Você está na página 1de 22

Versão Online ISBN 978-85-8015-080-3

Cadernos PDE

I
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Artigos
Ficha para identificação do Artigo Final – Turma 2014
Título: ESCOLA E FAMÍLIA: integração para uma educação de qualidade

Autora: Geni de Fatima da Silva Hruba


Disciplina/Área: Pedagogia

Escola de Colégio Estadual Bento Mossurunga. Ensino Fundamental e


Implementação do Médio- Av. Souza Naves, nº 2160
Projeto e sua
localização:

Município da escola: Ivaiporã

Núcleo Regional de Ivaiporã


Educação:

Professor Orientador: Profª. Dra. Marleide Rodrigues da Silva. Perrude

Instituição de Ensino Universidade Estadual de Londrina


Superior:

Relação Comunidade Escolar


Interdisciplinar:

Resumo: O presente artigo analisa as relações pedagógicas entre a família e a


escola. O envolvimento da família no processo de ensino e
aprendizagem tem sido assunto discutido por toda comunidade
escolar, como forma de aproximar as famílias da vida escolar dos
filhos. Entretanto, tal aspecto tem levantado alguns questionamentos:
A escola tem oportunizado, incentivado, mediado, ampliado e
fortalecido as relações com a família? Os pais têm clareza do papel
social da escola e do papel da educação familiar? Numa perspectiva
qualitativa foi realizada uma pesquisa bibliográfica que discutiu a
relação família e escola, as mudanças ocorridas na sua formação,
atribuições e contradições desta relação. Realizaram-se ainda,
encontros entre família e escola, que proporcionaram espaço de
discussão, reflexão e participação, ofertando um espaço para que as
famílias conhecessem o sistema educacional oferecido a seus filhos a
fim de estimular a sua participação no processo de ensino e
aprendizagem. O trabalhou possibilitou realizar uma análise a
respeito de como está o envolvimento da família com a escola
abrindo um espaço de escuta e discussões coletivas com vistas à
melhoria da qualidade do ensino.
Palavras-chave: Gestão; Participação; Escola; Família.
Formato do Material Artigo
Didático:
Público: Professores, famílias ou responsáveis.
ESCOLA E FAMÍLIA
Integração para uma educação de qualidade1

Geni de Fatima da Silva Hruba2


Profª. DrªMarleide R. da Silva Perrude3

RESUMO

O presente artigo analisa as relações pedagógicas entre a família e a escola. O


envolvimento da família no processo de ensino e aprendizagem tem sido assunto
discutido por toda comunidade escolar, como forma de aproximar as famílias da vida
escolar dos filhos. Entretanto, tal aspecto tem levantado alguns questionamentos: A
escola tem oportunizado, incentivado, mediado, ampliado e fortalecido as relações
com a família? Os pais têm clareza do papel social da escola e do papel da
educação familiar? Numa perspectiva qualitativa foi realizada uma pesquisa
bibliográfica que discutiu a relação família e escola, as mudanças ocorridas na sua
formação, atribuições e contradições desta relação. Realizaram-se ainda, encontros
entre família e escola, que proporcionaram espaço de discussão, reflexão e
participação, ofertando um espaço para que as famílias conhecessem o sistema
educacional oferecido a seus filhos a fim de estimular a sua participação no
processo de ensino e aprendizagem. O trabalhou possibilitou realizar uma análise a
respeito de como está o envolvimento da família com a escola abrindo um espaço
de escuta e discussões coletivas com vistas à melhoria da qualidade do ensino.

Palavras Chaves: Gestão; Participação; Escola; Família.

1
Artigo produzido como trabalho final do Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE) Trata-se
da etapa conclusiva do Programa de Desenvolvimento Educacional- (PDE), criado pelo Governo do
estado do Paraná, para promover a Formação Continuada dos educadores da Rede Pública Estadual
de Educação, como parte integrante do Magistério do Ensino Fundamental e Médio em parceria com
as IES (Instituto de Ensino Superior).
2
Docente da rede estadual do Paraná, participante do Programa de Desenvolvimento Educacional
(PDE)2014/2015.
3
Doutora em Educação, docente do Departamento de Educação da Universidade Estadual de
Londrina.
1. INTRODUÇÃO

Nas últimas décadas, os estudos relativos à importância da participação da


família no processo de ensino e aprendizagem vêm ganhado destaque em
diferentes áreas da educação. Diante da necessidade do envolvimento efetivo da
família no processo de ensino e aprendizagem dos alunos e com a intenção de
articular este processo de participação, a escola deve oportunizar, incentivar,
mediar, ampliar e fortalecer as relações com a família, durante momentos que
possibilitem às famílias oportunidades de diálogo esclarecedor desta relação e das
responsabilidades que escola/família deveriam exercer dentro do processo de
ensino e aprendizagem. Neste sentido, Paro ( 2007,p.16) afirma que

[...] dificilmente será conseguida alguma mudança se não se


partir de uma postura positiva da instituição com relação aos
usuários, em especial pais e responsáveis pelos estudantes,
oferecendo ocasiões de diálogo, de convivência
verdadeiramente humana, numa palavra, de participação na
vida da escola.

Entretanto a equipe pedagógica de algumas escolas ao buscar promover uma


aproximação com as famílias, acaba transformando as reuniões em que os
responsáveis estão presentes em repasses de informações de caráter financeiro e
administrativo, não priorizando assuntos pedagógicos, dificultando, assim, o real
envolvimento das famílias neste processo.
Outro fato observado no cotidiano escolar diz respeito à estrutura familiar,
que, historicamente, vem se transformando, de acordo com as modificações das
forças produtivas, o que tem favorecido a existência de diferentes formas de
organização familiar que devem ser consideradas pela escola. Prado (1985) defende
que é preciso compreender o conceito de família dentro das transformações sociais.
Assim, ―a família não é um simples fenômeno natural. Ela é uma instituição social
variando através da História e apresentando até formas e finalidades diversas numa
mesma época e lugar, conforme o grupo social que esteja sendo observado‖.
(PRADO, 1985, p.12).
Na escola, especificamente, nas turmas em que se propôs a desenvolver este
projeto, os desafios enfrentados perpassaram por compreender quais formas e
arranjos de famílias predominavam como estas se moldavam quais os interesses em
relação à educação de seus filhos e de que forma a escola poderia promover um
canal de comunicação, em que as relações entre as instituições – Escola e Família –
pudessem contribuir efetivamente com o processo de ensino e aprendizagem. O
trabalho teve como foco os alunos matriculados nos 6º anodo Ensino Fundamental.
Objetivando colaborar com a discussão sobre o envolvimento da família no
processo de ensino e aprendizagem, para fortalecer as relações pedagógicas entre
as principais instituições de socialização e educação: família e escola, e melhorar a
qualidade do ensino e aprendizagem realizou-se um estudo bibliográfico que
discute a relação família e escola, as mudanças ocorridas na formação da família,
as atribuições e contradições desta relação. Finaliza-se com a análise de um projeto
desenvolvido com pais, alunos e professores4.

2. RELAÇÃO FAMÍLIA E ESCOLA

Sendo a família uma instituição social (PRADO, 1985), na atualidade é


possível identificar organizações familiares de diversos formatos, convivendo num
mesmo espaço, fato bastante perceptível dentro da escola. Os laços consanguíneos
e de parentescos convivem com o que Szimanski (2002, p 37.) chama de ―uma
associação de pessoas que escolhe conviver por razões afetivas e assume um
compromisso de cuidado mútuo e, se houver, com crianças e adolescentes‖, não
levando em conta para isto, a existência de laços consanguíneos ou de parentesco.
A família é influenciada pelas transformações do mundo contemporâneo
sofre, em seu interior, alterações importantes nas relações estabelecidas entre os
seus membros e, muitas vezes, as imposições da vida cotidiana, em uma sociedade
cada vez mais competitiva e excludente, produzem, por consequência:

[...] uma redução do tempo possível para que os pais acompanhem a


educação dos filhos. Além disso, muitos deles se sentem inseguros
quantos ao tipo de educação de devem escolher. Envolvida num
conflito de gerações, com a incerteza entre dar liberdade ou impor
limites a todo custo, uma parte desses pais passa a responsabilizar a
escola pelo papel educativo que no passado era assumido pela

4
As discussões aqui apresentadas são resultado de um projeto de intervenção ocorrida no Colégio
Estadual Bento Mossurunga - Ensino Fundamental e Médio, no município de Ivaiporã/Pr,
possibilitada por questionário aplicado aos alunos, às famílias e aos professores dos 6º anos, por
encontros com as famílias e professores e pela contribuição do GTR (Grupo de Trabalho em Rede),
realizado durante o ano de 2015.
família, especialmente as funções de transmissão de normas, limites e
responsabilidades. (REIS, 2006, p.64.).

Tal inversão ou transferência de responsabilidade pode ser explicada por


diversos fatores, entre eles, as mudanças sociais atuais, seja por conta do processo
de industrialização, do avanço tecnológico, da maior participação da mulher no
mercado de trabalho, do aumento de separações e divócios, da diminuição das
famílias numerosas, do elevado nível da desigualdade econômica, das
transformações nos modos de vida e nos comportamentos das pessoas ou, ainda,
pelas alterações na dinâmica dos papeis parentais e de gêneros.
Estas mudanças colaboram para as transformações de instituições como a
família e a escola, alterando significativamente as relações estabelecidas entre as
mesmas. Neste sentido, [...] ―é preciso compreender os conflitos vividos pela família
e pela escola, quanto à delimitação de seus papeis‖. (REIS, 2006, p. 63).

2.1 Atribuições e contradições desta relação

Considerando que as famílias e a escola são responsáveis pela educação


integral do aluno, é necessário um estudo para conhecer estas duas realidades e
buscar minimizar as distâncias que, por vezes, são observadas entre elas. É
fundamental implementar ações para fortalecer as relações entre estas duas
instituições, que são inter-relacionadas e insubstituíveis no processo educacional
dos alunos. É urgente, portanto, a participação e contribuição efetiva das famílias.
Segundo Paro (2007):

[...] a escola que toma como objeto de preocupação levar o aluno a


querer aprender precisa ter presente a continuidade entre educação
familiar e a escola, buscando formas de conseguir a adesão da
família para sua tarefa de desenvolver nos educandos atitudes
positivas e duradouras com relação ao aprender a estudar. (PARO,
2007, p. 16)

A influência da educação familiar e de outras instituições sociais é observada


nos comportamentos individuais e coletivos dos educandos e tem influenciado,
significativamente, o desenvolvimento pedagógico e psicológico dentro e fora do
ambiente escolar.
Considerando que a aprendizagem acontece o tempo todo, a partir das
relações sociais, a família, ao exercer sua função social transmite às suas crianças e
adolescentes, os conhecimentos informais e valores baseados nos princípios éticos,
estéticos, morais, culturais, sociais e religiosos. Estas práticas concretizam-se em
ações habituais e contínuas e embora sendo conhecimento sistematizado, é o
resultado de uma aprendizagem social transmitida de geração em geração.

Ao considerar-se a família como um contexto de desenvolvimento,


não se pode olhá-la como atuando isoladamente em relação às
demais agências sociais. A descontinuidade no processo socializador
entre as agências educacionais pode prejudicar o desenvolvimento
das crianças e do adolescente. (SZYMANSKI, 2007, p.26)

Ou seja, as relações entre família e escola, precisam se manter, visando a


não romper com o contexto de desenvolvimento formativo do aluno. Neste sentido,
Szymanski, (2007) trata do olhar pedagógico que a escola precisa ter para com as
famílias e defende que:

Um olhar educativo para a família sugere que as práticas podem ser


aprendidas e/ou modificadas segundo uma proposta educacional e
que os pais, enquanto educadores podem ser sujeitos de um
programa de formação. Este seria um serviço importante a ser
oferecido às famílias, já que se cobra tanto sua participação na
educação das crianças e jovens e seu desenvolvimento em outras
instituições educativas, principalmente a escola. (SZYMANSKI,
2007, p.30).

Assim, o trabalho integrado entre família e escola imprime relevante papel no


que se refere ao estabelecimento de relações de cooperação e participação, pelas
quais uma instituição pode colocar-se no lugar da outra, expondo suas opiniões,
sugerindo e questionando, sempre buscando acrescentar algo positivo em
atividades pedagógicas e educativas, subsidiando a educação e contribuindo para a
formação de personalidade autônoma com valores e princípios que nortearão tanto a
conduta diária, quanto a relação com o conhecimento escolar propriamente dito.
Segundo Cardozo e Peretti (2010), percebe-se que, nos últimos anos, as
famílias vêm desenvolvendo um papel relevante em diferentes manifestações da
sociedade. O processo de industrialização, a urbanização, a migração para as
cidades, a presença da mulher na escola e no mercado de trabalho, o controle da
natalidade, as mudanças morais, as novas tecnologias, a lei do divórcio que
equipara homens e mulheres do ponto de vista jurídico são fatos que ajudam a
produzir mudanças na estrutura familiar e que devem ser consideradas pela escola
quando esta busca melhorar a qualidade de ensino com o apoio das famílias.
Caracterizando um período de mudanças das famílias tradicionais para novos
modelos de família ocorridas, sobretudo na segunda metade do Século XX,
Hobsbawn (1995, p. 328) afirma que:

A revolução cultural de fins do século XX pode assim ser mais bem


entendida como o triunfo do indivíduo sobre a sociedade, ou melhor,
o rompimento dos fios que antes ligavam os serem humanos em
texturas sociais. As instituições mais severamente solapadas pelo
novo individualismo moral foram a família tradicional e as igrejas
organizadas tradicionalmente no ocidente, que desabaram de uma
forma impressionante no último terço do século. (HOBSBAWN, 1995,
p.330).

Percebe-se que, para Hobsbawn (1995), a revolução cultural estabelece o


triunfo do indivíduo sobre a sociedade e o rompimento com o tradicional.
A família nuclear patriarcal monogâmica, que antes era chefiada pelo pai
(homem provedor) que trabalhava fora e sustentava a casa, tendo mãe (mulher
cuidadora) exclusivamente ―do lar‖, zelando pelos filhos e dos trabalhos domésticos,
deu lugar, para a família contemporânea, cuja composição é diversa, mas que,
sobretudo, tem o papel da mulher transformado. Isso porque esta passou a ocupar o
mercado de trabalho, ampliando seus direitos e participação na organização política,
econômica e cultura da sociedade. Com a saída da mulher do ambiente
exclusivamente doméstico cria-se a necessidade de uma escola para atender às
diferentes etapas do desenvolvimento das crianças, que agora já não contam mais
com a presença integral dos pais/mães e/ou responsáveis em sua residência.
De acordo com Kollontai (1982, p. 55), ―a falta de tempo impede os pais de
educarem integralmente seus filhos e, na realidade a rua é quem acaba por educá-
los‖. Isto talvez justifique porque as famílias tendem a transferir para a escola suas
responsabilidades, sobrecarregando as funções desta.
Neste contexto, em que se rompe com as velhas estruturas de famílias, a
escola tem sido desafiada a implementar uma nova organização pedagógica,
visando a ampliar e fortalecer as relações com as atuais organizações e arranjos de
famílias. Assim, a educação escolar, também como fruto das transformações sociais,
tem precisado repensar suas práticas pedagógicas, pois, segundo Paro (2007, p.12)
―é pela educação que o homem tem a possibilidade de construir-se historicamente,
diferenciando-se da mera natureza‖. Contudo, Pereira (2010, p.40) alerta que
tamanha diversidade nas formas e arranjos familiares da contemporaneidade, ―cria
sérios problemas para uma definição clara do papel da família do século XXI nos
arranjos plurais de bem-estar em voga‖.
Portanto, é necessário que as medidas de aproximação entre estas duas
instituições estejam voltadas para as grandes transformações ocorridas na
sociedade e consequentemente nas famílias nos últimos anos, mas principalmente
para os aspectos pedagógicos visando fundamentalmente ao processo de ensino
aprendizagem. Para tanto, escola e famílias precisam assumir cada uma a sua
responsabilidade frente ao processo educacional do aluno/filho.
A ação educativa, confiada às instituições família e escola, é publicamente
amparada pela Legislação vigente, tanto em relação aos direitos, quanto que diz
respeito aos deveres, exigindo de seus pares compromisso e responsabilidade.
Neste sentido, a Constituição Federal de 1988, em seu artigo 205, determina que:

A educação, direito de todos e dever do Estado e da


família, será promovida e incentivada com a colaboração da
sociedade, visando o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo
para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
(BRASIL, 1988).

E, ainda do ponto de vista da legislação, sobretudo no que se refere aos


direitos da criança e aos deveres das instituições família e escola, quanto à
formação integral destes sujeitos, o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº
8.069/1990) regulamenta especificamente os papéis da família e da escola. De
acordo com o artigo 53 desta lei, a criança e o adolescente têm direito à educação,
visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, sendo lhes assegurado:

I – igualdade de condições de acesso e permanência na escola;


II - direito de ser respeitado por seus educadores;
III – direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às
instâncias escolares superiores;
IV – direito de participação em entidades estudantis;
V – acesso a escola pública e gratuita próxima de sua residência.
(Art. 53 da Lei 8.069/1990, o ECA).

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº9394/96) estabelece o


conceito de educação como sendo além da educação formal, pois, é na família que
a criança construirá valores a ser incorporados ao longo da vida e onde ocorre o
primeiro processo de socialização que lhe permitirá traçar caminhos futuros. O texto
da Lei ainda destaca, no artigo 12, que os estabelecimentos de ensino deverão
―informar os pais ou responsáveis sobre a frequência e o rendimento dos alunos
bem como a execução de sua proposta pedagógica‖ ( BRASIL, 1996) . Então,
também do ponto de vista legal, deve ser exigido da escola que sua atuação vá além
do controle de notas e frequências, mas perpassa pelo campo pedagógico,
contribuindo com processo de ensino aprendizagem. Como se vê estas
responsabilidades de educação estão previstas tanto na Constituição Brasileira
quanto no Estatuto da Criança e do Adolescente.
Cumpre destacar, porém, que a existência de leis não é garantia de
participação das famílias na escola e que dificilmente será conseguida alguma
mudança, se esta não partir de uma postura positiva da instituição de ensino com
relação às famílias responsáveis pelos estudantes, oferecendo-lhes momentos de
diálogos, de convivências verdadeiramente humanas e de participação na vida
escolar. Neste, Paro afirma que:

Levar o aluno a querer aprender implica um acordo tanto com


educandos, fazendo-os sujeitos, quanto com seus pais, trazendo-os
para o convívio da escola, mostrando-lhes quão importante é sua
participação e fazendo uma escola pública de acordo com seus
interesses de cidadãos. (PARO, 2000, p.17).

Ou seja, a escola precisa promover ações que promovam uma melhor


participação da família na tentativa de despertar nos alunos valores favoráveis ao
estudo e à busca pelo saber sistematizado, auxiliando, desta forma seu
aprendizado.

3.1 Problematização

Diante da necessidade do efetivo envolvimento da família no processo de


ensino e aprendizagem dos alunos e com a intenção de articular este processo de
participação dos pais, mães e/ou responsáveis, o trabalho desenvolvido, foi
desenvolvido a partir da seguinte problemática: Pode a escola oportunizar,
incentivar, mediar, ampliar e fortalecer as relações com a família? A educação
familiar interfere na educação escolar? Os pais têm clareza do papel social da
escola e do papel da educação familiar?

3.2 Metodologia

Considerando que o estudo da relação entre a família e a escola surgiu a


partir da necessidade de uma realidade da escola pública do estado do Paraná que
implicou uma intervenção, no acompanhamento e na avaliação do problema sob
observação, utilizou-se como base metodológica para o estudo a pesquisa-ação.
Thiollent (1986, p. 14), ao dar sustentação teórica a tal metodologia de pesquisa, a
conceitua como ―[..] um tipo de pesquisa social com base empírica que é concebida
e realizada em estreita associação com uma ação ou com a resolução de um
problema coletivo e no qual os pesquisadores e os participantes representativos da
situação ou do problema estão envolvidos de modo cooperativo e ou participativo‖.
Numa perspectiva qualitativa, foi realizado um estudo bibliográfico referente à
participação da família na escola, às mudanças ocorridas na sua organização bem
como às contradições decorrentes desta relação. Aplicou-se um questionário
semiestruturado junto aos alunos, professores e às respectivas famílias com o
objetivo de compreender os fatores que levam à ausência dos pais no contexto
escolar, além de se buscar percebe-se dá sua participação no cotidiano escolar do
filhos e de que maneira são observados pelo setor pedagógico esta ausência ou
envolvimento das famílias no processo educacional dos alunos.
A partir dos resultados dos estudos e dos dados coletados, elaborou-se um
projeto de intervenção direta com as famílias que tinha por objetivo fortalecer as
relações pedagógicas entre as principais instituições de socialização e educação:
família e escola. Realizaram-se encontros, envolvendo família e escola,
proporcionando-lhes espaço de discussão, reflexão e participação, para que as
famílias conhecessem o sistema educacional oferecido a seus filhos a fim de
estimulá-las a participar, efetivamente, do processo de ensino e aprendizagem.
Durante o desenvolvimento deste projeto buscou-se identificar e
compreender os fatores que levam à ausência das famílias no processo
educacional, além de se ter procurado propor-lhes ações que estimulassem sua
participação na vida escolar de seus filhos. Cumpre dizer que tais encontros
promoveram importantes reflexões acerca desta relação, que deve ser sempre
estimulada, para se buscar o sucesso no processo de ensino e aprendizagem.

3.3 Resultados e discussão

Vários autores defendem que a participação da família na vida escolar dos


filhos, que pode ocorrer de inúmeras maneiras, é de suma importância para seu
desempenho escolar, pois, quando isso se dá durante todo o processo de
desenvolvimento educacional, os filhos estudantes se sentem valorizados por seus
pais.
Para entender a realidade do aluno e como se tem dado a participação da
família na sua vida escolar, foi proposto um questionário semiestruturado com o
intuito de descobrir com quem este aluno reside, se tem horário diário de estudo em
casa e se a participação da família na escola é considerada importante. Dos 58
alunos matriculados nos 6º anos, 51 responderam ao questionário.

Gráfico 1 – Com quem você mora?

Fonte: A autora

Pelas respostas, 64% dos alunos, ou seja, a maior parte deles residem com
os pais, 12% moram somente com a mãe a porcentagem de filhos que residem com
o pai e avós é semelhante. Isso significa que a família nuclear composta por pai,
mãe e filhos está mais frequente no grupo dos alunos entrevistados, embora outras
formas de organização familiar estejam presentes.
Gráfico 2 – Você tem horário de estudo em casa diariamente?

Fonte: A autora

No gráfico 2 observamos que, apesar de a escola ser o local principal para


estudar, mais da metade dos alunos têm horários diários para estudo. Ou seja, os
alunos têm seu espaço para dar continuidade aos estudos em casa. O que pode
estar faltando é o estabelecimento de relações de cooperação e participação, já que,
escola e família poderiam se colocar no lugar uma da outra e discutir as opiniões e
o que pode ser pedagogicamente melhorado. Além do mais, não se pode
desconsiderar que os valores e princípios vivenciados na família são trazidos para a
escola e que, por isso, deveriam ser também colocados em discussão.
Ao serem questionados sobre a importância da participação da família na vida
escolar de seus filhos, os dados do gráfico 3 revelaram que quase 100% dos
pesquisados a consideram muito relevante.

Gráfico 3 – Você considera importante a participação da família na escola?


Fonte: A autora.

Para entender a realidade das famílias, foi proposto, também, um


questionário semiestruturado, com o intuito de verificar qual o nível de escolaridade
das famílias dos alunos dos 6º anos, com que frequência vão à escola, como a
famílias têm acompanhado o estudos de seus filhos e se estas consideram que a
participação junto à escola pode melhorar o comportamento e a aprendizagem de
seus filho(a). Das 38 famílias presentes no encontro, 35 responderam ao
questionário.
Perguntados sobre o nível de escolaridade, 34%, responderam que
estudaram Ensino Fundamental (1ª a 4ª série), 26% frequentaram o Ensino
Fundamental (5ª a 8ª série), 31%, cursaram Ensino Médio, 9%, o Ensino Superior.

Gráfico 4- Qual é o seu nível de escolaridade?

QUAL SEU NÍVEL DE ESCOLARIDADE?


Ensino Fundamental
(1ª a 4ª séries)
9%
Ensino Fundamental
34% (5ª a 8ª séries)
31% Ensino Médio

26% Ensino Superior

Fonte: A autora

A história cultural das famílias pesquisadas revela uma grande ruptura na


escolaridade dos pais. A maioria deles trabalha fora, vive uma instabilidade sócio-
econômica e as mães que trabalham fora destacam sobrecarga de trabalho, o que
dificulta sua participação efetiva na escolarização dos filhos, dados que corroboram
as discussões apresentadas por PRADO (1985), REIS (2006), HOBSBAWN (1995),
CARDOZO e PERETTI (2010), entre outros.
Questionados com qual frequência vão à escola, 57% deles, responderam
que vão às reuniões quando são chamados, 34%, vão sempre que podem, para
saber se está tudo bem, 9% só o fazem se as notas dos filhos estiverem abaixo da
média.

Gráfico 5 – Você vai à escola com qual frequência?

VOCÊ VAI À ESCOLA COM QUAL FREQUÊNCIA?

Vou sempre que


posso
34%
Só vou se as notas
57% estiverem abaixo da
média
9% Vou nas reuniões,
quando sou
chamado

Fonte: A autora

Mesmo a pesquisa revelando que mais de 50% das famílias comparecem às


reuniões quando convidadas, isso significa que ainda há a necessidade de verificar
o motivo de os pais não comparecerem à escola quando solicitado e que é adotar
ações para tentar envolver as famílias nos assuntos escolares.
Por outro lado, deve-se aproveitar os pais que já participam e fazer disso um
momento ideal para as escolas organizarem encontros de formação que possibilitam
reflexões acerca dos problemas vivenciados, buscando dividir com as famílias tanto
as preocupações quanto o sucesso dos alunos, rever o que está dando certo e
buscar novas estratégias para superar os obstáculos encontrados.
O acompanhamento diário da vida escolar dos filhos tem resultados
satisfatórios no dia a dia escolar. Infelizmente o que se constata é que muitos pais
buscam acompanhar os filhos somente no ultimo bimestre, quando o ano letivo já
está encerrando.
Alguns pais relataram que gostariam de ajudar mais os filhos, porém não têm
conhecimento dos conteúdos propostos devido ao seu nível de escolaridade. Vale
salientar que, para ajudar os filhos, os pais não necessitam saber os conteúdos
acadêmicos: isso é tarefa da escola, como afirma Saviani (1991). Os pais precisam
saber motivar os filhos e acompanhar o seu desenvolvimento e quando necessitar
de ajuda, devem procurar a escola para uma orientação adequada.
Gráfico 6 – Como você tem acompanhado o estudo de seu(sua) filho(a)?

COMO VOCÊ TEM ACOMPANHADO O ESTUDO DE SEU (SUA)


FILHO (A)?

11% Não tenho tempo para


acompanhar
9%
37% Não tenho paciência

Verifico a "tarefa de
casa"

43% Ajudo a estudar as


lições

Fonte: A autora

O gráfico revela que a maioria dos pais acompanham as tarefas escolares,


ajudando seus filhos nos estudos. Entretanto, deve-se observar que 20% diz que
não tem tempo ou paciência para acompanhar o estudo do (s) filho (s). Estes dados
revelam que o papel da escola é limitado para resolver essa questão, pois, conforme
Pereira (2010, p. 40), não se deve ―pressionar as pessoas para que elas assumam
responsabilidades além de suas forças e de sua alçada, mas deve-se oferecer-lhes
alternativas realistas de participação cidadã‖.
Os estudos de Paro (2007) apontam que a família deve estar sempre
presente na vida escolar de seus filhos, estando atenta às dificuldades relacionadas
ao aprendizado e ao comportamento. Porém, este trabalho deve ser sistematizado
para que a escola e os demais responsáveis pelo processo educacional possam
sanar tais dificuldades.

Gráfico 7 . Você considera que a sua participação junto à escola pode melhorar o
comportamento e a aprendizagem de seu(sua) filho(a)?
Fonte: A autora

O gráfico 7 revela que a maioria dos pais consideram que a sua participação
faz diferença nos resultados escolares, entretanto ainda há aqueles que não têm
certeza, aqueles que acreditam que sua presença melhora somente o
comportamento e há os que acham que não irá melhorar. Isso pode estar associado
ao que aponta Reis (2006) quando parte dos pais responsabilizam somente a escola
pelo papel educativo.
Na pesquisa realizada com os professores dos 6º anos, estes foram
unanimes em defender, que a família é parte importante no contexto escolar, sendo
também responsável pelo acompanhamento do processo escolar de seu filho,
contribuindo para a redução das dificuldades e para facilitar seu desenvolvimento
educacional.
Para os professores pesquisados, quando os pais se envolvem no processo
de aprendizagem os alunos são mais comprometidos e responsáveis, valorizam
mais o estudo, não faltam e colaboram com a organização coletiva. Para eles, a
conscientização da família deve ser feita, pois não é necessário muito tempo para se
dedicar ao acompanhamento escolar dos filhos. Isso porque, não é só a quantidade
e sim a qualidade do tempo que se dedica aos filhos é que pode promover o
sucesso no aprendizado, ou seja, a maneira como a família estabelece as relações
com eles.

Gráfico 8: Na sua opinião, a que deve a ausência dos pais a escola?


Fonte: A autora

Em relação à ausência dos pais no acompanhamento escolar, a opinião dos


professores diverge dos dados apresentados pelos pais. É o que aponta a pesquisa.
Enquanto 33% dos professores acreditam ser falta de tempo o motivo da ausência,
somente 11% dos pais se justificam pela ausência de tempo. Outro dado relevante é
que 50% dos professores responderam que há falta de interesse dos pais, enquanto
43% dos pais dizem que verificam as tarefas de casa dos filhos e 37% disseram que
ajudam nas tarefas. Pode-se observar, a partir destes dados, haver uma divergência
em relação aos reais motivos da ausência dos pais. Como as perguntas eram
fechadas, é necessário debater e analisar esta questão.
Todos os professores demonstraram, ao responder aos questionários, que
desejam que as famílias participem efetivamente da vida escolar de seus filhos, pois
percebem que há significativa melhora seu desempenho. Alguns relatam que esta
interação entre família e escola precisa ser permanente, materializada por
momentos de formação e não só há convocação para reclamar de notas abaixo da
média e comportamento inadequado. É unanime entre os professores que esta
proposta de formação para as famílias não é uma tarefa fácil, porém a escola
precisa se organizar para que esta proposta se efetive permanentemente.
Foram realizados encontros mensais com as famílias com o objetivo de
identificar e propor ações que estimulassem sua participação na escola a fim de que
as famílias contribuíssem com discussões e reflexões acerca tanto de sua
participação, quanto de sua ausência, para conhecer a visão dos pais sobre a sua
participação na escola e ampliar seu envolvimento no processo de ensino e
aprendizagem de seus filhos.
Durante os encontros, foram discutidos vários temas que envolveram
questões educacionais, entre as quais, se mencionam a contribuição das famílias no
processo educacional dos filhos, a legislação vigente, o conhecimento do contexto
escolar, a responsabilidade com as tarefas de casa, entre outros. Também foram
realizadas algumas análises a respeito de como família e escola veem a
participação dos pais na vida escolar dos filhos e os vários fatores que ocasionam
sua ausência.
Não é uma tarefa fácil quebrar o ―mito‖ de que os pais não gostam de
participar das atividades escolares ou de que as famílias não dispõem de tempo
para estar presentes na escola. Ela, porém, é necessária.
Podemos dizer que a realização dos encontros com as famílias possibilitou a
todos os envolvidos no processo educacional um diálogo antes considerado difícil.
Notamos que, as famílias sentiram-se mais valorizadas ao perceber que a escola
está lhes proporcionando momentos para conhecer a escola de seu filho, opinar
sobre temas que dizem respeito à sua vida escolar, trocar experiências com outros
pais e equipe pedagógica, sugerir ações, enfim, ter mais espaço dentro da escola
que seu filhos frequenta.
O trabalho realizado até aqui permitiu que as famílias mudassem suas
impressões sobre a escola, e a escola em relação às diferentes formas de
participação das famílias na educação de seus filhos. Isso é importante, porque
muitas famílias desconheciam o funcionamento da escola, seus recursos humanos e
físicos, seus objetivos e, até mesmo, as normas internas deste espaço tão essencial
na vida do cidadão. Este dado revela que o trabalho foi relevante na medida em que
propiciou tal conhecimento ás famílias. Por todo beneficio percebido, ressalta-se a
necessidade da execução permanente do projeto, com encontros periódicos e
sistemáticos entre a escola e a família.
Considerando o trabalho desenvolvido com as famílias destacamos que
sendo a escola uma instituição responsável pela construção do conhecimento formal
do individuo, buscar conjuntamente com todos os envolvidos no processo
educacional resolver os problemas, deve fazer parte de sua rotina. Os problemas
que surgem no dia a dia escolar precisam ser discutidos e resolvidos e, se o diálogo
entre família e escola fizer parte da rotina escolar, certamente os problemas serão
somente mais um obstáculo a ser superado pela escola com o apoio da família.
Cumpre lembrar que a construção da relação entre família e escola se faz pelo
diálogo e pelo respeito aos valores que as famílias possuem e que a escola precisa
reconhecer e valorizar. Família e escola são a garantia de formação integral do
individuo, mas, para que isso seja possível, é fundamental haver parceria,
momentos para discussão, análise e comprometimento entre estas duas instituições
imprescindíveis para o sucesso do aluno.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Considerando o objetivo do trabalho desenvolvido, quer seja o de fortalecer


as relações pedagógicas entre as principais instituições de socialização e educação:
família e escola chegamos, ao final do trabalho destacando alguns elementos
importantes desta relação. Inicialmente, considerando os estudos teóricos, observa-
se que o ambiente familiar precisa satisfazer as necessidades de afeto, segurança,
disciplina, aprendizagem e estabelecer vínculos, para que o aluno aprenda a se
relacionar em outro ambiente e com outras pessoas, principalmente na escola, que é
a segunda instituição a que a pessoa pertence.
O relacionamento da escola com a família tem ocorrido prioritariamente no
sentido de uma exigência de complementaridade, em relação às suas expectativas e
às suas atribuições de responsabilidade, por suas próprias dificuldades. Esta
instituição, no entanto, deve possibilitar a formação de um elo entre ela, os pais e
seus filhos/alunos, a fim de demonstrar a importância da influência positiva deste
elo em relação à aprendizagem escolar, sua valorização e o interesse pela escola.
É essencial que nós educadores, consideremos a família uma parte
importante no processo ensino/aprendizagem, concedendo abertura à participação
efetiva dos pais, pois nesta pesquisa, foi possível observar que o que é desejável à
escola é igualmente à maioria das famílias. A partir disso, acreditamos que haverá
maior compreensão entre professores e demais membros da comunidade escolar, e,
por conseguinte, melhor êxito no seu trabalho, se souber sobre os motivos pelos
quais muitas famílias não participam da vida escolar dos filhos. Isso porque não se
pode deixar a responsabilidade da educação dos alunos somente para a escola
assim como não se pode generalizar que a ausência da família na escola seja fruto
apenas do desinteresse.
As famílias que dispuseram de tempo para participar dos encontros,
desenvolvidos durante a implementação do projeto, puderam socializar e ampliar
seus conhecimentos em relação à educação de filhos/alunos, o que confirma que a
conscientização da família e da escola acerca dos papeis que exercem depende
inteiramente desta interação.
Isso porque, pelo relato dos professores e familiares, percebe-se haver
divergência entre o que se pensa sobre o papel dos pais e o da escola. Isso reforça
a necessidade de esta implementar ações convidativas ao envolvimento dos pais
que a ela confiaram a formação educacional de seus filhos. O trabalho com as
famílias deve ser, portanto, parte do Projeto Político Pedagógico, o que, certamente,
poderia conferir legitimidade ao trabalho pedagógico desenvolvido.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Constituição: República Federativa do Brasil. Brasília: Senado Federal,


1988.
__________. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira. Lei nº 9.394/96.

__________. Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA. Lei nº 8.089 de 1990.

PRADO, Danda. O que é Família. São Paulo: Abril Cultural: Brasiliense, 1981.

SZYMANSKI, Heloísa. A relação família/escola: desafios e perspectivas.


2.ed.Brasília: Líber Livro, 2007.

__________________.Viver em família como experiência de cuidado mútuo:


desafios de um mundo de mudança. In: Serviço Social e sociedade. Ano XXIII, nº 71;
Cortez, 2002.

PARO, Vitor H. Qualidade do Ensino: a contribuição dos pais. 3. reimp. São Paulo:
Xamã, 2007.

PEREIRA, Paula. A Nova Família.São Paulo: Revista Época, 29 dez/2003, p. 82-89.

KOLLONTAI, Alexandra. A Família e o Estado Socialista. In: A Crise da Família:


marxismo e revolução sexual. São Paulo: Global, 1982.

CARDOZO, Mariana Montagnini e PERETTI, Rafael Magalhães Pinto. O


desenvolvimento da família e a nova condição da mulher na sociedade
capitalista. Anais do IV Simpósio Lutas Sociais na América Latina ISSN: 2177-9503.
Londrina: UEL, 2010.

SALES, Mione Apolinario. MATOS, Maurílio Castro de. LEAL, Maria Cristina.
Política Social, Família e Juventude – Uma questão de direitos. Parte I – Família
na Contemporaneidade. 6ª Ed. São Paulo: Cortez, 2010.

HOBSHAWM, Eric. Era dos Extremos : o breve século XX : 1914-1991;tradução


Marcos Santarrita ; revisão técnica Maria Célia Paoli- — São Paulo : Companhia
das Letras, 1995.

REIS, R. Os professores da escola pública e a educação escolar de seus filhos:


uma contribuição ao estudo da profissão docente. São Paulo: Paulinas, 2006.

THIOLLENT, Michel. Metodologia da Pesquisa-ação. São Paulo: Cortez: Autores


Associados, 1986.

Você também pode gostar