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ASSISTÊNCIA

AO
RECÉM-NASCIDO

SALA DE PARTO
ASSISTÊNCIA AO RECÉM-NASCIDO

Ø ASSISTÊNCIA IMEDIATAMENTE APÓS O PARTO – SALA DE PARTO

• Assistência por profissional capacitado


ü Médico (preferencialmente pediatra ou neonatologista)
ü Profissional de enfermagem (enfermeiro obstétrico/obstetriz ou neonatal)

• Em situações onde não é possível a


presença de um médico pediatra, é
recomendada a presença de um profissional
médico ou de enfermagem adequadamente
treinado em reanimação neonatal.
• Os estabelecimentos de saúde que mantenham profissional de enfermagem
habilitado em reanimação neonatal no momento do parto, deverá possuir em sua
equipe de retaguarda, durante 24 horas um médico pediatra ou neonatologista.

• Realizar o índice de Apgar ao primeiro e quinto minutos de vida, rotineiramente.

• Coletar sangue de cordão para análise de pH em


recém-nascidos com alterações clínicas, tais
como respiração irregular e tônus diminuído.

• Não fazer a coleta de maneira rotineira e


universal.
ASPIRAÇÃO OROFARINGEANA

• Não se deve aspirar boca e nariz de neonatos que


tem líquido amniótico claro e que começam a
respirar espontaneamente após o nascimento. Sonda de aspiração n° 4,6 ou 8

• Não se recomenda realizar a passagem


sistemática de sonda nasogástrica e nem retal
para descartar atresias no recém-nascido
saudável.
ASPIRAÇÃO DAS VIAS AÉREAS SUPERIORES

Esse procedimento é bastante invasivo, pois é a colocação de uma sonda


pelo nariz e pela boca do recém-nascido para sugar secreções.
A Recomendação da OMS estabelece que um bebê nascido de líquido
amniótico claro (sem mecônio) e que inicia a respiração por si só não
deve ter a boca e nariz aspirados.
As Diretrizes Nacionais de Assistência ao Parto Normal do Ministério da
Saúde não recomenda a aspiração orofaringeana e nem nasofaringeana
sistemática do recém-nascido saudável.
CLAMPEAMENTO DO CORDÃO

• Realizar o clampeamento do cordão umbilical


entre 1 a 5 minutos ou de forma fisiológica
quando cessar a pulsação, exceto se houver
alguma contra indicação em relação ao cordão
ou necessidade de reanimação neonatal.
CLAMPEAMENTO TARDIO DO CORDÃO UMBILICAL

Enquanto o cordão umbilical ainda pulsa o bebê continua recebendo um


aporte de sangue importante para sua saúde e oxigênio necessário para
uma transição respiratória suave.
A Recomendação da OMS determina que deve-se aguardar ao menos 1
min após o parto para o clampeamento do cordão, já a Portaria de
atenção ao RN do Ministério da Saúde determina que deve-se esperar a
cessação da pulsação, que pode ocorrer de 1 a 5min após o parto.
PROFILAXIA DA OFTALMIA NEONATAL

• A profilaxia da oftalmia neonatal deve ser realizada de rotina nos


cuidados com o recém-nascido. O tempo de administração da
profilaxia da oftalmia neonatal pode ser ampliado em até 4 horas
após o nascimento.

• Recomenda-se a utilização da pomada de eritromicina a 0,5% e,


como alternativa, tetraciclina a 1% para realização da profilaxia
da oftalmia neonatal.

• A utilização de nitrato de prata a 1% deve ser reservado apenas


em caso de não se dispor de eritromicina ou tetraciclina.
Colírio para profilaxia (conjuntivite por gonorreia e clamídia)

O colírio de nitrato de prata serve para proteger a conjuntiva do bebê da bactéria da


gonorreia (só gonorreia), que no bebê causa a oftalmia gonocócica do recém-nascido, mas
o problema é que ele é cáustico e causa incômodo no bebê e conjuntivite química em 20%
dos casos.
A OMS não menciona a necessidade de utilização desse colírio em bebês de forma
rotineira.
Já o Ministério da Saúde se manifestou sobre o tema nas Diretrizes Nacionais, e colocam
a profilaxia da oftalmia neonatal como procedimento de rotina nos cuidados com o recém-
nascido, sendo recomendada a utilização da pomada de eritromicina e, como alternativa,
tetraciclina; o nitrato de prata apenas deve ser usado em caso de falta das substâncias
anteriores.
VITAMINA K

• Todos os recém-nascidos devem receber vitamina K para a profilaxia da doença


hemorrágica.
• A vitamina K deve ser administrada por via
intramuscular, na dose única de 1 mg, pois este
método apresenta a melhor relação de custo-
efetividade.
Se os pais recusarem a administração intramuscular,
deve ser oferecida a administração oral da vitamina K.
A dose oral é de 2 mg ao nascimento ou logo após,
seguida por uma dose de 2 mg entre o quarto e o sétimo
dia.
OUTROS CUIDADOS COM O RN

ü Estimular as mulheres a terem contato pele-a-pele imediato com a criança logo após o
nascimento.
ü Cobrir a criança com um campo ou toalha morna para mantê-la aquecida enquanto mantém o
contato pele-a-pele.
ü Evitar a separação mãe-filho na primeira hora após o nascimento para procedimentos de
rotina tais como, pesar, medir e dar banho.

ü Estimular o início precoce do aleitamento materno, idealmente na primeira hora de vida.


ü Registrar a circunferência cefálica, temperatura corporal e peso após a primeira hora de vida.
ü Realizar exame físico inicial para detectar qualquer anormalidade física maior e para
identificar problemas que possam requerer transferência.
ü Assegurar que qualquer exame, intervenção ou tratamento da criança seja realizado com o
consentimento dos pais e também na sua presença.
AMAMENTAÇÃO NA PRIMEIRA HORA DE VIDA

É justamente na primeira hora de vida que o reflexo de sucção do bebê é mais forte!
A Recomendação da OMS diz que todos os recém-nascidos que tenham capacidade de
mamar, inclusive aqueles com baixo peso ao nascer, devem ser colocados no colo da mãe
assim que estejam clinicamente estáveis e mãe e bebê estejam prontos.

O Ministério da Saúde faz a mesma recomendação.

A Portaria de Atenção ao RN das Diretrizes


Nacionais estimulam o aleitamento materno tão logo
o bebê nasça, preferencialmente na primeira hora
de vida.
QUAIS SÃO AS VACINAS QUE O BEBÊ DEVE RECEBER AO NASCER?

As vacinas que o recém-nascido deve receber são as


seguintes:

•Vacina de Hepatite B, que é intramuscular, até 12


horas após o nascimento;
•BCG para Tuberculose, intradérmica, até 1 mês de
vida.
No entanto, o ideal é que ela seja aplicada o mais
precocemente possível, de preferência ainda na
maternidade, em recém-nascidos com peso maior ou
igual a 2 kg.

Atualmente, a Organização Mundial da Saúde (OMS)


não mais recomenda revacinar crianças que não
apresentaram cicatriz vacinal devido à ausência de
evidências adicionais comprovadas
Recomendações da OMS na atenção ao parto normal
WHO recommendations: intrapartum care for a positive childbirth experience. Geneva:
World Health Organization; 2018.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos.


Departamento de Gestão e Incorporação de Tecnologias em Saúde.
Diretrizes nacionais de assistência ao parto normal: versão resumida Departamento de
Gestão e Incorporação de Tecnologias em Saúde. – Brasília : Ministério da Saúde,
2017.

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