquemia é incompleta.
Nesse local, a lesão celular é potencialmente
SÍNDROMES NEUROVASCULARES
reversível, desde que o fluxo sanguíneo seja restaurado (por
recanalização do vaso ocluído ou circulação colateral). Quem mantém a perfusão cerebral é a Pressão de Perfusão
Cerebral (PPC), caracterizada pela diferença entre a Pressão
É justamente essa área de penumbra o alvo do tratamento do
AVCi agudo, buscamos sempre tentar salvar a área de Arterial Média (PAM) e a Pressão Intracraniana (PIC).
penumbra. Por isso o tratamento imediato e tão importante. Desse modo, é necessário que a PAM seja maior que a PIC
para que a perfusão cerebral ocorra.
EDEMA CEREBRAL
Outro fator envolvido na fisiopatologia do AVC é o edema
PPC=PAM −PIC
cerebral. A isquemia leva ao edema vasogênico, quando o
Com o aumento da PAM, há uma vasoconstrição reflexa
líquido intravascular extravasa para o parênquima cerebral.
para que a pressão de perfusão cerebral não seja tão alta
Esse edema costuma ocorrer alguns dias após o AVC e pode
quando for irrigar as estruturas nervosas e acabar as lesando.
causar herniação cerebral e, consequentemente, óbito.
Além do edema vasogênico, pode ocorrer o edema A vascularização do cérebro é suprida por 4 grandes
citotóxico. A isquemia causa redução do ATP intracelular, artérias: as carótidas internas (responsáveis pela circulação
sem energia as bombas iônicas não funcionam. Uma das anterior) e as vertebrais (responsáveis pela circulação
principais bombas das nossas células é a bomba de sódio e posterior).
potássio, sem ela não há o equilíbrio iônico e ocorre um
influxo de sódio e cálcio para o interior dos neurônios. CIRCULAÇÃO ANTERIOR
Diparesia: paralisia parcial de dois membros simétricos; Afasia motora (Broca 44):
entende mas não consegue se
Paraplegia: paralisia parcial dos membros inferiores; comunicar.
O tronco encefálico e o cerebelo também são supridos pelos 2. PACs – Síndromes da circulação anterior parcial
ramos do sistema vértebro-basilar.
• Déficit sensitivo-motor + hemianopsia.
• Déficit sensitivo-motor + disfunção cortical.
• Disfunção cortical + hemianopsia.
• Disfunção cortical + motor puro (monoparesia).
• Disfunção cortical isolada.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Artéria basilar O AVC é uma doença tempo-dependente. Ou seja, quanto
mais precoce ele for identificado e tratado, maior a chance
Síndrome do encarceramento de recuperação completa. Por isso, a clínica é de extrema
importância.
Tetraplegia
Os sinais e sintomas dependem da área do cérebro
acometida e incluem, geralmente:
tontura;
alterações na marcha;
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico do AVC é feito a partir da identificação do
déficit neurológico focal súbito que acomete o paciente, ou
seja, é clínico!.
Exames complementares: hemograma com 2% dos pacientes trombolisados vão sangrar. Desses apenas
plaquetas*, tempo de protrombina*, tempo de 10% vão precisar de assistência neurocirúrgica.
tromboplastina parcial ativada*, eletrólitos,
creatinina, ureia, eletrocardiograma e glicemia Grau de hemorragia (ECAS)
(importante, pois a hipoglicemia pode mimetizar
um AVC). Alteplase se o paciente chegar em até 4,5h do início dos
sintomas (janela terapêutica) trombolisar.
* Exames que devem ser aguardados para se iniciar o
trombolítico nos casos de suspeita de alterações ou uso de Aptilise – avc (1A)
anticoagulantes.
Metalise – infarto (grau de recomendação menor, mas
porque ainda faltam estudos).
Ácido acetilsalicílico: para pacientes sem indicação de rtPA AVCi – não tem sangue
(nas primeiras 24h) ou como forma de prevenção de recidiva
AVCh – tem sangue na TC (fica branco)
(24h após o término da infusão do trombolítico).
Medidas de suporte:
AVC H
Estudo de perfusão penumbra grande