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Introdução--------------------------------------------------------------------------------------------------------3
Velhice: ciclo vital-----------------------------------------------------------------------------------------------3
Teorias sobre o envelhecimento psicossocial------------------------------------------------------------5
Teorias psicossociais de Eric Erickson, R. Peck e Buhler-----------------------------------------------6
Carreira profissional e os seus ajustamentos------------------------------------------------------------10
Casamento e os seus ajustamentos------------------------------------------------------------------------10
Família e os seus ajustamentos----------------------------------------------------------------------------10
A meia-idade e as tarefas evolutivas----------------------------------------------------------------------11
Aspetos estruturais e funcionais da meia-idade--------------------------------------------------------11
Processo de envelhecimento--------------------------------------------------------------------------------12
Velhice, aspetos sociais: A velhice e a sociedade-------------------------------------------------------13
Mitos da velhice-----------------------------------------------------------------------------------------------15
Aspetos sociológicos------------------------------------------------------------------------------------------20
Problemas sociais da velhice- A pessoa idosa no final do século XX -----------------------------22
Velhice, socialização e papéis sociais---------------------------------------------------------------------25
Velhice o os novos papéis sociais--------------------------------------------------------------------------26
O modo de vida das pessoas de idade--------------------------------------------------------------------27
Processo de envelhecimento/sensibilização à problemática da pessoa idosa-----------------28
Conclusão-------------------------------------------------------------------------------------------------------34
Referencias bibliográficas-----------------------------------------------------------------------------------35
1. Definições mais amplas do “eu” contra uma preocupação com papéis de trabalho:
São aqueles que definiram as suas vidas pelo trabalho, direcionando o seu tempo
à conquista de méritos profissionais pessoais;
2. Superioridade do corpo contra preocupação do corpo: Aqueles para que o bem-estar físico é
primordial à existência feliz, poderão ficar mergulhados no desespero ao enfrentarem a diminuição
progressiva da saúde, com a chegada da terceira idade, e o surgimento das dores e limitações físicas. Peck
afirma que ao longo da vida, as pessoas precisam de cultivar faculdades mentais e sociais que cresçam com
a idade.
3. Superioridade do “eu” contra uma preocupação com o “eu”: provavelmente o mais duro e mais
importante ajuste para o idoso seja a preocupação com a morte próxima. O reconhecimento do significado
duradouro de tudo o que fizeram ajudará a superar preocupação com o eu e continuarem a contribuir para
o bem-estar próprio e dos outros.
Charllotte Buhler
Estabeleceu uma diferença entre as vidas baseadas apenas na vitalidade e Mentalidade.
Através da sua teoria constata-se, portanto, que as pessoas se desenvolvem também após a juventude.
Uma pessoa permanece jovem na medida em que ainda é capaz de aprender, adquirir novos hábitos e
tolerar contradições.
A Teoria do Curso da Vida Humana de Charlotte Buhler explica que cada fase é definida
a partir de:
• Mudanças em termos de acontecimentos, atitudes e realizações durante o ciclo de vida;
• Forma como são geridos os objetivos pessoais de cada indivíduo.
Idade Fase
0-15 Criança/jovem vive em casa dos pais; não existe autodeterminação dos objetivos
pessoais
15-25 Expansão preparatória e autodeterminação experimental dos objetivos pessoais
25-45 Culminação: autodeterminação definida e específica dos objetivos pessoais
45-65 Autoavaliação dos resultados das tentativas e esforços para alcançar os objetivos
Pessoais
65+ Realização dos objetivos ou sensação de falhanço; as atividades prévias continuam,
Assim, como o indivíduo, a família passa por estágios de desenvolvimento, conduzindo ao crescimento
e à transição para um novo nível necessário e importante no ciclo vital: formação do casal, família com
filhos pequenos; família com filhos na escola; família com filhos adolescentes, família com filhos adultos.
Principais desenvolvimentos:
• As mulheres entram na menopausa
• Ocorre uma certa deterioração da saúde física e declínio da resistência e perícia
• Sabedoria e capacidade de resolução de problemas práticos tão acentuados
• A capacidade de resolver novos problemas declina
• Senso de identidade continua a desenvolver-se
• Dupla responsabilidade de cuidar dos filhos e dos pais idosos pode causar stress
• Partida dos filhos deixa o ninho vazio
• Para alguns, sucesso na carreira e ganhos atingem o máximo para outros ocorreu um esgotamento
profissional
Processo do envelhecimento
• Fatores ligados à idade (as mudanças biológicas que ocorrem ao longo dos anos)
• Fatores ligados à história (mudanças sociais, económicas e políticas, que alteram as condições
concretas de vida das pessoas)
• Fatores ligados aos acontecimentos de vida (variam de pessoa para pessoa relativamente à sua
ocorrência ou não, à sua forma e ao momento em que ocorrem)
Envelhecer acarreta perdas significativas para o indivíduo com a modificação do seu papel na
sociedade: perda da sua ocupação profissional, perda de parentes e amigos, o aparecimento de doenças
crónicas e alterações psicológicas e fisiológicas. Cerca de 85% das pessoas idosas apresentam uma ou mais
das seguintes doenças ou problemas de saúde: artrite; hipertensão arterial; cardiopatias;
comprometimento da audição comprometimentos ortopédicos; cataratas; diabetes; problemas ao nível
visual; alzheimer. O Organismo humano sofre uma contínua redução na capacidade de realizar suas
funções, sendo estas perdas naturais e inventáveis. No entanto, condições ambientais como o estilo de vida
parecem estar diretamente ligadas à forma e velocidade que este processo irá acontecer.
Estereótipo
Os estereótipos são crenças socialmente partilhadas a respeito dos membros de uma categoria social,
que se referem a suposições sobre a homogeneidade grupal e aos padrões comuns de comportamento dos
indivíduos que pertencem a um mesmo grupo social.
Estigma social
É uma forte desaprovação de características ou crenças pessoais que vão contra normas culturais. Estigmas
sociais frequentemente levam à marginalização.
Representações da Morte
Morte pode ser definida como sendo o cessar irreversível de:
1. Do funcionamento de todas as células, tecidos e órgãos;
2. Do fluxo espontâneo de todos os fluídos, incluindo o ar (“último suspiro”) e o sangue;
3. Do funcionamento do coração e pulmões;
4. Do funcionamento espontâneo do coração e pulmões;
5. Do funcionamento espontâneo de todo o cérebro, incluindo o tronco cerebral (morte encefálica);
6. Do funcionamento completo das porções superiores do cérebro (neocórtex);
7. Do funcionamento quase completo do neocórtex;
Podemos considerar a morte como a maior das crises que o homem enfrenta. Todos nós enfrentamos
crises, algumas superáveis outras não, e embora estejam sempre presentes há uma diferença que interfere
na possibilidade de seu enfrentamento; na terceira idade as perdas aceleram-se, sendo que o tempo para
as superar é menor. Pode ocorrer, no entanto, o idoso sentir-se incapacitado ou frágil para enfrentá-las
instalando-se assim uma crise mais séria. Mesmo considerando que envelhecer e adoecer não sejam
sinônimos, não podemos ignorar que determinadas doenças são mais frequentes em idosos.
Existem as doenças psicossomáticas e ainda as modificações orgânicas que não são doenças, ou seja,
tudo isto se reflete na autoestima. Todos os conflitos gerados por estas situações, geram a preferência da
morte em detrimento pela dor física ou psíquica. Como se não bastasse há ainda o preconceito contra o
envelhecimento, o sentimento de ser um fardo pesado a alguém.
Aspetos sociológicos:
Nas sociedades primitivas os idosos eram venerados, fonte de sabedoria e experiência, hoje houve
inversão de valores, os idosos são marginalizados e perdem a sua valorização social. A sociedade tem
assistido a mudanças em relação à imagem do idoso. Em parte, devido ao aumento da esperança média de
vida e os problemas decorrentes da falta de preparação quanto a que atitudes devem ser tomadas tanto no
que diz respeito a aspetos sociais de atenção a saúdem como a um sistema previdenciário que os apoie. O
ideal não é simplesmente prolongar a vida como a ciência tem feito, mas que haja condições favoráveis a
uma vida digna onde não haja omissão quanto às condições do idoso. A verdade é que a velhice não é um
problema social, mas a forma com que a sociedade tem lidado com ela tem trazido problemas socias. A
possibilidade de ações multidimensionais, tendo em vista as características da velhice e das suas
determinantes biopsicossociais assustam-nos, principalmente a partir do momento da nossa
conscientização que também passaremos por esse processo que nos coloca a uma pequena distância da
morte, responsável de nos banir de uma sociedade que pensamos depender de nós, mas que nos
transcende.
A morte biológica significa o fim do organismo humano, mas o ser social só deixa de existir a partir do
momento em que uma série de cerimónias de despedida é realizada e a sociedade reafirma a sua
continuidade sem ele. Existe grande diferença entre conceitos passados como sinônimos. Envelhecimento,
idoso e velhice distinguem-se quanto aos seus aspetos. O envelhecimento é o processo que ocorre durante
o curso da vida, onde há modificações biológicas, psicológicas e sociais. O ser humano modifica-se
somaticamente do nascimento até à morte. O idoso geralmente é especificado pelo tempo cronológico,
Ao pensar na sua morte, cada pessoa pode relacioná-la a um dos seguintes aspetos:
• Medo de morrer: Quanto à própria morte, surge o medo do sofrimento e da indignidade pessoal.
Em relação à morte do outro é difícil ver o seu sofrimento e desintegração, o que origina sentimentos de
impotência por não se poder fazer nada.
• Medo do que vem após a morte: Diante da própria morte existe a ameaçado desconhecido, do
medo de não ser e o medo básico da própria extinção. Em relação ao outro, a extinção invoca a
vulnerabilidade pela sensação de abandono. O que parece mais temido na morte depende da época de
vida de cada um e das circunstâncias do momento como, por exemplo: o perigo eminente devido a
situações externas de guerras, crimes violência; perturbações internas que ameaçam o sujeito, como
medos e fobias, ou mesmo a morte de alguém. Para alguns a morte amedronta, pois é vista como um fim
ou como perda da consciência idêntica ao adormecer, desmaiar ou perder o controlo. O medo da morte
pode conter também o medo da solidão, da separação de quem se ama, o medo do desconhecido, o medo
do julgamento pelos atos terrenos, o medo que possa ocorrer aos dependentes, o medo da interrupção dos
planos e fracasso em realizar objetivos mais importantes da pessoa. São tantos os medos, que algum sem
dúvida faz parte da nossa vida. Os fatores que mais influenciam, no sentido de conter o medo da morte,
são: a maturidade psicológica do indivíduo, a sua capacidade de enfrentamento, a orientação e o
envolvimento religioso que possa ter e a sua própria idade.
A velhice traz consigo a perspetiva da morte. Mesmo com o aumento da esperança de vida é sempre
um período finito. Esta finitude passa a ser mais consciente com a chegada da velhice. A perda dos amigos,
familiares e de pessoas de referência social reforça esta característica.
Envelhecer difere de indivíduo para indivíduo e também de país para país, assim como de uma região
para outra. Na verdade, o processo de envelhecimento depende em grande parte dos hábitos de vida do
indivíduo e dos seus comportamentos. Este pode ser encarado pelo idoso como o apogeu de uma vida ou
como um estado de decadência.
Velhice é uma fase do desenvolvimento marcada por múltiplas perdas, mortes concretas e simbólicas,
que demandam trabalho de luto. São perdas significativas que fazem parte dessa fase, mas não deixa de
haver possibilidade de aprendizagens e crescimento pessoal, pois a vivência do envelhecer depende tanto
dos recursos internos, quanto das condições de apoio oferecidas pela família e sociedade.
Condições de vida
A forma de viver-se a velhice está associada a várias questões que se interligam e que se tornam mais
complexas, porque uma das características desta etapa da vida é a sua heterogeneidade os sujeitos não
envelhecem de maneira igual, construindo suas próprias histórias de vida, com características e
dificuldades diferentes. Portanto, não se deve tratar a velhice de uma forma homogeneizada e que não se
leve em conta as diferenças.
Características de personalidade, competências e habilidades adquiridas ao longo da vida, estilo de
vida, apoio social, entre outras, são variáveis que estão presentes no envelhecimento bem-sucedido e na
qualidade de vida que se pode desfrutar na velhice.
• O envelhecimento é um processo natural que desperta muito medo e fantasias. É importante
ressaltar que o envelhecer com qualidade de vida está presente no desejo de todos, quer intrínseca quer
extrinsecamente, entretanto nem todos conseguem isto. Qualidade de vida na velhice implica em organizar
a vida dentro dos parâmetros definidos pelas limitações físicas e psicológicas.
• Estatuto do Idoso e a OMS (2003), implica garantir assistência à saúde, liberdade de escolha,
amigos, moradia, lazer entre outros. Ao referir-se à qualidade de vida, deixa claro que o conceito refere-se
à perceção do indivíduo quanto à satisfação em quatro áreas: social, afetiva, profissional e saúde. O
objetivo é enfatizar a qualidade de vida do idoso dentro dos parâmetros da velhice saudável, entendendo
assim que é intrínseca, porém também, deve-se considerar o contexto e as preferências do idoso.
Satisfação de viver
É óbvio que a velhice chega, mas há uma diferença muito grande entre envelhecer e envelhecer, o
envelhecer até uma coisa muito bonita, o que significa, experiência, sabedoria, vivência mesmo, o
diferencial dos envelhecimentos está na maneira de se envelhecer, da mente de cada um, já ouvi pessoas
dizerem do orgulho que tem de estarem na terceira idade, que envelhecer é uma dádiva de Deus, pois elas
se sentem felizes por chegarem a tal idade, com a satisfação de estar viva, de que mesmo que seus cabelos
estando brancos devido ao tempo que passou para elas, elas ainda amam a vida. A importância da família,
A reforma:
Traz para os indivíduos um conjunto de perdas que eram valores importantes, tais como o convívio com
os colegas, o “status” social de pertencer a uma organização, o poder de exercer influência sobre os outros,
O Apoio Domiciliário
Consiste na prestação de serviços, por ajudantes e/ou familiares no domicílio dos utentes, quando
estes, por motivos de doença ou outro tipo de dependência, sejam incapazes de assegurar temporária ou
permanentemente as satisfações das suas necessidades básicas e/ou realizar as suas atividades diárias. É
um tipo de apoio que conquistou muito adeptos, na medida em que se caracteriza pela prestação de um
serviço de proximidade com cuidados individualizados e personalizados. Além disso, é preservada a família
e a casa constituem para o idoso um quadro referencial muito importante para a sua identidade social.