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Temos então um quadro de Sepse, Portanto, o gabarito é a alternativa A
confirmado pelo escore SOFA, em que
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o paciente pontuou pelo menos 3
(rebaixamento do nível de consciência, 27. Um homem com 26 anos de idade
relação P/F e hipotensão). procura equipe de Saúde da Família
Ribeirinha devido a um acidente com
Assim sendo, vamos às alternativas:
anzol. O paciente refere que é pescador
Alternativa A - Correta: A definição de experiente, porém, ao se distrair para
sepse pelo Sepsis-3, de 2016, é um pegar a isca, acabou fisgando a própria
processo infeccioso associado a pelo perna com o anzol. Ao realizar o exame
menos 2 disfunções orgânicas, físico, o médico identifica que se trata
representadas pelos critérios do escore de um anzol de duas pontas e que uma
SOFA. O manejo consiste na expansão das pontas perfurou profundamente a
com cristaloides, coleta de culturas, panturrilha direita do paciente. Sobre o
administração de antibióticos e uso de procedimento para a remoção do anzol,
vasopressores se não houver melhora é correto afirmar que se deve
da hipotensão com as medidas iniciais.
A) realizar, com um alicate, o corte da
É muito importante dosar o lactato
ponta livre do anzol, para que não haja
seriadamente, pois ele é um marcador
risco de novo acidente enquanto se está
de hipoperfusão tecidual e sugere
removendo a ponta perfurante.
prognóstico.
B) realizar a técnica de bloqueio de
Alternativa B - Incorreta: A definição
campo regional para a anestesia no
de sepse grave não existe mais no
local de entrada do anzol e posterior
Sepsis-3; os critérios que definiam esse
remoção.
conceito compõem agora o SOFA.
C) realizar, com um bisturi, uma incisão
Alternativa C - Incorreta: Choque
para ampliar o orifício de entrada do
séptico é definido como sepse
anzol, a fim de que ele possa ser
associada à necessidade de
retirado.
vasopressores para manter PAM > 65
mmHg e lactato elevado, maior que 2 D) realizar a tração do anzol até efetuar
mmol/L. Nosso paciente respondeu a sua retirada.
bem à reposição volêmica, não
CCQ: Antes de qualquer atendimento,
necessitando de drogas vasoativas.
devemos nos paramentar e ter
Alternativa D - Incorreta: A SIRS é segurança da cena
definida como temperatura > 38°C ou <
O CCQ acima foi muito negligenciado
36°, frequência cardíaca > 90 bpm,
no passado e, cada vez mais, nós como
frequência respiratória > 20 irpm ou
médicos devemos dar atenção a ele,
PaCO < 32 mmHg e leucócitos < 4000 ou
principalmente, no momento de
> 12000 ou com 10% de bastões. No
pandemia de COVID que vivemos –
Sepsis-2, esses critérios associados à
paramentação sempre, proteção nossa,
suspeita de infecção fechavam para
do paciente e dos próximos pacientes.
sepse.
Nos últimos anos, vem aparecendo
mais e mais nas provas, teóricas e anestesia com bloqueio local, onde foi
práticas, questionamentos da primeira perfurado, não há necessidade alguma
conduta a ser feita em algumas de bloqueio de campo regional. Esse
situações. Na maioria delas, são tipo de bloqueio seria bloquear toda a
situações de trauma, mas inervação das pernas, ou seja, fazer
paramentação e segurança da cena de uma raquianestesia.
atendimento se estendem para
Alternativa C - Incorreta: Para retirar
qualquer tipo de atendimento.
um anzol devemos apenas empurrá-lo
Nesse caso, temos um paciente que no sentido de entrada, fazendo um
sofreu um acidente com objeto movimento em C, como se fosse uma
perfurante, um azol de duas pontas. sutura. Não há necessidade alguma de
Pois é, caros Mentorandos, 6 anos de fazer uma incisão da pele.
faculdade não ensina o que é um anzol
Alternativa D - Incorreta: Não se faz
de duas pontas, mas precisamos
tração do anzol. Quando retiramos um
saber… Vejam a imagem abaixo:
anzol, nunca puxamos a ponta, mas,
sim, empurramos fazendo um
movimento semelhante à sutura com
agulha curva – a ponta do anzol tem a
“fisga”, se puxarmos, ela dificultará a
remoção e pode causar mais danos.
Portanto, o gabarito correto é a letra
A.
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28. Uma mulher com 38 anos de idade,
Então, a primeira coisa a ser feita é
com crises de enxaqueca com aura,
cortar a outra ponta antes de tentar
realizou encontros de planejamento
remover a ponta que está na panturrilha
familiar, desejando utilizar anel vaginal
desse homem. Se não fizermos isso,
combinado ou dispositivo intrauterino
existe o risco de você se perfurar ou
liberador de levonorgestrel como
acabar perfurando a perna dele com a
método contraceptivo. A orientação
outra ponta.
sobre esses métodos em relação à
Sobre as alternativas: enxaqueca dessa paciente é que
Alternativa A - Correta: Como A) o anel vaginal é contraindicado, mas
explicado acima, a primeira coisa a fazer o dispositivo intrauterino liberador de
é assegurar a cena, corta a ponta livre, levonorgestrel é adequado.
garantir que você não irá causar um
B) o anel vaginal é adequado, mas o
acidente enquanto manipula a ponta
dispositivo intrauterino liberador de
que está na perna dele.
levonorgestrel é contraindicado.
Alternativa B - Incorreta: Quando
formos retirar o anzol devemos fazer
C) o anel vaginal e o dispositivo Isso se deve ao fato que, entre mulheres
intrauterino liberador de levonorgestrel com enxaqueca, aquelas com aura
são contraindicados. tiveram risco de AVC maior do que
aquelas sem aura. Além disso, o risco foi
D) o anel vaginal e o dispositivo
2-4x maior nas usuárias de
intrauterino liberador de levonorgestrel
anticoncepcionais hormonais
são adequados.
combinados quando comparadas às
CCQ: Métodos contraceptivos não usuárias.
contendo estrogênio são
Também são contraindicações aos
contraindicados na enxaqueca com
métodos combinados a história pessoal
aura
de eventos trombóticos prévios ou
Pessoal, CCQ muito cobrado em prova trombofilia, idade ≥35 anos e tabagismo
dentro de um tema de grande ≥ 15 cigarros/dia, hipertensão, diabetes
relevância! com complicações ou há mais de 20
anos, valvopatias com complicação e
A indicação ou restrição do uso dos
infarto ou AVE prévio.
métodos contraceptivos em cada
contexto particular obedece aos Portanto, vamos às alternativas:
critérios de elegibilidade da OMS, que
Alternativa A – Correta: O anel vaginal
compreendem 4 categorias:
contém estrogênio e, portanto, está
Categoria 1: Não há restrição para o uso contraindicado. O dispositivo
➞ Uso indicado; intrauterino (DIU) de levonorgestrel,
por outro lado, é considerado categoria
Categoria 2: As vantagens geralmente 2 e, portanto, normalmente está
superam os riscos ➞ Uso com cautela e indicado com segurança.
precauções, mas geralmente se utiliza;
Alternativa B – Incorreta: Ao contrário
Categoria 3: Os riscos geralmente do que traz a alternativa, o início de DIU
superam as vantagens ➞ Uso do de levonorgestrel é bem indicado e o
método não é apropriado, a menos que anel vaginal está contraindicado.
haja indisponibilidade ou aceitabilidade
de outro método mais apropriado; Alternativa C – Incorreta: Como
mencionamos na alternativa acima, o
Categoria 4: Risco de saúde inaceitável DIU de levonorgestrel é categoria 2 para
➞ Contraindicado. início em pacientes com enxaqueca
com aura e, portanto, está bem
Para essa questão era necessário saber
indicado.
que os métodos hormonais combinados
(contendo estrogênio) estão Alternativa D – Incorreta: O anel
contraindicados para pacientes com vaginal contém estrogênio e, portanto,
enxaqueca com aura, independente da está contraindicado.
idade. Estes compreendem as pílulas
Portanto, o gabarito é a alternativa A!
combinadas, o adesivo hormonal, o
anel vaginal e o injetável mensal. _________________________________
29. Um homem com 62 anos de idade
chega à sala de emergência de um
hospital com quadro de instalação
abrupta, há cerca de 1 hora, de
monoparesia superior direita associada
à afasia não fluente. O paciente, que
tem histórico de diabete melito tipo 2,
vem usando metformina 850 mg 2
vezes por dia, além de ácido
acetilsalícilico (AAS), devido à
ocorrência de fibrilação atrial
paroxística recorrente, tendo um ponto
no escore CHA2DS2-VASc. Não há
A) Ataque isquêmico transitório; iniciar
outras morbidades nem alergias. Na
anticoagulação plena endovenosa em
admissão hospitalar, o paciente
associação ao AAS.
mantém o déficit, que parece ter
piorado um pouco nos último minutos. B) Acidente vascular encefálico
Está acordado, angustiado com a isquêmico; proceder à trombólise
inegável afasia não fluente (Broca) e imediata com rtPA.
com diminuição moderada da força no
C) Acidente vascular encefálico
membro superior direito. Apresenta PA
isquêmico; contraindicar a terapia
= 160 x 100 mmHg, FC = 110 bpm, com
trombolítica.
ritmo cardíaco irregular e com
anisocardiosfigmia. Neste momento, D) Ataque isquêmico transitório;
apresenta glicemia capilar = 300 mg/dL. associar clopidogrel ao AAS.
O paciente é imediatamente
CCQ: Saber que AVC isquêmico na
encaminhado para a realização de uma
janela terapêutica (< 4,5h) possui
tomografia computadorizada de crânio
indicação de trombólise
sem contraste, cuja imagem é
apresentada na figura a seguir, tendo o Fala, pessoal! Questão clássica sobre
laudo sido liberado cerca de 2 horas e 30 AVC, vamos lá!
minutos após o início do quadro
AVC é aquela entidade que além de
neurológico. Diante desse quadro,
muito comum na prática médica, é
quais são o diagnóstico e a conduta
tema frequente nas provas. Temos que
médica adequados nesse momento?
saber quando suspeitar e como
conduzir! Veja que a questão nos
apresenta um paciente admitido com
déficit neurológico abrupto há 1 hora.
Nossa principal suspeita deve ser AVC!
Percebam que a questão ainda nos
informa alguns fatores que nos fazem
pensar em uma fonte cardioembólica
para a isquemia cerebral (nosso
paciente possui FA e sua ausculta é • Duração: se > 60 minutos, 2
irregular). Tendo AVC como pontos; e se entre 10 - 59
diagnóstico diferencial, devemos minutos, 1 ponto.
solicitar uma TC crânio.
Baixo risco: < 4 pontos | Médio risco: 4
A principal utilidade da TC crânio na ou 5 pontos | Alto risco: > 5 pontos.
fase aguda do AVC é descartar
Os pacientes com pontuação alta são
hemorragias, que aparecem na
hospitalizados e monitorizados,
tomografia como imagens
recebendo clopidogrel 75 mg associado
hiperdensas (o sangue é BRANCO na
ao AAS e estatina.
TC). As alterações de imagem do AVC
isquêmico podem demorar para Alternativa B - Correta: Excluída a
aparecer e as primeiras alterações são hipótese de AVC hemorrágico,
sutis. Com o tempo, as áreas de devemos pensar em qual terapia
isquemia apresentam-se como lesões podemos instituir para o tratamento de
hipodensas. Reparem que na imagem AVC isquêmico. São candidatos à
acima não encontramos nenhum sinal trombólise pacientes que apresentam
de hiperdensidade, assim, nossa o tempo entre o início da
principal hipótese fica como AVC apresentação do quadro e a aplicação
isquêmico. da medicação inferior a quatro horas e
meia. Nosso paciente está com 3 horas
Assim sendo, vamos às alternativas:
e meia (ao chegar no PS já estava há 1h
Alternativa A - Incorreta: O AIT é com a clínica, e até o resultado da TC
caracterizado por um evento agudo de foram 2h30). Na prática clínica,
isquemia encefálica com reversão devemos calcular a escala NIHSS, que
completa do quadro em até 24 horas, mensura a gravidade do AVC, que
sendo que 85% dos eventos têm possui 15 itens e varia de 0 a 42 pontos.
duração inferior à 1h. Não deixam Os pacientes com pontuação entre 4 e
alterações em RNM ou TC. Nosso 25 pontos são candidatos à trombólise.
paciente apresenta clínica superior à 1h,
Alternativa C - Incorreta: Para a prova,
com piora. Além disso, quando nos
o que precisamos saber são os critérios
deparamos com um AIT, calculamos o
de exclusão principais: IAM recente,
risco de um AVC isquêmico nas
hemorragia digestiva nos últimos 21
próximas 48h através do escore ABCD2,
dias, hemorragia intracraniana prévia,
que avalia:
TCE ou AVE nos últimos 3 meses,
• Age (idade) > 60 anos: 1 ponto; glicose menor que 50 (pois
hipoglicemias podem simular um AVC),
• Blood pressure (PA) > 140/90
cirurgia de grande porte nos últimos 14
mmHg: 1 ponto;
dias. Nosso paciente não apresenta
• Clínica: se paresia unilateral, 2 nenhum desses critérios.
pontos; e se alteração apenas de
Alternativa D - Incorreta: Como
fala, 1 ponto;
discutimos na alternativa A, não
• Diabetes 1 ponto; estamos diante de um AIT. Caso
estivéssemos diante de um AIT, nosso CCQ: Na endometriose
paciente pontuaria 1 ponto por idade leve/moderada o ACO contínuo é o
maior que 60 anos, 1 ponto por PA > tratamento mais indicado em
140x90 mmHg, 2 pontos por apresentar pacientes que não desejam gestar
paresia, 2 pontos por duração superior a
Fala, pessoal! Aqui temos uma paciente
60 minutos, e 1 ponto por ser diabético,
de 17 anos com dismenorreia
somando 7 pontos, logo, alto risco de
progressiva e dispareunia. Quando nos
AVE isquêmico nas 48h após o AIT. A
deparamos com paciente jovem +
conduta aqui estaria correta:
dismenorreia intensa e progressiva +
clopidogrel + AAS.
dispareunia a primeira hipótese deve
Portanto, o gabarito é a alternativa B ser endometriose!
_________________________________ A endometriose é uma doença
estrogênio-dependente. Além da
30. Uma adolescente com 17 anos de
dismenorreia progressiva e dispareunia
idade comparece à consulta na Unidade
citadas no quadro clínico, também tem
Básica de Saúde com queixa de dor
como característica a dor pélvica
incapacitante relacionada ao
crônica associada a infertilidade.
sangramento menstrual. Refere que o
Acomete mulheres de 25-40 anos,
problema se iniciou há 2 anos, tendo-se
sendo o USG-TV um método fácil e
agravado os sintomas com o tempo.
menos invasivo para investigação. O
Relata que a menarca ocorreu aos 11
diagnóstico só é confirmado após
anos, que é nulípara e que iniciou vida
análise histopatológica dos focos
sexual há 1 ano. Ela apresenta
endometriais, e, por isso, tratamos
dispareunia, está sem comorbidades e
muitas vezes empiricamente.
deseja orientação quanto a método
contraceptivo. Diante do quadro clínico Como a paciente não deseja gestar no
apresentado, quais são, momento, a primeira opção para
respectivamente, a hipótese controle sintomático é o
diagnóstica, o exame complementar a anticoncepcional oral (ACO) contínuo,
ser solicitado e o método contraceptivo sendo que o DIU de levonorgestrel, os
indicado? progestágenos cíclicos, o danazol, a
gestrinona, o GnRH e os AINE’s
A) Congestão pélvica; ultrassonografia
também podem ser utilizados.
transvaginal com Doppler; e DIU
hormonal. Vamos analisar as alternativas:
B) Dismenorreia primária; nenhum Alternativa A – Incorreta: Diagnóstico
exame complementar; e hormonal diferencial de endometriose, a
contínuo. síndrome de congestão pélvica é
caracterizada por dor pélvica crônica
C) Endometriose; ultrassonografia
que se desenvolve após a gestação.
transvaginal; e hormonal contínuo.
Piora no final do dia, ao ficar em pé e
D) Endometrite; histeroscopia está associada a dispareunia.
diagnóstica; e método de barreira.
Alternativa B – Incorreta: Pessoal, questão fácil cobrando um
Dismenorreia primária não é tema que não é muito comum nas
progressiva. provas, mas que, por isso mesmo, vale a
revisão.
Alternativa C – Correta: Como
explicado acima, alternativa correta. Temos uma criança de 11 anos
apresentando episódio de crise
Alternativa D – Incorreta: Endometrite
convulsiva, com diagnóstico prévio de
é a infecção endometrial, sendo
epilepsia. Sabemos ainda que é uma
caracterizada por febre + dor pélvica e à
crise prolongada que já dura 20
mobilização uterina + secreção
minutos e que foi refratária à
mucopurulenta.
administração de benzodiazepínico
Portanto, a alternativa C é a certa! por três vezes.
• fratura de crânio;
• fístula liquórica; 45. Uma gestante, no curso da 12.ª
semana de gestação, vai ao
• suspeita de fratura de base de
ambulatório de obstetrícia referenciado
crânio;
de sua Unidade Básica de Saúde com o
• mais que 2 episódios de seguinte encaminhamento:
vômitos; ""Encaminho primigesta com 23 anos
de idade por ter apresentado, em seus
• idade > 65 anos;
exames de rotina do pré-natal, uma
• uso de anticoagulantes; glicemia de jejum de 140 mg/dL"". No
momento, a paciente encontrava-se
• ECG < 15 até 2 horas após o
assintomática e já trazia um segundo
trauma.
resultado de glicemia de jejum que
Assim sendo, vamos às alternativas: demonstrava um valor de 148 mg/dL. O
obstetra do ambulatório, segundo as
Alternativa A - Incorreta: A paciente
recomendações mais atualizadas da
não apresenta critérios para admissão
OMS e da Sociedade Brasileira de
hospitalar (TCE penetrante, perda de
Diabetes, deve
consciência prolongada, cefaleia, falta
de acompanhante em casa, intoxicação
por álcool/drogas).
A) solicitar teste de sobrecarga oral com • Jejum: maior ou igual a 92mg/dl;
75 gramas de glicose anidra ainda com
• 1 hora: maior ou igual a
12 semanas de gestação.
180mg/dl;
B) solicitar teste de sobrecarga oral com
• 2 horas: maior ou igual a
75 gramas de glicose anidra entre 24 e
153mg/dl.
28 semanas de gestação.
Na nossa paciente apresentava já dois
C) diagnosticar a paciente com diabete
resultados superiores a 126 mg/dL no
melito prévio à gestação e iniciar
início da gestação, configurando um
tratamento adequado.
diagnóstico de DM prévio à gestação!
D) diagnosticar a paciente com diabete
Sabendo disso, vamos às alternativas:
melito gestacional e iniciar tratamento
adequado. Alternativa A - Incorreta: não é
necessário! A paciente já possui um
CCQ: Saber que valores de glicemia
valor acima de 126 mg/dL confirmado
igual ou maior que 126 caracteriza um
com uma segunda medida, logo já está
Diabetes mellitus prévio
feito o diagnóstico de DM prévio.
Olá, Pessoal...! A Diabetes mellitus
Alternativa B - Incorreta: como já foi
gestacional (DMG) ou prévio é um tema
firmado o diagnóstico de DM prévio,
muito recorrente em provas e
não é necessário a gestante realizar o
importantíssimo no dia a dia do
exame TOTG entre 24-28 semanas!
obstetra devido sua prevalência. Então
bora lá dar uma revisada breve no Alternativa C - Correta: isso! Agora
assunto e resolver essa questão! com o diagnóstico firmado devemos
inciar o tratamento. Lembrando que de
Lembrando aqui rapidinho como que
uma maneira geral, as medicações orais
fazemos o rastreio e o diagnóstico da
estão contraindicadas no diabetes
DMG:
gestacional, sendo a insulina a grande
1º passo: glicemia de jejum (na 1a alternativa e primeira escolha. Mas
consulta, ou seja, primeiro trimestre): antes disso é preconizado tentar regular
os valores glicêmicos através de
• Maior ou igual a 126mg/dl:
mudanças de hábitos de vida com
diabetes prévio;
alimentação balanceada e atividade
• Entre 92 e 125mg/dl: diabetes física regular.
gestacional;
Alternativa D - Incorreta: não é
• Abaixo de 92: fazer TOTG 75 considerado gestacional devido os
entre 24 e 28 semanas. valores superiores a 125. É uma DM que
foi diagnosticada na gestação, mas isso
2º passo: TOTG 75 g entre 24 e 28
não a caracteriza por gestacional.
semanas de IG:
Logo, o gabarito é a alternativa C
Diagnóstico de diabetes gestacional,
se: _________________________________
46. Uma pré-escolar com 4 anos de C) Dengue grupo B; observação e
idade é atendida no pronto-socorro hidratação oral com a reavaliação
com história de febre alta (40 °C) há 3 clínico-laboratorial.
dias, indisposição e dores no corpo,
D) Dengue grupo C; internação
vômitos e diarréia. No momento,
hospitalar e hidratação parenteral com
queixa-se de dor abdominal intensa e
soro fisiológico 0,9 %.
contínua. Em seu exame físico, os
resultados foram os seguintes: FC = 120 CCQ: Saber que um quadro típico de
bpm, FR = 25 irpm, temperatura axilar = dengue + sinais de alarme é
37,5 °C, mucosas úmidas, coradas, classificado como grupo C
anictéricas; ausculta cardíaca e
Pessoal, temos aqui um caso de uma
respiratória normais, abdome
criança com um quadro clínico clássico
levemente distendido, doloroso
de dengue: febre alta, dores no corpo,
difusamente à palpação, sem sinais de
prostração, petéquias, exantema e
irritação peritoneal, fígado palpável a 3
plaquetopenia.
cm do rebordo costal direito. Há
petéquias esparsas e exantema máculo- Inicialmente, devemos realizar a
papular em face, tronco, membros famosa classificação da dengue em
superiores e inferiores, incluindo grupos, que é feita de acordo com a
palmas das mãos. Suas extremidades gravidade. Todos os grupos
estão aquecidas e bem perfundidas. Foi apresentam em comum a febre com
realizado hemograma que apresentou pelo menos 2 dos seguintes sintomas
os seguintes valores: Ht = 45 % (valor de inespecíficos: cefaleia, prostração, dor
referência: 37 a 40 %); Hb = 15,2 g/dL retro-orbitária, exantema, mialgia e
(valor de referência: 12,6 ± 1,5 g/dL), artralgia.
leucócitos totais = 3 500/mm³ (valor de
Na classificação, as bancas sempre
referência: 5 000 a 12 000/mm³, bastões
cobram o reconhecimento dos sinais de
= 2 %, segmentados = 50 %, linfócitos =
alarme, que podem indicar uma
30 %, monócitos = 10 %, eosinófilos = 8
provável evolução para a síndrome do
%, plaquetas = 50 000/mm³ (valor de
choque da dengue. São exemplos de
referência: 150 000 a 450 000/mm³).
sinais de alarme a dor abdominal,
Quais são, respectivamente, o
vômitos persistentes, hipotensão
diagnóstico e a conduta médica inicial
arterial e letargia.
adequados?
• Grupo A: ausência de
A) Chikungunya; observação e a
manifestações hemorrágicas,
hidratação parenteral com soro
prova do laço negativa e
fisiológico 0,9 %.
ausência de sinais de alerta.
B) Zika; internação hospitalar e
• Grupo B: manifestações
hidratação parenteral com soro
hemorrágicas, prova do laço
fisiológico 0,9 %.
positiva e ausência de sinais de
alerta.
• Grupo C: presença de sinais de faixa que define a linha da pobreza,
alerta. segundo o Banco Mundial. Com base
nas informações do quadro
• Grupo D: paciente com sinais de
apresentado, assinale a alternativa
choque.
correta.
A paciente apresenta 3 sinais de alarme:
dor abdominal, vômitos e
hepatomegalia, e não apresenta sinais
de choque! Portanto, ela é classificada
como grupo C e necessita de internação
e hidratação endovenosa.
Assim sendo, vamos às alternativas:
Alternativa A - Incorreta: Na
Chikungunya, esperaríamos encontrar
febre e artralgia importante, e o A) As capitais com as maiores taxas de
paciente também pode apresentar mortalidade por COVID-19 possuem
prurido e exantema. maior população estimada, indicando
Alternativa B - Incorreta: Apenas 20% maior concentração demográfica e,
das infecções pelo Zika vírus são portanto, maior risco de contágio.
sintomáticas, e o quadro clínico é B) Não há associação entre a
marcado principalmente pela febre mortalidade por COVID-19 e a taxa de
baixa, que pode vir acompanhada por população mais pobre, pois a
artralgia (não tão intensa como ocorre ocorrência de morte pela doença se
na Chikungunya) e conjuntivite não relaciona à idade e à presença de
purulenta. comorbidades.
Alternativa C - Incorreta: Como a C) Há grande diferença na mortalidade
paciente apresenta dengue com sinais por COVID-19, sendo mais elevada
de alarme, ela não pode ser classificada onde é maior a proporção de pessoas
como grupo B. mais pobres, o que reforça a
Alternativa D - Correta: Conforme determinação social da saúde.
explicamos acima, a paciente com D) As capitais com maiores taxas de
dengue e sinais de alarme é classificada mortalidade por COVID-19 apresentam
como grupo C, e necessita de menores proporções de pessoas com
internação e hidratação endovenosa! rendimento familiar abaixo da linha da
Portanto, o gabarito é a alternativa D. pobreza.