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A pesquisa será realizada nos prontuários dos pacientes inetrnados no Hospital Psquiátrico de
Luanda durante o IIº Trimestre de 2021.
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1.2 Formulação do problema
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1.2 JUSTIFICATIVA
A escolha da temática desta investigação vai de encontro quer ao interesse pessoal, quer pelas
experiências vividas ao longo do percurso académico. Motivada pelo interesse despertado
durante o desenrolar dos ensinos clínicos, assim como a convivência pelo conteúdo teórico
aprendido ao longo deste percurso. Outro aspecto não menos importante que veio reforçar a
escolha da temática em estudo é o facto de verificar um aumento da morbimortalidade por
intoxicação ao longo dos tempos, e são uma das principais causas de morte e incapacidade em
todo mundo bem como em Angola, (MINSA, 2001) tornando assim uma questão de saúde
pública. Bem como a vontade de aumentar os conhecimentos sobre a mesma.
No entanto o problema da investigação é escolhido não só por questão que a interacção
medicamentosa ser uma questão de saúde pública, mas também pela importância da atenção
farmacêutica prestados aos utentes. Representa uma urgência e os farmacêuticos devem estar
capacitados, para actuarem de forma imediata, precisa e sistematizada, porque qualquer
demora na sua actuação pode carrectar intoxicação e mesmo a morte.
O uso indiscriminado dessas medicações está associado à diversos problemas clínicos, tais
como dependência física e/ou psíquica, mascaramento de sintomas orgânicos dificultando
outros diagnósticos, problemas com sono, mudanças de hábitos, problemas de
relacionamento, entre outros, o que justifica a necessidade de uma análise mais profunda
dessa prática e um conhecimento mais detalhado dos usuários dessas medicações.
Acreditamos que o resultado da nossa investigação poderá contribuir para o melhorar a
atenção prestado sobre a interacção medicamentosa em prescrição médica contendo
medicamentos psicotrópicos em pacientes atendidos no Hospital Psiquiátrico de Luanda no
II° Semestre de 2021.
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1.3 OBJECTIVOS
1.3.1 Objectivo Geral:
Analisar a hipóteses de interacção medicamentosa em prescrição médica contendo
medicamentos psicotrópicos em pacientes atendidos no Hospital Psiquiátrico de Luanda
no II° semestre de 2019.
1.3.2 Objectivos Específicos:
Caracterizar o perfil sociodemográfico: idade, género, nível académico, estado civil,
proveniência e ocupação;
Identificar as principais patologias e os psicotrópicos mais usados;
Analisar ocorrência de interacções medicamentosas e risco entre psicofármacos.
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II REFERENCIALTEÓRICA
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2.2 BREVE HISTORIAL SOBRE PSICOTROPICOS
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2.3 Neste sentido, as substâncias psicotrópicas podem ser convenientemente classificadas
em:
A) ANSIOLÍTICOS
B) ANTIDEPRESSIVOS
C) ANTIPSICÓTICOS
D) ALUCINÓGENOS
2.3.1 Ansiolíticos
2.3.2 Antidepressivos
Os antidepressivos são uma classe de fármacos indicada para o tratamento e remissão de
sintomas característicos da síndrome depressiva, em pelo menos um grupo de pacientes com
transtorno depressivo. Algumas substâncias com actividade antidepressiva podem ser
indicadas também no tratamento de transtornos psicóticos. O primeiro grupo de fármacos para
o tratamento da depressão surgiu na década de 1960, designado como tricíclicos (ADT), tendo
a imipramina e a amitriptilina como os protótipos desta geração. O segundo grupo é
representado pelos inibidores da monoaminoxidase (IMAO), com aparecimento também nos
anos 1960, sendo a iproniazida o primeiro fármaco. Em 1987, a agência reguladora de
medicamentos e alimentos, Food and Drug Administration (FDA), dos Estados Unidos,
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aprovou o primeiro fármaco (fluoxetina) do grupo dos inibidores seletivos da recaptação da
serotonina (ISRS) (Coulter, 1995).
Os tricíclicos atuam sobre receptores noradrenérgicos e serotonérgicos (que, acredita-se,
mediam sua acção terapêutica), bem como histaminérgicos, alfa-adrenérgicos, muscarínicos e
dopaminérgicos, e são responsáveis por vários efeitos colaterais. Os mais descritos são:
hipotensão ortostática, boca seca, tremores, constipação, taquicardia, diminuição da pressão
arterial sistólica ao levantar. Tremor fino, de alta frequência, em geral das extremidades
superiores, ocorre em até 10% dos pacientes e parece ser devido à excessiva estimulação
adrenérgica (Moreno, 1999). Por sua acção anticolinérgica, ADTs podem causar efeitos
cognitivos. Efeitos anticolinérgicos também podem causar complicações em pacientes com
glaucoma de ângulo estreito ou desencadear retenção urinária em pacientes com prostatismo.
Inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS) por não apresentar efeitos sobre a
estabilidade de membranas e ter pequena afinidade por receptores adrenérgicos, colinérgicos e
histaminérgicos, os ISRS são geralmente bem tolerados e isentos de risco em cardiopatas.
Seus efeitos adversos mais comuns resultam do próprio bloqueio da recaptação de serotonina:
náuseas, vômitos, diarreia, insônia, ansiedade, agitação, acatisia, tremor, cefaleia e disfunção
sexual. As superdosagens são menos perigosas que as dos ADT, e seus sintomas incluem
agitação, nervosismo, náuseas, vômitos, convulsões e hipomania (Coulter; 1995).
Muitas revisões consideram os Inibidores selectivos da recaptação de serotonina (ISRS) a
primeira linha de tratamento para depressão nos idosos devido a seu perfil mais vantajoso de
efeitos colaterais (Coulter; 1995). Porém, com mais experiência em sua administração e mais
tempo de observação, tem-se descoberto que não são isentos de risco. O tratamento da
depressão baseia-se em um grupo variado de agentes terapêuticos antidepressivos, em parte
porque a depressão clínica é uma síndrome complexa de gravidade amplamente variada
(Goodman & Gilman; 2006).
2.3.4 Antipsicóticos
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decrescente de potência: clorpromazina, haloperidol, flupentixol, fluspirileno, sulpirida,
levomepromazina, clorprotixeno.
2.6 Classificação geral dos fármacos que actuam no sistema nervoso central.
Os mecanismos pelos quais diversas drogas atuam no SNC nem sempre foram claramente
elucidados, assim como as causas de muitas das condições para as quais essas drogas são
utilizadas, que são pouco compreendidas. Por esses motivos, não surpreende que, no passado,
grande parte da farmacologia do SNC tenha sido puramente descritiva. Entretanto, nas últimas
três décadas houve avanços notáveis na metodologia desse estudo, o que possibilitou se
aprofundar e classificar esses fármacos por vários aspectos diferentes (KATZUNG;
MASTERS; TREVOR, 2014).
Os fármacos psicotrópicos são definidos como agentes que afectam o humor e o
comportamento. Como é difícil definir e medir esses índices de função cerebral, não existe
nenhuma base consistente para uma classificação exacta dos agentes psicotrópicos. Assim,
deparamo-nos com definições relaccionadas à estrutura química (benzodiazepínicos,
butirofenonasetc.), ao alvo bioquímico (inibidores da monoaminooxidase, inibidores da
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recaptação de serotonina etc.), ao efeito comportamental (alucinógenos, estimulantes
psicomotores etc.), ao uso clínico (antidepressivos, antiepiléticos etc.), juntamente com outras
categorias indefiníveis (agentes psicóticos atípicos, fármacos nootrópicos etc.) (RANG et al.,
2012).
2.7 Interacções medicamentosas
Os efeitos desejáveis e indesejáveis dos medicamentos estão geralmente relacionados com sua
concentração no sítio de acção, que por sua vez está relacionada a dose administrada,
absorção do fármaco, distribuição, metabolismo e/ou excreção (HUANG et al., 2007).
Sempre que dois fármacos são co-administrados, uma interacção fármaco-fármaco pode
ocorrer. Esta pode ser uma interacção química direta (interação farmacêutica), ou pode afectar
a concentração do fármaco por influenciar os processos de absorção, distribuição,
metabolismo e/ou eliminação (interações farmacocinéticas) ou um aumento ou atenuação dos
efeitos farmacológicos (interações farmacodinâmicas) (FUHR et al., 2008).
De particular importância para as interações medicamentosas são as vias metabólicas de
eliminação, sobretudo a família de enzimas do citocromo P450. As enzimas podem ser
inibidas ou induzidas pelo uso concomitante de fármacos resultando na alteração da, tendo
como concentração do fármaco ou metabólito no tecido ou sangue; formação de metabólitos
tóxicos ou ativos ou aumento da exposição a um composto de origem tóxico interferindo
diretamente na segurança e /ou eficácia do tratamento farmacoterapêutico (HUANG et al.,
2007).
Há também interações medicamentosas relacionadas ao transporte dos fármacos, como por
exemplo, aquelas que inibem ou induzem as proteínas de transporte, tais como glicoproteína P
(HUANG et al., 2007).
A figura 1 traz um resumo dos tipos de interações medicamentosas de acordo com seu
mecanismo (TATRO, 2008).
As interaCções podem resultar em efeitos benéficos ou prejudiciais. A interação
medicamentosa pode se mover entre os extremos, desde a geração de risco desnecessário ao
paciente até a necessidade da interação para que a terapia seja eficaz. (TATRO, 2008)
São consideradas interacções benéficas ou desejáveis quando há melhora da eficácia
terapêutica ou redução dos efeitos adversos. O conhecimento da interação medicamentosa
muitas vezes pode ser utilizado como vantagem terapêutica, como a administração de
ritonavir e saquinavir, aumentando a biodisponibilidade em mais do saquinavir em mais de 50
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vezes, observação que pode ser usada para permitir doses óptimas dos dois agentes quando
em combinação (HUANG; LESKO; WILLIAMS, 1999).
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Sabemos que há uma dificuldade de comunicação e atritos entre médicos (prescritores) e
farmacêuticos (dispensadores). Isso prejudica o cuidado com o paciente que pode resultar em
baixa adesão ao tratamento (PEPE; CASTRO, 2000).
A falta de informações sobre o medicamento (forma farmacêutica, dosagem e apresentação)
somado ao desconhecimento do seu modo de usar (posologia, via de administração, tempo de
tratamento) podem ser as possíveis causas do uso incorreto dos medicamentos que são reflexo
da baixa qualidade do atendimento médico e da dispensação. Seus efeitos inclusive podem ser
considerados uma patologia emergente e com grande impacto em termos de desperdício,
prejuízo terapêutico, tratamentos sem efetividade e inadequados (OTERO; DOMÍNGUES
2000).
2.10 Principais causas de erros de prescrição de psicotrópicos
As análises dos erros retratam que as suas causas são multifatoriais e muitas envolvem
circunstâncias similares de acordo com notificações enviadas por instituições para o Food
And Drug Administration (FDA) (MADRUGA; SOUZA, 2009).
O não cumprimento da legislação sobre o preenchimento adequado de receitas e notificações
de receitas, pode ocasionar erro nas prescrições, podendo levar os pacientes a situações de
desconforto devido a erros de dispensação ou dosagem incorrecta. (Pinto et al. 2015)
As falhas na prescrição médica podem ocasionar utilização inadequada do medicamento, visto
que pode não ser entendida quando se tem erros na escrita. Isso pode gerar falha na
farmacoterapia, consequentemente a um tratamento ineficiente, podendo agravar o quadro do
paciente (BATISTA; ANDRADE, 2012).
2.11 Erros de prescrições
Apesar de toda a regulamentação para prescrição das substâncias psicoactivas, alguns estudos
realizados, confirmam o uso irracional e uma série de práticas inadequadas que envolvem a
prescrição desses medicamentos (CAMARGO, 2005).
O erro de medicação é definido como qualquer evento que possa ser evitado e que, de facto
ou potencialmente, leve ao uso inadequado do medicamento podendo lesar o paciente. O risco
aumenta quando os profissionais não conseguem ler correctamente as prescrições, devido à
letra ilegível ou à falta de informações necessárias para a correta administração (ARAÚJO;
UCHÔA, 2011).
Os equívocos de decisão são relacionados aos conhecimentos do prescritor, podendo ser erro
na dose, prescrição de medicamento contra-indicado, prescrição de duplicidade terapêutica ou
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sem considerar insuficiência renal ou hepática. São considerados equívocos de decisão:
Concentração, forma farmacêutica, via de administração, intervalo e taxa e infusão incorrecta.
Já os equívocos de redacção estão relacionados ao processo de elaboração da prescrição, tais
como: omissão de forma farmacêutica, dose, concentração, via de administração, taxa de
infusão, intervalo, ilegibilidade, uso de abreviaturas confusas, entre outras (ROSA et al.,
2009). Ocorrem muitas mortes anualmente devidas a erros relacionados com o uso
inadequado de medicamentos, entre alguns factores, problemas relacionados à prescrição
médica (FIRMO et al., 2013).
A grande quantidade de medicamentos disponíveis no mercado, a complexidade das acções
farmacológicas dos medicamentos, dentre outras, facilitam o erro no processo de prescrever,
dispensar e administrar medicamentos. Mediante a todas essas questões os profissionais de
saúde envolvidos com a terapêutica devem buscar permanentemente, medidas de prevenção
de erros, através de novos conhecimentos, condutas e estratégias que visem proteger todos os
envolvidos, principalmente o paciente (FIRMO,2013).
2.12 Consumos de medicamentos psicotrópicos
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Na verdade, todos os medicamentos, não somente os psicotrópicos deveriam ser objeto de
controlo. No entanto, os que formalmente se distribuem mediante uma dispensa controlada é
apenas uma pequena parte do total (PEREIRA, 2002).
Entende-se por dispensa controlada aquela que se realiza através de um procedimento
diferencial, com requisitos superiores à habitual ou então na qual se exige (eventualmente)
que o paciente reúna características especiais (PEREIRA, 2002).
Segundo Laranjeira, 1997, as razões básicas para que um fármaco seja incluído num
dispensação controlada são:
1. A existência de um regulamento específico (legislação aplicável);
2. Problemas graves de segurança;
3. Problemas no fornecimento ou aquisição;
4. Motivos de eficiência, geralmente, o alto preço dos tratamentos e ou a possibilidade
real de desvios do uso racional em porcentagens importantes do consumo.
Igualmente, os motivos habituais para o surgimento de uma legislação específica costumam
ser também os de segurança e os econômicos. O controle por motivos de eficiência, sempre
que se garanta a idoneidade e a qualidade da farmacoterapia, é tão importante como qualquer
outro e não deve ser mascarado sob outros supostos objetivos com base na crença de que
será mau aceito pela comunidade assistencial. Por exemplo, num estudo para avaliar as
atitudes dos anestesistas canadenses frente ao controlo de custos, 46,3% dos mesmos
considerava justificado o acesso restrito a fármacos caros (CARVALHO, 1981).
2.14 Actuação do farmacêutico na saúde mental.
Desde a segunda guerra mundial, mais especificamente na década de 50 com a descoberta dos
psicofármacos, o exercício profissional no sector da psiquiatria passou por diversas mudanças
significativas, suspendendo um tratamento que era voltado para a loucura para dedicar-se a
medicar os sintomas do sofrimento psíquico (GENTIL et al, 2007 apud FERNANDES et
al,2012) . Essa modificação no panorama da psiquiatria garantiu que muitos pacientes antes
destinados a passar o resto de suas vidas na mendicância ou em asilos, fossem reintegrados às
suas famílias, visto que a partir dessa década foi iniciada a síntese de medicamentos
psicoactivos, que desempenhavam um bom controlo dos sintomas psicopatológicos
(ARAUJO; SILVA; FREITAS, 2011).
No entanto, alguns factores relacionados ao processo de utilização de medicamentos se
reflectem no efeito terapêutico esperado, e, por esse motivo, esses medicamentos nem sempre
alcançam absolutamente sua função. Sendo assim, torna-se relevante instruir o paciente a
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respeito do uso dos medicamentos psicotrópicos, mencionando possíveis barreiras que podem
prejudicar o sucesso do tratamento (SOUZA et al, 2011 apud ZANELLA; AGUIAR;
STOROIRTIS, 2015).
Uma vez que o tratamento das doenças mentais envolve muitas vezes o uso de psicofármacos,
sendo um tratamento prolongado, que pode causar vários efeitos adversos que precisam ser
considerados para uma correta adesão, ainda com o risco da polifarmácia dependendo do
diagnóstico; torna-se evidente a importância de inclusão do profissional farmacêutico na
equipe de saúde mental com o objectivo de direccionar a política de assistência farmacêutica e
orientação do uso de medicamentos focando no binómio medicamento-paciente
(COUTINHO, 2015).
Actualmente as doenças mentais são tratadas com o uso concomitante de diferentes
medicamentos, o qual resultou em uma prática muito comum e directamente relacionada ao
risco de interacções medicamentosas. Essa politerapia é empregada quando se espera atingir
efeito terapêutico sinergético, possibilitando assim uma maior eficácia no tratamento
(GRAVET; CORDIOLI, 2000). Porém, as combinações medicamentosas podem resultar em
interacções medicamentosas indesejadas provocando diversos problemas e reacções adversas.
Na maioria das vezes as interacções medicamentosas são indesejáveis e prejudiciais, contudo,
em alguns casos os efeitos provocados pela combinação desses medicamentos podem ser
benéficos (GILMAN et al, 2003).
É possível que aconteça várias interacções medicamentosas, especialmente quando se trata de
drogas que actuam no sistema nervoso central como antipsicóticos, antidepressivos,
anticonvulsivantes, ansiolíticos e estabilizadores do humor. As associações entre esses
fármacos são muito comuns, e nem sempre podem ser evitadas. Devido a esse grande número
de interacções que pode ocorrer nas associações de psicofármacos, é imprescindível que se
faça uma avaliação dos riscos dessas interacções, tal como, das possíveis maneiras de reduzir
o numero dos efeitos indesejados. O ideal seria que todas as interacções pudessem ser
evitadas, porém nem sempre é possível substituir por medicamentos que evitem a ocorrência
das interacções entre essa classe farmacológica, sendo assim, torna-se necessário o
esclarecimento da acção e da indicação desses fármacos, também, de suas possíveis
interacções medicamentosas (FERNANDES et al, 2012).
É importante ressaltar que a ocorrência de interacções medicamentosas tende a aumentar na
medida em que se prescreve um maior número de medicamentos. As associações entre esses
medicamentos precisam ser acompanhadas e avaliadas no momento da prescrição, visto que
21
as interacções medicamentosas podem ocasionar consequências graves para a saúde. Nesse
sentido, compete ao farmacêutico averiguar os possíveis riscos para o paciente e prevenir
eventuais erros de prescrição que possam invalidar os efeitos terapêuticos, potencializar a
acção de certo fármaco ou intensificar reacções adversas (LEITE et al, 2016).
Diante desses factores o farmacêutico tem muito a contribuir, explicando a necessidade e os
benefícios do tratamento medicamentoso ao paciente, uma vez que este possibilita a melhora
no seu quadro clínico, e esclarecendo que poderá ocorrer efeitos colaterais, que muitas vezes
fazem parte de um tratamento medicamentoso. Outro ponto importante é esclarecer para o
paciente que é de extrema importância que ele não deixe de tomar o medicamento, inclusive
no horário certo, para que não haja uma piora no tratamento (GOMES, 2013).
É muito importante que o tratamento seja realizado em conjunto, profissional e paciente,
inclusive porque o próprio paciente precisa compreender sua doença e o seu estado no
momento para alcançar sucesso no tratamento, envolve principalmente a mudança de hábitos
de vida do paciente e a intervenção terapêutica (SOUZA, 1999).
O farmacêutico tem muito a contribuir na melhoria da qualidade de vida dos pacientes com
transtornos mentais, seja para esclarecer dúvidas a respeito da sua doença, seja para viabilizar
a aderência no seu tratamento medicamentoso, enfatizar a importância do uso racional dos
medicamentos assim como não praticar a automedicação. No entanto esse profissional precisa
saber lidar com o sofrimento psíquico do doente, entender sua subjectividade, ter consciência
de que esses pacientes em questão não precisam apenas de medicação para diminuir seus
problemas, mas necessitam de um apoio psicológico aliado ao paciente (GOMES, 2013).
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III METODOLOGIA
3.1Tipo de estudo
3.3 População
A população do estudo será constituída pelo universo de prontuários dos doentes que
ocorreram no Hospital Psiquiátrico de Luanda no IIº Trimestre de 2021.
3.4Variáveis em estudo
Variáveis sociodemográficas:
Idade;
Género;
Estado civil;
Nível académico;
Proveniência;
Ocupação;
Principais psicotopicos utilizado;
Principias interacções medicamentosa.
3.5Critérios de inclusão
Serão incluídos para o estudo os Prontuários dos Doentes que ocorreram ao tratamento no
Hospital Psiquiátrico de Luanda no IIº trimestre de 2021.
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.
3.6Critério de exclusão
Serão excluídos do estudo todos os prontuários de doentes que não que tinham o prontuario
preenchido no Hospital Psquiátrico de Luanda no IIº trimestre de 2021.
Jul
Set
1 Elaboração do projecto
2 Leitura e Fichamento
3 Redação da monografia
7 Defesa da monografia
IV.CRONOGRAMA de ACTIVIDADE
V.ORÇAMENTO
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25
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