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Cesariana

Definição:

 Uma cesariana é uma operaçã o em que um médico faz um corte


no abdó men (acima da linha do biquíni) e no ú tero e levanta o
bebé através dele, ou seja, ocorre quando um bebé nasce por
cirurgia abdominal.

Existem dois tipos de cesariana:

 Uma cesariana planejada (ou electiva) é planejada antes do início


do trabalho de parto. A gestante pode ter uma cesariana
planejada por um motivo médico ou, mais raramente, porque
escolheu esse tipo de parto em discussã o com seu obstetra.
 Uma cesariana nã o planejada (ou de emergência) pode ocorrer
durante o parto ou antes do início do parto, se surgir um
problema médico inesperado. Isso acontece quando o bebé
precisa nascer rapidamente de modo a garantir o bem-estar de
ambos.

Causas:

Trabalho prolongado

O trabalho prolongado - também chamado de "falha no progresso" ou


"trabalho interrompido" - é o motivo de quase um terço das cesarianas,
algo que acontece quando uma nova mã e está em trabalho de parto por
20 horas ou mais. Ou 14 horas ou mais para mã es que já deram à luz
antes.

Bebés grandes demais para o canal do nascimento, afinamento cervical


lento e mú ltiplos de transporte podem prolongar o trabalho de parto.
Nesses casos, os médicos consideram uma cesariana para evitar
complicaçõ es.

Posicionamento anormal

Para ter um parto vaginal bem-sucedido, os bebés devem ser


posicionados de cabeça perto do canal de parto.

Mas os bebés à s vezes mudam o roteiro. Eles podem posicionar os pés


ou a bunda em direçã o ao canal, conhecido como parto pélvico, ou
posicionar o ombro ou o lado primeiro, conhecido como parto
transversal.

A cesariana pode ser a maneira mais segura de dar à luz nesses casos,
especialmente para mulheres carregando vá rios bebés.

Angú stia fetal

O seu médico pode optar pelo parto por cesariana de emergência se o


seu bebé nã o estiver recebendo oxigénio suficiente.

Defeitos de nascença

Para reduzir as complicaçõ es do parto, os médicos optarã o por


entregar bebés diagnosticados com certos defeitos congénitos, como
excesso de líquido no cérebro ou doenças cardíacas congénitas, através
de uma cesariana para reduzir as complicaçõ es do parto.
Repetir cesariana

Cerca de 90% das mulheres que fizeram cesá ria podem dar à luz por
um parto vaginal, segundo a Associaçã o Americana de Gravidez . Isso é
conhecido como parto vaginal apó s cesariana (VBAC).

As futuras mã es devem conversar com seu médico para decidir se uma


VBAC ou cesariana repetida é a melhor e mais segura opçã o.

Condiçã o de saú de cró nica

As mulheres podem dar à luz por cesariana se viverem com certas


condiçõ es cró nicas de saú de, como doenças cardíacas, pressã o alta ou
diabetes gestacional. O parto vaginal com uma dessas condiçõ es pode
ser perigoso para a mã e.

Os médicos também sugerem uma cesariana se a futura mã e tiver HIV,


herpes genital ou qualquer outra infecçã o que possa ser transferida
para o bebé através do parto vaginal.

Prolapso do cordã o umbilical

Quando o cordã o umbilical desliza através do colo do ú tero antes do


nascimento do bebé, é chamado prolapso do cordã o umbilical. Isso
pode diminuir o fluxo sanguíneo para o bebé, colocando em risco a
saú de do bebé.

Embora raro, o prolapso do cordã o umbilical é uma condiçã o séria que


requer uma cesariana de emergência.

Desproporçã o cefalopélvica (DPC)


Um DPC é quando a pélvis de uma futura mã e é muito pequena para
dar à luz vaginal ou se a cabeça do bebé é muito grande para o canal do
parto. Em ambos os casos, o bebé nã o pode passar pela vagina com
segurança.

Problemas de placenta

Os médicos realizarã o uma cesariana quando a placenta baixa, parcial


ou completamente, cobrir o colo do ú tero (placenta prévia). Uma
cesariana também é necessá ria quando a placenta se separa do
revestimento uterino, fazendo com que o bebé perca oxigénio
(descolamento da placenta).

Segundo a Associaçã o Americana de Gravidez, a placenta prévia ocorre


em 1 em cada 200 mulheres grá vidas. Cerca de 1 por cento das
mulheres grá vidas sofrem descolamento da placenta.

Epidemiologia:

Com base em dados de 169 países representando 98,4% dos


nascimentos no mundo, estimamos que 21,1% (incerteza de 95% 19,9-
22,4%) ou 29,7 milhõ es de nascimentos ocorreram através do CS em
2015, representando quase o dobro desde 2000 (12,1%; 10,9 -13,3%).
As diferenças nas taxas de CS entre as regiõ es em 2015 foram dez
vezes maiores, com uma alta de 44,3% (41,3-47,4%) na regiã o da
América Latina e Caribe e uma baixa de 4,1% (3,6-4,6%) na Á frica
Ocidental e Central regiã o. Os aumentos globais e regionais foram
impulsionados tanto pelo aumento da cobertura de nascimentos pelas
unidades de saú de (66,5% do aumento global) quanto pelas taxas mais
elevadas de CS nas unidades de saú de (33,5%), com considerá vel
variaçã o entre as regiõ es. Com base nos dados mais recentes, as taxas
de CS de base populacional excederam 15% dos nascimentos em 63%
de 169 países, enquanto 28% dos países apresentaram taxas de CS
abaixo de 10%. As taxas nacionais de CS variaram de 0,6% no Sudã o do
Sul a 58,1% na Repú blica Dominicana. As disparidades dentro do país
nas taxas de CS também foram muito grandes, com uma diferença de
seis vezes nas taxas de CS entre nascimentos nos países mais ricos e
mais pobres nos países de baixa e média renda, taxas de CS
marcadamente altas entre nascimentos de baixo risco obstétrico,
especialmente mais educou mulheres no Brasil e na China e taxas de CS
1,6 vezes mais altas em instalaçõ es privadas em comparaçã o com
instalaçõ es pú blicas. As taxas nacionais de CS variaram de 0,6% no
Sudã o do Sul a 58,1% na Repú blica Dominicana. As disparidades
dentro do país nas taxas de CS também foram muito grandes, com uma
diferença de seis vezes nas taxas de CS entre nascimentos nos países
mais ricos e mais pobres nos países de baixa e média renda, taxas de CS
marcadamente altas entre nascimentos de baixo risco obstétrico,
especialmente mais educou mulheres no Brasil e na China e taxas de CS
1,6 vezes mais altas em instalaçõ es privadas em comparaçã o com
instalaçõ es pú blicas. As taxas nacionais de CS variaram de 0,6% no
Sudã o do Sul a 58,1% na Repú blica Dominicana. As disparidades
dentro do país nas taxas de CS também foram muito grandes, com uma
diferença de seis vezes nas taxas de CS entre nascimentos nas regiõ es
mais ricos e mais pobres nos países de baixa e média renda, taxas de CS
marcadamente altas entre nascimentos de baixo risco obstétrico,
especialmente mais educou mulheres no Brasil e na China e taxas de CS
1,6 vezes mais altas em instalaçõ es privadas em comparaçã o com
instalaçõ es pú blicas.
Indicações:

Segundo as pesquisas que eu realizei as indicaçõ es para a cesariana


equivalem as causas para a mesma.

Local da incisã o:

E realizada atraveis de um corte na parte inferior do abdó men até o


ú tero. O corte é geralmente na linha do biquíni, mas também pode ser
feito na vertical.

Quais as recomendações da OMS quanto as opções para o parto


normal ou cesarianas

 A Organizaçã o Mundial da Saú de (OMS) emitiu novas directrizes


para estabelecer padrõ es de atendimento globais para mulheres
grá vidas saudá veis e reduzir intervençõ es médicas desnecessá rias,
nas quais recomenda que as equipas médicas e de enfermagem nã o
interfiram no trabalho de parto de uma mulher de forma a acelerá -
lo, a menos que existam riscos reais de complicaçõ es.
 Na nova recomendaçã o sobre nascimentos e partos, emitida no dia
15 de fevereiro de 2018, a OMS vem pô r em causa orientaçõ es que
foram adoptadas durante décadas e que indicavam que um trabalho
de parto que progride com uma taxa de dilataçã o do colo do ú tero
menor do que um centímetro por hora nã o seria considerado
normal.
 Perante este cená rio, muitas vezes, as mulheres recebem oxitocina
para acelerar o trabalho de parto ou acabam por ser encaminhadas
para cesarianas ou para trabalhos de parto com fó rcipes.
 Na sua nova orientaçã o, a OMS pediu a eliminaçã o da referência à
dilataçã o cervical de um centímetro por hora e enfatiza que uma taxa
de dilataçã o cervical mais lenta por si só nã o deve servir de
indicaçã o para acelerar o parto ou o nascimento.
 Para a OMS, muitas mulheres preferem um nascimento natural e
confiam nos seus corpos para dar à luz o seu bebé sem intervençã o
médica desnecessá ria.  A organizaçã o considera que, mesmo quando
a intervençã o médica é necessá ria, é preciso incluir as mulheres na
tomada de decisõ es sobre os cuidados que recebem.
 A nova recomendaçã o reconhece que cada trabalho de parto é ú nico
e que a duraçã o da primeira etapa do processo varia de uma mulher
para outra.
 O novo documento da OMS inclui 56 recomendaçõ es sobre o que é
necessá rio para o trabalho de parto e imediatamente apó s a mulher
ter o bebé. Inclui o direito a ter um acompanhante à sua escolha
durante o trabalho de parto e o respeito pelas opçõ es e tomada de
decisã o da mulher na gestã o da sua dor e nas posiçõ es escolhidas
durante o trabalho de parto e ainda o respeito pelo seu desejo de um
parto totalmente natural, até na fase de expulsã o.

Consequências das cesarianas

Uma cesariana primá ria acarreta um risco reduzido de trauma e dor


perinatal, incontinência uriná ria e anal, prolapso ú tero vaginal e
infeçõ es neonatais precoce, estando associado a complicaçõ es
imediatas, intermediá rias e tardias como:

 Complicaçõ es imediatas:
 Hemorragia pó s-parto (> 1000ml);
 Hematoma da ferida (aumento em pacientes com IMC
grande/ diabéticos/ imunossuprimido);
 Laceraçõ es fetais (risco de 1-2%, maior com ruptura
anterior da membrana);
 Trauma na bexiga/ intestino (mais comum em pacientes
que fizeram cirurgia abdominal prévia).
 Complicaçõ es intermediá rias:
 Trombo embolismo venoso;
 Infeçã o endometrica;
 Infeçã o respirató ria com maior risco se for utilizado
anestesia geral;
 Infeçã o no trato uriná rio.
 Complicaçõ es tardias:
 Placenta prévia;
 Ruptura/ deiscência de cicatriz no pró ximo parto;
 Trauma no trato uriná rio;
 Arrependimento e outras sequelas psicoló gicas negativas.

Discente: Kelvin Aganmwonyi

Curso: Licenciatura em Enfermagem

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