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PROF. I v a n a
NASCIMENTOS NO BRASIL
A cada ano acontecem no Brasil cerca de 3 milhões de nascimentos, envolvendo quase 6
milhões de pessoas, ou seja, as parturientes e os seus filhos ou filhas, com cerca de 98% deles
acontecendo em estabelecimentos hospitalares, sejam públicos ou privados. Isso significa que, a
cada ano, o nascimento influencia parcela significativa da população brasileira, considerando as
famílias e o seu meio social. (BRASIL, 2017)
Obstetrícia e Neonatologia compreendem área do saber e atuação onde o profissional enfermeiro
exerce papel fundamental no cuidado especializado.
Por tanto, é fundamental que o profissional responsável pela assistência dentro dessas
situações, saiba atuar de forma eficiente e eficaz, realizando condutas respaldadas nas evidências
científicas e protocolos mais atuais.
OBJETIVO
Entre mais de 60 mil disfunções maternas em 115 países, as causas de morte materna estão
distribuídas da seguinte forma:
1. hemorragia grave (especialmente durante e depois do parto): 27%
2. hipertensão na gestação: 14%
3. infecções: 11%
4. parto obstruído e outras causas diretas: 9%
5. complicações de abortos: 8%
6. coágulos sanguíneos (embolias): 3%
Fonte: OMS, 2016.
MORTALIDADE NEONATAL
1) Sepse;
2) Infecções Congênitas;
3) Prematuridade
TRABALHO DE PARTO E PARTO NORMAL
• Circular de cordão;
• Bradicardia transitória durante a contração quando pólo cefálico atinge + De Lee;
• RN nascer “roxinho”.
PARTO SEM DISTÓCIA EM GESTAÇÃO A TERMO
FORA DE UMA UNIDADE OBSTÉTRICA
CUIDADOS PRIORITÁRIOS:
• Primíparas: cerca de 0,5 – 2,5 horas sem peridural e 1 – 3 horas com peridural.
• Multíparas: até 1 hora sem peridural e 2 horas com peridural.
INSPECIONE A PLACENTA!
Hemorragia pós-parto
Objetivos
- Reconhecer a hemorragia pós parto
- Intervir prontamente quando há hemorragia pós parto
- Conhecer a conduta de ressucitação e estabilização da puérpera para transferência.
MORTALIDADE MATERNA
No Brasil:
⦁ 75 mortes de mulheres/100 mil nascidos vivos.
⦁ Hemorragias:
⦁ Uma das três principais causas
⦁ Em SC nos anos de 2004-2005 – principal causa de MM
Tenha uma certeza:
Se você está desconfiando que o sangramento está aumentado,
com certeza é um sangramento aumentado!
MONITORAMENTO:
1) Sinais vitais;
2) Contração uterina (globo de segurança de Pinard);
3) Sinais de sangramento.
A OMS lançou em 2013 novas recomendações para o tratamento de HPP, e recomendou como primeira medida
a ser tomada a administração de ocitocina endovenosa somada a massagem uterina.
A dificuldade encontrada nesse quesito é que há um número considerável de países cuja maioria dos
partos ocorre em ambiente extra-hospitalar e a ocitocina não está disponível pois necessita de
condições especiais de armazenamento.
Por essa razão, apesar da ocitocina ser superior ao misoprostol no combate ao sangramento pós-
parto aumentado, alguns estudos têm recomendado o uso de misoprostol para tratamento de HPP,
principalmente em contextos nos quais o acesso à ocitocina é restrito.
MASSAGEM UTERINA
Akhter S,Begum MR, Kabir Z, Rashid M, LailaTR, Zabeen F.Use of a condom to control massive
postpartum hemorrhage. MedGenMed. 2003 Sep 11;5(3):38
SUTURA B - LYNCH
PENSE ATÔNICAMENTE E AJA SISTEMATICAMENTE!
Pressão Sistólica maior ou igual a 140 mm/Hg ou Pressão Diastólica maior ou igual a 90 mm/Hg em duas ocasiões com
pelo menos 4 horas de diferença em gestante com mais de 20 semanas e sem hipertensão prévia.
Pressão Sistólica maior ou igual a 160 mm/Hg ou Pressão Diastólica maior ou igual a 110 mm/Hg a hipertensão pode ser
confirmada em duas medidas com menor intervalo de tempo.
Insuficiência Renal Creatinina maior que 1,1 mg/dl ou o dobro da creatinina normal sem outra patologia renal
Como em toda situação de emergência, o atendimento precisa ser feito por uma equipe
multiprofissional. Dessa forma, ao identificar a situação, chamar Ajuda! Deve-se de maneira simultânea a outros
procedimentos, posicionar a gestante em decúbito lateral esquerdo e elevado para assegurar a permeabilidade
das vias Aéreas.
A maioria das mulheres não vai precisar de intubação, apenas quando o escore na escala de Glasgow
for menor ou igual a oito. Deve-se aspirar as vias aéreas, lateralizar o rosto durante a convulsão para evitar
broncoaspiração e, se necessário, utilizar a cânula de Guedel. A cânula de Guedel além de garantir uma via aérea
provisória, evita o trauma de língua durante as convulsões. Realizar a prevenção de traumas, sem contenção ativa
da paciente.
B
B (ventilação-Breathing):
Avaliação da Emergência hipertensiva. Na presença de hipertensão arterial grave (PAS ≥160mmHg e PAD ≥110mmHg) deve-se
fazer uso de anti-hipertensivos de ação rápida. A finalidade é a redução de 20mmHg na pressão arterial média (PAM). Deve-se ter
cautela, pois a redução intempestiva da pressão arterial pode levar a hipofluxo materno e placentário.
Exames laboratoriais para rastreamento de síndrome HELLP e de lesão renal aguda, complicações comuns que podem se
associar a eclâmpsia (hemograma com coagulograma, transaminases, bilirrubina total, desidrogenase láctica, ácido úrico, uréia e
creatinina e gasometria). Além disso, avaliar a proteinúria.
F
F (Feto):
FATORES DE RISCO:
-Sangramento vaginal (80% dos casos) podendo ser mínimo, eventual, ou não observado (sangramento oculto, hematoma
retroplacentário) em 10 a 20% dos casos.
- Cardiotocografia geralmente anormal, com padrão não reativo ou bradicardia fetal acentuada.
- A ultra-sonografia é importante para o diagnóstico de óbito fetal. Quando normal, não afasta o DPP.
CONDUTA
- Internação imediata.
- AVP calibroso.
- Cateterismo vesical.
- Administração de oxigênio úmido sob máscara (3-8ml/h).
- Avaliação laboratorial, da função renal e da coagulação sangüínea.
- Reposição da volemia, se necessário.
- Correção dos distúrbios de coagulação, se presentes (Grau IIIB).
CONDUTA OBSTÉTRICA
Estando o concepto vivo (Grau II), realizar o parto o mais rápido possível, por operação cesariana
(conduta preferencial), ou por via baixa, com o emprego do fórcipe, se em período expulsivo.
Estando o concepto morto (Grau III), utilizar a via mais segura para a mãe, preferencialmente o
parto vaginal.
PARTO PÉLVICO
Estudo feito pelo Programa de Reanimação Neonatal mostrou que, entre 2005 e
2010 no Brasil, ocorreram 5-6 mortes precoces por dia de neonatos ≥2500g sem anomalias
congênitas por causas associadas à asfixia perinatal, sendo duas delas, em cada dia, decorrentes
de síndrome de aspiração de mecônio.
A maior parte dessas mortes aconteceu no primeiro dia de vida (SBP, 2016)
As intervenções para reduzir a morbidade e a mortalidade neonatal associadas à asfixia perinatal e à
síndrome de aspiração de mecônio incluem:
APNÉIA PRIMÁRIA:
- Quando ocorre hipoxemia o feto ou RN reage centralizando o fluxo sanguíneo para os órgãos
mais nobres (cérebro, coração e supra renais);
- Se a condição persiste, os movimentos respiratórios cessam, ocorre aumento da PA
para manter a perfusão dos órgãos nobres e uma leve queda da FC.
APNÉIA SECUNDÁRIA:
- Persistindo a asfixia, o feto ou RN desenvolvem movimentos respiratórios profundos
(‘gaspings”), a FC continua a diminuir e a PA cai progressivamente.
2) POSICIONAR A CABEÇA;
3) AUSCULTA CARDÍACA;
A VPP está indicada na presença de apneia, respiração irregular e/ou FC 100 bpm.
De modo geral, iniciar com pressão inspiratória ao redor de 20 cmH2O, sendo raramente
necessário alcançar 30-40 cmH2O naqueles pacientes com pulmões imaturos ou doentes. Após
as cinco primeiras ventilações, reajustar a pressão inspiratória de modo a visualizar o
movimento torácico leve e auscultar a entrada de ar nos pulmões. É recomendável monitorar a
pressão oferecida pelo balão com o manômetro.
Ventilações de manutenção/oxigenação
• Objetivo: levar O2 para o pulmão já livre de fluidos com alvéolos expandidos
• Precisamos de menos pressão e menos tempo (20-25 mmHg)
• Frequência: 40 a 60 movimentos por minuto.
Observar
• Adaptação da máscara à face do RN
• Permeabilidade das vias aéreas
• Expansibilidade pulmonar
• Sinais de efetividade:
• Aumento da FC
• Início da respiração regular
• Aumento do tônus
• Reavaliar em 30 segundos :
• Há melhora? Interromper VPP
• Não há melhora? Checar técnica
• Técnica ok? Iniciar O2 suplementar
FC < 60: Após ventilação bem estabelecida com O2 100%, iniciar Massagem Cardíaca.
Intubação
• VPP adequada e O2 suplementar e RN não melhora: indicada
intubação
• Lembrar que 9 em cada 10 RNs melhoram com VPP se a
técnica estiver correta – técnica incorreta, principal causa de insucesso.
APÓS 60s de RCP com ventilação e massagem cardíaca e FC mantém < 100: