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Enfermagem Saúde da Mulher

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Pós Graduada em Educação em Saúde. USP.
Saúde Publica
Saúde da Família.
Enfermagem Obstétrica.
Mestre em Ciências Biológicas

Alessandra G Emerick
Quase 30% das mortes maternas no mundo são
causadas por hemorragia pós-parto (HPP), o que
faz da condição a principal causa de morte entre
mulheres que deram a luz.
Nas últimas décadas, o Brasil reduziu os óbitos em
56%, mas ainda não cumpriu o compromisso
firmado com a Organização Mundial da Saúde
(OMS) de chegar a 35 mortes maternas a cada 100
mil nascidos vivos.
Hemorragia após evento obstétrico

• No Brasil, de 1996 a 2018, foram registrados 38.919 óbitos maternos no


Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), sendo que
aproximadamente 67% decorreram de causas obstétricas diretas.
• Ou seja, complicações obstétricas durante gravidez, parto ou puerpério
devido a intervenções, omissões, tratamento incorreto ou a uma cadeia de
eventos resultantes de qualquer dessas causas.
• BRASIL
• Entre os óbitos maternos ocorridos no Brasil, de 1996 a 2018, as causas
obstétricas diretas que se destacaram foram: hipertensão (8.186 óbitos),
hemorragia (5.160 óbitos), infecção puerperal (2.624 óbitos) e aborto
(1.896 óbitos). Os dados são do Boletim Epidemiológico da Secretaria de
Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, de maio de 2020.
• https://www.segurancadopaciente.com.br/wp-
content/uploads/2018/08/manual-curso-
hemorragia-pos-parto-oms.pdf
O choque hipovolêmico é uma situação grave
que acontece quando se perde grande
quantidade de líquidos e sangue, o que faz com
que o coração deixe de ser capaz de bombear o
sangue necessário para todo o corpo e,
consequentemente oxigênio, levando a
problemas graves em vários órgãos do corpo e
colocando a vida em risco.
A hemorragia pós-parto
(HPP) constitui-se na segunda
principal causa de morte
materna no país;
• Ministério da Saúde. 2001). O parto precipitado ou taquitócico é
diagnosticado quando a dilatação cervical e a descida e expulsão do
feto ocorrem num período de 4 horas ou menos.
1. AJUDA/AVALIAÇÃO INICIAL
• ____Verbalização clara do diagnóstico para
equipe/comunicar paciente ____
• Chamar obstetra/anestesista/enfermeiros
imediatamente
• ____Estimar gravidade da perda inicial (por meio dos
dados vitais e índice de choque ou perda sanguínea)
• ____Avaliação rápida da causa da hemorragia (tecido,
tônus, trajeto, trombina)
2. BÁSICO/MEDIDAS GERAIS INICIAIS
• ____Cateterização de dois acessos calibrosos (J 16 ou 14) e iniciar
infusão de SF 0,9%
• ____Exames:hemograma/ionograma/coagulograma/fibrinogênio/prov
a cruzada. Caso grave: lactato e gasometria
• ____Oxigenoterapia: (8-10 l/min.) em máscara facial
• ____Elevação dos membros inferiores (posição de Trendelemburg)
____Monitorização materna contínua
• ____Esvaziar bexiga e posicionar sonda vesical de demora (monitorar
diurese)
• ____Avaliar antibioticoprofilaxia (medicamento e doses habituais)
3. CONTROLE DA VOLEMIA/REPOSIÇÃO
VOLÊMICA
• ____Estimar gravidade da perda volêmica
• ____ reavaliar a resposta da paciente a cada
250-500 ml de soro infundido
____Transfusão: se instabilidade
hemodinâmica e considerar após 1500 ml e
HPP grave (coagulopatia)
4. DETERMINAR ETIOLOGIA: (4T – TÔNUS,
TECIDO, TRAJETO, TROMBINA)
• ____Determinar tônus uterino (palpação uterina)
• ____Revisão da cavidade uterina (restos de placenta)
• ____Revisão do canal do parto (lesão/hematoma:
vagina, colo e segmento uterino – nos casos de
cesariana prévia
• ____Avaliar história de coagulopatia (doenças prévias,
CIVD, uso de medicamentos: AAS, heparina, warfarin
etc.)
Rever o diagnóstico da hemorragia :
*Lembrar dos 4 Ts*
• Tônus atonia uterina (70% das causas)
• Tecido retenção placentária , acretismo
placentário (20%)
• Trauma Inversão uterina , ruptura ,
lacerações , hematomas, episiotomias (9%)
• Trombina coagulopatias (1%)
• Tónus muscular ou tônus muscular é o estado de
tensão elástica (contração ligeira) que apresenta o
músculo em repouso.
• Atonia- Falta de força muscular ou em outros
órgãos.
• A atonia uterina corresponde à perda da capacidade de
contração do útero após o parto o que aumenta o risco de
hemorragia pós-parto, colocando em risco a vida da mulher
Ocitocina
• Ela age estimulando as contrações uterinas de forma regulada e
abrindo o colo do útero, para facilitar a passagem do bebê pelo canal
vaginal. Após o nascimento do bebê, a ocitocina continua agindo no
organismo da mulher, nas contrações uterinas, para diminuir a
hemorragia.
• Quando a paciente tem um quadro de
sangramento ativo deve-se realizar
compressão uterina bimanual. Nesta técnica,
coloca-se uma mão no abdômen da paciente
e uma mão em punho fechado dentro da
cavidade uterina, fazendo-se uma
compressão do útero.
• Atonia Uterina Começar com massagem
bimanual ou compressão uterina
(manobra de Hamilton).
Retenção Placentária
• Tentar uma leve pressão no fundo do útero ou pressão supra-púbica
associados a leves movimentos circulares de tração do cordão .
• Tentar injetar 5U de ocitocina na veia umbilical

• .Tentar extração manual da placenta

• Realizar curetagem puerperal sob anestesia

. Para casos de acretismo em que um tratamento conservador seja indicado,


o balão de SOS Bakri pode ser usado para controle de hemorragia.
balão de SOS Bakri
Trauma Pensar em inversão uterina , ruptura uterina ,
episiotomia , lacerações do canal de parto.

• Inversão Uterina
• Fazer o diagnóstico e tratar o mais rápido possível

• Repor o útero imediatamente . Tentar as manobras manuais

• Se não houver sucesso tentar as mesmas manobras com tocolíticos ou


anestesia.
• Reposição cirúrgica ( Cir. De Huntington)
ruptura uterina DISTENSÃO DO
SEGMENTO INFERIOR
• DISTENSÃO DO SEGMENTO INFERIOR-SINAL DE BANDL


https://www.youtube.com/watch?v=3_VuOeRcJ8o&ab_channel=Medic
inaResumida
Trauma Pensar em inversão uterina , ruptura uterina ,
episiotomia , lacerações do canal de parto.

• Inversão Uterina

• Fazer o diagnóstico e tratar o mais rápido possível

• Repor o útero imediatamente . Tentar as manobras manuais

• Se não houver sucesso tentar as mesmas manobras com tocolíticos ou


anestesia.
• Reposição cirúrgica ( Cir. De Huntington)
Trauma Pensar em inversão uterina , ruptura uterina ,
episiotomia , lacerações do canal de parto.

• Lacerações e Episiotomias
• 1.Sangramento em pequena quantidade, mas
contínuo e vermelho-vivo.
• 2.Rever canal de parto sempre quando o
diagnóstico de atonia for afastado.

3.Corrigir cirurgicamente e em ambiente estéril


Coagulopatias
• 1. Diagnóstico de exclusão .

• 2. Condições obstétricas que podem causar coagulopatia : Pré-eclampsia ,


eclampsia , HELLP , DPP , Óbito fetal , Embolia de Líquido Amniótico ,
Sepse.
• 3. Lembrar de usar heparina

• 4. Tratamento:
•Expulsa a placenta, que deve ser
revisada quanto à integridade de
cotilédones e membranas,
procede-se à imediata revisão do canal
de parto (colo, vagina e períneo
• No acretismo placentário, a
placenta se insere muito
profundamente na decídua,
dificultando essa separação,
podendo inclusive ultrapassá-la.
ASSISTÊNCIA AO 3º PERÍODO
• Manejo Ativo x Passivo;
• Administrar ocitocina IM 10UI, no vasto lateral
da coxa e fazer tração controlada do cordão;
Avaliar integridade da placenta e do cordão;
Avaliar a formação do globo de segurança de
Pinard;
Monitorar hemorragias.
2.20
• https://www.youtube.com/watch?v=AwOBQjzE6O8&ab_channel=Medical
AidFilms-FilmsForLife
INTENSA OBSERVAÇÃO PÓS-HEMORRAGIA
• ___Monitorização rigorosa no pré-parto (ou
sala equivalente) nas primeiras 24 horas
• ___Não encaminhar para enfermaria (ou
equivalente) após quadro de HPP: risco de
falta de monitorização rigorosa
• ___CTI de acordo com a gravidade
• http://www.iepmoinhos.com.br/iprotocolos/publico/protocolos/imprimir/121

• https://www.saudedireta.com.br/docsupload/1340024348hemorragia_uterina_
pos_parto.pdf

• https://www.segurancadopaciente.com.br/wp-
content/uploads/2018/08/manual-curso-hemorragia-pos-parto-oms.pdf
• https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5884863/mod_page/content/1/Text
o_Semin_rio_parto_e_puerp_rio.pdf
• http://www.me.ufrj.br/images/pdfs/protocolos/enfermagem/admisao_da_paci
ente_na_emergencia_obstetrica.pdf

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