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GEPAF – Gerência de

Políticas Educacionais dos


Anos Finais do Ensino Fundamental
Recife,

2023

CADERNO DO PROFESSOR(A)
9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS

PARA UMA LÍNGUA PORTUGUESA ENGAJADORA

Módulo 1

Recife,

2023
1
Secretaria Executiva de Desenvolvimento Da Educação-SEDE

Gerência de Políticas Educacionais dos Anos Finais do Ensino Fundamental- GEPAF

FICHA TÉCNICA

Raquel Teixeira Lyra Lucena

Governadora do Estado

Priscila Krause Branco

Vice-Governadora

Ivaneide de Farias Dantas

Secretaria de Educação e Esportes – SEE/PE

Tárcia Regina da Silva

Secretária Executiva de Desenvolvimento da Educação – SEDE

Hiliana Alves dos Santos Nascimento

Gerente de Políticas Educacionais do Ensino Fundamental Anos Finais

Diego Bruno Barbosa Felix

Gerente de Políticas Educacionais da Educação e Jovens e Adultos

Valdemir Amaro Lisboa

Gerente de Política Educacional Indígena

Romero Antônio de Almeida Silva

Gerente de Educação Escolar Quilombola

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ORGANIZADORES

CRISTIANE RENATA DA SILVA CAVALCANTI


LUCIANA DE SANTANA FERNANDES
ROBSON ANSELMO TAVARES DE MELO
SAMUEL LIRA DE OLIVEIRA
THAÍS MARIA CECÍLIA DA PAZ SOARES
WANDA MARIA BRAGA CARDOSO

EQUIPE DE PÓS-PRODUÇÃO
Revisão de texto
JAMESSON MARCELINO DA SILVA
ROBSON ANSELMO TAVARES DE MELO
WANDA MARIA BRAGA CARDOSO

Edição de Texto
CRISTIANE RENATA DA SILVA CAVALCANTI

Projeto gráfico
THAÍS MARIA CECÍLIA DA PAZ SOARES

Diagramação
THAÍS MARIA CECÍLIA DA PAZ SOARES

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2023 - GEPAF Copyrights do texto - Autores e Autoras
Todos os direitos reservados e protegidos pela lei no 9.610, de 19/02/1998. Esta obra pode ser
baixada, compartilhada e reproduzida desde que sejam atribuídos os devidos créditos de
autoria. É proibida qualquer modificação ou distribuição com fins comerciais. O conteúdo do
livro é de total responsabilidade de seus autores e autoras.
Capa: Thaís Maria Cecília da Paz Soares
Diagramação: Thaís Maria Cecília da Paz Soares
Revisão: GEPAF
Editora: Even3 Publicações

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Even3 Publicações, PE, Brasil)

R311 Reconquista: Para uma Língua Portuguesa Engajadora [Recurso Digital] /


Organização de Cristiane Renata da Silva...[et al.]. – Recife: GEPAF, 2023.

Projeto Reconquista
ISBN: 978-85-5722-984-6 1.

1.Ensino-aprendizagem. 2. Língua portuguesa.3. Educação.


I. Silva, Cristiane Renata da. II. Gerência de Políticas Educacionais dos
Anos Finais do Ensino Fundamental - GEPAF.

CDD 370

CRB-4/1241

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APRESENTAÇÃO

Educação é um direito de todas as crianças, adolescentes e jovens do


Brasil. Mas não qualquer educação. A Gerência de Políticas Educacionais dos
Anos Finais do Ensino Fundamental–GEPAF acredita em uma educação
transformadora, que prepara para a vida, para a cidadania e para a formação
social e humana.

Para garantir o direito de educação de qualidade aos estudantes da


Rede, a GEPAF está realizando ações articuladas no âmbito do Estado de
Pernambuco para a implementação do Projeto Reconquista, que visa à
ampliação da recomposição das aprendizagens e ao mapeamento das
habilidades e competências que ainda não foram desenvolvidas pelos estudantes
e que precisam ser retomadas a fim de promover uma aprendizagem significativa
que permita a continuidade, com sucesso, dos estudos do ano/série em curso.

O objetivo do caderno de Língua Portuguesa é garantir uma educação


mais significativa, de qualidade e com equidade. Para isso, produz conhecimento,
ferramentas técnicas e conteúdos práticos alinhados à Base Nacional Comum
Curricular e ao Currículo de Pernambuco. São materiais que ajudam a estruturar
e alinhar as diferentes frentes de ensino – dos currículos aos materiais didáticos,
passando pelas avaliações e pelas práticas pedagógicas, para uma coerência
pedagógica sistêmica. As iniciativas reúnem o que há de melhor nas experiências
e referências educacionais brasileiras e internacionais, para secretarias de
educação, escolas, gestores e professores, promovendo oportunidades e
caminhos para a educação pública brasileira avançar.

Nosso desejo é contribuir para o fomento de uma educação cada vez


mais qualificada aos nossos estudantes de 9º anos do Ensino Fundamental Anos
Finais da Rede Estadual de Ensino em Pernambuco. Ou seja, visamos à
reconquista por parte do Estado de sua trajetória de oferecimento desse direito
para os estudantes de Pernambuco sempre em padrões cada vez mais elevados
de qualidade.

5
INTRODUÇÃO

Caro(a) professor(a),
Bem-vindo(a) à proposta Avançar - Para uma Língua Portuguesa
engajadora.

Este material tem como objetivo apoiar o aprendizado em Língua


Portuguesa dos estudantes de 9º ano, considerando um contexto em que
muitas das habilidades essenciais para os Anos Finais do Ensino
Fundamental não foram consolidadas, seja por conta das trajetórias
educacionais prejudicadas pela pandemia ou pela aprendizagem insuficiente
acumulada de anos anteriores.
A proposta visa articular o ensino da Língua Portuguesa a aspectos
fundamentais para a aprendizagem, tais como o engajamento e a motivação
para aprender, o desenvolvimento de competências socioemocionais
estruturantes e a prática de estratégias e hábitos de estudos. Muitas vezes,
os estudantes possuem uma percepção negativa da Língua Portuguesa, e a
mudança dessa mentalidade é essencial para que todos possam aprender.
Com base em uma estrutura denominada de Escopo e Sequência
(priorização das habilidades e definição das expectativas de aprendizagens
organizadas de forma sequenciada), a proposta estabelece um
encadeamento temporal de aulas - considerando uma carga horária de 4
aulas semanais-, com o objetivo de desenvolver as habilidades necessárias
para que estudantes do 9º ano tenham êxito na transição entre o Ensino
Fundamental e o Ensino Médio.
O material conta com uma seleção criteriosa de planos de aula da Nova
Escola e, para enriquecer ainda mais a experiência de aprendizagem e
incentivar o protagonismo dos estudantes, inclui recursos para estudos
orientados, que permitem um maior tempo de exposição do estudante aos
conteúdos, fortalecendo o processo de aprendizagem individual e o
desenvolvimento da autonomia intelectual de cada adolescente.
Como resultado, espera-se que os estudantes avancem significativamente
em seu aprendizado, estabeleçam rotinas de estudos eficazes e passem a
perceber e valorizar a Língua Portuguesa como uma ferramenta
indispensável em suas vidas.

6
Sumário

1. Escopo e Sequência para avançar nas aprendizagens..............................07


2. Conheça como a proposta é organizada...................................................11
3. O que são os Estudos Orientados..............................................................12
4. Módulo 1.....................................................................................................14
Semana 1 a 16..................................................................................................19
Semana 17 a 32................................................................................................50
Gabarito ............................................................................................................68

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1. Escopo e Sequência para avançar na aprendizagem

Para que os estudantes do 9º ano avancem no aprendizado em Língua


Portuguesa, é fundamental priorizar as habilidades que serão foco do ano letivo e
trabalhar de modo estruturado, sistemático e intencional.

Nesta proposta, foram feitas escolhas que consideram o tempo de 4 aulas


semanais e, especialmente, a necessidade de formar os adolescentes naquilo que
lhes permite a continuidade dos estudos de forma plena, com conhecimento e
confiança em seus saberes.

A partir disso, foi feita a escolha das chamadas habilidades focais,


considerando o segmento escolar e as competências e a progressão de
aprendizagem previstas no Currículo de Pernambuco e na Base Nacional Comum
Curricular (BNCC). A seleção fez recortes que viabilizam a aprendizagem específica
de Língua Portuguesa e apoiam a formação integral em uma carga horária regular.
Os principais critérios desta seleção foram:

retomada de conceitos e procedimentos essenciais para a mobilização de



habilidades mais complexas. Nesse sentido, desejamos trazer diversificadas
estratégias a fim de que haja caminhos diferenciados para se alcançar as
aprendizagens e de inserir esse conhecimento em atividades desafiadoras e não
usuais.

habilidades centrais de cada prática de linguagem para a continuidade dos



estudos e enfrentamento de processos seletivos e avaliações externas.

As habilidades escolhidas têm compromisso com os múltiplos letramentos dos


estudantes e com as competências da área determinadas pelo Currículo de
Pernambuco e pela BNCC, com o cuidado de não privilegiar um nível de habilidade
apenas, mas de garantir que os estudantes possam vivenciar desde a aplicação e a
experimentação até a análise e a reflexão sobre seu próprio modo de pensar e de
aprender. Essa forma de estruturar as habilidades exige, algumas vezes, que uma
mesma habilidade se repita ao longo das aulas, ou por ser mais complexa e
envolver vários objetos de conhecimento, ou porque possui potencial para

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desenvolver mais do que os objetos de conhecimento propostos pelo CPE e pela
BNCC.

Um exemplo do primeiro tipo de habilidade que se repete é (EF89LP16PE)


Analisar a modalização realizada em textos noticiosos e argumentativos, por meio
das modalidades apreciativas, viabilizadas por classes e estruturas gramaticais
como adjetivos, locuções. Uma vez que ela contempla procedimentos básicos, tanto
na Prática de Linguagem: Análise linguística/semiótica, no Campos de atuação:
Jornalístico/midiático e no Objeto de conhecimento: Modalização e ser uma
habilidade de natureza técnica, ela é essencial para que os estudantes adquiram
confiança em sua forma de pensar e ampliem seu repertório de formas de analisar a
modalização em textos noticiosos e argumentativos, habilidade essencial para o
desenvolvimento de seu letramento.

Como trabalhar com essa proposta em turmas multisseriadas?

No início, as habilidades propostas se destinam a todos os estudantes dos


Anos Finais do Ensino Fundamental, independentemente da série que estejam
cursando. Com o passar das semanas, são propostas habilidades mais específicas
para o 7º ou o 8º ano. Nesse caso, cabe a você, professor(a), com base em seus
conhecimentos sobre os estudantes, decidir se todos podem seguir com as
atividades da sequência, ou se será necessário dividir a turma em dois ou três
grupos, com atividades diferenciadas (que podem ser escolhidas nos Planos de Aula
da Nova Escola). Isso vale para os Estudos Orientados semanais, com exceção do
problema presente em um dos desafios propostos a cada semana, que pode ser
realizado por todos os estudantes, porque a habilidade em foco é a da leitura e
resolução de desafios. Já os jovens de 8º e de 9º ano podem e devem seguir a
sequência proposta aqui, sem diferenciação.

Quais são os resultados esperados em termos de aprendizagem e


desenvolvimento integral dos estudantes ao final do ano letivo?

O foco do projeto é apoiar os estudantes a trilhar o percurso esperado para


eles no último ano do Ensino Fundamental. Para isso, é primordial recuperar, ou até
mesmo construir, a autoconfiança e uma relação positiva dos discentes com o
conhecimento. Nesse sentido, os primeiros resultados devem ser a percepção de
9
cada um de que é capaz de aprender e de enfrentar com êxito situações que
envolvem o pensar a linguagem e os conceitos desta área. Os resultados de
mobilização e aquisição das habilidades propostas serão conquistados aos poucos,
com o engajamento dos adolescentes nas atividades e o planejamento e execução
de aulas com intencionalidade e metodologias que os apoiem a superar sensações
de fracasso e os desafios vivenciados durante o Ensino Fundamental.

A meta traçada de desenvolvimento integral dos estudantes poderá ser


constatada e acompanhada à medida que eles se percebam fortalecidos em
conhecimentos e tenham autoconfiança e determinação para a continuidade de seus
estudos no Ensino Médio. Também é esperado que sejam identificadas mudanças
significativas de resultados em avaliações internas e externas, como SAEPE e Saeb,
e outros sistemas estaduais ou municipais.

Como a proposta é organizada

A proposta visa potencializar a implementação na sala de aula da estratégia de


recomposição das aprendizagens. Para isso, o material foi organizado de forma que:

Indique o que ensinar e em qual ordem por meio de (1) escopo e



sequência e (2) orientações do que fazer aula a aula que caiba em uma carga
horária de tempo parcial;

estimule o acompanhamento da aprendizagem por meio de (3) curadoria



de avaliações processuais;

reforce a autonomia e protagonismo do estudante no processo de



aprendizagem e desenvolvimento de competências socioemocionais não só na sala
de aula, mas também fora dela, por meio dos (4) Estudos Orientados;

indicação de como os professores podem se desenvolver de maneira



autônoma por meio de (5) rubricas de autoavaliação do professor; (6) instrumentos
de apoio à implementação para gestores da rede e da escola.

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2. Conheça como a proposta é organizada

Esta proposta abrange 4 Módulos, distribuídos em um período de 32 semanas,


contemplando o trabalho para 4 aulas semanais, com 50 minutos cada. A primeira
semana é dedicada ao engajamento dos estudantes, enquanto as demais possuem
a seguinte lógica:

Semanas dedicadas ao Ciclo Estudos Orientados e Planos de Aula


11
Semana que inclui Momentos para a Avaliação Formal

Essa proposta de jornada de aprendizagem mobiliza os estudantes, de modo


gradual, para a recomposição de suas aprendizagens, fortalecendo suas
competências cognitivas e socioemocionais de modo articulado. Por exemplo,
aspectos socioemocionais, como autoconfiança e persistência, são trabalhados
de modo intencional e explícito durante o ano, especialmente no recurso semanal
12
denominado Estudos Orientados. Por isso, é fundamental que você analise e
experimente realizar as atividades propostas de acordo com a lógica proposta aula
a aula.

3. O que são os Estudos Orientados


Para potencializar a aprendizagem em Língua Portuguesa e ampliar o tempo
de exposição dos estudantes aos seus conceitos e práticas, ao final de cada
semana é disponibilizado um material para Estudos Orientados, composto por
desafios de autogestão e exercícios complementares sobre o que foi estudado em
sala de aula. Com isso, a proposta busca oferecer aos discentes letramentos mais
abrangentes e sólidos, que considerem aspectos socioemocionais, o
desenvolvimento da autonomia intelectual e o protagonismo durante o processo.

Neste projeto, esse recurso funciona como uma chave de acesso à Língua
Portuguesa, tanto para aqueles estudantes que se afastaram dessa disciplina e
perderam a vontade de aprender como para fortalecer aqueles que gostam da
linguagem e podem apoiar o aprendizado de colegas. Os Estudos Orientados
funcionam como uma “ponte” que confere sentido entre aquilo que é trabalhado em
sala de aula e o tempo de estudos autônomos e de preparação do estudante para a
semana seguinte.

Com o objetivo de monitorar o progresso e envolvimento dos estudantes, no


início de cada semana, uma aula é reservada para a discussão em grupo das
atividades realizadas. Além disso, recomendamos o acompanhamento da realização
dos Estudos Orientados por meio de um Painel de Acompanhamento compartilhado.
Essa é uma forma de todos os estudantes se envolverem e observarem o
desenvolvimento da turma. Sugerimos a criação de um cartaz com o seguinte
modelo, a ser afixado na parede da sala de aula:

Turma Módulo 1
Estudos Orientados

13
Nome EO 01 EO 02 EO 03 EO 04

João R N R N

Maria N R R R

R - realizou N - Não realizou

O objetivo desse painel de acompanhamento não é identificar quais estudantes


chegaram ao resultado correto das atividades ou infligir algum tipo de ação punitiva
ou classificatória para aqueles que não realizaram as atividades da semana. Esse
painel é uma ferramenta para mobilizar e engajar os estudantes, para se
apropriarem do compromisso coletivo e fortalecer o compromisso individual na
realização dos Estudos Orientados.

Para alcançar esse envolvimento e essa responsabilização dos estudantes


pela realização das atividades dos Estudos Orientados, a aula inicial de cada
semana é essencial. Nela, cada um pode apresentar - oralmente ou em um painel no
quadro - como estruturou seu pensamento para resolver cada questão. O incentivo
para falar e escrever como pensou as respostas é um exercício metacognitivo para
a aprendizagem muito mais valioso do que simplesmente dizer a resposta e saber
se a acertou ou errou. A explicitação do processo de pensar e o conhecimento de
outras estratégias ou registros de resoluções ou pensamentos valorizam o trabalho
de cada estudante e ampliam o repertório e conhecimentos de todos.

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Habilidade
Prática de Objeto Habilidade
CPE Semana
linguagem de conhecimento BNCC

1a 4
Análise EF89LP16
linguística/semiótic EF89LP16PE 5a8
a Modalização EF89LP14
EF89LP14PE 9 a 12
13 a 16
17 a 20
Análise
linguística/semiótic Apreciação e réplica EF69LP01 21 a 24
a Relação entre gêneros EF69LP01PE
e mídias EF89LP14 25 a 29
EF89LP14PE
30 a 32

MÓDULO 1

Este módulo é a porta de entrada dos estudantes e de você, professor(a), para


um projeto diferente de sequência de aulas, desafios e atividades (Estudos
Orientados) e avaliação em processo (Raio X das aulas e avaliações processuais)
que exige de todos a abertura para aprender Língua Portuguesa em um percurso
pautado pela problematização e pela resolução de situações-problema. Perceba que
a sequência de aulas proposta e a lógica das atividades segue em três direções:

retomada de conhecimentos importantes de anos anteriores que não foram



compreendidos e que podem ter impedido o aprendizado e continuam como
obstáculos para que os estudantes avancem (Modalização);
aprendizado de novos conhecimentos para que todos se sintam em um

novo ano de estudos;
percurso de uma trilha específica para a formação integral, com atenção ao

desenvolvimento de competências socioemocionais importantes para aprender na
escola e na vida (Orientações ao professor nos Planos de Aula e desafios nos
Estudos Orientados).
A tarefa agora é estudar este material e as propostas para os momentos
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individualizados dos estudantes, para que o planejamento e a execução das aulas,
de fato, recuperem a relação de aprendizagem deles com a Língua Portuguesa e
contribuam para sua formação integral.

16
17
FICHA DE ACOMPANHAMENTO DO MÓDULO 1

AULA REALIZADA EM AULA REALIZADA EM AULA REALIZADA EM

1 12 23

2 13 24

3 14 25

4 15 26

5 16 27

6 17 28

7 18 29

8 19 30

9 20 31

10 21 32

11 22

18
19
SEMANA (aulas 1 a 16)

Prática de Análise linguística/semiótica


linguagem

Campo de
atuação Jornalístico/midiático

Objeto de
conhecimento Modalização

Argumentação: movimentos argumentativos, tipos de argumento e


força argumentativa

Habilidade
BNCC e CPE BNCC

EF89LP16

EF89LP14

CPE

(EF89LP16PE) Analisar a modalização realizada em textos noticiosos


e argumentativos, por meio das modalidades apreciativas, viabilizadas
por classes e estruturas gramaticais como adjetivos, locuções.

(EF89LP14PE) Reconhecer e analisar, em textos argumentativos e


propositivos, os movimentos argumentativos de sustentação, refutação
e negociação e os tipos de argumentos (enumeração,
causa/consequência, comparação, dados estatísticos, citação, contra-
argumento etc.), compreendendo o papel e avaliando a força/tipo dos
argumentos utilizados.

Descritor do
SAEPE D6/D7/D8/D17/D18/D24/D25

Descritor do
SAEB D18/D19/D1/D4/D15/D2

Expectativas Identificar modalizadores na construção do discurso e do ponto de


de vista;
aprendizagem Reconhecer, tanto em notícias como em artigo de opinião, o papel de
1
adjetivos, advérbios, locuções adverbiais e adjetivas na construção dos
sentidos e seus significados.

O que acontece na semana:


• Acolhimento e engajamento dos estudantes. Apresentação da proposta.

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• Realização do plano de aula: Reconhecendo os diferentes tipos de argumentos em textos
de opinião
• Apresentação e vivência dos Estudos Orientados - Embarque!
• Entrega do material Estudos Orientados 01

Para ter acesso as matrizes do SAEPE e SAEB, basta clicar nos links abaixo:
Matriz do SAEPE:
https://drive.google.com/file/d/1jtlFlC6TDIjul4L4JB407P32-JlOSYR5/view?usp=sharing

https://drive.google.com/file/d/1jtlFlC6TDIjul4L4JB407P32-JlOSYR5/view?usp=sharing

Matriz do SAEB:
https://drive.google.com/file/d/11YSA_YlSuVKH0BlaafpmFV3cCpjHaxSc/view?usp=sharing

Ficha de acompanhamento do escopo e sequência

Semana 1 a 16

AULA REALIZADA EM OBSERVAÇÕES SOBRE A AULA REALIZADA


1

21
6

10

11

12

13

14

15

16

Entendendo como eu aprendo melhor

Assim como cada pessoa tem um tipo de relação com a Língua Portuguesa,
também existem diversas maneiras de aprender. Participar das aulas e, depois,
fazer resumos sobre o que aprendeu pode funcionar muito bem para algumas
pessoas, enquanto outras preferem participar das aulas e, depois, reler todo o
conteúdo com calma, fazer mais exercícios ou assistir a vídeos sobre o assunto.
Não existe o melhor jeito de aprender. O que importa é encontrar o que funciona
para você.

Por isso, o primeiro desafio é identificar como você gosta de aprender.


Classifique as estratégias abaixo, utilizando números de 1 a 7, sendo 1 a
estratégia de que você menos gosta e/ou utiliza, e 7 a de que mais gosta e/ou
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utiliza.

Escreva outras estratégias de que gosta e que as utiliza e que não estão
nessa lista:

Fique de olho: você se organiza para estudar?

Que tal montar uma ferramenta para organizar sua rotina de estudos?

Para começar, escolha 4 hábitos de estudo para praticar ao longo do 9º ano, a


fim de se dedicar à Língua Portuguesa. Pense em hábitos que você consegue
cumprir em seu dia a dia.

Hábito 1

Hábito 2

23
Hábito 3

Hábito 4

Agora, organize o exercício de colocar os hábitos de estudo escolhidos na


planilha abaixo, indicando também qual será o horário e tempo de dedicação.

Por exemplo, você pode escolher realizar exercícios extras sobre o que foi
trabalhado em sala de aula todas as quartas e sextas das 15h às 16h30.

SEGUNDA- TERÇA- QUARTA- QUINTA- SEXTA- SÁBADO DOMING


FEIRA FEIRA FEIRA FEIRA FEIRA O

O QUE VOU FAZER:

HORÁRIO:

Para você acompanhar o seu progresso nesse desafio, use a planilha abaixo
para avaliar como você está se saindo a cada semana.

A dica é a seguinte:

Para cada dia da semana, marque 1 ponto se você conseguiu colocar em



prática o seu hábito de estudo, usando a coluna “Hábito realizado”.

Ao final da semana, some todos os pontos e reflita se conseguiu cumprir



os objetivos e o que pode fazer para melhorar.

Copie essa tabela em um caderno e faça essa avaliação todas as



semanas!

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HÁBITO REALIZADO CONQUISTA SEMANAL

SEGUNDA-

FEIRA

TERÇA-

FEIRA

QUARTA-

FEIRA

QUINTA-

FEIRA

SEXTA-

FEIRA

SÁBADO

DOMINGO

DICA: existem aplicativos para o celular que ajudam na organização de agenda e


na criação de hábitos. Se preferir, procure um que funcione para você!

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Estudos Orientados 1
Desafio 1

Aulas 1 a 4 Reconhecer os diferentes tipos de argumentos em


trechos de textos de opinião.

Objetivo Engajar os estudantes para a proposta por meio de


jogo cooperativo que estimula a encontrar os tipos de
argumento.

A proposta é realizar uma atividade que engaje os estudantes a partir de um jogo


que mobilize a rememoração da argumentação, que todos relembrem alguns
tipos de argumentos. Para isso, realize a atividade em um espaço amplo e que
utilize os tablets da escola ou os próprios celulares na sala de aula ou outro
espaço na unidade escolar. O objetivo do jogo é entender que para reivindicar é
necessário argumentar.

Link: https://wordwall.net/pt/resource/58253013

Como orientador, seu papel é o de questionar: “Para opinar e argumentar é


preciso usar bem os argumentos? Quais são os tipos de argumentos que vocês
relembraram? Os modalizadores argumentativos são estratégias que devemos
usar para opinar, argumentar?

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Ao longo desta e de outras aulas, siga as dicas do quadro “Fique de olho!” para
potencializar os momentos de discussão e aprendizagem colaborativa.

Observação: Professor(a), caso haja impossibilidade de realizar o jogo on-line, segue sugestão de
realizá-lo de forma física. Basta clicar no link:
https://drive.google.com/file/d/1XLDBZ9W3pojMnLTHBopD8UyWDiQKXK1Q/view?usp=sharing
https://drive.google.com/file/d/1XLDBZ9W3pojMnLTHBopD8UyWDiQKXK1Q/view?usp=sharing e
imprimir o jogo.

Fique de olho!
É importante conhecer vários tipos de argumento. Também entender que o
artigo de opinião faz parte do campo midiático da esfera jornalística e utiliza
vários tipos de argumento para emitir opiniões. Pode aparecer em
jornais/revistas (impressos e virtuais) e sites. Tem por objetivo convencer o
leitor a respeito de um tema polêmico, isto é, que divide a sociedade, e precisa
ser de interesse social.

Discutir x Argumentar:

Argumentação: movimentos argumentativos, tipos de argumento e força


argumentativa

Orientações:

● Inicie a aula questionando se os alunos sabem a diferença entre esses


dois termos.
● Se necessário, explique a diferença usando as definições do dicionário
Michaelis (versão on-line) e anote-as no quadro.

Discutir: Analisar questionando; levantar questões a respeito de (algo).

Argumentar: defender pontos de vista contrários sobre (algo); debater.

● Apresente a proposta de aula explicando que em textos argumentativos o


objetivo é que você argumente.
● Projete no quadro a tirinha e discuta oralmente com os alunos a partir das
questões expostas. Caso não seja possível projetar, providencie uma impressão

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e anote as questões no quadro.
● Contextualize a tirinha explicando que a página de onde ela foi extraída é
“Um sábado qualquer”, cujo autor (Carlos Ruas) tem o intuito de “praticar o
diálogo, o debate e o livre pensamento filosófico” a respeito das diferentes
religiões e deuses que representam seus seguidores (cristãos, judeus, budistas,
hindus, egípcios).
● Considere as seguintes expectativas de respostas para validar as
respostas dos alunos:

Leia a tirinha e responda.

Fonte: ARGUMENTOS. Disponível em: <https://www.umsabadoqualquer.com/909-argumentos/> . Acesso


em: 01 jun. 2023.

1) O que você entende por “argumento dos deuses”?


2) Quem são as personagens da tirinha?
3) Elas estão argumentando ou discutindo? Por quê?
4) Sobre o que elas discutem?
5) Ao ler a tirinha, pode-se afirmar que o título faz jus a ela?
Após discussão, relembre alguns tipos de argumento.

1. ARGUMENTO DE AUTORIDADE

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Você já deve ter visto que para elaborar alguns textos, especialmente
jornalísticos, é comum que os autores recorram a opinião de especialistas,
certo?

Isso é feito para conferir credibilidade e autoridade ao texto, deixando-o mais rico
e dando força à argumentação.

Citar figuras consagradas ou especialistas relacionados à temática abordada —


e que tenham autoridade para falar sobre o assunto — é uma ótima estratégia
argumentativa.
Isso se chama argumento de autoridade, e é uma ótima forma de construir a
argumentação no texto.

2. ARGUMENTO POR COMPROVAÇÃO

Dados estatísticos e estudos costumam ser muito usados em textos de diversos.


Para que o leitor acredite naquilo que você está argumentando, é preciso que
exista algum tipo comprovação, certo? Essa comprovação pode ser feita através
de estudos, dados estatísticos e pesquisas.

Ou seja, o argumento por comprovação é uma forma de solidificar a sua tese e


reforçar sua linha argumentativa.

Por isso, pode ser interessante ter conhecimento de alguns dados estatísticos
gerais do Brasil, por exemplo:

● dados sobre violência contra a mulher e outras minorias sociais;


● dados sobre saúde mental;
● dados acesso à internet;
● dados sobre desigualdade social.

Ter essas informações pode ajudar muito a construir sua linha argumentativa e a
alcançar uma boa nota.

3. COMPARAÇÃO

Outra maneira de construir sua argumentação é através da comparação.

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O argumento de comparação pode ser feito de diversas formas, como entre:

● pensadores;
● filosofias;
● ideologias;
● períodos históricos;
● políticas econômicas;
● tecnologias;
● obras de arte.

Por exemplo: digamos que a temática da redação seja o impacto das redes
sociais no comportamento das pessoas.

Nesse caso, você pode comparar como era o relacionamento entre as pessoas
quando havia exclusivamente veículos de comunicação de massa offline e
agora, com o mundo digital. Ou seja, você compara dois períodos históricos
distintos.
Essa estratégia pode ajudar a encadear o seu texto e melhorar sua
argumentação.

4. CAUSA E CONSEQUÊNCIA

Entre as estratégias argumentativas possíveis, uma das mais comuns é a de


causa e consequência.

Ao optar por esse tipo de argumento, você deve explicar os motivos e porquês
de um determinado problema e apresentar as consequências dele.

Lembre-se de que as consequências podem ser positivas ou negativas,


dependendo da tese que você apresentar na introdução.

5. EXEMPLIFICAÇÃO

Esse é o tipo de argumento mais utilizado nas redações: a exemplificação.

Como o nome indica, ela consiste em usar um exemplo concreto, como uma

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notícia, um acontecimento, filme ou livro, para ilustrar a sua tese.

Afinal, ficará mais fácil convencer o leitor da tese defendida no texto se este
conseguir associar com algo presente em sua realidade.

Por exemplo, se você está escrevendo sobre um tema que envolve saúde mental
da população e quer mencionar a responsabilidade das entidades públicas de
oferecer tratamentos, trazer o filme Coringa pode ser uma ótima forma de ilustrar
a questão.

Foi o que fez a estudante Adrielly Clara Enriques, de 18 anos, que utilizou o filme
como exemplo para falar do tema “O Estigma associado às doenças mentais na
sociedade brasileira“, em 2020.

6. ENUMERAÇÃO

Nesse tipo de argumentação, você vai enumerar uma série de ideias que
corroboram sua tese. Você pode fazer isso por meio de vírgulas, bullet points ou
listas numeradas.

Por exemplo, se o tema for importância do empoderamento feminino, você pode


sugerir algo como:

O movimento de empoderamento feminino é fundamental para:

● garantir igualdade de gênero;


● diminuir a violência e feminicídios;
● saldar uma dívida histórica;
● aumentar a presença da mulher em espaços-chave na sociedade.

7. CONTRA-ARGUMENTO
É quando, para defender sua opinião, o autor antecipa um possível argumento
contrário ao seu e usa-o para mostrar que seu ponto de vista está certo. Ele
funciona como uma resposta ao senso comum que o interlocutor pode ter.

8. ARGUMENTO SENSO COMUM


Representa consenso geral, incontestável, é massificado e ninguém irá apelar

31
contra, pois é conhecido universalmente. É um exemplo de informação óbvia, a
qual comumente chamamos “senso comum”. São argumentos aceitos
universalmente, sem necessidade de comprovação. Por exemplo: “o homem
depende do ambiente para viver”, ou ainda “a mulher de hoje ocupa um papel
social diferente da mulher do século XIX”.

Tipos de argumento na esfera jornalística

ATIVIDADE
Analisando diferentes tipos de argumentos.

I- Classifique cada fragmento com o tipo de argumento indicado.


1. Argumento de Causa e consequência
2. Argumento por senso comum
3. Contra-argumento

1. ( ) “Ser contra pesquisas com animais é negar todos os benefícios


conquistados pela ciência aplicada à medicina.

2. ( ) “Dito isso, é preciso fazer um esclarecimento importante: Ser a favor das


pesquisas com animais não significa ser a favor de maus tratos ou indiferente ao
sacrifício dos animais que são usados nessas pesquisas. [...] Todos os países
que fazem pesquisa científica séria, incluindo o Brasil, possuem legislações
específicas que regulamentam o uso de animais em laboratório. Todas as
instituições de pesquisa são obrigadas a ter comitês de ética multidisciplinares,
incumbidos de avaliar e aprovar (ou não) todo e qualquer projeto de pesquisa
envolvendo o uso de animais. Há várias regras que precisam ser seguidas. A
mais básica delas é que os animais devem ser tratados com respeito e o
sofrimento deles, minimizado ao máximo.”
3. ( )” Ou usamos “modelos animais” (que é o termo científico correto), ou

32
fazemos experimentação direta em seres humanos. Ou paramos de pesquisar.
São essas as opções”

II- Com base nesta classificação responda:


a) No argumento de causa e consequência, qual é a ideia entendida como causa
e qual é a ideia entendida como consequência?
b) No argumento por senso comum, qual a ideia generalizada que o autor
defende?
c) No contra-argumento, que possível ideia contrária à ideia que ele defende o
autor antecipa?

Fechamento

Por que, quando argumentamos, precisamos utilizar diferentes tipos de


argumentos?

Orientações:

● Para encerrar esta aula, retome com os alunos a atividade anterior,


promovendo a socialização/correção oral a partir da leitura de cada tipo de
argumento.

● Enquanto cada aluno comenta, projete cada argumento no quadro.

● Encerre a aula pedindo que os alunos registrem no caderno a resposta


para esta questão projetada.

Espera-se que eles associem com a discussão inicial, deixando claro que o uso
de diferentes argumentos faz como que a “discussão” se torne uma
argumentação.

33
Estudos Orientados 2

Desafio 2

Aulas 5 a 8 Modalizadores

Objetivo Permitir a identificação e reflexão sobre o uso de


modalizadores na construção do discurso e do ponto de
vista

Observe a imagem

34
Fonte:https://novaescola.org.br/planos-de-aula/fundamental/8ano/lingua-portuguesa/reconhecendo-os-diferentes-tipos-de-argumentos-em-textos-de-opiniao/4300.
Acesso em 10/07/2023.

Inicie aula projetando no quadro essa imagem e questione os estudantes se a


imagem está coerente (adequada) e o que há de incoerente. Se não for possível
projetar, você pode imprimir uma cópia e expor no quadro. Espera-se que os
alunos interpretem a imagem associando ao fato de que os leitores muitas vezes
são marionetes nas mãos dos veículos de comunicação. Questione oralmente os
alunos a partir das seguintes indagações. Considere as expectativas de
respostas:
1. Vocês acham que os jornais podem manipular o leitor?
2. De que maneira isso é feito pela mídia?
3. Quais as maneiras de se evitar a manipulação?

Nesta aula, é importante que o estudante perceba que as informações e os fatos


podem ser noticiados de maneiras diferentes.

35
Apresente as duas manchetes de jornais aos alunos e questione-os:
1. Qual o crime cometido em cada manchete? As manchetes são iguais ou
diferentes?
2. Quem são as pessoas responsáveis pelo crime em cada manchete?
3. Você acha que a escolha de palavras para se referir aos criminosos traz uma
imagem diferente deles em cada manchete?

Encerre esta introdução dizendo que, assim como as manchetes de notícias, o


artigo de opinião também seleciona as palavras que fazem parte do movimento
argumentativo no artigo de opinião e que são responsáveis pela imagem que se
pretende passar (dos fatos, dados, argumentos, pessoas, situações) por meio do
texto escrito.
36
Apresente à sala o conceito de modalização e, em seguida, os exemplos.

O que são modalizadores?


“A modalização diz respeito à expressão das intenções e pontos de vista do
enunciador. É por intermédio da modalização que o enunciador inscreve no
enunciado seus julgamentos e opiniões sobre o conteúdo do que diz/escreve,
fornecendo ao interlocutor pistas ou instruções de reconhecimento do efeito de
sentido que pretende produzir (...)”
(Fonte: AZEREDO, José Carlos. Gramática Houaiss da Língua Portuguesa. São Paulo: Publifolha, 2008)

TIPO FUNÇÕES EXEMPLOS

Advérbios e verbos Indicar maior ou menor talvez, sem dúvida,


grau de certeza possivelmente, a meu ver,
acredito, acho...

Afetivos Indica relações afetivas felizmente, infelizmente,


do enunciador sobre o francamente,
conteúdo lamentavelmente…

Modo verbal e verbos Indica fato/certeza, um *O vagão rosa existe.


auxiliares (indicativo e desejo, ou necessidade, *Gostaria que o vagão rosa
subjuntivo) possibilidade existisse.
* É provável que o vagão
rosa funcione.
* O vagão rosa precisa
existir.

Apresente a tabela do quadro com os exemplos dos modalizadores. É importante


explicar que a atividade que deverão fazer consiste em reconhecer o uso de
modalizadores no artigo de opinião.
Na sequência, organize a sala em 7 grupos de modo que cada grupo fique com
uma das 7 partes do texto “Vagão cor-de-rosa”.

Distribua as partes do artigo de opinião “Vagão-cor-de-rosa”, cujo arquivo para


impressão está disponibilizado no link:

37
https://drive.google.com/file/d/14GunclZDA3EoZhO29C7nyqgPJtWIgN4t/view?us
p=drive_link

Cada grupo deve receber um trecho diferente e analisar as partes destacadas


em seu trecho. Em seguida, oriente os alunos a discutir e classificar cada tipo de
modalizadores usando o código:

S (suposição); N (Necessidade); C (Certeza); A (Afetividade); P (Possibilidade);


D (Desejo).

Retome a leitura de cada fragmento do texto procedendo com a correção oral a


partir do ‘link’ com as expectativas de respostas disponibilizado:
https://drive.google.com/file/d/1v1oGRJPELhmwp4ZaBFsaFWgDvZzn_Sfm/view
?usp=sharing

Cada grupo deve indicar que efeito de sentido classificou no termo/expressão


destacada.
Finalize a aula deixando claro que a escolha de palavras, principalmente verbos
e advérbios, é essencial na construção de sentido em um texto.

Estudos Orientados 3
Desafio 3
Aulas 9 a 12 Adjetivos, advérbios, locuções adverbiais e adjetivas

Objetivo Identificar o papel de adjetivos, advérbios, locuções adverbiais e


adjetivas na construção dos sentidos e seus significados contidos
nas entrelinhas dos textos da ordem do argumentar, bem como o
38
papel deste na construção de um julgamento/avaliação.

Revise as listas de Adjetivos, advérbios, locuções adverbiais e adjetivas, faça um


quadro para os estudantes anotarem no caderno como o exemplo abaixo

Lista de advérbios mais comuns


CIRCUNSTÂNCIAS INDICADAS ADVÉRBIOS MAIS COMUNS
Afirmação Sim, certamente, efetivamente,
realmente.
Dúvida Acaso, porventura, possivelmente,
provavelmente, quiçá, talvez.
Intensidade Assaz, bastante, bem, demais, mais,
menos, muito, pouco, quanto, quão,
quase, tanto, tão.
Lugar Abaixo, acima, adiante, aí, além, ali,
aquém, aqui, atrás, através, cá,
defronte, dentro, detrás, fora, junto, lá,
longe, onde, perto.
Modo Assim, bem, depressa, devagar, mal,
melhor, pior. E quase todos os
terminados em -mente: calmamente,
fielmente, levemente, mansamente,
rapidamente.
Negação Não, tampouco (= também não).
Tempo Agora, ainda, amanhã, anteontem,
antes, breve, cedo, depois, então,
hoje, já, jamais, logo, nunca, ontem,
outrora, sempre, tarde.

Tabela adaptada de CUNHA, Celso - Gramática básica da língua portuguesa. Lexicon. Disponível em:
https://www.aulete.com.br/gram/cap12-00-adverbio.Acesso em 10/07/2023.

Faça a correspondência entre os advérbios sublinhados e as circunstâncias que


eles indicam:
a) afirmação
b) dúvida
c) negação
d) tempo
e) intensidade
f) preconceito

39
g) acusação
h) atenuação

( ) Marta, a rainha do futebol, chega ao Brasil amanhã.


( ) O presidente realmente cumpriu o que disse.
( ) Hoje estou muito cansado.
( ) Talvez ele esteja mentindo.
( ) Eu jamais aceitaria essa situação.
( ) Jovem da comunidade é preso com bicicleta roubada.
( ) Jovem de classe média é encontrado com bicicleta roubada por engano.

INTERAÇÃO

Para fixar bem a habilidade estudada, é hora de interagir com o jogo: EFEITOS
DE SENTIDO DAS LOCUÇÕES ADJETIVAS E ADJETIVOS EM MANCHETES

EFEITOS DE SENTIDO DAS LOCUÇÕES ADJETIVAS E ADJETIVOS EM


MANCHETES

Professor (a) antes de solicitar que os estudantes joguem, revise com eles a
função das locuções adjetivas e dos adjetivos e seus efeitos de sentido.
Sugerimos a vídeo aula no link: https://youtu.be/UddDGKW-hNE?t=32 e também
a construção de tabela como no exemplo abaixo

Ampliando nosso conhecimento sobre locuções adjetivas e seus adjetivos


correspondentes a seguir:

40
água de chuva - pluvial região de lagos - lacustre

água de rio - fluvial globo do olho - ocular

ajuda de irmã - fraternal festa de junho - juninas

força de leão - leonina capa de chumbo - plúmbea

luz do sol - solar bênçãos de bispo - episcopais

olhar de gato - felino aglomerado de ilhas - insular

carinho de pai - paterno alimento de proteína - proteico

flores do campo - campestres sangue de veias - venoso

complicações do estômago - gástricas região do tórax - torácica

cirurgia do coração - cardíaca olhar de virgem - virginal

período da manhã - matutino estudos de sintaxe - sintáticos

período da noite - noturno corrente de vento - eólica

força do fogo - ígnea cordas da voz - vocais

líquido sem cheiro - inodoro dores na nuca - occipitais

ondas do mar - marítimas crimes por paixão - passionais

faixa de idade - etária dentes de marfim - ebóreos ou


ebúrneos

indústria de tecidos - têxtil voo de águia - aquilino

Fonte da tabela:https://mundoeducacao.uol.com.br/gramatica/locucoes-adjetivas.htm. Acesso 10/07/2023.

Agora é sua vez de jogar com propriedade!

EFEITOS DE SENTIDO DAS LOCUÇÕES ADJETIVAS E ADJETIVOS EM


MANCHETES

41
Identifique os efeitos de sentidos das locuções adjetivas e adjetivos destacados
das seguintes manchetes

Link: https://wordwall.net/pt/resource/58707425

Observação: Professor(a), caso haja impossibilidade de realizar o jogo on-line, segue sugestão de
realizá-lo de forma física. Basta clicar no link:
https://drive.google.com/file/d/1DLPMgHenT4R0rJd_8ks3r4bpw6674h4e/view?usp=sharing e imprimir
o jogo.

Estudos Orientados 4
Desafio 4

Aulas 13 a 16 Apresentação dos Estudos Orientados

42
Objetivos Vivenciar, em sala de aula, o questionário de sondagem e
as atividades de Estudos Orientados.
Engajar os estudantes para a realização dos Estudos
Orientados 01 em casa.

Questionário!
Sondagem

Leia a tirinha

Fonte:
https://www.tudosalade

aula.com/2020/09/atividade-simulado-de-portugues-genero_15.html#google_vignette. Acesso em
07/07/2023.

1. A imagem aborda um conceito importante presente no artigo de opinião, que é


A) a tese.
B) a opinião.
C) o argumento.
D) o ponto de vista.

Leia o texto abaixo


RESPEITO À VIDA

43
Durante bilhões de anos, segundo Darwin, a vida vem se diferenciando por
meio de processos evolutivos, através dos quais surgiu o homem. Portanto,
somos fruto da diferença. Embora pertençamos à mesma espécie, aspectos
étnicos e culturais nos diferenciam uns dos outros. Dificilmente, iremos
concordar com todas as manifestações culturais a que seremos expostos, porém
temos de respeitar todas, o que só acontecerá com a educação e com a
civilização do indivíduo.
Para compreendermos um determinado povo ou costume, é necessário
entendê-lo. Para entendê-lo, é preciso estudá-lo. A escola de qualidade
proporciona um aprendizado dos motivos pelos quais uma determinada cultura
age desta ou daquela maneira. Não dá para entender o bumba-meu-boi sem
saber quais são as raízes históricas e a formação da população do Amazonas. O
ensino também ajuda a moldar a ética através de valores morais, como a
cidadania.
As várias liberdades de religião, de imprensa, de opinião, estão
estabelecidas na Constituição de nosso país. Respeitá-las é nosso dever e
exercê-las é nosso direito. No entanto, as nossas liberdades não devem ferir as
liberdades alheias, temos, como cidadãos, de respeitar a opinião, o costume e os
valores dos outros. A civilização da pessoa implica, entre outras coisas,
aceitação, respeito e convivência com os outros cidadãos.
Somos diferentes, mas somos todos oriundos de uma mesma diferença, a
vida. Respeitar o outro, independente de sua cor, credo ou cultura, é, além de
uma questão ética e legal, respeito à própria vida.

2. A frase que melhor expressa a tese defendida no texto é:


A) “ (...) Temos de respeitar todas as manifestações culturais, o que só
acontecerá com a educação e a civilização do indivíduo”. (1º parágrafo)
B) “o ensino também ajuda a moldar a ética através de valores morais, como a
cidadania”. (2º parágrafo)
C) “embora pertençamos à mesma espécie, aspectos étnicos e culturais nos
diferenciam uns dos outros”. (1º parágrafo)
D) “a civilização da pessoa implica, entre outras coisas, aceitação, respeito e
convivência com os outros cidadãos”. (3º parágrafo).

44
3. A tese do texto é sustentada por dois argumentos: a necessidade de
educação e de civilização do indivíduo. Os parágrafos em que esses argumentos
foram desenvolvidos são, respectivamente,
A) o 1º e o 2º parágrafos.
B) o 2º e o 4º parágrafos.
C) o 1º e o 3º parágrafos.
D) o 2º e o 3º parágrafos.

4. Leia o texto abaixo


FOMOS TREINADOS PARA O PRECONCEITO. LIBERTAR-SE DISSO PODE
SER ASSUSTADOR
Leonardo Sakamoto – 16/01/2016
Deve ser assustador para uma pessoa que cresceu no seio da tradicional família
brasileira, foi educada em escolas com métodos e conteúdos convencionais e
espiritualizada em igrejas e templos conservadores, conviveu em espaços de
socialização que não questionam o passado apenas o reafirmam e, é claro,
assistiu a muita, muita TV, de repente, ser bombardeada com novas “regras'' e
“normas'' de vivência, diferentes daquelas com as quais está acostumada.
Ouvi um desabafo sincero do pai de uma amiga que não entendia como as
coisas estavam mudando assim tão rápido. Ele reclamava que tirar uma da cara
do “amigo que era mais gordinho'' era só “coisa de criança'' e não “bullying”
passível de punição. “A sociedade está ficando muito chata'', disse
desconsolado.

Ao circularem socialmente, os textos realizam-se como práticas de linguagem,


assumindo funções específicas, formais e de conteúdo. Considerando o contexto
em que circula o artigo de opinião, seu objetivo básico é:
A) definir regras de comportamento social pautadas no combate ao preconceito.
B) defender a importância do conhecimento das várias condutas morais na
sociedade.
C) apresentar as diversas opiniões sobre as diferenças sociais.
D) ironizar determinada prática social em relação às diferenças.

Leia o texto abaixo

45
GERAÇÃO DO CELULAR
Inaê Soares da Silva
O uso do celular é considerado atualmente o maior entretenimento dos
brasileiros, tem ocupado quase a metade das horas vagas da população e
especialistas confirmam que as pessoas estão viciadas. Os usuários não usam o
celular ou a internet apenas para olhar uma mensagem ou outra, e sim, ficam
vidrados o dia inteiro, seja na rua, na praça, com os amigos e até mesmo no
trabalho. As pessoas precisam aprender ter mais contato com o mundo real. As
crianças estão passando horas do seu tempo livre em frente ao computador ou
no celular em jogos que poderiam ser utilizadas para uma leitura de bons livros
ou para uma conversa com os amigos. Adultos chegam do trabalho já vão
conferir as últimas atualizações dos aplicativos de relacionamentos e até idosos
estão aderindo à nova tecnologia. A cultura da população está mudando e isso
preocupa. Acredito que as redes sociais foram criadas para que nós tivéssemos
mais contato com as pessoas, mas está totalmente ao contrário. O que veio para
aproximar, acabou afastando. As redes sociais estão fazendo as pessoas
antissociais umas com as outras. A comunicação que prevalece é a virtual e a
prática de boas atitudes humanas, como o “bom dia”, “por favor”, são raros.
Temos que incentivar as crianças, os adolescentes e até os adultos a se
desconectarem do mundo virtual para se conectarem com o mundo real. Deixar
o celular desligado quando estiver em família, curtir um passeio sem tantas
‘selfies’ e dar preferência ao bate-papo olho-no-olho são situações que
fortalecerão o relacionamento e o amor.
Fonte: https://www.educacaomfernandoprestes.sp.gov.br/DownloadServlet?id=art1mzg7n2zuypuhnkr3zhwz3b4f2m45. Acesso 15/07/2023.

5. Há uma opinião da autora em


A) “O uso do celular é considerado atualmente o maior entretenimento dos
brasileiros…”
B) “... Especialistas confirmam que as pessoas estão viciadas.”
C) “Adultos chegam do trabalho já vão conferir as últimas atualizações dos
aplicativos de relacionamentos...”
D) “Acredito que as redes sociais foram criadas para que nós tivéssemos mais
contato com as pessoas...”

46
6. O que a autora quis dizer ao escrever “A comunicação que prevalece é a
virtual”?
A) Com a chegada da tecnologia, a comunicação virtual está diminuindo.
B) Que a comunicação real (olho-no-olho) está se tornando mais frequente.
C) Que todos os dias as pessoas estão comprando mais celular.
D) Que a comunicação por meio de aplicativos de celulares está se tornando
mais frequente.

7. Vamos analisar o ARTIGO pelas cores? E assim, observar quais ideias


constroem um artigo:
Fatos (Verde) - Frases ou as palavras que demonstram a opinião do articulista
(Vermelho) - Explicação da opinião/desenvolvimento do tema (Azul).

Leia o texto abaixo

A VIRALIZAÇÃO DO SENSO COMUM


Quem já recebeu alguma mensagem via WhatsApp informando que o governo
vai confiscar a caderneta de poupança ou que o Congresso vai votar um projeto
que acaba com o 13º- salário? Outro conteúdo falso que “viralizou” no Facebook
nos últimos tempos se refere ao auxílio-reclusão que seria pago diretamente ao
criminoso, ou, ainda, que o benefício se multiplicava conforme o número de filhos
do preso ou da presa.
Muitas mensagens circulam pela internet e nem sempre elas são verdadeiras.
Mas como pode o cidadão comum distinguir, num volume pulverizado de
informação, entre aquela confiável, verídica e relevante, e aquela errônea,
imprecisa e falsa?
É evidente que essa questão está relacionada ao nível de empoderamento do
indivíduo, que varia de acordo com o grau de instrução, a consciência política e
os hábitos midiáticos de cada um. Uma pesquisa divulgada recentemente pelo
Pew Research Center mostra que cresceu nos últimos dois anos a influência das
redes sociais na tarefa de manter os cidadãos informados.
Os sites de notícias, antes tradicionais fontes de informação, foram descritos no
estudo como fontes secundárias, na hora de saber sobre um assunto ou
acontecimento.

47
As redes sociais podem impulsionar o engajamento cívico devido à sua
flexibilidade ao permitir aos usuários acessar informações sob demanda, receber
notícias de maneira instantânea, aprender sobre diversos temas, personalizar
conteúdo de acordo com seus interesses e aprofundar a discussão em torno de
assuntos mais complexos.
No entanto, o potencial da internet para ampliar o grau de informação do
indivíduo ainda é limitado por fatores como o desinteresse da coletividade ou a
inabilidade das pessoas em assimilar grandes volumes de dados e relacionar
fatos. Daí a importância de uma educação que subsidie o cidadão a entender a
burocracia governamental e o funcionamento do sistema político (conhecimento
das regras gerais, familiaridade com as estatísticas e as plataformas de
governo). Só uma pessoa que reúna essas competências poderá acompanhar e
fiscalizar as políticas públicas implementadas pelos agentes públicos. (...)
A informação tem relevância para o exercício pleno da cidadania e a formação
de opinião. Por isso, o acesso à informação é um direito que antecede os
demais, pois quem está bem informado tem maiores possibilidades de reivindicar
outros direitos. As redes sociais oferecem oportunidades significativas para a
politização da sociedade e um maior engajamento do cidadão no processo de
deliberação pública, mas é preciso, antes de tudo, discernimento para não
reproduzir o senso comum “viralizado” na internet.

Michel Carvalho da Silva


Observatório da Imprensa, ed. 864 – 21/8/2015

48
Estudos Orientados

1) Leia os textos abaixo:


Texto I
Os perigos das Fake News na era da informação

Fake news são notícias falsas, mas que aparentam ser verdadeiras. Não é uma
piada, uma obra de ficção ou uma peça lúdica, mas sim uma mentira revestida
de artifícios que lhe conferem aparência de verdade.
Fake news não é uma novidade na sociedade, mas a escala em que pode ser
produzida e difundida é que a eleva em nova categoria, poluindo e colocando em
xeque todas as demais notícias, afinal, como descobrir a falsidade de uma
notícia?
No geral não é tão fácil descobrir uma notícia falsa, pois há a criação de um novo
“mercado” com as empresas que produzem e disseminam Fake News
constituindo verdadeiras indústrias que “caçam” cliques a qualquer custo, se
utilizando de todos os recursos disponíveis para envolver inúmeras pessoas que
sequer sabem que estão sendo utilizadas como peça chave dessa difusão.
Infelizmente é muito comum o uso das primeiras vítimas como uma espécie de
elo para compor uma corrente difusora das Fake News. Assim, aquelas pessoas
que de boa-fé acreditaram estar em contato com uma verdadeira notícia, passam
– ainda que sem perceber – a colaborar com a disseminação e difusão dessas
notícias falsas. Mas não é impossível detectá-las e combatê-las, há técnicas e
cuidados que colaboram para mudar este cenário, sendo a educação digital uma
ferramenta para fortalecer ainda mais a liberdade de expressão e o uso
democrático da internet.
Mariana Cantarino
Fonte: http://portal.mackenzie.br/fakenews/noticias/arquivo/artigo/o-que-e-fake-news/. Acesso em
05/07/2023.

Texto II
FAKE NEWS

As notícias falsas divulgadas pela internet (fake news) foram tema da palestra do
professor Walter Capanema, coordenador-geral dos cursos de Direito Eletrônico
49
da Escola de Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (Emerj), nesta quarta-
feira, dia 14, no auditório desembargador Roberto Leite Ventura. […]
O professor mostrou fotos manipuladas por aplicativos e imagens falsas, como
uma rachadura na ponte Rio-Niterói. Capanema alertou que provocar alarme
produzindo pânico está previsto no artigo 41 da lei das Contravenções Penais.
“Se a pessoa cria um perigo, manda uma mensagem que provoca alarme, ela
pode ser conduzida ao juizado especial, possivelmente vai ser processada e
pode responder pelo artigo 41 da Lei das Contravenções Penais”, alertou Walter
Capanema.
Capanema destacou ainda que as fake news podem levar o autor a responder
por questões de responsabilidade civil, calúnia, injúria, difamação e até incitação
ao homicídio, como o caso que aconteceu em 2014, no Guarujá, no litoral
paulista, com a dona de casa Fabiane Maria de Jesus, espancada até a morte
por moradores da cidade, depois da divulgação de boatos de envolvimento em
rituais de magia negra com crianças.
Mariana Cantarino
Fonte: https://tj-rj.jusbrasil.com.br/noticias/469196219/encontro-de-especialistas-na-emerj-debate-fake-news. 05/07/2023.

Texto III

Fonte: https://academiadojornalista.com.br/jornalismo-digital/como-identificar-fake-news/. Acesso


05/07/2023.

A partir da leitura dos textos apresentados, responda em seu caderno:

1. Qual é o assunto apresentado pelo (a) autor (a)?

2. Marque as alternativas falsas, segundo a visão apresentada no texto I:

50
A- ( ) Fake News são notícias verdadeiras, mas que aparentam ser falsas.
B- ( ) Não é uma piada, uma obra de ficção ou uma peça lúdica, mas sim uma
mentira revestida de artifícios que lhe conferem aparência de verdade.
C- ( ) É muito fácil descobrir se uma notícia é Fake News.
D- ( ) As pessoas de boa-fé acreditam estar em contato com uma verdadeira
notícia.

3.No texto II, Walter Capanema alertou: “Se a pessoa cria um perigo, manda
uma mensagem que provoca alarme, ela pode ser conduzida ao juizado
especial, possivelmente vai ser processada e pode responder pelo artigo 41 da
Lei das Contravenções Penais”. Você conhece alguém que já publicou alguma
Fake News e foi punido por isso? Comente.

4. Há milhões de exemplos de Fake News, causando diversos problemas à


população. No Texto II, há um caso desses que gerou grande revolta à
sociedade. Que caso foi esse?

5. O texto III indica aos leitores alguns caminhos para identificar Fake News.
Marque só as alternativas que melhor orientam esta questão:
A- ( ) Investigar a fonte da notícia em outros veículos de comunicação.
B- ( ) Ignorar o que é dito sobre o assunto em outros veículos de comunicação.
C- ( ) Acreditar em títulos absurdos, pois eles tornam o texto atrativo.
D- ( ) Atentar para a data da publicação do artigo em questão.

Avaliando em uma palavra

Em uma palavra: qual o principal sentimento que você vivenciou ao realizar


esses desafios? (Lembre-se: para esta pergunta, não existe resposta certa ou
errada!)

51
Uma pausa para avaliar...
Até agora, como foi, para você, chegar até essa etapa? Use a escala “tá
tranquilo”:

Independente da sua escolha na escala, é importante lembrar que é preciso


praticar para melhorar suas capacidades, e que é muito importante acreditar no
seu potencial. Pense em algo que você avalia que faz bem e lembre-se de como
foi o processo até chegar nesse resultado.

Continue praticando e estudando, e confie na sua capacidade de aprender cada


vez mais.

O que os estudantes realizarão nos Estudos Orientados 01:

Entendendo como eu aprendo melhor

Fique de olho: você se organiza para estudar?

Desafio 1: Reconhecer os diferentes tipos de argumentos em trechos de


textos de opinião.

Desafio 2: Reconhecer os diferentes tipos de argumentos em trechos de


textos de opinião.

Desafio 3: Adjetivos, advérbios, locuções adverbiais e adjetivas


Desafio 4: Apresentação dos Estudos Orientados
Avaliando em uma palavra

52
SEMANA (aulas 17 a 32)

Prática de Leitura
linguagem Análise linguística/semiótica

Campo de
atuação Jornalístico/midiático

Objeto de Apreciação e réplica


conhecimento Relação entre gêneros e mídias
Argumentação: movimentos argumentativos, tipos de argumento
e força argumentativa

Habilidade
BNCC e CPE EF69LP01

EF89LP14

(EF69LP01PE) Diferenciar liberdade de expressão de discursos


de ódio, em função da ética e do protagonismo juvenil,
posicionando-se contrariamente a esse tipo de discurso (se
possível com embasamento legal), de modo a promover a cultura
de paz e a realização de denúncias, quando for o caso.

(EF89LP14PE) Reconhecer e analisar, em textos argumentativos


e propositivos, os movimentos argumentativos de sustentação,
refutação e negociação e os tipos de argumentos (enumeração,
causa/consequência, comparação, dados estatísticos, citação,
contra-argumento etc.), compreendendo o papel e avaliando a
força/tipo dos argumentos utilizados.

Descritor do
SAEPE D6/D7/D8/D10/D14/D16/D17/D18/D27/D24/D25

Descritor do
SAEB D1/D4/D14/ D20/D11/D15/D2/D9/D19/D18

Expectativas Entender que os discursos de ódio em muito se diferem de


de simples opiniões sobre um tema, afinal, ao transmitir
aprendizagem discriminações, preconceitos, e incitar a violência, eles ferem
diretamente direitos humanos fundamentais;
Identificar e analisar o local onde os discursos de ódio são
veiculados – especialmente no que tange ao meio virtual.

53
O que acontece na semana:
• Acolhimento e engajamento dos estudantes. Apresentação da proposta.
• Realização do plano de aula: Discurso de ódio é liberdade de expressão? Por
onde circulam esses discursos?
• Apresentação e vivência dos Estudos Orientados - Embarque!
• Entrega do material Estudos Orientados

Ficha de acompanhamento do escopo e sequência


Semana 17 a 32

AULA REALIZADA EM OBSERVAÇÕES SOBRE A AULA


REALIZADA
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32

55
Estudos Orientados 5

Desafio 5

Aula 17 a 20 Discussão dos Estudos Orientados 01

Objetivo Vivenciar, em sala de aula, a aprendizagem colaborativa pela


discussão coletiva das atividades de Estudos Orientados e
motivar os estudantes para a realização dos Estudos
Orientados em casa.

a. Inicie com a retomada do trabalho realizado pelos estudantes no


caderno de Estudos Orientados 01, considerando o Desafio 1. Estimule a
conversa sobre os vários modelos de aprendizagem que podem ser utilizados e
busque compreender quais os modelos favoritos da turma.
b. Para os Desafios 2, 3 e 4, proponha que, em duplas, os estudantes
confiram suas respostas. Acompanhe esse momento e registre respostas
interessantes e diferentes, maiores dificuldades encontradas e o que mais
considerar importante para a discussão coletiva com a turma. Em seguida,
proponha um painel no quadro, como possibilidade de compartilharem diferentes
formas de registrar as respostas (desenhos, esquemas, texto discursivo etc.). Os
gabaritos estão no final deste caderno.
c. Depois, dedique um tempo para que diferentes estudantes possam
falar sobre suas respostas. É interessante buscar entender o que pode estar
impedindo o desenvolvimento dessa forma de pensar.
d. Também é necessário estar atento à importância das competências
socioemocionais no processo de aprendizagem de Língua Portuguesa. Observe e
registre os estudantes que realizaram as tarefas indicadas para o momento de
estudo individualizado, questione o que eles aprenderam e, para os que não
fizeram as atividades, indague os motivos pelos quais não as realizaram.
Destaque a importância desse compromisso de cada estudante consigo mesmo
para avaliar o que sabe e para aprender novas habilidades. Peça que
56
compartilhem o sentimento que registraram na avaliação final sobre a vivência
dos desafios.
e. Procure preencher, com os estudantes, o Painel de Acompanhamento dos Estudos
Orientados indicado na introdução deste documento.

Fique de olho!

5 COMPETÊNCIAS SOCIOEMOCIONAIS A SEREM TRABALHADAS COM


ESTUDANTES QUE INTEGRAM A EDUCAÇÃO BÁSICA

1. Autoconsciência
O trabalho da autoconsciência com estudantes passa por fazer com que eles se conhecem
profundamente, identificando seus pontos fortes e suas limitações, e que busquem sempre
manter uma atitude otimista e voltada para o crescimento pessoal.
2. Autogestão
A competência socioemocional autogestão diz respeito ao gerenciamento que todos
devemos ter sobre o nosso estresse.
Trabalhar isso com as crianças e adolescentes passa por ensiná-las a controlar seus
impulsos e a definir metas para si mesmas.
3. Consciência social
A consciência social também é uma das competências socioemocionais e, aqui, crianças e
jovens devem trabalhar o exercício da empatia, a ação de se colocar no lugar do outro e
respeitar a diversidade.
4. Habilidades de relacionamento
Esta competência socioemocional compreende as ações de ouvir o outro com empatia, se
expressar clara e objetivamente, saber cooperar com os colegas, resistir e responder de
maneira adequada a conflitos e ao bullying escolar.
5. Tomada de decisão responsável
A tomada de decisão responsável é uma competência socioemocional que envolve as
escolhas pessoais e as interações sociais que seguem normas, padrões éticos e morais
desenvolvidos socialmente e ainda as medidas de segurança gerais.

Esses elementos apoiam os estudantes em outros aspectos da vida, para além da


disciplina. Ao desenvolver essas competências, vemos também aumento no desempenho
escolar e ampliação do sentimento de pertencimento em relação à escola e envolvimento
com colegas.

Coletivamente, busque levantar o entendimento da turma com relação a cada uma dessas
competências e tente elencar situações em que elas podem ser úteis na Língua
Portuguesa e em outras disciplinas e momentos da vida dos estudantes.
Ao final desta aula, registre no quadro os nomes de três das competências
socioemocionais essenciais para aprender Língua Portuguesa e peça que cada um
registre para si mesmo como se vê em relação a essas habilidades e se perceberam ou
não a importância delas na resolução das atividades de Estudos Orientados. Esse
exercício de reflexão e autoavaliação pode ser um indicativo para o próprio estudante de
seu progresso em termos de sua formação integral.

57
REGISTROS

Escreva três situações em que as Cite três competências socioemocionais


competências socioemocionais podem essenciais para aprender Língua
ser úteis na Língua Portuguesa e em Portuguesa
outras disciplinas e momentos da sua
vida

1-
1-

2-
2-

3-
3-

58
Estudos Orientados 6

Desafio 6

Aula 21 a 24 Liberdade de expressão e seus limites


Objetivos Entender as definições de liberdade de expressão e seus
limites.
Promover conhecimento e reflexão acerca da importância
da prática da alteridade no jogo discursivo nas práticas
sociais.

Em um primeiro momento, é interessante o professor mobilizar os


conhecimentos prévios dos estudantes acerca do tema liberdade de expressão,
com o objetivo de explorar o que eles já sabem sobre a temática e introduzir o
assunto.
Para isso, sugere-se que o professor utilize a plataforma Mentimeter e indague
a turma acerca do conceito de liberdade de expressão. A partir das respostas
recebidas na plataforma, que são anônimas, pode-se compreender qual a
concepção dos alunos a respeito do tema. Essas respostas podem ser
coletadas com antecedência, a fim de que sejam lidas e analisadas pelo
docente. Com esses dados, pode-se gerar uma discussão a ser promovida na
primeira aula.
O professor pode iniciar a aula projetando as respostas dos estudantes e
comentando-as com a turma.
Na sequência, poderia apresentar o vídeo “Discurso de ódio é liberdade de
expressão?”, do canal GNT, que traz alguns exemplos de frases que estimulam
e/ou evidenciam os discursos de ódio, sejam elas ditas deliberadamente com
esse propósito ou sem qualquer intenção de ofender (o que também pode ser
considerado como uma forma de discurso de ódio estruturante). Salienta-se
que essas frases são exemplos de discursos que, infelizmente, ainda permeiam
a sociedade e afetam diariamente a vida dos grupos aos quais se dirigem. As

59
cenas do vídeo em tela são vivenciadas em um café, onde as pessoas estão
dispostas em uma mesa e, ali, leem os ataques, dispostos em uma espécie de
“cardápio”, bem como conversam criticamente sobre eles.

Após a apresentação do vídeo, o docente pode provocar os alunos acerca das


definições de liberdade de expressão apresentadas no início do encontro, mais
especificamente sobre os limites dessa liberdade. Questões acerca da
compreensão do vídeo e que visam guiar esse diálogo estão estabelecidas no
quadro abaixo. Sugere-se que sejam debatidas oralmente, de acordo com a
interação da turma.
Acesse o link: https://www.youtube.com/watch?v=zRo4cDOPPTk&t=280s

Questões sugeridas após assistirem ao vídeo:


1. Como você se sentiu ao escutar as frases lidas pelos participantes?
2. Você já havia escutado, anteriormente, frases como essas? Onde?
3. A qual grupo social as frases do vídeo são dirigidas?
4. Essas frases podem ser tratadas como apenas opiniões de seus autores?
Justifique.
5. Observe a fala de uma das participantes do vídeo e responda:

“Quando a gente está sentado em uma mesa, presencialmente, se sentindo, se


olhando, eu acho que sensibiliza um pouco mais a forma com que a gente fala.
Coloca a gente em um lugar menos autoritário, menos agressivo.”

Você concorda que os espaços virtuais (como as redes sociais, por exemplo)
abrem brechas para que as pessoas sejam mais agressivas em seus
comentários? Por quê?

Fique de olho!

Dê ênfase que os discursos de ódio em muito se diferem de simples


opiniões sobre um tema, afinal, ao transmitir discriminações, preconceitos,
e incitar a violência, eles ferem diretamente direitos humanos
fundamentais – por exemplo, a dignidade humana. Ademais, esses
discursos são geralmente dirigidos a grupos considerados minoritários em
60
nossa sociedade, os quais já são, em muito, silenciados e excluídos. Os
discursos de ódio, desse modo, são capazes de promover e reforçar esse
silenciamento e exclusão ao fomentar e perpetuar na sociedade dizeres,
atitudes e posicionamentos preconceituosos e violentos.

Questionário! Sondagem
Leia a charge abaixo

Fonte: http://www.agora.com.vc/noticia/charge-discursos-de-odio-nas-redes-sociais/. Acesse 17/07/2023.

1. A charge acima apresenta dois ambientes diferentes: um físico, no qual


ambos os personagens se encontram, e outro digital, que é acessado por um
deles. Observando a charge, responda:
Quais seriam esses dois ambientes? Justifique sua resposta com elementos
presentes na charge.

A Ambiente físico Tem como características um grande


poder de viralização de informações e
um amplo alcance.

B Ambiente virtual Possui regras de conduta a serem


seguidas.

C Nenhum dos Todos os falantes envolvidos na


ambientes interação estão inseridos em um
mesmo sistema referencial.

Não possui quaisquer regras ou


restrições: tudo é permitido.

61
Nesse ambiente, muitas vezes os
indivíduos têm atitudes guiadas pela
sensação de anonimato.

2. Observe as colunas abaixo e relacione cada um (ou nenhum) dos ambientes


presentes na charge às suas características. Atenção: caso necessário, uma
mesma característica pode ser associada a dois ambientes.

3. As charges são conhecidas pelo seu poder de denúncia e crítica,


especialmente acerca de problemas sociais atuais. Qual é o problema
denunciado pelo autor da charge acima?

4. Explique a relação entre o vídeo “Discurso de ódio é liberdade de


expressão?”, que vimos anteriormente, e a charge de Ricardo Welbert.

O professor pode, então, evidenciar aos estudantes que os discursos de ódio


permeiam, infelizmente, diferentes esferas da sociedade. O meio digital,
sobretudo, tem sido um espaço em que esses discursos têm ganhado força.
Em parte, pela sensação de anonimato que as redes sociais trazem, bem como
pelo apagamento/desumanização do outro – visto que, sem o contato físico
com quem está do outro lado da tela, sentimentos como a empatia podem ser
afetados –, a internet tem sido um grande veículo de propagação desse tipo de
conteúdo, que, nela, ganha proporções inimagináveis de forma extremamente
rápida (dado o seu poder de viralização).
No entanto, vale salientar que podemos, pelo próprio meio digital, identificar e
denunciar esse tipo de discurso, usando as redes não para propagar o ódio,
mas para combatê-lo. Algumas redes sociais, por exemplo, permitem que você
denuncie publicações e comentários em suas próprias plataformas (como o
Instagram, o Facebook e o Twitter). Existe também a possibilidade de usar sites
com o mesmo fim, como o Internet Segura – que recebe e verifica denúncias de
possíveis discursos de ódio circulantes na internet. É possível acessá-lo pelo
link e Denunciar Conteúdo Ilegal: https://www.internetsegura.pt/lis/denunciar-
conteudo-ilegal
62
.

Estudos Orientados 7
Desafio 7

Aula 25 a 28 Os limites entre a liberdade de expressão


e o discurso de ódio

Objetivos Avaliar os limites entre a liberdade de


expressão e o discurso de ódio.
Reconhecer a linha tênue entre o discurso de
ódio e a liberdade de expressão, identificando
algumas estratégias argumentativas.

Professor, é possível apresentar aos estudantes o texto que será trabalhado de forma
na aula. Para isso, indague os alunos sobre o título e sobre o autor, levando-os a
levantar hipóteses acerca do texto que será lido. Para auxiliar no levantamento de
hipóteses, algumas questões sugeridas estão no quadro abaixo.

Observe o título do texto e responda:


1. O que você acha que será abordado no texto?
2. Identifique o autor do texto. Você já ouviu falar dele?
3. Qual parece ser o veículo de circulação do texto?
4. Você acredita que existem limites para a liberdade de expressão?
Quais?

63
O professor pode, também, apresentar o autor à turma, caso ele não seja
conhecido pelos estudantes, bem como o veículo de circulação.
Após estabelecer uma conversa inicial com os estudantes sobre o tema, a
proposta de atividades tem como objetivo abordar os limites entre a liberdade
de expressão e o discurso de ódio – explicitando aos alunos a diferença entre
esses dois conceitos de forma mais sistemática.

ATIVIDADE

Leia o texto

247 - O historiador e professor da Unicamp, Leandro Karnal, publicou texto em


seu perfil no Facebook, nesta terça-feira (6), no qual condena a atitude do
também professor Jairo José da Silva, da mesma universidade, que comemorou o
tiro de borracha dado pela polícia de São Paulo, que cegou a aluna Deborah
Fabri, de 19 anos, durante protesto contra o golpe.

O limite da liberdade de expressão

64
Conquistamos com dificuldade a liberdade de expressão. Ela é um direito
constitucional e um esteio do pacto social. A própria lei já estabelece limites:
não posso defender ou incitar crime. Não posso, em nome da liberdade de
expressão, defender racismo ou violência contra mulheres ou pedofilia. A
liberdade é ampla, mas não absoluta.
O professor Jairo José da Silva é titular da Unesp e com consagrada
carreira acadêmica. Tudo indica tratar-se de pesquisador sério e
reconhecido em muitos bons centros. Isto não impediu de afirmar algo muito
difícil no seu Facebook. Diante do fato de uma aluna Deborah Fabri, de 19
anos, ter sido atingida no olho por bala de borracha e ter perdido a visão, o
docente comentou que era uma notícia potencialmente boa que ela ficasse
cega.
Posso discordar da manifestações.
Posso, com bons argumentos, ser contra o partido A ou B. Posso condenar
quem depreda patrimônio público ou privado. Posso ser do PSOL ou do
DEM. A sociedade precisa desta diversidade de posicionamentos. Nunca
posso defender violência contra uma pessoa. Nada justifica isto. Este é o
limite da liberdade de expressão, pois além deste limite começa o mundo da
barbárie. Todos podemos dizer coisas que, refletindo melhor, pensamos ser
um equívoco. Cabe, então, veemente pedido de desculpas. Até ele ocorrer,
somos coautores da violência defendida. Violência é o fim do diálogo.
Como professor, fico intensamente chocado quando alguém se alegra com
uma aluna perdendo a visão. Fico mais chocado com alguém que, tendo os
dois olhos, seja tão cego.
Temos um longo caminho pela frente. Aprender a ser crítico sem destruir,
aprender a ser policial sem cegar, aprender a discordar sem apoiar violência
e, acima de tudo, aprender a dialogar.
Fonte: https://www.brasil247.com/geral/karnal-o-limite-da-liberdade-de-expressao. Acesso
17/07/2023.

Após ler e analisar o texto, responda:

65
1. Segundo Leandro Karnal, “a liberdade é ampla, mas não absoluta”. O que essa
afirmação significa?
2. De acordo com o texto, responda: qual é o limite para a liberdade de expressão
apontado pelo autor? Justifique sua resposta com trechos do texto.
3. De que forma podemos, como colocado por Karnal, discordar de um ponto de
vista sem destruir ou apoiar a violência?
4. Quais estratégias argumentativas são utilizadas pelo autor na construção do
texto? Descreva ao menos uma delas e explique a sua função no texto.

5. A partir das estratégias argumentativas presentes no texto, julgue verdadeiras


(V) ou falsas (F) as afirmações a seguir:
( ) O uso de estratégias argumentativas não é intencional durante o texto, visto
que o objetivo do autor é somente expor o tema abordado – não sendo
necessário, dessa forma, convencer o leitor sobre um ponto de vista.
( ) O objetivo do artigo de Karnal é convencer o leitor sobre o ponto de vista
defendido, atividade que requer a mobilização de uma argumentação sólida e bem
construída. As estratégias argumentativas, dessa forma, são responsáveis por
auxiliar a defesa da tese.
( ) Pode-se afirmar que as estratégias argumentativas utilizadas pelo autor se
restringem apenas aos textos formais e escritos, já que não possuem utilidade em
discursos orais e/ou informais. Não é possível, por exemplo, que esse tipo de
estratégia seja usada na fala ou em uma publicação nas redes sociais.

Estudos Orientados 8
Desafio 8

Aula 29 a 32 Liberdade de expressão e Discurso de ódio

Objetivos Avaliar os limites entre a liberdade de expressão e o discurso


de ódio.
Reconhecer a linha tênue entre o discurso de ódio e a
liberdade de expressão, identificando algumas estratégias
argumentativas.
Mobilizar os estudantes para a realização dos Estudos
Orientados 02 em casa.

66
O texto a seguir, cujo título é O diário de Gul Makai, é um trecho do décimo terceiro
capítulo do livro Eu sou Malala, de Malala Yousafzai – renomada ativista
paquistanesa. Na obra, a autora narra o cotidiano dos moradores do Vale do Swat,
no Paquistão, durante o regime do Talibã. Malala, que sofreu um ataque a tiros do
grupo extremista, é conhecida mundialmente pela sua luta em prol da educação de
meninas e mulheres de todo o mundo, além de ter sido vencedora do Prêmio Nobel
da Paz de 2014.

Acesse o texto por meio do link:


https://drive.google.com/file/d/1fYZGG0qx1tRwxu817nUBfGNw_ECr7H11/view
Neste momento, o professor pode abordar alguns aspectos da obra a ser lida, como o seu
contexto de produção e a história de Malala Yousafzai. Algumas questões que visam este
primeiro contato com a obra estão dispostas na tabela abaixo e podem ser debatidas
oralmente.

Questões sugeridas:
1. A autora do texto se chama Malala Yousafzai. Você já escutou
falar sobre ela? Onde? 2. Como é a capa do livro? Quais elementos
chamaram a sua atenção?
3. Observe o título do capítulo. A partir dele, o que você acredita que
será abordado no texto?

É adequado, então, que o professor leia o trecho disponibilizado para os alunos, de modo
a incentivar a observação do texto. Após a leitura, o docente pode questionar a turma
acerca de termos ou expressões que lhe causam estranhamento, bem como explicitar
pontos do trecho que lhe pareçam mais relevantes para a análise e a compreensão dele.

67
Questões que visam à observação atenta e crítica do texto abordado estão apresentadas
abaixo e podem ser respondidas oralmente.

Após a leitura do texto, responda:


1. Por que era perigoso que Malala Yousafzai usasse o seu próprio nome para relatar o
que acontecia em sua região?
2. Que relação pode ser estabelecida entre o trecho lido e o tema “Liberdade de
expressão e discurso de ódio”? Identifique no texto trechos e/ou elementos que
justifiquem a sua resposta.
3. Observe o trecho abaixo e responda o que se pede.

“Em uma das entradas do meu diário contei sobre um incidente que vivi
quando estava com minha mãe e uma prima no Mercado Chinês. Havia
um forte boato de que uma mulher, usando burca, caíra. Quando um
homem se aproximou, tentando ajudá-la, ela recusou, dizendo: ‘Não me
auxilie, irmão, porque isso dará imenso prazer a Fazlullah’. Quando
entramos na loja a que queríamos ir, o dono riu e disse ter imaginado que
éramos mulheres-bomba, porque muitos suicidas-bomba usavam burca.”

A) Identifique o discurso de ódio relatado no trecho acima.


B) O uso da burca é uma tradição islâmica, e usá-la ou não, como mencionado por
Malala, é um direito das mulheres muçulmanas. Assim sendo, de que forma o discurso de
ódio, relatado pela autora, pode afetar a população muçulmana?
4. Sabemos que o conceito de coerência está relacionado à harmonia que se estabelece
entre as partes de um texto, que deve transmitir a mensagem de maneira lógica e com
sentido. Tendo isso em vista, responda: podemos considerar O diário de Gul Makai um
texto coerente? Por quê?
5. A coerência, além de ser estabelecida entre as partes de um texto, também pode
ocorrer entre textos. Considerando o vídeo Discurso de ódio é liberdade de expressão?, o
texto de Leandro Karnal, O limite da liberdade de expressão, e o texto O diário de Gul
Makai, que relações de coerência ou de intertextualidade poderiam ser destacadas entre
os textos?

Estudos Orientados

68
Elaboração de um Podcast

A produção terá como tema “Os discursos de ódio que nos cercam” e você abordará
casos (virtuais ou não) de discursos de ódio com os quais teve contato, bem como
pensará em medidas capazes de amenizar a propagação desse tipo de discurso. O
podcast deve ter entre 2 a 3 minutos e será veiculado, posteriormente, nas redes
sociais da escola!
Orientações para a atividade: Produzindo o Podcast: Link:
https://drive.google.com/file/d/1dnCE_36ru6_jmGqgoHJZvyvxVG7HZ824/view?usp=s
haring
Após a produção, é possível que o professor ouça os resultados com os alunos e
separe um momento para avaliação das atividades entregues. A avaliação pode ser
feita com o auxílio da turma, que, a cada inadequação apontada, pode sugerir
formas de contornar o problema. Caso necessário, um momento também pode ser
reservado para que os alunos regravem suas produções a partir dos apontamentos
observados durante a avaliação. Os podcasts da turma poderão, posteriormente, ser
veiculados nas redes sociais da escola, a fim de que os alunos e a comunidade
escolar possam ter contato com as produções. A proposta da atividade está
estabelecida abaixo e busca abarcar os pontos mencionados.
Fonte consultada:https://www.ufjf.br/nucleofale/files/2020/01/Caderno1_Naiara_Mariane.pdf. Acesso 07/06/2023.

Para finalizar, entregue para cada estudante uma cópia do caderno de Estudos
Orientados e convide-os a realizar as atividades em casa, reforçando a importância
de exercitarem seus conhecimentos de forma autônoma. Comunique que, na aula
seguinte, será realizada uma conversa para que todos possam compartilhar seus
registros e aprender com os colegas, que poderão trazer diferentes formas de
pensar e de registrar ideias usando os conhecimentos adquiridos nos Desafios.
O que os estudantes realizarão nos Estudos Orientados:

Fique de olho: 5 COMPETÊNCIAS SOCIOEMOCIONAIS A SEREM


TRABALHADAS COM ESTUDANTES QUE INTEGRAM A EDUCAÇÃO BÁSICA
Desafio 5: : Discussão dos Estudos Orientados
Desafio 6: Liberdade de expressão e seus limites
Desafio 7: Os limites entre a liberdade de expressão e o discurso de ódio
69
Desafio 8: Atividade complementar (Liberdade de expressão e Discurso de ódio)

Fechamento:

Imaginando seu futuro

Para finalizar a semana de estudos, pratique o exercício a seguir:

1. Sente em uma posição confortável, em um espaço tranquilo e com poucas


distrações.

2. Pratique o exercício de respiração seguindo os seguintes passos: inspire devagar,


contando até 4; segure o ar nos pulmões contando até 8; expire devagar, contando
novamente até 4.

3. Faça um exercício de imaginação. Feche os olhos enquanto pratica a respiração e


pense no futuro. Tente visualizar você no Ensino Médio, fazendo um curso em uma
universidade, trabalhando em uma profissão...

4. Não tente controlar seus pensamentos, apenas deixe-os fluir. Concentre-se na


respiração sempre que perceber que seus pensamentos estão atrapalhando a sua
visualização.

5. Tente fazer isso por cinco a dez minutos.

Compartilhe essa experiência


com um
colega e com seu professor
orientador!

GABARITO

ESTUDOS ORIENTADOS

70
Desafio 1: Reconhecer os diferentes tipos de argumentos em
trechos de textos de opinião
Reconhecer os
diferentes tipos 1- "A violência contra a mulher pode ser percebida, em
de argumentos termos práticos, por exemplo… - Argumento de
em trechos de Exemplificação
textos de 2-"Segundo pesquisa do Centro de Pesquisa em
opinião. Macroeconomia das Desigualdade… - Argumento de
Autoridade

3-“Ao se desesperar em um congestionamento em


Recife, daqueles em que o automóvel não se move… -
Aulas 1 a 4 Argumento de Causa e consequência
4-"São expedientes bem eficientes, pois, diante de
fatos, não há o que questionar…- Argumento de Dados
concretos

5- "Ainda tratando-se do tema da persistência do


racismo na sociedade brasileira… - Argumento
Histórico

6-"Comparar o racismo dos EUA - que foi mais intenso


e mais evidente, visto que foi marcado pela
segregação racial … - Argumento de Comparação

7-“Em primeiro lugar, é imprescindível ressaltar como a


carência de medidas públicas gera a ocorrência … -
Argumento de Enumeração

Discutir x Argumentar:

Argumentação: movimentos argumentativos, tipos de


argumento e força argumentativa

1. No sentido literal “argumento dos deuses” seria um


argumento bom/forte/convincente.

2. Deus (o Criador - cristianismo) e Cronos (Deus do


tempo - mitologia romana).

3. Na tirinha eles apenas discutem, pois não


apresentam argumentos para defender um ponto de
vista.

4. Eles discutem sobre quem se acha o verdadeiro


Deus, quem é “ a verdade”.

5. Não, pois eles não usam bons argumentos, ficam


71
apenas no “é/não é”.

Atividade: Analisando diferentes tipos de argumentos.

1. ( 2 )

Observe que nesta afirmação o autor generaliza, pois a


ideia de que os testes beneficiam a ciência é
amplamente difundida, afinal, em sua grande parte, é
para isso que estes testes se destinam.

2. ( 3 )

Observe que a antecipação de um possível argumento


contrário a ideia do autor está no fato de que muitas
pessoas acreditam que ser favorável às pesquisas com
animais é o mesmo que concordar com os maustratos.
O autor refuta esta ideia e comprova isso com o trecho
seguinte deixando claro que as pesquisas seguem
procedimentos éticos.

3. ( 1 )

II-

a) Parar de fazer pesquisas com animais significará ter


de fazer pesquisas com seres humanos.

b) A ideia de que todos sabemos que as pesquisas


com animais têm benefícios.

c) O fato de que pesquisas com animais é sinônimo de


maus tratos.

Fechamento

Socializando:
Por que, quando argumentamos, precisamos usar
diferentes tipos de argumentos?

72
RESPOSTAS PESSOAIS

Questione oralmente os alunos a partir das seguintes


indagações. Considere as expectativas de respostas:
1. Sim, dependendo do leitor é possível se deixar
enganar.
2. Pela maneira que veiculam as informações ou
Desafio 2: notícias.
Modalizadores 3. Lendo jornais e mídias diferentes, buscando outras
(e confiáveis) fontes de informação.
Aulas 5 a 8 Apresente as duas manchetes de jornais aos alunos e
questione-os:
1.
Tráfico de drogas. Na manchete 1 foram apreendidos
300 kg de maconha, na 2, 10 kg.
2. Na manchete 1, “jovens de classe média”, na 2,
“traficante”.
3. Sim, pois na manchete 1 “jovens” soa mais leve, não
cria uma imagem necessariamente negativa; na
manchete 2, o termo “traficante” é essencialmente
negativo.

Faça a correspondência entre os advérbios


sublinhados e as circunstâncias que eles indicam:
Desafio 3:
Adjetivos, ( a ) O presidente realmente cumpriu o que disse.
advérbios, O advérbio de afirmação “realmente” é utilizado para
locuções reforçar uma informação afirmativa.
adverbiais e Na frase, ele reforça a ideia de que o sujeito de
fato cumpriu aquilo que tinha dito.
adjetivas
( b ) Talvez ele esteja mentindo.
Aulas 9 a 12 "Talvez" é um advérbio de dúvida pois indica uma ideia
sobre a qual não se tem certeza.
Na frase, ele modifica o verbo “mentir”; a pessoa a
quem é feita a referência pode estar mentindo, mas
também pode não estar. Trata-se apenas de uma

73
possibilidade.
( c ) Eu jamais aceitaria essa situação.
"Jamais" é um advérbio de negação que, na frase,
modifica o verbo “aceitar”.
Ele indica que em nenhum momento do tempo, ou
seja, nunca, o emissor da mensagem aceitaria
determinada situação.
( d ) Marta, a rainha do Futebol, chega ao Brasil
amanhã.
O advérbio de tempo “amanhã” indica um momento no
tempo relativamente ao momento da fala do emissor
da mensagem.
Ele é usado para indicar quando a amiga chegará.
( e ) Hoje estou muito cansado.
"Muito" é um advérbio de intensidade que modificou a
palavra “cansado”. O emissor da mensagem não
está apenas “cansado”, mas sim “muito cansado”.
( f/g ) Jovem da comunidade é preso com bicicleta
roubada.
( h/g )Jovem de classe média é encontrado com
bicicleta roubada por engano.
“da comunidade” soa de forma preconceituosa e “de
classe média” soa de modo leve, não cria uma
imagem necessariamente negativa; o termo “roubada”
é essencialmente negativo; “por engano” atenua ainda
mais a culpa do jovem.

Desafio 4: 1.D
2.A
Apresentação
3.D
dos Estudos4.D
Orientados 5.D
Aulas 13 a 16 6.D
7. A viralização do senso comum
Quem já recebeu alguma mensagem via WhatsApp
informando que o governo vai confiscar a caderneta de
poupança ou que o Congresso vai votar um projeto
que acaba com o 13º- salário? Outro conteúdo falso
que “viralizou” no Facebook nos últimos tempos se
refere ao auxílio-reclusão que seria pago diretamente
ao criminoso, ou, ainda, que o benefício se multiplicava
conforme o número de filhos do preso ou da presa.
Muitas mensagens circulam pela internet e nem
sempre elas são verdadeiras. Mas como pode o
cidadão comum distinguir, num volume pulverizado de
informação, entre aquela confiável, verídica e
relevante, e aquela errônea, imprecisa e falsa?
É evidente que essa questão está relacionada ao nível
74
de empoderamento do indivíduo, que varia de acordo
com o grau de instrução, a consciência política e os
hábitos midiáticos de cada um. Uma pesquisa
divulgada recentemente pelo Pew Research Center
mostra que cresceu nos últimos dois anos a influência
das redes sociais na tarefa de manter os cidadãos
informados.
Os sites de notícias, antes tradicionais fontes de
informação, foram descritos no estudo como fontes
secundárias, na hora de saber sobre um assunto ou
acontecimento.
As redes sociais podem impulsionar o engajamento
cívico devido à sua flexibilidade ao permitir aos
usuários acessar informações sob demanda, receber
notícias de maneira instantânea, aprender sobre
diversos temas, personalizar conteúdo de acordo com
seus interesses e aprofundar a discussão em torno de
assuntos mais complexos.
No entanto, o potencial da internet para ampliar o grau
de informação do indivíduo ainda é limitado por fatores
como o desinteresse da coletividade ou a inabilidade
das pessoas em assimilar grandes volumes de dados e
relacionar fatos. Daí a importância de uma educação
que subsidie o cidadão a entender a burocracia
governamental e o funcionamento do sistema político
(conhecimento das regras gerais, familiaridade com as
estatísticas e as plataformas de governo). Só uma
pessoa que reúna essas competências poderá
acompanhar e fiscalizar as políticas públicas
implementadas pelos agentes públicos. (...)
A informação tem relevância para o exercício pleno da
cidadania e a formação de opinião. Por isso, o acesso
à informação é um direito que antecede os demais,
pois quem está bem informado tem maiores
possibilidades de reivindicar outros direitos. As redes
sociais oferecem oportunidades significativas para a
politização da sociedade e um maior engajamento do
cidadão no processo de deliberação pública, mas é
preciso, antes de tudo, discernimento para não
reproduzir o senso comum “viralizado” na internet.

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Estudos 1- Fake News
Orientados 2- A e C
3- Resposta pessoal
4- Foi um caso que aconteceu em 2014, no Guarujá,
no litoral paulista, com a dona de casa Fabiane Maria
de Jesus, espancada até a morte por moradores da
cidade, depois da divulgação de boatos de
envolvimento em rituais de magia negra com crianças.
5- A e D

ESTUDOS ORIENTADOS

Desafio 5: 1- Resposta pessoal


Discussões e
estudos
orientados 2- Resposta pessoal

Aulas 17 a 20
3-Resposta pessoal

Questões sugeridas após assistirem ao vídeo:


1. (Resposta pessoal)
2. (Resposta pessoal)
3. As frases são dirigidas a grupos minoritários em
nossa sociedade, como as mulheres, a população
Desafio 6: negra e as pessoas LGBTQIA+
Liberdade de 4. (Resposta pessoal)
expressão e 5. (Resposta pessoal. Espera-se que os alunos
seus limites consigam perceber que é muito comum que esses
discursos perpassem o meio digital, especialmente
Aulas 21 a 24 pela falsa sensação de anonimato que os espaços
virtuais são capazes de fornecer).

Questionário-sondagem
1.
O ambiente físico no qual os personagens se
encontram é, aparentemente, um consultório
76
psicológico – o que poderia ser justificado, por
exemplo, pela disposição dos personagens e pela
presença do que parece ser um divã, bem como pelo
diálogo presente na charge. Já o ambiente digital,
acessado por um dos personagens, são as redes
sociais, mais especificamente o Facebook,
apresentado tanto na fala desse mesmo personagem
quanto na tela do que parece ser o seu celular.

2.

A Ambiente físico B Tem como características um grande poder de


de informações e um amplo alcance.

B Ambiente virtual A/ Possui regras de conduta a serem seguidas.


B

C Nenhum dos A Todos os falantes envolvidos na interação estã


ambientes em um mesmo sistema referencial.

C Não possui quaisquer regras ou restriçõe


permitido.

B Nesse ambiente, muitas vezes os indivíduos tê


guiadas pela sensação de anonimato.

3. Espera-se que os estudantes respondam que a


charge denuncia o uso da internet, especialmente das
redes sociais, como veículo dos discursos de ódio.
4. O professor pode, então, evidenciar aos estudantes
que os discursos de ódio permeiam, infelizmente,
diferentes esferas da sociedade. O meio digital,
sobretudo, tem sido um espaço em que esses
discursos têm ganhado força. Em parte, pela sensação
de anonimato que as redes sociais trazem, bem como
pelo apagamento/desumanização do outro – visto que,
sem o contato físico com quem está do outro lado da
tela, sentimentos como a empatia podem ser afetados
–, a internet tem sido um grande veículo de
propagação desse tipo de conteúdo, que, nela, ganha
proporções inimagináveis de forma extremamente
rápida (dado o seu poder de viralização).
No entanto, vale salientar que podemos, pelo próprio
meio digital, identificar e denunciar esse tipo de
discurso, usando as redes não para propagar o ódio,
mas para combatê-lo. Algumas redes sociais, por
exemplo, permitem que você denuncie publicações e
comentários em suas próprias plataformas (como o
77
Instagram, o Facebook e o Twitter). Existe também a
possibilidade de usar sites com o mesmo fim, como o
Internet Segura – que recebe e verifica denúncias de
possíveis discursos de ódio circulantes na internet.

Após ler e analisar o texto, responda:


1. A questão tem como objetivo orientar o aluno para
Desafio 7:
os possíveis limites da liberdade de expressão. Assim,
Os limites entre é esperado que os discentes, após a leitura do texto,
liberdade de compreendam que a liberdade de expressão, embora
expressão e o garantida pela lei, não é infinda (como discutido na
discurso de conversa inicial sobre o tema, apresentada
anteriormente.
ódio
2. O limite para a liberdade de expressão apontado por
Aulas 25 a 28 Karnal é a violência. Os alunos podem justificar sua
resposta usando, por exemplo, o seguinte trecho do
texto: “Nunca posso defender a violência contra uma
pessoa. Nada justifica isso. Este é o limite para a
liberdade de expressão, pois além deste limite começa
o mundo da barbárie”.
3. Resposta pessoal. Busca-se que os alunos apontem
maneiras que não resvalem em qualquer tipo de
violência. Dessa forma, o diálogo, por exemplo,
poderia ser uma alternativa.
4.
Os estudantes já devem ter estudado acerca das
estratégias argumentativas anteriormente, assim
sendo, espera-se que a turma seja capaz de
evidenciá-las durante a leitura. Algumas estratégias
utilizadas por Karnal são a exemplificação – que
elucida o argumento do autor por meio de exemplos –
e a comparação – responsável por apontar as
diferenças/semelhanças entre elementos, ressaltando
o que está sendo defendido no texto.

5.
(F) O uso de estratégias argumentativas não é
intencional durante o texto, visto que o objetivo do
autor é somente expor o tema abordado – não sendo
necessário, dessa forma, convencer o leitor sobre um

78
ponto de vista.
(V) O objetivo do artigo de Karnal é convencer o leitor
sobre o ponto de vista defendido, atividade que requer
a mobilização de uma argumentação sólida e bem
construída. As estratégias argumentativas, dessa
forma, são responsáveis por auxiliar a defesa da tese.
(F) Pode-se afirmar que as estratégias argumentativas
utilizadas pelo autor se restringem apenas aos textos
formais e escritos, já que não possuem utilidade em
discursos orais e/ou informais. Não é possível, por
exemplo, que esse tipo de estratégia seja usada na
fala ou em uma publicação nas redes sociais.

Desafio 8: 1. Era perigoso viver na terra de Malala


Yousafzai pelo fato de que lá há os grupos terroristas,
Apresentação
que controlam toda a região e propagam o terror.
dos Estudos2. A diferença entre liberdade de expressão e
Orientados discurso de ódio, que é a manifestação de opiniões
Liberdade de que ferem os direitos cerceados das pessoas de ir e
expressão e vir. São totalmente opostos.
3. A)” o dono riu e disse ter imaginado que
Discurso de
éramos mulheres-bomba, porque muitos suicidas-
ódio bomba usavam burca.”
Aulas 29 a 32 B) a associação de que ser mulçumano é ser homem
ou mulher bomba. Ao líder do Movimento Talibã
Paquistanês (TTP), militante mais procurado do
Paquistão, Mullah Fazlullah é o responsável pelo
atentado em 2012 contra a estudante paquistanesa
Malala Yousafzai. Mullah Fazlullah, foi morto em um
ataque aéreo.
4. Sim. Há uma construção lógica, um
encadeamento racional de ideias e pensamentos,
dando sentido e continuidade à produção textual e a
relação intertextual dos textos.
5. Sim. A coerência resulta em uma
construção lógica, um encadeamento racional de
ideias e pensamentos, dando sentido e continuidade à
produção textual

79
Estudos (PODCASTS PESSOAIS)
Orientados

80

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