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ISSN 1809-9475
CADERNOS UniFOA
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VOLTA REDONDA
FUNDAÇÃO OSWALDO ARANHA
ANO IV - Nº 10 - agosto/2009
FOA
EXPEDIENTE
FOA UniFOA
Presidente Reitor
Dauro Peixoto Aragão Alexandre Fernandes Habibe
Capa Editoração
Daniel Ventura Laert dos Santos
Centro Universtitário de Volta Redonda - UniFOA
FICHA CATALOGRÁFICA
Bibliotecária Alice Tacão Wagner - CRB 7 - 4316
Periodicidade Quadrimestral
ISSN 1809-9475
CDD 050
SUMÁRIO
EDITORIAL ................................................................................................................................................................. 09
CIÊNCIAS EXATAS
CIÊNCIAS DA SAÚDE
Aneurisma Dissecante de Aorta: A importância do diagnóstico precoce. Revisão de Literatura e Relato de Caso
Fernanda Lopes Marinho, Lucas Mendes, Renata F. Carvalho e Mauro Tavares .................................................................................................55
EDITORIAL ................................................................................................................................................................. 09
ACCURATE SCIENCES
Design and Construction of the Jominy Apparatus: A Contribution for the Research at the UniFOA
Professor Doutor Carlos Roberto Xavier, Tarcisio dos Santos Gonçalves, João Antonio de Araújo Sousa, Luiz Carlos de Andrade Vieira e
Célio de Jesus Marcelo......................................................................................................................................................................15
Dissecting aortic aneurysm: the importance of the early diagnostic. Literature review and reported case
Fernanda Lopes Marinho, Lucas Mendes, Renata F. Carvalho e Mauro Tavares .................................................................................................55
Editorial
Aqueles que já nos conhecem, sabem que a revista Cadernos UniFOA é a concretização de
um desejo institucional de publicar idéias e pesquisas desenvolvidas por nossos professores e alunos.
Ao longo dos dez números publicados, nossa preocupação foi sempre estabelecer a revista como um
referencial para projetos científicos que denotem a importância e a necessidade da investigação e
de sua expressão escrita, permitindo a troca de informações interna e externamente. Dessa forma,
através do Cadernos Unifoa, marcamos nossa presença na comunidade científica e acadêmica num
enfoque inter e transdisciplinar.
Neste editorial, como Pró-reitora de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão, venho afirmar
minha satisfação em fazer parte da consolidação do Cadernos UniFOA, representada nesta 10ª
edição, como veículo de divulgação, reformulação, estabilização e sedimentação de práticas que nos
ajudam na construção uma identidade científica.
Reconhecendo que iniciar um projeto editorial é um trabalho difícil, ainda mais difícil é
manter o projeto em constante aprimoramento. Assim, a revista número dez apresenta resultados
ainda mais próximos dos que almejamos, em direção à maturidade acadêmico-científica. Atualmente
temos uma oferta cada vez maior de artigos, internos e externos, o que demonstra a incorporação
gradual da cultura de produzir pesquisa acompanhada de sua divulgação. Dando continuidade a
reformas gráficas, editoriais e de linguagem, podemos perceber a preocupação constante em
transformar o Cadernos UniFOA em uma publicação científica de referência.
Parabenizo o trabalho da equipe editorial e a todos os docentes e discentes que fazem
parte deste número, que, seguindo os mesmos princípios de multidisciplinaridade que nortearam a
publicação desde seu início, apresenta artigos nas áreas de exatas, humanas e biológicas.
Termino com a frase de meu último editorial, publicado na revista número cinco,
prenunciando os próximos números, e que retrata a disposição de todos envolvidos neste projeto: se
não há mudança, não há crescimento e o momento é de crescer.
Uma ótima leitura!
Artigo
Jason Paulo Tavares Faria Junior 1 Original
Original
Paper
Palavras-chaves: Resumo
Realidade Virtual Neste Trabalho foi utilizado a Realidade Virtual (Oh, Ji-Young e Stver-
zlinger, Wolfgang) e suas aplicações no processo de ensino/aprendizado
Sistemas Elétricos (Pinheiro, C.D.B., Ribeiro Filho, M.), onde se pretende utilizar as poten-
cialidades provenientes da Realidade Virtual (RV) para auxiliar o ensino
Visualização e o treinamento de profissionais da área de sistemas elétricos de alta
potência. O usuário poderá observar o comportamento do sistema em
tempo real, alterando a potência elétrica e a posição da visualização dos
fenômenos com total segurança.
In this Work the Virtual Reality was used (Oh, Ji-Young and Virtual reality
Stverzlinger, Wolfgang ) and its applications in the education process/
learning (Pine, C.D.B., Ribeiro Son, M), where if it intends to use the Electrical systems
potentialities proceeding from Realidade Virtual (RV) to assist the
education and the training of professionals of the area of electrical Visualization
systems of high power. The user will be able to observe the behavior
of the system in real time, and to interact with the virtual environment
in diverse ways, being modified the electric power and position of the
visualization them phenomena with total security.
Cadernos UniFOA
1. Introdução pode ajudar efetivamente no processo de itera-
ção ensino-aprendizagem.
As características básicas da Realidade
Virtual como interação, imersão e navegação
têm potencial para propiciar um ensino que 2. Objetivos
oferece ao aprendiz a oportunidade de uma
melhor compreensão do assunto que está sen- Neste trabalho foi desenvolvido um proce-
edição nº 10, agosto/2009
do estudado, na medida em que este explora, dimento automatizado que permite a visualiza-
descobre, observa e interage com o mundo ção tridimensional de um laboratório virtual de
virtual, que representa o objeto de estudo. um sistema elétrico de alta potência, envolven-
Kirner discute essa questão com profundidade do várias disciplinas como computação gráfica,
e mostra, com base em diversos autores recen- engenharia elétrica, matemática, linguagem de
tes com publicações relevantes, que existe o programação e física. Este projeto foi orientado
consenso definitivo de que a Realidade Virtual aos alunos de iniciação científica. A Realidade
1
Doutor em Engenharia Elétrica- UniFOA
Virtual pode ajudar efetivamente no processo
12 de iteração ensino-aprendizagem, permitindo
obter uma visão mais realista de um laboratório
virtual. Utilizando técnicas de computação grá-
fica tridimensionais, haverá um melhor enten-
dimento das experiências. Esse processo é mais
acessível financeiramente e muitas escolas não
possuem condições de manter estes laborató-
rios na realidade. Adquirir essa tecnologia e a
Figura 1- Visualização do cenário real
elaboração de um software nesta área permite o
desenvolvimento de experiências e simulações
precisas por parte dos usuários.
3. Metodologia
6. Referências
Palavras-chaves: Resumo
This report refers to the design and construction of the Jominy experimental Steels
apparatus for the accomplishment of the steels hardenability test at the UniFOA.
This initiative had origin at the Mechanical Engineering course, with the Hardenability
purpose of obtaining an effective and reliable instrument for the study of the
transformations that occur in metals, specially the steel transformations when Jominy Test
steel is submitted to a determinate thermal cycle. Thus, with the dedication of
the graduation students and laboratory technicians, it was possible, based in the
Cadernos UniFOA
standard specification NBR 6339/89, to project and to build the Jominy apparatus,
aiming the steels hardenability determination. This made possible to the students a
better understanding about the behavior and transformations in metals when it is
submitted to the heat treating and the effects of these treatments on its properties.
1
Doutor e Docente do Curso de Engenharia Mecânica – UniFOA
2
Graduado em Engenharia Mecânica – UniFOA
3
Graduando em Engenharia Mecânica – UniFOA
4
Técnico de Laboratório – UniFOA
o resfriamento do corpo-de-prova, é feito um Isso pode ser feito ao associar os resul-
16 mapeamento da dureza no sentido longitudinal tados do ensaio Jominy aos resultados obtidos
do mesmo, a partir da extremidade resfriada, ao se estudar o resfriamento contínuo, a partir
sendo esses resultados exibidos graficamente de uma elevada temperatura, de barras com di-
como uma variação da dureza em função da versos diâmetros. Admite-se, nesse caso, que
distância. Pode ser visto, na Figura 1, um es- a dureza e as propriedades físicas adquiridas
quema da realização do ensaio e da obtenção por um aço depois da têmpera, efetuada em
da curva de temperabilidade Jominy. condições normais, são sempre funções exclu-
sivas do processo de resfriamento.
A velocidade de resfriamento de uma
peça depende do tamanho desta, do meio de
resfriamento e da temperatura de têmpera. Isso
quer dizer que, se é conhecida a dureza que ad-
quire um aço depois da têmpera, quando o res-
friamento foi feito de uma forma determinada,
Figura 1. Ensaio Jominy esquemático: (a)
conheceremos também a dureza de qualquer
ensaio; (b) curva de dureza x distância ponto do mesmo aço que tenha se resfriado de
forma análoga, independentemente de sua po-
1.2. Aplicação Prática do Ensaio Jominy sição na peça, da forma e tamanho desta, bem
como do meio de resfriamento empregado.
Compete ao engenheiro a aplicação de Conhecendo as durezas obtidas ao se
conhecimentos adquiridos com a teoria as- efetuar o ensaio Jominy de um aço e as con-
sociados à experiência, a fim de obter-se o dições de resfriamento dos diferentes pontos
melhor desempenho possível dos materiais do corpo-de-prova, pode-se conhecer a dureza
selecionados para a fabricação de componen- que se obtém no interior de peças resfriadas
tes mecânicos e estruturais, tudo isso aliado, nas mesmas condições. Desse modo, as curvas
preferencialmente, a um menor custo. Jominy podem ser utilizadas para se predizer
O conhecimento das transformações me- a distribuição de dureza em barras de aço de
talúrgicas sofridas pelas ligas metálicas, como diferentes dimensões, resfriadas em vários
é o caso dos aços, pode possibilitar a adequa- meios de resfriamento.
ção da sua estrutura metalúrgica e, consequen- As velocidades de resfriamento nos
temente, das suas propriedades mecânicas para vários pontos do corpo-de-prova Jominy po-
uma aplicação específica, sem a necessidade dem ser comparadas com as velocidades de
de maiores investimentos como a aquisição de resfriamento em barras de vários diâmetros
ligas mais nobres ou especialmente processa- resfriadas em vários meios de resfriamento.
das para aquele fim.
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citar o seu uso para determinar, com boa apro- resfriamento em uma determinada posição da
ximação, a dureza de barras de aço tempera- barra, podemos utilizar um gráfico de ensaio
das, como cilindros de laminação ou eixos me- Jominy de um aço específico para sabermos a
cânicos. Neste caso, veremos que é possível dureza resultante na mesma.
prever o perfil de durezas destes componentes
depois de temperados em um meio de resfria-
mento qualquer, sem que tenha que se recorrer
ao corte dos mesmos.
2. Projeto e Construção do
Aparato Jominy 17
4. Conclusão
Endereço para Correspondência:
Palavras-chaves: Resumo
Otimização Devido ao grande volume de dados que são gerados pelas Empresas que
utilizam Sistemas de Informação, é fundamental o papel do Banco de
Consultas Dados (BD). Geralmente os dados precisam ser acessados a todo instan-
te, logo, a disponibilidade dos resultados nem sempre são satisfatórias.
T-SQL Nesse contexto, entra a questão do desempenho ao se obter informações
de um BD e como otimizá-las. Muitos problemas de performance não
Microsoft SQL Server estão relacionados a infraestrutura, sistemas operacionais ou mesmo ao
2005 hardware. Pode-se encontrar problemas de perda de performance dentro
do próprio BD, sendo a consulta a principal causadora desses problemas.
Ajustar e otimizar uma consulta e o próprio BD tornam-se fatores im-
portantes, podendo-se ter um ganho de performance aceitável, visto que
cada consulta é tratada de forma diferente, dependendo do Sistema Ge-
renciador de Banco de Dados (SGBD). Este artigo avalia como melhorar
o desempenho de consultas Transact-Structured Query Language (T-
SQL) em um ambiente Microsoft SQL Server 2005, sugerindo possíveis
alterações que possam levar a um ganho de performance considerável.
1
Discente do Curso de Sistemas de Informação – UniFOA
2
Doutor e Docente do Curso de Sistemas de Informação – UniFOA
3
Docente Especialista do Curso de Sistemas de Informação – UniFOA
1. Introdução 2. Conceitos e Definições de
20 Tuning
O mercado atual está competitivo. Com
isso, as empresas estão apostando, cada vez Segundo Baptista (2008, p. 15), “tuning
mais, em sistemas informatizados que forne- diz respeito ao ajuste do SGBD para melhor
çam apoio à melhoria de seus processos. utilização dos recursos, provendo um uso efi-
Dentro desse contexto, surgem os caz e eficiente do SGBD”.
Sistemas de Gerenciamento de Banco de Dados A fase de tuning de um BD é um proces-
(SGBD`s) com o intuito de armazenar e geren- so de refinamento que envolve modificações
ciar as informações, garantindo sua disponibi- em vários aspectos, abordando desde mudan-
lidade de forma rápida e eficaz. Mas, em geral, ças nos conceitos aprendidos nos Diagramas
SGBD`s não são ferramentas auto suficientes Entidade-Relacionamento (DER) até a troca
no que diz respeito a otimização de consultas de hardware, passando pela configuração dos
a Banco de Dados (BD). Por esse motivo, es- softwares que executam nesse sistema.
forços são despendidos na forma de aperfeiçoar Em termos didáticos, pode-se dividir
seu funcionamento interno, melhorando a orga- as ações de tuning em três grandes tipos: (1)
nização das informações e como são obtidas. refinamento do esquema das relações e as
Segundo Ikematu (2003), tuning é a sinto- consultas/atualizações feitas no BD, (2) con-
nia ou ajuste de algo para que funcione melhor. figuração do sistema operacional em uso e
O tuning fornece suporte ao Administrador de (3) configuração dos parâmetros dos SGBD’s
BD (Database Administrator ou DBA) através (TRAMONTINA, 2008, p. 2). O foco do arti-
de um mecanismo que simplifica a análise de go será no primeiro tipo.
desempenho, fazendo com que pequenos ajustes Em debate com profissionais com mais
afetem significativamente a performance do BD, de 10 anos de expêriencia em gerenciamen-
transformando uma tarefa de alto custo e com- to de banco de dados, os Srs. Lúcio Gomes
plexidade em um processo simples e rápido. Peixoto Júnior (Microsoft Certified Trainers,
Neste artigo serão demonstrados pro- Microsoft Certified Systems Engineer,
cedimentos de como se pode realizar a iden- Microsoft Certified Technical Specialist,
tificação de onde está o problema de perfor- Microsoft Certified IT Professional e
mance da aplicação, otimizações de consultas Oracle Certified Professional) e Erick de
Transact-Structured Query Language (T-SQL) Souza Carvalho (Mestre em Engenharia da
e boas práticas ao elaborá-las. Computação pelo Instituto Tecnológico da
Para uma análise sobre o desempenho Aeronáutica e Oracle Certified Professional),
das consultas SQL em SGDB’s, foi esco- constata-se que 45% das ações de tuning
lhido o Microsoft SQL Server 2005, “pois é são destinadas a configuração do Sistema
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muito utilizado pelas empresas além de pos- Operacional, 35% destinadas a configuração
suir ferramentas que facilitam uma auditoria do SGBD e 20% destinadas ao refinamento
das consultas que estão sendo realizadas” das consultas, como mostra a Figura 1.
(ANDRADE, 2005, p. 10).
Este artigo está organizado da seguin-
te maneira: A Seção 2 apresentará conceitos
e definições de tuning. A Seção 3 descreverá
a definição dos problemas de desempenho de
um BD. A Seção 4 mostrará como identificar
edição nº 10, agosto/2009
• Limitação de hardware, ou seja, trabalhan- 2005. O DTA pode ser utilizado tanto para
do próximo de sua capacidade máxima; ajuste de pequenas consultas que possam
estar mal desenhadas e que apresentem
problemas de desempenho, quanto para
• Consultas mal elaboradas.
consultas mais complexas e que requerem
maior conhecimento do DBA em relação
ao desenho físico do banco de dados.
5. Ferramentas de Apoio
edição nº 10, agosto/2009
chnology=47&prod=&prodfamily=&loc=>.
zar o SBGD Oracle ou qualquer outro SGBD Acesso em: 01 ago. 2008.
para avaliação em termos de tuning.
MICROSOFT. Description of the waittype
and lastwaittype columns in the master.dbo.
9. Referências sysprocesses table in SQL Server 2000 and
SQL Server 2005. 2007. Disponível em:
ANDRADE, L. D. Otimização de Consultas de <http://support.microsoft.com/kb/822101/en-
Aplicações T-SQL em Ambiente SQL Server us/>. Acesso em: 07 maio 2008.
edição nº 10, agosto/2009
Cadernos UniFOA
Artigo
Bethania Márcia Montrezor 1 Original
Alexandre Batista da Silva 2
Original
Paper
Palavras-chaves: Resumo
The aim of this work is to show that the big difficulty in learning a foreign Learning
language can not be summarized to the fact of being different from the
mother tongue. The foreign language - in this case English - must be taught Speech
so that the learner feels that he / she can acquire it and does not develop
previous fears or frustration. According to researchers, this work talks Reality
about methods and techniques which can facilitate the acquisition process
of a second language, as well as the incentive the teacher can provide to
the student so he / she can be confident of their learning e be able to use it
according to real situations.
Cadernos UniFOA
1. Por que o Inglês é uma língua Francês, por exemplo, pode ser considerado,
difícil para muitos estudantes? por alguns estudantes, o idioma mais difícil de
ser compreendido.
Muitos estudantes brasileiros têm difi- Vários métodos são constantemente
culdades em aprender uma língua estrangeira criados e inovados para tornar eficaz o proces-
e, ao acompanhar individualmente o desem- so ensino ↔ aprendizagem no inglês. O que
penho de cada um, em diferentes faixas etá- faz então, com que ainda muitos adolescentes
rias, pode-se perceber que as dificuldades são e adultos apontem-no como uma língua muito
edição nº 10, agosto/2009
maiores se o estudo da língua em questão é difícil? O que falta fazer para que esse senso
iniciado após os 10 anos de idade. comum possa ser diminuído ou pelo menos,
O Inglês é a principal língua usada para compreendido?
comunicação internacional e, por isso, é o idio- Para responder a essas questões, deve-se
ma estudado por um maior número de brasilei- levar em conta, primeiramente, que a estrutura
ros. No entanto, se comparado ao Espanhol ou e origem da Língua Inglesa são diferentes da
1
Pós-Graduada em Docência do Ensino Superior - Centro Universitário Geraldo Di Biasi - UGB
2
Mestrando em Letras Vernáculas - UFRJ
nossa Língua materna, o Português; em segun- o indivíduo sabe “medir” a gramática de sua
28 do lugar, é importante que aluno e professor língua, porém, uma criança precisa ir à escola
tenham consciência de que para se aprender para que se torne capaz de elaborar enuncia-
uma nova língua, é necessária a compreensão dos mais complexos.
de alguns aspectos sociais e culturais dos fa- Outros elementos que enfatizam essa
lantes nativos desta. competência são estudados por J. Piaget
Finalmente, deve-se lembrar que, antes (cognitivismo) e por L. S. Vygotsky (intera-
mesmo de aprender a falar, o ser humano pas- cionismo). Ambos baseiam a construção do
sa por um processo de aquisição de linguagem conhecimento desde as primeiras interações
desde os primeiros dias de vida e isso, de for- da criança com o meio e, depois, a partir da
ma alguma, pode ser ignorado ao se tratar da comunicação entre a criança e o adulto.
aquisição de uma nova língua.
propriedades da língua são transmitidas gene- lução das regras. A terceira dimensão é a com-
ticamente, contudo, esse conhecimento só é paração dos sistemas sincrônico e diacrônico,
ativado no contato com outro falante. que podem estar relacionados a um ou mais
Chomsky analisa vários princípios e locutores.
baseia-se na intuição do falante, pois com seu Entre os anos 1983 e 1988, um projeto
conhecimento internalizado, apenas ele será foi conduzido por cinco equipes europeias
capaz de organizar uma frase e dizer o que é ou para realização de uma análise comparativa
não permitido em sua língua. Intuitivamente, que visava distinguir traços interindividuais,
translinguísticos e do desenvolvimento da lín- aprendiz, a competência no novo idioma será
gua estrangeira. Como resultado das pesqui- desenvolvida. 29
sas, a preocupação com a interação do locutor Finalmente, Castro diz que a Teoria
com a língua na expressão de tempo e espaço Cognitiva: vê o aprendizado da segunda lín-
ficou concretizada. Os meios linguísticos (lé- gua como um processo mental, que passa pela
xico, morfologia, sintaxe e semântica) podem prática estruturada de várias sub-habilidades
estar em diferentes níveis e, de certa forma, até a automação e integração de padrões lin-
essa diferença marcará o desenvolvimento da guísticos. Essa teoria afirma que as habilida-
nova língua. des tornam-se automáticas ou rotinizadas ape-
Estudos mostraram que depois da cons- nas após processos analíticos... Por outro lado,
trução de uma base lexical (conjunto de pa- a Teoria Cognitiva postula uma reestruturação
lavras conhecidas pelo locutor) e gramatical e integração constante e contínua dos aspectos
(conhecimento construído ao longo do tempo) linguísticos trabalhados para que o aprendiz
mínimas, deve-se priorizar a produção de nar- desenvolva a linguagem.
rativas, provocadas ou espontâneas, no âmbito Segundo a teoria sociocultural (TSC),
dos assuntos mais comuns entre os aprendizes. baseada em Vygotsky, a língua é um artefato
Quando o indivíduo é inserido numa situação cultural utilizada para mediações em atividades
não-escolar em que precisa se comunicar na sociais. Portanto, a aprendizagem de uma se-
língua “do outro”, ele acaba por esforçar-se gunda língua é um processo socialmente me-
mais, independente das lacunas existentes no diado, em que o aprendiz precisa interagir com
seu potencial linguístico. outros indivíduos para poder observar e imitar.
No ano de 1970, os estudos sobre língua Voltando à corrente behaviorista, lembra-
estrangeira foram inseridos na área de linguís- mos que Skinner explicava que a linguagem se
tica aplicada. Com isso, as pesquisas sobre o fundamentava em estímulos externos, atribuin-
ensino ↔ aprendizagem de línguas, no Brasil, do relevante importância ao papel didático do
passaram a estabelecer que, em sala de aula, o professor no ato de ensinar. Com suas ideias
ensino deve partir de estudos textuais para a nativistas, Chomsky reconhece a linguagem
produção de narrativas e descrições de acordo como característica geneticamente determina-
com as necessidades do aluno. Várias discipli- da e que, basta um mínimo conjunto de regras
nas se inter-relacionaram para auxiliar nessa presente na mente do falante para que ele possa
questão de aprendizagem da nova língua para aprender sistemas mais complexos. Para alguns
que todos tivessem suas ideias ouvidas, cola- autores existem ainda as teorias interacionais,
borando com o desenvolvimento do aprendiz. que combinam fatores inatos e ambientais para
Segundo Castro (1996), algumas teo- explicar a aprendizagem da língua.
rias foram elaboradas em relação à aquisi- Há também um consenso entre a maioria
Cadernos UniFOA
ção da língua estrangeira. A Psicolinguística dos estudiosos desse campo no fato de haver
Vygotskiana relaciona pensamento e lingua- uma maior dificuldade no aprendizado de uma
gem e enfoca a compreensão do processo de segunda língua na idade adulta. Um fato que
aquisição, não somente o produto deste1. pode explicar a dificuldade de aquisição da
O Modelo do Monitor aparece com língua estrangeira após a adolescência é a falta
Krashen, que enfoca a aquisição de uma nova de acesso à Gramática Universal por parte do
língua por adultos. Na teoria são descritos a aprendiz. Assim, a aquisição torna-se função
distinção entre aquisição e aprendizagem; a exclusiva do processo cognitivo.
edição nº 10, agosto/2009
ordem de aquisição da segunda língua diferen- Por um lado, possuir fluência numa lín-
te da língua materna; a motivação intrínseca gua significa também saber a realização ade-
do aluno, entre outros. quada de fonemas e entonação. Quanto mais
A Teoria dos Universais Linguísticos velho o aprendiz, menor flexibilidade ele terá
classifica os aspectos gramaticais específicos para a aprendizagem desses novos automatis-
de uma língua bem como as estruturas encon- mos. Já por outro lado, o conhecimento de um
tradas em todas as línguas. maior número de palavras e a capacidade de
A Teoria do Discurso deixa claro que, planejar discursos podem tornar-se mais fáceis
somente através da interação comunicativa do com a maturidade. O indivíduo adulto pode,
por exemplo, apoiar-se no uso da gramática, – Is it a book?
30 enquanto a criança chega às suas conclusões
por inferência. (...)
É importante que o professor esteja pre-
parado para uma situação comunicativa de – Is it a handkerchief?
ensino, em que promova o envolvimento do
aluno com os aspectos a serem adquiridos e Fiquei muito perturbado com essa per-
temas a serem discutidos. Dessa forma, o ob- gunta. Para dizer a verdade, não sabia o que
jeto a ser estudado torna-se mais familiar ao poderia ser um handkerchief; talvez fosse hi-
aluno e este, enquanto sujeito da linguagem, poteca... Não, hipoteca não. Por que haveria
torna-se cada vez mais seguro no momento de de ser hipoteca? Handkerchief! Era uma pa-
formular seus próprios discursos e consciente lavra sem a menor sombra de dúvida antipáti-
do conhecimento que possui. ca; talvez fosse chefe de serviço ou relógio de
pulso ou ainda, e muito provavelmente, enxa-
queca. Fosse como fosse, respondi impávido:
4. Ensino ↔ aprendizagem na
prática – No, it’s not!
(...) – Yes!
in the evening. She’s very hard-working and tância na atualidade, um novo idioma só é re-
she usually brings her laptop home and does almente compreendido a partir do momento
some more work after dinner. My father’s em que o aluno passa a entender os conteúdos
unemployed, so he doesn’t get up at the same comunicativos da língua e não somente seus
time as my mother. He stays in bed until 9.00. aspectos gramaticais. Ou seja, só realmente
I have a brother who really likes computers. tem-se o conhecimento da língua quando se
He has a job with a computer company. We conhece a cultura do povo. A gramática pre-
don’t have the same interests. He hates sport, cisa ser apresentada ao aprendiz de forma que
but I love it. He’s 21 years old and I’m 19. I’m ele veja a finalidade do aprendizado e saiba
como usufruir da nova língua para seu cresci-
32 mento profissional e pessoal.
Como professora de Inglês, tenho alunos
em diversas faixas etárias e, ao longo dos 4
anos lecionando a Língua Inglesa, pude per-
ceber a diferença no aprendizado do Inglês,
entre crianças, adolescentes e adultos. Alunos
mais velhos ou que começam a estudar uma
segunda língua mais tarde, podem ter maiores
dificuldades para quebrar alguns paradigmas
devido à cristalização de estruturas gramati-
cais da língua materna. Mas ainda assim, eles
podem aproveitar o fato de serem mais expe-
rientes e terem um maior vocabulário para,
consequentemente, construir discursos mais
complexos.
Independentemente da idade, o aluno
precisa estar motivado. Ele precisa ver como
o aprendizado pode ajudá-lo a transformar-se,
ele precisa saber aonde pode chegar e o que
é capaz de fazer. O aprendizado verdadeiro
de uma nova língua não ocorre simplesmen-
te com a repetição automática de enunciados,
mas com a relação que o aluno encontra com a
sua língua materna e sua realidade.
6. Referências
Palavras-chaves: Resumo
Teoria geral dos sistemas A Teoria Geral dos Sistemas, conhecida também como T.G.S.,
é uma teoria interdisciplinar, desenvolvida pelo biólogo alemão
Abordagem sistêmica Karl Ludwig Von Bertalanffy. Essa teoria nos possibilita uma
visão mais abrangente, em que podemos integrar diversos cam-
Instituições de ensino superior. pos do conhecimento. As Instituições de Ensino Superior têm
buscado apoio nos conhecimentos administrativos por ter a fun-
ção de tornar seus alunos agentes participativos nos processos
políticos e sociais.
The Systems Gerenal Theory, also known as T.G.S., is an System general theory
interdisciplinary theory developed by a german biologist Karl
Ludwig Von Bertalanffy. This theory enables us to a wide vison, Systemic approach
where we can integrate a lot of knowledge areas. The Higher
Education Institutes are looking for support in the administrative Higher education institutes
knowledge, because their function to turn their students in
participative agents in the political and social process.
1
Mestre e Docente do UniFOA. Graduado em Administração e Ciências Contábeis (UCL)
2
Bióloga, pós-graduada em Administração Pública - UCAM/RJ
3
Discente do Curso de Administração do UniFOA
• A procura para ordem e lei necessaria- próprias as quais não são encontrados em
34 mente envolve a indagação para as reali- nenhum dos elementos formadores, tomados
dades que absorvem estas leis abstratas e individualmente. É o que chamam emergente
ordem – a referência empírica delas. sistêmico, segundo CHIAVENATO (2004).
Ainda segundo o autor, do conceito de sis-
Essa teoria pode apresentar uma visão tema decorrem outro dois: o de propósito e o de
mais abrangente para estudar os campos não globalismo. Esses dois conceitos definem duas
físicos da ciência, especialmente das ciências características consideradas básicas do sistema:
sociais. Ela começou a ser aplicada na admi-
nistração devido à necessidade de uma síntese Propósito – todo sistema tem um ou alguns
e uma integração entre as teorias já existentes propósitos. Seus elementos formadores e os
e do aumento da informatização das organiza- relacionamentos definem uma organização que
ções. Por isso, deve-se identificar o maior nú- visa, sempre, a um objetivo ou uma finalidade.
mero possível de variáveis internas e externas,
que possam exercer algum tipo de influência Globalismo – todo sistema possui uma nature-
no processo (tomado como um todo) existente za orgânica, através da qual uma mudança em
na organização. uma das unidades do sistema acarreta mudanças
Segundo MAXIMIANO (2004), uma das nas outras unidades, devido ao relacionamento
premissas mais importantes desse enfoque é entre elas. O efeito total dessas mudanças acar-
a noção de que a natureza dos sistemas é de- retará em um ajustamento sistemático de todo o
finida pelo observador. É preciso aprender a sistema; este sempre reagirá globalmente.
delimitar as fronteiras dos sistemas para com-
preendê-los e manejá-los, isso se chama fazer O sistema pode ser estável, quando uma
recortes na realidade. parte compensa a outra; e instável, quando não
A Teoria de Sistemas utiliza o conceito há compensação, sendo subdividido em uma
do “homem funcional” em detrimento ao con- parte de crescimento e outra de decrescimento.
ceito do homo economicus da Teoria Clássica,
do “homem social” da Teoria das Relações
Humanas, do “homem organizacional” da Teoria 3. Tipo de Sistemas
Estruturalista e do “homem administrativo” da
Teoria Behaviorista, segundo CHIAVENATO Há uma variedade de sistemas e uma
(2004). Em suas ações, o “homem funcional” ampla tipologia para classificar, de acordo
mantém expectativas quanto ao papel dos ou- com suas características. Por exemplo, quanto
tros participantes e procura enviar aos demais as à sua constituição, os sistemas podem ser:
suas próprias expectativas de papel. Essa intera-
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ção altera ou reforça o desempenho, visto que Físicos ou concretos – quando são compostos por
as organizações são sistemas de papéis, onde os equipamentos, maquinário, coisas reais.
participantes desempenham funções.
A abordagem sistêmica “integra as fun- Abstratos ou conceituais – quando são com-
ções universais da administração, a aborda- postos por conceitos, hipóteses, ideias.
gem das funções do adminstrador e o plane- Os sistemas físicos e abstratos se comple-
jamento estratégico, levando em conta fatores mentam, pois os sistemas físicos precisam dos
externos”(MEGGINSON, MOSLEY e PIETRI abstratos para funcionar, e os sistemas abstra-
JR. apud ARAUJO, 2004). tos precisam ser aplicados a um sistema físico.
edição nº 10, agosto/2009
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Palavras-chaves: Resumo
Teoria geral dos O presente caso para ensino aborda temas relacionados à Responsabi-
sistemas lidade Sócio-Ambiental em ações praticadas pela Companhia Siderúr-
gica Nacional (CSN). Para tal, primeiramente é relatado o histórico da
Abordagem sistêmica empresa, começando por sua fundação como uma empresa estatal que,
após passar por um processo de privatização, tornou-se uma empresa
Instituições de ensino internacionalizada e de capital aberto. Em seguida, dentro desse con-
superior. texto, busca-se caracterizar a responsabilidade sócio-ambiental como
elemento do planejamento estratégico da empresa, bem como de sua in-
ternacionalização e da diversificação do campo de negócios. O objetivo
é discutir, no caso da empresa, como tais ações podem contribuir para a
sustentabilidade, trazer vantagens competitivas e auxiliar na ampliação
de seus negócios, principalmente, no exterior. Também estão incluídas
neste trabalho questões para discussão em sala de aula, assim como, no-
tas de ensino que, além de relacionar a literatura pertinente ao tema, são
finalizadas com depoimentos de especialistas em Meio Ambiente sobre
a importância dos programas de responsabilidade social empresarial.
Espera-se que este caso proporcione uma estimulante discussão junto a
alunos de graduação e de pós-graduação, em especial de programas lato
sensu, sobre um tema tão importante e atual.
This case for teaching addresses issues related to Social and System general theory
Environmental Responsibility in actions taken by Companhia
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Siderurgica Nacional (CSN). To do this, first reported the company’s Systemic approach
history beginning with its founding as a state body, after going through
a privatization process, has become an internationalized company and Higher education
traded. Then, within this context, we seek to characterize the social institutes
and environmental responsibility as part of strategic planning, as well
as internationalization and the diversification of the business field.
The objective is to discuss the case of the company, as such actions
can contribute to sustainability, bringing competitive advantage and
assist in growing their business, especially abroad. Also included
in this study questions for discussion in the classroom, as well as
edição nº 10, agosto/2009
1
Mestre e Docente do UniFOA. Graduada em Comunicação Social (SOBEU) e em Pedagogia (FERP)
2
Doutor em Administração - FEA/USP e Mestre em Administração - COPPEAD/UFRJ
3
Doutora em Administração - USP e Mestre em Administração - COPPEAD / UFRJ
1. Introdução siderado de alto impacto ambiental, e dentro
42 desse setor, a Companhia Siderúrgica Nacional
Na medida em que trouxe implícita a – CSN, objeto do presente caso para ensino.
evolução dos meios de comunicação e das Para a elaboração deste trabalho, foram
tecnologias de informação, a globalização utilizados documentos de diversas fontes,
influenciou também a conduta das empresas, dentre elas: Relatórios Anuais da CSN (2004
que passaram a observar com mais cuidado a 2005 e 2006); sites da CSN, da Vale e do
imagem que a organização transmite ao públi- Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS) além
co, pois seus atos passaram a ser mais divul- de entrevistas com a Gerente de Relações
gados e, portanto, mais sujeitos ao controle da Institucionais da Fundação CSN – FCSN e
sociedade. Esta passou, então, a ter uma ten- dois especialistas em Meio Ambiente.
dência crescente de esperar das empresas um
comportamento mais socialmente aceitável,
incluindo desde a responsabilidade de assumir 2. O Contexto Siderúrgico
pelos atos por ela praticados- entre eles pro-
blemas ambientais - até o envolvimento em A siderurgia é o ramo da indústria que se
problemas sociais básicos, participando ativa- dedica à obtenção e ao tratamento do ferro e do
mente do crescimento e bem estar social das aço. É uma indústria de base composta, em sua
comunidades onde estão inseridas. maioria, por empresas de grande porte. A cres-
Por outro lado, também é preciso consi- cente demanda por produtos de ferro e aço fez
derar que o ritmo acelerado com que o homem com que o setor evoluísse tecnologicamente e
vem consumindo os recursos naturais da Terra aumentasse sua produção. Em contrapartida, e
e poluindo a sua atmosfera, criou uma grande como decorrência da própria natureza dos pro-
preocupação com o meio ambiente e com o de- cessos siderúrgicos, que trabalham com altas
senvolvimento futuro da humanidade, que fica temperaturas e geram poeiras e gases, aumen-
evidenciado pelas sucessivas reuniões e even- taram também os problemas ambientais e os
tos, ocorridos a partir de 1972, sob o patrocínio riscos para os operários e para as comunidades.
da ONU, dos quais se destacam a Conferência Apesar dos protestos e dos movimentos sociais,
das Nações Unidas sobre o Ambiente Humano somente a partir da segunda metade do século
(Estocolmo, 1972) e o Relatório Brundtland XX é que as empresas siderúrgicas passaram a
(1987), também chamado de “Nosso Futuro investir mais em tecnologia e equipamentos, de
Comum” – que já consolidava o conceito de modo a reduzir a emissão de poluentes e aumen-
Desenvolvimento Sustentável, Rio 92 (Rio de tar a segurança de seus operários e da comuni-
Janeiro, 1992) – que lançou as bases para a dade, bem como diminuir o consumo relativo
Agenda 21 e o Protocolo de Kioto e Cúpula de matérias primas e insumos, principalmente a
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sobre Desenvolvimento Sustentável. água. Graças a esse fato, o aço é hoje o produto
Essa pressão por parte da sociedade mais reciclável e reciclado do mundo.
como um todo, juntamente com a preocupação O parque siderúrgico brasileiro em 2006
em relação à sustentabilidade, está se tornando era composto por 25 usinas operadas por 11
um dos fatores responsáveis pela criação nas empresas e dispunha de uma capacidade de
empresas de uma cultura de responsabilidade produção instalada de 36,5 milhões de tonela-
social que vai bem além da tecnologia e do pro- das de aço bruto/ano. Essa capacidade colocou
cesso produtivo, reconhecendo a importância o Brasil como o oitavo maior produtor mun-
dial de aço e o primeiro da América Latina.
edição nº 10, agosto/2009
tituindo a CSN LLC, nos Estados Unidos. e, em 1963, atingiu a marca de 1,3 milhões de
Hoje, a CSN, possui entre seus ativos uma toneladas/ano. Ainda em 1960, dois fatos so-
usina siderúrgica integrada, cinco unida- ciais relevantes ocorreram: foi fundada a Caixa
des industriais, sendo duas delas no exterior Beneficente dos Empregados da CSN – CSN
(Estados Unidos e Portugal), minas de mi- Previdência, entidade fechada, de previdência
nério de ferro, calcário, dolomita e estanho, privada, para os empregados da empresa, e foi
uma distribuidora de aços planos, terminais instituída a Fundação General Edmundo de
portuários, participação em estradas de ferro Macedo Soares e Silva, com a finalidade de
e em duas usinas hidroelétricas. manter a Escola Técnica de Congonhas, que a
CSN criou no município de Congonhas – MG. do Rio de Janeiro. O Governo se desfez de
44 No decorrer do tempo, o campo de atuação da 91% das ações da Companhia e o controlador
Fundação foi sendo ampliado e, em 1998, já atual, Grupo Vicunha, passou a ser um dos só-
como empresa privada, seu estatuto foi alte- cios controladores. A Companhia emite ADRs
rado, o nome foi mudado para Fundação CSN (American Depositary Receipts) de nível I
e passou a constituir o braço social da CSN, (mercado de balcão) na Bolsa de Nova Iorque.
com o objetivo de realizar ações voltadas para
a construção da cidadania junto às comunida- 3.2. A fase pós-privatização
des onde a empresa atua.
Dando sequência a um novo plano de Logo após a privatização, teve início
expansão, iniciado em 1974, a CSN alcançou um período de grandes investimentos com o
a capacidade de produção instalada de 2,5 objetivo de aprimorar a qualidade dos produ-
milhões de toneladas em 1977 e 4,6 milhões tos e aumentar a produtividade das unidades
de toneladas/ano, em 1989, com a constru- produtoras. Esse objetivo buscava capacitar a
ção do terceiro alto forno. No ano seguinte, empresa a competir no mercado, visando a sua
1990, com a implantação de novos processos recuperação financeira. Em contrapartida a de-
e novos equipamentos, a empresa se torna a missão de quase dez mil empregados, trouxe
maior produtora mundial de folhas metálicas, sérios problemas para a cidade de Redonda e
em uma mesma usina, com a marca de 1 mi- região, gerando uma grave crise social.
lhão de toneladas/ano. Nesse mesmo ano, o Em 1996, a empresa amplia o seu Volta
Governo Federal decide pela privatização da campo de atuação para os setores de infraes-
CSN e dá início ao processo de saneamento e trutura e logística, passando a participar dos
reestruturação, preparando-a para a venda. projetos de construção de duas novas usi-
Desde sua criação, na década de 1940, a nas hidroelétricas, do Porto de Sepetiba, em
CSN vem desenvolvendo políticas socialmente Itaguaí – RJ e da ferrovia MRS.
responsáveis. Na fase de implantação, devido Em 1997, com pouco mais de cinquen-
à pobreza do local escolhido para construção ta anos de existência, atinge a marca histórica
da usina e à orientação governamental, da épo- de 100 milhões de toneladas de aço produzi-
ca, a política era de total assistencialismo, que da. Nesse mesmo ano, outro fato importante
garantia, ao empregado e seus dependentes, acontece, a CSN passa a ter ações listadas no
moradia a custo simbólico, assistência médica nível II da Bolsa de Valores de Nova Iorque.
e odontológica inteiramente gratuitas, além de Os anos que se seguem são de aquisições
facilidades para aquisição de víveres, roupas, e crescimento. Em 1998, a empresa adquire a
mobiliário e utensílios domésticos. Até a dé- INAL e a Intermesa, duas importantes distri-
cada de 1960 esta política foi pouco alterada. buidoras de aço, que têm suas operações fun-
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A partir da década seguinte, com o passar do didas, dando origem à nova INAL, empresa
tempo, essa política foi sendo modificada e se que passou a fazer parte do grupo CSN. Em
adequando à realidade do país e do mundo. 1999, foi inaugurada a central de cogeração
Com relação ao meio ambiente, até a dé- termoelétrica na Usina Presidente Vargas, em
cada de 1970, as ações de preservação eram mí- Volta Redonda - RJ, que além de suprir 60%
nimas e não sistematizadas. Somente a partir de das necessidades de energia elétrica da usina,
1980, no Estágio III do Plano de Expansão, em representa um enorme benefício para o meio
que predominou a instalação de equipamentos ambiente, pois utiliza, na sua operação, gases
e tecnologia de origem japonesa é que as ações gerados no processo produtivo da usina que
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dados da empresa, no ano de 2006, foram in- o início de uma nova etapa de crescimento e
vestidos R$ 13 milhões em projetos sociais, diversificação, com o desenvolvimento do
beneficiando mais de 400 mil pessoas, em doze novo negócio de exportação de minério de fer-
municípios de cinco estados brasileiros. ro. Para viabilizá-lo, ao longo do ano, foram
Em relação ao meio ambiente, a CSN solicitadas as licenças ambientais para os pro-
herdou um grande passivo ambiental. Porém, jetos de ampliação da mina de Casa de Pedra
consciente da necessidade estratégica de cui- (Congonhas – MG) e para melhoria e amplia-
dar do meio ambiente celebrou acordo com a ção do Terminal de Carvão, em Itaguaí – RJ.
FEEMA (Fundação Estadual de Engenharia Foram solicitadas, também, as licenças para o
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A Tabela 1 mostra os dispêndios da empresa com meio ambiente entre 2004 e 2006.
O sistema de gestão ambiental da CSN produzido, em 1998, para 39,07 m3 por tone-
estabelece indicadores ambientais para a quali- lada, em 2006, ou seja, economizando mais de
dade do ar, para o consumo específico de água 61% desse insumo.
e para o controle de resíduos gerados. Com Os resíduos gerados em sua maioria são
relação à qualidade do ar, atualmente, os equi- reaproveitados seja como matéria prima na
pamentos produtivos da CSN que podem gerar própria empresa ou vendidos para outros seg-
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impactos atmosféricos contam com sistemas mentos industriais ou para a construção civil.
de controle de poluição próprios e específicos. Em 2006, dos 660 quilos de resíduos gerados
Além disso, a empresa dispõe de uma rede de por tonelada de aço produzida, 26% foram re-
monitoramento da qualidade do ar de Volta ciclados na própria empresa e 73% vendidos,
Redonda, formada por estações de monitora- gerando um faturamento de R$ 190 milhões.
mento que transmitem o Índice de Qualidade
do Ar (IQA) diretamente para a FEEMA, que 3.4. Resgatando erros do passado - CSN é
o disponibiliza, diariamente para os interessa- condenada a reparar danos ambientais de
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4. Considerações finais
1 – Discuta as ações sócio-ambientais desenvol-
As transformações sociais e econômicas vidas pela CSN, em suas fases de empresa esta-
observadas a partir da publicação do Relatório tal e empresa privada, tendo em vista os concei-
Brundtland têm afetado profundamente o com- tos de Filantropia e Responsabilidade Social.
portamento das organizações até então acos-
tumadas em sua maioria à pura e exclusiva 2 – De que forma a prática da responsabilidade
maximização do lucro. Pode-se perceber uma sócio-ambiental das organizações pode cola-
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preocupação cada vez maior por parte das em- borar para o fortalecimento da marca junto aos
presas e das comunidades, inclusive no Brasil, seus stakeholders e demais públicos de uma em-
sobre temas ligados à responsabilidade sócio- presa de siderurgia e, em especial, para a CSN?
ambiental. Observa-se o surgimento de novas
demandas e maior pressão por transparência 3 – Quais possíveis vantagens competitivas as
nos negócios, fazendo com que as empresas práticas de responsabilidade sócio-ambiental e
incorporem a ideia de responsabilidade sócio- de desenvolvimento sustentável podem trazer
ambiental às suas estratégias de negócios. para uma organização como a CSN? Que pa-
péis elas podem exercer para o crescimento e Finalmente, no que tange a dimensão de
internacionalização da empresa? apresentação, verifica-se que o caso pode ser 49
enquadrado no grau de dificuldade 2 em função
de sua relativa extensão de leitura. O caso ainda
6. Notas de Ensino apresenta informações relevantes não concentra-
das em um único ponto do texto, ou seja, exige
6.1. Metas de Aprendizagem uma leitura atenta por parte do leitor. Embora
haja um esforço em se organizar as informações,
O caso de ensino apresentado é prefe- verifica-se que a realidade existente no mundo
rencialmente destinado a alunos de cursos de prático proporciona informações e dados muitas
pós-graduação lato sensu e stricto sensu de ad- vezes espalhados pela linha do tempo, ou mesmo
ministração. Entretanto, pode ser também apli- pelos diversos departamentos da organização. O
cado em cursos de graduação de administra- caso tem por premissa explorar as temáticas:
ção, desde que respeitadas algumas limitações
de seus alunos (por exemplo, modificando-se • Responsabilidade sócio-ambiental
o grau de dificuldade das questões ou não as • Processo de internacionalização
aplicando em sua integralidade). • Estratégia
De acordo com a classificação proposta
por Ikeda, Veludo-de-Oliveira e Campomar Ressalta-se que a não inclusão da teoria
(2005), o caso em questão se enquadra como como elemento textual do caso baseou-se nos
um caso com foco de decisão posto que sua pressupostos de Mascarenhas et al (2007) que
finalidade pedagógica é despertar insights nos têm o entendimento de que o aluno ao qual se
alunos, sua disponibilidade de informação é destina tem domínio das teorias e disciplinas
suficiente e seus níveis de estruturação e de que envolvem a narrativa e, ainda, este é um
complexidade são moderados. formato que tende a ser mais desafiador, já que
Considerando-se as três dimensões de incita o aluno à reflexão dos aspectos organi-
dificuldade de casos (analítica, conceitual e de zacionais que ligam a teoria à prática.
apresentação) propostas pelo modelo deno- O caso possibilita ao leitor se colocar no
minado Case Difficulty Cube, (LEENDERS; lugar do tomador de decisões ou solucionador
MAUFFETTE-LEENDERS; ERSKINE, 2001) de problemas. Em especial, o caso apresentado
que contemplam o desenvolvimento de um caso, desafia e provoca o estudante a fazer uso de te-
verifica-se que o caso apresentado enquadra-se orias implícitas, analisando-as e colocando-as
no chamado grau de dificuldade 3 da dimensão em prática de modo a proporcionar o melhor
analítica. Tal enquadramento se justifica pelo resultado para a empresa.
fato do caso não fornecer uma pergunta especí-
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fica para a tomada de decisão, mas sim um con- 6.2. Análise do caso
junto de ações que deve ser objeto de análise e
discussão por parte dos alunos, inclusive poden- Para a análise deste caso, aconselha-se o
do resultar em sugestões de outras atividades a emprego de uma hora e meia, levando-se em
serem realizadas pela empresa (CSN). Já na di- consideração uma leitura prévia por parte da
mensão conceitual, pode-se dizer que o caso é turma, com vistas a uma melhor compreensão
compatível com o grau 2, pois embora os concei- do assunto. Previamente ao debate, devem ser
tos possam ser claramente entendidos pelos estu- formados grupos com não mais que quatro in-
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dantes após cuidadosa leitura – característica do tegrantes, de maneira que os alunos exponham
grau de dificuldade 1 – o tema é contraditório e seus pontos de vista e persigam um consenso.
polêmico sob o ponto de vista de alguns autores, Tal tarefa deverá ter um tempo médio de 30
não havendo ainda um consenso acerca das defi- minutos. Em seguida, o professor poderá pro-
nições de marketing social, nem tampouco para por que a turma se disponha na formação de
as de marketing para causas sociais. O caso ainda um círculo e em seguida inicie provocando e
exige conhecimentos simultâneos e de relativa mediando as opiniões. Essa etapa deverá du-
complexidade que o leitor deverá trazer consigo rar cerca de 30 minutos. Ao final, o professor
como pré-requisito ao estudo do caso. deverá realizar um fechamento, gastando um
tempo médio de 30 minutos. Nessa etapa, o uma empresa em prol da cidadania. Sua ética
50 professor poderá tecer comentários em relação social é centrada no dever cívico. As ações de
às decisões adotadas pelos membros do debate responsabilidade social são extensivas a todos
fazendo uma ligação entre tais propostas e os que participam da vida em sociedade – indiví-
pontos chaves da teoria. duos, governo, empresas, grupos sociais, mo-
vimentos sociais, igrejas, partidos políticos e
6.3. Conceitos teóricos outras instituições. A filantropia se baseia no
assistencialismo, que objetiva contribuir para
1 - Melo Neto e Froes (2004) consideram que a sobrevivência de grupos sociais menos fa-
a responsabilidade social surgiu com a filan- vorecidos. Sua ética social é centrada no dever
tropia e tem a ver com a consciência social e o moral. Suas ações partem de vontades e dese-
dever cívico, não é individual, reflete a ação de jos individuais.
Fonte: Melo Neto e Froes. Responsabilidade Social & cidadania empresarial: a administração do terceiro setor (2004, p28)
2 - Segundo Ashley (2002) “a nova realidade relação a seus “stakeholders”, pois cada vez
de mercado fez com que as empresas investis- mais essas empresas estão se defrontando com
sem mais em outros atributos hoje essenciais, a necessidade de incorporar a responsabilidade
além de preço e qualidade: confiabilidade, ser- social aos seus objetivos de lucro. “Para elas,
viço de pós-venda, produtos ambientalmente ação socialmente responsável já se transfor-
corretos e relacionamento ético da empresa mou em estratégia corporativa, deixando para
com seus consumidores, fornecedores e vare- trás o estágio de mera tendência.”
jistas, além da valorização de práticas ligadas
ao ambiente interno, como a política adotada 5 - Para Borger (2001), na década de 1980,
em relação à segurança de seus funcionários surgiu a teoria do stakeholder, que visa atingir
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brevivência das empresas no século XXI, numa Social Empresarial passou a integrar o desen-
clara alusão de com relação ao produto, “a qua- volvimento sustentável, dando origem a um
lidade é uma imagem que não mais se separa do novo conceito, cujo objetivo, segundo Tenório
impacto ambiental” (OTTMAN, 1983, p.8) (2004), é obter crescimento econômico com a
melhoria da qualidade de vida da sociedade,
4 - Segundo Trevisan (2002), percebe-se no por meio da preservação do meio ambiente e
Brasil, um movimento crescente de empresas pelo respeito aos anseios dos diversos agentes
que estão assumindo responsabilidades em sociais. Dessa forma, as empresas conquista-
riam o respeito e admiração de empregados, gias de informação, conecta tudo o que vale
consumidores, fornecedores e sociedade, ga- e desconecta tudo aquilo que não vale ou se 51
rantindo a sustentabilidade e a continuidade desvaloriza: pessoas, empresas, territórios, or-
dos negócios no longo prazo. ganizações. Por isso, a globalização é por vez
segmentação e diferenciação.”
7 – Ainda de acordo com Borger (2001), “as
questões éticas e sociais são complexas e volá- 11 – De acordo com Sanches (2000), fatos
teis, sendo extremamente difícil definir o que é como transformação na economia internacio-
um comportamento socialmente responsável, nal e globalização da produção e do consumo
com uma percepção clara do que é certo ou er- têm sido acompanhados de outras mudanças
rado, preto ou branco; as decisões são dicotô- como, por exemplo, um crescente grau de
micas. Depende do momento histórico, varia exigência dos consumidores, que por meio de
de cultura para cultura, constituindo-se num seu poder de compra, estão mudando a pró-
desafio para a gestão empresarial e determina pria sociedade quanto a valores e ideologias
a busca de modelos teóricos para engajar na que envolvem suas expectativas em relação
responsabilidade social. Algumas perguntas às empresas e aos negócios. “As empresas in-
são levantadas: As empresas devem ser res- dustriais que procuram se manter competitivas
ponsáveis pelo quê? Quanto é o suficiente? percebem cada vez mais que, diante das ques-
E quem decide? Não há respostas para essas tões ambientais, são exigidas novas posturas,
perguntas, não podemos apertar os botões au- num processo de renovação contínua.”
tomáticos e detonar um processo de reconstru-
ção moral e social para resolvermos os pro- 12 - Segundo Capra (2005), a teoria dos sis-
blemas sócio-ambientais que as empresas e a temas vivos é o melhor arcabouço científico
sociedade enfrentam; não existe um modelo para o estudo da ecologia. Essa teoria tem ra-
que sirva para todos.” ízes em vários campos da ciência e envolve
uma nova maneira de ver o mundo e uma nova
8 - Stakeholders – são todos os impactados forma de pensar, conhecida como pensamento
e interessados direta e indiretamente por um sistêmico, que significa pensar em termos de
negócio e que afetam estrategicamente o mes- relações, padrões e contextos- um novo con-
mo. De forma geral, podemos dizer que são junto de conceitos utilizados para descrever
stakeholders os seguintes atores: fornecedo- a complexidade dos sistemas vivos. Quando
res, clientes, comunidade, sociedade civil, go- essa nova forma de pensamento é aplicada ao
verno, etc. (HOMEM DA COSTA, 2007). estudo das múltiplas relações que interligam
os membros da Casa Terra, alguns princípios
9 – Capra (2005) sustenta que “a humanidade básicos, que esse autor denomina “princípios
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tem a capacidade de atingir o desenvolvimen- da ecologia”, podem ser reconhecidos, dentre
to sustentável, ou seja, a capacidade de atender os quais um se destaca pelos ensinamentos
às necessidades do presente sem comprometer que nele estão implícitos, e que se mostra tão
a capacidade das futuras gerações de atender necessário nos dias atuais: “a vida, desde o
às próprias necessidades”. seu início há mais de três bilhões de anos, não
conquistou o planeta pela força e, sim, através
10 - Para Castells (1999) “os processos estru- de cooperação, parcerias e trabalho em rede”.
turais da economia, da tecnologia da comuni-
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cação, estão, sim, cada vez mais globalizados. 13 - Para Melo Neto e Froes (2004), o ma-
Assim é o caso dos mercados financeiros, das rketing, tornou-se um imperativo de sucesso
redes produtivas e comerciais, das principais empresarial em qualquer setor de atividades.
empresas industriais, dos serviços estraté- Expandindo suas ações, alcançou recentemen-
gicos das empresas (finanças, publicidade, te o social, fazendo surgir um questionamento:
marketing), dos grandes meios de comunica- afinal, existe marketing social?
ção, da ciência e da tecnologia. Este sistema
global tem estrutura de rede que, valendo-se 14 - Segundo Zenone (2006) “o papel até en-
da flexibilidade proporcionada pelas tecnolo- tão do marketing, de satisfazer a necessidade
do cliente a qualquer custo, está se alterando 1 - Depoimento fornecido por Sonia Morcerf,
52 – e com isso vem incorporando a preocupação Gerente de Relações Institucionais da
com o bem estar social. Além de conhecer os Fundação CSN (FCSN).
consumidores, as empresas devem analisar o “O programa de Responsabilidade Social
impacto dos seus produtos no ambiente onde Empresarial, hoje, é tão requerido para se
são comercializados.” manter num mercado altamente competitivo,
como foram os programas e as certificações
15 - Segundo Etzel et al. (2001), hoje uma em- em Qualidade Total na década de 1990. Todo
presa orientada para o marketing “deve ter como o mercado quer se relacionar com empresas
filosofia satisfazer as necessidades dos consu- socialmente responsáveis e que minimizem
midores e, ao mesmo tempo, cumprir sua res- impactos negativos. A empresa deve prever
ponsabilidade social”. Essa situação requer um ações de responsabilidade social para, pelo
novo estágio que amplie a visão do marketing: menos, sete públicos de sua interface: empre-
a orientação social. A orientação social leva as gados, comunidade, meio ambiente, fornece-
empresas a incluir os conceitos de responsabi- dores, clientes, governos e acionistas [...]. E
lidade social e ética empresarial em suas prá- por último a empresa deve ser rentável para os
ticas de marketing. O marketing institucional seus investidores e acionistas, remunerando,
atua na sociedade onde a empresa está inserida adequadamente o capital investido na organi-
fisicamente ou através de seus produtos, com zação. Agindo dessa forma, as organizações
o objetivo de garantir a boa imagem da marca. gerenciam seus riscos, junto aos diversos pú-
No marketing institucional, o objetivo é formar blicos de interesse, e se tornam alvos de bons
uma boa imagem institucional (goodwill) pe- investimentos no mercado do mundo todo,
rante o público de interesse, que, mesmo que pois sua reputação e sua marca são reconheci-
indiretamente, auxilia na comercialização do das e requeridas.”
produto ou serviço. É no marketing institucio-
nal que há a aproximação da empresa com as 2 - Depoimento fornecido por Marcus Vinicius
causas sociais. A palavra institucional é usada Araujo (Mestre em Meio ambiente), profes-
para identificar as iniciativas através das quais sor e coordenador do Curso de Engenharia
uma empresa procura fixar no público uma Ambiental do Centro Universitário de Volta
imagem positiva. Para tanto, busca associar Redonda (UniFOA).
seu nome a determinados valores e conceitos “Produtos ambientalmente corretos ten-
consagrados pela opinião pública. A expressão dem a agregar, em seus preços, os custos com
marketing institucional deve ser classificada a proteção ambiental, fazendo com que os
como uma categoria geral, na qual a expressão mesmos sejam mais caros. [...] No Brasil, os
marketing de causas sociais está incluída. governos investem pouco em educação/cons-
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metidas com elas, o que na maioria das vezes muito desde a década de 1980, após a publi-
não é totalmente verdade”. cação do relatório da ONU sobre as questões
ambientais mundiais (Nosso Futuro Comum).
6.4. Depoimentos obtidos junto a especialis- Dessa forma, as empresas que investem em
tas em Meio Ambiente sobre a importância responsabilidade sócio-ambiental ganham
dos programas de responsabilidade social cada vez mais credibilidade, porque estão
empresarial aplicando os conceitos atuais de meio ambien-
te e desenvolvimento sustentável.”
7. Fontes Nota 2
ASHLEY, P. A. Ética e responsabilidade so- 53
ARAUJO, Marcus Vinicius. Estudo de Caso cial nos negócios. São Paulo: Saraiva, 2002.
CSN. Volta Redonda: 2007. Entrevista conce-
dida em 24 set. 2007. Nota 3
KOTLER, P. Marketing para organizações que
CARVALHO, Rita. Responsabilidade social não visam o lucro. São Paulo: Atlas, 1978.
empresarial e gestão ambiental: o caso da
CSN. 2008. 142 f. Dissertação (Mestrado em Nota 4
Administração) – Universidade Estácio de Sá, TREVISAN, F. A. Balanço social como ins-
Rio de Janeiro, 2008. trumento de marketing. RAEletrônica, São
Paulo, v. 1, n. 2, p. 1–12, 2002.
Companhia Siderúrgica Nacional – CSN.
Relatório anual 2004. Rio de Janeiro, 2005 Notas 5 e 7
_____ . Relatório anual 2005. Rio de Janeiro, BORGER, F. G. Responsabilidade Social: efei-
2006. tos da atuação social na dinâmica empresarial.
_____ . Relatório anual 2006. Rio de Janeiro, Tese (Doutorado em Administração) apresen-
2007. tada à Faculdade de Economia, Administração
e Contabilidade (FEA) da Universidade de
Companhia Siderúrgica Nacional – CSN. São Paulo. São Paulo: USP, 2001.
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MORCERF, Sonia. Estudo de Caso CSN. (Org.). Meio ambiente no século 21. Rio de
Volta Redonda: 2007. Entrevista concedida Janeiro: Autores Associados, 2005, p. 19-33.
Cadernos UniFOA
em 11 set. 2007.
Nota 10
RAVAGLIA, Rosana. Estudo de Caso CSN. CASTELLS, M. A era da informação: econo-
Volta Redonda: 2007. Entrevista concedida mia, sociedade e cultura. V.1 – A sociedade
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Nota 16
54 CREDIDIO, F. A. Empresas e marketing cul-
tural. Revista Marketing Cultural, São Paulo,
n. 72, p. 29-30, nov. 2002.
9. Bibliografia
Original
Fernanda Lopes Marinho 1 Paper
Lucas Mendes 1
Renata F. Carvalho 1
Mauro Tavares 2
Palavras-chaves: Resumo
The authors did a literature review,about aspects of semiology and Dissecting Aortic
histology,and the last one is the most important point to understanding the Aneurysm
pathology of dissecting aortic aneurysm.They also tell us about the sickness
itself,how it happens,how the pacient fells,clinical manifestations,how is Surgery
the treatment of the pacient on the beggining of the desease and the
surgery. Also,they report about a real case that hapenned at the Hospital Semiology
SAMAER in Resende,Rio de Janeiro. Cadernos UniFOA
1
Monitores da disciplina de Técnica Operatória do Curso de Medicina do UniFOA
2
Doutor e Docente do Curso de Medicina do UniFOA
total da parede do vaso) e a adventícia (cama- mento adequado, ou seja, uma medida clínica
56 da mais externa, constituída por tecido con- inicial para deter a progressão adicional da
juntivo com fibras elásticas) (JUNQUEIRA e dissecção e reduzir o risco de ruptura e lançar
CARNEIRO, 1974). mão de tratamento cirúrgico nos casos ade-
A aorta apresenta características pecu- quados (HURST, 1977).
liares. Admiravelmente constituída para resis- Assim, desenvolvemos este artigo, cujo
tir a pressão sistólica e iniciar a retração dias- principal objetivo é chamar a atenção para o
tólica, tem suas paredes nutridas pelos “vasa diagnóstico precoce do aneurisma dissecante
vasorum” originados de seus próprios ramos de aorta, identificando sua etiologia e os seg-
e também contém fibras pressoreceptoras cuja mentos aórticos acometidos, cotejando com a
estimulação produz “reação” vagal, com que- sua fisiopatologia.
da da pressão arterial e da frequência cardíaca
(GARDENER, 1988).
O aneurisma dissecante decorre da pene- 2. Revisão de Literatura
tração de sangue na parede da aorta, quase sem-
pre associada à ruptura da íntima, com dissecção 2.1 Definição
das fibras elásticas, separação das camadas e
formação de um “falso lúmen” de extensão va- Segundo BRAUNWALD, ZIPES, LIBBY
riável. Na dissecção aórtica, ocorre hemorragia, (2003, p. 1476):
com formação ou não de hematoma, na túnica
média da parede aórtica o que leva a uma sepa- a dissecção aórtica se inicia pelo desen-
ração das camadas. De extensão variável, pode volvimento súbito de uma laceração na
íntima aórtica, que expõe diretamente
ou não recanalizar para a luz verdadeira, não ne-
a camada ‘média comprometida subja-
cessitando, obrigatoriamente, de uma ruptura da
cente à força propulsora (ou pressão de
íntima para seu início (RESENDE, 1974). pulso) do sangue intraluminal. O san-
O aneurisma dissecante da aorta é mui- gue penetra na camada média compro-
to menos comum, mas bem mais grave que o metida, separando-a longitudinalmente,
infarto agudo do miocárdio, sendo as manifes- desta forma, dissecando a parede da
tações clínicas derivadas, principalmente, da aorta. O espaço preenchido por sangue
própria dissecção e da oclusão de ramos da entre as camadas dissecadas da parede
da aorta torna-se o falso lúmem.
aorta, com alterações nos órgãos terminais su-
pridos por estes vasos (HURST, 1977).
Conforme KNOBEL (2006, p. 436) “de-
Na fase aguda da doença, costuma surgir
fine-se dissecção da aorta como a delaminação
dor retroesternal lancinante, opressiva, sem
das suas paredes produzidas pela infiltração de
melhora com a medicação habitual, sendo
uma coluna de sangue que percorre um espaço
Cadernos UniFOA
GOLDMAN, Lee; AUSIELLO, Dennis Uma vez que haja suspeita diagnóstica
(2005, p. 534) conclui que “Uma anormalida- de dissecção aórtica em termos clínicos,
de em uma radiografia frequentemente levanta é essencial confirmar este diagnóstico
a primeira suspeita de dissecção aórtica. No com rapidez e precisão. As modalida-
entanto, os achados na radiografia de tórax são des diagnósticas disponíveis atualmente
para essa finalidade incluem a aortogra-
inespecíficos e raramente diagnósticos”.
fia, TC intensificada por contraste, IRM
e ecocardigrafia trasntorácica ou transe-
Segundo COLAFRANCESCHI (2008) sofágica. Quando se comparam as qua-
tro modalidades de imagem, deve-se
o diagnóstico diferencial é feito com iniciar considerando qual informação
infarto agudo do miocárdio,ruptura de diagnóstica é necessária [...].
aneurisma de seio de valsalva, aciden-
te vascular cerebral, abdome agudo
cirúrgico,embolia pulmonar, pericardi-
2.5.1 Ecocardigrafia Transtorácico/
te, insuficiência aórtica sem dissecção,
aneurisma da aorta sem dissecção, dor Transesofágico
musculoesquelética, trombo-embolia
arterial periférica. Para KNOBEL (2006, p. 439)
O ecocardiograma transtorácico é de
grande importância na dissecção aór-
2.5 DIAGNÓSTICO tica por ser um método disponível na
maioria dos hospitais, é barato e não in-
Conforme KNOBEL (2006, p. 439) vasivo. Sua principal vantagem é poder
Cadernos UniFOA
ser realizado à beira do leito e repetido
A suspeita clínica é a chave do diagnós- várias vezes. É muito mais sensível e
tico e fundamental para implementação específico nas dissecções do tipo A,
das medidas terapêuticas. Além da sus- sendo pouco informativo nas dissec-
peita clínica, o diagnóstico deve ser con- ções da aorta descendente.
firmado por exames de imagem. Nesses
exames são informações fundamentais: KNOBEL (2006, p. 439) relata que
LIBBY(2003,p.1483)“[...]Compreensivelmente,
na TC intensificada por contraste, a dis-
secção aórtica é diagnosticada pela pre- a preocupação com a segurança dos pacientes
sença de dois lumens aórticos distintos, instáveis levou muitos médicos a concluir que
visivelmente separados por um retalho o uso da IRM está relativamente contraindicado
da íntima ou distinguidos por um índice para os pacientes instáveis”.
de opacificação diferencial do contras-
te. [...] a desvantagem da TC é que o
local de laceração da íntima raramen- KNOBEL (2006, p. 440) afirma que
edição nº 10, agosto/2009
(2003, p. 1489)
Relata ainda o autor “[...] algumas vezes,
Apesar de pequenas variações de cen- é necessária a substituição da valva aórtica por
tro para centro, surgiu um consenso prótese, porque as tentativas de reparação da
razoável sobre a terapêutica definitiva valva não foram bem-sucedidas ou já existia
da dissecção aórtica nas últimas déca- uma valvopatia ou da síndrome de Marfan”.
das. Há uma concordância universal de
que o tratamento cirúrgico é superior
De acordo com GOLDMAN, Lee;
ao clínico para a dissecção proximal
AUSIELLO, Dennis,
aguda. Com a progressão ainda limita-
da da dissecção proximal, os pacientes
podem sofrer consequências potencial- sempre que uma dissecção aórtica en-
mente devastadoras, como ruptura da volver a aorta ascendente, está indica-
aorta ou tamponamento cardíaco [...]. do um reparo cirúrgico para minizar
o risco de complicações ameaçadoras
à vida, como ruptura, tamponamento
Ainda de acordo com BRAUNWALD,
cardíaco, insuficiência aórtica grave, ou
ZIPES, LIBBY (2003, p. 1489) acidente vascular cerebral. Pacientes
com dissecção aguda confinada à aorta
[...] os pacientes que desenvolvem dis- descendente estão sob um risco muito
secção aórtica aguda distal geralmente mais baixo destas complicações e ten-
têm menor risco de óbito precoce de- dem a evoluir tão bem com a terapia
corrente das complicações da dissecção medicamentosa quanto com a cirurgia.
do que aqueles com dissecção proxi-
mal. Ainda, como os pacientes com dis-
Completam ainda GOLDMAN, Lee;
secção distal tendem a ser mais velhos
AUSIELLO, Dennis “ Quando a dissecção do
e a ter uma prevalência relativamente
elevada de aterosclerose avançada ou tipo B está associada a uma complicação gra-
doença cardiopulmonar, com frequ- ve, no entanto, tal como isquemia de órgão-
ência o risco cirúrgico é consideravel- alvo, a cirurgia está indicada.”
mente mais alto.
ção orienta a seleção dos exames diagnósticos.” Hospital SAMER, Resende-RJ, às 15:45h do
dia 20/10/2008, com quadro de: ansiedade, e
queixando-se de dor precordial. Sem história
Explicam ainda BRAUNWALD, ZIPES,
pregressa de cardiopatia ou outras doenças. Ao
LIBBY (2003, p. 1489)
exame clínico: indivíduo ansioso, normolíneo,
massa: 78 kg, mucosas coradas, hidratadas,
Os objetivos da terapêutica cirúrgica
definitiva incluem a ressecção do seg- acianótico, anictérico, afebril com fácies ansiosa
mento mais intensamente danificado da (sentindo dor). Pressão arterial: 160 x 90 mmHg,
em ambos os braços; pulso: 155bpm. ACV: RCI
edição nº 10, agosto/2009
adrenérgico, e da pressão para que se permita Mestrado em Radiologia. Rio de Janeiro: FM/
uma pressão arterial mínima, porém, que man- CCS/UFRJ, 1993.
tenha uma perfusão tecidual satisfatória.
ROBBINS, Stanley L.; COTRAN, Ramzi
Em relação ao tratamento cirúrgico, os S.. Robbins e Cotran: patologia - bases pa-
autores Braunwald, Zipes, Libby (2003) e tológicas das doenças. KUMAR, Vinay
Goldman, Ausiello (2005) acreditam que exis- (Secundário); ABBAS, Abul K. (Secundário);
ta um consenso sobre a terapêutica definitiva FAUSTO, Nelson (Secundário). 7.ed. Rio de
da dissecção aórtica assim, quando a dissecção
edição nº 10, agosto/2009
Dissecção da Aorta: Novo tratamento para YAMADA, T.; TADA, S.; HARADA, J.:
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Dissection Substudy on Biomarkers (IRAD-
Bio) experience. Circulation,119(20):2702-7,
Cadernos UniFOA
2009 May 26.
Artigo
Érica Cristina Moreira Guimarães 1 Original
Lorena Silva dos Santos 1
Bruna Moraes de Jesus 1 Original
Natalia Almeida Pastana 1 Paper
Margareth Lopes Galvão Saron 2
Palavras-chaves: Resumo
The aim of work was evaluate the nutritional profile elderly women who Anthropometry
frequent the Third Age Faculty in São José dos Campos, São Paulo State,
Brazil. The research was a controlled transverse study constituted by 40 Alimentary Injury
elderly women with average age of 68.22 years old. It was carried out
Cadernos UniFOA
anthropometric evaluation (body mass index, waist circumference, waist-hip Elderly
ratio, triceps skinfold thicknesses and midarm circumference) and alimentary
injury. The results showed inadequacy of nutritional status for majority Nutritional Status
(52.5%) of the elderly women by body mass index, waist circumference
(75%) and waist-hip ratio (90%). The majority of elderly women presented
adequacy for fat and muscular tissue reserves. It was noted in this group a
low ingestion of alimentary fiber with average of 10.76 g. It is concluded
that prevailed the inadequacy of nutritional status, which indicate the higher
susceptibility to the morbidity and mortality and inadequacy of alimentary
fiber use by the elderly women.
edição nº 10, agosto/2009
1
Acadêmicas do Curso de Nutrição da Universidade do Vale do Paraíba, SP.
2
Docente do Curso de Nutrição da Faculdade de Ciência da Saúde, Universidade do Vale do Paraíba, SP.
idosos, no período de 1997 a 2007, apresentou O objetivo deste trabalho foi avaliar o
68 um crescimento relativo da ordem de 47,8%. perfil nutricional das idosas frequentadoras de
Em 2007, a PNAD revelou a existência no uma Faculdade da Terceira Idade do município
Brasil de quase 20 milhões de idosos, corres- de São José dos Campos, Estado de São Paulo.
pondendo a 10,5% do total da população.
A distribuição etária da população
mundial tem apresentado visível alteração 2. Metodologia
nas últimas décadas, em razão da expansão
da expectativa de vida e do consequente A pesquisa foi realizada na Faculdade
aumento de idosos, o que representa novos da Terceira Idade da Universidade do Vale do
desafios no campo da pesquisa nutricio- Paraíba (UNIVAP) de São José dos Campos,
nal. Esse fato gera maior necessidade em São Paulo, Brasil. O estudo foi transversal e
aprofundar a compreensão sobre o papel controlado, sendo aprovado pelo Comitê de
da nutrição na promoção e manutenção da Ética em Pesquisa da UNIVAP, parecer H168/
independência e autonomia dos idosos. Nas CEP/2008. O Termo de Consentimento Livre e
últimas décadas, a população brasileira vem Esclarecido foi obtido de todas as participantes.
mostrando importantes mudanças em seus Os critérios de inclusão das idosas foram:
hábitos alimentares e estilo de vida, exis- estar matriculada na Faculdade da Terceira
tindo uma escassez de informações sobre a Idade da UNIVAP, ser do gênero feminino, de
situação alimentar dos idosos. todas as etnias, com idade superior ou igual a
Com o envelhecimento, além do au- 60 anos, demonstrar interesse em participar da
mento da gordura corporal, observa-se redis- pesquisa e assinar o Termo de Consentimento
tribuição desse tecido, havendo diminuição Livre e Esclarecido. Os critérios de exclusão
nos membros e acúmulo preferencialmente na foram a presença de ascite e/ou edema.
região abdominal. A massa muscular tende a As medidas antropométricas utilizadas
diminuir, assim como há modificações no pa- neste estudo foram a massa corporal e a es-
drão de distribuição da gordura corporal, onde tatura, de acordo com a técnica recomendada
o tecido gorduroso dos braços e pernas dimi- por Lohman et al. Com os dados da massa
nui, no entanto aumenta no tronco. corporal e estatura, foi calculado o Índice de
A identificação do tipo de distribuição de Massa Corpórea (IMC) (WHO, 1995). O IMC
gordura corporal é importante, pois o acúmulo foi classificado de acordo com a Organização
de gordura na região abdominal apresenta es- Pan-Americana de Saúde – OPAS.
treita relação com alterações metabólicas, as A composição corporal foi determinada
quais podem desencadear o aparecimento de a partir da obtenção da prega cutânea tricip-
enfermidades como as cardiovasculares e dia- tal (PCT), da circunferência braquial (CB) e
Cadernos UniFOA
betes mellitus. Estudos evidenciam que, com da circunferência muscular braquial (CMB),
o avançar da idade, ocorre aumento da gordu- utilizando-se a seguinte equação: CMB (cm)
ra visceral e que a relação entre acúmulo de = [CB (cm) – (π x PCT (cm))] de acordo com
gordura abdominal e alterações metabólicas se o procedimento descrito por Lohman et al. Os
mantém com a idade. valores de referência para PCT e CMB foram
Dentre os métodos mais utilizados para do National Health and Nutrition Examination
a determinação de fator de risco coronariano, Survey (NHANES III).
destacam-se o índice de massa corporal (IMC), As medidas de circunferência da cintura
razão cintura quadril (RCQ), circunferência da (CC) e circunferência do quadril (CQ) foram
edição nº 10, agosto/2009
cintura (CC), índice de conicidade (IC) e me- aferidas conforme o procedimento descrito
didas de espessura de pregas cutâneas. por Lohman et al. A circunferência da cintu-
No âmbito educacional, as Universidades ra (CC) foi utilizada para classificar as idosas
Abertas à Terceira Idade têm favorecido a im- com relação ao risco de doenças crônicas e
plementação de recursos auxiliares, procuran- complicações metabólicas associadas à obesi-
do suprir a escassez de projetos sociais e edu- dade tendo como ponto de corte a CC ≥ 88 cm
cacionais mais densos e abrangentes para esta (WHO). A razão cintura-quadril (RCQ) foi ob-
faixa etária. tida dividindo-se o valor numérico da circun-
Legenda de figuras
40%
69
o ponto de corte para RCQ ≥ 0,85 (WHO). 35%
30%
15%
5%
do percentual de macronutrientes e de fibra 0%
100%
3. Resultados 90%
80%
70%
60%
Foram avaliadas 40 idosas, com média de 50%
RCQ das idosas estão apresentados na Tabela 1. Tabela 1. Valores médios dos parâmetros antropométricos das idosas.
Tabela 1. Valores médios dos parâmetros antropométricos das idosas.
Figura Figura 2. Distribuição
2. Distribuição dasdasidosas
idosas com
com relação
relação ao risco de doenças
Média (Desvio Padrão)
ao risco depor
cardiovasculares, doenças
meio cardiovasculares,
das medidas de por
circunferência da cintura (CC) e
Média (Desvio Padrão) n (40)
meio das medidas de circunferência da cintura
n (40) razão cintura
Massa quadril
Corporal (kg) (RCQ). 68,14 (± 12,01)
(CC) e razão cintura quadril (RCQ).
Massa Corporal (kg) 68,14 (± 12,01) Estatura (cm) 1,56 (± 0,084)
Estatura (cm) 1,56 (± 0,084) Índice de Massa Corporal (kg/m2) 27,93 (± 4,61)
Índice de Massa Corporal (kg/m2) 27,93 (± 4,61)
Circunferência
Comdarelação à PCT e CMB,
Cintura (cm)
observou-
95,83 (± 9,68)
Circunferência da Cintura (cm) 95,83 (± 9,68) Circunferência do Quadril (cm) 102,93 (± 8,53)
Circunferência do Quadril (cm) 102,93 (± 8,53) se queCintura-Quadril
Razão a maioria das idosas apresenta reservas
0,94 (± 0,058)
Razão Cintura-Quadril 0,94 (± 0,058)
adequadas de tecido adiposo braquial (80%) e
Tabela 2. Distribuição das idosas segundo a prega cutânea triciptal e
Tabela 1. Valores médios dos parâmetros
Tabela 2. Distribuição das idosas segundo a prega cutânea
dee tecido muscular
triciptal circunferência
braquial (60%) (Tabela 2).
muscular braquial.
antropométricos das idosas.
circunferência muscular braquial.
Cadernos UniFOA
Classificação N %
ambos
Eutrofia apresentaram valores acima
24 dos60%pontos
Tabela 2. Distribuição das idosas segundo a prega
edição nº 10, agosto/2009
de corte utilizados para a determinação de risco cutânea triciptal e circunferência muscular braquial.
à saúde em mulheres. A classificação nutricio-
nal das idosas pelo parâmetro IMC revelou a A análise da ingestão alimentar das ido-
prevalência (52,5%) de risco nutricional (bai- sas participantes da pesquisa está apresentada
xo peso, sobrepeso e obesidade) em relação ao na Tabela 3. Observa-se que as idosas con-
IMC normal (47,5%), conforme mostra a Figura somem em média 1455,38 Kcal, variando de
1. O percentual de ocorrência do risco nutricio- 889,82 a 2740,52 Kcal, enquanto o desvio-pa-
nal das idosas foi para a obesidade de 25%, so- drão foi de 482,82 Kcal. A média de distribui-
brepeso de 22,50% e baixo peso de 5%. ção percentual dos macronutrientes ingeridos
pelas idosas está dentro da faixa de normalida- a distribuição regional de gordura ou qualquer
70 de, porém verificou-se uma baixa ingestão de mudança na distribuição de gordura ocorrida
fibra
Tabelaalimentar com
3. Ingestão de média
calorias de 10,76
e nutrientes g. da Faculdade
pelas idosas da com o processo de envelhecimento, sendo
Terceira Idade.
considerado, portanto, um indicador pobre
Média (Desvio Padrão)
para avaliar riscos em idosos.
Energia (kcal) 1455,38 (± 482,82)
Fibra (g) 10,76 (± 16,18)
Os resultados do estudo feito por Cabrera
Distribuição dos macronutrientes e colaboradores ressaltam a importância da
56,89 (± 9,91)
Carboidrato (%)
27,09 (± 8,47)
aferição da RCQ como parâmetro antropo-
Lipídio (%)
Proteína (%) 16,47 (± 4,65) métrico de distribuição de gordura central na
Tabela 3. Ingestão de calorias e nutrientes pelas
análise de risco entre as idosas, cujo aumento
idosas
Legenda de figurasda
Faculdade da Terceira Idade. demonstrou ser um fator de risco para a mor-
talidade total.
50%
Os valores médios e a própria classifi-
4. Discussão
45%
40%
cação nutricional obtidos da CC e RCQ nes-
35%
te estudo, sugerem que as idosas apresentam
30%
25% Os valores médios encontrados de IMC risco para doenças cardiovasculares e distúr-
20%
3- SAMPAIO, L.R. Avaliação nutricional e enve- global epidemic. Report of a WHO Consultation
lhecimento. Rev. Nutr., v.17, n. 4, p. 507-514, 2004. Group on Obesity. Geneva; 1998.
Palavras-chaves: Resumo
in air at 1550 and 1575ºC, for 120 minutes, with controlled heating-
rate to facilitate organic compounds removal. Sintered samples were
characterized by relative density, and analyzed by X-Ray diffraction
and scanning electronic microscopy. Hardness and fracture toughness
were determined using Vicker’s indentation method.
1
Discente do Curso de Engenharia Mecânica - UNIFOA
2
Pós-Doutor em Biomateriais - EEL-USP
3
Doutor em Engenharia de Materiais - UFSCAR
4
Doutor em Engenharoa Mecânica - UNICAMP
5
Mestre em Engenharia de Materiais - EEL-USP
6
Mestre em Biotecnologia - IPEN
1. Introdução O objetivo deste trabalho foi o desenvol-
74 vimento e a caracterização de cerâmica à base
Ligas metálicas têm sido correntemente uti- de ZrO2, Al2O3 e Al2O3 -ZrO2 (80:20) % em
lizadas como materiais para coroas ou abutments peso, pela técnica gelcasting, visando à obten-
(pilares) em sistemas de próteses ou implantes ção de peças cerâmicas sinterizadas de geome-
osseointegráveis. Os materiais que se apresentam tria complexa para futuro uso em materiais de
para tais aplicações devem apresentar biocompa- sistemas de próteses dentárias.
tibilidade, não devem promover adesão de pla-
cas bacterianas, além de possuírem resistência,
permitirem forças oclusais do implante para o 2. Procedimentos Experimentais
osso, entre outras propriedades como resistência
a fadiga. Além das propriedades previamente Pós comerciais de alta pureza ZrO2-
descritas, um outro fator de extrema significân- (3mol.%Y2O3) (tamanho médio de partículas
cia é a estética, a qual facilita manter os aspectos de 0.65mm) contendo 15% vol. de fase ZrO2-
naturais dos dentes. Todas essas propriedades são Monoclinica (Tosoh Grade TZ3YSB-Japão) e
necessárias e se complementam visando a aplica- a-Al2O3 (A-1000 SG, Almatis-USA) (tama-
ções intraorais [1-3]. Um grande avanço tem sido nho médio de partículas de 0.45mm) foram
obtido pelo uso de sistemas “metal free”, a base usados como pós de partida. Três composições
de materiais cerâmicos. foram estudadas nesse trabalho, baseadas em
Os sistemas “all-ceramic” são atrativos pó ZrO2(3Y2O3) monolítico, pó de Al2O3 e
à comunidade odontológica devido à maior uma mistura de pós composta de Al2O3-ZrO2
resistência e resistência a abrasão melhor (80:20.%peso), previamente misturada/homo-
biocompatibilidade e estética quando compa- geneizada por moagem.
rados com restaurações metálicas e de resina Suspensões cerâmicas foram preparadas
[2,4]. Por outro lado, a aplicação de coroas para cada composição com cerca de 50 %vol.
ou pontes totalmente cerâmicas tem sido li- de carga sólida dispersa em água destilada,
mitada devido ao seu comportamento frágil, contendo 20% peso de monômeros previamen-
longos tempos de processamento e usinagem te misturados. Metacrilamida-MAM foi usada
[5-6]. Os materiais cerâmicos mais utilizados como monômero principal e metilenobisacri-
são alumina (Al2O3) e zircônia (ZrO2), devido lamida-MBAM foi o comonômero cruzado, a
a sua excelente biocompatibilidade e estética. uma razão molar de 3:1, ambos adquiridos da
A principal vantagem do Al2O3 é a alta dureza, empresa Acros Organics (Bélgica). Poliacrilato
resistência ao desgaste e estabilidade química, de amônia (Dispersal 130, Lubrizol) foi usado
enquanto o ZrO2 exibe maior resistência me- como defloculante e as suspensões foram mo-
cânica e tenacidade à fratura [7-8]. ídas em moinho de bolas por 15 minutos para
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Gelcasting é uma nova e atrativa técnica completa dispersão dos componentes da mis-
de conformação de cerâmicas, sendo um pro- tura. A concentração otima de defloculante foi
cesso de fabricação indicado quando se deseja previamente determinada por testes reologicos
produtos de complexa geometria com qualida- como sendo 0.8% em peso. Os pH’s das sus-
de superficial [9-12]. pensões foram ajustados para 9,0 com peque-
Nessa técnica, uma suspensão devida- nas adições de KOH (Synth) para melhorar a
mente homogeneizada e isenta de bolhas, con- dispersão. Pequenas quantidades de persulfato
sistindo de pós cerâmicos e uma solução a base de amônio - APS (iniciador, Acros Organics)
e tetrametilmetilenodiamida-TMED (catali-
edição nº 10, agosto/2009
Figura 2. Modelos de amostras de ZrO2 e Al2O3 obtidas pelo método gelcasting, após sinterização.
a) b) c)
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Figura 3. Difratogramas das amostras sinterizadas a 1575ºC: (a) Al2O3, (b) ZrO2 e (c) Al2O3 ZrO2.
Tenacidade
Temperatura de Módulo de Dureza
Amostras à Fratura
Sinterização (ºC) Elasticidade (HV)
KIC (MPa•m1/2)
A tenacidade à fratura das amos- toxicidade, ou seja, o material não causa dano
tras de zircônia foram maiores, alcançando ao crescimento celular periférico.
8MPa•m1/2 para os materiais monoliticos
e 6,2 MPa•m1/2 para os compósitos. Como
já foi dito, esses resultados ocorrem devido
a esse material exibir uma transformação de
edição nº 10, agosto/2009
6. Referências Bibliográficas
e em inglês) e título corrido, nome(s) do(s) conter uma clara afirmação deste cumprimen-
autor(es) e da(s) respectiva(s) instituição(ões) to (tal afirmação deverá constituir o último pa-
por extenso, com endereço completo apenas rágrafo da seção Metodologia do artigo). Após
do autor responsável pela correspondência. a aceitação do trabalho para publicação, todos
Todos os artigos deverão ser encaminhados os autores deverão assinar um formulário, a
acompanhados de disquete ou CD contendo ser fornecido pela Secretaria Editorial do Ca-
o arquivo do trabalho e indicação quanto ao dernos UniFOA – Pós-Graduação, indicando
programa e à versão utilizada (somente pro- o cumprimento integral de princípios éticos e
gramas compatíveis com Windows). Notas de legislações específicas.
rodapé não serão aceitas. É imprescindível o
Agradecimentos - Contribuições de Gramsci: a vitalidade de um pensamento.
80 pessoas que prestaram colaboração intelectual São Paulo: Unesp, 1998.
ao trabalho como assessoria científica, revi- f) Eventos (anais de conferências)
são crítica da pesquisa, coleta de dados entre Vitti G.C. & Malavolta E. Fosfogesso - Uso
outras, mas que não preencham os requisitos Agrícola. In: Malavolta E, Coord., SEMI-
para participar de autoria, devem constar dos NÁRIO SOBRE CORRETIVOS AGRÍ-
“Agradecimentos”. Também podem constar COLAS. Campinas,SP. Fundação Cargill,
desta parte agradecimentos a instituições pelo p. 161-201, 1985.
apoio econômico, material ou outros. g) Trabalho apresentado em evento
Declarações: o autor principal deve Bengtson S, Solheim BG. Enforcement of
enviar, via correio, declaração sobre a Con- data protection, privacy and security in me-
flito de interesses e Transferência de Direitos dical informatics. In: Lun KC, Degoulet P,
Autorais. Piemme TE, Rienhoff O, editors. MEDIN-
Referências: as referências devem FO 92. Proceedings of the 7th World Coan-
ser numeradas de forma consecutiva de acor- gress on Medical Informatics. Amsterdam:
do com a ordem em que forem sendo citadas North Holland; 1992. p. 1561-5.
no texto. Devem ser identificadas por números h) Dissertação e tese
arábicos sobrescritos (Ex.: Oliveira1). As refe- Rodriques GL. Poeira e ruído na produção
rências citadas somente em tabelas e figuras de brita a partir de basalto e gnaisse nas
devem ser numeradas a partir do número da úl- regiões de Londrina e Curitiba, Paraná:
tima referência citada no texto. As referências Incidência sobre os trabalhadores e Meio
citadas deverão ser listadas ao final do artigo, Ambiente. Tese (Doutorado). Universidade
em ordem numérica. Todas as referências de- Federal do Paraná.Curitiba, 2004.
vem ser apresentadas de modo correto e com- i) Outros trabalhos publicados
pleto. A veracidade das informações contidas · Artigo de jornal
na lista de referências é de responsabilidade Lee G. Hospitalizations tied to ozone
do(s) autor(es). pollution: study estimates 50,000 admis-
sions annually. The Washington Post 1996
Exemplos: Jun 21; Sect. A:3.
· Documentos legais
a) Artigos de periódicos Ministério do Trabalho e Emprego. Secre-
Hedberg B, Cederborg AC, Johanson M. taria de Segurança do Trabalho. Portaria
Care-planning meetings with stroke sur- N°. 25 de 29/12/1994. Norma Regula-
vivors: nurses as moderators of the com- mentadora N° 9: Programas de Prevenção
munication. J Nurs Manag, 15(2):214-21, de Riscos Ambientais.
2007. j) Material eletrônico
b) Instituição como autor · CD-ROM
European Cardiac Arrhythmia Society - Severino LS, Vale LS, Lima RLS, Silva
2nd Annual Congress, April 2-4, 2006, MIL, Beltrão NEM, Cardoso GDC. Repi-
Marseille, France. Pacing Clin Electrophy- cagem de plântulas de mamoneira visando
siol. Suppl 1:S1-103, 2006. à produção de mudas. In: I Congresso Bra-
c) Sem indicação de autoria sileiro de Mamona - Energia e Sustentabi-
Rubitecan: 9-NC, 9-Nitro-20(S)-campto- lidade (CD-ROM). Campina Grande: Em-
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