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➔ Potencial para melhorar

conhecimentos/capacidades para lidar com o


choro
Intervenções:
➢ Ensinar sobre como lidar com o choro
Conhecimento sobre:

• Padrão esperado de choro e tipos de choro

• Estratégias de consolo

• Sinais de cólica/ síndrome de cólica

• Fatores de risco de cólica/ síndrome de


cólicas

• Medidas de alívio da dor abdominal

Capacidade/Autoeficácia para:

• Identificar a necessidade expressa pelo


choro

• Estratégias para lidar com o choro

➢ Ensinar sobre padrão esperado de choro e tipos de choro


O padrão de choro é influenciado pela idade e pelo temperamento da criança

Temperamento Tem 9 características:


▪ Intensidade da atividade motora

▪ Intensidade das respostas

▪ Ritmo / regularidade das funções tais como alimentação, eliminação e ciclo de sono/ vigília

▪ Resposta a novos objetos/pessoas em termos de aceitação ou afastamento da experiência

▪ Adaptação do comportamento às mudanças de ambiente


▪ Limiar/sensibilidade a estímulos

▪ Disposição da criança quando chora/alegre, agradado/irritado, amigável/hostil

▪ Grau de distração do que está a fazer

▪ Alcance da atenção e persistência numa dada atividade

➢ Ensinar sobre tipos de choro:


O bebé pode ter diferentes tipos de choro para expressar diferentes necessidades

▪ O choro de dor é caracterizado por um lamento curto, agudo e muito alto.

▪ O choro por fome é caracterizado por: soluços curtos mas contínuos. O choro é
persistente mas não muito alto, tenta levar a mão à boca.

▪ O choro de fadiga é um choro ligeiro, quase um gemido que vai aumentando de


som até se tornar um choro forte.

▪ O choro de desconforto é choro mais fraco do que o grito de dor, mas com momentos de
grande intensidade.

▪ O choro de tédio é identificado quando o bebé choraminga em soluços e para quando


interagem com ele.

Treinar a identificação dos tipos de choro


➢ Ensinar sobre estratégias de consolo
- Cada tipo de choro exige atuação diferente:

• Para diminuir a fadiga do bebé, procurar um ambiente calmo, falar calmamente com o bebé,
andar com o bebé ao colo, embalando-o; brincar com ele;

• Para o bebé deixar de chorar por fome (sinal tardio) é só preciso acalmá-lo e alimentá-lo;

• Para o bebé deixar de chorar por desconforto, procurar a origem do desconforto como fralda
suja, frio, calor e atuar no sentido de diminuir / eliminar esse desconforto.

➢ Treinar estratégias de consolo

➢ Ensinar sobre choro por cólica


Definição: dor que resulta da contração do músculo liso das vísceras e dos órgãos ocos.
Caracteriza-se por ciclos de dor intensa, com aumento gradual da intensidade até um pico e
depois melhora lentamente.

Manifestações:

Som: choro intenso, alto (gritado)

Linguagem corporal: estica-se, fica vermelho, vira a cabeça de um lado para outro,
fecha as mãos, cerra os olhos e as sobrancelhas ficam descaídas, encolher as pernas, as coxas
fletidas sobre o abdómen

Palpação abdominal: distensão abdominal, podendo existir, ou não, eliminação de


gases.

➢ Ensinar sobre estratégias de consolo: medidas de alívio da dor abdominal


Prevenir (facilitar a eliminação dos gases): Colocar o bebé a eructar, Promover o relaxamento,
Massagem abdominal (ILU]

Aliviar (aliviar a dor): Promover o relaxamento, Almofada quente sobre o abdómen.

I LOVE YOU
Quadros de choro excessivo: diagnóstico diferencial inicial

➢ Ensinar sobre síndrome de cólica:


Período PURPLE
P para crying peak – pico do choro;

U para unexpected timing of prolonged crying bouts – imprevisibilidade temporal de crise de


choro prolongados;

R para resistance to soothing – resistência a ser tranquilizado;

P para pain-like face even when they are not in pain – expressão de dor na ausência de dor;

L para long crying bouts – longas crises de choro

E para evening clustering of crying – concentração de choro do fim da tarde/começo da noite).

Potencial para melhorar conhecimentos/capacidades para reconhecer


padrão de C&D normais
Intervenções: Ensinar sobre desenvolvimento infantil
Conhecimento relacionados com:
• Aparência esperada do recém-nascido e achados normais na pele*

• Capacidades dos órgãos dos sentidos*

• Reflexos presentes/respostas espontâneas do recémnascido*

• Regurgitação e medidas de prevenção

• Características iniciais da eliminação intestinal

➢ Ensinar sobre regurgitação e medidas de prevenção


A regurgitação é uma ocorrência comum e normal no recém-nascido.

Está relacionado com a imaturidade dos mecanismos de barreira anti refluxo do trato
gastrointestinal: controlo imaturo da atividade peristáltica do esófago, do cardia e da atividade
nervosa do estômago, pelo que a regurgitação e/ou vómito pode ocorrer durante ou logo após
a mamada, devido ao ar acumulado (quando o bebé engole muito ar durante a mamada a
probabilidade de regurgitação aumenta, dado que o ar ingerido expande excessivamente o
com que o bebé expulse leite quando eructa).

Refluxo gastro esofágico: presença de vómitos e/ou processos pulmonares e respiratórios


frequentes, falta de ganho de peso, dores abdominais e choros persistentes (fica irritado
depois de mamar).

➢ Ensinar sobre características iniciais da eliminação intestinal

➢ Ensinar sobre características iniciais da eliminação urinária


Coloração rósea/avermelhada/alaranjada [poderá ocorrer na primeira semana e deve-se à
presença de cristais de urato]

Perda sanguínea “menstrual” [devido à queda dos estrogénios maternos; acontece 1/4 das
recém-nascidas cerca de 3-5 dias após o nascimento. A perda poderá ocorrer por 2-4 dias]
Potencial para melhorar conhecimentos/capacidades para promover e vigiar a saúde
Intervenções: Ensinar sobre promoção da saúde Ensinar sobre vigilância da saúde
Conhecimento sobre: Quando realizar o diagnóstico precoce, Quando iniciar o esquema de
vacinação, Interpretar a perda/aumento de peso no recém-nascido.

➢ Ensinar sobre diagnóstico precoce

O diagnóstico precoce tem por objetivo rastrear um conjunto de doenças metabólicas (ex.
hipotiroidismo, fenilcetonúria). Estas doenças não se manifestam logo ao nascimento, mas
podem provocar problemas graves mais tarde por isso quanto mais cedo forem detetadas as
doenças, melhores são as hipóteses de cura e menores as sequelas. Deve ser realizado entre o
3.º e o 6.º dia de vida do recém-nascido. Consiste na recolha de sangue na região do calcanhar
do recém-nascido.

➢ Ensinar sobre vacinas


A primeira vacina que o recém-nascido realiza nos primeiros dias de vida é a vacina VHB (da
hepatite B). A vacina contra a hepatite B (VHB) tem como objetivo prevenir a infeção pelo vírus
da hepatite B e é administrada na coxa direita do bebé. Pode haver algumas reações no local
da injeção, como dor, vermelhidão e edema. O bebé também pode ter febre, que desaparece
nas primeiras 24-48h. [A BCG – só administrada em grupos de risco - São considerados grupo
de risco, os recém-nascidos que tenham familiares que possam ter estado em contacto com a
doença ou que tenham a doença e estejam em contacto com o mesmo e ainda, os que
residirem nas cidades definidas como locais de risco pela DGS.]

Potencial para melhorar conhecimentos/capacidades para assegurar segurança da


criança
Intervenções: Ensinar sobre medidas de segurança
Conhecimento sobre: Modo adequado de segurar / manipular a criança, Medidas de
prevenção de queimaduras, Medidas de prevenção de quedas, Medidas de prevenção de
asfixia/sufocação/aspiração/SMSL, Medidas segurança para transporte no automóvel, Critérios
de escolha de brinquedos (recém-nascido), Cuidados com animais domésticos

➢ Ensinar sobre medidas de prevenção de queimaduras


- Manter o recém-nascido afastado de líquidos quentes, como panelas de água a ferver, café,
etc.;

- Não cozinhar com o bebé ao colo;

- Confirmar sempre a temperatura da água do banho com o cotovelo, termómetro ou na parte


interna do pulso; na preparação da água do banho, primeiro colocar água fria e só depois a
quente.

- Ter especial atenção às molas ou outros constituintes metálicos, quando aquecer a roupa do
bebé, pois essas matérias sobreaquecem;
- Se alimentar com leite adaptado, testar sempre a temperatura do leite na parte interna do
pulso antes de o administrar e que não aquecer o leite no micro-ondas;

- Ter especial atenção à exposição solar, evitar expor a criança ao sol entre as onze horas e as
dezassete horas; usar sempre chapéu-de-sol e proteção solar e preferir sombra especialmente
em crianças com menos de um ano de idade.

➢ Ensinar sobre medidas de prevenção de quedas


- Nunca deixar a criança sozinha;

- Deixar sempre a grade da cama/ berço levantada quando deitar o bebé no berço/ cama;

- Reunir todo o material antes de realizar qualquer procedimento;

- Travar sempre o carrinho de passeio quando parado;

- Não pendurar nas pegas do carrinho sacos ou objetos pesados;

- Apertar os cintos de segurança sempre que sentar a criança na cadeira de transporte ou


carrinho de passeio;

- Supervisionar quando outras crianças (irmãos mais velhos, primos etc.) pegam no bebé;

➢ Ensinar sobre medidas de prevenção de asfixia/ sufocação/ aspiração e


proteção contra a (SMSL)
• Não deixar objetos de pequenas dimensões ao alcance das crianças (comprimento superior a
32 mm e se for esférico diâmetro maior que 45 mm);

• Deitar o bebé a dormir em decúbito dorsal;

• Deitar o bebé de forma, a que os pés fiquem encostados ao fundo do berço e elevar o berço
(30.º);

• Não utilizar almofada;

• Retirar peças com atilhos, como gorros e babetes antes de deitar o bebé;

• Colocar a roupa do berço/ cama ao nível do tronco do bebé, presa sob o colchão;

• O sistema de segurar a chupeta precisa ser retirado (poderá enroscar-se no pescoço);

• Manter uma temperatura ambiente entre os 18-21.ºC, não sobreaquecendo o bebé; Afastar a
criança dos locais com fumo.

➢ Ensinar sobre medidas de segurança para dormir


Co-sleeping (dormir no mesmo quarto) e Bedsharing (dormir na mesma cama)
➢ Ensinar sobre medidas segurança para transportar no automóvel

- Para transportar o bebé no carro, usar um dispositivo de retenção: o sistema de retenção para
crianças é capaz de reduzir a ocorrência de morte ou lesão grave, nas crianças, entre 90 a 95%,
uma vez que no caso de existir uma colisão em que o veículo circule a 50 km/h, sem o sistema
de retenção, equivale para uma criança, a uma queda de um terceiro andar (DGS 2010);

- Colocar a cadeira no sentido oposto ao do movimento do carro (até aos 3 anos): uma boa
cadeira, bem montada no automóvel, mas virada no sentido da marcha, as lesões ao nível da
cervical são muito mais elevadas do quando comparadas com o caso de uma cadeira montada
em sentido contrário ao da marcha, em que as forças geradas pelo impacto são distribuídas por
todo o corpo da criança, diminuindo a gravidade das lesões;

- Transportar o bebé no banco traseiro;

- Usar os cintos do dispositivo ajustados de modo a que a folga entre o cinto e os ombros da
criança não seja superior a um dedo;

- Desativar o airbag do lugar de passageiro da frente, se a criança for aí colocada;

- Não transportar o bebé ao colo;

- Não é permitido o transporte no automóvel em alcofa (exceção – problemas de saúde da


criança)

➢ Ensinar sobre medidas segurança para viajar de automóvel


- Usar espelhos para visualizar o bebé sem olhar para trás.

- Verificar temperatura no interior do carro antes de colocar o bebé; - Ter atenção às correntes
de ar (evitar andar com as janelas abertas);

- Proteger o bebé da exposição aos raios solares através de estore de janela;

- Evitar viagens longas (> 2 horas) ou parar e andar com o bebé ao colo para aliviar áreas de
pressão.

➢ Ensinar sobre critérios de escolha de brinquedos (recém-nascido)


- Não largar pelo;

- Ser de grandes dimensões (comprimento superior a 32 mm e caso seja esférico, um diâmetro


maior que 45 mm);

- Não ter pontas cortantes, afiadas;

- Não ter cabos ou pequenas peças que se possam soltar;

- Ser facilmente laváveis e lavados frequentemente;

- Verificar a etiqueta aquando da compra.


➢ Ensinar sobre cuidados com os animais domésticos
- Não deixar os animais domésticos sozinhos com a criança;

Preparar o animal para a chegada do novo elemento na família.

Preparar antes do bebé nascer e Aquando do regresso a casa.

Potencial para melhorar conhecimentos/capacidades para criar hábitos para dormir


Intervenções: Ensinar sobre como criar hábitos para dormir
Sinais de sono, Padrão de sono, Criar hábitos na hora de deitar

➢ Ensinar sobre evolução do padrão de sono: 0 aos 2 meses


• 10 a 19 h/24h a dormir

• Ciclos influenciados pelos sinais de fome e saciedade

• Sem padrão diurno/noturno

• Padrão de sono irregular

• Início: sono ativo – com movimentos corporais, oculares, de sucção, caretas, tremores,
vocalizações,…

• >2/3 meses: produção de melatonina=> ciclo circadiano

➢ Ensinar sobre evolução do padrão de sono


Os ritmos biológicos relacionados com o ciclo sono-vigília incluem as alterações da
temperatura corporal e as alterações dos níveis e o cortisol. hormonais como a melatonina.

A coordenação destes ritmos biológicos e a sua sincronização com os diferentes períodos do


dia desenvolve-se rapidamente durante os primeiros 6 meses de vida, daí a importância
implementar rotinas comportamentais efetivas que reforcem este desenvolvimento desde a
infância precoce.

➢ Ensinar sobre como criar hábitos na hora de deitar

Potencial para melhorar conhecimento/capacidade para amamentar


• Benefícios da amamentação • Características do colostro e do leite • Critérios para decidir
quando oferecer 1 ou as 2 mamas • Critérios para decidir o intervalo e duração das mamadas •
Sinais de ingestão nutricional suficiente • Sinais de fome • Sinais de saciedade • Posição da
mãe e do filho • Sinais de pega adequada • Estratégias para manter o bebé acordado durante a
mamada • Sinais de produção e libertação de leite • Medidas que estimulam/comprometem a
lactação • Diferença entre a subida de leite vs ingurgitamento mamário • Fatores de risco de
ingurgitamento mamário • Medidas de prevenção de ingurgitamento mamário • Fatores de
risco de fissura do mamilo • Medidas de prevenção de fissura do mamilo • Influência da
alimentação da mãe no leite (composição) • Efeitos da ingestão de cafeína na criança ❑ não se
aplica • Efeitos da ingestão de bebidas alcoólicas na criança ❑ não se aplica • Efeitos de
fumar/fumo do tabaco na criança ❑ não se aplica

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