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Leonardo e equipe
AULA 0
2
SUMÁRIO
pg.
INTRODUÇÃO........................................................................... 04
1. Apresentação....................................................................... 05
2. O que vamos estudar neste curso?...................................... 06
3. Introdução a ciência dos solos.............................................. 08
4. Introdução as propriedades do núcleo.................................. 20
5. Mineralogia e a petrografia ................................................. 24
6. Propriedades físicas dos minerais......................................... 28
7 . Constituição mineralógica da litosfera................................. 37
8. Composição das rochas........................................................ 39
9 . Estrutura dos silicatos ........................................................ 40
10. Questões comentadas......................................................... 49
11. Lista de questões................................................................ 63
12. Gabarito............................................................................. 69
13. Bibiografia.......................................................................... 70
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Olá, meus amigos e amigas!
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que alcance seus sonhos, passar em um bom concurso. Para isso precisamos
de excelentes materiais, o que era uma raridade nas áreas específicas, hoje
temos AGRONOMIACONCURSOS vindo a preencher está lacuna.
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Agronomia concursos
APRESENTAÇÃO
Meu nome é Leonardo, sou Engenheiro Agrônomo formado na
Universidade Federal de Lavras. Trabalho há 10 anos na Emater-MG
(Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas
Gerais). Tenho pós-graduação Lato Sensu em Extensão Ambiental para o
Desenvolvimento Sustentável e em Gestão de Agronegócio. Iniciei o
mestrado em Agricultura Tropical, na área de conservação de solos. Fui
professor do curso técnico agrícola Pronatec, ministrei aulas de nutrição e
forragicultura, fertilidade do solo e culturas anuais e olericultura. Sou
professor de matemática e física do ensino médio. Ministro vários cursos
para agricultura familiar, entre eles fertilidade do solo, culturas anuais,
olericultura, mecanização agrícola, cafeicultura e manejo da bovinocultura de
5
leite. Trabalho com crédito rural (custeio e investimento), elaborando projeto
e prestando orientação aos agricultores há 10 anos. Sou responsável pela
elaboração da Declaração de Aptidão ao Programa Nacional de
Fortalecimento da Agricultura Familiar (DAP) e correspondente bancário pelo
sistema COPAN.
Já fiz vários concursos, como Adagro-Pe (agência de fiscalização
agropecuária de Pernambuco), Perito da Policia Federal área 4 – agronomia,
Ministério Público e Ibama. Logrei êxitos em alguns e fui reprovado em
outros, mas assim é a vida do concurseiro. Passei na Emater-MG, onde
estou até hoje. O AGRONOMIA CONCURSOS tornou-se o nosso ponto de
encontro, nosso espaço de estudo para gabaritar todas as provas de
agronomia. Aproveite todas as oportunidades. Solicitamos que os alunos que
adquirirem nossos cursos avaliem-nos no final, para que possamos melhorar
a linguagem e os temas que não ficarem tão claros. Espero que vocês
também aprovem e gostem do nosso material, e que ele possa ajudar na
sua aprovação!
ANÁLISE DO EDITAL
ENGENHEIRO AGRÔNOMO
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Fosfatagem. 2.9 Calagem 2.10 Adubação. 2.11 Inoculantes. 3 Nutrição
mineral de plantas.
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INTRODUÇÃO À CIÊNCIA DO SOLO
10
Por isso, uma tentativa de definição, hoje, é muito mais difícil que no
passado. Contudo, podemos destacar por meio da observação das definições
ou conceituações sugeridas ao longo da referida ciência, características
importantes e propriedades que contribuíram de forma significativa para a
compreensão do solo, ficando assim caracterizado o solo como um:
11
No início do século XIX esse conceito foi rejeitado com o aparecimento
da teoria Húmica de A. Von Thaer, segundo a qual apenas as substâncias
orgânicas são responsáveis pela fertilidade do solo. Esta teoria foi
abandonada, mas hoje sabemos que em parte, ela é verdadeira. Com o
surgimento da teoria mineral de Justus Von Liebig, em 1840, foi
determinado que as substâncias minerais do solo fazem parte da
alimentação das plantas sendo absorvido pelas raízes fazendo parte no
metabolismo vegetal. Em seguida, Humphreey Davy apoiou a teoria de
Liebig, reconhecendo a importância da rocha matriz para a fertilidade do
solo, não sabendo explicar como poderia surgir vários solos de uma única
rocha. Com Carl Sprengel, de 1830-1840, apareceram os conceitos baseados
na ideia de que o solo é função da influência do clima e dos seres vivos.
Vasili V. Dokuchaev, em 1887, após observações de solos na Rússia,
nas diversas latitudes, estabeleceu relação entre o clima e a genesis e a
evolução do solo, falhando no fator clima, ao qual deu mais ênfase em
detrimento dos demais fatores, estabeleceu a primeira classificação de solo
denominada de classificação climática. Essa definição foi modificada por
Nikolai M. Sibirtizev, discípulo de Dokuchaev, que propôs a classificação dos
solos dividida em três zonas climáticas sendo: solos zonais, intrazonais e
azonais.
Assim, é estabelecido o estudo do solo a partir do conhecimento do
seu perfil, em 1917, Wiegner definiu o solo como um sistema disperso
obedecendo às leis químicas de dispersão, considerando-o como um corpo
ativo e não mais estático. Desta forma G. Milne, em 1935, efetuou pesquisas
nas colônias inglesas, mostrando existir agentes erosivos que fragmentavam
as rochas.
Assim, a pedologia notabilizou-se como ciência por volta da segunda
metade do século XIX, estudando o solo como um verdadeiro e peculiar
corpo vivo da natureza, e o pedólogo passou a vê-lo como um objeto
12
completo de estudos básico-aplicados, utilizando método científico de
induções e deduções sucessivas. Desta forma, passou a considerar o solo
como uma coleção de corpos naturais dinâmicos, que contém matéria viva,
resultante da ação do clima e da biosfera sobre a rocha, ocasionando
transformações durante certo tempo sendo influenciada pelo tipo de relevo.
Hoje, o solo é dotado de historicidade e de geograficidade (BOULAINE, 1989,
p. 5). Assim, a organização da informação sobre solos permitiu a elaboração
de sistemas classificatórios, agrupando-os segundo suas semelhanças,
reconhecendo suas características e suas limitações e servindo de base para
o planejamento de uso da terra. Surgindo, no Brasil, o Sistema Brasileiro de
Classificação de Solos (EMBRAPA, 1999, p. 1).
13
2 - O SOLO COMO REGOLITO
14
litosfera, atmosfera, hidrosfera e biosfera, surgiu no final do século XIX, por
meio dos estudos do geólogo russo V.V. Dokuchaev (1846-1903), podendo
ser resumido com a seguinte equação:
S = f (mo, cl, r, o, t )
Assim, definimos o solo (S) como sendo a função das interações entre os
fatores ambientais do material de origem (mo), clima (cl), relevo (r) e
organismos vivos (o), atuando ao longo do tempo (t)" (fig 1 e 2).
15
Assim, a formação, ou gênese, do solo é chamada de pedogênese, e os
processos de formação do solo são processos pedogenéticos.
16
Fig. 4 - Solo como sistema aberto
GEOLOGIA
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Os estudos realizados por meio de métodos diretos, embora
importantes, fornecem-nos informações que abrangem apenas uma zona
superficial do interior da Terra de forma direta. Esses métodos são os
afloramentos rochosos que existem no seu interior ou que surgiram na
superfície. Os furos e as sondagens, são recurso dispendioso podendo chegar
a fornecer informações a uma profundidade de até 12 km, também as grutas
e as minas fornecem dados até 4 km de profundidade, como exemplos temos
em Driefontein, na África do Sul, uma mina de ouro com 3.300 metros de
profundidade.
18
Fig. 6 – Métodos indiretos
19
dados nos permitem inferir que as rochas do interior da Terra são muito
mais densas.
Outro método importante é o Geomagnetismo, também
designado magnetismo terrestre, é um conjunto de fenómenos que resultam
das propriedades magnéticas das rochas. As lavas basálticas, que são ricas
em ferro (magnetite), quando consolidam os seus minerais magnéticos,
cristalizam-se seguindo a orientação do campo magnético da Terra. Com o
estudo do paleomagnetismo tem-se verificado que o campo magnético da
Terra alterou-se. Atualmente, o campo magnético da Terra está próximo do
Polo Norte Geográfico, a que se chama polaridade normal, mas, no
passado, já esteve próximo do polo sul geográfico, polaridade inversa.
O NÚCLEO
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do centro da Terra era de 5.000 ºC, em 2013, descobriram que essa
temperatura é de 6.000 ºC. Analisando as ondas sísmicas reconhecemos o
núcleo dividido em duas partes com propriedades distintas, sendo a primeira
parte um núcleo interno de composição sólida, alguns argumentam que o
núcleo interno pode estar na forma de um único cristal de ferro. A outra
parte o núcleo líquido, é composto de ferro e níquel líquido conhecida como
NIFE. A comprovação de que esta parte e liquida ocorre pelo fato de
não ser transmitido certas ondas sísmicas captadas por um aparelho
conhecido como sismógrafo, sendo este o mesmo aparelho que mede a
intensidade dos terremotos. Desta forma, entre a crosta e o manto como
entre o manto e o núcleo existem zonas intermediárias de separação, as
chamadas descontinuidades, conhecidas, respectivamente, como a de
Mohorovicic e a de Gutenberg (fig 8).
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descontinuidade está localizada entre o (a):
A. núcleo interno e o núcleo externo.
B. núcleo externo e o manto inferior.
C.manto inferior e o manto transicional.
D.crosta e o manto superior.
E.crosta oceânica e a crosta terrestre.
SOLUÇÃO
RESPOSTA D
22
A CROSTA
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Fig. 10- Composição da estrutura da Terra
A MINERALOGIA E A PETROLOGIA
24
Agora, veremos a importância da mineralogia, podendo conceituá-la
como sendo uma ciência que estuda as espécies minerais, sendo de suma
importância para o estudo da petrologia, da geologia e dos solos.
Os MINERAIS são as unidades constituintes das rochas e são
definidos como sendo sólidos homogêneos, naturais, que apresentam
arranjo atômico ordenado e com composição química definida. Assim, cada
espécie mineral se caracteriza por apresentar quantidades definidas e
proporcionais de determinados elementos químicos. Estes elementos, por
sua vez, se arranjam no espaço de maneira organizada e regular, que se
constitui no chamado arranjo cristalino.
O arranjo atômico ordenado e a composição química definida conferem
a um mineral a sua homogeneidade, ou seja, física e quimicamente, ele se
constitui em uma única fase, tendo um conjunto diagnóstico de
propriedades. Assim, a forma, a clivagem e a absorção seletiva da luz, entre
outras, são propriedades físicas dos minerais e refletem a sua estrutura
interna regular, enquanto a dissolução em ácidos reflete a composição
química dos minerais.
As espécies minerais são substâncias naturais provenientes de
processos inorgânicos definidos e apresentando composição da qual
participam um ou mais elementos químicos. As rochas se constituem de um
ou da reunião de dois ou mais minerais, apresentando arranjo atômico
ordenado e composição química definida (fig. 11). O número de minerais
conhecidos é muito grande, contudo, poucas são as espécies presentes na
maioria das rochas, particularmente nas rochas ígneas. Os minerais de
rochas e aqueles que constituem o material de formação de solos podem ser
divididos em dois grupos: primários e secundários. Não obstante, é
necessário dar ênfase ao número relativamente pequeno de minerais
primários constituintes das rochas ígneas, por meio dos quais se originam
grupos numerosos de minerais secundários.
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Assim, podemos definir mineral primário como sendo o mineral
presente nas rochas magmáticas ou metamórficas, que permanece no perfil
do solo bem desenvolvido por ser resistente ao intemperismo. Estes
minerais são, portanto, formados a altas temperaturas e/ou pressão. O
mineral secundário é o mineral resultante da decomposição parcial de outro
mineral, tendo estrutura essencialmente herdada ou formado a partir da
solubilização de outros minerais. Os minerais secundários podem ser
formados a partir da solubilização dos minerais primários, durante o
processo do intemperismo destes, a mais baixas temperaturas. Entre os
minerais primários deve ser ressaltada a importância dos silicatos, por
constituírem o maior número das espécies presentes em rochas ígneas e na
maioria dos solos.
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Vamos exercitar!!!
2 - Engenheiro Agrônomo – FUB – CESPE - 2016
CERTO
ERRADO
SOLUÇÃO
QUESTÃO ERRADA
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PROPRIEDADES FÍSICAS DOS MINERAIS
DUREZA
Talco 1
Gipsita 2
Calcita 3
Fluorita 4
Apatita 5
Ortoclásio (K feldspato) 6
Quartzo 7
Topázio, berilo, turmalina 8
Coríndon (rubi, safira) 9
Diamante 10
(a D real é 42.4)
Fig 12: Escala de Mohs
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A lâmina de aço de um canivete e o vidro riscam minerais com dureza
até 5, inclusive. A unha risca minerais de dureza ≤ 2.
Vamos exercitar!
3 - Geólogo - IBGE – CESGRANRIO - 2010
(A) Gipsita
(B) Talco
(C) Fluorita
(D) Calcita
(E) Ortoclásio
SOLUÇÃO
RESPOSTA E
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HÁBITO: O formato com que o mineral é encontrado pode ser útil na sua
identificação, essa característica está relacionada ao sistema de
cristalização, ou ausência de cristalização. Alguns minerais apresentam
formas e agregados muito característicos, tais como as micas que produzem
lâminas, a pirita tem formado de um cubos, os asbestos formam agregados
forma capilar ou fibroso, etc. Para que um mineral desenvolva faces, são
necessárias algumas condições, como, por exemplo, tempo e espaço para
crescer. Isso explica porque os minerais nas rochas normalmente
apresentam formas irregulares e raras faces planas.
Clivagem: ocorre quando um mineral se rompe ao longo de planos de
fraqueza quando aplicada uma força adequada. Pode ocorrer seguindo uma
ou várias direções. Destacam-se a clivagem excelente em uma única direção
por exemplo a muscovita ou mica branca, a clivagem perfeita em três
direções não ortogonais da calcita e a clivagem boa em duas direções e a
clivagem má em uma única direção dos feldspatos.
Denomina-se fratura a maneira como o mineral se quebra quando não
apresenta planos de clivagem. Vidros e substâncias amorfas apresentam
fraturas. Alguns minerais têm fraturas muito características, como é o caso
da fratura conchoidal do quartzo. Assim, podemos dividir fratura em:
- fratura irregular: muitos minerais apresentam, não sendo uma propriedade
diagnóstica por exemplo a turmalina;
- fratura conchoidal: consiste em superfícies lisas e côncavas, semelhantes
ao interior de uma concha, como exemplos temos quartzo, opala,
calcedônia, obsidiana;
- fratura denteada ou serrilhada: metais nativos (ouro, prata, cobre).
Cor e brilho: estas duas propriedades estão relacionadas à absorção e/ou à
reflexão da luz pelos minerais. A cor resulta da absorção seletiva de
comprimentos de onda da luz branca pelos minerais. Normalmente, a cor é
variável para uma mesma espécie mineral. A cor variável, em alguns casos,
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dá origem a variedades do mineral, tais como azul (azurita) e amarelo
(pirita) do crocoíta de cor vermelha (fig. 13 )
Azurita
Pirita
Crocoíta
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Fig 14 –Mineral sendo riscado em pedaço de porcelana
VAMOS EXERCITAR!!!
I - Cor
II - Clivagem
III - Fratura
IV - Dureza
V - Densidade
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P - Mais diretamente relacionada à proximidade de átomos em um mineral
Q - Relacionada à presença de íons metálicos, fenômenos de transferência
de carga e aos efeitos da radiação ionizante
R - Relacionada à resistência dos minerais à abrasão
S - Relacionada a planos de fraqueza entre átomos em um mineral
Estão corretas as associações
(A) I – P , II – R , III – Q , IV – S.
(B) I – P , II – Q , III – S , IV – R.
(C) I – Q , II – S , IV – R , V – P.
(D) II – S , III – Q , IV – R , V – P.
(E) II – R , III – P , IV – S , V – Q.
SOLUÇÃO
RESPOSTA C
índice de intemperismo
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minerais formados em estágio precoce de cristalização. A sequência de
GOLDICH é a mesma encontrada nas séries de reações de BOWEN.
Na série descontínua ou ferro magnesiana (Figura 15), que vai desde
a olivina até as micas biotita e muscovita, verifica-se um aumento de
ligação dos tetraedros de silício dos minerais, com um consequente
aumento da estabilidade (de cima para baixo). Assim, temos o grupo da
olivina (Mg,Fe)2SiO4, menos estável, por ser formado de tetraedros isolados
(nesossilicatos). No quartzo (SiO2), todos os átomos de oxigênios são
compartilhados com mais de um silício, formando uma ligação tetraédrica
complexa (tectossilicatos), sendo, portanto, o mineral mais estável.
Verifica-se também uma diminuição no conteúdo de bases facilmente
hidrolisáveis do topo à base.
Na série contínua ou dos plagioclásios (Fig. 15), que vai desde os
plagioclásios cálcicos até os plagioclásios sódicos e potássicos, a diminuição
da estabilidade dos minerais se deve a um decréscimo no número de
tetraedros de alumina, do topo à base. Por isso, o ortoclásio, ou feldspato-K
(KAlSi 3O8), é mais estável que o plagioclásio (CaAl2Si2O8).
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Outros fatores, além do grau de união e do número de tetraedros de
alumina, que parecem afetar a estabilidade dos minerais são os seguintes:
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minerais específicos na avaliação do grau intempérico de um solo em
relação com sua gênese.
Os minerais também são classificados em essenciais e acessórios. Os
essenciais, dispostos na Série de Bowen (Figura 15), são aqueles cuja
presença e teor são importantes para a classificação das rochas. Os
acessórios são aqueles que, ocasionalmente, podem estar presentes nas
rochas. Os minerais primários presentes nos solos são habitualmente
estudados pela Série de Bowen.
Assim, estes oito elementos (O, Si, Al, Fe, Ca, Na, k e Mg) combinam-
se entre si, formando os minerais das rochas mais comuns, e a combinação
mais importante é a do silício com o oxigênio, que dá origem ao grupo dos
silicatos.. O mais abundante deles é o feldspato, formando 60% dos
minerais da crosta. Quando a combinação é feita com Al e K, tem o nome
de ortoclásio, mineral característico dos granitos. Quando Na, Ca e Al se
combinam com o radical SiO2, o mineral é denominado plagioclásio,
ocorrendo, principalmente, nos basaltos. Não havendo elemento algum a se
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combinar com SiO2, este é cristalizado com o quartzo, mineral mais
frequente nas rochas sedimentares, ocorrendo na proporção de 12% na
crosta terrestre. Juntamente com o ortoclásio, mais uma pequena
porcentagem de mica, o quartzo forma as rochas graníticas, as mais
abundantes do SIAL. Os minerais citados ricos em silício e alumínio são
denominados sálicos.
Se a combinação se der com o magnésio e ferro, às vezes
acompanhado de cálcio, tais silicatos recebem a designação de máficos,
ocorrendo mais comumente nas rochas basálticas, associados aos
plagioclásios. Constitui o grupo dos anfibólios e piroxênios, formando
16% dos minerais. A variedade preta de mica, a biotita, enquadra-se entre
os máficos por sua riqueza em Fe e Mg, responsáveis pela coloração; a mica
clara, chamada moscovita formado por silicato de alumínio e potássio.
VAMOS EXERCITAR!!!
4 - Técnico em Exploração– Geologia - PETROBRAS - CESGRANRIO - 2010
SOLUÇÃO
Os oito elementos principais (O, Si, Al, Fe...) combinam-se entre si,
formando os minerais das rochas mais comuns, e a combinação mais
importante é a do silício com o oxigênio, que dá origem ao grupo dos
silicatos. O mais abundante é o feldspato, que forma 60% dos minerais
da crosta. Existem dois grupos de minerais que têm grande importância no
38
contexto agronômico como constituintes de rochas e de solos: grupos dos
silicatos e grupo dos óxidos e hidróxidos. Os minerais mais importantes
encontrados na natureza são os óxidos de ferro e titânio. Os principais
minerais constituintes de rochas e, portanto, significativos como material de
origem de solos, pertencem ao grupo dos silicatos; rochas comuns,
extremamente abundantes e disseminadas, como granitos, diabásios,
basaltos, arenitos, quartzitos, gnaisses e outras são quase inteiramente
constituídos de silicatos.
RESPOSTA C
COMPOSIÇÃO DA ROCHA
39
representando, aproximadamente, 7% dos minerais da crosta terrestre.
Uma presença bastante reduzida, sendo pouca a sua relevância no grupo
dos silicatos na constituição das rochas.
representam apenas 7%
40
Fig. 18 - Um tetraedro isolado
41
NESOSSILICATOS
TECTOSSILICATOS SOROSSILICATOS
SILICATOS
FILOSSILICATOS CICLOSSILICATOS
INOSSILICATOS
NESOSSILICATOS
SOROSSILICATOS
42
dois grupos principais dos sorossilicatos, o grupo do epidoto e o da
vesuvianita.·.
CICLOSSILICATOS
INOSSILICATOS
FILOSSILICATO
TECTOSSILICATOS
Quartzo
44
individualmente, são prismáticos, sua dureza é elevada e sua densidade é
de 2,65.
Feldspatos
O feldspato, nome originado do alemão feld = campo + spath =
pedra, pertence a um grupo de minerais de aluminossilicato do tipo AB 4O8
(A=Ca, Na, K e B=Al, Si), com relação de sílicio:oxigênio (Si:Al) variando
de 3: 1 a 1:1. Os feldspatos apresentam boa clivagem e as suas cores são,
geralmente, constantes, servindo como um bom critério para a indicação do
tipo de mineral existente. Quimicamente, os feldspatos se dividem em três
grupos que são feldspatos potássios, feldspatos calcossódicos
(plagioclásios) e feldspatos báricos, que são de ocorrência rara (fig.19).
Ortoclásio
POTÁSSICOS
Microclina AISi3O8
Albita - NaAISi3O8
Oligoclásio
FEDSPATOS
Andesina
CALCOSSÓDICOS
FELDSPATOS
Labradorita
Anortita - CaAI2Si2O8
Bytownita
45
Na Figura 20 estão representados os campos de estabilidade dos
diferentes tipos de feldspatos.
Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/b/b0/
Feldspar_stability.jpg.
Feldspatoides
46
Zeólitas
47
Agora vamos classificar as rochas, segundo a origem, em três grupos que
são:
Magmáticas;
Sedimentares;
metamórficas .
As primeiras são as mais importantes, constituindo 95% do volume de
toda a crosta. No entanto, as sedimentares ocupam maior área, ou seja,
75% da superfície terrestre. As metamórficas se enquadram entre as
sedimentares, pois, na maior parte, são derivadas de antigos sedimentos.
Já se fez menção à diferença entre a constituição da crosta terrestre nas
regiões continentais e oceânicas. Naquelas, predominam as rochas da
família dos granitos; nos fundos oceânicos, as rochas basálticas.
Das rochas continentais graníticas, a maioria é formada em
profundidade, em corpos denominados batólitos, caracterizados pelas
grandes dimensões (centenas de quilômetros quadrados). São
relativamente raras as rochas de composição graníticas formadas em
superfície, sob a forma de lava. Por outro lado, considerando-se as rochas
de composição basáltica, verifica-se o contrário: são raras as formadas em
profundidade, sendo as de origem vulcânica as mais comuns. Sabendo-se
que o sima, de constituição basáltica, forma o assoalho dos oceanos, e que
os blocos continentais siálicos (graníticos) flutuam nesse substrato, admite-
se que as rochas graníticas tenham origem nas basálticas. Por um processo
multimilenário de separação gravitativa dos minerais ferromagnesianos
mais densos, que afundariam, deixando por cima um resíduo silicoso mais
leve, formar-se-iam as rochas graníticas após a consolidação.
Vamos dar uma pausa aqui. Na próxima aula falaremos mais sobre
estes processos e entraremos em intemperismo e gêneses e morfologia
do solo. Até lá!
48
QUESTÕES COMENTADAS
SOLUÇÃO
QUESTÃO D
CERTO
ERRADO
49
SOLUÇÃO
QUESTÃO ERRADA
(A) Gipsita
(B) Talco
(F) Fluorita
(G) Calcita
(H) Ortoclásio
50
SOLUÇÃO
RESPOSTA E
VI - Cor
VII - Clivagem
VIII - Fratura
IX - Dureza
X - Densidade
51
P - Mais diretamente relacionada à proximidade de átomos em um mineral
SOLUÇÃO
Vamos ver qual é o significado de cada uma dessas propriedades e fazer sua
correlação:
Cor – esta propriedade está relacionada à absorção e/ou à reflexão da luz
pelos minerais. A maior parte dos mecanismos que produzem cor é de
produtos da interação de ondas luminosas com elétrons (Q - relacionada à
presença de íons metálicos, fenômenos de transferência de carga e aos
efeitos da radiação ionizante).
Clivagem - é a propriedade que alguns minerais apresentam de se partir
segundo superfícies planas e paralelas (relacionada a planos de fraqueza
entre átomos em um mineral)
52
Densidade - é a relação entre o peso do mineral e o peso de um mesmo
volume de água destilada a 4 °C. A densidade relativa é característica para
cada mineral e depende, basicamente, de dois fatores: os elementos
químicos que constituem o mineral e a maneira como estes elementos estão
arranjados dentro da estrutura cristalina (P - mais diretamente relacionada à
proximidade de átomos em um mineral).
Nossa resposta é:
RESPOSTA C
SOLUÇÃO
Os oito elementos principais (O, Si, Al, Fe...) combinam-se entre si,
formando os minerais das rochas mais comuns. A combinação mais
importante é a do silício com o oxigênio, que dá origem ao grupo dos
silicatos. O mais abundante é o feldspato, que forma 60% dos minerais da
crosta. Existem dois grupos de minerais que têm grande importância no
contexto agronômico como constituintes de rochas e de solos: o grupo dos
silicatos e o grupo dos óxidos e hidróxidos. Os minerais mais importantes
encontrados na natureza são os óxidos de ferro e titânio. Os principais
minerais constituintes de rochas e, portanto, significativos como material de
origem de solos, pertencem ao grupo dos silicatos. Rochas comuns,
extremamente abundantes e disseminadas, como granitos, diabásios,
basaltos, arenitos, quartzitos, gnaisses e outras são quase inteiramente
constituídos de silicatos.
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6 - Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de SC - 2006
RESPOSTA C
SOLUÇÃO
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7 - SEE/SP - Professor II - Área Geografia - (VUNESP) - 2012
56
Vamos analisar cada alternativa
A. metamórficas, aquelas que resultam da transformação de uma
rocha preexistente no estado sólido.
As rochas metamórficas surgem do metamorfismo de outras rochas
anteriormente existentes, em que essas se modificam sem antes se
transformarem em magma ou sedimentos. Item certo
B. sedimentares, aquelas formadas pela deposição repentina do
magma na superfície por meio do vulcanismo.
As sedimentares formam-se a partir da cimentação ou junção sob alta
pressão de restos de rochas preexistentes (sedimentos).
C. magmáticas, aquelas formadas pela compactação de fragmentos
de rochas metamórficas e/ou sedimentares.
Rochas magmáticas, ou ígneas, se originam no interior da Terra, produto
da solidificação do magma pastoso. O magma é composto de uma substância
fluida, de fundição parcial ou total, formada por uma fusão completa
de silicatos, silícios e elementos voláteis, como, por exemplo, vapor
d´água, cloretos, hidrogênio, flúor e outros. É uma rocha muito resistente e
também das mais antigas, matéria-prima do embasamento rochoso dos
continentes. Entre as mais abundantes rochas magmáticas temos o granito e
o diabásio. Parte dessas rochas forma-se toda vez que ocorrem erupções
vulcânicas que expelem lava pela superfície, renovando, assim, a quantidade
das mesmas no ambiente. A alternativa está incorreta. Este tipo de rocha
pode se solidificar tanto quando atinge a superfície como quando ainda está
no interior da Terra. Por esse mesmo motivo, podemos classificá-las
em rochas intrusivas ou extrusivas.
57
E. graníticas, aquelas formadas pela erosão e lixiviação dos
compostos solúveis presentes nas rochas metamórficas.
As rochas graníticas são rochas magmáticas, plutónicas, constituídas
essencialmente por quartzo e feldspato (feldspato alcalino e/ou plagioclase).
Podem ocorrer moscovite, biotite e/ou anfíbola, como minerais
característicos, assim como outros minerais em quantidade acessória
(apatite, zircão, esfena, magnetite, etc.).
As rochas graníticas originam-se por cristalização em profundidade de
um magma rico em sílica (SiO2). Dado o seu enriquecimento em sílica,
designa-se por magma ácido (SiO2 > 66%). Então, o item está errado, pois o
processo correto formação das rochas graníticas é cristalização.
RESPOSTA A
58
E - Quando sujeitos a tensão ou pressão, alguns minerais desenvolvem
planos de menor resistência estrutural ao longo dos quais podem se romper,
produzindo a clivagem.
59
Certo
Errado
RESPOSTA ERRADO
Certo
Errado
RESPOSTA ERRADO
60
12 - Técnico em Exploração – Geologia - PETROBRAS – CESPE - 2007
Certo
Errado
RESPOSTA CERTO
61
A - Ortoclásio, albita e anortita são os minerais que ocupam os vértices do
triângulo.
B - Ortoclásio é um exemplo de feldspato cálcico.
C - Anortita é um exemplo de feldspato potássico.
D - Plagioclásios referem-se a uma série de feldspatos sodicopotássicos.
E - Feldspatos cristalizam-se em um sistema único, o monoclínico.
SOLUÇÃO
62
LISTA DE QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS
CERTO
ERRADO
(A) Gipsita
(B) Talco
(I) Fluorita
(J) Calcita
(K) Ortoclásio
63
4 - Técnico em Exploração– Geologia - PETROBRAS - CESGRANRIO - 2010
XI - Cor
XII - Clivagem
XIII - Fratura
XIV - Dureza
XV - Densidade
64
(M) elementos e óxidos.
(N) sulfatos e carbonatos.
(O) sulfetos e óxidos.
65
D. magma e aglomerado.
E. solo e montanha.
66
C – A clivagem é uma propriedade que ocorre sempre paralela às faces, ou
às faces possíveis, do cristal, pois tanto as faces como a clivagem refletem a
mesma estrutura cristalina.
Certo
Errado
Certo
Errado
67
12 - Técnico em Exploração – Geologia - PETROBRAS – CESPE - 2007
Certo
Errado
68
GABARITO
11 - ERRADO 12 - A 13 - A
69
BIBLIOGRAFIA
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71