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SAÚDE DA CRIANÇA

E ADOLESCENTE
PARTE 2
 Gravidez Precoce
 DST / Aids
 Abortamento
GRAVIDEZ PRECOCE

A gravidez precoce Poe em risco de vida tanto a mãe quanto o


recém nascido. Na faixa dos 14 anos a mulher ainda não tem
estrutura óssea e muscular adequada para o parto e isso
significa uma alta probabilidade de risco para ela e para o feto.
 O medo da gravidez leva muitas adolescentes a solução de
aborto clandestino.
 A mídia e o próprio PSF apontam os riscos físicos de uma
gravidez precoce para a adolescente, os riscos psíquicos dessa
experiência, os prejuízos sociais para jovem mãe, o
afastamento do grupo de amigos e ao adiamento do projeto
escolar.
DST/ AIDS
 O desconhecimento da transmissão do HIV
em adolescente esta relacionado aos amigos
como fonte principal de informações. A
proteção contra a AIDS esta associadas a
alguns fatores, entre eles é a confiança em
seu parceiro de namoro, instrumento perfuro
cortantes quase sempre no uso de drogas, ter
vários parceiros sexuais e principalmente a
falta de informação
DESENVOLVIMENTO COGNITIVO
 CAPACIDADE DE RACIOCINAR ESTÁ EM DESENVOLVIMENTO, LHES
PROPORCIONA NOVO NÍVEL DE CONSCIÊNCIA SOCIAL E
JULGAMENTO MORAL.

 À MEDIDA QUE OS ADOLESCENTES SE TORNAM CAPAZES DE


AVALIAR SEU PENSAMENTO, COMEÇAM A IMAGINAR O QUE
OUTRAS PESSOAS PODEM ESTAR PENSANDO SOBRE ELES.

 À MEDIDA QUE AS FACULDADES COGNITIVAS AMADURECEM,


MUITOS ADOLESCENTES COMEÇAM A PENSAR SOBRE O QUE É
POSSÍVEL EM TERMOS IDEAIS. POR ISSO PASSAM A CRÍTICAR A
SOCIEDADE, OS PAIS E ATÉ MESMO SUAS PRÓPRIAS DEFICIÊNCIAS.
OS DESAFIOS DO ADOLESCENTE
Þ Consolidação da identidade

Þ Escolha profissional

Þ Escolha amorosa

ÞIntegração às estruturas socioculturais da sociedade em


que se vive
VIOLÊNCIA
INTRAFAMILIAR
DEFINIÇÃO:

A violência doméstica ou intrafamiliar


caracteriza-se por toda a ação ou omissão que
prejudique o bem-estar, a integridade física,
psicológica ou a liberdade e o direito ao pleno
desenvolvimento de um membro da família
 Constitui-se em um fenômeno democrático
mundial que atinge diferentes classes sociais,
religião, idade e grau de escolaridade,
especialmente:
mulheres, crianças, adolescentes, idosos e
portadores de deficiência.
CONTEXTO
 A violência intrafamiliar expressa dinâmicas de
poder/afeto, nas quais estão presentes relações
de subordinação-dominação.
 Nessas relações – homem/mulher, pais/filhos,
diferentes gerações, entre outras – as pessoas
estão em posições opostas, desempenhando papéis
rígidos e criando uma dinâmica própria, diferente
em cada grupo familiar.
QUEM É O RESPONSÁVEL???
 Quando se fala de violência intrafamiliar, deve-se
considerar qualquer tipo de relação de abuso
praticado no contexto privado da família contra
qualquer um dos seus membros.
 As estatísticas são eloqüentes ao assinalar o
homem adulto como autor mais freqüente dos
abusos físicos e/ou sexuais sobre meninas e
mulheres.
 No entanto, o abuso físico e a própria negligência
às crianças são, muitas vezes cometidos pelas
mães, e no caso dos idosos, por seus cuidadores.
CLASSIFICAÇÃO:
FÍSICA= Atos violentos, intencionais, com uso da
força física, objetivando lesar a vítima, deixando
ou não marcas evidentes e não raro conduzindo
à morte. Segundo concepções mais recentes, o
castigo repetido, não severo, também se
considera violência física.
PSICOLÓGICA= Toda forma de rejeição,
depreciação, discriminação, desrespeito,
cobranças exageradas e punições humilhantes,
com conseqüentes
danos ao desenvolvimento biopsicossocial do
indivíduo.
CLASSIFICAÇÃO
 NEGLIGÊNCIA/ABANDONO– omissão dos pais ou de
outros responsáveis (inclusive institucionais) pela
criança e pelo adolescente, quando deixam de prover
as necessidades básicas para seu desenvolvimento
físico, emocional e social.
 O abandono é considerado uma forma extrema de
negligência.
VIOLÊNCIA CONTRA CRIANÇAS E
ADOLESCENTES
 Pesquisa realizada entre maio de 1997 e maio de
1998, na região metropolitana, de Porto Alegre
identificou 1.754 casos. Destes, 80% ocorreram
dentro de casa.
 As situações mais freqüentes atingiram crianças
de zero a três anos e de nove a 12 anos, sendo
que apenas 263 vítimas receberam alguma forma
de tratamento.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS = DIVERSAS
 Transtornos na pele, mucosas e tegumento:
 contusões e abrasões, principalmente na face,
lábios, nádegas, bravos e dorso
 lesões que reproduzam a forma do objeto agressor
(fivelas, cintos, dedos, mordedura)
 equimoses e hematomas no tronco, dorso e
nádegas, indicando datas diferentes da agressão
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
 Transtornos músculo-esqueléticos
 fraturas múltiplas – ossos longos em diferentes
estágios de consolidação, secundarias à torção
com sacudidelas violentas, com rápida aceleração-
desaceleração
 fraturas de costelas em menores de dois anos;
fraturas de crânio ou traumatismo craniano por
choque direto ou sacudidas vigorosas
(síndrome do bebê sacudido), concomitantes
com edema cerebral
 convulsões, vômitos, cianose, apnéia e alterações
de déficit motor.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
 Transtornos genito-urinários
 lesões na área genital e períneo: observar
presença de dor, sangramento, infecções,
corrimento, hematomas, cicatrizes, irritações,
erosões, assaduras, fissuras anais, hemorróidas,
pregas anais rotas ou afrouxamento do esfincter
anal, diminuição do tecido ou ausência himenal,
enurese, encoprese, infecções urinárias de
repetição sem etiologia definida
ANAMNESE
 A criança geralmente apresenta-se agressiva,
podendo demonstrar medo a um adulto ou
mostrar-se retraída, com baixo rendimento
escolar, distúrbios do apetite e evitando contato
social.
 A criança cronicamente agredida pode fugir do
lar, tornar-se delinqüente até tentar suicídio.
 História incompatível com as lesões ou com o
estágio de desenvolvimento da criança, supostos
e repetitivos acidentes, atraso na procura de
assistência médica são situações sugestivas de
maus-tratos.
COMO PROCEDER?????

 Geralmente, o agressor é alguém muito


próximo da criança ou do adolescente (mãe,
pai,padrasto, etc)
 A orientação educativa é fundamental nessas
situações, evitando julgamentos e atribuições de
culpa visto que o agressor possivelmente também
precisará ser alvo de atenção e ajuda
COMO PROCEDER?????
 Os profissionais de saúde devem tomar as
medidas clínicas emergenciais cabíveis.
 É importante avaliar o risco imediato de
reincidência, algumas vezes cabe indicar
internação, especialmente se há risco de vida
pela revelação.
 Caso não haja Conselho Tutelar no local onde
reside a criança ou o adolescente, as notificações
devem ser encaminhadas ao Juizado da Infância e
da Juventude, à Vara da Família
A VIOLÊNCIA CONTRA
CRIANÇAS E ADOLESCENTES
MANIFESTAÇÕES DA VIOLÊNCIA:
• VIOLÊNCIA FÍSICA;
• NEGLIGÊNCIA;
• VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA;
• VIOLÊNCIA SEXUAL
A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA FÍSICA

 USO INTENCIONAL DE
FORÇA FÍSICA
 ATOS DE OMISSÃO
INTENCIONAIS ,
 NÃO ACIDENTAIS COM O
OBJETIVO DE FERIR,
DANIFICAR OU DESTRUIR A
CR/ADOLESCENTE ,
DEIXANDO OU NÃO MARCAS
EVIDENTES
 O local do corpo mais acometido: Pele
 Tipos de lesões :

Desde escoriações, hematomas até queimaduras de


1º a 3º graus.
 Quando a agressão for através de instrumento , este
pode ser identificado por sua forma.

 A determinação da idade da lesões contribui para a


suspeita do diagnóstico , pois são comuns lesões de
idades diferentes.
Hematomas
Lesão roxa (< 3 dias)

Lesão pardo-esverdeada
(entre 3 e 7 dias)

Lesão amarelada e amarelo-


amarronzada(entre 7 e 30
dias)
 Queimaduras por imersão em líquido fervente são
utilizados como forma de castigo e podem deixar
marcas de luvas ou botas.

 O períneo queimado pode ser consequência de


banhos de assento em água fervente como treino
de controle de esfíncteres.

 Marcas de cigarro obrigam ao diagnóstico


diferencial com impetigo.
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CONSEQUÊNCIAS PSICOLÓGICAS

• Crianças de até cinco anos de idade com


histórico de punição e restrição física na família
atingem escores mais altos em questionários de
morbidade psiquiátrica infantil.

• A violência física crônica costuma resultar em


quadros psicopatológicos mais graves.

• Punição física grave está associada a problemas


de saúde mental nos escolares .
QUADRO DE DIFICULDADES
ESCOLARES;

REPETIÇÃO DOS QUADROS DE


VIOLÊNCIA;

USO DE DROGAS;

QUADROS DEPRESSIVOS;

DELINQUÊNCIA;

BULLYING.
CONSEQUÊNCIAS PSICOLOGICAS

 DISTÚRBIOS PSICOSSOMÁTICOS GASTROINTESTINAIS


CRÔNICOS;
 ANSIEDADE;
 ISOLAMENTO SOCIAL PROGRESSIVO;
 DISTÚRBIOS DO SONO E DO APETITE;
 DIFICULDADE DE RELACIONAMENTO;
 BAIXA PERFORMANCE SOCIAL E INTELECTUAL
NEGLIGÊNCIA

Ato de omissão do responsável pela criança ou


adolescente em prover as necessidades básicas
para seu desenvolvimento .

• NEGLIGÊNCIA QUANTO À INTEGRIDADE FÍSICA;


• NEGLIGÊNCIA AFETIVA;
• NEGLIGÊNCIA COMO REPARAÇÃO DE CULPA;
• ABANDONO
VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA

Rejeição,Depreciação,
Discriminação, desrespeito...

Pela sutileza do ato e pela


falta de evidências imediatas
é mais difícil ser identificada.
A VIOLÊNCIA SEXUAL

 Qualquer forma de contato


ou interação entre uma
criança ou adolescente e
alguém em estágio
psicossexual mais avançado
do desenvolvimento, na
qual a criança ou o
adolescente são usados
para estimulação sexual do
perpetrador.
TRÊS ASPECTOS EM COMUM DENTRE DEFINIÇÕES
DE VIOLÊNCIA SEXUAL:

 (1) A IMPOSSIBILIDADE DE UMA DECISÃO POR


PARTE DA CRIANÇA OU ADOLESCENTE SOBRE SUA
PARTICIPAÇÃO NA VIOLÊNCIA;

 (2) O USO DESTES POR PARTE DO ADULTO PARA


A PRÓPRIA ESTIMULAÇÃO SEXUAL;

 (3) O ABUSO DE PODER EXERCIDO PELO ADULTO,


CUJO COMPORTAMENTO COERCITIVO NÃO PODE
SER IDENTIFICADO FACILMENTE
A VIOLÊNCIA SEXUAL
 A violência sexual cometida contra crianças e adolescentes ocorre
principalmente na família

 Maior impacto cognitivo- comportamental para a criança e ou


adolescente

• A diferença de idade deve ser pelo menos 5 anos entre a vítima e o


agressor, se esta tiver até doze anos de idade, para se caracterizar uma
situação de violência sexual

• Para as vítimas acima de 13 anos a diferença deve ser de pelo menos 10


anos.

• A diferença de idade não deve ser, entretanto, a principal exigência


para o diagnóstico:
Continuação ...
• É a relação de poder estabelecida entre abusador e
vítima que caracteriza essa interação

• A violência sexual é desencadeada e mantida por uma


dinâmica complexa. O agressor pode utilizar-se de seu
papel para iniciar o abuso de forma sutil.

• Nem sempre a criança identifica a situação como


inadequada.

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