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PRODUÇÃO E PERDA

DE CALOR

Enfermeira Danielle Larissa


• A temperatura corporal é o resultado do balanço entre: os
mecanismos de produção e de eliminação do calor.

• O feto é mantido em temperatura ideal no interior do útero e


pode variar após o nascimento. Pode haver uma perda de até
3º dentro da sala de parto.

• No RN, sobretudo no pré-termo, pode ocorrer desequilíbrio


desses mecanismos, com aumento nas perdas e limitação na
produção.

• A manutenção da temperatura corporal é essencial para uma


adaptação extra-uterina bem sucedia.
• O neonato tem uma capacidade termorreguladora limitada
obtida pelo mecanismo de aquecimento e resfriamento
corporal.

• Quando não pode mais manter a temperatura corporal, ocorre


resfriamento ou superaquecimento.

• Exaustão do mecanismo pode causar morte.


HIPOTERMIA

HIPOTERMIA VASOCONSTRIÇÃO
PULMONAR

LIBERA NORAEPINEFRINA
AUMENTO DA
ACIDOSE
VASOCONSTRIÇÃO
PERIFÉRICA MORTE
METABOLISMO
AUMENTO RESISTENCIA ANAERÓBICO
VASCULAR PULMONAR

AUMENTO SHUNT D - E HIPÓXIA


QUAL NOME DA ESTRUTURA NO
CÉREBRO RESPONSÁVEL PELO
EQUILÍBRIO DA TEMPERATURA
CORPORAL???
FATORES PREDISPONENTES:
• Maior área de superfície corporal
• Epiderme não queratinizada
• Mais água extracelular (mais evaporação)
• Maior quantidade de tecido subcutâneo
• Menor capacidade de vasoconstrição cutânea
• Baixa temperatura ambiental
• TERMOGÊNESE:

É o mecanismo fisiológico que aumenta a produção de calor.

• RESFRIAMENTO

É o metabolismo da gordura marrom e o metabolismo geral.


Gordura marrom: É altamente vascularizada e inervada por
neurônios simpáticos.
Gordura marrom
• Presente em
abundância
nas áreas do
pescoço, tecido
peri-renal e
glândulas supra-
renais.
MECANISMO DE PERDA DE
CALOR
• Evaporação
Perda insensível de água pela pele. Efeito do resfriamento da
pele molhada pelo líquido amniótico. Pode haver perda de 2° a
3° em 10min.

• Condução
Perda de calor quando existe contato direto com objetos frios.
• Convecção
Perda de calor da pele para o ar ao seu redor, por um fluxo de ar.
Ex: portinholas abertas.

• Radiação
Perda de calor radiante do RN para superfícies mais frias que
não estão em contato com ele.
(janela ou parede)
Atendimento na sala
de parto

Enfermeira Danielle Larissa


• O RN deve ser recepcionado em campo
estéril e aquecido em ligeiro
trendelemburg, para facilitar a drenagem
de secreções; é necessário secar o recém-
nascido e acomodá-lo em berço aquecido.
• Após sua extração ou expulsão, deixa-lo
por alguns instantes próximo ao abdome
da mãe ou na altura do canal vaginal. Esta
técnica previne alterações bruscas no
volume circulatório do bebê.
Desobstrução de vias aéreas
• Desobstrução das vias aéreas superiores
na sequência boca e nariz e, se houver
mecônio espesso, a aspiração deverá ser
realizada por meio de visualização direta
pelo médico ou enfermeira obstétrica.
Laqueadura
• Conferir a ligadura umbilical de 1,5 cm a
2,0 cm do abdome e realizar curativo
Identificação do RN
Credê

Previne infecção oftalmica/ oftalmia gonocócica.


APGAR

• O Apgar analisa cinco itens relacionados à saúde da criança:


frequência cardíaca, respiração, tônus muscular (se é rígido
ou flácido), coloração da pele e se o bebê está ativo e reativo
à manipulação. Essa avaliação acontece, aproximadamente,
no primeiro minuto pós-nascimento e, em seguida, no quinto
minuto de vida.
• Para cada item é dada uma nota, que varia de 0 a 2.

• Pediatra soma essas notas e chega a um resultado final tanto


para o primeiro quanto para o quinto minuto de vida
Apresentação a mãe
Ainda na sala de parto
• É realizado a primeira imunização do bebê, a vacina contra
hepatite B em vasto lateral coxa direita. Deve ser aplicada nas
primeiras 12hs de vida do bebê.

• Administração de Vitamina K: necessária na prevenção de


hemorragias. Age como anticoagulante pois o neonato possui
esta deficiência. Aplicar em vasto lateral da coxa esquerda.
Observações Gerais
• BCG: deve ser aplicada o mais precocemente possível

• A vacina BCG (contra tuberculose) em RNPT deve ser aplicada


após 1 mês de vida se atingir peso corpóreo maior que 2kg.

• Também são realizados exames laboratoriais pela coleta de


sangue do cordão umbilical.

• O clampeamento tardio do cordão pode ocasionar sobrecarga


circulatória no RN, que pode evoluir para icterícia
posteriormente.
Avaliação da dor
• A dificuldade de avaliação e mensuração da dor neonatal
constitui-se em um dos maiores obstáculos na assistência em
neonatologia, em razão da ausência da comunicação verbal
desses pacientes, e da similaridade de suas reações aos
inúmeros tipos de estímulos, tornando subjetiva a
mensuração da dor
Indicadores de dor. Considerando-se a inabilidade dos neonatos de
verbalizarem a dor, temos que tomar como base alguns indicadores para
avaliá-la.

Indicadores fisiológicos Aumento da frequência cardíaca e frequência


respiratória, queda de saturação de oxigênio,
sudorese, pupilas dilatadas, palidez, rubor.

Indicadores atividade facial, choro, movimentos corporais


comportamentais
Medidas não farmacológicas
para alívio da dor
• Sucção não nutritiva (SNN):
uso de uma chupeta na boca do recém nascido para promover a
sucção, sem oferecer o leite materno ou fórmula.

• Sacarose:
É o método que possui maior evidência científica para o uso na
prática clínica, ou seja, é a intervenção não farmacológica mais
eficaz para o alívio da dor no recém nascido durante
procedimentos dolorosos
• Canguru:
A posição canguru possui efeitos calmantes quando utilizada,
pelo menos, 10 minutos antes do procedimento doloroso,
devendo ser mantida durante e após o mesmo.

• Amamentação:
Método natural e sem custos para o alívio da dor aguda
neonatal. A amamentação deve ser iniciada de 2 a 15 minutos
antes do procedimento doloroso, sendo mantida durante e após
o procedimento, até que o recém-nascido se acalme.
O cuidado centrado na família
• Com os avanços da medicina neonatal, cada vez mais, bebês
menores e mais enfermos têm sobrevivido ao seu nascimento
prematuro. Enquanto esses bebês lutam por suas vidas, seus
pais sofrem com as consequências psicológicas de uma
situação inesperada.

• Da mesma forma, há a necessidade de o recém-nascido


interagir com os pais para a criação de laços afetivos, o que é
de suma importância para o seu desenvolvimento. É, então,
necessário que a equipe busque minimizar a separação do
bebê com seus pais, favorecendo a formação ou o
fortalecimento dos laços afetivos.
• Nesse sentido, é importante que a equipe contribua com a
formação de laços afetivos, fazendo-se necessário: facilitar os
contatos iniciais dos pais com seu bebê; propiciar a visita
precoce dos pais na UTI; acompanhar os pais e familiares no
primeiro encontro com seu bebê; facilitar a entrada dos pais
na Unidade Neonatal; tornar o ambiente da Unidade Neonatal
acolhedor para os pais; ajudar os pais a não se sentirem
diminuídos e envergonhados diante de seu bebê; permitir que
os pais participem dos cuidados dispensados ao bebê; escutar
atentamente o que os pais têm a dizer; incentivar o cuidado
canguru.

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