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RESUMO PROVA – PREVENÇÃO A VIOLÊNCIA

VIOLÊNCIA:
A violência é compreendida como um problema de saúde pública.

Ação intencional, real ou em ameaça, feita por indivíduo, instituição, classe ou nação, dirigidas a outro, que
cause prejuízos, danos físicos, sociais, psicológicos ou espirituais.

Causas da Violência:
- Ponto de vista da Sociologia, Psicologia, Psicanálise, etc.
- Estresse e Agressividade
- Raiva, Ódio, Irritabilidade)
- Efeitos externos (privação de sono, alimentação, etc)
- Fatores traumáticos na formação da Personalidade

 O Brasil é o 8º país com mais mortes violentas do planeta


PLANTÃO PSICOLÓGICO

É um serviço pontual de atendimento psicológico, feita por psicólogo.

Não há temas ou questões que não serão abordadas. Qualquer questão que venha incomodar o cliente é
uma questão importante.

O plantão não tem como proposta o processo psicoterapêutico, se isto for considerado adequado, faz-se
necessário encaminhar o paciente para um profissional psicoterapeuta.

É um espaço no qual o psicólogo estará disponível para ouvi-lo, oferecendo suporte e possibilidade de
reflexão.

O plantão psicológico pode ser realizado em:


Instituições, escolas, hospitais, clínicas e é destinado a pessoas que buscam um atendimento de apoio
emergencial, em situações de crise como: tomadas de decisão, luto, ou qualquer outra situação que tire o
equilíbrio momentâneo.

Base teórica: O plantão psicológico foi concebido baseado na Abordagem Centrada na Pessoa, de Carl
Rogers. Outras abordagens teóricas poderão ser adaptadas (Fenomenologia Existencial, Gestalt, Psicoterapia
Breve, entre outras)

Como funciona? O Plantonista fica à disposição, não existe uma quantidade de atendimentos, porém é
comum até 03 encontros. Sempre verificar os motivos que o indivíduo procura o Plantão e não somente a
“história”. Observe a necessidade de encaminhamento para Psicoterapia + Psiquiatra + outros profissionais.

Para quem é o serviço de Plantão Psicológico? Se for em uma escola, os pais deverão ser informados que
existe o serviço e assinar um termo de autorização. Trata-se de uma consulta psicológica avulsa, pontual, sem
a necessidade de um comprometimento em longo prazo.

Limites do Plantão Psicológico: Este serviço não visa atender casos de emergências psiquiátricas como, por
exemplo, um surto psicótico ou tentativa de Suicídio. Caso identificado esta demanda encaminhar para:
Hospital, Centro de Atenção Psicossocial, Unidade Básica de Saúde, Clínicas etc. No entanto o plantonista
deverá estar preparado para identificar e encaminhar

Obs: Todo Plantão Psicológico é um atendimento de Primeiros Socorros, porém o contrário não.

PRIMEIROS SOCORROS PSICOLÓGICOS (PSP)

• Os Primeiros Socorros Psicológicos (PSP) é um suporte às pessoas em situação de sofrimento e com


necessidade de apoio.

• Não é um tratamento psicológico, escuta sem julgamento, acolhimento sem intervenções.

• Os PSP podem ser realizados por qualquer pessoa acima de 18 anos que esteja em condições
psicológicas e físicas para auxiliar, desde que tenha orientações básicas de PSP.

• Os PSP consistem em oferecer apoio e cuidado práticos não invasivos; avaliar necessidades e
preocupações; ajudar as pessoas a suprir suas necessidades básicas.

• Encaminhamento para profissionais: psicólogo, psiquiatra, etc.

• Os PSP abrangem uma infinidade de situações, desde desastres naturais e atentados em


comunidades, passando por acidentes, perda de entes queridos, violência, etc.

• Podem ser aplicados em qualquer situação de crise, em um período de até 72 horas após o evento
agudo da crise.
 O treinamento consiste em:
- Noções básicas sobre transtornos emocionais e psiquiátricos;
- Noções básicas sobre os tipos de lutos e reações comuns;
- Questões Éticas e postura diante do indivíduo em Crise;
- Encaminhamentos

5 princípios básicos que devemos ter em mente no PSP:

1- Segurança: Garantir que você e sua família estão seguros e passar segurança ao outro.
2- Calma: Promover senso de calma, já que ela estará em tensão (medo, ansiedade, etc)
3- Conexão: Ajudá-lo a encontrar uma rede de apoio (familiares, amigos, etc)
4- Senso de autoeficácia e eficácia comunitária: Se for possível, ajudá-la a usar sua autonomia, força,
qualidades, estratégias para enfrentar situação dentro da própria comunidade
5- Esperança: Promova o senso de esperança. Ajude a pessoa a se engajar com atividades construtivas e
promova expectativas positivas quanto ao que vai acontecer na próxima hora, dia ou semanas.

VIOLÊNCIA INFANTO- JUVENIL

A palavra violência, segundo o dicionário (Ferreira, 1999), significa qualidade de ser violento; ato de
violentar; constrangimento físico ou moral; uso da força; coação.
Pode ser abuso ou violência física, negligência ou omissão do cuidar, violência psicológica, violência sexual,

Violência doméstica: ocorre dentro do lar, praticada pelas pessoas que o habitam, independentemente dos
laços sanguíneos.
Violência intrafamiliar: ocorre entre os membros da família, independentemente de morarem ou não na
mesma casa.

Guerra e Azevedo definem:


pobre: vítima da violência social mais ampla (incluem-se menores carentes, abandonados e infratores).
explorada: vítima da violência no trabalho (crianças que procuram sobreviver através do mercado formal e
informal de trabalho).
torturada: vítima da violência institucional (crianças vítimas de maus tratos quanto à assistência, repressão e
tratamento em instituições).
fracassada: vítima da violência escolar (exclusão do processo de escolarização através da dificuldade de
acesso, de reprovação e repetência e da evasão escolar).
vitimizada: vítima da violência doméstica (pertinentes às relações interpessoais adulto-criança).

A atuação da(o) Psicóloga(o) nos casos de violência sexual contra crianças e adolescentes:
• Lei nº 13.431/2017, que busca estabelecer o sistema de garantias de direitos das crianças e
adolescentes vítimas ou testemunhas de violência.
• O Decreto nº 9.603/2018, que regulamenta a Lei nº 13.431/2017, trouxe diretrizes mais específicas
para a implementação da rede de proteção, incluindo fluxos para o atendimento à vítima, além da
escuta especializada e do depoimento especial.

PREVENÇÕES:
Prevenção Primária: previne a violência antes que ela ocorra;
Prevenção Secundária: ações imediatas após a violência (cuidados médicos, tratamentos, notificação
e encaminhamentos);
Prevenção Terciária: cuidados prolongados após a violência (reabilitação e reintegração).
SINAIS FÍSICOS DE ALERTA
• Manchas no corpo
• Hematomas
• Marcas de corda, cinto, mordidas
• Fraturas em diferentes estágios de consolidação
• Lesões de pele em diferentes estágios de cicatrização
• Roupas rasgadas ou manchadas de sangue
• Dificuldade para caminhar ou sentar
• Hemorragia vaginal ou retal
• Dor ao urinar ou incontinência urinária
• Cólicas intestinais
• Doenças sexualmente transmissíveis
• Gravidez precoce
• Roupas inadequadas ao clima
• Dermatites não tratadas
• Descuido na higiene corporal e vestuário
• Negligência nos atendimentos médicos ou no esquema de vacinas

Manifestações psicológicas de alerta


• Distúrbios do sono
• Distúrbios da alimentação (inapetência, bulimia, anorexia, obesidade)
• Cansaço
• Sonolência
• Agitação ou terror noturno ou pesadelos
• Agressividade ou passividade
• Depressão
• Choro frequente
• Desconfiança
• Estado de alerta permanente
• Medo de ficar só ou em companhia de determinadas pessoas
• Preferência pela escola à casa
• Fugas de casa
• Negligência educacional como absenteísmo escolar
• Baixo rendimento escolar
• Dificuldade de concentração
• Comportamentos autodestrutivos: uso de drogas ou álcool

SUICÍDIO
Fenômeno complexo multideterminado: Abuso, socioeconômico, acesso a meios letais, colapso existencial,
transtorno mental, doenças crônicas, biológicos, personalidade, etc.

Ideação suicida -> ameaças de suicídio -> elaboração de um plano suicida -> tentativa de suicídio -> suicídio

FATORES DE RISCO – 4D’s

1- Depressão
2- Desesperança
3- Desamparo
4- Desespero

INDICATIVOS:
Inabilidade → Timidez → Medo → Sentimentos AMBIVALENTES

FATORES DE RISCO:
Tensões na vida (ex.: rompimentos românticos, problemas, falhas acadêmicas, etc.); Tentativas anteriores de
suicídio; Exposição ao suicídio de outras pessoas; Quadros psicopatológicos (ex.: depressão, ansiedade,
transtorno bipolar, transtornos de personalidade, problemas de abuso de substâncias, etc.); Problemas de
saúde física graves ou crônicos; Acesso a meios letais; Abuso infantil; Isolamento social; Violência; Ser
migrante; Ser indígena; Se não-heterossexual; Ser praticante ou vítima de bullying; Comportamentos
suicidas, autolesões, alterações de comportamento, falar sobre o desejo de morrer, desfazer de objetos
importantes, álcool ou drogas.

O que a sociedade pode fazer:


→Palestras, Treinamentos Constantes sobre Saúde Mental/ Transtornos Mentais
→ Programas de Prevenção e Posvenção.
→ Preparar equipes de Primeiros Socorros Psicológicos
→ Cuidar com efeito Contágio – Werther
→ O efeito Papageno é o efeito que mídia de massa pode ter ao apresentar alternativas não suicidas a crises

O Papel da Família na Prevenção Cuidado com os “Julgamentos”


→ Não Busque culpados
→ Sofrimento Psíquico não tem idade
→ Não espere piorar para pedir ajuda profissional.
→ Psicólogo e Psiquiatra não são para “Loucos”
→ Momento de reflexões profundas.

EXTRAS: Kit de sobrevivência (ou caixa de esperança), cartões de enfrentamento, estratégias de resolução de
problemas, Uso de distratores e estratégias tranquilizantes: atividades físicas, praticar o relaxamento
muscular, tomar um banho ou colocar uma parte do corpo (ex.: mãos ou pés) em água fria, estourar plástico
bolha, prestar atenção nos sentidos (ex.: tato, som, olfato) ou repetir uma palavra por um tempo até que ela
comece a soar estranha (como repetir a palavra “papel” por um minuto),

Outros Papéis
→ Escola e/ou universidades e empresas: PSP e Plantão psicológico
→ Rodas de conversa; Parceria com clínicas especializadas
→ Profissionais internos habilitados para identificação, acolhimento e encaminhamento

Posvenção
→ É todo cuidado prestado aos sobreviventes enlutados por um suicídio.
→ Sobreviventes ou Enlutados por Suicídio.
→ 100 a 135 pessoas impactadas

Objetivos da Posvenção
→ facilitar o processo de luto ou ajuste;
→ ajudar a comunidade educacional a processar o que aconteceu;
→ incentivar a expressão de emoções difíceis, ajudar as pessoas a lidar com o impacto de o evento;
→ Posvenção não é pontual e deve incluir ações de monitoramento.
→ Mesmo que não tenham casos de suicídio na escola, mas (cidade, artista, etc

LOCAIS DE APOIO E TRATAMENTO


→ CVV - 188
→ CAPS
→ UNIVERSIDADES
→ Clínicas ESPECIALIZADAS
→ UBS
→ Igrejas e ongs

(Observar, escutar, aproximar)

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