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A Consulta do Adolescente

Rita Coutinho, Paulo Fonseca


Consulta de Medicina do Adolescente / HP-CHUC
22/11/2022
Sumário

❖ Adolescência: o porquê de uma abordagem diferente?

❖ Regras para o atendimento eficaz ao adolescente

❖ Conceito de entrevista biopsicossocial - HEEADSSSS

❖ Conclusões
Adolescência

▪ Adolescere(latim): “ad” (“para”) + “olescer” (“crescer”)

= “crescer para”

▪ Etapa da vida compreendida entre os 10 e os 19 anos, na qual tem lugar


o crescimento pubertário e desenvolvimento dos caracteres sexuais
secundários, assim como a aquisição de novas habilidades sociais,
cognitivas e emocionais (OMS)
Adolescência

▪ Grupo etário entre os 10 e os 24 anos


▪ Autonomia mais tardia: Apesar de muitos privilégios legais da vida adulta
começarem aos 18 anos, a adoção das responsabilidades e do papel de
adulto geralmente acontece mais tarde… prolongamento dos estudos, 1º
emprego em idade mais tardia dependência financeira dos pais,
constituem família mais tarde
▪ Desenvolvimento cerebral continua além dos 20 anos…
Adolescência
Mudanças
▪ Físicas
✓ Mudança do corpo em tamanho, forma e vigor
✓ Funções mais complexas – capacidade de reprodução
▪ Psíquicas (cognitivas, emocionais)
✓ Desenvolvimento pensamento abstrato, capacidade em projetar-se
no futuro e de avaliar as consequências dos seus atos
✓ Descoberta pessoal, estabelecimento de uma identidade
▪ Sociais
▪ Diminuição da dependência da família
▪ Transferência para o grupo de pares parte da dependência que
antes mantinham com a família
Adolescência

▪ Estas mudanças ocorrem num curto espaço de tempo

Momento de crise (= mudança)

Maior vulnerabilidade e risco


Mudanças Psíquicas e Sociais
Pensam e sentem como os adultos. Mas não raro se comportam como crianças!

Explicação neurobiológica
(regiões cerebrais responsáveis pela autorregulação amadurecem mais tardiamente, presença de alterações
bioquímicas)

✓ substância cinzenta diminui devido ao corte das sinapses

✓ substância branca aumenta devido ao aumento na mielina

✓ Entre a perda e a refinação das sinapses, a massa total do cérebro permanece


relativamente constante, mas o funcionamento vai se aprimorando devido às
mudanças estruturais e químicas
Mudanças Psíquicas e Sociais

▪ A maturação do cérebro ocorre da região posterior para a anterior.

▪ A última região a amadurecer é o córtex pré-frontal

✓ capacidade de projetar o futuro, concentração, reconhecimento dos riscos, inibição de impulsos e empatia

▪ Alterações bioquímicas

▪ o prazer é proporcionado pela dopamina

▪ Os adolescentes possuem um terço dos recetores para dopamina. Por isso, precisam de
experiências mais intensas (que estimulem mais a libertação da substância) para sentir prazer

▪ Essa mudança é a principal responsável pela maioria dos comportamentos típicos do adolescente
Porquê falar em Medicina do Adolescente?
❖ Para o sucesso terapêutico é necessário conhecer os aspetos práticos
do seu desenvolvimento físico, cognitivo, social, emocional e moral das
várias fases da adolescência.

❖ Estar atualizado nas “novas modas”

❖ Ameaças ao estado de saúde

▪ Pressões externas face ao desenvolvimento

▪ Maior frequência de comportamentos de Risco (IST, drogas, acidentes)

▪ Exploração / experimentação física e social

❖ População com Mortalidade e Morbilidade Específicas


Mortalidade na Adolescência
Mortalidade na Adolescência
Principais causas Mundo (OMS)
Maioria pode ser evitada
1ª acidentes de viação com bons serviços de
2ª Infeções respiratórias baixas saúde, educação e apoio
social (OMS)
3ª Suicídio

Em Portugal … Causas
Evitáveis
INE,2008 (15-19A) – 15.9/100000 INE,2006-2010 (15-19A) –
(55% dos óbitos /faixa etária) 1º - Acidentes 344 mortes por
> 50% relacionados com o
abuso de álcool e drogas
acidentes
NES,2001-2005 (14-24A) – 219
mortes por suicídio; Tentativas de suicídio
OMS, 2004 (15-19A Port) – 2º - Suicídio +++
2.6/100000 (♂) Comportamentos
0.9/100000 (♀) autolesivos … … !!?
Mortalidade na Adolescência
Morbilidade na Adolescência
❖ Gravidez

❖ ISTs/Sexualidade

❖ Consumos /Experimentação

❖ Obesidade

❖ Doença Psiquiátrica

❖ Acne

❖ Pert. Adaptação

❖ Pert. Crescimento/Desenvolvimento
Morbilidade emergente na Adolescência

▪ Doença psiquiátrica
✓ 10-20% dos adolescentes europeus

✓ Depressão (+ frequente),ansiedade, esquizofrenia, dist. psicóticos (pandemias patológicas do futuro


num mundo globalizado

✓ Aumento da violência, consumo crescente de drogas, aumento da dependência internet/ telemóvel


Morbilidade emergente na Adolescência
▪ Patologia Respiratória

▪ Síndrome Metabólico

▪ Síndrome da fadiga crónica

▪ Consequência das tecnologias de informação e comunicação

✓ Internet Gaming Disorder (DSM-V)


✓ Cyberbullying
✓ Depressão do facebook, istagram
✓ Tendinites, olho seco, cefaleias, bursite, síndrome túnel cárpico, epicondilite (polegar do blackberry,
wiitis, síndrome do ecrã…)

▪ Outras patologias
✓ Vigorexia, ortorrexia, alcoolrexia
✓ Hipoacusia
✓ Deformações maxilo-faciais (piercings, mastigação de pastilhas)
✓ Consumismo
✓ Novos comportamentos de risco… “novos desafios nas redes sociais”
Morbilidade emergente na Adolescência
Morbilidade emergente na Adolescência
Morbilidade emergente na Adolescência

Vigorexia

Ortorrexia
Morbilidade emergente na Adolescência

Desafio inspirar preservativo


Comportamentos auto- mutilação,
Desafios Tik Tok baseado em personagem BD

Desafio Tide Desafio baleia azul Desafio da Momo Desafio Squid Game
Os Serviços de Saúde
❖ Devem dar resposta ás necessidades de saúde dos adolescentes, de modo integrado,
acessível e eficiente, num ambiente adequado

❖ Deve ser garantida a confidencialidade e promovida a autonomia, para que o


adolescente se sinta responsável pela sua saúde de uma forma integral

❖ Acesso gratuito garantido

❖ Dia para a “Consulta do Adolescente”

❖ Adequar sala de espera (decoração, panfletos)

❖ Local da consulta deve ser acessível ao adolescente

✓ Acesso desburocratizado

✓ Horário flexível, tendo em conta horários escolares. Tempo de consulta adequados


Os Serviços de Saúde

▪ Abordagem global, somática e psicossocial, realizada em espaço


próprio que respeite a sua privacidade e autonomia e com
profissionais interessados, disponíveis e com formação adequada

Evita a duplicação de consultas e proporciona uma maior adesão


terapêutica, com menor absentismo escolar / laboral

(Adolescent Friendly Health Services- An agenda for change, OMS 2002)


Aspetos práticos do Atendimento

❖ Criar empatia na 1ª consulta: fundamental

✓ Cumprimentar o adolescente em 1º lugar, estabelecer diálogo


preferencialmente com ele, mas reforçar que a família também tem um papel
importante

✓ Apresentarmo-nos como profissionais que atendem adolescentes

✓ Perguntar por que nome deseja ser tratado (registar)

✓ Ser atento, interessado, genuíno e simpático, linguagem clara

✓ Escutar atentamente o adolescente, abster-se de efetuar juízos de valor,


escrever pouco
Aspetos práticos do Atendimento
“Novas Regras” (1ª consulta e relembrar nas próximas)
▪ A privacidade e a confidencialidade deverão ser explicadas ao adolescente e aos pais e
asseguradas as exceções – crime, risco de vida para o próprio ou outro/abuso.
❖ A confidencialidade aumenta a capacidade do adolescente para facultar informação e a
perceção do adolescente que está a ter um atendimento adequado
▪ “Novas responsabilidades”: papel ativo e principal na sua saúde, autonomia
▪ 1ª Consulta: adolescente e família
✓ Averiguar motivo da consulta, focar nas queixas/problemas iniciais, HDA
✓ Antecedentes pessoais e familiares
✓ Perceção da dinâmica familiar
Preocupações
✓ Pais – aliados terapêuticos do
adolescente e
✓ Abordagem biopsicossocial da família

▪ Momentos a “sós”
✓ Depende da fase de desenvolvimento, do desejo do adolescente
✓ Antes do acompanhante sair perguntar por preocupações relativas ao adolescente
Aspetos práticos do Atendimento
EXAME FÍSICO

❖ Pode ser protelado na 1ª consulta se necessário

❖ Pode revelar verdadeiro motivo da consulta

❖ Respeitar privacidade, assegurar normalidade, explicar previamente

❖ Oportunidade para avaliar crescimento e desenvolvimento pubertário,


esclarecer dúvidas, iniciar diálogo sobre temas íntimos
Aspetos práticos do Atendimento
EXAME FÍSICO

➢ Ambiente reservado: proteger a intimidade do adolescente


❖ Gabinete com cortina / biombo

❖ Acompanhante presente ou não (respeitar a vontade do adolescente)

❖ Adaptar à idade, género e circunstâncias particulares


Avaliação psicossocial
❖ A história psicossocial pode ser tão importante como o exame físico

❖ Uma adequada história psicossocial possibilita a deteção precoce de


problemas, podendo reduzir significativamente a morbilidade e mortalidade
na adolescência

❖ Vários métodos

▪ “FACTORES” = Família, Amizades, Colégio, Tóxicos, Objetivos, Riscos, Estima


,Sexualidade

▪ HEADSS

▪ HEEADSSS(S)
HEADSS
▪ Acrónimo original tem sido expandido … HEEADSSSS

▪ Estrutura de história que maximiza a comunicação e minimiza a


ansiedade do adolescente

▪ Temas mais fáceis em 1º, mais delicados em 2º

▪ Objetivos

❖ Identificar fatores protetores e de risco

❖ Pode revelar verdadeiros motivos de consulta

❖ Identificar problemas não verbalizados espontaneamente


HEADSS
➢ Quando iniciar a sós a entrevista?

▪ Atender á fase de desenvolvimento biopsicossocial, adaptar caso a caso

▪ Quando existirem sinais das alterações físicas / psicológicas associadas à puberdade:

✓ Rapariga – 10.5 A (8.5-12.5); Rapaz – 12.0 A (10.0-13.5)

➢ Não é obrigatório numa 1ª consulta

➢ Não usar de forma rígida

➢ Fazer abordagem baseada em pontos fortes

➢ Fazer perguntas abertas, não fazer juízos de valor

➢ Partilhar preocupações – por ex “estou preocupado que o consumo diário de haxixe venha a ser
um obstáculo para alcançares o teu objetivo de entrar na marinha…”
HEEADSSSS
H Habitação
E Educação
E Eating
A Atividades
D Drogas
S Sexualidade
S Suicídio
S Segurança
S Strenghts
HEEADSSSS – Habitação (Home)
 Onde vive, com quem, relacionamentos

 Árvore genealógica (ajuda a compreender problemas médicos e relações


familiares )

 Antecedentes Familiares (história doenças psiquiátricas, violência, consumos,


acontecimentos- chave na família)

 Dinâmica familiar (relacionamentos, regras, castigos, alterações recentes,


responsabilidades)

 Adulto de referência (protetor ++)

 ´”Screening” uso de computadores, Tv, vídeo jogos, telemóveis

Mau exemplo:
Mau ex. porquê? Bom exemplo:
“Vives com os pais?”
Pais divorciados, falecido(s), “Onde vives?”
“Os teus pais dão-se bem lá em
abandono casa… “Quem é que vive lá em casa contigo?”
casa?”
HEEADSSSS – Educação/Emprego(Education)

 Escola: ano, local, aproveitamento

 Relacionamento com colegas e professores

 Atividades extra-curriculares

 Planos futuros / trabalhos part time

 Absentismo. Mudanças escolares e motivos

Mau exemplo: Bom exemplo:


“Como está a correr a escola?” Mau ex. porquê? “Fala-me da tua escola”
99% responderá ok “Quais as disciplinas que mais
gostas?”, Qual a mais difícil para
ti?
HEEADSSSS – Eating(hábitos alimentares)
 Padrão alimentar (diário das últimas 24h)→ alerta para obesidade e distúrbios
alimentares

 Exercício compulsivo? Comportamentos Compensatórios?

 Imagem corporal “ o teu peso ou a tua forma corporal causa-te algum stress?”

 Antec. familiares de obesidade / PCA

Mau exemplo: Mau ex. porquê? Bom exemplo:


“O que costumas comer?” Perguntas fechadas não “Vamos recordar o que comeste
“Gostas do teu corpo?” possibilitam explorar PCA durante o dia de ontem…”
“ Estás magra de mais!” Não fazer juízos de valor “O que pensas sobre o teu
peso?”
“Diz-me o que gostas mais e o
que gostas menos no teu corpo”
HEEADSSSS- Atividades (Activities)
 Hobbies, desportos, grupos, redes de suporte

 Amizades ou sua falta

 Modos de diversão / saídas noturnas

 Televisão / video-jogos / computador → Controlo parental? (redução


morbilidade)

 Preocupa se não nomeiam um amigo, isolamento, sem atividades

Mau exemplo: Bom exemplo:


“Tens alguma atividade extra- Mau ex. porquê? “O que fazes para te divertir?”
curricular?” responderá sim ou não “O que fazes com os teus amigos
Perguntas em aberto para se divertirem?”, “E com os
pais?” e “sozinho?”
HEEADSSSS- Drogas (Drugs)
 Tipo de drogas: tabaco/cigarros eletrónicos, álcool, drogas ilegais,
Mau exemplo:
esteroides anabolizantes, benzodiazepinas, psicoestimulantes, “novas “Já alguma vez fumaste
alguma coisa? “
substâncias psicoativas”… “Quando sais à noite bebes
bebidas alcoólicas?”

 Circunstâncias (casa, escola, festas…), quantidade, frequência, “vias”


de consumo
Bom exemplo:
“Que tipo de drogas é que
 Outros comportamentos de risco : “CRAFFT”(questionário de triagem) existem perto da escola, ou
nos locais que frequentas
com os amigos?”
C = Já andaste num CARRO (CAR) conduzido por alguém (inclusive tu próprio) que estava “alcoolizado” ou tivesse “ Algum dos teus amigos
consumido droga ou álcool? consome droga , fuma ou
R = Já consumiste drogas ou bebeste álcool para RELAXAR, (RELAX) sentires-te melhor ou para te “enturmares”? bebe álcool? Aconteceu
A = Já bebeste ou consumiste drogas quando estavas SOZINHO (ALONE)? alguma situação em que te
F = Já ESQUECESTE (FORGET) coisas que fizeste enquanto bebias ou consumias drogas? tenhas sentido pressionado
F = A tua família ou AMIGOS (FRIENDS) já te disseram que devias beber menos ou consumir menos drogas? pelos teus amigos a
T = Já te meteste em PROBLEMAS (TROUBLE) enquanto estavas a consumir drogas ou a beber? consumir?”

≥ 2 Sim Alto Risco


Abuso/Dependência
substâncias

Encaminhamento especializado
HEEADSSSS- Sexualidade (Sexuality)
Mau exemplo:
“Já tens namorada?”
“Já alguma vez tiveste relações sexuais?”

 Parte mais sensível da entrevista Bom exemplo:


“Há alguém de quem gostes ou que seja
para ti especial ? Como se chama?”
 Afetos e AS “Na tua idade há rapazes e raparigas que
já iniciaram atividade sexual, o que pensas
 Conhecimentos IST, contracepção, fertilidade sobre isso?”

 Idade de início da AS; Companheiro (s); Proteção ?

 Antec. de ISTs, gravidez, AS forçada, sob efeito de drogas e/ou


desprotegida ?

 Abuso sexual? Prostituição? Sexting? Partilha imagens íntimas via


telemóvel, chats ou redes sociais
HEEADSSSS- Suicídio (Suicide)/ Depressão

alterações apetite / comportamento alimentar, sentimentos de culpa ou “já


não vale a pena”, irritabilidade, ansiedade, adinamia, isolamento social

❖ Ideação ou Plano Suicida

❖ Antecedentes pessoais ou familiares de tentativa de suicídio, S. depressivo ou outra


doença mental

Score ≥ 3: boa sensibilidade e especificidade na deteção da depressão major nos adolescentes


HEEADSSSS- Suicídio (Suicide)/ Depressão

❖ Aumento dos consumos, “acidentes“ recorrentes, queixas


Mau exemplo:
“Já te passou pela cabeça suicidar-te?”
psicossomáticas

❖ Evitar contacto visual na consulta Bom exemplo:


“Vejo aqui alguns rapazes e raparigas
que se sentem tão tristes que desejam
❖ Preocupação / interesse sobre a morte e sobre rituais fúnebres desaparecer, o que achas sobre isso?”
HEEADSSSS- Segurança (Safety)

 Prevenção acidentes: uso de capacete, cinto segurança

 Bullying, ciberbullying (vítima, agressor)

 Violência: doméstica; namoro, desporto

 Abuso sexual

 Antecedentes de comportamentos violentos


HEEADSSSS- Strenghts

❖ Qualidades do ponto de vista


▪ Próprio
Bom exemplo:
▪ Família “Quais as qualidades que mais aprecias num
amigo? E tu , achas que és assim?”

▪ Amigos

▪ Médico (identificar ao longo de toda a entrevista)


Sinais de Alarme
❖ Isolamento com agressividade

❖ Isolamento dos colegas

❖ Má relação com pais e professores

❖ Suspeitas fundamentadas de comportamentos de Risco

❖ Quebra inesperada/inexplicada do rendimento escolar

❖ Faltas injustificadas à escola

❖ Alteração do padrão do Sono

❖ Perda ou aumento ponderal intenso e inexplicado

❖ Fugas/ saídas de casa sem permissão

❖ Conversas ou piadas sobre suicídio


Conclusão
Objetivos do Atendimento ao adolescente
❖ Estabelecimento de empatia/adequada relação terapêutica

❖ Assegurar a privacidade e a Confidencialidade

❖ Avaliar o grau de desenvolvimento psicossocial do adolescente

❖ Identificar o real/reais problemas

❖ Incentivar a autonomia do adolescente

❖ Responsabilizar o adolescente pela sua saúde, incentivando a adoção de


estilos de vida saudáveis

❖ Prevenir / Promover Cuidados antecipatórios

❖ Reduzir a morbilidade/mortalidade na adolescência


Obrigada

7472@chuc.min-saude.pt
pediatrapaulofonseca@chuc.min-saude.pt
Bibliografia

1. Adolescent Friendly Health Services – An agenda for change, OMS, 2002.

2. Requisitos para o atendimento ao adolescente. Consenso da Secção de Medicina do Adolescente da Sociedade


Portuguesa de Pediatria.

3. Neinstein e col.. Adolescent Health Care – A practical guide. 5th edition. Philadelphia.Lippincott Williams & Wilkins; 2008.

4. Klein D, Goldenring JM, Adelman WP, HEEADSSS 3.0 The psychosocial interview for adolescentes updated for a new
century fueled by media. Comtemporary Pediatrics.January 2014.

5. Goldenring JM and Rosen DS. Getting into adolescent heads: An essential update. Contemporary Pediatrics. 21(1):64-90.

6. Pasqualini D, Llorens A. Manual de Adolescencia y Salud Un abordaje Integral. Ediciones Journal.2016

7. Sacks D, Westwood M. An approach to interviewing adolescentes.Paediatr Child Health Vol 8 No9. November 2003

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