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Revista e-ciência
Volume 4
Número 2
Artigo 02
DOI: http://dx.doi.org/10.19095/rec.v4i2.160
RESUMO
A Infecção Hospitalar (IH) é considerada de alta relevância para a saúde pública, é de ocorrência universal tanto em países
desenvolvidos quanto em desenvolvimento. Torna-se um grave problema para as instituições de saúde que não realizam o
controle adequado, acarretando gastos desnecessários com medicamentos. O uso indiscriminado de antibióticos vem resultando
no desenvolvimento de micro-organismos resistentes. O objetivo do estudo de revisão é destacar a grande importância, em meio
à ocorrência a infecção hospitalar, a necessidade da presença do profissional farmacêutico na Farmácia Hospitalar, contribuindo
na prevenção e controle juntamente com a equipe do Programa de Controle de Infecção Hospitalar. O presente trabalho trata de
uma revisão de literatura através de pesquisa bibliográfica disponibilizados na biblioteca eletrônica Scielo, Lilacs, Pubmed, com os
descritores atenção farmacêutica, infecção hospitalar, resistência bacteriana, uso racional de medicamento, dispensação,
Programa de Controle de Infecção Hospitalar (PCIH) e Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), no período entre
2000 a 2015. Foram incluídos no estudo artigos originais, teses, dissertações, monografias e legislações relacionadas ao tema.
Diante do exposto é de importância as instituições hospitalares manterem um bom funcionamento das PCIH e CCIH, exigido pela
Portaria n° 2.616/98 do Ministério da Saúde, na qual a presença do profissional farmacêutico é de grande relevância em que o
mesmo é dotado de conhecimentos imprescindíveis ao paciente e demais profissionais de saúde, podendo auxiliar no controle e
na escolha adequada dos antimicrobianos com o objetivo principal de prevenir a propagação dos micro-organismos resistentes.
Palavras-chave: Atenção Farmacêutica. Infecção hospitalar. Resistência bacteriana.
ABSTRACT
Hospital Infection (HI) is considered to be of high relevance to public health, it is universally occurring in both developed and
developing countries. It becomes a serious problem for healthcare institutions that do not carry out proper control, leading to
unnecessary drug costs. The indiscriminate use of antibiotics has resulted in the development of resistant microorganisms. The
objective of the review study is to demonstrate the great importance, in the midst of the occurrence of hospital infection, the
need for the presence of the pharmaceutical professional in the Hospital Pharmacy, contributing to prevention and control
together with the Hospital Infection Control Program team. The present work deals with a review of literature through a
bibliographic research available in the electronic library Scielo, Lilacs, Pubmed, with the descriptors pharmaceutical care, hospital
infection, bacterial resistance, rational use of medication, dispensation, Hospital Infection Control Program (PCIH) and Hospital
Infection Control Commission (CCIH), from 2000 to 2015. Original articles, theses, dissertations, monographs and related
legislation were included in the study. In view of the above, it is of importance that hospital institutions maintain a proper
functioning of the PCIH and CCIH, required by Portaria n ° 2,616 / 98 of the Ministry of Health, in which the presence of the
pharmaceutical professional is of great relevance in that it is endowed with knowledge Essential to the patient and other health
professionals, and may help in the control and proper choice of antimicrobials with the main objective of preventing the
propagation of resistant microorganisms.
Keywords: Pharmaceutical care. Nosocomial infection.Bacterial resistance.
1
Discente do curso de Farmácia – Faculdade de Juazeiro do Norte - FJN
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Farmacêutico, Mestre em Microbiologia Médica, Docente da Faculdade de Juazeiro do Norte – FJN. Autor para correspondência:
rafa_mendes@msn.com
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Fontes Slecionadas
Criterios de Inclusão
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urgentemente desenvolver políticas de saúde que quanto a farmacoterapia e ainda minimizar os custos
priorizem o seu uso de forma racional. Os hospitais do tratamento. Neste contexto, segundo Bisson
devem ter um controle das prescrições através de (2007), o farmacêutico é capaz de nortear a clínica
uma CCTH, proporcionando uma educação do paciente, por intermédio de conversas
continuada aos profissionais da saúde (RODRIGUES e aconselhadoras, programas de educação continuada
BERTOLDI, 2010). ou ainda por embasamento de protocolos clínicos.
Rosa e Pinedo, (2013) pontuam que o
Atuação do farmacêutico na farmácia hospitalar farmacêutico ainda pode atuar de forma ativa ao
No que se refere à Assistência Farmacêutica há realizar visitas de caráter clínica aos leitos,
duas vertentes de atuação do farmacêutico, a informando os pacientes acerca do tratamento
primeira refere-se a logística dos medicamentos medicamentoso, com o intuito de racionalizar o uso
(seleção, programação, aquisição, armazenamento e de fármacos, inclusive sobre antibióticos, causador da
distribuição) e a outra é a farmácia clínica. Sabe-se resistência bacteriana. Além da atenção farmacêutica
que no Brasil prevalecem as atividades de logística, as atividades da CCIH acrescentam e muito o
sendo a farmácia clínica a menos desenvolvida. No reconhecimento do farmacêutico por outros
entanto, entende-se que as duas devem estar em profissionais e sociedade.
conjunto para que a Assistência Farmacêutica
aconteça de forma otimizada (BRASIL, 1997). Profissional farmacêutico no Controle de
Dados apresentados por Storpirtis, et al. Infecções Hospitalares
(2008) apontam que o farmacêutico hospitalar O farmacêutico tendo os seus direitos
durante muitos anos ficou esquecido dentro das assegurados pela portaria nº 2.616 de 1998, que
farmácias, distante dos outros profissionais da saúde estabelece competências da CCIH em que a farmácia
e dos pacientes. Porém, mudanças estão sendo possui participação importante, bem como na
percebidas no tocante aos sistemas de distribuição de promoção do uso racional de antimicrobianos,
medicamentos, uma vez que o farmacêutico está germicidas e matérias médico-hospitalares. Ainda há
ganhando mais visibilidade ao atuar intervindo na desvios desta realidade, conforme averiguação de
utilização de antimicrobianos e ao criar mecanismos Oliveira e Melo (2011) em um hospital, na qual
capazes de auxiliar no controle rotineiro desta observou problemas relacionados ao ambiente
utilização. durante a prescrição, dispensação, preparo e
Ao estudar a importância do farmacêutico junto administração dos medicamentos, falha na
à equipe multidisciplinar na UTI em um hospital conferência dos mesmos ou ainda a ausência da
Maranhense, Silva e Oliveira (2012) corroboraram a conferência, e problemas de segurança relacionados
ideia de que o farmacêutico é o elo necessário entre ao preparo e administração dos medicamentos.
o profissional médico e o enfermeiro, auxiliando Massaroli e Martini (2014), observam que continua
desde a prescrição do medicamento até a utilização existindo uma tendência regional onde apenas os
deste pelo paciente, tendo como resultado a profissionais médicos e enfermeiros fazem parte da
significativa intervenção farmacêutica, produtora da CCIH deixando o profissional farmacêutico e
segurança que o paciente necessita. Em acréscimo, microbiologista excluídos, profissionais que possuem
ainda pontuam que o farmacêutico é o responsável conhecimentos importantes para esta prática.
por reduzir erros no tratamento medicamentoso, Para a seleção de medicamentos, devem ser
produzir com sua sapiência resultados positivos incluídos aqueles cuja eficácia tenha sido
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