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Cithilene – Psicóloga
Mariana – Psicóloga
Roseli – Assistente Social
CHEGAMOS!
...O QUE É
VIOLÊNCIA?
A OMS utiliza a seguinte definição para
conceituar o termo violência:
[…] é um fenômeno sócio histórico que se tem conhecimento dese a Antiguidade. Sua manifestação é
diversa e multideterminada. Diante disso, a violência afeta a saúde, pois acarreta lesões, traumas, mortes
físicas e emocionais. […] tem impacto em diversas áreas da vida e, desse modo, é preciso que sua discussão
esteja dentro do conjunto de problemas que relacionam saúde, situações socioeconômicas, história, cultura,
política e estilos de vida. […] É sempre relacionada por uma ou mais relações de poderes, num cenário onde
o autor de violência exerce um determinado poder sobre a pessoa em situação de violência, subjugando – a
numa relação de dominação e submissão. […] essa relação de poder transcende a relação entre duas ou mais
pessoas, sendo constantemente alimentada por questões estruturais, tais como o Racismo, Misoginia,
Homofobia, Capacitismo, Desigualdade Social, Transfobia, Xenofobia, etc. Desta maneira, a violência
caracteriza um grave problema de saúde pública, além de uma violação de uma série dos direitos
humanos, por isso nos cabe refletir sobre essa temática (OMS, 2002).
Além da violência estrutural, podemos citar
outras causas:
Contexto socioeconômico
• Pobreza/ Desemprego/ Isolamento social/ Crises familiares (separação, morte, gravidez indesejada).
• Pouco contato com a família extensa/ Pouca interação social (na vizinhança, no trabalho, na escola).
• Pouco acesso a instituições de saúde, de educação e de lazer da comunidade/ Pouca expectativa e mobilidade social.
Contexto cultural
• Determinação da atitude perante a infância, a sexualidade, o castigo e a violência
Regulamentação das relações entre sexos e entre gerações.
Contexto familiar
• Experiências de socialização dos pais/ História de desarmonias ou rupturas familiares.
• História pessoal de violência ou abuso/ Fatores situacionais de estresse.
• Ignorância a respeito das características e necessidades da criança, tais como crescimento, desenvolvimento
emocional e sexualidade.
• Características patológicas dos pais, tais como desordens físicas e psíquicas, distúrbios neurológicos,
alcoolismo, dependência de drogas, baixa autoestima, despreparo para os papéis de pai e mãe, impulsividade,
baixa tolerância à frustração e ao estresse.
• Características dos filhos, tais como prematuridade, deficiência física ou mental, problemas
De saúde apatia, hiperatividade, rebeldia, dentre outros.
Quais são os TIPOS de violências?
VIOLÊNCIA AUTOINFLIGIDA – Compreende o ... A maioria dos tipos de violência tem sua base na
suicídio, ideação suicida e tentativas de suicídio. violência estrutural..
Também engloba o conceito de auto abuso, o qual
se refere as auto agressões e às automutilações.
De acordo com o Ministério da saúde, a NATUREZA
dos atos de violência é classificada como:
• Autor desconhecido – quando o agressor é desconhecido e a violência acontece uma única vez, de forma abrupta, e o
abuso é acompanhado de violência física;
• Extrafamiliar – nesse caso o autor é conhecido pela vítima, mas não pertence ao seu contexto familiar. Esse tipo de
violência sexual ocorre em geral com atividades sexuais que se intensificam gradativamente e pode ocorrer junto de
ameaças verbais e de sedução. O silencio da vítima é frequente pelo medo , vergonha ou desejo da família.
• Infrafamiliar – ocorre mais frequentemente no ambiente doméstico. A existência de um vínculo entre os envolvidos
dificulta a quebra do silencio. Nessas situações outros familiares podem estar envolvidos de maneira direta ou indireta.
Violência auto provocada
Engloba o suicídio, ideação suicida, tentativa de suicídio, autoagressões e automutilações. É um fenômeno complexo que
continua a impactar familiares, amigos e membros da comunidade, por essa razão é importante promover um espaço de
escuta a estes outros também. O predomínio do fenômeno é entre homens jovens e frequentemente ha presença de um
diagnóstico de transtorno mental. Os quadros mais observados são depressão, transtorno afetivo bipolar e dependência
química, entre outros.
FATORES DE RISCO
Histórias de tentativas anteriores;/ Desemprego;/ Perdas recentes;/ Solidão, apatia, isolamento;
Transtornos mentais como depressão, alcoolismo, transtorno bipolar, esquizofrenia;/ Migrantes e imigrantes;
Sexo masculino;/ Faixa etária entre 15 e 45, e acima de 75 anos;/ Aposentados;/ Personalidade impulsiva e instável;
Doenças orgânicas;/ Vivencias de situação de violência, de vulnerabilidade;
Acesso fácil aos meios letais (principalmente de arma de fogo, fármacos, facas, etc).
MAS...
[…] são registrados mais de 700 mil suicídios em todo o mundo, sem contar com os episódios
substantificados, pois com isso, estima-se mais de 01 milhão de casos. No Brasil, os registros se aproximam
de 14 mil casos por ano, ou seja, em media 38 pessoas cometem suicídio por dia. Entre 2010 e 2019,
ocorreram no Brasil 112.230 mil mortes por suicídio Houve um aumento de 43% nos casos registrados.
[…] disseminar conteúdos orientativos para toda população é imprescindível para ajudar a diminuir esses
números "Precisamos orientar para conscientizar, prevenir e no mês de setembro concentramos os nossos
esforços e vamos para a prevenção efetiva do suicídio A morte por suicídio é uma emergência medica e pode
ser evitada através do tratamento adequado do transtorno mental de base", afirma o presidente da ABP, Dr.
Antônio Geraldo da Silva. Durante o mês de setembro, a ABP prepara diversas ações para conscientizar sobre
o tema como eventos online, iluminação de espaços públicos e monumentos com a cor da ação, campanha
nas redes sociais, além de disponibilizar cartilhas informativas no site, materiais gráficos e ficar disponível
para toda a imprensa que desejar realizar matérias sobre o tema.
Se precisar, peça ajuda!
Todos nós devemos atuar ativamente na conscientização da importância que a vida tem e ajudar na prevenção do
suicídio, tema que ainda é visto como tabu. É importante falar sobre o assunto para que as pessoas que estejam
passando por momentos difíceis e de crise busquem ajuda e entendam que a vida sempre vai ser a melhor
escolha. Quando uma pessoa decide terminar com a sua vida, os seus pensamentos, sentimentos e ações
apresentam-se muito restritivos, ou seja, ela pensa constantemente sobre o suicídio e é incapaz de perceber
outras maneiras de enfrentar ou de sair do problema. Essas pessoas pensam rigidamente pela distorção que o
sofrimento emocional impõe. Se informar para aprender e ajudar o próximo é a melhor saída para lutar contra
esse problema tão grave. É muito importante que as pessoas próximas saibam identificar que alguém está
pensando em se matar e a ajude, tendo uma escuta ativa e sem julgamentos, mostrar que está disponível para
ajudar e demonstrar empatia, mas principalmente levandoa ao médico psiquiatra, que vai saber como manejar a
situação e salvar esse paciente.
Manejos no atendimento
Coordenadoria Regional de Saúde – Sul. Área Técnica de Atenção Integral à Saúde da Pessoa em Situação de Violência. Guia Rápido:
Atenção Integral à Saúde da Pessoa em Situação de Violência. São Paulo, SP: Coordenadoria Regional de Saúde – Sul, 2021.
Reconstrução de vidas: Como prevenir e enfrentar a violência doméstica o abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentes./
Ana Cristina Marcondes Moura [et al]. São Paulo: SMADS. SEDES Sapientae, 2008.
O fim da Omissão: A implantação de polos de prevenção à violência doméstica. Fundação Abrinq. Premio Criança 2002