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CONSELHO CONSULTIVO
Irineu Afonso Frey - Universidade Federal de Santa Catarina - Brasil
José Paulo Rainho - Universidade de Aveiro - Portugal
Luísa M. C. Carvalho – Instituto Politécnico de Setúbal - Portugal
Maria Emilia Camargo - Universidade de Caxias do Sul - Brasil
Paulo M. M. Rodrigues - Universidade de Lisboa - Portugal
COMITÊ EDITORIAL
MAPEAMENTO TECNOLÓGICO,
TENDÊNCIAS COMPETITIVAS
ARACAJU, 2021
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS – É proibido a reprodução total ou parcial, de
qualquer forma ou por qualquer meio. A violação dos direitos de autor (Lei nº 9.610, de 19
de fevereiro de 1998.) é crime estabelecido pelo artigo 184 do código penal.
Este livro, ou parte dele, não pode ser reproduzido por qualquer meio sem autorização es-
crita da editora.
Este livro segue as normas do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990, adotado
no Brasil em 2009
CAPA
Start Design e Propaganda
Printed in Brazil
Impresso no Brasil
Ficha Catalográfica elaborada pela Backup Books Editora
Mapeamento Tecnológico, Tendências Competitivas.
M267 Suzana Leitão Russo (Organizadora). – Aracaju: Backup
Books Editora, 2021.
211 p.
ISBN: 978-65-990932-7-2
https://doi.org/10.47022/backup.books018
CDU 347.77
4
“Nem tudo depende
do tempo, as vezes as coisas
dependem só de uma atitude”
(Autor desconhecido)
5
APRESENTAÇÃO
APRESENTAÇÃO...................................................................................................... 7
INTRODUÇÃO
12
Maria Geovânia Dantas Silva, Ana Karla de Souza Abud
e geração de renda, além de evitar dispêndio com pesquisas que já foram desenvol-
vidas (DOS SANTOS et al., 2014; PIRES et al., 2015; REIS et al., 2016).
Desta forma, o mapeamento tecnológico permite aos centros de pesquisa e de-
senvolvimento avaliar, validar e, também, identificar o potencial tecnológico de
um determinado segmento (MARQUES et al., 2014).
O presente estudo avaliou os depósitos de patentes referentes à tecnologia de
alimentos e ingredientes prebióticos protegidas no Brasil tanto na base de dados
do Instituto Nacional de Propriedade Industria (INPI) quanto nas bases Derwent
Innovations Index e Espacenet, com o objetivo de identificar os avanços tecnológi-
cos desenvolvidos no país.
METODOLOGIA
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MAPEAMENTO TECNOLÓGICO DE PATENTES REFERENTES AOS ALIMENTOS E INGREDIENTES PREBIÓTICOS NO BRASIL
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Maria Geovânia Dantas Silva, Ana Karla de Souza Abud
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Quantitativo
Base de dados Palavras-chave
de patentes
prebiotic* 24
inulin* 24
FOS OR frutooligossacarídeo* OR fruto-oligossacarídeo* 12
GOS OR galactooligossacarídeo* OR galacto-oligossacarídeo* 8
INPI
XOS OR xilooligossacarídeo* OR xilo-oligossacarídeo* 4
polidextrose* 4
frutano* 2
lactulose* 1
prebiotic* OR inulin* OR fructooligosaccharide* OR galactooli-
Espacenet gosaccharide* OR xylooligosaccharide* OR polidextrose* OR 170
fructan* OR lactulose* AND BR
prebiotic* OR inulin* OR (FOS OR fructooligosaccharide*) OR
Derwent (GOS OR galactooligosaccharide*) OR (XOS OR xylooligosaccha- 343
ride*) OR polydextrose* OR fructan* OR lactulose* AND BR
Fonte: Elaborada pelos autores (2020)
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MAPEAMENTO TECNOLÓGICO DE PATENTES REFERENTES AOS ALIMENTOS E INGREDIENTES PREBIÓTICOS NO BRASIL
EVOLUÇÃO TEMPORAL
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Maria Geovânia Dantas Silva, Ana Karla de Souza Abud
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MAPEAMENTO TECNOLÓGICO DE PATENTES REFERENTES AOS ALIMENTOS E INGREDIENTES PREBIÓTICOS NO BRASIL
Classificação Frequência
Internacional de Descrição
Derwent Espacenet INPI
Patente (CIP)
Produtos lácteos; Substitutos de leite ou queijo;
A23C 33 25 04
Fabricação.
Cacau; produtos de cacau, substitutos de cacau ou
A23G produtos de cacau; confeitos; goma de mascar; sor- 39 23 06
vetes; preparações dos mesmos.
Alimentos, produtos alimentícios ou bebidas não
A23L 151 70 15
alcoólicas; seu preparo ou tratamento.
Preparações para uso médico, odontológico ou
A61K 36 08 10
higiênicas.
C08B Polissacarídeos; seus derivados. 13 03 16
Fonte: Elaborado pelos autores (2020)
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Maria Geovânia Dantas Silva, Ana Karla de Souza Abud
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MAPEAMENTO TECNOLÓGICO DE PATENTES REFERENTES AOS ALIMENTOS E INGREDIENTES PREBIÓTICOS NO BRASIL
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Maria Geovânia Dantas Silva, Ana Karla de Souza Abud
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MAPEAMENTO TECNOLÓGICO DE PATENTES REFERENTES AOS ALIMENTOS E INGREDIENTES PREBIÓTICOS NO BRASIL
Figura 7 - Tipos entidades que protegeram suas tecnologias relacionadas a alimentos e ingredientes
prebióticos no Brasil segundo as bases do INPI, Espacenet e Derwent
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Maria Geovânia Dantas Silva, Ana Karla de Souza Abud
Observou-se que, das 37 empresas, 92% dos depósitos no INPI são estrangeiras.
Esse indicador reforça o interesse de empresas internacionais em proteger suas tecno-
logias no Brasil, bem como o potencial dessa área tecnológica para a indústria alimen-
tícia brasileira.
Na base Espacenet, as empresas foram as maiores depositantes de pedidos de pa-
tentes (84%), enquanto as ICTs e os inventores autônomos contribuíram, cada um,
com 8%.
Verificou-se, na base Derwent, que 59,8% (maior fatia) dos depósitos também
são oriundos de empresa. Em seguida, têm-se os mistos (25,7%), ou seja, depósitos
de patente que possuem mais de um titular como, por exemplo, empresa-institui-
ção de pesquisa, empresa-autônomos, empresa-empresa, entre outros. Nesta base,
as ICTs estão presentes com 11% e os autônomos com 3,5%.
23
MAPEAMENTO TECNOLÓGICO DE PATENTES REFERENTES AOS ALIMENTOS E INGREDIENTES PREBIÓTICOS NO BRASIL
24
Maria Geovânia Dantas Silva, Ana Karla de Souza Abud
A análise indicou que 77% dos pedidos de patentes esse ncontram pendentes,
aguardando a análise do INPI, enquanto 23% já foram concedidos. A média de con-
cessão foi de 11 anos, sendo o maior lead time (tempo de espera entre o depósito e a
concessão) de 15 anos e, o menor, 8 anos.
De acordo com Garcez Júnior e Moreira (2017), dentre os fatores que contri-
buem para o aumento do lead time destacam-se o crescimento das atividades pa-
tentárias, a falta de recursos e os atrasos promovidos pelos próprios depositantes.
CONCLUSÃO
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MAPEAMENTO TECNOLÓGICO DE PATENTES REFERENTES AOS ALIMENTOS E INGREDIENTES PREBIÓTICOS NO BRASIL
REFERÊNCIAS
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Maria Geovânia Dantas Silva, Ana Karla de Souza Abud
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MAPEAMENTO TECNOLÓGICO DE PATENTES REFERENTES AOS ALIMENTOS E INGREDIENTES PREBIÓTICOS NO BRASIL
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MAPEAMENTO TECNOLÓGICO E
TENDÊNCIAS COMPETITIVAS SUSTENTÁVEIS
PARA O SETOR INDUSTRIAL CERVEJEIRO
EMPREGANDO GRÃOS CERVEJEIROS GASTOS
(BREWER’S SPENT GRAINS)
Samanta Soares Machado, Douglas Alves Santos, Victor Manoel Pelaez Alvarez
INTRODUÇÃO
Dentre os grandes desafios da indústria, a busca por soluções voltadas aos resíduos
industriais é cada vez mais importante, tendo em vista o impacto deles no meio-am-
biente e na qualidade de vida da população. Além da busca por soluções de problemas
associados aos resíduos industriais, há também o interesse em identificar e entender
como alguns resíduos podem ser reutilizados, e assim alavancar a geração de valores de
subprodutos com alto potencial de reuso, dentro ou fora de suas cadeias de produção.
Segundo Freire et al. (2000), devido aos avanços dos processos industriais e o
surgimento de novos produtos que rapidamente tornaram-se de primeira neces-
sidade, a atividade industrial passou a ser essencial na sociedade contemporânea.
Os autores apontam que a atividade industrial, por várias vezes, é responsabilizada
pela contaminação ambiental em razão de dois fatores: devido ao acúmulo de ma-
térias-primas e insumos, relacionados aos riscos de contaminação por transporte
e disposição inadequada; e em razão da ineficiência dos processos de conversão, o
que necessariamente implica na geração de resíduos.
Tal situação não é diferente na indústria cervejeira, e a evolução e crescimento
deste ramo de atividade é proporcional ao aumento dos desafios de minimizar os
impactos ambientais associados à produção de cervejas. De acordo com Olajire
(2012), a indústria cervejeira possui diversos aspectos que constituem oportuni-
dades para desenvolvimento de práticas sustentáveis, tais como: alto consumo de
água e de energia, subprodutos aquosos e sólidos. O autor cita que, no caso de
produtos sólidos, uma boa alternativa é reutilizá-los para a alimentação animal.
O objetivo deste capítulo é realizar um mapeamento tecnológico acerca do reu-
so dos grãos cervejeiros utilizados no processo de fabricação (comumente chama-
dos de Brewer’s Spent Grains - BSG) por meio do emprego de informações tecno-
MAPEAMENTO TECNOLÓGICO E TENDÊNCIAS COMPETITIVAS SUSTENTÁVEIS PARA O SETOR INDUSTRIAL CERVEJEIRO...
lógicas advindas de documentos patentários. Para tanto, é feita uma breve revisão
bibliográfica sobre a tecnologia de fabricação de cervejas e sobre as dimensões do
mercado mundial. Em seguida, é identificado a evolução das publicações patentá-
rias, nos cinco últimos anos de depósitos de patentes. São também identificas as
áreas tecnológicas associadas às aplicações dessas publicações patentárias, assim
como, os principais depositantes e suas áreas de interesse estratégico.
30
Samanta Soares Machado, Douglas Alves Santos, Victor Manoel Pelaez Alvarez
31
MAPEAMENTO TECNOLÓGICO E TENDÊNCIAS COMPETITIVAS SUSTENTÁVEIS PARA O SETOR INDUSTRIAL CERVEJEIRO...
Ortiz et al. (2019) e Sperandio et al. (2017) indicam o reuso de resíduos como
estratégia para a economia circular, e focam no reuso de BSG para a produção
alternativa de energia, diminuindo assim a utilização de combustíveis fósseis.
De acordo com Buffington (2014), a reutilização de BSG possui grande potencial
como fonte de matéria-prima para vários produtos, mas ainda há a necessidade de
desenvolvimento tecnológico para que isso seja economicamente viável, a ponto de
vários ramos industriais passarem a utilizar os BSG como matéria-prima para seus
processos. De maneira geral, transformar resíduos em oportunidades para agre-
gar valor à cadeia de produção cervejeira, ou criar alternativas para a economia
circular, torna-se estratégia chave para o desenvolvimento da atividade em âmbito
comercial, industrial e ambiental.
A Kirin Holdings’ Corporate (2019) informa, por meio dos dados do relatório de
produção global elaborado pela Kirin Beer University, que o total de cerveja produzida
pelo mercado mundial em 2018 foi de aproximadamente 191,10 milhões de quilolitros,
apresentando um crescimento de 0,6% em relação ao ano anterior. A China manteve-se
como o maior produtor mundial de cervejas, ainda que com um decréscimo de 2,2%
em relação a 2017. Os EUA posicionaram-se em segundo lugar, com um decréscimo
de 1,7% em relação a 2017. E o Brasil manteve-se no terceiro lugar, com um aumen-
to de 1% da produção em relação a 2017. O México teve participação importante no
crescimento da produção mundial, contribuindo com 90% do incremento em volume
observado em 2018 (ou aproximadamente 970 mil quilolitros). Rússia e Reino Unido
também contribuíram com o crescimento de produção anual, com 310 mil quilolitros
e 220 mil quilolitros respectivamente (Tabela 1).
Tabela 1 – Panorama Mundial de produção de cerveja por país em 2018 – 10 maiores produtores
mundiais
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Samanta Soares Machado, Douglas Alves Santos, Victor Manoel Pelaez Alvarez
PROCEDIMENTO METODOLÓGICO
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MAPEAMENTO TECNOLÓGICO E TENDÊNCIAS COMPETITIVAS SUSTENTÁVEIS PARA O SETOR INDUSTRIAL CERVEJEIRO...
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Samanta Soares Machado, Douglas Alves Santos, Victor Manoel Pelaez Alvarez
RESULTADOS E DISCUSSÃO
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MAPEAMENTO TECNOLÓGICO E TENDÊNCIAS COMPETITIVAS SUSTENTÁVEIS PARA O SETOR INDUSTRIAL CERVEJEIRO...
oscilações acentuadas, entre os anos de 2007 e 2010, pode-se notar uma tendência
de aumento de depósitos de documentos de patentes relacionadas ao uso de BSG.
E conforme descrito pela WIPO (2013), é possível que os números de depósitos
associados aos anos de 2018, 2019 e 2020 ainda estejam incompletos, uma vez que
há o período de sigilo.
Figura 5: Tendência de depósitos de documentos de patentes por ano – período de 2000 a 2020
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Samanta Soares Machado, Douglas Alves Santos, Victor Manoel Pelaez Alvarez
Figura 6: Histórico de documentos de patentes publicados por país e ano para o período entre 2016
a 2020
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MAPEAMENTO TECNOLÓGICO E TENDÊNCIAS COMPETITIVAS SUSTENTÁVEIS PARA O SETOR INDUSTRIAL CERVEJEIRO...
Figura 8: Principais titulares dos documentos de patentes publicados entre 2016 a 2020
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Samanta Soares Machado, Douglas Alves Santos, Victor Manoel Pelaez Alvarez
Figura 9: Distribuição de Subclasses de documentos patentários por titular para o período de 2016
a 2020
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MAPEAMENTO TECNOLÓGICO E TENDÊNCIAS COMPETITIVAS SUSTENTÁVEIS PARA O SETOR INDUSTRIAL CERVEJEIRO...
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Samanta Soares Machado, Douglas Alves Santos, Victor Manoel Pelaez Alvarez
CONCLUSÃO
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MAPEAMENTO TECNOLÓGICO E TENDÊNCIAS COMPETITIVAS SUSTENTÁVEIS PARA O SETOR INDUSTRIAL CERVEJEIRO...
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43
MAPEAMENTO TECNOLÓGICO E TENDÊNCIAS COMPETITIVAS SUSTENTÁVEIS PARA O SETOR INDUSTRIAL CERVEJEIRO...
ORTIZ, I., TORREIRO, Y., MOLINA, G., MAROÑO, M., SÁNCHEZ, J. M. A Feasible
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PATENTES VERDES NO BRASIL:
PANORAMA ATUAL E TENDÊNCIAS
COMPETITIVAS SUSTENTÁVEIS
INTRODUÇÃO
46
Douglas Alves Santos, Maria Elisa Marciano Martinez
Ambos os tópicos (I) e (II) supra destacados foram de grande relevância téc-
nica aos especialistas do IPCC, que ainda em 1992, reorganizaram os seus Grupos
Técnicos de Trabalho II (WG II) e III (WG III), que se comprometeram a concluir
47
PATENTES VERDES NO BRASIL
48
Douglas Alves Santos, Maria Elisa Marciano Martinez
49
PATENTES VERDES NO BRASIL
diários da UNFCCC de que o Brasil viesse a ser parte a partir daquela data. Esta
ação normativa da criação da CIMGC subsidiou o governo brasileiro a instituir em
território nacional as diretrizes do Protocolo de Quioto, em 23 de agosto de 2002,
ratificando-o internamente por meio do Decreto Legislativo N° 144/2002.
Após a entrada em vigor do Protocolo de Quioto em 2005, e ainda, no chamado
primeiro período de compromisso (2008-2012), verificou-se que os níveis de di-
óxido de carbono na atmosfera estavam sofrendo incrementos exponenciais, sem
nenhum sinal de desaceleração. As temperaturas globais continuam a aumentar.
O que soou o sinal de alerta para a comunidade internacional e o Protocolo de
Quioto que teria sido encerrado em 31 de dezembro de 2012, porém, durante a
COP-18 (Doha, Qatar) foi estendido e, em oito de dezembro de 2012, foi adotada
uma emenda ao Protocolo em que os membros acordaram na existência de um
segundo período de compromisso, estabelecido de 2013 a 2020 (VAZQUEZ, 2019;
UNFCCC, 2013; UN, 1998).
Durante a conferência da UNFCCC em Bali (Indonésia) em dezembro de 2008,
diversos painelistas do IPCC e conferencistas da UNFCCC tomaram conhecimen-
to e analisaram uma série de dados científicos e técnicos coletados entre o período
da data de vigoração do Protocolo de Quioto (2005) até o início do primeiro perí-
odo de compromisso em 2008. (EEPS, 2009; UNFCCC, 2013). Tais dados aponta-
ram para um flagrante incremento das temperaturas globais, alinhadas à confirma-
ção de não redução das médias globais de emissões de gases de efeito estufa (CO2,
CH4, NOx,SOx, VOC´s).
Diante deste cenário tenebroso e municiado relatórios técnico-científicos do
IPCC e do UNFCCC, em novembro de 2008, o sr. Ban Ki-Moon à época sendo
Secretário-Geral da ONU agendou uma reunião na WIPO com o sr. Francis Gur-
ry, Ex-Diretor Geral da Organização Mundial da Propriedade Intelectual (WIPO,
2009a). E nesta ocasião declarou que:
50
Douglas Alves Santos, Maria Elisa Marciano Martinez
um imperativo prático, tão quanto moral [...] A WIPO foi única entre as
organizações da ONU a gerar o seu próprio financiamento para as suas
atividades de desenvolvimento por meio dos serviços internacionais de
propriedade intelectual que fornece ao setor privado. – livre Tradução
(WIPO, 2008).
51
PATENTES VERDES NO BRASIL
52
Douglas Alves Santos, Maria Elisa Marciano Martinez
1 IPC - sigla em inglês para “International Patent Classfication” - O sistema de classificação internacio-
nal de patentes divide todos os campos da tecnologia conhecida em conjuntos hierárquicos de seções,
classes, subclasses e grupos, sendo uma ferramenta indispensável para atividades, por exemplo, de ma-
peamentos tecnológicos e análises de “status” de tendências e de barreiras tecnológicas
53
PATENTES VERDES NO BRASIL
Por estas razões, espera-se que os esquemas de patentes verdes acelerem a difusão
de tecnologias limpas.
Alguns Países-Membro da WIPO que aderiram à esta iniciativa criaram suas
próprias regras em seus Escritórios de Propriedade Industrial para aderir aos Pro-
gramas-Piloto ou Programas Definitivos de “Patentes Verdes”, conforme pode ser
observado na Tabela 1.
Tabela 1: Datas de Início e Características dos Programas Piloto de Patentes Verdes no Mundo.
Início do Final do
País Tipo de Tecnologia Coberta pelo Programa
Programa Programa
Reino Unido Mai/09 Em Vigor Todas as invenções Ambientalmente Amigáveis
Austrália Set/09 Em Vigor Todas as invenções Ambientalmente Amigáveis
Tecnologias capazes de minimizar a emissão de dió-
xido de carbono e outros poluentes, e que sejam tec-
Coreia do Sul Out/09 Em Vigor nologias financiadas ou credenciadas pelo governo
coreano, ou ainda, mencionadas em relevantes leis
ambientais do governo sul-coreano
Tecnologias que tem um efeito na conservação de
energia e contribuem para a redução de CO2, além
Japão Nov/09 Em Vigor
dos pedidos que tem impacto na economia de recur-
sos e na redução dos impactos ambientais;
Qualidade ambiental, conservação de energia, o de-
senvolvimento dos recursos energéticos renováveis
EUA Dez/09 Mar/13
ou Tecnologias de redução de emissões de gases de
efeito estufa
Tecnologias devem ajudar a preservar / melhorar
a qualidade do meio ambiente, mitigar fatores de
aquecimento global, reduzir a poluição do ar ou
Israel Dez/09 Em Vigor
da água, promover agricultura não poluidora, eco-
nomizar energia, facilitar reciclagem, aprimorar o
manejo de recursos etc
Tecnologia, cuja comercialização ajuda a resolver ou
Canadá Mar/11 Em Vigor mitigar os impactos ambientais ou conservar o meio
ambiente e recursos naturais
Energias alternativas, Transporte, Conservação de
Brasil Abr/12 Em Vigor
energia, Gerenciamento de resíduos e Agricultura
Tecnologias de economia de energia, proteção am-
China Ago/12 Em Vigor biental, novas fontes energéticas e veículos que em-
pregam novas fontes combustíveis
Letônia Abr/13 Em Vigor -
Fonte: Adaptado pelos autores, a partir de Lane (2012)
Da Tabela 1, percebe-se que cada País tem sua soberania e autonomia sobre a
decisão de formar, ingressar e manter-se em vigor quando se adota como tecno-
logias verdes para efeito das “Patentes Verdes”. Contudo, o conceito que envolve
54
Douglas Alves Santos, Maria Elisa Marciano Martinez
a expressão “Patentes Verdes”, aqui inserida, não é nova. Alguns autores já a em-
pregavam há cerca de meia década antes do lançamento do “Green Channel” pela
UKIPO na Inglaterra, ou mesmo, da inauguração do “Green Technology Pilot Pro-
gram” da USPTO, ambos em 2009 (LANE, 2012).
Outros especialistas vêm tornando públicas as vantagens da adesão ao conceito
do patenteamento de tecnologias veres nos moldes criados e vigentes atualmente,
vinculando a oportunidade deste tipo de patenteamento às diversas agendas de
desenvolvimento sustentável e às estratégias de eco-inovação existentes (LEÓN;
CÁRDENAS, 2020; VIMALNATH; TIETZE; JAIN; PRIFTI, 2020). Resta clara a
urgência da tomada de decisões e da necessidade de que a propriedade intelectual
(aqui inserida na modalidade de “Patentes”) seja admitida em um contexto mais
amplo, inserindo-se com um viés de criação de políticas públicas mais eficazes,
fomento de instituições mais participativas e a geração de recursos humanos qua-
lificados e adequados para atuar no seio da sociedade, de modo que, o desenvol-
vimento de inovações sustentáveis seja alicerçado, visando assegurar que os seus
benefícios sejam amplamente difundidos, inclusive, por exemplo, considerando o
momento pandêmico atual e futuro pós-COVID 19 (AIPPI, 2020; IRENA, 2020).
55
PATENTES VERDES NO BRASIL
Tabela 2 - Número de depósitos de patentes no P3V em cada etapa processual – 2012 a 2020
56
Douglas Alves Santos, Maria Elisa Marciano Martinez
dias ou 20 ± 1 meses (INPI, 2020) - Para todo o período dos oito anos de vigencia
do Programa (conforme observado na Tabela 3).
Tabela 3 - Tempo médio (em dias) entre etapas administrativas dos pedidos de patente no P3V 2012
a 2020
57
PATENTES VERDES NO BRASIL
Figura 1: Perfis dos trâmites administrativos para os pedidos aceitos no P3V – 2012 a 2020.
Fonte: Adaptado pelos autores a partir das estastíticas do INPI (INPI, 2020)
58
Douglas Alves Santos, Maria Elisa Marciano Martinez
Figura 2 – Pedidos de patente decididos no P3V por Estado dos depositantes – 2012 a 2020.
Fonte: Adaptado pelos autores a partir das estastíticas do INPI (INPI, 2020)
59
PATENTES VERDES NO BRASIL
Figura 4 – Interesses tecnológicos observados nos pedidos de patentes aceitos no P3V – 2012 a 2020.
Fonte: Adaptado pelos autores a partir das estastíticas do INPI (INPI, 2020)
60
Douglas Alves Santos, Maria Elisa Marciano Martinez
61
PATENTES VERDES NO BRASIL
REFERÊNCIAS
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Acesso em: 5 out. 2020.
65
MAPEAMENTO TECNOLÓGICO
RELACIONADO A PATENTES VERDES
INTRODUÇÃO
PATENTE
68
Cleide Mara Barbosa da Cruz, Cleo Clayton Santos Silva, Nadja Rosele Alves Batista,
Flavia Aquino da Cruz Santos, Diego Silva Souza, Daniel Barreto Doria Aquino
para as de modelo de utilidade. A lei estabelece ainda os requisitos para que uma
invenção seja considerada patenteável, tais como os atendimentos aos requisitos de
novidade, atividade inventiva e aplicação industrial (RICHTER, 2014).
É notável a importância de serem feitas campanhas e promoções para a fomenta-
ção do registro de patentes no Brasil, visando aumentar o número de registros e, por
consequência, uma maior concorrência interna entre as empresas e inventores. Por
outro lado, encontrar um meio de diminuir o tempo de espera para a concessão do
documento de patente mostra-se necessário, para estimular os inventores que quei-
ram patentear suas invenções (SUZIN; MARCANZONI; BITTENCOURT, 2016)
PATENTES VERDES
69
MAPEAMENTO TECNOLÓGICO RELACIONADO A PATENTES VERDES
70
Cleide Mara Barbosa da Cruz, Cleo Clayton Santos Silva, Nadja Rosele Alves Batista,
Flavia Aquino da Cruz Santos, Diego Silva Souza, Daniel Barreto Doria Aquino
METODOLOGIA
71
MAPEAMENTO TECNOLÓGICO RELACIONADO A PATENTES VERDES
RESULTADOS
72
Cleide Mara Barbosa da Cruz, Cleo Clayton Santos Silva, Nadja Rosele Alves Batista,
Flavia Aquino da Cruz Santos, Diego Silva Souza, Daniel Barreto Doria Aquino
73
MAPEAMENTO TECNOLÓGICO RELACIONADO A PATENTES VERDES
Quadro 2 - Classificações Internacionais de Patentes encontradas no INPI
74
Cleide Mara Barbosa da Cruz, Cleo Clayton Santos Silva, Nadja Rosele Alves Batista,
Flavia Aquino da Cruz Santos, Diego Silva Souza, Daniel Barreto Doria Aquino
Países Quantidade
Brasil 49
Estados Unidos 8
Itália 5
Alemanha 3
Japão 2
Austrália 1
Dinamarca 1
Holanda 1
Reino Unido 1
Fonte: Elaborado pelos autores (2020)
75
MAPEAMENTO TECNOLÓGICO RELACIONADO A PATENTES VERDES
A Figura 4 apresenta o perfil dos depositantes relacionados a esta pesquisa, a
maioria destes são empresas, abrangendo 50% dos depósitos de patentes, sendo
que as empresas Lamberti e Suntory Beverage & Food foram as empresas que mais
apresentaram depósitos na pesquisa.
A empresa Lamberti lidera um grupo com subsidiárias em todo o mundo, e
acredita que a competitividade dos mercados de hoje e de amanhã exigem a união
de uma boa gestão de negócios, inovação, segurança e proteção ambiental (LAM-
BERTI, 2020). A Suntory Beverage & Food está expandindo os negócios global-
mente, com foco em cinco principais regiões como Japão, Europa, Ásia, Oceania
e Américas, desenvolvendo valores, conhecimento e tecnologia. A empresa tem
prioridade a longo prazo para o período de 2030 acelerar o gerenciamento da sus-
tentabilidade e a contribuição para as sociedades locais (SUNTORY BEVERAGE
& FOOD, 2020).
Em relação aos inventores independes estes abrangem 36% do perfil de inven-
tores, sendo que Alan Nappa apresentou maior número de depósitos como mos-
tra na Figura 3, as Universidades somam um quantitativo de 14% sendo o menor
percentual do perfil de depositantes, a Universidade que aparece mais vezes na
pesquisa é a Universidade Federal do Paraná.
76
Cleide Mara Barbosa da Cruz, Cleo Clayton Santos Silva, Nadja Rosele Alves Batista,
Flavia Aquino da Cruz Santos, Diego Silva Souza, Daniel Barreto Doria Aquino
CONCLUSÃO
Com relação a evolução anual dos depósitos de patentes relacionados a paten-
tes verdes, estes iniciaram em 1919, o maior quantitativo ocorreu apenas nos anos
2011 e 2012. Sobre a Classificação Internacional a seção A que corresponde as ne-
cessidades humanas foi a mais utilizada. O inventor que mais apresentou depósitos
de patentes no INPI sobre patentes verdes foi Alan Nappa.
O Brasil foi o país que aparece como principal depositante de patentes verdes
no INPI, seguido dos Estados Unidos. Quanto ao perfil dos depositantes o maior
quantitativo encontrado na pesquisa foram as empresas, as empresas que se desta-
caram foram Suntory Beverage & Food e Lamberti.
Este estudo possibilitou verificar que apesar da inovação sustentável estar em
alta no mercado mundial ainda são poucos os depósitos de patentes verdes encon-
trados no INPI. Sugere-se cooperação entre governo, empresas privadas e inven-
tores independentes cooperem para o desenvolvimento e patenteamento de novas
tecnologias relacionadas ao meio ambiente. Para pesquisas futuras recomendam-
-se novos mapeamentos tecnológicos em outras bases de dados com intuito de
verificar a evolução anual das tecnologias associadas a patentes verdes.
REFERÊNCIAS
77
MAPEAMENTO TECNOLÓGICO RELACIONADO A PATENTES VERDES
78
MAPEAMENTO DE TENDÊNCIAS
TECNOLÓGICAS PARA O SETOR DE
MOBILIDADE NAS CIDADES INTELIGENTES
INTRODUÇÃO
FUNDAMENTAÇÃO
SMART CITIES
80
Mariana Araujo Adelino, Wanderson de Vasconcelos Rodrigues da Silva, Renata Silva-Mann
81
MAPEAMENTO DE TENDÊNCIAS TECNOLÓGICAS PARA O SETOR DE MOBILIDADE NAS CIDADES INTELIGENTES
MOBILIDADE INTELIGENTE
Segundo Nobre (2015), a mobilidade caracteriza-se como uma das áreas mais
afetadas pelo intenso processo de urbanização dos 50 anos precedentes. No brasil,
o transporte rodoviário é o principal sistema logístico para transporte de cargas e
pessoas, no qual, segundo Monzoni e Nicolletti (2015), apresenta índices eleva-
dos de emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE) por tonelada de carga e por
passageiro. Além do problema ecológico, destacam-se os engarrafamentos, um
82
Mariana Araujo Adelino, Wanderson de Vasconcelos Rodrigues da Silva, Renata Silva-Mann
83
MAPEAMENTO DE TENDÊNCIAS TECNOLÓGICAS PARA O SETOR DE MOBILIDADE NAS CIDADES INTELIGENTES
PROSPECÇÃO TECNOLÓGICA
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Mariana Araujo Adelino, Wanderson de Vasconcelos Rodrigues da Silva, Renata Silva-Mann
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MAPEAMENTO DE TENDÊNCIAS TECNOLÓGICAS PARA O SETOR DE MOBILIDADE NAS CIDADES INTELIGENTES
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
86
Mariana Araujo Adelino, Wanderson de Vasconcelos Rodrigues da Silva, Renata Silva-Mann
RESULTADOS E DISCUSSÃO
87
MAPEAMENTO DE TENDÊNCIAS TECNOLÓGICAS PARA O SETOR DE MOBILIDADE NAS CIDADES INTELIGENTES
Figura 3 – Evolução e tendência dos depósitos de documentos de patentes sobre Mobilidade Inteli-
gente (Smart Mobility) ao longo do tempo.
Figura 4 – Evolução dos depósitos de patentes sobre Mobilidade Inteligente (Smart Mobility) por país.
88
Mariana Araujo Adelino, Wanderson de Vasconcelos Rodrigues da Silva, Renata Silva-Mann
quantidade de pedidos, a China foi o país que mais manteve a frequência anual de
depósitos, com exceção dos anos de 2012 e 2015 que foram retirados da Figura 4
por não apresentarem registros em nenhum país e os anos de 2011 e 2013 em que
não houve registros nesse país. Conforme apresentado nas Figuras 4 e 5, os Estados
Unidos foram o segundo país com o maior número de patentes solicitadas (26%)
com seus registros distribuídos de 2011 a 2017, perdendo apenas para a China
com mais da metade dos registros (52%). Em seguida, seguem Coreia, com 18%, e
Canadá, com 4%, ou seja, um único pedido solicitado em 2018.
89
MAPEAMENTO DE TENDÊNCIAS TECNOLÓGICAS PARA O SETOR DE MOBILIDADE NAS CIDADES INTELIGENTES
Figura 6 – Distribuição dos depósitos de patentes de Smart Mobility por seção e classe da CIP.
90
Mariana Araujo Adelino, Wanderson de Vasconcelos Rodrigues da Silva, Renata Silva-Mann
Figura 8 – Distribuição percentual dos documentos de patentes em Smart Mobility por perfil do
titular.
91
MAPEAMENTO DE TENDÊNCIAS TECNOLÓGICAS PARA O SETOR DE MOBILIDADE NAS CIDADES INTELIGENTES
CIP
Nº Título País Data
Principal
Multi-micronano detector networking joint demonstration verifica-
1 China Dez/10 G05
tion system based on intelligent mobile robot
2 Lifting device EUA Set/11 B66
3 Neighbor list distribution for smart mobility EUA Set/11 H04
4 Smart mobility management entity for ue attached relay node EUA Set/13 H04
5 Multi-functional smart mobility aid devices and methods of use EUA Mar/14 A45
6 Android-based intelligent analyzing method for hospital moving guide China Ago/14 G06
7 Intelligent backpack capable of being ridden China Out/14 A45
8 One-card method for parking and traffic control of smart mobility China Jan/16 G06
9 Mobility mileage control system Coreia Out/16 B60
10 Base module and aviation computer system having the base module EUA Nov/16 G06
Novel intelligent dual-purpose transportation tool based on wind
11 China Mar/17 B60
power suspended propulsion and ground skating
12 Intelligent moving method and device, robot and storage medium China Mai/17 G05
Combined intelligent mobile agv based on dynamic and butting me-
13 China Mai/17 H01
thod thereof
14 Smart mobility assistance device EUA Jun/17 G01
15 Display device EUA Set/17 B60
16 Smart mobility platform Canadá Fev/18 G06
Intelligent instead-of-walking wheelchair and application method ba-
17 China Out/18 A61
sed on barrier-free map
Mobile communication terminal having top and bottom camera mo-
18 Coreia Nov/18 H04
dule
19 Smart mobility accident risk detection system Coreia Fev/19 B62
20 Management method and management system for vehicle passage China Mar/19 G08
System and method for management of goods based on policy in ac-
21 cordance with properties of objects for smart mobility and computer Coreia Mar/19 G06
program for the same
22 Smart wheelchair China Mai/19 A61
23 Intelligent wheelchair capable of replacing walking China Set/19 A61
24 Bidirectional communication mailbox system China Set/19 G07
25 Smart mobility service providing system and method thereof Coreia Dez/19 B62
26 Mobile phone signal intelligent management and control system China Mar/20 H04
Intelligent walking aid control method, device and storage medium
27 China Mai/20 A61
based on gait recognition
Fonte: Autoria própria (2020)
92
Mariana Araujo Adelino, Wanderson de Vasconcelos Rodrigues da Silva, Renata Silva-Mann
lisando o conteúdo das demais patentes, observa-se que o foco das tecnologias
ligadas à Mobilidade Inteligente está concentrado nos métodos de processamento
de informações e na forma de comunicação entre os dispositivos. As tecnologias
mais específicas têm como objetivo garantir maior acessibilidade e mobilidade a
pessoas com deficiência.
CONCLUSÕES
93
MAPEAMENTO DE TENDÊNCIAS TECNOLÓGICAS PARA O SETOR DE MOBILIDADE NAS CIDADES INTELIGENTES
o progresso tecnológico na área de “Smart Mobility”, uma vez que este é um setor
que recebe uma demanda cada vez maior, caracterizando-o como uma área de
tecnologias com tendência cada vez mais competitiva.
REFERÊNCIAS
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95
PROSPECÇÃO TECNOLÓGICA,
TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E
COMUNICAÇÃO NA ÁREA EDUCACIONAL
INTRODUÇÃO
A etiologia da palavra criatividade vem do latim creare, que significa criar. A gra-
fia “criatividade”, caracteriza-se como de natureza interdisciplinar do conceito, devi-
do a sua importância, valor e potencialidade. Os conceitos de originalidade, imagi-
nação e criatividade constituem o esteticismo romântico desde o século XVIII.
Torrance (1974) teve como base ideias de Guilford no século XX, um dos pri-
meiros estudiosos a depreender e observar características de indivíduos criativos,
a exemplo, flexibilidade e originalidade, e sugeriu um modelo de inteligência, no
qual a habilidade seria uma espécie de pensamento divergente. A partir desse pen-
samento, Torrance, desenvolveu testes para avaliar a criatividade e as característi-
cas do pensamento criativo (DEWES et al., 2011).
É uma habilidade de relevância social, organizacional e de instituições de en-
sino. (ALMEIDA; ALMEIDA, 2015). Segundo os Parâmetros Curriculares Nacio-
nais de Arte (BRASIL, 1997, p.41):
Com isso, destaca-se que o professor tem um papel crucial na motivação dos
discentes colaborando para o desenvolvimento das habilidades criativas que estão
intrinsicamente relacionadas com o contexto de social de cada indivíduo. A exem-
plo dessas habilidades, pode-se citar as tecnologias da comunicação e informação
voltadas à educação. Em suma, essas tecnologias (TICs) aceleraram a qualidade de
PROSPECÇÃO TECNOLÓGICA, TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NA ÁREA EDUCACIONAL
vida nos dias atuais e a sociedade passa a experienciar contato, direto e indireto, via
fibra óptica, ensino EAD, Plataforma Moblle, entre outros recursos, permitindo a
ascensão da Educação (PEREIRA; SILVA, 2010).
Pode-se perceber que a sociedade vivência a tecnologia em todos os momentos,
e a sala de aula por assumir a função de desenvolver potencialidades se afirmar
como espaço-fim para experimentar esse processo de transformação e estímulo a
criatividade e inovação. Diante desse cenário, o presente estudo objetivou prospec-
tar em bases de dados científicas sobre as TICs voltadas à área Educacional. Faz-se
necessário a reflexão sobre as atividades desenvolvidas na sala de aula com a fina-
lidade de diminuir limites e democratizar os espaços educativos e a necessidade de
proteger a propriedade intelectual das novas invenções e modelos de utilidades.
98
Glessiane de Oliveira Almeida, Luana Brito de Oliveira
99
PROSPECÇÃO TECNOLÓGICA, TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NA ÁREA EDUCACIONAL
100
Glessiane de Oliveira Almeida, Luana Brito de Oliveira
101
PROSPECÇÃO TECNOLÓGICA, TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NA ÁREA EDUCACIONAL
102
Glessiane de Oliveira Almeida, Luana Brito de Oliveira
Para realizar uma comparação com os depósitos do INPI, foi realizada a busca
em bases de dados de periódicos como: Scielo, Portal de Periódico Capes, Google
acadêmico e Science Direct, com a finalidade de visualizar se a quantidade de de-
pósito é semelhante à quantidade de publicação. A mesma prospecção foi realizada
no dia 19/03/2018 (dezenove de março de dois mil e dezoito) para não ter o viés de
data de busca atrapalhando a correlação dos dados e não se limitou período de tempo
para as publicações para não prejudicar a relação com os depósitos realizados no INPI.
A busca foi efetuada com a inserção das palavras-chaves no campo de busca simples
e avançada. Ao final, realizou-se um total de 11 combinações entre as palavras-chave,
sendo que para as combinações avançadas foi usado o operador and e or.
Information and Communication Technology and Edu- 329 319.762 4.070.000 119.090
cation
Information and Communication Technology or Edu- 3.731 322. 863 4.130.000 119.090
cation
TIC and Education 468 68.608 2.080.000 48.123
TIC or Education 46.808 7.443.504 2.090.000 1.632.485
Fonte: SCIELO (2018); PORTAL DA CAPES (2018); GOOGLE ACADÊMICO (2018); SCIENCE DIRECT (2018).
103
PROSPECÇÃO TECNOLÓGICA, TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NA ÁREA EDUCACIONAL
Nota-se que apesar de ser um tema de atenção mundial por conta do cresci-
mento e desenvolvimento tecnológico aliado à temática, ainda há poucos registros
referentes a depósitos de patentes e programas de computador correlacionados es-
pecificamente à educação, assim como as publicações em periódicos.
Dessa forma, sugere-se para pesquisas futuras, compreender a relação de existir
poucos depósitos que resguardem a área da educação, já que é uma área na qual
se apontam índices medianos de uso de tecnologias da informação, como apre-
sentado na busca em periódicos. Para visualizar melhor as informações descritas
na tabela 2, seguem as figuras 3, 4, 5, 6 e 7 relacionadas às prospecções nas bases
de dados de periódicos separadamente e suas respectivas quantidades de artigos
encontrados.
Na base de dados da Scielo, uma das mais utilizadas e que abrange não só pu-
blicações nacionais, mas também internacionais, apresentou como mostra a figura
3, o maior índice de publicações referentes à palavra-chave, TIC, com 1.214 pu-
blicações. Pode-se averiguar que as pesquisas encontradas correspondem a todos
os trabalhos publicados independente da sua relação com a palavra educação, ou
seja, percebe-se que falta maiores discussões fazendo essa correlação Tecnologias
e campo da Educação.
A partir desse resultado pode-se inferir o seguinte questionamento: O que tem
sido desenvolvido em tecnologia para a melhoria educacional pela população acadê-
mica brasileira? É uma pergunta interessante e que serve de base para novos estudos
a fim de direcionar o olhar para estratégias que auxiliem de forma direta a educação
no Brasil. Tecnologias educacionais são ferramentas que servem como âncora em
criações instantâneas que visam a transformação da realidade do campo educacional.
104
Glessiane de Oliveira Almeida, Luana Brito de Oliveira
A base de dados do Portal da Capes é uma base de dados abrangente que com-
porta um número significativo de periódicos. Pode-se observar com a figura 4, que
mesmo com essa abrangência nacional e internacional que a base configura, hou-
veram índices baixos de publicações se comparada a relevância da base. Os maio-
res índices de publicações referem-se as palavras-chave, Information Technology
com 6.225.933 publicações e TIC or Education com 7.443.504 artigos que corres-
ponde aos trabalhos com e sem delimitação voltados a educação. Para que novas
pesquisas sejam lançadas com o intuito de desmistificar e abranger as publicações
voltadas a educação se faz necessário investimentos e mudança de base curricular
para a formação dos profissionais do campo da educação, incentivando o interesse
em inovar e buscar novas formas de utilizar as tecnologias a seu favor no processo
de ensino-aprendizagem.
Interessante notar que na base de dados do Google Acadêmico, como apresenta
a figura 5, houve um maior número de publicações registradas. Pode-se inferir que
a base do Google acadêmico reuni boa parte dos periódicos apresentados nesta
pesquisa, fazendo uma junção de todos os artigos publicados em outras bases não
citadas na atual pesquisa, assim como repositórios de TCC, monografias, disser-
tações e teses. No entanto, observando os resultados alcançados percebe-se que
o índice mais alto de publicações refere-se a busca realizada pela palavra-chave:
Information Technology com 5.920.000 publicações, um número bem expressivo se
comparado as publicações das bases Portal da Capes e Scielo.
105
PROSPECÇÃO TECNOLÓGICA, TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NA ÁREA EDUCACIONAL
106
Glessiane de Oliveira Almeida, Luana Brito de Oliveira
CONCLUSÃO
107
PROSPECÇÃO TECNOLÓGICA, TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NA ÁREA EDUCACIONAL
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108
ANÁLISE PATENTOMÉTRICA DA INOVAÇÃO
E TECNOLOGIA NAS EMPRESAS DE BASE
TECNOLÓGICA DE PEQUENO PORTE,
ATRAVÉS DA BASE WIPO
INTRODUÇÃO
110
Silvia Manoela Santos de Jesus, Antonio Martins de Oliveira Junior
minada região, área ou instituição. Além disso, entre outros estudos métricos de
informação, a patentometria é a mais próxima em vincular a academia com em-
presas, indústrias e demais setores privados (GUZMÁN, 1999; PEREIRA, 2008).
Portanto, para cumprir o objetivo deste estudo, foi realizada uma busca de in-
formações utilizando-se da patentometria, considerando as recomendações para a
formação de string, conforme apresentado no Quadro 1.
Dos pedidos de patentes, pode-se identificar que as relacionadas à tecnologia
são as que mais possuem pedidos com 4.464.233 pedidos, seguidos da empresa de
base tecnológica com 12.257.
Na construção da string foram utilizadas somente as palavras-chave em inglês:
pequenas indústrias, tecnologia e alimentos, pois assim, foram suficientes na inter-
pretação de informações consistentes para análise e alcance do objetivo do artigo.
Foi considerado pelos autores também que, tecnologia e inovação estão associadas
à “Technology based company” e, assim, apenas foram utilizadas para a busca as
palavras-chave citadas anteriormente.
111
ANÁLISE PATENTOMÉTRICA DA INOVAÇÃO E TECNOLOGIA NAS EMPRESAS DE BASE TECNOLÓGICA ...
A capacidade de inovar das empresas, dada pelas práticas e atitudes, pela capa-
cidade de aprender, de se adaptar, pelo aperfeiçoamento das habilidades estratégi-
cas e competências organizacionais, se torna fator-chave na relação com o ambien-
te de mercado (SILVA e DACORSO, 2013).
No Brasil em 2004 foi concebida a Lei de Inovação Tecnológica (Lei n. 10.973
de 2004), essa Lei institui normas que incentivam à inovação, bem como à pesquisa
científica e tecnológica no espaço produtivo, com vistas a autonomia tecnológica e
ao desenvolvimento do complexo produtivo nacional (BRASIL, 2004).
Desse modo, Ribeiro (2019) relata que a lei da inovação foi instituída para
atenuar as várias burocracias contratuais que não favorecem a transferência do
fluxo de conhecimento. Com isso, com o passar do tempo, houve a necessidade
de avaliações, pois devido as dificuldades, complexidades e limitações entre as ins-
tituições públicas e privadas a lei não alcançou os resultados recomendados. Neste
contexto, surge o Novo Marco Legal da Ciência, Tecnologia e Inovação (C,T& I)
instituído pela Lei n.13.243 de 2016 e que foi regulamentada, em 2018, pelo De-
creto nº. 9.283, tendo como finalidade a desburocratização das parcerias públi-
co-privadas para incentivar o desenvolvimento tecnológico e científico do Brasil
(BRASIL, 2016, 2018).
O Novo Marco Legal da C,T&I instituiu-se a partir de discussões no âmbito do
Sistema Nacional de Inovação (SNI), que contribuíram para o reconhecimento e
modificações de alguns elementos na Lei de inovação, a fim de reduzir barreiras
legais e burocracias conferindo maior flexibilidade às organizações que atuam no
sistema de inovação (RAUEN, 2016). O Decreto n. 9283/2018 incentiva a implan-
tação de ambientes específicos e cooperativos direcionado à inovação e tem como
112
Silvia Manoela Santos de Jesus, Antonio Martins de Oliveira Junior
113
ANÁLISE PATENTOMÉTRICA DA INOVAÇÃO E TECNOLOGIA NAS EMPRESAS DE BASE TECNOLÓGICA ...
114
Silvia Manoela Santos de Jesus, Antonio Martins de Oliveira Junior
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Diante dos dados obtidos na base WIPO, através da string mencionada no Qua-
dro 01 e Figura 01, umas das palavras-chave foi alimentos, devido a percepção
do crescimento populacional e que, neste sentido, as pesquisas indicaram que as
necessidades humanas estão sendo consideradas para produzir inovação e tecno-
logia. O Código CIP (Classificação Internacional de Patentes) apresenta categorias
que vão desde Necessidades Humanas (A) até a Eletricidade (H). A categorização
do CIP serve para facilitar a busca de patentes nas diferentes áreas tecnológicas
existentes, através do uso de um sistema hierárquico de símbolos.
Ao se utilizar a CIP, é necessário saber que a matéria técnica de uma invenção
não tem limites estabelecidos e que um invento pode receber mais de uma clas-
sificação ou tantas quantas forem necessárias. Não havendo local específico para
tal invento previsto na CIP, é utilizado o que for mais apropriado. Dessa maneira,
consegue-se chegar ao conteúdo técnico de uma patente (INPI, 2020). O segmento
de alimentos tem sido representativo, conforme demonstrado na Figura 02.
115
ANÁLISE PATENTOMÉTRICA DA INOVAÇÃO E TECNOLOGIA NAS EMPRESAS DE BASE TECNOLÓGICA ...
Ainda sobre o segmento de alimentos, foi identificado que o país que mais pu-
blicou patentes nesta área foi a China. O país mais populoso do mundo, mantém
a visão de inovar em todos os seus processos. A parte tecnológica do país também
é uma aliada para o desenvolvimento de diferenciais. O aumento na demanda por
alimentação, bem como a mudança em determinadas composições de alimentos,
resultou no maior consumo de produtos agrícolas. Um dos fatores que determi-
nam a escolha de alimentos para consumo, estão associados às particularidades
econômicas e socioculturais dos países (SANTOS et al, 2012).
A representação da China foi superior a países como Japão, Estados Unidos e
Índia, conforme sinalizado na Figura 03.
116
Silvia Manoela Santos de Jesus, Antonio Martins de Oliveira Junior
117
ANÁLISE PATENTOMÉTRICA DA INOVAÇÃO E TECNOLOGIA NAS EMPRESAS DE BASE TECNOLÓGICA ...
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Silvia Manoela Santos de Jesus, Antonio Martins de Oliveira Junior
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O levantamento proposto neste artigo atingiu ao objetivo, visto que, foi identi-
ficado que o segmento alimentício vem ganhando representatividade, por se tratar
de necessidade básica na vida dos seres humanos.
A partir dos anos 1960, a alimentação começou a se tornar uma categoria im-
portante. De fato, foi apenas a partir do final do século XX e início do século XXI
que se iniciou uma movimentação intelectual nas ciências no âmbito dos estudos
sobre temas relacionados à alimentação. Ao tratarem de questões comuns a partir
de um diálogo interdisciplinar, diversas abordagens teórico-metodológicas, com
diferentes níveis e intensidades de pesquisa, parecem convergir na direção de uma
temática voltada para inovação e tecnologia.
Depois da crise financeira de 2008, fatos recentes da economia política inter-
nacional parecem revelar a possibilidade de uma nova ordem mundial, em que al-
guns países – em especial os pertencentes aos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China,
África do Sul) – vão gradualmente deixando para trás a sua condição periférica e
começam a jogar um papel relevante na dinâmica do capitalismo globalizado. A
ascensão da China ao status de grande potência traz enormes impactos e reper-
cussões ainda desconhecidas sobre a ordem econômica e política contemporânea.
Este artigo apresentou que a China é o país que mais tem patentes em inovação
na área de alimentos e que, também mantém a maior representação nas publica-
ções científicas sobre o tema. A crescente industrialização acelerou o processo de
êxodo rural para as cidades, favorecendo a adoção de padrões de consumo baseado
em alimentos de rápido preparo, ou seja, exigindo uma questão inovadora para
esses processos.
Assim, as empresas de tecnologia precisam se modernizar, mesmo que, paulati-
namente, pela constante difusão de novas tecnologias, do trabalho de incubadoras
de empresas e de outras formas que permitam a transformação tecnológica a mé-
dio e longo prazos.
Desse modo, ampliou a motivação da pesquisa para buscar maiores informações
acerca dos indicadores de inovação que sejam adaptados para empresas de pequeno
porte que possam aumentar sua participação dentro de um mercado competitivo.
119
ANÁLISE PATENTOMÉTRICA DA INOVAÇÃO E TECNOLOGIA NAS EMPRESAS DE BASE TECNOLÓGICA ...
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INDICADORES DE INOVAÇÃO DE
PROBIÓTICOS FUNCIONAIS DAS INDÚSTRIAS
DE ALIMENTOS DO BRASIL
Flávia Luiza Araújo Tavares da Silva, Taís Letícia Oliveira dos Santos, Bruno
Ramos Eloy, Patricia Beltrão Lessa Constant, João Antonio Belmino dos Santos
INTRODUÇÃO
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
124
Flávia Luiza Araújo Tavares da Silva, Taís Letícia Oliveira dos Santos, Bruno Ramos Eloy,
Patricia Beltrão Lessa Constant, João Antonio Belmino dos Santos
de vida saudável levou a criação de um mercado para esses produtos, devendo ser
salientado que esse efeito se restringe à promoção de saúde e não à cura de doen-
ças (SANDERS, 1998; ARVANITOYANNIS, HOUWELINGEN KOUKALIARO-
GLOU, 2005). Sendo assim, a conscientização sobre os benefícios para a saúde
associados ao consumo de produtos probióticos é um fator importante que impul-
siona a demanda geral do mercado de probióticos (SHAIKH, 2018).
METODOLOGIA
125
INDICADORES DE INOVAÇÃO DE PROBIÓTICOS FUNCIONAIS DAS INDÚSTRIAS DE ALIMENTOS DO BRASIL
RESULTADOS
126
Flávia Luiza Araújo Tavares da Silva, Taís Letícia Oliveira dos Santos, Bruno Ramos Eloy,
Patricia Beltrão Lessa Constant, João Antonio Belmino dos Santos
127
INDICADORES DE INOVAÇÃO DE PROBIÓTICOS FUNCIONAIS DAS INDÚSTRIAS DE ALIMENTOS DO BRASIL
Não há uma legislação vigente que estabeleça que alimentos probióticos te-
nham em seu rótulo que são probióticos. Atualmente é uma questão de marketing
das indústrias, porém, é proibida a venda de produtos com alegação de probióticos
que não o sejam. Através de pesquisas em sites das indústrias mapeadas, foi encon-
trado 3 indicadores de probióticos:
• Alimentos probióticos com informação no rótulo: São os alimentos que são
identificados já no rótulo e dá maior informação aos consumidores do que
está consumindo, como exemplo o shot diário probiótico da Activia. De
modo geral, o marketing das indústrias que produzem esse tipo de alimen-
tos eleva também o valor do produto comercializado.
• Alimentos probióticos sem identificação no rótulo: São os alimentos que
não trazem a informação no seu rótulo, porém contam com os probióticos
128
Flávia Luiza Araújo Tavares da Silva, Taís Letícia Oliveira dos Santos, Bruno Ramos Eloy,
Patricia Beltrão Lessa Constant, João Antonio Belmino dos Santos
Sergipe conta com uma indústria de laticínios que produz alguns alimentos
probióticos, a Sabe Alimentos, localizada na cidade de Muribeca e sua produção
contribui diretamente para o IDH da região. Há um grande problema em relação
a questão dos probióticos devido ao fato de muitas pessoas consumirem sem o co-
nhecimento dos benefícios ou até mesmo do que seja um alimento probiótico. No
setor de patentes Sergipe não tem uma preocupação em depositar sua produção no
129
INDICADORES DE INOVAÇÃO DE PROBIÓTICOS FUNCIONAIS DAS INDÚSTRIAS DE ALIMENTOS DO BRASIL
130
Flávia Luiza Araújo Tavares da Silva, Taís Letícia Oliveira dos Santos, Bruno Ramos Eloy,
Patricia Beltrão Lessa Constant, João Antonio Belmino dos Santos
A busca de patentes foi realizada nas bases de dados World Intellectual Pro-
perty Organization (WIPO), Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI)
e Google Patents, durante o período de Junho de 2018 à Julho de 2019. O objetivo
desta busca foi analisar os registros de patentes referentes a alimentos probióticos
e funcionais por entidades brasileiras. Foram usados como descritores: probióticos
e funcionais. O resultado da busca está expresso na Figura 7:
131
INDICADORES DE INOVAÇÃO DE PROBIÓTICOS FUNCIONAIS DAS INDÚSTRIAS DE ALIMENTOS DO BRASIL
132
Flávia Luiza Araújo Tavares da Silva, Taís Letícia Oliveira dos Santos, Bruno Ramos Eloy,
Patricia Beltrão Lessa Constant, João Antonio Belmino dos Santos
CONCLUSÃO
133
INDICADORES DE INOVAÇÃO DE PROBIÓTICOS FUNCIONAIS DAS INDÚSTRIAS DE ALIMENTOS DO BRASIL
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135
136
USO DO BLOCKCHAIN PARA PROTEÇÃO
DO SEGREDO INDUSTRIAL: ANÁLISE DA
JURISPRUDÊNCIA NO DIREITO BRASILEIRO
INTRODUÇÃO
Espera-se que essa discussão possa contribuir para impulsionar a adoção desse
recurso de tecnologia da informação como garantia de salvaguarda dos conheci-
mentos e tecnologias protegidos pelo segredo industrial.
O estudo está organizado da seguinte forma: primeiramente foi realizado uma
revisão do referencial teórico, onde são apresentados conceitos de segredo indus-
trial, WIPO PROOF® e blockchain, passando depois para a metodologia de pesqui-
sa, seguido pelos resultados e discussões, finalizando com as conclusões.
REFERENCIAL TEÓRICO
Segundo Barbosa (2017, p. 345), com base na visão clássica francesa, o segredo
industrial pode ser definido como “algo que tem a natureza de uma solução técni-
ca no sentido geral de um invento suscetível de proteção por patentes, mas que o
criador opta por manter reservado”.
Pontes de Miranda (2012) complementa que a materialização do segredo industrial
é decorrente da existência de um meio ou processo de fabricação que não pode ter a sua
proteção garantida por patente, que implicaria, inevitavelmente, na revelação do segre-
do e consequente perda do privilégio assegurado pela detenção do conhecimento.
É importante ressaltar que qualquer processo industrial dotado de
peculiaridades sui generis, ou seja, diferente dos já definidos em lei, e que escape ao
conhecimento do operador mediano, ainda que não reúna todos os requisitos de
patenteabilidade, pode ser classificado como segredo industrial. Nesse sentido, o
objeto de proteção pode ser um detalhe de fabricação, uma operação ou a fórmula
de determinada substância (CERQUEIRA, 2010).
Entretanto, a fragilidade do segredo industrial reside no fato de que o objeto
protegido não é dotado de exclusividade, como ocorre com a patente, que restringe
o uso da invenção ao seu detentor ou a quem ele licenciar seu uso. É justamente
essa impossibilidade de registro, sob pena de revelação do “segredo” que fragiliza o
segredo industrial, notadamente quando seu detentor precisa compartilhá-lo com
colaboradores a fim de operacionalizar a produção (BARBOSA, 2017).
Nesse sentido, os detentores de segredos industriais precisam encontrar meios
que permitam registrar a sua titularidade sobre o segredo, de forma que possa ser
reconhecida eficazmente, pelo poder judiciário, que em última instância será o
responsável pela análise das violações contratuais decorrentes da quebra do dever
de sigilo imposto aos colaboradores supracitados e pela aplicação das punições
previstas em dispositivos legais formatados para combater o vazamento desse tipo
de informação (SILVEIRA, 2018).
138
Breno Ricardo de Araújo Leite, Carla Cristina de Souza, Gabriel Grezoski Bitencourt, Rafael Jankovski, Irineu Afonso Frey
A Consolidação das Leis do Trabalho, por sua vez, determina, no artigo 482,
que “constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo emprega-
dor: […] violação de segredo de empresa” (BRASIL, 1943, p. 71).
Desta forma, a existência de registros confidenciais eficazes, com titularidade
e encadeamento cronológico oficialmente reconhecidos, é imprescindível para
desestimular o vazamento dos segredos industriais por colaboradores e parceiros
que os conheçam em virtude de sua participação na cadeia produtiva, sabedores
de que há uma rastreabilidade capaz de determinar o momento em que houve a
quebra de confiança e que as punições advindas dessa quebra, devidamente po-
sitivadas no ordenamento jurídico brasileiro, anulariam os possíveis benefícios
dela decorrentes.
Como abordado anteriormente, segredos industriais podem ser algoritmos
de softwares, fórmulas, receitas, processos de fabricação, listas de clientes, planos
de negócios ou muitos outros ativos (BARBOSA, 2017). Eles podem ser pro-
tegidos por lei, desde que se consiga provar que possuem valor econômico e
que foram tomadas as medidas necessárias para preservar sua confidencialida-
de e evitar o uso indevido ou apropriação indevida (BRASIL, 1996). Isso pode
ser mais complexo do que aparenta, pois como um empresário pode provar que
possuiu e usou um segredo comercial em um determinado ponto do tempo, se
sempre manteve segredo?
139
USO DO BLOCKCHAIN PARA PROTEÇÃO DO SEGREDO INDUSTRIAL
140
Breno Ricardo de Araújo Leite, Carla Cristina de Souza, Gabriel Grezoski Bitencourt, Rafael Jankovski, Irineu Afonso Frey
METODOLOGIA
141
USO DO BLOCKCHAIN PARA PROTEÇÃO DO SEGREDO INDUSTRIAL
RESULTADOS E DISCUSSÃO
142
Breno Ricardo de Araújo Leite, Carla Cristina de Souza, Gabriel Grezoski Bitencourt, Rafael Jankovski, Irineu Afonso Frey
em questão, o capítulo XII define o ordenamento jurídico acerca das provas, com
destaque para os artigos 369 e 411 que evidenciam a possibilidade de utilização do
blockchain como ferramenta apta a produzir efeitos probatórios.
Primeiramente, o artigo 369 determina que “as partes têm o direito de empre-
gar todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda que não espe-
cificados neste Código, para provar a verdade dos fatos em que se funda o pedido”
(BRASIL, 2015, p. 59). Na sequência, o artigo 411 informa que se considera autên-
tico o documento quando “a autoria estiver identificada por qualquer outro meio
legal de certificação, inclusive eletrônico, nos termos da Lei” (BRASIL, 2015, p. 64).
Seguindo a cronologia, em 20 setembro de 2019 foi publicada a Lei nº
13.874/2019 trazendo uma série de dispositivos que tratam da validade probatória
de documentos digitais, com destaque para o artigo 18, que assim determina:
143
USO DO BLOCKCHAIN PARA PROTEÇÃO DO SEGREDO INDUSTRIAL
144
Breno Ricardo de Araújo Leite, Carla Cristina de Souza, Gabriel Grezoski Bitencourt, Rafael Jankovski, Irineu Afonso Frey
CONCLUSÕES
145
USO DO BLOCKCHAIN PARA PROTEÇÃO DO SEGREDO INDUSTRIAL
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VERMONT. Bill Text: VT H0868. General Assembly of the State of Vermont, 2016. Dis-
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148
ESTUDO DO POTENCIAL DE INDICAÇÃO
GEOGRÁFICA DA LINGUIÇA CASEIRA DE
JOSÉ DE FREITAS
INTRODUÇÃO
REVISÃO DE LITERATURA
150
Tiago Soares da Silva, Rafael Sales Almendra, Suzana Leitão Russo, Daniel Pereira da Silva
151
ESTUDO DO POTENCIAL DE INDICAÇÃO GEOGRÁFICA DA LINGUIÇA CASEIRA DE JOSÉ DE FREITAS
152
Tiago Soares da Silva, Rafael Sales Almendra, Suzana Leitão Russo, Daniel Pereira da Silva
Categoria Documentação
i) Requerimento (modelo I) do qual conste: a) o nome geográfico; b) a descri-
ção do produto ou serviço; ii) instrumento hábil a comprovar a legitimidade do
Documentação requerente; iii) regulamento de uso do nome geográfico; iv) instrumento oficial
geral conforme que delimita a área geográfica; v) etiquetas, quando se tratar de representação
art. 6º (comum a gráfica ou figurativa da IG ou de representação de país, cidade, região ou locali-
IP e DO) dade do território, bem como sua versão em arquivo eletrônico de imagem; vi)
procuração, se for o caso; e, vii) comprovante do pagamento da retribuição cor-
respondente
Para IP, além das condições estabelecidas no art. 6º, o pedido deverá conter: a)
documentos que comprovem ter o nome geográfico se tornado conhecido como
Documentação centro de extração, produção ou fabricação do produto ou de prestação de servi-
complementar ço; b) documento que comprove a existência de uma estrutura de controle sobre
para IP confor- os produtores ou prestadores de serviços que tenham o direito ao uso exclusivo
me da IP, bem como sobre o produto ou a prestação do serviço distinguido com a IP;
art. 8º c) documento que comprove estar os produtores ou prestadores de serviços es-
tabelecidos na área geográfica demarcada e exercendo as atividades de produção
ou prestação do serviço
Para DO, além das condições estabelecidas no art. 6º, o pedido deverá conter: a)
elementos que identifiquem a influência do meio geográfico na qualidade ou nas
características do produto ou serviço que se devam exclusivamente ou essencial-
mente ao meio geográfico, incluindo fatores naturais e humanos; b) descrição do
Documentação
processo ou método de obtenção do produto ou serviço, que devem ser locais,
complementar
leais e constantes; c) documento que comprove a existência de uma estrutura de
para DO
controle sobre os produtores ou prestadores de serviços que tenham o direito ao
conforme art. 9º
uso exclusivo da DO, bem como sobre o produto ou prestação do serviço distin-
guido com a DO; d) documento que comprove estar os produtores ou prestadores
de serviços estabelecidos na área geográfica demarcada e exercendo as atividades
de produção ou de prestação do serviço.
ASPECTOS METODOLÓGICOS
153
ESTUDO DO POTENCIAL DE INDICAÇÃO GEOGRÁFICA DA LINGUIÇA CASEIRA DE JOSÉ DE FREITAS
ção geográfica. Justifica-se a escolha pelo produto em função de o mesmo ser bas-
tante conhecido no estado do Piauí. Desta forma, o objeto de estudo desta pesquisa
se caracteriza como um estudo de caso, que de acordo com Yin (2015), consiste em
uma pesquisa empírica que estuda um conteúdo contemporâneo no cenário da
vida real que o pesquisador não tem controle.
A pesquisa é caracterizada como qualitativa, que conforme Bogdan & Biklen
(2003), envolve aspectos como ambiente natural, a descrição dos dados, trabalho
com o processo, com o significado e com a análise indutiva.
Quanto aos objetivos da pesquisa, esta pode ser caracterizada como descritiva
que conforme Gil (2019), a pesquisa descritiva tem por propósito descrever carac-
terísticas de determinada população ou fenômeno, ou relacionar variáveis.
No que concerne à técnica de coleta de dados, este estudo é do tipo documen-
tal, posto que, conforme salientam Lakatos e Marconi (2017) e Gil (2019) a coleta
de dados se dá não somente em autores bibliográficos, mas também em produções
que não tiveram o tratamento científico, muitas vezes dispersos no espaço, como
arquivos particulares e sites de internet.
Para a realização desta pesquisa, utilizou-se como mecanismo de busca: lingui-
ça and “josé de freitas” nos portais das Instituições Científicas e Tecnológicas – ICT
piauienses, organizações públicas e privadas, portal de periódicos da CAPES e no
Google acadêmico.
Nas buscas realizadas, observou-se que o sítio eletrônico da cidade de José de
Freitas se encontra em manutenção, dispondo apenas de informações relativas aos
contracheques de servidores, Nota Fiscal Eletrônica e a Transparência.
Em relação às pesquisas realizadas nas ICT do estado do Piauí, que são a Univer-
sidade Federal do Piauí – UFPI, a Universidade Estadual do Piauí – UESPI, Instituto
Federal do Piauí – IFPI e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – EMBRA-
PA, não foi detectada a realização de trabalhos relacionados com tal temática.
As informações sobre o produto foram coletadas no período compreendido
entre os meses de setembro e novembro de 2019, contemplado, portanto, todas as
informações relativas à Linguiça Caseira de José de Freitas.
ANÁLISE DE RESULTADOS
154
Tiago Soares da Silva, Rafael Sales Almendra, Suzana Leitão Russo, Daniel Pereira da Silva
Nos diversos blogs e portais das cidades de Teresina e José de Freitas, há regis-
tros que tratam e apresentam o produto como bastante conhecido na região.
Em matéria publicada pelo portal meio norte, de 02/06/2014, a matéria trata
sobre “Encontro de tradições juninas aquece o comércio local em José de Frei-
tas”. Um trecho aborda: “A Terra da Linguiça Caseira se transformará num enorme
palco de tradições, atrações folclóricas e culturais de todo a região.” (Portal Meio
Norte, 2014, online).
O website Cidadeverde.com é outro portal muito conhecido no Piauí. Em
19/10/13, houve a publicação da matéria “Viva Piauí: culinária dos municípios é
155
ESTUDO DO POTENCIAL DE INDICAÇÃO GEOGRÁFICA DA LINGUIÇA CASEIRA DE JOSÉ DE FREITAS
Cajuína
Caetano Veloso
Percebe-se, pela letra da música, que o cantor e compositor expressa não ape-
nas o produto, mas sua origem, objeto das indicações geográficas. Pelo revelado,
reforça-se de forma conclusiva que o produto é produzido na cidade de Teresina,
capital do estado do Piauí.
156
Tiago Soares da Silva, Rafael Sales Almendra, Suzana Leitão Russo, Daniel Pereira da Silva
CONSIDERAÇÕES FINAIS
157
ESTUDO DO POTENCIAL DE INDICAÇÃO GEOGRÁFICA DA LINGUIÇA CASEIRA DE JOSÉ DE FREITAS
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei Nº 9.279, 14 de maio de 1996. Regula direitos e obrigações relativos à proprie-
dade industrial. Brasília, DF: Presidente da República, [1996]. Disponível em: http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9279.htm. Acesso em: nov. de 2019.
158
Tiago Soares da Silva, Rafael Sales Almendra, Suzana Leitão Russo, Daniel Pereira da Silva
GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 7.ed. São Paulo: Saraiva, 2019.
REZENDE, A. A.; MIYAJI, M.; SIMOES, G. C.; DALTRO, T. S.; PEREIRA, I. T. M. S. Con-
siderações sobre as potenciais Indicações Geográficas do Sudoeste da Bahia. In: Revista de
Política Agrícola, v. 24, p. 18-31, 2015.
SAUNDERS, M.; LEWIS, P.; THORNHILL, A. Research Methods for Business Students. 5.
ed. São Paulo: Pearson Education, 2009.
SILVA, F. C.. Proteção por Indicação Geográfica no Artesanato Piauiense para o Polo
Cerâmico do Poti Velho e Renda de Bilro de Ilha Grande. Dissertação. Mestrado em Ciên-
cia da Propriedade Intelectual, Universidade Federal de Sergipe, 2017.
159
ESTUDO DO POTENCIAL DE INDICAÇÃO GEOGRÁFICA DA LINGUIÇA CASEIRA DE JOSÉ DE FREITAS
Viva Piauí: culinária dos municípios é destaque com degustação. Cidadeverde.com, Ter-
esina, 19/10/2013. Acesso em 30 nov. 2019. Disponível em: https://cidadeverde.com/noti-
cias/146354/viva-piaui-culinaria-dos-municipios-e-destaque-com-degustacao
WIPO. Geneva Act of the Lisbon Agreement on appellations of origin and geographical
indications, 20 de maio de 2015. Disponível em: http://www.wipo.int/edocs/lexdocs/trea-
ties/en/lisbon/trt_lisbon_009en.pdf Acesso em: 09 de outubro de 2019.
YIN, R. K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 5.ed. Porto Alegre: Bookman, 2014.
ZANANDREA, G.. Produtos Tradicionais Portugueses: Indicação Geográfica. In: 8th Inter-
national Symposium on Technological Innovation. Aracaju: 2017. Disponível em: http://
www.api.org.br/conferences/index.php/ISTI2017/ISTI2017/paper/view/275/192
Acesso em 03 out. 2019.
160
VALIDAÇÃO ESTATÍSTICA DO MAPA
ESTRATÉGICO TEÓRICO PARA DESENVOLVER
A INDÚSTRIA 4.0 NO BRASIL
Rodrigo Rocha Pereira Lima, Suzana Leitão Russo, Luis Felipe Dias Lopes
INTRODUÇÃO
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
162
Rodrigo Rocha Pereira Lima, Suzana Leitão Russo, Luis Felipe Dias Lopes
A partir destas respostas foi realizada uma análise de frequências, com o per-
fil e a visão geral dos entrevistados sobre os itens propostos para acelerar no
Brasil o desenvolvimento e adoção de tecnologias e inovações voltadas para a
Indústria 4.0.
Para validação estatística da pesquisa foi realizada uma Análise Fatorial Explo-
ratória intrabloco e outra entre os blocos, validando-se os resultados através dos
testes Kaiser-Meyer-Olkin (KMO) e de Bartlett, analisando-se ainda a consistência
interna dos itens do questionário, através do Alpha de Cronbach.
163
VALIDAÇÃO ESTATÍSTICA DO MAPA ESTRATÉGICO TEÓRICO PARA DESENVOLVER A INDÚSTRIA 4.0 NO BRASIL
164
Rodrigo Rocha Pereira Lima, Suzana Leitão Russo, Luis Felipe Dias Lopes
Objetivos Ações
1- Definir atividades econômicas 1.1- Implantar política pública estratégica de desenvolvimento
com maior potencial de integra- econômico voltada para a Indústria 4.0, como política de Estado.
ção ao modelo da Indústria 4.0 1.2- Definir atores relevantes e seus papéis potenciais no modelo
nos estados e municípios brasi- da indústria 4.0.
leiros. 1.3- Mapear, nos estados e municípios brasileiros, atividades eco-
nômicas brasileiras com maior potencial de integração ao modelo
da Indústria 4.0
2- Executar projetos alinhados 2.1- Mapear e sistematizar informações sobre atores relevantes e
ao modelo da Indústria 4.0 e com seus papéis potenciais, no modelo da Indústria 4.0, nos níveis fe-
foco nas atividades mapeadas, deral, estadual e municipal.
em vários estados, para difundir
essa política pública no país.
3- Ampliar interação entre as 3.1- Desenvolver modelo de interação entre ICTs e empresas nas
universidades e empresas, nas atividades voltadas para a Indústria 4.0.
atividades voltadas para a Indús- 3.2- Estimular implantação de modelo de interação entre ICTs e
tria 4.0. empresas nas atividades voltadas para a Indústria 4.0 em todos os
estados.
4- Definir áreas de conhecimento 4.1- Mapear áreas do conhecimento mais relevantes para a geração
mais relevantes para o Brasil, no de tecnologias voltadas para a Indústria 4.0.
tema Indústria 4.0.
5- Ofertar formações/qualifica- 5.1- Definir cursos/formações prioritários, voltados para a Indústria 4.0.
ções voltadas para a Indústria 5.2- Estimular a oferta de cursos/qualificações voltados para a Indús-
4.0. tria 4.0 em instituições de formação técnica, de ensino superior e ou-
tras instituições com capacidade para qualificar pessoas nesse tema.
6- Ampliar a oferta de mecanis- 6.1- Mapear mecanismos de fomento/financiamento voltados para
mos de fomento/financiamento a Indústria 4.0 e propor adequações/novos mecanismos.
adequados à Indústria 4.0.
7- Ampliar o uso de mecanismos 7.1- Ampliar acesso às informações sobre mecanismos para fo-
de fomento/financiamento para a mentar/financiar inovações voltadas para Indústria 4.0
Indústria 4.0. 7.2- Ofertar qualificações para que as ICTs e empresas aumentem
o uso dos mecanismos voltados ao fomento/financiamento de ino-
vações voltadas para Indústria 4.0.
8- Aperfeiçoar marco legal do 8.1- Mapear marcos legais específicos para a indústria 4.0 nos pa-
Brasil para atender às necessida- íses mais avançados no tema e propor marco legal específico para
des da Indústria 4.0. estimular a Indústria 4.0 no Brasil.
9- Aperfeiçoar Sistema de PI para 9.1- Mapear aperfeiçoamentos nos sistemas de PI, realizados nos
ampliar o seu uso pelas empresas. países mais avançados e no tema Indústria 4.0, e propor melhorias
no sistema brasileiro, ampliando o uso pelas empresas.
10- Aperfeiçoar a infraestrutura 10.1- Mapear infraestrutura existente no Brasil, voltada para C,-
voltada para C,T&I existente para T&I, suas deficiências em relação às necessidades oriundas da In-
atender às demandas voltadas para dústria e 4.0 e propor melhorias.
oportunidades da Indústria 4.0.
11- Criar mecanismos de estí- 11.1- Mapear e sistematizar informações sobre as potencialidades
mulo ao uso da infraestrutura de da infraestrutura existente/aperfeiçoada, para o desenvolvimento
C,T&I para desenvolvimento de de projetos voltados à Indústria 4.0.
tecnologias voltadas para oportu-
nidades da Indústria 4.0.
Fonte: Adaptado de LIMA, 2020.
165
VALIDAÇÃO ESTATÍSTICA DO MAPA ESTRATÉGICO TEÓRICO PARA DESENVOLVER A INDÚSTRIA 4.0 NO BRASIL
166
Rodrigo Rocha Pereira Lima, Suzana Leitão Russo, Luis Felipe Dias Lopes
Quando perguntados sobre o tempo de atuação com o tema Indústria 4.0 ve-
rifica-se que a maioria possui mais de 1 ano e menos de 3 anos (42,1%), vindo em
seguida os que possuem até 1 ano, com 31,6% das respostas. Ver Figura 5.
167
VALIDAÇÃO ESTATÍSTICA DO MAPA ESTRATÉGICO TEÓRICO PARA DESENVOLVER A INDÚSTRIA 4.0 NO BRASIL
168
Rodrigo Rocha Pereira Lima, Suzana Leitão Russo, Luis Felipe Dias Lopes
169
VALIDAÇÃO ESTATÍSTICA DO MAPA ESTRATÉGICO TEÓRICO PARA DESENVOLVER A INDÚSTRIA 4.0 NO BRASIL
proposta para o seu alcance “3.1 Desenvolver modelo de interação entre ICTs e
empresas nas atividades voltadas para a Indústria 4.0” o mesmo tipo de avaliação
para 84,2%. Ver Figura 8.
Essa perspectiva contou com os objetivos estratégicos “4. Definir áreas de co-
nhecimento mais relevantes para o Brasil, no tema Indústria 4.0” e “5. Ofertar for-
mações/qualificações voltadas para a Indústria 4.0”.
A opinião apresentada pelos especialistas sobre os temas desses objetivos está
alinhada com os resultados do estudo de Chibás, Pantaleón e Rocha (2013) e com
estudos da CNI (2018) e do IBGE (2020), que apontam a falta de pessoal qualifi-
cado como um grande desafio para o fortalecimento das atividades inovadoras nas
indústrias brasileiras.
Ao se analisar especificamente o Objetivo Estratégico 4 “Definir áreas de co-
nhecimento mais relevantes para o Brasil, no tema Indústria 4.0” verifica-se que
possui impacto “elevado” ou “extremamente elevado” para 84,3%, possuindo, a
ação proposta para o seu alcance “4.1 Mapear áreas do conhecimento mais re-
levantes para a geração de tecnologias voltadas para a Indústria 4.0” 78,9% das
avaliações como sendo de elevado impacto. Ver Figura 9.
170
Rodrigo Rocha Pereira Lima, Suzana Leitão Russo, Luis Felipe Dias Lopes
171
VALIDAÇÃO ESTATÍSTICA DO MAPA ESTRATÉGICO TEÓRICO PARA DESENVOLVER A INDÚSTRIA 4.0 NO BRASIL
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Rodrigo Rocha Pereira Lima, Suzana Leitão Russo, Luis Felipe Dias Lopes
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VALIDAÇÃO ESTATÍSTICA DO MAPA ESTRATÉGICO TEÓRICO PARA DESENVOLVER A INDÚSTRIA 4.0 NO BRASIL
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VALIDAÇÃO ESTATÍSTICA DO MAPA ESTRATÉGICO TEÓRICO PARA DESENVOLVER A INDÚSTRIA 4.0 NO BRASIL
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Rodrigo Rocha Pereira Lima, Suzana Leitão Russo, Luis Felipe Dias Lopes
Figura 17 - Objetivos Estratégicos de acordo com o percentual de respondentes que indicaram grau
de importância “Elevado” ou “Extremamente elevado”.
Figura 18 - Ações estratégicas de acordo com o percentual de respondentes que indicaram grau de
importância “Elevado” ou “Extremamente elevado”.
Nesta etapa, a partir dos construtos desenvolvidos, conforme Quadro 14, es-
tabeleceram-se os fatores de cada construto separadamente, através da seguinte
sequência:
177
VALIDAÇÃO ESTATÍSTICA DO MAPA ESTRATÉGICO TEÓRICO PARA DESENVOLVER A INDÚSTRIA 4.0 NO BRASIL
178
Rodrigo Rocha Pereira Lima, Suzana Leitão Russo, Luis Felipe Dias Lopes
Continuação
Construtos Itens dos Construtos
F1- Ampliar a oferta de mecanismos de fomento/financiamento adequados à Indústria 4.0.
F2- Mapear mecanismos de fomento/financiamento voltados para a Indústria 4.0 e
Fomento e propor adequações/novos mecanismos.
financia- F3- Ampliar o uso de mecanismos de fomento/financiamento para a Indústria 4.0.
mento para F4- Ampliar acesso às informações sobre mecanismos para fomentar/financiar inova-
inovação ções voltadas para Indústria 4.0
F5- Ofertar qualificações para que as ICTs e empresas aumentem o uso dos mecanis-
mos voltados ao fomento/financiamento de inovações voltadas para Indústria 4.0.
L1- Aperfeiçoar marco legal do Brasil para atender às necessidades da Indústria 4.0.
Marco legal L2- Mapear marcos legais específicos para a indústria 4.0 nos países mais avançados no
da inovação tema e propor marco legal específico para estimular a Indústria 4.0 no Brasil.
e cultura de L3- Aperfeiçoar Sistema de PI para ampliar o seu uso pelas empresas.
propriedade L4- Mapear aperfeiçoamentos nos sistemas de PI, realizados nos países mais avançados
intelectual e no tema Indústria 4.0, e propor melhorias no sistema brasileiro, ampliando o uso
pelas empresas.
I1- Aperfeiçoar a infraestrutura voltada para C,T&I existente para atender às deman-
das voltadas para oportunidades da Indústria 4.0.
Infraes- I2- Mapear infraestrutura existente no Brasil, voltada para C,T&I, suas deficiências em
trutura de relação às necessidades oriundas da Indústria e 4.0 e propor melhorias.
suporte à I3- Criar mecanismos de estímulo ao uso da infraestrutura de C,T&I para desenvolvi-
inovação mento de tecnologias voltadas para oportunidades da Indústria 4.0.
I4- Mapear e sistematizar informações sobre as potencialidades da infraestrutura exis-
tente/aperfeiçoada, para o desenvolvimento de projetos voltados à Indústria 4.0.
Fonte: Elaborado pelo autor
179
VALIDAÇÃO ESTATÍSTICA DO MAPA ESTRATÉGICO TEÓRICO PARA DESENVOLVER A INDÚSTRIA 4.0 NO BRASIL
Quadro 5 – Comunalidades
Alpha de
Blocos Itens dos Blocos Peso Fatorial Variância Explicada (%)
Cronbach
A1 0,633
A2 0,764
A3 0,606
Ambiente colabo- A4 0,472
rativo para ino- A5 0,482 63,870 0,871
vação A6 0,903
A7 0,670
A8 0,664
A9 0,554
P1 0,637
Pessoas qualifi- P2 0,755
P3 0,685
cadas para a ino- 70,817 0,769
P4 0,780
vação P5 0,514
P6 0,879
F1 0,400
Fomento e finan- F2 0,413
ciamento para F3 0,551 46,600 0,712
inovação F4 0,455
F5 0,512
Marco legal da L1 0,960
inovação e cultu- L2 0,791
L3 0,861 86,648 0,638
ra de propriedade
L4 0,854
intelectual
Infraestrutura de I1 0,791
I2 0,536
suporte à inova- 61,927 0,858
I3 0,467
ção I4 0,683
Fonte: Elaborado pelo autor.
180
Rodrigo Rocha Pereira Lima, Suzana Leitão Russo, Luis Felipe Dias Lopes
O grau de explicação atingido pelos fatores foi calculado pela AF. Apesar de
fraca a relação entre alguns fatores, o modelo consegue explicar em 86,648% da va-
riância dos dados originais para o construto L - Marco legal da inovação e cultura
de propriedade intelectual. O modelo apresentou o seguinte ajustamento:
• 63,87% para o construto A - Ambiente colaborativo para inovação;
• 70,82% para o construto P- Pessoas qualificadas para a inovação;
• 46,60% para o construto F- Fomento e financiamento para inovação;
• 86,65% para o construto L - Marco legal da inovação e cultura de proprie-
dade intelectual;
• 61,93% para o construto I- Infraestrutura de suporte à inovação (valores
arredondados em duas casas decimais).
181
VALIDAÇÃO ESTATÍSTICA DO MAPA ESTRATÉGICO TEÓRICO PARA DESENVOLVER A INDÚSTRIA 4.0 NO BRASIL
Continuação
Soma dos Soma dos
Fatores Autovalores Iniciais
Quadrados de Extração Quadrados da Rotação
% da Va- % Cumu- % da Va- % Cumu- % da Va- % Cumu-
Total Total Total
riância lativa riância lativa Total riância lativa
1 2,344 58,592 58,592 2,344 58,592 58,592 2,324 58,108 58,108
2 1,122 28,055 86,648 1,122 28,055 86,648 1,142 28,540 86,648
3 0,334 8,348 94,996
4 0,200 5,004 100,000
I- Infraestrutura de suporte à inovação
1 2,477 61,927 61,927 2,477 61,927 61,927
2 0,736 18,398 80,325
3 0,567 14,174 94,498
4 0,220 5,502 100,000
Fonte: Elaborado pelo autor.
Para a análise fatorial (AF) entre os blocos foram usados todos os itens dos
construtos em conjunto. O Quadro 8 mostra as Comunalidades.
Ainda no Quadro 8 observa-se que o modelo apresentou um bom ajustamento,
sendo apresentados os pesos de cada item que integra a análise. Todos os indica-
dores conseguiram um poder de explicação alto (acima de 0,7), considerando os
fatores obtidos (comunalidades).
O maior valor encontrado foi 0,979 para o item L2- Mapear marcos legais es-
pecíficos para a indústria 4.0 nos países mais avançados no tema e propor marco
legal específico para estimular a Indústria 4.0 no Brasil, valor destacado em negrito
no Quadro 8.
Quadro 8 - Comunalidades
182
Rodrigo Rocha Pereira Lima, Suzana Leitão Russo, Luis Felipe Dias Lopes
Continuação
Itens dos Construtos Inicial Extração
A7- Ampliar interação entre as universidades e empresas, nas atividades voltadas
1,000 0,891
para a Indústria 4.0.
A8- Desenvolver modelo de interação entre ICTs e empresas nas atividades vol-
1,000 0,795
tadas para a Indústria 4.0.
A9- Estimular implantação de modelo de interação entre ICTs e empresas nas
1,000 0,849
atividades voltadas para a Indústria 4.0 em todos os estados.
P1- Definir áreas de conhecimento mais relevantes para o Brasil, no tema In-
1,000 0,951
dústria 4.0.
183
VALIDAÇÃO ESTATÍSTICA DO MAPA ESTRATÉGICO TEÓRICO PARA DESENVOLVER A INDÚSTRIA 4.0 NO BRASIL
% da Variância
% da Variância
% da Variância
% Cumulativa
% Cumulativa
% Cumulativa
Fatores
Total
Total
Total
Total
1 8,727 31,166 31,166 8,727 31,166 31,166 4,536 16,201 16,201
2 4,463 15,940 47,106 4,463 15,940 47,106 3,517 12,561 28,762
3 2,776 9,915 57,022 2,776 9,915 57,022 3,203 11,440 40,202
4 2,355 8,410 65,431 2,355 8,410 65,431 3,041 10,860 51,062
5 2,038 7,279 72,710 2,038 7,279 72,710 2,914 10,406 61,469
6 1,818 6,495 79,205 1,818 6,495 79,205 2,902 10,365 71,834
7 1,564 5,587 84,792 1,564 5,587 84,792 2,847 10,167 82,000
8 1,132 4,042 88,834 1,132 4,042 88,834 1,913 6,834 88,834
9 0,806 2,878 91,712
10 0,626 2,234 93,946
11 0,473 1,689 95,635
12 0,361 1,289 96,924
13 0,284 1,013 97,937
14 0,232 0,829 98,766
15 0,157 0,561 99,327
16 0,091 0,324 99,651
17 0,053 0,189 99,841
18 0,045 0,159 100,000
19 0,000 0,000 100,000
20 0,000 0,000 100,000
21 0,000 0,000 100,000
22 0,000 0,000 100,000
23 0,000 0,000 100,000
24 0,000 0,000 100,000
25 0,000 0,000 100,000
26 0,000 0,000 100,000
27 0,000 0,000 100,000
28 0,000 0,000 100,000
Fonte: Elaborado pelo autor.
184
Rodrigo Rocha Pereira Lima, Suzana Leitão Russo, Luis Felipe Dias Lopes
CONSIDERAÇÕES FINAIS
185
VALIDAÇÃO ESTATÍSTICA DO MAPA ESTRATÉGICO TEÓRICO PARA DESENVOLVER A INDÚSTRIA 4.0 NO BRASIL
REFERÊNCIAS
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dustrial no Japão face à Quarta Revolução Industrial. Carta IEDI edição 838, 2018. Dis-
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SILVA, G; DACORSO, A. L. R. Inovação aberta como uma vantagem competitiva para a mi-
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Acesso em: 27 fev. 2018.
187
O USO DE SEMIOQUÍMICOS DE ESPÉCIES
DE Annona COMO ATRAENTE NO MANEJO
INTEGRADO DE PRAGAS: UM ESTUDO
PROSPECTIVO
INTRODUÇÃO
189
O USO DE SEMIOQUÍMICOS DE ESPÉCIES DE Annona COMO ATRAENTE NO MANEJO INTEGRADO DE PRAGA
190
Rita de Cássia Correia da Silva, Maxdouglas dos Santos, Ruth Rufino do Nascimento, Adriana de Lima Mendonça
METODOLOGIA
Annona Biocides
Annona and muricata Cerconota
Annona and squamosa Pheromone
Annona and lepidoptera kairomones
Annona and Cerconota Lepidoptera
Annona and semiochemicals Control and pest
Annona and compounds Control and pest and pheromone
Annona and pesticide Control and pest or pheromone and kairomones
Annona and chromatography Control and pest and pheromone and kairomones
Annona and volatiles Control and pest and pheromone and kairomones and lepidoptero
RESULTADOS E DISCUSSÕES
191
O USO DE SEMIOQUÍMICOS DE ESPÉCIES DE Annona COMO ATRAENTE NO MANEJO INTEGRADO DE PRAGA
Tabela 2: Resultados das buscas nas bases PatentInspiration, INPI, WIPO, Scorpus e Scienci Direct.
192
Rita de Cássia Correia da Silva, Maxdouglas dos Santos, Ruth Rufino do Nascimento, Adriana de Lima Mendonça
193
O USO DE SEMIOQUÍMICOS DE ESPÉCIES DE Annona COMO ATRAENTE NO MANEJO INTEGRADO DE PRAGA
Mediante a análise dos dados obtidos nas bases de patentes, foi possível ob-
servar que o depósito de patentes não se restringe somente a empresas, algumas
universidades também depositaram patentes como o caso do Paraná, da Bahia, do
México, entre outras; isso ocorre porque as universidades investem em pesquisa e
essas pesquisas geram ou aperfeiçoam produtos tecnológicos.
194
Rita de Cássia Correia da Silva, Maxdouglas dos Santos, Ruth Rufino do Nascimento, Adriana de Lima Mendonça
195
O USO DE SEMIOQUÍMICOS DE ESPÉCIES DE Annona COMO ATRAENTE NO MANEJO INTEGRADO DE PRAGA
Figura 5 - Perfil de publicações de artigos científicos por ano nas bases Scopus e Science Direct.
Dos 2795 artigos recuperados na base Scopus com a utilização do temo “An-
nona”, 731 são de origem brasileira. Esse resultado faz do Brasil o país que mais pu-
blicou utilizando o termo Annona em todo mundo, seguido pela Índia com 643, Es-
tados Unidos com 264 México com 187 e China com 154, como mostra a figura 6.
Após serem analisados os títulos e resumos dos artigos constatou-se que exis-
tem poucos estudos visando o uso de semioquímicos de espécies de Annona como
atraente no manejo integrado de pragas.
196
Rita de Cássia Correia da Silva, Maxdouglas dos Santos, Ruth Rufino do Nascimento, Adriana de Lima Mendonça
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
BACHMANN, G. E., SEGURA, D. F., DEVESCOVI, F., JUÁREZ, M. L., RUIZ, M. J.,
VERA, M. T., CLADERA J. F., TEAL, P. E. A., FERNÁNDEZ, P. C. Male sexual behavior
and pheromone emission is enhanced by exposure to guava fruit volatiles in Anastrepha
fraterculus. PLoS One, v. 10, n. 4, 2015.
197
O USO DE SEMIOQUÍMICOS DE ESPÉCIES DE Annona COMO ATRAENTE NO MANEJO INTEGRADO DE PRAGA
198
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RIFFEL, A. et al. O Dialeto das plantas. 20 de abril de 2018. Disponível em: http://agris.
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ZHANG, J. P., SALCEDO, C., FANG, Y. L., ZHANG, R. J., ZHANG, Z. N. An overlooked
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predator Coccinella septempunctata. Journal of chemical ecology, v. 31, n. 8, p. 1733-1746,
2005.
199
MAPEAMENTO TECNOLÓGICO, TENDÊNCIAS COMPETITIVAS
SOBRE OS AUTORES
201
MAPEAMENTO TECNOLÓGICO, TENDÊNCIAS COMPETITIVAS
202
MAPEAMENTO TECNOLÓGICO, TENDÊNCIAS COMPETITIVAS
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MAPEAMENTO TECNOLÓGICO, TENDÊNCIAS COMPETITIVAS
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MAPEAMENTO TECNOLÓGICO, TENDÊNCIAS COMPETITIVAS
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MAPEAMENTO TECNOLÓGICO, TENDÊNCIAS COMPETITIVAS
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MAPEAMENTO TECNOLÓGICO, TENDÊNCIAS COMPETITIVAS
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MAPEAMENTO TECNOLÓGICO, TENDÊNCIAS COMPETITIVAS
ÍNDICE REMISSIVO
Alimentos Prebióticos: 28
Educação: 62, 97, 98, 99, 100, 102, 103, 104, 105, 106, 107, 108, 119, 155, 158,
160, 204, 205, 207
Empresas de Base Tecnológica: 109, 110, 112, 113, 114, 120, 122
Indicação Geográfica: 149, 150, 152, 153, 154, 157, 158, 159, 160
Indústria 4.0: 161, 162, 163, 164, 165, 167, 168, 169, 170, 171, 172, 173, 174, 175,
176, 178, 179, 182, 183, 185, 186, 187
Inovação: 13, 20, 24, 26, 27, 34, 51, 55, 58, 61, 64, 67, 68, 69, 70, 71, 73, 76, 77, 78,
82, 85, 94, 95, 98, 108, 109, 110, 111, 112, 113, 114, 115, 119, 120, 121, 122, 123,
125, 135, 158, 161, 162, 163, 164, 168, 170, 172, 173, 175, 178, 179, 180, 181, 182,
185, 186, 187, 197, 201, 202, 203, 206, 207, 208
Inovação Tecnológica: 34, 58, 110, 112, 113, 114, 121, 162, 207
Laticínios: 129
Mapeamento Tecnológico: 11, 12, 13, 29, 33, 35, 67, 68, 71, 86
Mobilidade Inteligente: 79, 80, 82, 84, 86, 87, 88, 89, 90, 92, 93
209
MAPEAMENTO TECNOLÓGICO, TENDÊNCIAS COMPETITIVAS
Patentes: 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 26, 28, 150, 191,
192, 193, 194, 195, 197, 198
Patentes Verdes: 45, 51, 54, 55, 57, 58, 60, 61, 62, 63, 64, 67, 68, 69, 70, 71, 72, 73,
75, 76, 77, 78
Potencial 12, 13, 23, 26, 29, 31, 32, 33, 42, 52, 62, 70, 77, 79, 82, 93, 97, 98, 124,
149, 155, 156, 157, 159, 161, 162, 164, 165, 168, 172, 176, 178, 179, 182, 183, 189,
190, 194
Prospecção Tecnológica: 33, 43, 44, 78, 84, 85, 95, 97, 98, 108, 147, 197
Resíduos: 29, 30, 31, 32, 33, 42, 43, 47, 48, 53, 54, 70, 78
Tecnologia: 12, 13, 14, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 26, 27, 28, 30, 33, 35,
41, 47, 48, 51, 52, 53, 54, 55, 56, 58, 60, 61, 62, 63, 64, 67, 68, 69, 70, 71, 73, 75, 76,
77, 78, 79, 80, 81, 82, 83, 84, 85, 86, 87, 88, 89, 91, 93, 94, 95, 97, 98, 99, 100, 102,
103, 104, 105, 107, 108, 109, 110, 111, 112, 113, 114, 115, 118, 119, 120, 121, 122,
123, 135, 137, 138, 140, 141, 143, 144, 145, 146, 158, 161, 163, 164, 165, 170, 175,
178, 179, 183, 190, 193, 197, 201, 202, 203, 204, 205, 206, 207, 208
Tecnologias Verdes: 51, 53, 54, 56, 61, 63, 67, 69, 70, 71, 78,
Tecnologia da Informação e Comunicação: 79, 80, 84, 98, 99, 100, 103
210
MAPEAMENTO TECNOLÓGICO, TENDÊNCIAS COMPETITIVAS
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