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A Febre tifoide é qualquer infeção causada pela bactéria Salmonella typhi que
cause sintomas. Os sintomas variam de ligeiros a graves e têm geralmente início entre 6
a 30 dias após exposição à bactéria. O sintoma mais evidente é febre, que vai
aumentando de forma gradual ao longo de vários dias.
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I.DEFINIÇÃO
I.1 ORIGEM
A descoberta foi confirmada por Koch, que apresentou descrição mais precisa do
bacilo encontrado em cortes da parede intestinal, do baço, fígado e rim. Em 1884, Georg
Gaffky (1850-1918), assistente e sucessor de Koch, conseguiu isolar o bacilo e dele
obter culturas puras. O bacteriologista francês Fernand Widal (1862-1929) estabeleceu a
identidade do bacilo de Eberth, realizou a primeira vacinação anti tifoide, e, em 1896,
divulgou sua principal descoberta, o sorodiagnóstico da febre tifoide.
II. CAUSAS
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No Estado do Amazonas, os fatores epidemiológicos relevantes são: viagens
prolongadas de barco, ingestão da água dos rios (sem tratamento prévio) e os
alagamentos.
III. DIAGNÓSTICO
É importante lembrar que nem sempre a febre tifoide acontece na sua forma
clássica ou com a evolução esperada. Muitas vezes, em nosso serviço, a simples
presença de síndrome febril indiferenciada sub-aguda, com fortes dados
epidemiológicos, faz-nos iniciar terapêutica específica, enquanto se aguarda o resultado
da cultura. Outras formas inespecíficas de apresentação da doença são síndrome febril
ictérica aguda e/ou síndrome febril hemorrágica aguda.
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hemodinâmica. Os quadros mais graves geralmente representam uma maior
suscetibilidade individual e também demora no diagnóstico e tratamento específicos. A
perfuração intestinal representa uma progressão do quadro de enterorragia, acometendo
preferencialmente a região do íleo terminal.
Manifesta-se por dor intensa na fossa ilíaca direita, acompanhada dos sinais
clássicos de irritação peritoneal, hipotensão e taquicardia. Outras complicações mais
raras da febre tifoide são os abscessos viscerais, colecistite acalculosa, pancreatite,
bronquite, pneumonia, miocardite, pielonefrite, artrite e osteomielite.
A recaída é um evento que pode acometer até 10% dos pacientes infectados e
traduz, em última análise, período insuficiente de tratamento ou sub-dosagem
antibiótica (com persistência de bactérias viáveis nos linfonodos mesentéricos e na
vesícula biliar), ou resistência antimicrobiana da bactéria à droga utilizada. Caracteriza-
se pela recrudescência da sintomatologia após duas semanas do desaparecimento da
febre.
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independente da fase em que se encontre; sugerimos a coleta de pelo menos duas
amostras antes de se iniciar a antibioticoterapia;
IV.Transmissão
Além disso, é possível haver transmissão da doença ao entrar em contato com as mãos
ou secreções de uma pessoa portadora da doença.
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V.Sintomas da febre tifoide
Os sintomas iniciais da febre tifoide são leves, já que a bactéria pode demorar
entre 1 a 3 semanas para se multiplicar e levar ao desenvolvimento de sinais e sintomas
mais perceptíveis e mais graves.
É importante que a febre tifoide seja identificada e tratada logo em seguida, pois
assim é possível prevenir o desenvolvimento de complicações que podem colocar a vida
da pessoa em risco, como hemorragia abdominal, perfuração do intestino e infecção
generalizada.
VI. TRATAMENTO
O tratamento e seguimento dos pacientes com febre tifóide devem ser realizados,
sempre que possível, em nível ambulatorial. No entanto, pacientes com quadro
toxêmico, vômitos ou diarréia persistente (dificultando absorção oral de
antimicrobianos), leucopenia abaixo de 2.000/mm3, instabilidade hemodinâmica, sinais
de complicação, crianças, grávidas e idosos devem ser hospitalizados até a melhora
clínica significativa, podendo completar posteriormente o seguimento em nível
ambulatorial.
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O tratamento para febre tifoide deve ser orientado pelo clínico geral ou
infectologista e tem como objetivo promover a eliminação da bactéria, aliviar os
sintomas e prevenir complicações. Assim, pode ser indicado pelo médico:
Repouso;
Além disso, não é recomendado o uso de laxantes para soltar o intestino e nem
alimentos que prendem o intestino, em caso de diarreia. De forma geral, os sintomas da
febre tifoide melhoram após o 5º dia de tratamento com antibióticos, porém
é importante que o tratamento seja continuado conforme a orientação do médico, uma
vez que a bactéria pode permanecer no organismo por cerca de 4 meses sem causar
sintoma.
Nos casos mais graves de febre tifoide, pode ser necessário que a pessoa fique
no hospital para ser monitorado e receber soro e antibiótico diretamente na veia.
A terapêutica específica da febre tifóide deve ser iniciada tão logo os dados
clínicos, epidemiológicos e laboratoriais sugiram o diagnóstico e que se tenha coletado
os materiais para estudo bacteriológico. O tratamento específico é feito com
antimicrobianos.
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trimetoprim VO 12/12h segunda escolha
Indicada em casos graves
50-100mg/kg/dia IV 10-14
Ceftriaxona ou c/ resistência
12/12h (máximo 4g/dia) dias
confirmada
Indicada em casos graves
500mg VO 12/12h 10-14 ou c/ resistência
Ciprofloxacina
200-400mg IV 12/12h dias confirmada (segunda
opção)
Os critérios de alta hospitalar são: ausência de febre por 48 horas, melhora significativa
dos sintomas e ausência de complicações. O critério de cura é a negativação de duas
coproculturas (com uma semana de intervalo entre elas), após término da terapia
antimicrobian
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VIII. Prevenção da febre tifoide
Além disso, para prevenir o desenvolvimento da febre tifoide, pode ser também
recomendada a vacina para febre tifoide, que é indicada principalmente para pessoas
que moram ou que irão viajar para locais com alta prevalência dessa doença.
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CONCLUSÃO
Podemos concluir que entre 40% e 90% dos casos nos dois anos seguintes à
vacinação A vacina mantém alguma eficácia ao longo de sete anos. Está recomendada
para pessoas em grupos de risco ou viajantes para destinos em que a doença é comum.
Existe, ainda, a vacina contra a febre tifoide. É indicada uma dose para crianças
a partir de 2 anos, adolescentes e adultos que tenham viagem marcada para regiões de
alta incidência de casos e para profissionais que lidam com água contaminada.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
2. PARRY, C. M.; HIEN, T. T.; DOUGAN, G., et al. Typhoid fever. N Engl J Med, v.
347, n. 22, p.1770-82, 2002.
3. HOUSE, D.; BISHOP, A.; PARRY, C., et al. Typhoid fever: Pathogenesis and
disease. Curr Opin Infect Dis, v. 14, n. 5, p.573-8, 2001.
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