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SUMÁRIO
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FACULESTE
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CAPÍTULO 1
PROGRAMA DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR (PCIH)
No Brasil, no intuito de melhorar o controle das IHs, criou-se, por exigência legal,
o Programa de Controle de Infecção Hospitalar (PCIH) nas instituições hospitalares,
definido como um conjunto de ações que visam à redução máxima possível da
incidência e gravidade das infecções hospitalares.
Acredita-se que estas reflexões estejam, em muito, determinadas por uma série
de indagações, (des)conhecimentos e pré-conceitos que norteiam a temática infecção
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hospitalar, uma vez que se constitui em um campo de conhecimento recente. Apesar
de a história nos mostrar que a infecção hospitalar é tão antiga quanto a existência dos
hospitais, como tema que merece espaço de discussão tanto nas instituições de
assistência à saúde quanto nas instituições acadêmicas de formação profissional,
emerge de pouco tempo se comparado com a institucionalização da assistência.
Esta unidade, por sua vez, não é algo mecânico, harmônico, mas traz a marca
dos conflitos, avanços e recuos do processo histórico. Cabe, ainda, referir que teoria e
prática são dimensões do agir humano, assim sendo, a ação do trabalhador da saúde,
nesta consideração particular, ocorre em si mesmo e no mesmo espaço, seja nas
instituições de assistência à saúde, seja nas instituições acadêmicas de formação.
Entende-se esta unidade dialética não na sua origem, no ser humano potencial,
mas sim ao concretizar-se em diferentes espaços sociais, nos quais os seres humanos
assumem diferentes posições que numa aparência imediata se diferem entre si por um
fazer ou um agir, mas que esta aparência toma forma conjunta nas ações políticas
destes seres diferentes quando se encontram nos mesmos espaços de atuação.
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CAPÍTULO 2
MINISTÉRIO DA SAÚDE: DEFINIÇÕES INFECÇÃO HOSPITALAR
É premente que seja feito um resgate teórico sobre infecção hospitalar, devido
a complexidade que envolve esta temática, resgate este, no entanto, que pretende
pontuar apenas certos aspectos fundamentais, objetivando suscitar reflexões coletivas.
Tal Portaria apresenta, também, os critérios gerais que auxiliam na definição das
infecções hospitalares. Os critérios, elencados pelo Ministério da Saúde são:
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as infecções nos recém-nascido são hospitalares, com exceção das
transmitidas de forma transplacentária e aquelas associadas a bolsa rota
superior a 24 (vinte e quatro) horas;
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apenas na existência de um órgão prescritivo e normativo, como a Comissão de
Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), mas sim, na construção conjunta de um
trabalho, no qual cada trabalhador da área da saúde apreenda de que este problema é
coletivo, mesmo aparecendo, de imediato, no corpo de um individuo sozinho.
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CAPÍTULO 3
PREVENÇÃO E CONTROLE DAS INFECÇÕES HOSPITALARES E O
PROCESSO DE FORMAÇÃO/EDUCAÇÃO DO TRABALHADOR
Para que haja prevenção e controle das infecções hospitalares, não se pode
prescindir de um processo de formação/educação permanente do trabalhador, tanto
pelas mudanças frequentes que invadem a área da saúde, o que exige uma produção
e reprodução constante de conhecimentos, quanto pela necessidade de que esta
produção de conhecimentos tenha aplicabilidade na prática cotidiana dos trabalhadores
da saúde.
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É como se a aplicabilidade prática destas medidas, estivesse atrelada aos
trabalhadores da CCIH, sem a necessidade da participação de cada um e de todos.
Esta visão de participação coletiva no processo de trabalho é possibilitada pela
formação pedagógica continuada do trabalhador no e pelo trabalho.
Para que isto aconteça, o processo de formação do trabalhador tem que ter seu
início, ainda, no espaço de formação acadêmica. Pouco se fala sobre infecção
hospitalar na academia. Existe um investimento no graduando, para que, durante sua
formação, adquira competência para executar um procedimento esperado em seu
exercício profissional, mas a ênfase à prática do controle de infecção fica a desejar.
Assim sendo, os currículos dos cursos de graduação da área da saúde devem
contemplar esta temática, de forma a oferecer, ao acadêmico, os conhecimentos
necessários para que possa analisar, criticamente, suas ações de trabalho, quando na
esfera da prevenção e controle das infecções hospitalares.
Por outro lado, nos campos de práticas, onde professores e alunos vivenciam
suas experiências, esses não operam com o devido saber acerca do controle e
prevenção das infecções hospitalares de forma a estimular, no educando, curiosidade
científica e vontade de aprender. Pois é preciso entender que este saber é parcela de
seu conhecimento profissional, que lhe garante competência e compromisso para com
os indivíduos e famílias, para os quais desenvolve suas diferentes ações de cuidado
com melhor qualidade.
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CAPÍTULO 4
REPENSANDO ESTRATÉGIAS
O trabalho em equipe, tanto dentro das CCIHs como nas demais dependências
hospitalares onde se dá a assistência, é crucial para que os diferentes conhecimentos
que caracterizam cada área específica de atuação, uma vez postos em discussão,
possibilitem a construção de um novo conhecimento, o qual, inserido no cotidiano
destes trabalhadores, conduza a redução da ocorrência de casos de infecção
hospitalar. A interdisciplinaridade, própria do trabalho em equipe, traduz a necessidade
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posta na forma de organização do trabalho, para que a prevenção seja uma constante
nas ações dos trabalhadores.
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CAPÍTULO 5
INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE (IRAS)
O termo infecções hospitalares vem sendo substituído nos últimos anos pelo
termo Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS), no qual a prevenção e o
controle das infecções passam a ser considerados para todos os locais onde se presta
o cuidado e a assistência à saúde. Sendo assim, o hospital não é o único local onde se
pode adquirir uma infecção, podendo existir o risco em procedimentos ambulatoriais,
serviços de hemodiálise, casas de repouso para idosos, instituições para doentes
crônicos, assistência domiciliar (“home care”) e clínicasodontológicas.
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fumo. Além dos fatores relacionados ao paciente, outros fatores podem contribuir e
aumentar a chance de adquirir infecções, como por exemplo, o tempo de permanência
do paciente nos serviços de saúde (pois quanto maior o tempo de internação, maior o
risco de se adquirir infecções), a necessidade de procedimentos invasivos (como o uso
de sondas e cirurgias) e o uso excessivo de antibióticos, favorecem a quebra de
proteção do organismo, aumentando a chance de infecção.
Existem diversos estudos científicos que comprovam que higienização das mãos
atua diretamente na prevenção da transmissão das infecções. Independente do setor
em que o paciente se encontre, seja no pronto-socorro, enfermaria ou unidade de
terapia intensiva (UTI) deve-se sempre aderir ao procedimento da higienização das
mãos ao simples contato com o paciente ou com objetos e superfícies.
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situações, também desinfetados. Porém, o principal meio capaz de transportar os
micro-organismos dos objetos e superfícies contaminadas para os pacientes, são as
mãos.
As mãos podem ser higienizadas com água e sabão ou com solução alcoólica
(por exemplo: álcool gel) quando estiverem limpas. O importante é friccionar todas as
superfícies das mãos (palmas, dorso, dedos e dedão, ponta dos dedos e punhos).
Depois de higienizar as mãos com solução alcoólica, é preciso deixar que elas
sequem naturalmente, não sendo necessário o uso de papel toalha.
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paciente passa a compor o “time de saúde” podendo assim, contribuir com a segurança
do seu próprio cuidado.
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CAPÍTULO 6
HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS
“Higiene das mãos” é um termo geral, que se refere a qualquer ação de higienizar
as mãos para prevenir a transmissão de micro-organismos e consequentemente evitar
que pacientes e profissionais de saúde adquiram IRAS. De acordo com a Agência
Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA, o termo engloba a higiene simples, a higiene
antisséptica, a fricção antisséptica das mãos com preparação alcoólica, definidas a
seguir, e a antissepsia cirúrgica das mãos.
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INSUMOS NECESSÁRIOS
ÁGUA
SABONETE
AGENTES ANTI-SÉPTICOS
PAPELTOALHA
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Antes e depois de efetuar atividades corriqueiras (assuar o nariz, ir ao banheiro,
se alimentar, etc).
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Obs. Sabonete líquido e preparação alcoólica para a higiene das mãos não
devem ser utilizados concomitantemente
Finalidade
Duração do procedimento
Técnica
Aplicar na palma da mão quantidade suficiente de sabão líquido para cobrir todas
as superfícies das mãos (seguir quantidade recomendada pelo fabricante).
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Entrelaçar os dedos e friccionar os espaços interdigitais
Esfregar o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão oposta, segurando
os dedos, com movimento de vai-e-vem e vice-versa.
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Enxaguar as mãos, retirando os resíduos dos dedos para os punhos.
Indicações
Finalidade
A utilização de preparação alcoólica para higiene das mãos sob a forma gel (na
concentração final mínima de 70%) tem como finalidade reduzir a carga microbiana das
mãos e pode substituir a higienização com água e sabonete líquido quando as mãos
não estiverem visivelmente sujas. A fricção antisséptica das mãos com preparação
alcoólica não realiza remoção de sujidades.
Duração do procedimento
A fricção das mãos com preparação alcoólica antisséptica deve ter duração de
no mínimo 20 a 30 segundos.
Técnica
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Friccione as palmas das mãos entresi;
Friccione o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão oposta,
segurando os dedos, com movimento vai-e-vem e vice-versa;
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HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS COM SOLUÇÃOANTISSÉPTICA
Finalidade
Duração do procedimento
Técnica
Causa queimaduras na
Compostos de iodo +++ +++ +++ + + intermediária pele; irritantes quando
+ ++ usados na higienização
antisséptica das mãos
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RECOMENDAÇÕES GERAIS PARA HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS DE ACORDO COM
AS CATEGORIAS DEEVIDÊNCIA
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A higienização das mãos com álcool gel não deverá exceder o número
de cinco vezes, pois acima desse quantitativo, a solução adere sujidade e ---
torna-se fonte de contaminação.
Não é recomendado o uso de toalhas de pano tipo rolo em ambientes II
de saúde.
O uso de luvas não substitui a necessidade de higienização das mãos. IA
No cuidado específico com cateteres intravasculares, a higienização das
mãos deverá ser realizada antes e após tocar o sítio de inserção do cateter,
bem como antes e após a inserção, remoção, manipulação ou troca de
curativo.
Utilize luvas se possível contato com sangue ou outros materiais ---
potencialmente contaminados, membranas mucosas e pele não intacta.
Remova as luvas após o contato prestado ao paciente. ---
Não utilize as mesmas luvas para cuidar de mais de um paciente e não ---
lave as luvas entre os usos entre diferentes pacientes.
Troque de luvas se mudar de um sítio anatômico contaminado para --
outro limpo.
A degermação das mãos em cirurgias deve durar 5 minutos antes da ---
primeira cirurgia e 2 a 3 minutos antes das cirurgias subsequentes.
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CAPÍTULO 7
CUIDADOS ESPECIAIS
O uso de luvas não altera nem substitui a higienização das mãos, seu uso por
profissionais de saúde não deve ser adotado indiscriminadamente, devendo ser restrito
às indicações a seguir:
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Cuidados com a pele das mãos
utilizar água quente para lavar mãos com sabonete líquido e água;
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Os seguintes princípios devem ser seguidos:
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
National Center for Patient Safety (NCPS). United States Department of Veterans
Affairs. Infection: Don't Pass It On. disponível
emhttp://www.publichealth.va.gov/infectiondontpassiton[acesso em
setembro de2011].Pereira, CR. Guia para higiene das mãos em serviços de
assistência à saúde. APECIH. Associação Paulista de Estudos e Controle de
Infecção Hospitalar. São Paulo: APECIH, 2003. 4p.
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