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SECRETARIA EXECUTIVA DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – SEDE

GERÊNCIA GERAL DO ENSINO MÉDIO E ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL - GGEAF


GERÊNCIA DE POLÍTICAS EDUCACIONAIS DOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL - GEPAF

Orientações Didático-Metodológicas

Projeto de Vida

Ensino Fundamental Anos Finais

2022

Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco – SEE/PE


Avenida Afonso Olindense, 1513 | Várzea | Recife-PECEP: 50.810-900
Caderno de Orientações Didático-Metodológicas

Projeto de Vida
Ensino Fundamental Anos Finais

2022

Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco – SEE/PE


Avenida Afonso Olindense, 1513 | Várzea | Recife-PECEP: 50.810-900
P452c Pernambuco. Secretaria de Educação e Esportes.
Caderno de orientações didático-metodológicas : Projeto de vida : ensino funda-
mental anos finais / Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco ; organiza-
dores Rosalia Soares de Sousa, Robson Anselmo Tavares de Melo ; redatores das
atividades Adriana Maria de Freitas Ferreira ... [et al.] ; apresentação Ana Coelho
Vieira Selva. – Recife : A Secretaria, 2022.
96p. : il.

Inclui referências.
Inclui anexos.

1. EDUCAÇÃO – PERNAMBUCO – ENSINO FUNDAMENTAL. 2. EDU-


CAÇÃO – PRÁTICA PEDAGÓGICA. 3. ENSINO – AVALIAÇÃO. 4. PRO-
JETO VIDA. I. Sousa, Rosalia Soares de. II. Melo, Robson Anselmo Tavares
de. III. Ferreira, Adriana Maria de Freitas. IV. Selva, Ana. V. Título.

CDU 37
CDD 370

PeR – BPE 22-165

Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco – SEE/PE


Avenida Afonso Olindense, 1513 | Várzea | Recife-PECEP: 50.810-900
GOVERNADOR DE PERNAMBUCO
Paulo Henrique Saraiva Câmara

VICE-GOVERNADORA
Luciana Barbosa de Oliveira Santos

SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO E ESPORTES


Marcelo Andrade Bezerra Barros

SECRETÁRIA EXECUTIVA DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO


Ana Coelho Vieira Selva

SECRETÁRIO EXECUTIVO DE PLANEJAMENTO E COORDENAÇÃO


Leonardo Ângelo de Souza Santos

SECRETÁRIA EXECUTIVA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL


Maria de Araújo Medeiros Souza

SECRETÁRIO EXECUTIVO DE ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS


Alamartine Ferreira de Carvalho

SECRETÁRIO EXECUTIVO DE GESTÃO DE REDE


João Carlos de Cintra Charamba

SECRETÁRIO EXECUTIVO DE ESPORTES


Diego Porto Pérez

GERENTE GERAL DO ENSINO MÉDIO E ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL


Regina Celi Melo André

GERÊNCIA DE POLÍTICAS EDUCACIONAIS DOS ANOS FINAIS DO ENSINO


FUNDAMENTAL
Shirley Cristina Lacerda Malta

UNIDADE DE ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS


Rosinete Salviano Feitosa

Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco – SEE/PE


Avenida Afonso Olindense, 1513 | Várzea | Recife-PECEP: 50.810-900
PENSAMENTO DO MESTRE

“NINGUÉM IGNORA TUDO.


NINGUÉM SABE TUDO.
TODOS NÓS SABEMOS ALGUMA COISA.
TODOS NÓS IGNORAMOS ALGUMA COISA.
POR ISSO APRENDEMOS SEMPRE”

PAULO FREIRE

Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco – SEE/PE


Avenida Afonso Olindense, 1513 | Várzea | Recife-PECEP: 50.810-900
APRESENTAÇÃO

Prezado (a) Professor (a),

A partir da construção e publicação do Currículo de Pernambuco para o


Ensino Fundamental, a Secretaria de Educação e Esportes do Estado apresenta
o Caderno de Orientações Didático-Metodológicas de Projeto de Vida Ensino
Fundamental Anos Finais como material de apoio. Este caderno foi elaborado com
o objetivo de proporcionar sugestões didático-metodológicas que contribuam com
a prática docente, bem como para o desenvolvimento do conceito projeto de vida
em suas diversas dimensões. Ele se constitui em documento complementar que
aborda objetos de conhecimento, unidades temáticas e temas contemporâneos,
entre outros aspectos, contemplando a interdisciplinaridade com os componentes
curriculares, com ênfase na conexão entre a teoria e a prática, promovendo a
articulação ora entre as competências gerais e específicas, ora entre estas e as
habilidades a serem desenvolvidas a cada ano escolar.
Ressaltamos que este fascículo é pioneiro em Pernambuco. As atividades
propostas no Caderno de Orientações Didático-Metodológicas Projeto de Vida
Ensino Fundamental Anos Finais poderão servir de inspiração para a elaboração
e o desenvolvimento de outras atividades que busquem promover o engajamento
dos estudantes no processo de ação e reflexão, favorecendo a construção e
sistematização dos conhecimentos, sobretudo no que diz respeito a compreensão
da sua identidade e da busca pela realização de seus sonhos e planos para o
futuro..
Esperamos que este material contribua para enriquecer a prática docente em
salade aula, auxiliando o professor de Projeto de Vida que ministra o componente
curricular na etapa do Ensino Fundamental Anos Finais no planejamento das
atividades e fortalecendoo processo de ensino-aprendizagem nesse componente.

Ana Coelho Vieira Selva

Secretária Executiva de Desenvolvimento da Educação

5
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 7

PROJETO DE VIDA ......................................................................................................... 9

LINK DAS AULAS DE PROJETO DE VIDA NO EDUCA-PE .......................................... 12

1 – IDENTIDADE, ALTERIDADE E DIVERSIDADE ....................................................... 14

2 - CONSTRUINDO VALORES ...................................................................................... 31

3 - RESPONSABILIDADE SOCIAL ................................................................................. 42

4 - COMPETÊNCIAS PARA O SÉCULO XXI .................................................................. 60

AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM ................................................................................ 72

DICAS DE FILMES .......................................................................................................... 76

DICAS DE SITES E VÍDEOS ......................................................................................... 78

DICAS DE MÚSICAS ...................................................................................................... 81

COMPETÊNCIAS GERAIS ............................................................................................ 82

REFERÊNCIAS DAS IMAGENS .................................................................................... 84

ANEXOS ........................................................................................................................ 85

FICHA TÉCNICA ............................................................................................................. 95

6
INTRODUÇÃO

Este Caderno de Orientações Didático-Metodológicas de Projeto de Vida –


Ensino Fundamental Anos Finais (teoria e prática) é pioneiro para as escolas da
rede estadual de ensino de Pernambuco. O documento apresenta sugestões de
atividades que estão em consonância com o Currículo de Pernambuco dos Anos
Finais do Ensino Fundamental e poderão ser trabalhadas pelo professor com os
estudantes. Essas atividades de sala de aula foram planejadas e estruturadas a
partir das quatro Unidades Temáticas, a saber:

1. Identidade, Alteridade e Diversidade;


2. Construindo Valores;
3. Responsabilidade Social;
4. Competências para o século XXI.

A organização deste Caderno de Orientações Didático-Metodológicas


Projeto de Vida – Ensino Fundamental Anos Finais contém as Unidades
Temáticas, os Objetos de Conhecimento, os Conteúdos, as Habilidades e as
Competências Gerais da Base Nacional Comum Curricular a ela relacionadas.
Todo esse acervo epistemológico serve de sustentáculo para a composição do
suporte teórico do referido componente.
Foram selecionados temas relevantes para o Projeto de Vida a partir dos
diversos componentes curriculares do Ensino Fundamental Anos Finais os quais
estão na Plataforma do Ambiente Virtual de Aprendizagem – AVA do Educa-PE,
e, a partir desses temas, foram elaboradas as atividades de ensino. Salientamos
que essas atividades estão referendadas pelas Competências Gerais da Base
Nacional Comum Curricular - BNCC.
Nessa perspectiva, selecionamos atividades que também envolvem
questões relativas aos temas contemporâneos.
Quanto à organização deste Caderno, adotamos a seguinte estrutura: texto
introdutório com referencial teórico, competência geral da BNCC,
competência de uma área do conhecimento e/ou competência de um

7
componente curricular da BNCC, objeto de conhecimento, conteúdo,
habilidade, atividades1, sugestões de avaliação e, ao final da atividade,
relacionaremos uma bibliografia recomendada para o professor e a
referência conceitual utilizada. Ao final do Caderno, apresentamos
sugestões de filmes, de vídeos e de sites que o professor poderá acessar
para buscar novas propostas de ensino.
Nessa perspectiva, este Caderno de Orientações Didático-Metodológicas
de Projeto de Vida Ensino Fundamental Anos Finais foi pensado e elaborado de
maneira a oferecer aos professores algumas sugestões de atividades para a sala
de aula, considerando a disciplinaridade, a interdisciplinaridade, a
transdisciplinaridade e a interculturalidade. No entanto, é importante ressaltar
que as possibilidades metodológicas não se encerram nele, sendo as
intervenções do professor e as atividades escolhidas ou elaboradas por ele
indispensáveis ao processo de ensino-aprendizagem.
Neste ano de 2022, contamos, segundo Sistema de Informações da
Educação de Pernambuco - SIEPE, com 113 escolas estaduais de tempo
integral que ofertam Ensino Fundamental Anos Finais. Nelas, há 1.291
professores atendendo 19.251 estudantes distribuídos em 523 turmas. Dessas
escolas, contabilizamos a saber: 113 escolas integrais, 110 EREF e EREFEM
(sendo 41 EREF e 69 EREFEM), e 3 restantes EREM que ofertam EFAF.

PROJETO DE VIDA É FUNDAMENTAL!

1
Professor, a duração de cada atividade sugerida neste Caderno poderá ser ajustada às necessidades
didáticas.

8
PROJETO DE VIDA

Entende-se por Projeto de Vida a “interação de longo prazo, que contribui para
conferir sentido à existência, que envolve planejamento para que as metas sejam
realizadas e que sejam baseadas em princípios éticos, ou seja, que não visam à
autodestruição ou à destruição dos outros e do mundo em termos mais amplos.”
(EDUCA-PE, AULA 01). Em outras palavras, os sonhos e as aspirações que a
pessoa tem e que são positivos para a vida. Segundo Dalmon (2008) entende-se
por Projeto de Vida a “intenção estável e generalizada de alcançar algo que ao
mesmo tempo é significativo para o seu e que gera consequências no mundo além
do seu.” (2008 apud KLEIN; ARANTES, 2016, p. 133).

É uma descrição, um esquema planejado em que o estudante tem a


oportunidade de expor seus sonhos, suas expectativas quanto àquilo em que
acredita que vai lhe deixar feliz em relação a um futuro que pode ser próximo, a
médio ou a longo prazo. Também, pode ser entendido como a necessidade de
estabelecer um caminho e percorrê-lo até o objetivo a ser alcançado com a ajuda
de planejamento e metas, pois eles são indispensáveis para a realização do projeto
de sua vida, Ou seja, é encontrar uma razão motivadora (interna, do eu) para dar
sentido às metas que norteiam a vida cotidiana (externas, do mundo).

A Base Nacional Comum Curricular - BNCC - apresenta o Projeto de Vida


na Escola como um pilar pedagógico fundamental para trabalhar o
socioemocional e as competências do Século XXI, garantindo a preparação do
estudante para a vida adulta e o mundo do trabalho.
O Projeto de Vida na escola ajuda a construir o caminho entre o “Quem eu
sou” e o “Quem eu quero ser”. Através de um processo bem estruturado unindo
autoconhecimento, planejamento e prática, o estudante aprende a se conhecer
melhor, identifica seus potenciais, interesses e sonhos, definindo metas e
estratégias para alcançar seus objetivos.
O objetivo do Projeto de Vida é definido na BNCC segundo a Competência

9
Geral 6, como: “Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e
apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as
relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício
da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência
crítica e responsabilidade”.
Além da competência geral, a BNCC reconhece, em diversas partes de seu
texto original, a importância do desenvolvimento humano global, estabelecendo
algumas premissas a serem observadas pelos educadores e que estão
diretamente alinhadas à construção do Projeto de Vida pessoal dos estudantes:
 complexidade e não linearidade da formação das crianças,
adolescentes, jovens e adultos;
 ruptura com visões reducionistas que privilegiam a dimensão
intelectual ou a afetiva;
 educação voltada ao acolhimento, reconhecimento e
desenvolvimento, em suas singularidades e diversidades.
O desafio é: estruturar o Projeto de Vida mantendo seu caráter flexível e
relacionando-o às demais práticas pedagógicas já existentes na escola.
A princípio, pensa-se em atribuir essa competência às Linguagens ou
Humanas, mas o Projeto de Vida é um elemento central, superando divisões do
conhecimento. Afinal, trata-se de competência geral e direito de aprendizagem
de todos os estudantes da educação básica.
O Projeto de Vida deve ser flexível ao contexto escolar, dentro de suas
potencialidades e limitações. Atividades e aulas que já são comumente
desenvolvidas podem ser ressignificadas quando se tem o projeto de Vida como
o fio condutor.
Dessa maneira, pode-se aprofundar em aspectos demandados pelos
jovens, relacionando-os com outros componentes curriculares . Essa estratégia
de integração considera as diversas culturas juvenis e seu potencial de criar
novas formas de se relacionar com o mundo.
Nessa perspectiva, é importante refletir sobre dimensões básicas que
ajudarão na efetivação do referido projeto. São elas: a dimensão pessoal,
através do autoconhecimento e autoaceitação, a dimensão social, política e
cidadã e a dimensão profissional, vocação e papel no mundo profissional.
Saber fazer escolhas no âmbito dessas três dimenões será abordado no

10
componente curricular Projeto de Vida, com o professor e seus respectivos
estudantes da rede estadual ao longo do ensino fundamental. O objetivo é
orientar e planejar para alcançar os sonhos, as aspirações dos estudantes.
Ademais, a importância desse componente ancora-se no fato de fazer uma
ligação do presente com o futuro e facilitar o alcance dos sonhos pessoais e
profissionais.
Salientamos que, para facilitar a implementação desse componente no
âmbito das escolas estaduais do ensino fundamental de Pernambuco; este
documento apresenta atividades, sugestões metodológicas referentes às
temáticas que serão trabalhadas em unidades temáticas no respectivo
componente: Identidade, Alteridade e Diversidade, Reponsabilidade Social,
Valores e Competências para o século XXI, entre outras.
Finalmente, é importante entender que a escola não é um ambiente neutro
e absolutamente anônimo, tornando-se, por vezes, espaço de conflitos. Por isso,
é necessário pensar em um ambiente o mais próximo de um lugar saudável com
ênfase na saúde mental e na convivência em grupos distintos. Nesse sentido, é
necessário que o professor compreenda os 4 pilares dos saberes para viver e
conviver no século XXI. São eles: saber ser, saber conviver, saber fazer e saber
saber – funções conceitual, procedimental e atitudinal2.

2
Resolução define Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para o conjunto orgânico, sequencial e
articulado das etapas e modalidades da Educação Básica, baseando-se no direito de toda pessoa
ao seu pleno desenvolvimento, à preparação para o exercício da cidadania e à qualificação para o
trabalho, na vivência e convivência em ambiente educativo [...].

11
Figura 1 - banco de dados do professor Almir Serpa – mapa mental

REFERÊNCIAS

DALMON, Willian. In: Projetos de Vida de Jovens Estudantes do Ensino Médio


e a Escola, KLEI, Ana Maria I Ensino Médio e a Escola. Universidade Federal do
Rio Grande do Sul, 2016.

PERNAMBUCO. Educa-PE. Disponível no site:<


https://www.youtube.com/watch?v=TxJsXzuST-s>

BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Disponível no site:<


http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf
>
INSTITUTO DE CORRESPONSABILIDADE PELA EDUCAÇÃO (ICE). Projeto de Vida:
Ensino Fundamental II –PE, 2017.
https://pt.scribd.com/document/465695743/PROJETO-DE-VIDA-6%C2%BA-ANO-
MATERIAL-DO-EDUCADOR

12
PERNAMBUCO. Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco. Currículo de
Pernambuco. Recife: SEE/PE, 2019, p. 34-41. Disponível em:
http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/17691/CURRICULO%20DE%20PER
NAMBUCO%20-%20ENSINO%20FUNDAMENTAL.pdf

LINK DAS AULAS DE PROJETO


DE VIDA NO EDUCA-PE

Professor, esta seção foi pensada para facilitar o planejamento das suas aulas
do Projeto de Vida (do 6º ao 9º ano). Relacionamos as aulas do Educa-PE,
destacando a duração da aula, o número da aula, o link da aula no Educa-PE, o
assunto abordado e a Unidade Temática relacionada a essas aulas. As sugestões
de atividades das seções referentes às Unidades Temáticas foram pensadas e
elaboradas a partir das aulas abaixo:

Mãos à obra!

DURAÇÃO
VÍDEO UNIDADE
DA LINK TEMA DA AULA
AULA TEMÁTICA
EXIBIÇÃO
23'37 AULA 01 https://youtu.be/TxJsXzuST-s Projeto de vida: o que 1, 2 e 3
é? Por quê? Para
quem?
25'03 AULA 02 https://youtu.be/TZECEXAZYhA Empreendedorismo 1e3
jovem
22'12 AULA 03 https://youtu.be/EQacdAQq3vQ Viver de modo 3e4
sustentável
20'43 AULA 04 https://youtu.be/LVR62I22OUU Educação Financeira 2e4

25'11 AULA 06 https://youtu.be/EQyElFYK3gg Jovem e cidadania 1e3

22'45 AULA 07 https://youtu.be/QjIShgzDdsw Protagonismo juvenil 3e4

REFERÊNCIAS

Youtube. https://www.youtube.com/

13
1 – IDENTIDADE, ALTERIDADE E
DIVERSIDADE

APRESENTANDO A UNIDADE TEMÁTICA3

Pode-se dizer que Identidade é o conjunto de qualidades e características que


permitem identificar uma pessoa ou um grupo de pessoas de um determinado lugar,
como uma sociedade, seja no presente ou no passado. Assim sendo, são as
particularidades, as características ou atributos que nos possibilitam fazer
diferenciação ao longo de nossas vidas. Dessa forma, segundo Hall (2006, p.8), o
processo de nossa constituição cultural é realizado por/com “ aqueles aspectos de
nossas identidades que surgem de nosso “pertencimento” a culturas étnicas,
raciais, linguísticas, religiosas e, acima de tudo, nacionais”.

Destacamos que, de acordo com o Currículo Pernambuco/Ensino Religioso


(2019), preconizamos que a importância de debatermos sobre o referido tema é de
sumária responsabilidade, pois, segundo esse documento, a garantia desse debate
busca a elaboração de estratégias de enfrentamento às diversas formas de
violência. São, portanto, direitos assegurados por lei. Esses são pautados em
demandas emergenciais e que reafirmam a necessidade dos espaços escolares
serem lócus de promoção da cidadania e respeito às diferenças.

Para efetivar isso, é necessária a implementação de ações com a perspectiva


de eliminar atitudes ou comportamentos preconceituosos ou discriminatórios
relacionados à ideia de inferioridade ou superioridade de qualquer orientação
sexual, identidade ou expressão de gênero.

3
Texto extraído do bolg Gostando de Filosofia, da professora Cida Oliveira.
https://gostandodefilosofia.blogspot.com/2020/06/identidade-alteridade-e-diversidade.html. Acessado em
04.7.2022.

14
O referido currículo (2019) pontua ainda que é através das interações, das
relações e das práticas cotidianas que o estudante vivencia e constrói sua
identidade pessoal e coletiva. A criança deve, ainda, ser compreendida como
pessoa cidadã e ser respeitada em seus aspectos integrais. Para isso, a educação
deve se pautar na perspectiva da formação humana, no exercício da cidadania e
no direito de aprender. Cabe à escola proporcionar experiências no campo das
interações e explorar a ludicidade nos processos de ensino e nas propostas de
atividades cotidianas.
Para discutirmos mais intensamente sobre os conceitos de Identidade e
Alteridade, consequentemente também sobre Diversidade, apoiamo-nos no que
nos apresenta Oliveira (2020) quando os define como a seguir:

1. Identidade – Segundo a autora (2020), o conceito está ligado às


características do grupo social no qual o indivíduo está inserido. Alguns fatores
como a cultura, a história, o local e o idioma são importantes para que um grupo
compartilhe elementos identitários. A identidade cultural é uma das divisões do
conceito de identidade. É definida a partir da cultura que o indivíduo entende como
sendo sua, bem como das manifestações culturais que compartilha ao longo da
vida como indivíduo. Ela ainda discorre que, no mundo, são várias as identidades
culturais existentes, e elas variam de acordo com a história local, as construções
sociais estabelecidas e as práticas religiosas. A identidade social e a identidade
cultural são desenvolvidas e construídas ao longo do tempo e também fazem
parte da construção de identidade nacional que acompanha, em geral, os
cidadãos de um mesmo país.

ATENÇÃO

Sobre essa identidade construída ao longo do tempo, destacamos, por


exemplo, que - até 1932 no Brasil - as mulheres não podiam votar e muito
menos ser votadas. Como afirma o texto4:

4
Texto extraído do blog da Câmara dos Deputados.
https://www.camara.leg.br/internet/agencia/infograficos-html5/a-conquista-do-voto-feminino/index.html.
Acessado em 4.6.2022.

15
As mulheres brasileiras conquistaram o direito de votar em 24 de fevereiro de
1932, por meio do Decreto 21.076, do então presidente Getúlio Vargas, que
instituiu o Código Eleitoral. Vargas chefiava o governo provisório desde o final de
1930, quando havia liderado um movimento civil-militar que depôs o presidente
Washington Luís. Uma das bandeiras desse movimento (Revolução de 30) era a
reforma eleitoral. O decreto também criou a Justiça Eleitoral e instituiu o voto
secreto.
Em 1933, houve eleição para a Assembleia Nacional Constituinte, e as mulheres
puderam votar e ser votadas pela primeira vez. A Constituinte elaborou uma nova
Constituição, que entrou em vigor em 1934, consolidando o voto feminino
– uma conquista do movimento feminista da época.
https://www.camara.leg.br/internet/agencia/infograficos-html5/a-conquista-do-voto-
feminino/index.html.

2. Alteridade – segundo a autora (2020), esse conceito expressa e determina


a qualidade, estado ou características do outro, ou seja, aquilo que é diferente
daquilo que vivenciamos. A relação entre o eu e o outro é definida então pelo
conceito de alteridade. No conceito antropológico, o eu só pode ser entendido a
partir da interação com o outro. A noção do outro, assim como os hábitos e a
dinâmica social adotados pelo grupo social colaboram para o entendimento e
assimilação dos mesmos conceitos no eu. Por isso, de acordo com Oliveira (2020),
o processo de diferenciação estabelecido entre o eu e o outro é importante para a
definição do entendimento do que eu sou, do que o outro é e, portanto, do que não
sou. Com isso, a partir do entendimento dessas noções é que se firmam as
diferenças entre o eu e a outra pessoa.

ATENÇÃO

Oliveira lembra (2020) que é importante ressaltar que o conceito de alteridade não
tem intenção de destruir ou diminuir a cultura do outro, apenas observá-la para
estabelecer diferenças entre a nossa cultura e construções sociais em relação aos
mesmos elementos da cultura do outro. A alteridade pode ser utilizada tanto com
culturas e grupos sociais antigos, como no caso de tribos, muitas vezes já extintas,
quanto em relação a grupos sociais atuais, detentores de identidades culturais
próprias.

16
3. Diversidade – De acordo com Oliveira (2020), é definida como os diversos
e diferentes aspectos da cultura, como a linguagem, a religião, a culinária, as
tradições, os costumes e as maneiras de organização política, familiar e
institucional e outros elementos que possam explicar as características próprias de
um determinado grupo social. A diversidade cultural ajuda a entender as diversas
manifestações culturais existentes no mundo. A diversidade cultural marca,
portanto, a pluralidade, a diferença e a especificidade das diferentes manifestações
culturais existentes no planeta. No Brasil, segundo a autora (2020), graças à grande
extensão territorial podem ser observados diferentes conjuntos culturais. Inclusive,
nas diferentes regiões do país, elementos estrangeiros são observados nas
práticas culturais regionais, de regiões da Europa, Ásia e Oriente Médio, África, etc.
ATENÇÃO
Sobre a diversidade cultural, trazemos a seguinte composição a fim de
refletirmos no que concerne às peculiaridades regionais brasileiras:

Aquarela Brasileira Martinho da Vila

Irapuã Do leste, por todo o Centro-


Vejam essa maravilha de De Iracema e Tupã Oeste
cenário Tudo é belo e tem lindo matiz
É um episódio relicário Fiquei radiante de alegria
Que o artista, num sonho Quando cheguei na Bahia E o Rio dos sambas e
genial Bahia de Castro Alves, do batucadas
Escolheu para este carnaval acarajé Dos malandros e mulatas
E o asfalto como passarela Das noites de magia do De requebros febris
Será a tela do Brasil em forma Candomblé Brasil, essas nossas verdes
de aquarela Depois de atravessar as matas
matas do Ipu Cachoeiras e cascatas de
Passeando pelas cercanias do Assisti em Pernambuco colorido sutil
Amazonas A festa do frevo e do E este lindo céu azul de anil
Conheci vastos seringais maracatu Emolduram e aquarelam o
No Pará, a ilha de Marajó meu Brasil
E a velha cabana do Timbó Brasília tem o seu destaque https://www.letras.mus.br/mart
Na arte, na beleza, e inho-da-vila/265569/.
Caminhando ainda um pouco arquitetura
mais Feitiço de garoa pela serra! Composição: Silas De
Deparei com lindos coqueirais São Paulo engrandece a Oliveira.
Estava no Ceará, terra de nossa terra!

17
Ademais, ressaltamos que, com base nos temas transversais do Currículo
Pernambuco Anos Finais (2019), a proposição de ações e práticas educativas que
contemplem essa temática na sala de aula e em toda comunidade escolar é mister
para que se promova o combate ao preconceito e à discriminação. Dessa forma,
entendemos que discutir temas ligados à Identidade, Alteridade e Diversidade
com os nossos estudantes é de suma importância para o exercício da cidadania e
para a vida em sociedade na qual a pluralidade do Pensar e do Ser sejam
respeitadas. Ancorados no respectivo Currículo, evidenciamos que é importante,
no contexto escolar, possibilitar a compreensão de que a sociedade humana,
sobretudo a brasileira, é composta por vários elementos os quais formam a
diversidade cultural e a identidade de cada povo e de cada comunidade. A partir
dessa perspectiva, devem ser desenvolvidas atitudes de respeito às diferenças,
considerando que a completude humana é construída na interação entre as
diferentes identidades. Em suma, há tantos sinais na sociedade que apontam para
o descrédito quanto à vida. Na contramão disso, o componente PROJETO DE
VIDA (Projeto = preparar-se; Vida = dignidade/plenitude) não à toa possui essa
nomenclatura, visto que preconiza o RESPEITO e a DIGNIDADE do SER
HUMANO. Finalizamos aqui com estes versos reflexivos:

Depende de nós

Quem já foi ou ainda é criança


Que acredita ou tem esperança
Quem faz tudo pra um mundo melhor
Depende de nós
Que o circo esteja armado
Que o palhaço esteja engraçado
Que o riso esteja no are
Sem que a gente precise sonhar
Que os ventos cantem nos galhos
Que as folhas bebam orvalhos
Que o sol descortine mais as manhãs
Depende de nós
Se este mundo ainda tem jeito
Apesar do que o homem tem feito
Se a vida sobreviverá

Compositores: Ivan Lins / Vitor Martins

https://www.youtube.com/watch?v=_BrcPZ8WXcI.

18
REFERÊNCIAS

OLIVEIRA, Cida. Gostando de filosofia. Blog. Gostando de Filosofia, 2020:


https://gostandodefilosofia.blogspot.com/2020/06/identidade-alteridade-e-
diversidade.html. Acessado em 4.6.2020

PERNAMBUCO. SECRETARIA DE EDUCAÇÃO E ESPORTES. Currículo


Pernambuco, 2019.

PERNAMBUCO. SECRETARIA DE EDUCAÇÃO E ESPORTES. Currículo


Pernambuco/Ensino Religioso, 2019.

CÂMARA DOS DEPUTADOS. A Conquista Feminina. 2021.


https://www.camara.leg.br/internet/agencia/infograficos-html5/a-conquista-do-voto-
feminino/index.html. Acessado em 4.7.2022.

ATIVIDADES REALIZADAS A PARTIR DAS AULAS ABAIXO

DURAÇÃO VÍDEO LINK TEMA DA AULA Unidade


DA AULA temática
EXIBIÇÃO
23'37 AULA 01 https://youtu.be/TxJsXzu Projeto de vida: o 1, 2 e 3
ST-s que é? Por quê?
Para quem?
25´03 AULA 02 https://youtu.be/TZECE Empreendedorismo 1e3
XAZYhA jovem

25'11 AULA 06 https://youtu.be/EQyElF Jovem e cidadania 1e3


YK3gg

19
ATIVIDADE DE PROJETO DE VIDA COM ARTE

A LENDA DE XUÁ-XUÁ

 COMPETÊNCIA GERAL
Trabalho e Projeto de Vida: Valorizar a diversidade de saberes e vivências
culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem
entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao
exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia,
consciência crítica e responsabilidade;

 COMPETÊNCIA DE ÁREA DO CONHECIMENTO DE LINGUAGEM


Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-
se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com
acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus
saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer
natureza.

 COMPETÊNCIA DO COMPONENTE ARTE:


Experienciar a ludicidade, a percepção, a expressividade e a imaginação,
ressignificando espaços da escola e de fora dela no âmbito da Arte.

 CAMPO TEMÁTICO: Artes Visuais

 OBJETOS DE CONHECIMENTO: Contextos e Práticas


Elementos de Linguagem
 CONTEÚDOS
A influência das diversas expressões artísticas na representação visual;
O hibridismo como linguagem nas expressões artísticas;
Produção de trabalhos visuais em diálogo com outras linguagens artísticas;
As representações visuais como expressões do cotidiano;

20
A imagem na arte e na mídia;
A cultura e as representações visuais ao longo da história da arte.

 HABILIDADES
(EF67AR02PE). Pesquisar e analisar diferentes estilos visuais e movimentos
artísticos, contextualizando-os no tempo e no espaço de acordo com a realidade
dos estudantes.
(EF67AR05PE). Experimentar diferentes formas de expressão artística (desenho,
pintura, gravura, colagem, quadrinhos, grafite, escultura, modelagem, instalação,
vídeo, fotografia, performance etc.).
(EF67AR06PE). Elaborar processos de criação em artes visuais, com base em
temas ou interesses artísticos, de modo individual, coletivo e colaborativo, fazendo
uso de materiais, instrumentos e recursos convencionais, alternativos e digitais.

 CAMPO TEMÁTICO: Teatro


 OBJETOS DE CONHECIMENTO: Processos de Criação
 CONTEÚDOS
A Interpretação teatral: Vivência das possibilidades dramáticas pela construção da
personagem, da ação, da cena, do espaço cênico e do espaço dramático.

 HABILIDADES

(EF67AR27PE). Pesquisar e criar formas de dramaturgias e espaços cênicos para


o acontecimento teatral, em diálogo com o teatro contemporâneo, considerando as
produções artísticas em relação à ambiência e contexto cultural do estudante.

(EF67AR28PE). Investigar e experimentar diferentes funções teatrais e discutir os


limites e desafios do trabalho artístico coletivo e colaborativo.

21
O texto a seguir é uma lenda. Leia e responda às questões que seguem.

A Lenda de Xuá-Xuá

(...) Xuá-Xuá era a mais bela fêmea de sua horda e Li-Peng, três anos mais velho, o mais
forte dos machos. Naturalmente, eles se sentiam atraídos um pelo outro. Era bom estar um com o
outro. Juntos. (...)
Um belo dia Xuá-Xuá sentiu que seu corpo se transformava: seu ventre crescia mais e
mais. Ela tornou-se tímida, teve vergonha daquilo que se passava em seu corpo, e decidiu evitar
Li-Peng. Ele não compreendia nada do que se passava. Sua Xuá-Xuá não era mais a mesma, nem
no físico e nem no comportamento. Os dois amantes se distanciaram. (...)
Alguns meses depois, durante uma linda manhã de sol, Xuá-Xuá deitou-se à margem de
um rio e deu à luz a um menino. De longe, Li-Peng a observava, escondido atrás de uma árvore.
(...)
O bebê se desenvolveu rapidamente: aprendeu a andar sozinho, a comer outros alimentos,
além do leite da sua mãe. Tornou-se mais independente. Algumas vezes, o pequeno corpo não
obedecia mais ao grande corpo. Xuá-Xuá ficou aterrorizada. (...)
Uma noite, Xuá-Xuá estava dormindo. Li-Peng, curioso, observava. (...) Quando Lig-Lig-
Lé acordou, Li-Peng tentou atrair a sua atenção. Xuá-Xuá ainda dormia quando os dois (pai e filho)
partiram, como bons companheiros.
Ensinou seu filho a caçar, pescar etc. Lig-Lig-Lé estava feliz. Xuá-Xuá ao contrário, ficou
desesperada quando acordou e não viu o pequeno corpo ao seu lado. (...). No entanto, como
pertenciam à mesma horda, Xuá-Xuá reencontrou pai e filho alguns dias mais tarde. Tentou
recuperar seu filho, mas o pequeno corpo disse não, porque agora ele estava feliz com o seu pai,
que lhe ensinava coisas que a sua mãe ignorava. (...)
A recusa de Lig-Lig-Lé em obedecer à sua mãe levou-a a compreender que eles eram dois,
e não apenas um. Ela não queria estar junto de Li-Peng; no entanto, esse era o desejo de Lig-Lig-
Lé: cada um havia feito sua própria escolha.
Esse reconhecimento obrigou Xuá-Xuá a olhar para si mesma e a ver-se como apenas
uma mulher, uma mãe, uma dos dois: obrigou-a a se identificar e a identificar os outros. (...)
Quando Xuá-Xuá renunciou a ter seu filho totalmente para si. Quando aceitou que ele fosse
um outro, outra pessoa. Ela se viu separando-se de uma parte de si mesma. Então, ela foi ao
mesmo tempo atriz e expectadora. Agia e se observava: era duas pessoas em uma só – ela
mesma. Descobrindo o teatro, o ser se descobre humano.
O teatro é isso: a arte de nos vermos a nós mesmos, a arte de nos vermos vendo!
Boal, Augusto (1931-2009).
Jogos Para Atores e Não Atores/Augusto Boal- 13º ed. – Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,
2009. 368p

22
ATIVIDADE

1. Qual foi o seu entendimento da história?


2. Você conhece alguma história parecida com a que foi contada?
3. Crie uma imagem que represente a história. Pode ser colagem, desenho,
pintura. O que preferir.

Para Boal, o teatro é a primeira invenção humana e tornou todas as outras. O


teatro nasce quando o ser humano descobre a sua capacidade de se ver no
exato momento em que age, e essa capacidade, de “ver-se em ação” levou à
descoberta do “ver-se em situação”, quando a humanidade descobriu que pode
se ver no ato de ver.

1. Como você se vê?


2. Como você acha que os outros o veem?
3. Você já se observou enquanto exercia alguma tarefa? Se sim, como foi a
experiência? Se não, procure algum momento do seu dia e se observe.

Mão na massa

Produza cartões com várias profissões, situações, lugares. Peça para os


estudantes formarem duplas ou grupos. Eles irão pegar, aleatoriamente, um dos
cartões e irão encenar as situações, interpretando um profissional em um lugar
determinado pelo cartão escolhido. Após todos os estudantes se apresentarem, as
duplas irão mudar os papéis e criar uma nova situação. Ex: Médico e paciente no

23
consultório. Estudante A faz o médico, e o estudante B faz o paciente. Depois,
invertem as posições.
Após todos os estudantes se apresentarem, abrir uma roda de conversa para
que cada um fale da sua experiência e sensações. Exemplos:

Profissões Lugares
Médico e paciente Consultório
Garçom e cliente Restaurante
Professor e estudante Sala de aula
Gerente de banco e cliente Banco
Faxineiro(a) e dono(a) de casa Casa
Advogado e cliente Escritório
Juiz e réu Fórum
Técnico e atleta Estádio
Repórter e entrevistado Rua
Policial e alguém Delegacia
Motorista e passageiro Carro/ônibus
Famoso(a) fã Camarim

24
ATIVIDADES DE PROJETO DE VIDA SOBRE IDENTIDADE...

AUTOCONHECIMENTO

 COMPETÊNCIA GERAL

Autoconhecimento e Autocuidado: Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua


saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana e
reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para
lidar com elas;

 OBJETO DE CONHECIMENTO: Identidade II

 CONTEÚDOS

Personalidade e temperamento
Autoestima (potencialidades e fragilidades) Alteridade: Relações sociais

 HABILIDADES

Refletir sobre as formas de autoconhecimento; identificar características da


própria personalidade.
Estimular a compreensão da autoestima e as relações sociais

ATIVIDADE

Professor, sugerimos começar a atividade elaborando as seguintes questões


abaixo para os estudantes:

25
Refletindo um pouco sobre você

a) Você acha importante se conhecer? Justifique sua respostas.


b) O que é possível fazer para se conhecer melhor? Cite exemplos.
c) Quais podem ser as consequências de não se conhecer a si mesmo? Indique
prejuízos possíveis.

VAMOS EXERCITAR O AUTOCONHECIMENTO?

1. Eu acredito nas minhas habilidades?


2. Quais são as habilidades que mais se destacam em mim e minhas maiores
fraquezas ou fragilidades?

26
ATIVIDADES DE PROJETO DE VIDA COM CIÊNCIAS

INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS.

 COMPETÊNCIA GERAL
Autoconhecimento e Autocuidado: Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua
saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana e
reconhecendo suas emoções e as dos outros com autocrítica e capacidade para
lidar com elas.

 COMPETÊNCIA DO COMPONENTE
Conhecer, apreciar e cuidar de si, do seu corpo e bem-estar, compreendendo-se
na diversidade humana, fazendo-se respeitar e respeitando o outro, recorrendo
aos conhecimentos das Ciências da Natureza e às suas tecnologias.

 OBJETO DE CONHECIMENTO: Sexualidade

 CONTEÚDO:

Sexualidade Humana e suas Múltiplas Dimensões

 HABILIDADES

(EF08CI11PE) Identificar e argumentar sobre as múltiplas dimensões da


sexualidade humana (biológica, sóciocultural, afetiva e ética).
(EF08CI10PE) Identificar os principais sintomas, modos de transmissão e
tratamento de algumas IST (com ênfase na AIDS) e discutir estratégias e métodos
de profilaxia e prevenção, considerando dados de casos de IST na cidade.

27
O contágio das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) é um grave
problema de saúde pública, hoje atinge cada vez mais a população jovem
entre 15 e 21 anos de idade (ARAUJO; MONTEIRO; MESQUITA; ALVES;
CARVALHO; MONTEIRO, 2012).
Procederemos abordando as infecções sexualmente transmissíveis
no tocante ao aspecto vulnerável de jovens e adolescentes ligados à
promiscuidade em suas rotinas cotidianas, associada as suas aventuras em
busca do desconhecido.
Segundo Camargo, Giacomozzi, Wachelke e Aguiar (2010), a
vulnerabilidade dos adolescentes ocorre pelo fato de as políticas públicas não
serem voltadas especificamente para esse público. Além disso, a falta de
programas de prevenção das IST/AIDS nas escolas proporciona que muitos
adolescentes pratiquem sexo de qualquer forma. Assim, o número de
adolescentes contaminados por IST tende a aumentar por essa falta de
informação sobre as doenças que são transmitidas no ato sexual. Por serem
doenças que são transmitidas facilmente, sendo algumas assintomáticas, o
portador não sabe em muitos casos que a possui e transmite para outra
pessoa ao realizar sexo sem preservativo.

ATIVIDADE

01. O link abaixo apresenta uma cartilha sobre as infecções sexualmente


transmissíveis. Leia com atenção e responda às questões:
https://ufpi.br/arquivos_download/arquivos/prex/publicacoes-da-
extensao/Cartilha_Infeccoes_Sexualmente_Transmissiveis_IST_compressed2020
0610132403.pdf

28
1. - O que são ISTs?
2. - Quais as ISTs apresentadas na cartilha?
3. - Cite as medidas profiláticas para as ISTs
4. - Quais os agentes causadores para as ISTs?
5. - Quais os fatores de riscos para as ISTs?
6. - Cite 3 sintomas para o HIV.
7. - Qual o diagnóstico para a sífilis?
8. - Qual seu entendimento sobre sífilis congênita? Explique.
9. - Diferencie as hepatites B e C.
10.- Quais as lesões clínicas para o HPV?
11.- Cite as infecções primárias para o HSV.
12.- Quais sintomas relacionados à tricomoníase?
13.- Qual a terapêutica para a candidíase?
14.- Quais os sintomas para a gardnerella?

REFERÊNCIAS

ARAUJO, Telma Maria Evangelista; MONTEIRO, Claudete Ferreira de Souza;


MESQUITA, Gerado Vasconcelo; ALVES, Eucário Leite Monteiro; CARVALHO,
Khelyane Mesquita; MONTEIRO, Rebeca Mendes. Fatores de risco para
infecção por HIV em adolescentes. Rev. enferm. UERJ, Rio de Janeiro, v. 12,
n.2, p. 242-72012, abr/jun, 2012.

Boal, Augusto. Jogos Para Atores e Não Atores/Augusto Boal- 13º ed. – Rio de
Janeiro: Civilização Brasileira, 2009. 368p

BRASIL. Ministério da Educação. Currículo de Pernambuco Para o Ensino


Fundamental – Anos Finais, 2018.

CAMARGO, Brigido Vizeu; GIACOMOZZI, Andréia Isabel; WACHELKE, João


Fernando Rech; AGUIAR, Adriana de. Vulnerabilidade de adolescentes
afrodescencentes e brancos em relação ao HIV/Aids. Estud. psicol. (Campinas),
v.27, n.3, p. 343-354, set, 2010.

29
HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. 11. Ed. Rio de Janeiro:
DP&A, 2006 Disponível no site:<
https://leiaarqueologia.files.wordpress.com/2018/02/kupdf-com_identidade-
cultural-na-pos-modernidade-stuart-hallpdf.pdf >

MARTINAZZO, Celso José. Identidade humana. Disponível no site:<


file:///C:/Users/rosalias/Downloads/460-Texto%20do%20artigo-1759-1-10-
20121101.pdf>

30
2-CONSTRUINDO VALORES

APRESENTANDO A UNIDADE TEMÁTICA

No dicionário online, “valores são o conjunto de características de uma


determinada pessoa ou organização, que determinam a forma como estas se
comportam e interagem com outros indivíduos e com o meio ambiente”.
Esse conjunto de características acompanha cada um de nós durante toda a
vida como se fosse uma identidade, aparecendo em nossas atitudes. Nessa
perspectiva, existem vários tipos de valores, tais como pessoais, familiares, sociais,
universais, entre outros.
Os valores pessoais são aqueles princípios que regem a vida de cada pessoa:
honra, coragem, lealdade, perseverança, disciplina, autocontrole, superação e
ambição, por exemplo.
Os valores familiares, como o nome já sugere, são aqueles que sobrevivem
às gerações, ou seja, são os “costumes ou leis invisíveis que unem o sistema
familiar”.
Já os valores sociais ajudam no fortalecimento da convivência na sociedade;
todavia, eles não são estáticos. Variam, assim, com o tempo.
Os valores profissionais são as referências no ambiente de trabalho, que cada
profissional os tem como base no exercício das suas atribuições. Como exemplos
de valores profissionais, destacaremos responsabilidade, ética, respeito,
flexibilidade, companheirismo, compromisso, entre outros.
Finalmente, os valores universais referem-se ao bem-estar e à felicidade
através do exercício da prática do bem comum do planeta. Igualdade, justiça,
liberdade, igualdade e solidariedade são exemplos desses valores.

31
Por conseguinte, os estudantes nesta unidade deverão estudar questões
relacionadas à construção de valores, criando situações de aprendizagens que os
levem à reflexão sobre essa temática. Perguntas do tipo: “O que são valores?” e
“Quais são os valores pessoais, familiares, universais?” são importantes para
estimular essa reflexão e iniciar uma aula.
Segundo ICE5, a temática construção de valores em sala de aula deverá
ocorrer mediante:

“[...] exploração de conteúdos que contribuam para o


desenvolvimento de competências relacionadas à formação do
caráter e aos valores humanos que promovam atitudes de não
indiferença em relação a si próprio, ao outro e ao seu entorno
social” (ICE, p. 7).
Nessa lógica, adota-se abordagem de assuntos tais como: Entendendo
valores, tipos de valores, moral, ética, liberdade de decisão, a questão do ter e do
ser nas relações humanas, aprender a aprender, ambição, visão de futuro, valores
individuais, valores sociais e sociedade.

Mãos à obra!

ATIVIDADES REALIZADAS A PARTIR DAS AULAS ABAIXO

DURAÇÃ VÍDEO LINK TEMA DA AULA UNIDADE


O DA AULA TEMÁTICA
EXIBIÇÃO
23'37 AULA 01 https://youtu.be/TxJsXzuST-s Projeto de vida: o que 1, 2 e 3
é? Por quê? Para
quem?
20'43 AULA 04 https://youtu.be/LVR62I22OUU Educação Financeira 2e4

5
Instituto de Corresponsabilidade pela Educação (ICE)

32
ATIVIDADES DE PROJETO DE VIDA COM ENSINO RELIGIOSO

PRINCÍPIOS ÉTICOS

 COMPETÊNCIA GERAL
Trabalho e Projeto de Vida: Valorizar a diversidade de saberes e vivências
culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem
entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao
exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia,
consciência crítica e responsabilidade;
 COMPETÊNCIA DO ENSINO RELIGIOSO

Conviver com a diversidade de crenças, pensamentos, convicções, modos


de ser e viver.

 UNIDADE TEMÁTICA DO COMPONENTE ENSINO RELIGIOSO

Crenças Religiosas e Filosofias de Vida.

 OBJETOS DE CONHECIMENTO: Princípios e valores éticos.

 CONTEÚDOS:

Os princípios éticos;

Os Projetos de Vida

 HABILIDADES:

(EF09ER07PE) Identificar e valorizar princípios éticos (familiares, religiosos e


culturais) que possam alicerçar a construção de projetos de vida.

33
PROFESSOR,

Pensar em princípios éticos na educação nos remete às


Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9
anos, pois elas estabelecem três princípios básicos que norteiam a
educação, i.é., princípios éticos, estéticos e políticos. Nos princípios
éticos, destacam-se a liberdade e a autonomia, a solidariedade, o
“respeito à dignidade da pessoa humana, e de compromisso com a
promoção do bem de todos, contribuindo para combater e eliminar
quaisquer manifestações de preconceito e discriminação.” (DCN,
pág. 6, 2010).

Segundo Chauí (2012), A palavra ética tem origem grega


e vem de éthos ,“caráter de alguém”, e de êthos, “o conjunto
de costumes instituídos por uma sociedade para formar,
regular e controlar a conduta de seus membros”. Ética é uma
parte da filosofia que se preocupa com a reflexão sobre as
noções e princípios que fundamentam a vida moral. Princípio
ético pode ser entendido como sendo o começo, o início de
algo.Exemplo: o bem e o mal.

Importante não confundir ética com moral, pois essa


última refere-se a um conjunto de regras de conduta de uma
pessoa ou de uma sociedade e tem um objetivo muito claro
que é organizar as relações dessa mesma sociedade.
Observe que ética tem uma intencionalidade sobre a
preocupação a respeito dos princípios que fundamentam a
vida moral.

34
Mão na massa

Professor, sugerimos a seguir algumas atividades para os estudantes.

 Iniciar a atividade propondo a leitura das imagens abaixo: o que eles vêem,
sentem e qual o significado delas. Em seguida, registrar as observações dos
estudantes.

 Professor, essas imagens remetem a princípios éticos de


solidariedade, liberdade e autonomia.

35
 Relacionar princípios éticos como liberdade, autonomia e

 Pesquisar o significado dos princípios éticos acima.


solidariedade.
36

https://img.freepik.com/fotos-gratis/vista-superior-das-
maos-segurando-pessoas-e-globo-de-plasticina_23-
https://img.freepik.com/vetores-gratis/empresario-
quebrando-a-gaiola-grande_70921-108.jpg?w=740 2148630369.jpg?t=st=1656004228~exp=1656004828~h
mac=38ad286795e156ea425c18bc2170e02376b0bce89
5cf162e6677b6277f60cdc4&w=996
ATIVIDADE

Ligue as duas colunas abaixo:

COLUNA A COLUNA B

Princípios Relativo à ética; responsável pela


investigação dos princípios que motivam,
distorcem, disciplinam ou orientam o
comportamento humano, refletindo a respeito
da essência das normas, valores.

Éticos o que serve de base a alguma coisa; causa


primeira, raiz, razão.

Solidariedade condição daquele que é livre; capacidade de


agir por si próprio; grau de independência
legítimo que um cidadão, um povo ou uma
nação elege como valor supremo, como ideal.

Liberdade se identifica com o sofrimento do outro e,


principalmente, se dispõe a ajudar a
solucionar ou amenizar o problema.

Para incentivar a pesquisa, é importante ter em mãos celulares (se os


estudantes tiverem). Peça aos estudantes que pesquisem informações que
remetem a questões sobre liberdade, solidariedade e respeito à dignidade da
pessoa humana.

37
ATIVIDADES DE PROJETO DE VIDA

ATIVIDADE 2 - NARRATIVAS

 COMPETÊNCIA GERAL

Responsabilidade e Cidadania: Agir pessoal e coletivamente com autonomia,


responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com
base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.

 Objeto de Conhecimento

Valores individuais e valores sociais;


Moral, ética e a liberdade de decisão.

 Conteúdo
Valores morais individuais;
Valores morais sociais.

 Habilidades
Identificar valores que existem em nossas atitudes cotidianas;
Destacar, no cotidiano, as atitudes éticas;
Utilizar a liberdade para tomada de decisões pautadas em valores.

38
PROFESSOR,

De acordo com o dicionário online, entende-se por


narrativa a “ação, efeito ou processo de narrar, de relatar, de
expor um fato, um acontecimento, uma situação (real ou
imaginária), por meio de palavras”. Nesse sentido, a narrativa
pode ajudar o estudante a se colocar no lugar do personagem,
no tempo, no espaço dele, conhecer e experienciar outra
realidade e se sensibilizar com situações que envolvem valores
através de atividades lúdicas. Essas narrativas podem ser em
romances, contos, novelas, ou história em quadrinhos.
Vamos ao passo a passo?

ATIVIDADE

Sugestões para fazer na sala de aula:

1. Identificar os valores dos personagens que aparecem na narraiva: de “ A Abelha


e a Formiga”.

39
A ABELHA E A FORMIGA

A abelha e a formiga eram boas amigas. Passeavam juntas,


conversavam muito, trocavam receitas. A formiga era louca por
mel, e a abelha adorava as comidinhas guardadas pela amiga.
Um dia, a abelha viajou e deixou a chave da casa com a
formiga.
Uma semana depois, a formiga ficou com muita vontade de
comer um melzinho. Pensou entrar na casa da abelha. Mas não
entrou. Achou que seria abuso. Afinal, não tinha pedido
autorização. E, sem licença, nada feito. Meses depois, a
formiga viajou. Deixou a chave com a amiga. No dia seguinte,
a abelha sentiu fome. Ficou com preguiiiiiiiiiiiiça de preparar o
almoço. Sabe o que ela fez? Entrou na casa da formiga e fez a
festa. Comeu toda a comidinha da amiga. Fábula de La
Fontaine: https://blogs.correiobraziliense.com.br/dad/a_abelha_e_a_formiga_-
_a_honestidade/

2. Quais as diferenças de atitudes identificadas na abelha e na formiga:


3. Qual a atitude que ele (estudante) tomaria?
4. Identifique a moral da narrativa.
5. O que representam, metaforicamente, as duas personagens?
6. Pesquise notícias que evidenciem comportamentos e atitudes que representem
as personagens do texto acima.

OBS.: Professor, na seção “ANEXOS” você encontrará mais narrativas.

40
REFERÊNCIAS

PSICOLOGIA ONLINE. Tipos de Valores e exemplos. Disponível no site:<


https://br.psicologia-online.com/tipos-de-valores-e-exemplos-574.html

DICIONÁRIO. Disponível no site: https://www.dicio.com.br/narrativa/

Fábula de La Fontaine:
https://blogs.correiobraziliense.com.br/dad/a_abelha_e_a_formiga_-
_a_honestidade/

Solidariedade: https://img.freepik.com/fotos-gratis/vista-superior-das-maos-
segurando-pessoas-e-globo-de-plasticina_23-
2148630369.jpg?t=st=1656004228~exp=1656004828~hmac=38ad286795e156ea
425c18bc2170e02376b0bce895cf162e6677b6277f60cdc4&w=996

41
3 – RESPONSABILIDADE SOCIAL

APRESENTANDO A UNIDADE TEMÁTICA

Responsabilidade, segundo o dicionário online, significa “obrigação de


responder pelas ações próprias ou as dos outros; caráter ou estado do que é
responsável” e vem do latim responsus; “social” significa “concernente a uma
comunidade, a uma sociedade humana, ao relacionamento entre indivíduos” e vem
do latim sociālis, ou seja, conjunto de pessoas que têm a mesma cultura constituindo
uma comunidade. Observe a existência do sentimento de pertença e interação que
há entre elas.

Para Chiavenato (1999, p. 121), Responsabilidade Social é o grau de


obrigações que uma organização assume através de ações que protejam e
melhorem o bem-estar da sociedade. Todavia, em se tratando de escolas, objeto do
nosso Caderno, Responsabilidade Social seria o compromisso no processo de
ensino e aprendizagem com o desenvolvimento de atividades com os estudantes
que visam melhorar o bem-estar da comunidade dentro e fora da escola.

Melo Neto e Froes (2001, p. 26-27) entendem que Responsabilidade Social


deve estimular o desenvolvimento do cidadão e fomentar a cidadania individual e
coletiva. Sendo assim, segundo os autores, a Responsabilidade caracteriza-se como
a busca de estímulos para o desenvolvimento do cidadão em pontos como cidadania
individual e coletiva.

Ainda nessa esteira, de acordo com Melo Neto e Froes (2001), entende-se que
tais ações são cabíveis a todos – pessoas, Estado e demais instituições públicas e

42
particulares, tais como profissionais liberais, servidores públicos, instituições
filantrópicas, partidos políticos, escolas, estudantes etc. Sendo assim, ninguém pode
se eximir de suas ações/deveres dentro do coletivo. Ademais, ressaltamos que a
Responsabilidade Social é de interesse de todos, uma vez que corrobora para
melhoria da qualidade de vida de todos os agentes sociais.

Salientamos que, nessa unidade, discorreremos sobre aspectos relevantes


que envolvem a Responsabilidade Social, a saber: Valores sociais com ênfase na
Cidadania e política; Empreendedorismo com foco no jovem e na consciência
ambiental. Neste caso, finalizaremos com a construção de um Projeto de Vida,
destacando sua estrutura e suas especificidades: O quê?; Por quê?, Para quê?

Nessa perspectiva, é imprescindível cuidar dos diversos aspectos da


sociedade, como da natureza, cuidar do próximo, cuidar das leis e do planeta,
empreendendo com propósitos devidamente planejados.

ATIVIDADES REALIZADAS A PARTIR DAS AULAS ABAIXO

DURAÇÃO VÍDEO LINK TEMA DA AULA UNIDADE


DA EXIBIÇÃO AULA TEMÁTICA
23'37 AULA 01 https://youtu.be/TxJsXzuST-s Projeto de vida: o que é? 1, 2 e 3
Por quê? Para quem?
25´03 AULA 02 https://youtu.be/TZECEXAZYhA Empreendedorismo jovem 1e3

22'12 AULA 03 https://youtu.be/EQacdAQq3vQ Viver de modo sustentável 3e4

25'11 AULA 06 https://youtu.be/EQyElFYK3gg Jovem e cidadania 1e3

22'45 AULA 07 https://youtu.be/QjIShgzDdsw Protagonismo juvenil 3e4

43
ATIVIDADE DE PROJETO DE VIDA COM ENSINO RELIGIOSO

EMPREENDEDORISMO

Aula 02 – Educa-PE – Empreendedorismo Jovem

Link da aula: https://youtu.be/TZECEXAZYhA

 COMPETÊNCIA GERAL:

Conhecimento: Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos


sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade,
continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa,
democrática e inclusiva;

 COMPETÊNCIA POR ÁREA:

Reconhecer e cuidar de si, do outro, da coletividade e da natureza, enquanto


expressão de valor da vida.

 UNIDADE TEMÁTICA DO COMPONENTE ENSINO RELIGIOSO

Crenças Religiosas e Filosofias de Vida

 OBJETO DE CONHECIMENTO

Liderança e direitos humanos

 CONTEÚDO

O papel dos líderes religiosos.

 HABILIDADE

(EF07ER07PE) Identificar e discutir o papel das lideranças religiosas e seculares


na defesa e promoção dos direitos humanos, cultivando a paz e o respeito como
condição necessária para a vida em sociedade.

44
Leia o texto que se segue, logo após execute a atividade:

Empreendedorismo é uma expressão que significa


empreender, vem do latim e, genericamente, significa “tomar a
decisão de realizar uma tarefa difícil e laboriosa, ou ainda,
colocar um plano em execução”. Quem vai empreender
precisa soltar a imaginação a partir do que se quer em relação
a alguma coisa e, na sequência, planeja, desenvolve e realiza
o que foi imaginado.

ATIVIDADES

1. Com base na aula 02 sobre Projeto de Vida para o Ensino Fundamental


(disponível no site https://youtu.be/TZECEXAZYhA), solicite que os
estudantes preencham os parênteses com Verdadeiro (V) ou Falso (F)

a) Empreender pode ser aprendido ( )

b) Para ser empreendedor a pessoa já nasce sabendo ( )

c) Para empreender é importante o conhecimento da “sua realidade” ( )

d) Para empreender basta sonhar e planejar ( )

e) Empreender é muito difícil ( )

45
2. Após assistir à aula 02 de Projeto de Vida para o Ensino Fundamental,
responda ao que se pede:

a) O que se entende por Empreededorismo?

b) Explique qual a relação sobre a vida em sociedade e o empreendedorismo.

c) Cite exemplos de empreendedorismo com base na sua realidade.

d) O que é a cultura do fazer? Cite exemplos.

Mão na massa

Sugestão 1: Propomos que o estudante pesquise nomes de lideranças religiosas


ou seculares que trabalhem para a promoção dos direitos humanos, isto é, para o
bem comum, exemplos que contribuam para paz e o respeito. Feita a pesquisa,
indicamos que ela seja apresentada à sala a fim de favorecer um debate.

Sugestão 2: Professor, em sala de aula, coloque no quadro várias expressões para


eles refletirem sobre empreendedorismo, tais como: sonho, meta, inovação,
vontade, persistência, planejamento, disciplina, mundo globalizado, sucesso.

Após esse diálogo, peça que cada estudante ou gupos de estudantes pesquise no
celular e depois apresentem uma definição para essas espressões acima.

Agora, peça para o estudante relacionar essas expressões com o


empreendedorismo. Logo após a pesquisa é importante que o estudante compartilhe
com os demais colegas.

46
ATIVIDADE DE PROJETO DE VIDA

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS E CONSTITUIÇÃO


FEDERAL DO BRASIL

Leiam e reflitam sobre os textos abaixo, pois eles servirão de base a fim
de que possam responder às questões que se seguem:

Texto 16

Trecho

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE


1988

TÍTULO II
DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS

CAPÍTULO I
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer


natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes
no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos
desta Constituição;
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa
senão em virtude de lei;
III - ninguém será submetido à tortura nem a tratamento desumano
ou degradante [...]

6
Trecho selecionado da Constituição Brasileira de 1988. Site do Palácio do Planalto
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm.

47
Texto 27

Declaração Universal dos Direitos Humanos

Adotada e proclamada pela Assembleia Geral das Nações Unidas

(resolução 217 A III) em 10 de dezembro 1948

Artigo1
Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e
direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir em relação
uns aos outros com espírito de fraternidade.

Artigo 2

1. Todo ser humano tem capacidade para gozar os direitos e as


liberdades estabelecidos nesta Declaração, sem distinção de
qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião
política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza,
nascimento, ou qualquer outra condição.
2. Não será também feita nenhuma distinção fundada na condição
política, jurídica ou internacional do país ou território a que pertença
uma pessoa, quer se trate de um território independente, sob tutela,
sem governo próprio, quer sujeito a qualquer outra limitação de
soberania.

Artigo 3
Todo ser humano tem direito à vida, à liberdade e à segurança
pessoal.

Artigo 4
Ninguém será mantido em escravidão ou servidão; a escravidão e o
tráfico de escravos serão proibidos em todas as suas formas.

Artigo 5
Ninguém será submetido à tortura, nem a tratamento ou castigo
cruel, desumano ou degradante. [...]

7
Trecho selecionado do site da UNICEF https://www.unicef.org/brazil/declaracao-universal-dos-direitos
humanos#:~:text=Todo%20ser%20humano%20tem%20direito,liberdade%20e%20%C3%A0%20seguran%C3
%A7a%20pessoal.&text=Ningu%C3%A9m%20ser%C3%A1%20mantido%20em%20escravid%C3%A3o,em%2
0todas%20as%20suas%20formas.&text=Ningu%C3%A9m%20ser%C3%A1%20submetido%20%C3%A0%20to
rtura,castigo%20cruel%2C%20desumano%20ou%20degradante.

48
ATIVIDADES

1. Leia o texto abaixo e responda:

Texto 1: Morte de ambientalistas Dom Philips e Bruno Pereira

É alarmante o número de ambientalistas e de defensores dos povos indígenas


assassinados todos os anos em nosso território, segundo o site Folha de
Pernambuco8.

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) afirmou que


nos últimos anos o trabalho de jornalistas e ambientalistas tem servido
para mostrar os "recordes" de crimes ambientais na Amazônia, assim
como os assassinatos de ativistas e os cortes nos órgãos de controle
ambiental. (Folha de Pernambuco, 16.06.2022).

Nesse sentido, a Constituição de 1988 em seu art. 5, denominada Cidadã,


enfatiza que todos(as) são iguais perante a lei. Dessa forma, todos deveriam se
sentir protegidos, tendo seus direitos preservados. É mais do que fato que os
primeiros habitantes do Brasil têm sim o direito à posse da terra em que moram.
Negar tal direito é negar a milenar herança desse povo, aliás povos, pois antes da
chegada dos portugueses e de outros europeus em terras brasileiras, o país era
habitado por mais de três milhões de indígenas9, que habitavam do litoral ao sertão.
Nesse sentido, é inadimissível que, para terem seu reconhecimento como cidadãos
brasileiros, precisem de pessoas que lutem por eles ante a forças repressoras de
grileiros, posseiros, latifundiários e tantos outros.

8 Textoextraído do site Folha de Pernambuco. Por Joao Laet e Jordi Miró / AFP16/06/22 às
13h20 ,atualizado em 16/06/22 às 20h43 https://www.folhape.com.br/noticias/onda-de-indignacao-
por-morte-de-jornalista-e-indigenista-defensores/230648/
9
Sociedades Indígenas Brasileiras no Século XVI.
http://www.multirio.rj.gov.br/historia/modulo01/soc_indigenas.html. Acesso no dia 04/07/2022.

49
No ano 2022, vimos perecer (assassinados) mais dois porta-vozes dos direitos
dos povos indígenas: o ambientalista e jornalista inglês Dom Phillips e o também
ambientalista brasileiro Bruno Pereira (pernambucano). Esses defensores foram
mortos barbaramente, tiveram seus corpos esquartejados, segundo a Rede Brasil
Atual10 e colocados em uma vala clandestina. Só ante a luta da imprensa e de vozes
da sociedade que não calaram é que seus corpos foram achados, tendo assim direito
a um sepultamento “digno”. Suas vozes se calaram, mas frutificam/frutificarão
mediante a luta em prol daqueles que são tolhidos.

Texto 2: Composição: Antônio Nóbrega / Wilson Freire.

CHEGANÇA11 seguro Um branco de barba


Céu azul, paz e ar escura
Sou Pataxó puro Vestindo uma
Sou Xavante e Cariri Botei as pernas pro ar armadura
Ianomani, sou Tupi Logo sonhei Me apontou pra me
Guarani, sou Carajá Que estava no pegar
Sou Pancaruru paraíso
Carijó, Tupinajé Onde nem era
Potiguar, sou Caeté E assustado
preciso Dei um pulo lá da
Ful-ni-o, Tupinambá Dormir para se rede
sonhar Pressenti a fome, a
Depois que os mares sede
dividiram os Sou Pataxó Eu pensei: Vão me
continentes Sou Xavante e Cariri acabar
Quis ver terras Ianomani, sou Tupi Me levantei de
diferentes Guarani, sou Carajá borduna já na mão
Eu pensei: Vou Sou Pancaruru Ai, senti no coração
procurar Carijó, Tupinajé O Brasil vai começar
Um mundo novo Potiguar, sou Caeté
Lá depois do Ful-ni-o, Tupinambá
horizonte Sou Pataxó
Levo a rede Sou Xavante e Cariri
balançante Mas de repente Ianomani, sou Tupi
Pra no sol me Me acordei com a Guarani, sou Carajá
espreguiçar surpresa Sou Pancaruru
Uma esquadra Carijó, Tupinajé
portuguesa Potiguar, sou Caeté
Eu atraquei Veio na praia atracar Ful-ni-o, Tupinambá
Num porto muito Da grande-nau

10 SEÇÃO CIDADANIA. CRIME NA FLORESTA


https://www.redebrasilatual.com.br/cidadania/2022/06/confessou-assassinato-bruno-pereira-dom-
phillips-pf/ Publicado no dia 15/06/2022.

11
Texto selecionado do site: https://www.letras.mus.br/antonio-nobrega/68957/

50
Texto 3

Figura 2http://www.genildo.com/2020_04_08_archive.html.

1. Aponte a relação temática que há entre o texto 1 (Morte de ambientalistas), o


2 (musical) e o 3 (cartum)
2. O texto 1 traz em linguagem denotativa/informação sobre a morte de pessoas
que lutaram por uma causa social. O assunto abordado por esse texto fere um
dos princípios da Declaração Universal dos Direitos Humanos (texto 2 de apoio).
Identifique esse princípio e comente-o com base na informação do texto 1.
3. O texto 2 (Chegança) retrata a chegada dos portugueses ao Brasil. Como isso
é representado pelo autor em relação ao indígena que aqui estava?
4. Faça uma relação entre o texto 2 (Chegança) com o texto 3 (cartum) no
tocante àqueles que eles abordam.
5. O que os dois textos de apoio: A Constituição Brasileira, 1988 e a Declaração
Universal dos Direitos Humanos têm em comum?
6. Pesquise o porquê de a Constituição Brasileira, de 1988, ser chamada de
Constituição cidadã.
7. A Declaração Universal dos Direitos Humanos foi promulgada após três anos
de um acontecimento mundial que “abalou” a humanidade: A Segunda Guerra
Mundial. Pesquise como esse acontecimento feriu a dignidade de certa parcela

51
da humanidade.
8. O texto dois tem como órgão responsável a UNICEF. Pesquise sobre o papel
dele no cenário mundial.
9. A UNICEF está ligada à ONU. O que é a ONU e qual o papel dela no cenário
mundial?

52
ATIVIDADE DE PROJETO DE VIDA

RESPONSABILIDADE SOCIAL E MEIO AMBIENTE

O texto abaixo servirá de base para responder o exercício que


segue:

Capítulo VI da Constituição Federal A Educação Ambiental está prevista na Constituição


Federal no art. 225, § 1º, inciso VI ", com o objetivo de promover a educação ambiental
em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio
ambiente".

Capítulo VI
Do Meio Ambiente
Art. 225. – Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente
equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia
qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade
o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras
gerações.

§ 1º - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao


Poder Público:
I – preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e
prover o manejo ecológico das espécies e ecossistemas;
II – preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético
do País e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e
manipulação de material genético;
III – definir, em todas as unidades da Federação, espaços
territoriais e seus componentes a serem especialmente
protegidos, sendo a alteração e supressão permitidas somente
através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a
integridade dos atributos que justifiquem sua proteção;
IV – exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade
potencialmente causadora de significativa degradação do meio
ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará
publicidade;
V – controlar a produção, a comercialização e o emprego de
técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida,
a qualidade de vida e o meio ambiente;

53
1. Leiam a música a seguir e responda ao que se pede:

12Xote Ecológico - Luiz Gonzaga

Não posso respirar, não posso mais nadar


A terra está morrendo, não dá mais pra plantar
E se plantar não nasce, se nascer não dá
Até pinga da boa é difícil de encontrar

Não posso respirar, não posso mais nadar


A terra está morrendo, não dá mais pra plantar
E se plantar não nasce, se nascer não dá
Até pinga da boa é difícil de encontrar

Cadê a flor que estava aqui?


Poluição comeu
E o peixe que é do mar?
Poluição comeu
E o verde onde é que está?
Poluição comeu
Nem o Chico Mendes sobreviveu

Composição: Luiz Gonzaga / Aguinaldo Batista.

ATIVIDADES

1. Qual a relação entre o Xote Ecológico e o trecho do Capítulo VI da Constituição?


2. Lendo o trecho do Capítulo VI da Constituição, responda a quem deve a
responsabilidade de preservar o Meio Ambiente.
3. Quais os indícios que o Xote Ecológico nos traz sobre a necessidade da
preservação ambiental?
4. Podemos afirmar que o Xote Ecológico é uma espécie de alerta? Justifique sua
resposta.
5. Quais as medidas que nós como cidadãos podemos fazer para o cuidado com o
Meio Ambiente?
54
12
Texto selecionado do site https://www.letras.mus.br/luiz-gonzaga/295406/.
6. Qual a relação entre preservação ambiental e as futuras gerações?

2. Podemos observar duas ações diferentes no cartum que se segue. Comente-


as:

https://br.pinterest.com/pin/718957528001548064/.

55
ATIVIDADE DE PROJETO DE VIDA COM LÍNGUA PORTUGUESA

RELATO DE EXPERIÊNCIAS

Competências Gerais:
Em uma estrita relação com as competências elencadas na BNCC, observamos que
as atividades propostas a seguir ancoram-se em 2 (duas) das 10 (dez) competências
gerais, a saber:

Argumentação
Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular,
negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e
promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo
responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação
ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.

Responsabilidade e cidadania
Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade,
resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos,
democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.

Competência do Currículo Pernambuco de Língua Portuguesa:


Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular,
negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e
promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo
responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação
ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.

Habilidade do Componente de Língua Portuguesa:


(EM13LGG304LP32PE) Produzir textos predominantemente argumentativos em
diferentes modalidades, gêneros e suportes, visando ao desenvolvimento do senso
crítico e à reflexão sobre a postura do cidadão, diante das realidades sociais e
socioambientais, levando em conta as esferas locais, regionais e globais.
Objeto de Conhecimento de Língua Po5rt6uguesa:
Produção de gêneros textuais da ordem do argumentar (artigo, dissertação
argumentativa etc.) Especificidades do gênero e da tipologia. Estrutura formal e
linguística. Recursos coesivos. Operadores argumentativos.

Conteúdo de Língua Portuguesa:


Cartas argumentativas: A carta de reclamação.

Na esfera pública, os estudantes são desafiados a exercer sua


cidadania de maneira crítica na busca de direitos. Para isso, estes
precisam construir as competências e habilidades necessárias para a
comunicação nesse campo de atuação.
É certo que não nos comunicamos por palavras ou frases, e
sim por gêneros discursivos que exercem uma função social e
obedecem a uma certa estrutura organizacional. Assim, é importante
que os estudantes conheçam, compreendam e se apropriem dos
gêneros recorrentes ao campo de atuação supracitado, conhecendo
sua estrutura, operadores argumentativos e modalizadores próprios
desses.
Em nossa atividade, diante da diversidade de gêneros,
sugerimos o recorte para o trabalho com a carta argumentativa de
reclamação.

Mão na massa

Trabalhar gêneros do Campo de Atuação da Vida Pública: carta de reclamação.


Itinerário:

57
1. O professor começa explanando sobre situações em que nos sentimos lesados ou
prejudicados – o defeito de um objeto comprado há pouco, um problema com um
prestador de serviço, uma conta ou documento errados, entre outros.
2. Exibição da videoaula sugerida:
<https://www.youtube.com/watch?v=fFARnC40oGE>
3. O professor retoma o exposto na videoaula e apresenta para os estudantes as
características e funções da carta de reclamação (texto base sugerido:
https://mundoeducacao.uol.com.br/redacao/carta-reclamacao.htm).
4. Exposição sobre Elementos constituintes do esquema argumentativo (tese,
argumento, tema, ponto de vista) – aula em PDF para o 8º ano disponível em
https://www1.educacao.pe.gov.br/cpar/.
5. Produção textual:
Contextualização: A rua em que você mora não possui saneamento básico e não
é calçada. Muitos dos dejetos terminam chegando à rua através de um esgoto
improvisado e regos feitos pelos próprios moradores. Com as fortes chuvas, a rua
ficou alagada e dejetos se misturaram à água da chuva empoçada, trazendo
animais peçonhentos e o risco de doenças para os moradores, além de impedir a
plena circulação de pessoas, principalmente aquelas com dificuldades de
mobilidade.
Proposta: Vamos escrever uma carta de reclamação a fim de resolver os
problemas relatados. Pense a quem será direcionada essa carta. A linguagem
usada deve ser formal ou informal? Como a carta deve estar estruturada? Que
operadores argumentativos você vai usar? Qual a tese defendida? Que
argumentos serão usados para convencer seu interlocutor?

58
REFERÊNCIAS

ESTUDANTE. https://brainly.com.br/tarefa/8931876

ENSINO FUNDAMENTAL | PROJETO DE VIDA | AULA 02 | 2021:


https://www.youtube.com/watch?v=TZECEXAZYhA.

GOVERNO DE PERNAMBUCO. Elementos constituintes do esquema


argumentativo (tese, argumento, tema, ponto de vista). Disponível em:
<https://www1.educacao.pe.gov.br/cpar/>. Acesso em: 20. Jun. 2022.

MATOS, T. A carta de reclamação. Disponível em:


<https://mundoeducacao.uol.com.br/redacao/carta-reclamacao.htm>. Acesso em: 20.
Jun. 2022.

BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR. Entenda as competências que são o “fio


condutor” da BNCC. https://sae.digital/base-nacional-comum-curricular-
competencias/. Acessado em 28.6.2022.

BRASIL. Constituição Brasileira de 1988.


http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm.

FUNDAÇÃO ABRINQ https://fadc.org.br/noticias/tudo-o-que-voce-precisa-saber-


sobre-responsabilidade-social.

UNICEF https://www.unicef.org/brazil/declaracao-universal-dos-direitos-
humanos#:~:text=Todo%20ser%20humano%20tem%20direito,liberdade%20e%20%C
3%A0%20seguran%C3%A7a%20pessoal.&text=Ningu%C3%A9m%20ser%C3%A1%
20mantido%20em%20escravid%C3%A3o,em%20todas%20as%20suas%20formas.&t
ext=Ningu%C3%A9m%20ser%C3%A1%20submetido%20%C3%A0%20tortura,castig
o%20cruel%2C%20desumano%20ou%20degradante

59
4 – COMPETÊNCIAS PARA O
SÉCULO XXI

APRESENTANDO A UNIDADE TEMÁTICA

As competências para o século XXI foram elaboradas pela UNESCO. Essa


sigla signifca Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a
Cultura. É uma agência da Organização das Nações Unidas-ONU, cuja sede
encontra-se na França, sendo constituida por 195 países-membros.

O objetivo da UNESCO é garantir a paz através de cooperação intelectual


entre esses países-membros, acompanhar o desenvolvimento mundial e auxiliar
esses Estados na busca de soluções para os problemas que desafiam nossa
sociedade.

Dentre as áreas de atuação da UNESCO, destaca-se a Educação. Assim


como nas demais áreas, ela desenvolve projetos em parceria com o governo e
a sociedade civil, além da iniciativa privada. Segundo o MEC:

No setor de Educação, a principal diretriz da UNESCO é auxiliar os


países membros a atingir as metas de Educação para Todos,
promovendo o acesso e a qualidade da educação em todos os níveis
e modalidades, incluindo a educação de jovens e adultos. Para isso, a
Organização desenvolve ações direcionadas ao fortalecimento das
capacidades nacionais, além de prover acompanhamento técnico e
apoio à implementação de políticas nacionais de educação, tendo
sempre como foco a relevância da educação como valor estratégico
para o desenvolvimento social e econômico dos países. (BRASIL).

Nessa perspectiva, desenvolver as Competências para o século XXI passa


pela necessidade de estabelecer, estimular e aprofundar nas escolas da rede
pública estadual de Pernambuco situações que exijam dos estudantes aspectos
referentes à cognição através de pensamento crítico, poder de tomar decisão,
comunicação, capacidade de resolver problemas, análise, inovação,

60
interpretação, razão e argumentação, habilidade de escutar e tecnologia da
informação; à Relação Interpessoal: negociação, cooperação,
autoapresentação, confiança, trabalho em equipe, liderança, valorização para a
diversidade, resolução de conflito, automonitoramento e adaptação; e à Relação
Intrapessoal: criatividade, cidadania, integridade, valorização da arte e da
cultura, orientação para a carreira, iniciativa, consciência, saúde física e
psicológica, produtividade, perseverança, autocuidado, interesse intelectual e
curiosidade e determinação.

ATIVIDADES REALIZADAS A PARTIR DAS AULAS ABAIXO


DURAÇÃO VÍDEO LINK TEMA DA AULA UNIDADE
DA AULA TEMÁTICA
EXIBIÇÃO
22'12 AULA 03 https://youtu.be/EQacdAQq3v Viver de modo 3e4
Q sustentável

20'43 AULA 04 https://youtu.be/LVR62I22OU Educação Financeira 2e4


U

22'45 AULA 07 https://youtu.be/QjIShgzDdsw Protagonismo juvenil 3e4

61
ATIVIDADES DE PROJETO DE VIDA COM EDUCAÇÃO FÍSICA

A DANÇA COMO MEIO DE VALORIZAÇÃO DA ARTE, DA CULTURA E DO


AUTOCONHECIMENTO

 COMPETÊNCIA GERAL

Repertório Cultural: Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais,


das locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção
artístico-cultural.

 COMPETÊNCIA DE ÁREA DO CONHECIMENTO DE LINGUAGEM

5 - Desenvolver o senso estético para reconhecer, fruir e respeitar as diversas


manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, inclusive aquelas
pertencentes ao patrimônio cultural da humanidade, bem como participar de práticas
diversificadas, individuais e coletivas, da produção artístico-cultural, com respeito à
diversidade de saberes, identidades e culturas.

 COMPETÊNCIA DO COMPONENTE DE EDUCAÇÃO FÍSICA

1- Compreender a origem da cultura corporal de movimento e seus vínculos com a


organização da vida coletiva e individual.

5 - Identificar as formas de produção dos preconceitos, compreender seus efeitos e


combater posicionamentos discriminatórios em relação às práticas corporais e aos
seus participantes.

 OBJETO DE CONHECIMENTO: Dança

 CONTEÚDO

Danças Urbanas

 HABILIDADES 62
(EF67EF11) Experimentar, fruir e recriar danças urbanas, identificando seus
elementos constitutivos (ritmo, espaço, gestos).

(EF67EF12) Planejar e utilizar estratégias para aprender elementos constitutivos das


danças urbanas.

(EF67EF13) Diferenciar as danças urbanas das demais manifestações da dança,


valorizando e respeitando os sentidos e significados atribuídos a eles por diferentes
grupos sociais.

Leia o texto abaixo13

O plano de aula do site da Nova escola.org.br define a dança pela sua


importância e relevância. Afirma ainda que ela está manifestada na construção
das expressões culturais de cada civilização ao longo da história.
Ademais, segundo o referido plano, todas essas expressões das danças
carregam elementos de cada cultura que “se desenvolvem em codificações
particulares, historicamente constituídas, que permitem identificar movimentos
e ritmos musicais peculiares associados a cada uma delas” (BNCC, p. 218).
Dessa forma, iremos abordar as danças urbanas, que têm seu conceito e
abrangência ligados às manifestações de suas origens nos Estados Unidos, e
seu termo utilizado pelos norte-americanos não veio do meio acadêmico, surgiu
do povo, das festas de quarteirão. Esse termo está relacionado às danças de
rua, do inglês street dance. Essas danças representam linguagens e culturas
de povos diferentes. Cada uma delas é definida por diferentes estilos da dança:
o funk, o locking, o popping, o breaking, o hip hop, o house dance, e o krump,
assim como as suas subdivisões (COLOMBERO, 2011).
As danças urbanas podem auxiliar em diversos aspectos da vida do
educando, além de desenvolver ações mobilizadas para o fazer e o pensar
artístico, permitindo que este possa usar sua criatividade e assim expressar-se,
como também tenha a capacidade de expandir seu desenvolvimento
psicomotor e social, utilizando as práticas corporais para um processo de
autoconhecimento do corpo. (Chultz 2016).

13
O referido texto foi recortado do site https://novaesc6o3la.org.br/planos-de-aula/fundamental/6ano/educacao-
fisica/dancas-urbanas-e-outras-dancas/6599. Acessado em 29.6.2022.
Mão na massa

Sugestão de vídeo para as atividades sobre dança

O link abaixo apresenta 8 tipos de danças, assista, dance e responda às questões 14:

https://www.youtube.com/watch?v=Lm8sOZmZDHE&t=13s

- Quais danças foram apresentadas no vídeo?

– Com qual você mais se identificou e escolheria para dançar?

– Alguma dança não era conhecida por você?

– Escolha uma dança e indique suas características e vestimentas.

2.0 - NO RITMO DO PASSINHO

O Funk é um estilo de dança que faz muito sucesso no Brasil e conquistou


espaço no cenário da música e da dança. Ele foi responsável por influenciar o
surgimento da Dança do Passinho. A proposta desta atividade é diferenciar as danças
urbanas das demais manifestações da dança, valorizando e respeitando os sentidos
e significados atribuídos a elas por diferentes grupos sociais.

14
As referidas perguntas foram recortadas do site: jama6lv4esmira.wordpress.com › 2020/06/16 › educacao7º ANO
- AULAS JAM- EE JOSÉ ALVES MIRA- DOIS CÓRREGOS. Acessado em 29.6.2022.
TEXTO – NO EMBALO DO PASSINHO15

https://educaemcasa.petropolis.rj.gov.br/categorias/view/252106

A Dança do Passinho foi criada nas comunidades carentes do Rio de Janeiro.


Era praticada desde os anos 2000 em bailes funk, porém se manteve desconhecida
por vários anos. Nessa época, já havia disputas informais entre favelas com os
movimentos e gestos dessa dança. Em 2008, após ampla divulgação na internet por
meio de vídeos, a dança do passinho se popularizou no Rio. Já em São Paulo, sua
popularização possui uma história peculiar, a partir de um MC que fez uma
homenagem ao bairro do Jardim Romano – Zona Leste. Os passos foram criados por
um morador do bairro, e o MC fez um vídeo que viralizou. Os passos continham
movimentos do hip hop e tinham como obrigatoriedade colocar as “mãos no rosto”,
como se estivessem com vergonha. Atualmente, existem diversas competições de
batalhas do Passinho, inclusive na cerimônia de abertura das Olimpíadas do Rio de
Janeiro em 2016, quando foi exibido por um grupo de dança.
Já, o Passinho popular é composto por sequência de rápidos movimentos com
os pés, que são articulados por movimentos rápidos da cintura. Propõe movimentos
de break e funk com ritmos tradicionais do Brasil, como o samba, frevo e até a
capoeira. Normalmente não é realizado com coreografia pronta, e sim criatividade
pura e improviso, de modo que não há um “jeito” certo ou errado de dançar. Outra
curiosidade é que o dançarino deve olhar fixamente para seus pés enquanto realiza
os movimentos. Por meio da Dança do Passinho, foi possível abrir espaço para
mulheres e homens se destacarem juntos!

15
Tanto o referido texto como também as

https://brainly.com.br/tarefa/38872530. Acessado em 29.6.2022.


6pe5rguntas da atividade foram recortados do site

https://brainly.com.br/tarefa/38872530. Acessado em 29.6.2022.


Após a leitura do texto, responda às questões abaixo:

1. Você já conhecia a Dança do Passinho? Antes de ler o texto (No Embalo


do Passinho), havia de sua parte um pré-julgamento deste estilo? Qual?
2. Quais as diferenças e semelhanças da dança do Passinho com o Funk, ou
com os outros estilos de Street Dance? Explique.
3. A que grupos sociais a dança do Passinho pertence comumente?
Justifique explicando os significados que a dança propiciou durante a
leitura do texto.

66
ATIVIDADES DE PROJETO DE VIDA COM EDUCAÇÃO FÍSICA

PRÁTICAS CORPORAIS/ SOCIAIS, IDENTIDADES E ALTERIDADE


(8º E 9º ANOS DO ENSINO FUNDAMENTAL)

 COMPETÊNCIA GERAL:

Empatia e Cooperação: 9 - Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos


e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos
direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de
grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem
preconceitos de qualquer natureza.

 OBJETO DE CONHECIMENTO DESTA UNIDADE: Solidariedade,


autoconhecimento e respeito pela figura do outro.

 CONTEÚDOS:

Práticas (Corporais) e relações sociais cotidianas


Identidade, alteridade e solidariedade como conceitos fundamentais;
Ética, moral e valores ético-morais em suas implicações sobre a identificação de
competências para o Século XXI.

 HABILIDADE:

Refletir sobre a construção contextual de valores individuais e coletivos frente às


diferentes relações sociais estabelecidas (familiares, profissionais, políticas,
religiosas, etc.), buscando, mediante valorização do pensamento crítico, reconhecer
e respeitar a si mesmo e ao outro como instâncias inerentes à compreensão das
experiências e da interação social das quais todos participamos.

67
A compreensão das noções de identidade e alteridade
nos termos aqui apontados exige, antes de mais nada, o esclarecimento do enfoque
prioritariamente relacional que se busca alcançar em uma perspectiva pedagógica.
Em outras palavras, exige o entendimento de que é na relação entre esses dois
conceitos que reside a centralidade das discussões e materializações possíveis na
prática pedagógica cotidiana.

Nesse sentido, consideramos a noção de identidade como a materialização de


uma autocompreensão e da sensação de pertencimento a um dado contexto; e a
noção de alteridade, como a materialização do respeito aos demais contextos e,
assim, também das demais possibilidades de autocompreensão e de sensações de
pertencimento existentes. Dessa forma, o foco na dimensão relacional existente e
constantemente manifesta-se nas mais diversas relações e interações (históricas,
sociais, culturais) que se dão tanto dentro quanto fora das escolas, sob um viés
caracteristicamente pedagógico, significa pô-las em discussão igualmente constante,
em uma discussão contextual que ratifique sua presença e sua pertinência quanto às
compreensões, reações e reflexões que delas resultam, seja como possibilidades,
seja como materialidade e em função do processo ensino-aprendizagem que se busca
desenvolver.

Ademais, a noção de “eu” emerge como fundamental à abordagem em questão,


haja vista que é a partir dela que as noções de autorreconhecimento, de vinculação
àquilo que nos é familiar, de respeito às diferenças, de valorização do “outro” como
complementação do “eu” dimensionam e (res)significam, respectivamente, a
identidade e a alteridade como centrais ao foco pedagógico na dimensão relacional
que ora destacamos.

68
SUGESTÕES DE FILMES:

“Patch Adams: o amor é contagioso”:


https://www.youtube.com/watch?v=tOP72G7EMGw

Tipos de solidariedade social - Mundo Educação (uol.com.br)


https://mundoeducacao.uol.com.br/sociologia/tipos-solidariedade-social.htm

Salientamos que o corpo humano, tanto em seus aspectos biotipológicos quanto


sociais, traz consigo um imensurável volume de conflitos pessoais e culturais que, ao
longo da história da humanidade, assumiram diferentes contornos nas mais diversas
culturas. Desse modo, e tendo a presença desses conflitos e não propriamente suas
possibilidades de manifestação, sugerimos a leitura das imagens abaixo com posterior
debate e/ou elaboração de produção material (texto, painel, etc.) como instrumento
de avaliação dela resultante:

https://martech.org/wp-content/uploads/2021/07/diverse.png
http://www.voxmusicstudio.com.br/tag/sempreconceito/

69
REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília,


2018.

. Ministério da Educação e Cultura-MEC. Disponível


nsite:<http://portal.mec.gov.br/encceja-2/480-gabinete-do-ministro-
1578890832/assessoria-internacional-1377578466/20747-unesco> Acesso em
22.mar.2022.

COLOMBERO, R. M. M. P. Danças urbanas: uma história a ser. Grupo de


Pesquisa em Educação Física Escolar – Feusp, Jul. de 2011. Disponível
em: <http://www.gpef.fe.usp.br/teses/agenda_2011_09.pdf>

CHULTZ, Gabriela Maffazzoni. Danças urbanas na escola: uma experiência com


a cultura hip hop dentro do colégio estadual Júlio de Castilho - Porto Alegre:
Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas da UFRGS, 2016.

PERNAMBUCO. Secretaria Estadual de Educação e Rsportes. Currículo de


Pernambuco – ensino fundamental. Recife, 2019

CORTELLA, Mario Sergio. Educação, escola e docência: novos tempos, novas


atitudes. São Paulo: Cortez, 2014.

DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. O que é a filosofia? 2ed. Trad. Bento Prado
Junior e Alberto Alonso Muñoz. São Paulo: Editora 34, 1997.

FOUCAULT, Michel. As palavras e as coisas. 8 ed. Trad. Salma Tannus Muchail.


São Paulo: Martins Fontes, 2002.

A hermenêutica do sujeito: curso dado no collége de france (1981-1982).


3ed. Trad. Márcio Alves da Fonseca e Salma Tannus Muchail. São Paulo: Martins
Fontes, 2011.

GEERTZ, Clifford. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: Guanabara


Koogan, 1989.

Instituto de Corresponsabilidade pela Educação. Projeto de Vida: Construindo o


futuro. Disponível no site:<
https://saber.com.br/obras/PNLD/PNLD_2021_OBJETIVO_1/Obra-cc61b9d1-9c17-
4f25-8dde-31d21a245f9e/cc61b9d1-9c17-4f25-8dde-31d21a245f9e.pdf

. Disponível no site:< https://icebrasil.org.br/escola-da-escolha/>

70
MACIEL, Lizete Shizue Bomura; SHIGUNOV NETO, Alexandre. Formação de
professores: passado, presente e futuro. 2 ed. São Paulo: Cortez, 2004.

MEC. UNESCO.http://portal.mec.gov.br/encceja-2/480-gabinete-do-ministro-
1578890832/assessoria-internacional-1377578466/20747-unesco

NOVA ESCOLA. https://novaescola.org.br/planos-de-


aula/fundamental/6ano/educacao-fisica/dancas-urbanas-e-outras-dancas/6599.
Plano de aula: Danças urbanas e outras danças. Acessado em 29.6.2022.
jamalvesmira.wordpress.com › 2020/06/16 › educacao7º ANO - AULAS JAM- EE JOSÉ
ALVES MIRA- DOIS CÓRREGOS. Acessado em 29.6.2022.

https://brainly.com.br/tarefa/38872530. Acessado em 29.6.2022.

PAGNI, Pedro Angelo; SILVA, Divino José da. (Orgs.) Introdução à filosofia da
educação: temas contemporâneos e história. São Paulo: Avercamp, 2007.

REVEL, Jacques. A invenção da sociedade. Trad. Vanda Anastácio. Rio de


Janeiro: Bertrand Brasil, 1989.

71
AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM

Segundo o Currículo de Pernambuco do Ensino Fundamental, a avaliação é


compreendida como um dos elementos do processo de ensino e aprendizagem,
estando, por isso, intimamente ligada à trajetória escolar do estudante e do professor.
Nessa perspectiva, a avaliação precisa ser tratada, por um lado, como instrumento
que acompanha a construção do conhecimento do estudante e, por outro lado, servir
ao professor como orientação e direcionamento nos percursos de re(ensino), a partir
dos resultados apresentados por eles no decorrer dos processos de construção de
conhecimentos.
Compreendemos que a discussão sobre a avaliação escolar está diretamente
vinculada ao processo de ensino e aprendizagem, ou seja, à prática pedagógica do
professor. Considerando essa perspectiva da avaliação e tendo como protagonistas
desse processo o estudante e o professor torna-se necessário compreender que o
propósito da avaliação deve promover uma reflexão sobre o ato de ensinar, sobre
como os estudantes aprendem e os caminhos possíveis para que os dois possam
caminhar no intuito de fazer com que haja significado e sucesso no processo de
ensino-aprendizagem.
A avaliação não se constitui em um processo isolado, o professor deve ter bem
claro que o produto de sua ação docente deve estar ligado a uma intencionalidade
pedagógica, que deve estar vinculada ao que se propõe o Projeto Político Pedagógico
de sua escola.
A avaliação é considerada uma das etapas da atividade escolar, sendo
necessário estar diretamente ligada à finalidade do processo de ensino-
aprendizagem como condição e possibilidade de perceber nos sujeitos escolares suas
fragilidades, seus avanços. Tal vinculação permite à ação avaliativa contribuir para o
processo de apropriação do conhecimento e, consequentemente, com a função social
da escola. Essa atribuição implica promover o acesso aos conhecimentos socialmente

72
produzidos pela humanidade a fim de possibilitar ao aluno condições de emancipação
humana.
O Currículo de Pernambuco do Ensino Fundamental - quando trata sobre a
ação docente, a formação dos professores e sobre a função social da escola - diz que
os professores, no contexto atual de sua sala de aula, devem ter como uma das suas
principais características o processo de emancipação humana. Esse é a capacidade
de refletir o propósito de nossa ação no mundo.
O processo de reflexão de uma prática pedagógica comprometida com a
aprendizagem dos estudantes deve estar contextualizado com novas formas de
ensinar e a compreensão de várias maneiras de como os estudantes aprendem,
sendo o professor responsável em apresentar o conteúdo produzido pela humanidade
de maneira critica e criativa. Segundo Tardif, os professores mobilizam diversos tipos
de saberes docentes tais como: saberes da formação profissional, saberes
curriculares, saberes disciplinares e saberes experienciais (TARDIF, 2002, p.36).
Toda essa discussão em torno da ação do professor em relação ao processo
de avaliação é por compreender que a reflexão da prática docente pode ressignificar
a velha dicotomia de que o professor ensina e o aluno aprende. Podemos assim
afirmar que para ressignificar a prática pedagógica da escola é necessário entender
que o professor, nesse processo de reflexão, ao ensinar também aprende e que, ao
aprender, o estudante também ensina.
A avaliação é a reflexão transformada em ação. Ação essa que nos impulsiona
a novas reflexões. Reflexão permanente do educador sobre sua realidade, e
acompanhamento de todos os passos do educando na sua trajetória de construção
do conhecimento. Um processo interativo através do qual educandos e educadores
aprendem sobre si mesmos e sobre a realidade escolar no próprio ato de avaliar.
(HOFFMANN, 2003, p. 17). Ela ainda acrescenta que a avaliação escolar, hoje, só faz
sentido se tiver o intuito de buscar caminhos para a melhoria da aprendizagem.
Nesse sentido, pretendemos que essa breve leitura sobre a avaliação da
aprendizagem possa contribuir na promoção de uma reflexão sobre as pontes que se
deve construir a partir da prática pedagógica do professor, pois essa prática se
constitui como um mecanismo que pode transformar a trajetória escolar dos
estudantes em sucesso.

73
Luckesi (2003) afirma que:
a ação avaliativa é um ato amoroso, onde o professor busca
conhecer, entender e, se preciso for, intervir na sua metodologia,
para fazer com que seu aluno adquira verdadeiramente o
conhecimento do conteúdo estudado, para aí então dar
prosseguimento ao ensino.

Para isso, é necessário que o professor considere - para organizar seus


instrumentos avaliativos - esse caderno como um dos materiais que possibilitará
novas estratégias de aprendizagem para os estudantes, bem como uma das
possibilidades que o docente deve considerar para verificar o percurso de
aprendizagem dos estudantes. Esperamos também que os professores
considerem as orientações da instrução normativa nº 04/2014, que dispõe sobre
as diretrizes e procedimentos do Sistema de Avaliação das Aprendizagens nas
escola da rede estadual de ensino a partir de 2015 e, mais especificamente, em
relação ao Ensino Fundamental Anos Finais.

74
REFERÊNCIAS

HOFFMANN, Jussara Maria Lerch. Avaliação mito e desafio: uma perspectiva


construtivista. Porto Alegre: Mediação, 2003. 30ª Ed. Revista 198p.

LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem na escola: reelaborando


conceitos e criando a prática. 2 ed. Salvador: Malabares Comunicações e eventos,
2003.

PERNAMBUCO, Secretaria de Educação. Currículo de Pernambuco: Ensino


Fundamental – Recife – 2019.

TARDIF, M. Saberes docentes e formação profissional. Petrópolis: Vozes, 2002.

75
DICAS DE FILMES

N NOME DO DIREÇÃO RESENHA


FILME E
ANO
1 Depois a Direção Júlia
Filme é uma adaptação do best-seller homônimo. Protagonizado por
Louca sou Rezende. Roteiro
Débora Falabella como a publicitária Dani, que lida com sua
Eu-2019 de Gustavo
ansiedade desde a infância. Adulta, ela recorre a terapias
Lipszteins.
alternativas e medicamentos.
2 Extraordiná Filme dirigido por
História de Auggie Pullman, um menino de 10 anos que nasceu com
-rio (2017) Stephen Chbosky
uma deformação no rosto. O problema fez com que tivesse que
passar por 27 cirurgias plásticas.

3 Forrest Direção:Robert
Baseado no romance homônimo de Winston Groom A trama
Gump: o Zemeckis,
atravessa várias décadas na vida do personagem central, Forrest
contador de Roteiro:Eric Roth,
Gump, um homem simples que, em suas andanças pelos Estados
histórias
Unidos, acaba encontrando personalidades históricas, influenciando
(1994)
a cultura popular e testemunhando alguns dos eventos mais notórios
da história norte-americana a partir da década de 1950..
4 Bee movie – Direção: Simon J.
O filme conta a história de Barry B. Benson, uma abelha que acaba
A História Smith e Steve
de se formar na faculdade e que foi iludido com a perspectiva de ter
de uma Hickner
apenas uma escolha de carreira:fabricar mel.
abelha-2007
5 A Vida é Direção: Roberto
O filme se passa na Segunda Guerra Mundial. Guido Orefice é um
Bela (1997) Benigni.
Judeu, dono de livraria judaica em plena Itália facista. É capturado e
Roteiro: Roberto
enviado com seu filho (Giosué) para um campo de concentração em
Benigni e Vincenzo
Berlim. Usando sua inteligência, espirituosidade e bom humor,
Cerami.
Guido faz com que a criança acredite que ambos estão em um jogo,
com o objetivo de protegê-lo do horror em que estão inseridos.
6 Intocáveis Escrito e realizado
Filme francês. Trata da relação entre Philippe, um curador de arte,
(2011) por Olivier Nakache
multimilionário e tetraplégico; e Driss, um jovem que só queria uma
e Éric Toledano
assinatura do ricaço para conseguir o seguro desemprego. Mesmo
que sem nenhuma experiência, surpreendentemente Driss acaba
sendo escolhido por Philippe para ser seu auxiliar de
enfermagem. Inspirada em uma história real, contada no livro
autobiográfico Le Second Souffle (A Segunda Respiração), escrito
por Philippe Pozzo di Borgo.
7 Divertida Direção: Pete
Riley é uma garota divertida de 11 anos de idade, que deve enfrentar
Mente Docter
mudanças importantes em sua vida quando seus pais decidem
(2015) Roteiro: Ronaldo
deixar a sua cidade natal. Dentro do cérebro de Riley, convivem
Del Carmem e
várias emoções diferentes, como a Alegria, o Medo, a Raiva, o
Peter Docter Nojinho e a Tristeza.
8 Homens de Direção: George Carl Brashear (Cuba Gooding Jr.) veio de uma humilde família negra,
Honra Tilman, Jr. que vivia em uma área rural em Sonora, Kentucky. Ainda garoto, no
(2000) Roteirista: Scott início dos anos 40, já adorava mergulhar, sendo que quando jovem
Marshall Smith se alistou na Marinha esperando se tornar um mergulhador.
9 À Procura Diretor: Gabriele Em À Procura da Felicidade, um pai de família enfrenta sérios
da Muccino. Roteirista: problemas financeiros. Apesar de todas as tentativas de manter a
Felicidade Steven Conrad família unida, sua esposa, decide partir. Ele é pai solteiro de um
(2006) menino de apenas 5 anos. Consegue estagiar numa corretora de
ações.Sua esperança é ter um futuro promissor na empresa.
76
10 Os seus, os Direção: Raja Frank Beardsley é um viúvo que tem 8 filhos. Ele reencontra Helen
meus, os Gosnell (Yours, North, sua namorada da adolescência. Helen também é viúva e tem
nossos Mine and 10 filhos. Sem contar a ninguém, eles decidem se casar, mas as
Ours/EUA, 2005) famílias não conseguem se entender, principalmente pela diferente
criação que cada grupo recebeu. Tentando resolver os problemas,
Frank e Helen criam um plano que fará com que todos tenham que
trabalhar juntos.

REFERÊNCIAS

MARISTA.https://marista.org.br/blog/ficcao-historia-real-e-animacao-7-filmes-
para-refletir-sobre-projetos-de-vida/

WIKIPEDIA.https://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:P%C3%A1gina_prin
cipal

ADOROCINEMA. Disponível no site:<


https://www.adorocinema.com/filmes/filme-196960/> Acesso em 25. Mar.

77
DICAS DE SITES E VÍDEOS

1. Como utilizar o Kahoot


https://www.youtube.com/watch?v=TZCak0t0Kf8

2. Tutorial: Como criar e utilizar o socrative


https://www.youtube.com/watch?v=46ptcGPSbxk

3. UNESCO
https://www.unesco.org/es

4. Museus Virtuais
https://www.melhoresdestinos.com.br/museus-virtuais.html

5. Inovações em Educação
https://porvir.org/projeto-de-
vida/#:~:text=Projeto%20de%20vida%20%C3%A9%20um,realiza%C3%
A7%C3%A3o%20em%20todas%20as%20dimens%C3%B5es.

6. Planejador de Aulas
https://planejadordeaulas.org.br/plano/quem-sou-eu/

7. Ep.5 – Emoções e autocuidado


https://open.spotify.com/episode/3qk9XRycjU5O3tPwuSvcXf

8. Primeiro passo: o conceito de Projeto de Vida (Parte 1)


https://www.youtube.com/watch?v=mtaomLjMQDU

9. Primeiro passo: o conceito de Projetos de Vida (Parte 2)


https://www.youtube.com/watch?v=HmkeKFbcP_U

10. Secretaria de Educação e Esportes do Estado de Pernambuco


http://www.educacao.pe.gov.br/por7ta
8l/.
11. SCIELO. Biblioteca Eletrônica Científica Online
https://www.scielo.br/j/rdgv/a/m85KdMFjcyJW8zSKssNkZRb/?lang=pt

12. Natureza Humana | Leandro Karnal


https://www.youtube.com/watch?v=bYeO9S5O0uQ

13. Você é uma pessoa líquida? | Luiz Felipe Pondé


https://youtu.be/2tTDuUJjrS8

14. Sociabilidade e sociedade de risco: um estudo sobre relações na modernidade.


https://www.scielo.br/j/physis/a/VCCz8xTv7HYsnJpW6VfXYbj/?lang=pt

15. Consciência Ambiental


https://www.youtube.com/watch?v=RQ-C9A5t6dQ

16. Planeta Terra – Vídeo de sensibilização de educação ambietal


https://www.youtube.com/watch?v=qtimxgy95pM

17. Meio Ambiente por Inteiro – Desafios Ambientais


https://www.youtube.com/watch?v=27ZTolZLDfA

18. A dança nas aulas de Educação Física: Hip Hop como instrumento- artigo
https://efdeportes.com/efd165/a-danca-nas-aulas-de-educacao-fisica-hip-
hop.htm

19. O ensino sobre as danças urbanas nas aulas de Educação Física: um relato de
experiência do PIBID – artigo
http://www.uel.br/eventos/conpef/portal/pages/arquivos/ANAIS%20CONPEF%20201
7/o%20ensino%20sobre%20130447-19776.doc.pdf

20. Danças urbanas na escola: um caminho para a construção da consciência


corporal - Dissertação
http://repositorioinstitucional.uea.edu.br/bitstream/riuea/1659/1/Dan%C3%A7as%20ur
banas%20na%20escola%20-
%20um%20caminho%20para%20a%20constru%C3%A7%C3%A3o%20da%20consci
%C3%AAncia%20corporal.pdf

21. Danças Urbanas: Dispoível no


site:https://www.youtube.com/watch?v=0P77jRiTdpM

22. 7º ano – Educação Física – Danças Urbanas: Elementos constitutivos da dança.


– Profª Bruna Andrade. 79
https://www.youtube.com/watch?v=XPeDCN7glf0

23. Carta de reclamação: < https://www.youtube.com/watch?v=fFARnC40oGE>.


24. Carta de solicitação: https://www.youtube.com/watch?v=pB4oATZPQsw&t=4s
25. Teses e argumentos: <https://www.youtube.com/watch?v=wda9OBV7mqE>

80
DICAS DE MÚSICAS

3. Música Família – Rita Rameh.


https://www.youtube.com/watch?v=EpDKjnRvWqM
4. Família – Titãs.
https://www.youtube.com/watch?v=NME3l2MvpnM
4. Paciência – Lenine | Marina Aquino
https://www.youtube.com/watch?v=DqDd3YmkI1Q
5. Ariane Villa Lobos – Um Dia Após o Outro
https://www.youtube.com/watch?v=RX20pjej7Ms

81
AS COMPETÊNCIAS GERAIS

De acordo com a Base Nacional Comum Curricular - BNCC, competência é “a


mobilização de conhecimentos (conceitos e procedimentos), habilidades (práticas,
cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores para resolver demandas complexas
da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho”.(BRASIL,
2017, p.8).

Nesse sentido, transcreveremos, a seguir, as 10 competências gerais para a


Educação com seus objetivos (idem):

1. Conhecimento: Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos


sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade,
continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa,
democrática e inclusiva;
2. Pensamento Científico, Crítico e Criativo: Exercitar a curiosidade intelectual e
recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão,
a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar
e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive
tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas;
3. Repertório Cultural: Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e
culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas
da produção artístico-cultural;
4. Comunicação: Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora,
como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como
conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se
expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em
diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo;
5. Cultura Digital: Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação
e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas
práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar
informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer
protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva;

82
6. Trabalho e Projeto de Vida: Valorizar a diversidade de saberes e vivências
culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem
entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas
ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia,
consciência crítica e responsabilidade;
7. Argumentação: Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis,
para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que
respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o
consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento
ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta;
8. Autoconhecimento e Autocuidado: Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua
saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana e
reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para
lidar com elas;
9. Empatia e Cooperação: Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos
e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos
direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e
de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem
preconceitos de qualquer natureza;
10. Responsabilidade e Cidadania: Agir pessoal e coletivamente com autonomia,
responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões
com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e
solidários.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Base Nacional Comum Curricular - BNCC. Disponível no site:<


http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_sit
e.pdf >

83
REFERÊNCIAS DAS IMAGENS

https://pixabay.com/pt/vectors/garota-livros-pilha-ler-160172/

https://www.pexels.com/pt-br/foto/aplicativo-app-aplicacao-solicitacao-5077393/

https://st.depositphotos.com/1695366/1398/v/380/depositphotos_13984662-stock-
illustration-cartoon-boy-eating-pizza.jpg?forcejpeg=true

https://thumbs.dreamstime.com/z/happy-books-cartoon-illustration-book-holding-
pencil-paper-92637906.jpg

https://pixabay.com/pt/vectors/garota-livros-pilha-ler-160172/

https://img.freepik.com/fotos-gratis/vista-superior-das-maos-segurando-pessoas-e-
globo-de-plasticina_23-
2148630369.jpg?t=st=1656004228~exp=1656004828~hmac=38ad286795e156ea42
5c18bc2170e02376b0bce895cf162e6677b6277f60cdc4&w=996

84
ANEXOS

UNIDADE TEMÁTICA: CONSTRUINDO VALORES

CICLOS PESSOAIS E VALORES MORAIS: QUAL É O SEU OBJETIVO NESSA VIDA?

APRESENTAÇÃO & CONFIGURAÇÃO DA DISCIPLINA

A disciplina Projeto de Vida é um conceito construído para atender a


componente curricular da Lei n° 13.415/2017, que designa as diretrizes e as bases da
educação nacional. Devido à insatisfação vigente com o modelo tradicional da
Educação, os jovens - quando examinam a sua vida individual e sua relação com a
sociedade - descobrem que seus ciclos pessoais se resumem em: tempo, energia e
sobrevivência. Assim, uma formação integral pretende contribuir para a construção da
identidade pessoal do jovem. Vejamos: “Os currículos deverão considerar a formação
integral do aluno, de maneira a adotar um trabalho voltado para a construção de seu
Projeto de Vida e para sua formação nos aspectos físicos, cognitivos e
socioemocionais”.16
Nesse novo sistema, porém, suas vidas organizadas em ordem cronológica,
apesar de permitir a contemplação de como as ideias evoluem, o estudante não
consegue enxergar a educação de um modo mais amplo. Assim, consideramos que o
estudo de um projeto de vida engajado com a educação coloca nas mãos do educando
a construção de uma criatividade que implica a responsabilidade de suas escolhas,
possibilitando ao estudante desenvolver ideias novas sobre a Educação e a vida.
Segundo a BNCC, a disciplina Projeto de Vida: “Pretende atender às necessidades e
às expectativas dos jovens, fortalecendo o protagonismo juvenil na medida em que
possibilita aos estudantes escolher o itinerário formativo no qual desejam aprofundar

85
16
Portal. Mec.gov.br
seus conhecimentos”.17
Do mesmo modo, o estímulo à tomada de consciência dos valores construídos
pela família, pela cultura e instituições sociais, torna-se uma ferramenta importante
para a compreensão de sentidos e significados que regem o mundo coletivo. Portanto,
a construção de valores tidos como universais evita desvios de comportamentos e
frustrações da realidade social. Assim, o conjunto dessas ideias nos ajuda a
responder: Como poderemos desenvolver um projeto de vida e uma educação
emancipadora, dentro de uma sociedade que se apresenta cada vez mais
fragmentada, globalizada e em redes?
No Ensino Fundamental, o projeto de vida deve acontecer como um ponto de
apoio para as diversas mudanças trazidas pela puberdade na vida desses jovens.
Nessa fase, é muito comum o sentido da afirmação e, não raro, conflitos dentro da
família e nas relações com os outros externamente. Porém, ocorre nesse período um
maior entendimento da sua própria identidade.
Não obstante, conforme se apresenta na base nacional comum curricular será
preciso: “valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de
conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do
mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu
projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade”
(BNCC,2018).
De fato, o projeto aqui pensado tem como foco o papel dos valores e da cultura
na construção dos laços sociais, mas também no desenvolvimento da pessoa humana
com a tenra pretensão de alcançar um protagonismo estratégico e responsável. Desse
modo, pretende contribuir com o ganho da autonomia do educando, considerando
seus interesses e desafios. Logo, a utilidade do nosso enfoque está em desenvolver:
● Relações positivas na família e na sociedade
● Educação da liberdade com responsabilidade
● Estudante cidadão e criativo
● Consciência quanto ao saber aonde quer chegar
Diante disso, as aulas de Projeto de Vida devem proporcionar a construção de
amplos valores nos educandos a fim de em cada ciclo possa ajudar a desenvolver o

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desejo dos estudantes de serem atores de sua própria existência. Dessa forma, as
demandas sociais identificam que, quanto mais cedo se planejam os ciclos da vida,
ou seja, a capacidade para investir em relações humanas, mas rápido será a
construção da consciência de si através das experiências que o sujeito constrói de si
mesmo para projetar e idealizar sua vida.
Na prática, estamos falando do aprendizado que começa na família. No mundo
atual, a família e o currículo propedêutico são complementares. Dessa maneira, os
professores podem utilizar várias abordagens para analisar as diferentes situações de
ordem doméstica como: divisão de tarefas, sociedade patriarcal, afetividade e o
respeito às diferenças dentro da próprio núcleo familiar. Nesse aspecto, é possível
discutir com os estudantes os vários conceitos de família na pós-modernidade e refletir
sobre as diversas ideias de família.
No Nordeste, o tema da família patriarcal desde o período colonial foi motivo
de estudos do Sociólogo Gilberto Freyre, autor do clássico Casa Grande e senzala.
Freyre, enfatizando a existência do modelo de família patriarcal, acaba legitimando
um núcleo central rígido com extensos vínculos periféricos de parentes e agregados
distantes. Em tal configuração, não raras foram as famílias constituídas por
escravizados no auge da economia açucareira. Assim, a partir da obra de Freyre,
propomos abordar - com dados comparativos - as transformações sociais e as
inúmeras formações familiares presentes na sociedade atual.
Entrementes, um projeto de vida que pretende estimular a descoberta de novas
valores deve incorporar saberes que possam proporcionar-lhes habilidades no seu
futuro mundo profissional e consequentemente de consumo com responsabilidade.
Nesse viés, é possível estimular, desde cedo, debates sobre o que desperta
interesses e vocações. Na verdade, entendemos que ter uma profissão e um trabalho
na sociedade atual é lidar e administrar conflitos, mas também que é possível, através
de valores éticos e morais, construir uma relação de respeito e companheirismo no
ambiente profissional.
Além disso, pode-se pensar como a Revolução Industrial alterou a maneira
como enxergamos o que se chamamos de trabalho. Ademais, uma importante
reflexão em torno desse tema é a noção que entregamos ao trabalho remunerado. A
questão da dona de casa que não tem o seu esforço reconhecido na sociedade, a
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própria jornada dupla das mulheres. Isso pode ser comparado com a visão do trabalho
como sujeição, como por exemplo a ideia de que os povos originários eram
preguiçosos até a noção do escravismo no Brasil. Sobre os valores no ambiente
profissional é razoável trabalhar em sala de aula com regras do mundo corporativo
que podem ser aplicadas na sala de aula como:

● Siga os regulamentos
● Reconheça o mérito do outro
● Aja com educação e respeito
● Respeite a confidencialidade

Por fim, como ação pedagógica para o trabalho que envolve valores universais,
sugerimos trabalhar a difícil situação dos Direitos Humanos no Brasil, sem abandonar
as demandas referentes aos novos movimentos de contestação que buscam o bem
comum e o respeito a temas universais, isto é, a diversidade de origem, raça, sexo,
cor, idade etc. Nesse cenário, a chamada “Constituição Cidadã”, de 1988, representa
um marco histórico e legal para a luta dos direitos humanos no Brasil. Assim,
indicamos a questão essencial: Qual a perspectiva atual dos direitos humanos após a
redemocratização no que tange a setores politicamente minoritários como negros,
povos originários, mulheres, homossexuais, idosos e deficientes físicos?

REFERÊNCIAS:

ARANHA, M.L. DE A. Filosofia da Educação. São Paulo: Moderna, 1989.

BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Base Nacional Comum Curricular. [Versão


final homologada, com a inclusão do Ensino Médio.] Brasília: MEC, 2018. Disponível
em:http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofina
l_site.pdf. Acesso em: 08 de agosto, 2021.

BATISTA, Sueli Soares dos Santos. Educação, sociedade e trabalho. São Paulo:
Érica, 2014.
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BITTENCOURT, Circe Maria Fernandes. Ensino de História: fundamentos e
métodos. 5ed. São Paulo: Cortez, 2018.

COSTA, A. C. G. Educação: uma perspectiva para o século XXI. São Paulo:


Canção Nova, 2008.

DEL PRIORE, Mary. A família no Brasil colonial. 4ª. Impressão. São Paulo:
Moderna, 2005. Breve comentário:

FREYRE, Gilberto.Casa grande & senzala: formação da família brasileira sob o


regime da economia patriarcal. 52.edição comemorativa. São Paulo: Global, 2013.

GABRIEL, Martha. Educ@r: a (r)evolução digital na educação. São Paulo: Editora


Saraiva, 2013.

GORAN, Therborn, sexo e poder: a família no mundo (1900-2000), São Paulo,


Contexto, 2006.

KONDER COMPARATO, Fábio. A afirmação histórica dos direitos humanos, 5 ed.


São Paulo, Saraiva, 2007.

PINSKY, Jaime e BASSANEZI, Carla (org.), História da cidadania, 4 ed. São Paulo,
Contexto, 2008.

RIBEIRO, Darcy. O Povo Brasileiro – A formação e o sentido do Brasil. São Paulo:


Companhia das Letras, 1995.

RODRIGUES, André Coura. Manuais didáticos e conhecimento histórico na


reforma João Pinheiro: Minas Gerais, 1906-1911. Dissertação (Mestrado) -
Faculdade de Educação. Universidade de São Paulo (USP). São Paulo.

SLENES, Robert W. Na senzala, uma flor: esperanças e recordações na formação


da família escrava, Brasil, Sudeste, século XIX. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,
1999.

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UNIDADE TEMÁTICA: CONSTRUINDO VALORES

NARRATIVAS (FÁBULAS)

1. O FERREIRO E O SEU CACHORRO

Um ferreiro tinha um pequeno cachorro, que costumava dormir quando o seu dono
estava no trabalho, mas ficava muito desperto quando estava na hora das refeições.
Um dia o seu dono fingiu estar descontente com isto e quando ele lhe tinha atirado
um osso, como de costume, disse:

- "Mas de que serve ter um cachorro preguiçoso como tu? Quando estou martelando
na minha bigorna, você apenas se enrola e vai dormir, mas quando eu paro para uma
refeição, você acorda e abana sua cauda para ser alimentado." Esopo. Disponível no
site: < https://www.fabulasdeesopo.com.br/p/o-ferreiro-e-o-seu-cachorro.html

Moral da história: Aqueles que não trabalham, não merecem recompensa.

2. LIÇÃO DO MESTRE

O mestre zen encarregou o discípulo de cuidar do campo de arroz.

No primeiro ano, o discípulo vigiava para que nunca faltasse a água necessária. O
arroz cresceu forte e a colheita foi boa.

No segundo ano, ele teve a ideia de acrescentar um pouco de fertilizante. O arroz


cresceu rápido e a colheita foi maior.

No terceiro ano, ele colocou mais fertilizante. A colheita foi maior ainda, mas o arroz
nasceu pequeno e sem brilho.

Se continuar aumentando a quantidade de adubo, não terá nada de valor no ano que
vem, disse o mestre. (Autor desconhecido) disponível no site:<
https://metaforas.com.br/2013-09-21/tornando-o-campo-fertil.htm>

Moral da história: Você fortalece alguém quando ajuda um pouco. Mas você
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enfraquece alguém quando se ajuda muito.
UNIDADE TEMÁTICA: CONSTRUINDO VALORES

RESPOSTA DA ATIVIDADE SOBRE PRINCÍPIOS ÉTICOS

COLUNA A COLUNA B

Princípios Relativo à ética; responsável pela investigação


dos princípios que motivam, distorcem,
disciplinam ou orientam o comportamento
humano, refletindo a respeito da essência das
normas, valores.

Éticos o que serve de base a alguma coisa; causa


primeira, raiz, razão.

Solidariedade condição daquele que é livre; capacidade de agir


por si próprio; grau de independência legítimo
que um cidadão, um povo ou uma nação elege
como valor supremo, como ideal.

Liberdade se identifica com o sofrimento do outro e,


principalmente, se dispõe a ajudar a solucionar
ou amenizar o problema.

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UNIDADE TEMÁTICA: RESPONSABILIDADE SOCIAL

RESPOSTA DA ATIVIDADE SOBRE EMPREENDEDORISMO

Com base na aula 02 sobre Projeto de Vida para o Ensino Fundamental


(disponível na referência abaixo), solicite que os estuantes preencham os
parênteses com Verdadeiro (V) ou Falso (F)

f) Empreender pode ser aprendido ( V )

g) Para ser empreendedor a pessoa já nasce sabendo ( F )

h) Para empreender é importante o conhecimento da “sua realidade” ( V )

i) Para empreender basta sonhar e planejar ( F )

j) Empreender é muito difícil ( F )

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INCLUSÃO

A educação inclusiva não pode perder o norte dos múltiplos olhares sobre
a inclusão plena no que tange às possibilidades das pessoas com deficiência na
sociedade. Neste contexto de tantos desafios da pandemia do COVID 19, a
política de Inclusão pauta-se em uma educação de qualidade para todos através
de implementação de programas de acesso à permanência dos estudantes na
escola. Segundo Pedagogia ao Pé da Letra,

Inclusão é a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro


e, assim, ter o privilégio de conviver e compartilhar experiências
e vivências com pessoas diferentes de nós. A educação
inclusiva acolhe todas as pessoas, sem exceção. É para o
estudante com deficiência física, para os que têm
comprometimento mental, para os superdotados ou para a
criança que é discriminada por qualquer outro motivo.
(PEDAGOGIA AO PÉ DA LETRA, [s/n]).

Nesse sentigo, a inclusão passa pela educação especial que tem


apresentado dicotomias neste período de Pandemia provocado pela Covid-19,
quando a educação e a saúde apontam para um ensino híbrido, garantindo,
assim, a saúde dos estudantes e demais agentes da escola através do
distanciamento social.

Pesquisas apontam as perdas no processo na educação no período de


2020 a 2021, levando ao resgate dos estudantes tanto para ao retorno das aulas
presenciais quanto à redução das perdas educacionais. De acordo com o
Relatório do Banco Mundial- UNESCO / UNICEF,

simulações que estimam que o fechamento de escolas


resultaram em perdas significativas de aprendizagem estão
agora sendo corroboradas por dados reais, por exemplo,
evidências regionais do Brasil, Paquistão, Índia Rural, África do
Sul e México, entre outros, mostram perdas substanciais em
matemática e leitura. Unicef (dez. 2021).

As perdas de aprendizagem supracitadas são maiores, segundo esse


relatório da UNESCO, em “crianças de famílias de baixa renda, crianças com
deficiência e meninas”. E isso se deu por dificuldades de acesso às tecnologias
e acesso à internet. 93
Para além dos prejuízos na educação, verificou-se aumento na
vulnerabilidade das meninas, o que aumentou o risco de trabalho infantil,
casamento precoce e gravidez, afirma o relatório supracitado (2021). A
reabertura das escolas torna-se essencial, pois, além de garantir o processo de
ensino-aprendizagem, contribui para a proteção dessas crianças e adolescentes
em condições mais vulneráveis socieconomicamente.

Buscamos, portanto, levar nossos olhares para educação inclusiva que


passou por maiores demandas nesse dilema.

REFERÊNCIAS

PEDAGOGIA AO PÉ DA LETRA. Disponível no site:


<https://pedagogiaaopedaletra.com/eucacao-inclusiva-atraves-da-teoria-das-
inteligencias-multiplas/>

ONU/UNICEF. https://www.unicef.org/brazil/comunicados-de-imprensa/perdas-
de-aprendizagem-com-covid-19-podem-custar-a-esta-geracao-de-estudantes-
ganhos-durante-a-vida. 06.12.202. Acessado em 03.07.2022.

Perdas de aprendizagem com a covid-19 podem custar a esta geração de


estudantes quase US$ 17 trilhões em ganhos durante a vida (unicef.org)

Política Estadual da Pessoa com Deficiência - SEAD - Superintendência


Estadual de Apoio à Pessoa com Deficiência e Secretaria de
Desenvolvimento Social e Direitos Humanos.

Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência. 4 Edição


Revista e Atualizada - Brasília 2012.

Para Uma Escola do Século XXI - Organizada por: Maria Teresa Euler Mantoan
- Biblioteca/UNICAMP - Campinas/São Paulo. 2013.

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FICHA TÉCNICA

ORGANIZADORES
Rosalia Soares de Sousa Maria da Conceição Barros Costa Lima
(GEPAF/GGEAF/SEDE) (GEIDH/SEDE)
Robson Anselmo Tavares de Melo
(GEPAF/GGEAF/SEDE) COLABORADORES EXTERNOS
Edvaldo Vieira de Souza Júnior – UFBA
REDATORES DAS José Roberto de Souza - ITB
ATIVIDADES
Adriana Maria de Freitas Ferreira REVISORES DE LÍNGUA PORTUGUESA
(GEPAF/GGEAF/SEDE) Jamesson Marcelino da Silva
Almir de Lima Serpa (GEPAF/GGEAF/SEDE) (GEPAF/GGEAF/SEDE)
Bruno Simões Costa Guimarães Robson Anselmo Tavares de Melo
(GEPAF/GGEAF/SEDE) (GEPAF/GGEAF/SEDE)
Evaldo Dantas da Silva Júnior
(GEPAF/GGEAF/SEDE) LEITORES CRÍTICOS
Fabíola Oliveira (GEPAF/GGEAF/SEDE) Socorro Regina Conrado
Júlio Ricardo de Barros Rodrigues GEPAF/GEGEAF/SEDE
(GEPAF/GGEAF/SEDE) Wellcherline Miranda Lima(SUPIN/SEDE)
Jaelson Dantas de Almeida Ridelson Tavares de Melo - Escola Professor
(GEPAF/GGEAF/SEDE) Nelson Chaves/Caragibe
Luciana de Santana Fernandes GRE Metropolitana Sul
(GEPAF/GGEAF/SEDE) Luciana Pereira da Silva – Instituto
Luiza Maria da Silva (GEPAF/GGEAF/SEDE) Tecnológico –IFPE
Marivânia da Silva Aragão Xavier
(GEPAF/GGEAF/SEDE) IMAGENS
Robson Anselmo Tavares Adriana Maria de Freitas Ferreira
(GEPAF/GGEAF/SEDE) Rosalia Soares de Sousa
Rosalia Soares de Sousa
(GEPAF/GGEAF/SEDE) DIAGRAMAÇÃO
Nayara Gomes Melo (SEDE)

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