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@THIAGOMERCEDES

TENHO UM

adolescente
autista
E AGORA?

Thiago
Mercedes
Emcollabcom:

@SOMOSJBB
O QUE É?
O Transtorno do Espectro Autista (TEA), conforme descrito no
DSM-V -Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders
ou Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais
(AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 2014), é um distúrbio do
desenvolvimento neurológico que persistentemente impacta a
habilidade de comunicação e interação social, acompanhado por
padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou
atividades, podendo ou não ter prejuízo intelectual.

As pessoas com TEA frequentemente


apresentam características como rotinas fixas,
maior sensibilidade a estímulos sensoriais e
desafios na regulação e expressão de emoções.
Estes sinais podem ser identificados
precocemente, geralmente na primeira infância.

Atualmente, o DSM-V adotou o termo oficial "Transtorno do


Espectro Autista", englobando condições que anteriormente
eram consideradas como autismo clássico ou síndrome de
Asperger. As manifestações do TEA podem variar em gravidade
e nível de desenvolvimento, justificando o uso do termo
"espectro", pois há características compartilhadas entre os
indivíduos, mas a expressão do transtorno é diversificada.

Ao lidar com adolescentes com TEA em sua igreja, é


fundamental adotar uma abordagem sensível e abrangente,
reconhecendo as necessidades individuais de cada adolescente
e promovendo um ambiente acolhedor e compreensivo para
todos os membros da comunidade.
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ESPECTRO DSM-V

LEVE MODERADO SEVERO

A causas do Transtorno do Espectro Autista ainda é


desconhecida, embora a tendência seja considerá-la de origem
multicausal associada aos fatores genéticos, neurológicos e
sociais do indivíduo. Em relação ao gênero, o TEA é
diagnosticado com maior frequência no sexo masculino do que
no sexo feminino, com uma proporção de quatro para um.

DADOS ESTATÍSTICOS

Segundo dados do CDC (Center of Deseases Control and


Prevention), órgão ligado ao governo dos Estados Unidos, existe
hoje 1 caso de autismo a cada 110 pessoas. Dessa forma, estima-
se que o Brasil, com seus 200 milhões de habitantes, possua
cerca de 2 milhões de autistas. São mais de 300 mil ocorrências
só no Estado de São Paulo. Contudo, apesar de numerosos, os
milhões de brasileiros autistas ainda sofrem para encontrar
tratamento adequado.

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Na última pesquisa divulgada pelo
CDC, em 2021, também não
tínhamos dados concretos sobre
diferenças entre os sexos. Na
pesquisa divulgada em 2020, há o
resultado de que para cada 1
menina com TEA, há 4 meninos
com TEA.

Atualmente, segundo dados


divulgados em 2023, pela primeira
vez, a porcentagem de meninas de
8 anos identificadas com TEA foi
superior a 1%. No entanto, uma
realidade persiste: os meninos
mantiveram quase quatro vezes
mais chances de serem
identificados com TEA do que as
meninas.)

1 MENINA A
CADA
4 MENINOS

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QUANTIDADE DE DIAGNÓSTICOS
EM CRIANÇAS DE 8 ANOS NOS
ESTADOS UNIDOS

A pesquisa de prevalência de autismo é atualizada a cada 2


anos nos Estados Unidos e considera apenas crianças com 8
anos de idade. Assim, temos um novo número: 1 em cada 36
crianças de 8 anos são autistas nos Estados Unidos, o que
significa 2,8% daquela população.

O número desse estudo científico é 22% maior que o anterior,


divulgado em dezembro de 2021. Ou seja, o número anterior foi
de 1 em 44 (com dados de 2018). No Brasil, não temos
números de prevalência de autismo. Se fizermos a mesma
proporção desse estudo do CDC com a população brasileira,
poderíamos ter cerca de 5,95 milhões de autistas no Brasil.

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NO BRASIL EM
REFERÊNCIA AO NÚMERO
ATUAL DO CDC

População:
200 milhões
de pessoas.

Total: 5,95 milhões

SINAIS
Indivíduos autistas podem enfrentar dificuldades em ambientes
barulhentos e movimentados, podem não responder quando
chamados, exibir comportamento hiperativo, preferir estar
sozinhos ou envolver-se em movimentos repetitivos. Muitos
também podem apresentar seletividade alimentar ou
problemas para dormir.

Alguns sinais podem se manifestar desde os primeiros meses de


vida, como a falta de contato visual, quietude excessiva
quando estão sozinhos, falta de estranheza ao serem segurados
por desconhecidos, atraso no desenvolvimento da fala,
engatinhar e andar. Portanto, é crucial que os pais estejam
cientes desses sinais para que possam procurar orientação
médica caso os observem, investigando se podem ser indicativos
do TEA.
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Não há um exame específico para diagnosticar o transtorno. O
diagnóstico é baseado no relato dos pais e em avaliações
médicas. Entretanto, em algumas situações, especialmente em
crianças pequenas, pode ser desafiador chegar a um diagnóstico
definitivo.

Por que falar de


acessibilidade?
Ao ouvir isso, um dos que estavam à mesa com Jesus, disse-
lhe: "Feliz será aquele que comer no banquete do Reino de
Deus".
Jesus respondeu: "Certo homem estava preparando um
grande banquete e convidou muitas pessoas.
Na hora de começar, enviou seu servo para dizer aos que
haviam sido convidados: ‘Venham, pois tudo já está pronto’.
"Mas eles começaram, um por um, a apresentar desculpas. O
primeiro disse: ‘Acabei de comprar uma propriedade, e
preciso ir vê-la. Por favor, desculpe-me’.
"Outro disse: ‘Acabei de comprar cinco juntas de bois e estou
indo experimentá-las. Por favor, desculpe-me’.
"Ainda outro disse: ‘Acabo de me casar, por isso não posso ir’.
"O servo voltou e relatou isso ao seu senhor. Então o dono da
casa irou-se e ordenou ao seu servo: ‘Vá rapidamente para as
ruas e becos da cidade e traga os pobres, os aleijados, os
cegos e os mancos’.
"Disse o servo: ‘O que o senhor ordenou foi feito, e ainda há
lugar’.

Lucas 14.15-22

Falar sobre a acessibilidade de adolescentes autistas na igreja


é importante por várias razões:
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ACESSO A
COMUNIDADE DA
FÉ:
A fé deve ser parte significativa da vida do adolescente,
proporcionando conforto, apoio e um senso de comunidade.
Todos os adolescentes, independentemente de suas habilidades
ou necessidades, têm o direito de acessar e participar da igreja e
ter experiências com Jesus.

PROMOÇÃO DA
ACEITAÇÃO E
DIVERSIDADE:
Envolver adolescentes autistas na igreja promove uma cultura
de aceitação e diversidade dentro da igreja. Isso ajuda a
combater o estigma e a discriminação associados ao autismo,
promovendo uma cultura de respeito mútuo e compreensão.

DESENVOLVIMENTO
SOCIAL E EMOCIONAL:
Participar da comunidade da igreja oferece oportunidades
valiosas para o desenvolvimento social e emocional dos
adolescentes autistas. Eles têm a chance de interagir com seus
pares, aprender habilidades sociais e desenvolver
relacionamentos significativos.

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APOIO FAMILIAR:
Para muitas famílias, a igreja desempenha um papel central em
suas vidas. A acessibilidade de adolescentes autistas na igreja
pode oferecer apoio adicional às famílias, proporcionando-lhes
um ambiente onde se sintam bem-vindas e apoiadas.

EDUCAÇÃO E
SENSIBILIZAÇÃO:
Ao abordar a acessibilidade de adolescentes autistas na igreja, a
comunidade de fé pode educar-se sobre o autismo e aumentar
a conscientização sobre as necessidades e desafios
enfrentados por esses adolescentes e suas famílias. Isso cria um
ambiente mais abrangente e solidário para todos os membros da
congregação.

CUMPRIMENTO DE
PRINCÍPIOS BÍBLICOS:
A Bíblia enfatiza a importância de cuidar dos necessitados e
promover a igualdade. Envolver adolescentes autistas na igreja
está alinhado com esses princípios, demonstrando compaixão e
respeito por todas as pessoas, independentemente de suas
diferenças.

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Em resumo, falar sobre a a de adolescentes autistas na igreja é
crucial para garantir que todos os membros da comunidade de
fé tenham a oportunidade de participar plenamente da vida
da igreja, experimentar intimidade com Deus de forma
significativa, se sentirem valorizados e aceitos.

NA PRÁTICA:

COMECE A
ABORDAGEM PELAS
HABILIDADES:
Compreenda as necessidades do seu adolescente e comece por
atividades que serão realizadas por ele com facilidade.

UTILIZE RECURSOS
VISUAIS:
Esses recursos são formas claras e objetivas de transmitir
informações.

9
CONSISTÊNCIA:
Mantenha a consistência em layout, tipografia e cores a fim de
prevenir alterações comportamentais motivadas por rigidez
cognitivas e dificuldades com mudanças. Seu adolescente dirá a
hora que está pronto para uma evolução de aprendizado.

CLAREZA E
OBJETIVIDADE:
Seja claro, use frases curtas para transmitir as informações.

TEMPO E ESPAÇO:
Eles podem demorar mais tempo para processar informações, e
atender o que você espera deles.

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REFERÊNCIAS:

ASSOCIAÇÃO AMERICANA DE PSIQUIATRIA (APA).Manual


Diagnóstico e Estatísticode Transtornos Mentais: DSM-5. 5 ed.
Porto Alegre: Artmed, 2014.
Autismo e adolescência: quais os principais desafios. Disponível
em: https://grupoconduzir.com.br/autismo-e-adolescencia-quais-
os-principais-
desafios/#:~:text=Os%20adolescentes%20com%20TEA%2C%20ind
ependentemente,que%20eles%20n%C3%A3o%20v%C3%A3o%20e
ntender. Acesso em: 22/03/2024

OLIVEIRA, Carolina. Um retrato do autismo no Brasil. Espaço


Aberto. USP, São Paulo. Disponível em:
https://biton.uspnet.usp.br/espaber/?materia=um-retrato-do-
autismo-no-
brasil#:~:text=Segundo%20dados%20do%20CDC%20(Center,de%
202%20milh%C3%B5es%20de%20autistas. Acesso em: 22/03/2024

PAIVA JR. Francisco. Canal Autismo. Prevalência de autismo :1


em 36 é o novo número do CDC nos EUA. Disponível em:
https://www.canalautismo.com.br/noticia/prevalencia-de-
autismo-1-em-36-e-o-novo-numero-do-cdc-nos-eua/. Acesso em:
22/03/2024

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