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1. Introdução...................................................................... 3
2. Quadro Clínico.............................................................. 3
3. Etiologia e diagnóstico.............................................. 6
4. Tratamento.................................................................... 9
5. Hepatites Virais: etiologias
e cursos da infecção.....................................................11
Referências Bibliográficas..........................................21
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tais como mal-estar, astenia, febre, O início de urina com coloração escura
cefaleia, mialgia, diarreia ou obsti- marca o início da fase ictérica. Nessa
pação, fadiga, náuseas, anorexia e fase, a icterícia surge e a náusea e a
leve dor em quadrante superior di- fadiga se agravam. As fezes podem
reito do abdome. Pode ainda incluir ficar esbranquiçadas nos casos de
tosse, rinorreia e artralgia. Ou seja, icterícia grave e pode haver prurido.
dá para entender que esse período Anorexia, disgeusia e perda ponderal
possui sintomas que não nos dizem podem estar presentes.
lá muita coisa e são altamente ines- Ao exame físico, geralmente, há icte-
pecíficos. rícia e dor à palpação de hipocôndrio
Esse período pré-ictérico dura geral- direito; e a hepatomegalia e espleno-
mente uma semana, podendo esten- megalia podem estar presentes nos
der-se até três semanas. Algumas casos mais graves. Exames laborato-
manifestações podem falar a favor de riais mostram hiperbilirrubinemia, - à
uma etiologia, como artralgia/artrite, custa de bilirrubina conjugada – e as
urticária, glomerulonefrite, doença do aminotransferases estão elevadas em
soro e exantema sendo mais comuns mais de dez vezes o limite superior da
na hepatite B. Além disso, a doença normalidade (LSN). Nessa fase, os ní-
tende a apresentar-se de forma mais veis virais começam a decair no san-
aguda na hepatite A e, mais insidiosa, gue e no fígado.
na hepatite C. No entanto, lembre-se A duração dessa fase pode variar,
que são apenas tendências! bem como sua intensidade. Alguns
Os anticorpos específicos tendem a dias até uma semana são geralmente
aparecer nessa face pré-ictérica, os os períodos de duração, podendo es-
títulos virais são geralmente mais al- tender-se por quatro a oito semanas.
tos e as aminotransferases começam Deve-se atentar para sinais de gravi-
a se elevar. dade, como mudança no comporta-
mento e no ritmo de sono e prolon-
SE LIGA! É importante ressaltar que gação do tempo de protrombina, que
essa fase pré-ictérica pode acabar du- podem sugerir insuficiência hepática
rando por todo o curso da infecção agu-
aguda e sinalizam evolução para for-
da, em formas subclínicas ou anictéricas
de hepatite aguda. A forma anictérica é ma fulminante.
muito frequente, então é importante que Na fase de convalescência, a recu-
a gente não se limite a desconfiar de
hepatite viral apenas quando o quadro peração geralmente dá os primei-
evolui para icterícia, ok? ros sinais com o retorno do apetite,
normalização sérica de bilirrubinas e
aminotransferases e depuração viral.
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QUADRO CLÍNICO
• Hepatite anictérica
Convalescência
• Formas subclínicas
• Retorno do apetite
• Normalização sérica de
bilirrubinas
• Depuração viral
• Redução tansaminases
• Cura:
• Hepatite A e E
• Hepateite C (20 a 45%)
• Hepatite B (90 a 98%) –
Em RN 95% irão cronificar
e em crianças 20% irão
cronificar
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ETIOLOGIA E DIAGNÓSTICO
Alanina aminotransferase
↑ Transaminases
(ALT ou TGP)
Leucograma Albumina
Diagnóstico
Marcadores virais Anti-VHA (IgG e IgM)
AgHBs; AgHBc;
Cobre
AgHBe; Anti-HBs
Ceruplasmina Anti-HCV
Etiológico
Alfa-1-antitripsina Anti-HCV
TRATAMENTO
Evitar álcool
Dieta branda
Repouso relativo
Tratamento ambulatorial
TRATAMENTO
Internamento hospitalar
Encefalopatia hepática
TP muito alargado
Vômitos intensos
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INR
todo PCR. Este indica infecção ativa e Além disso, alguns exames comple-
replicação viral. Contudo, o RNA viral mentares devem ser pedidos a todos
pode apresentar um padrão flutuan- os pacientes infectados pelo HCV,
te, vindo negativo e, posteriormente, tanto inicialmente quando no acom-
positivo. Um dado importante é que panhamento ambulatorial. São eles:
sua persistência de 2 a 3 meses do Teste rápido – HBV, sífilis e HIV
início do quadro indicam alta probabi-
Vacina para hepatite A e B
lidade de cronificação.
Beta-HCG
No caso da hepatite C aguda, aguar-
EDA em pacientes com evidência de doença avan-
damos 12 semanas após o início dos
çada
sintomas e, se a viremia persistir, ini-
USG de abdome superior, na vigência de cirrose
ciamos tratamento anti-viral – inter-
Biópsia hepática, elastografia hepática, APRI, FIB
feron convencional por 24 semanas.
4 (individualizar)
Nos casos em que houve diagnóstico
Hemograma
e o indivíduo está assintomático, não
Coagulograma
se tendo ideia de quando ocorreu a
infecção, inicia-se a terapia logo após Na/K
Proteína total/albumina
Paciente com hepatite C aguda Urina tipo 1
cronificou, e agora?
TSH/T4L
Todos os pacientes com hepatite C
HCV-RNA quantitativo
crônica merecerão tratamento, mas
Perfil lipídico
uma avaliação é necessária antes do
seu início, para classificar a hepatopa-
tia e, assim, decidir o melhor regime.
Logo, todo paciente com HCV deve E quais os critérios de inclusão para
passar por estadiamento da doença tratar os pacientes com HCV? Es-
hepática, sendo a biópsia hepática é sencialmente, todo paciente com
o exame padrão-ouro, mas havendo diagnóstico de HCV deve ser trata-
outros métodos de estadiamento – do, caso não apresentem critérios de
como o APRI, FIB 4, elastografia he- exclusão (idade <3 anos; pacientes
pática. oncológicos com cirrose child-pugh B
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Hepatite E
A hepatite E se trata de um vírus de
RNA, da família Caliciviridae. Sua
principal forma de transmissão é pela
via fecal-oral e sua ocorrência está re-
lacionada a más condições de higiene
e baixos níveis socioeconômicos.
Na maioria dos casos, o curso é assin- Figura 3. Hepatites Virais: formas de transmissão. Fon-
te: Clínica Médica – USP e Medicina Interna – Cecil.
tomático, ou insidioso e autolimitado.
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Figura 4. Hepatites Virais: marcadores sorológicos. Fonte: Clínica Médica – USP e Medicina Interna – Cecil.
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Evitar drogas
hepatotóxicas
Leucograma Albumina
Tratamento
Sumário de urina Bilirrubina
Laboratorial
Hepatites
Fase pré-ictérica Diagnóstico
virais
Etiológico
Ceruplasmina Anti-HCV
Alfa-1-antitripsina Anti-HCV
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
GOLDMAN L., AUSIELLO D. Cecil: Medicina. 23ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier. 2009.
Clínica Médica, volume 4:Doenças do Aparelho Digestivo, Nutrição e Doenças Nutricionais.
– 2 ed. – Barueri, SP; Manole, 2016.
Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Hepatite C e Coinfecções / Ministério da
Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância, Prevenção e Contro-
le das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites Virais. – Brasília :
Ministério da Saúde, 2019.
Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Hepatite B e Coinfecções / Ministério da
Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. –
Brasília : Ministério da Saúde, 2017.
Hepatites virais : o Brasil está atento / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saú-
de, Departamento de Vigilância Epidemiológica. – 3. ed. – Brasília : Ministério da Saúde,
2008.
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