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PRÉVIA

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FICHA TÉCNICA

REALIZAÇÃO:
GOVERNO DO ESTADO DE RONDÔNIA
UNIÃO DOS DIRIGENTES MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO – UNDIME/RO

GOVERNADOR DO ESTADO DE RONDÔNIA


Marcos José Rocha dos Santos

SECRETÁRIO DE ESTADO DA EDUCAÇÃO


Suamy Vivecananda Lacerda de Abreu

DIRETORIA GERAL DE EDUCAÇÃO


Irany de Oliveira Lima Morais

GERÊNCIA DE FORMAÇÃO, CAPACITAÇÃO TÉCNICA E


PEDAGÓGICA
Silvânia Gregório Carlos

PRESIDENTE CONSED NACIONAL


Cecilia Motta

PRESIDENTE UNDIME NACIONAL


Luiz Miguel Martins Garcia

PRESIDENTE SECCIONAL DA UNDIME RONDÔNIA


Vilson Sena de Macedo

COORDENADORES ESTADUAIS DO CURRÍCULO TERRITORIAL DE


RONDÔNIA - RCRO
Ricardo Braz Bezerra – CONSED/SEDUC/RO
Epifânia Barbosa da Silva – UNDIME/RO
AUTORES:
Cleidimara Alves – Redatora e formadora da UNDIME/RO do componente
de Educação Física dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental do RCRO
Alan Raniere Silva Xavier – Redator e formador do CONSED/RO do
componente de Educação Física dos Anos Finais do Ensino Fundamental do
RCRO

REVISORA:
Luciana Dermani de Aguiar – Profª Doutoranda pela Universidade Nacional
do Rosário – Argentina

COLABOLABORADORES DOS PLANOS DE AULA:


Ana Lúcia Costa – Profª Especialista (SEDUC/CRE-Rolim de Moura-RO)
Daniel Oliveira Souza – Profº Doutorando (Universidade Federal de
Rondônia – UNIR/ Campus Guajará Mirim)
Márcia Gonçalves Vieira – Profª Mestranda (SEMED/PVH-RO)
Marco Aurélio Cândido Rocha – Profº Especialista (Secretaria de
Esporte/Caeté – MG)
Monika Blank Basso – Profª Doutora (SEMED/PVH-RO)
Núbia Maria Rosa de Sousa - Profª Especialista (SEDUC/SEMED/PVH-RO)
Simone de Oliveira Santos - Profª Mestra (CRE/CACOAL-RO)

REDATOR DO TEXTO EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR


Edilson de Jesus Manoel – Profº Doutor (Universidade de São Paulo – USP)

ORGANIZAÇÃO
Ricardo Braz Bezerra – Coordenador Estadual do RCRO -
CONSED/SEDUC/RO
Epifânia Barbosa da Silva – Coordenadora Estadual do RCRO - UNDIME/RO
Neire Abreu Mota Porfiro - Coordenadora da Etapa dos Anos Iniciais do
Ensino Fundamental do RCRO
Claudenice Ambrósio Lima de Brito – Coordenadora da Etapa dos Anos
Finais do Ensino Fundamental do RCRO

ARTICULADORA UNDIME/RO
Terezinha Ferreira da Silva – Secretária Executiva da UNDIME/RO
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Sumário
• INTRODUÇÃO........................................................................07
• Educação Física Escolar......................................................08
• Letramento Corporal.............................................................09
• Planejamento em Educação Física......................................10
• Metodologias ativas...............................................................11
• Educação Física: O Fazer como conhecimento..................12
• Raio-x da Educação Física no Referencial de RO...............13
• Competências........................................................................14
• Dimensões do Conhecimento..............................................17
• Análise do Quadro Curricular...............................................18
• Plano de Aula.........................................................................19
• Propostas...............................................................................20
• Análise de Planos de Aula....................................................25
• Divisão por Bimestres...........................................................26
• Transição na Educação Física..............................................46
• Progressão.............................................................................47
• Avaliação na Educação Física..............................................50
• Sugestões de Atividades.......................................................54
• Sugestões de Atividades Tapembol...................................108
• Links.....................................................................................207
• Glossário BNCC...................................................................209
• Referências..........................................................................214

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Introdução

O Caderno Pedagógico para aulas de Nossa sugestão é que todos os professores


Educação Física ora apresentado tem como que ministram a Educação Física façam
principal objetivo contribuir com o trabalho contextualização do estudo aprofundado do
do docente, com intuito de promover um Referencial Curricular para que entendam o
ensino de qualidade e ajudar o professor de que a proposto no caderno pedagógico
Educação Física do Estado de Rondônia a quando for elaborar seu plano de curso e
desenvolver as aulas através de um processo planos de aulas.
didático pedagógico voltado para o Ensino A Base Nacional Comum Curricular – BNCC
Fundamental Anos Iniciais e Finais. e os currículos existente no estado e
A Educação Física apresenta um conjunto municípios foi o que norteou a construção do
de conhecimentos que contribuem para a Referencial Curricular de Rondônia, bem
formação e enriquecimento dos alunos no como a construção desse caderno
ensino fundamental, dessa forma e pedagógico pelas experiências de vários
importante trazer possibilidades que profissionais de Educação Física do estado e
viabilizam as inúmeras conexões existente fora dele para que através de suas
entre os componentes curriculares. colaborações construíssemos orientações
Sendo a Educação Física uma disciplina práticas já vivenciadas por esses
obrigatória no currículo escolar e com profissionais.
características próprias tornou-se Assim, o presente documento vem com
imprescindível discorrermos a importância orientações que irão ajudar o professor de
deste caderno pedagógico para subsidiar aos Educação Física a organizar o trabalho
professores generalistas ou especialistas que pedagógico das suas aulas. Vale ressaltar
ministram no Ensino Fundamental. que não temos a pretensão de dizer ao
O respectivo material chega com a professor de que forma o mesmo deverá
perspectiva de orientar de forma mais fazer seu planejamento, mas nossa intensão
concreta e organizada as aulas de Educação com a criação desse caderno e trazer
Física de acordo com o novo Documento propostas e sugestões para o planejamento
Curricular do Estado de Rondônia. Para a da aulas respeitando a autonomia de cada
utilização do caderno pedagógico será de profissional na elaboração de suas aulas.
extrema importância que os professores O trabalho em conjunto é o que nos faz
tenham entendimento sobre o Referencial crescer!
Curricular do Estado de Rondônia. Um abraço.
Alan Raniere Silva Xavier e Cleidimara
Alves

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DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

Edison de J. Manoel*

O que é Educação Física? Todos sabem. Será? Alguns pensam num


conjunto de atividades físicas praticadas com um método para uma
finalidade de desempenho físico. Outros pensam nela como um meio para
vários fins: disciplinar o corpo, torná-lo saudável, e assim ter a mente sã. Há
também quem considere a educação física como o tempo na escola para
crianças e jovens gastarem energia, brincarem, praticarem esportes,
fazerem ginástica. Lógico que todos esses olhares sobre a educação física
são congruentes entre si. Mas afinal será mesmo a educação física tudo
isso? Ou, alguns dirão, apenas isso?

Ela trata do mover-se corporal de cada criança e de todas as crianças e


jovens. Por meio do mover-se corporal as crianças ocupam seus ambientes,
físicos e sociais, tornando-os em espaços de ação pessoal, social e coletivo.
A educação física parte daí para criar cenários em suas aulas de modo que
os estudantes possam vislumbrar como o envolvimento em atividades físicas
e esportivas, e em práticas corporais, pode resultar na consciência de si, do
outro e do mundo, no desenvolvimento humano: pessoal, social e coletivo.

*Professor Titular do Departamento de Pedagogia do Movimento do Corpo Humano, Escola de Educação


Física e Esporte da Universidade de São Paulo.

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LETRAMENTO CORPORAL
Se procurarmos no dicionário a origem Margaret Whitehead, da Universidade de
da palavra letramento podemos encontrar a Canberra, Austrália (2018). Escreveu o livro
tradução para o português da palavra Letramento Corporal: Atividades Físicas e
"literacy, que vem do latim "littera" (letra) e Esportivas para Toda a Vida onde pela
com o sufixo "cy" denotando assim o estado primeira vez se definiu o termo letramento
de quem aprende a ler e a escrever. Mary corporal descrevendo a motivação, a
Kato em 1986 foi quem introduziu esse confiança, a competência, o conhecimento e
termo pela primeira vez, para atribuir um a compreensão que as pessoas desenvolvem
nome a um novo fenômeno começando a ser ao se movimentarem para além das
discutido no Campo das Ciências necessidades diárias tornando as atividades
Linguísticas com o objetivo de delimitar o físicas parte importante de suas vidas e
impacto social da escrita dos estudos sobre durante toda vida.
alfabetização. Dessa forma na Educação Física é
Segundo Kleiman (1995), pode-se definir importante entendermos que o individuo
letramento como um conjunto de práticas letrado é aquele que possui confiança,
sociais que se usam a escrita, enquanto entusiasmo, compreensão, segurança, auto-
sistema simbólico e enquanto tecnologia, em confiança em uma situação real, onde ele
contextos específicos, para objetivos possa ser capaz de realizar as simples
específicos. atividades do dia a dia.
Como podemos observar o termo
Compreendemos Letramento Corporal
letramento não é tão novo, pois o termo
como uma concepção/visão de mundo, onde
surgiu no Brasil na década de 80 a partir da a corporeidade é central, as pessoas
necessidade de denominar o estado ou percebem que não estão apenas habitando
condição daqueles que não mais pertenciam seus corpos, mas tem conscientização de
ao grupo dos analfabetos e que utilizavam a que são os seus corpos, de que são seres
escrita e a leitura em seus contextos. Já o incorporados, reconhecendo o valor
termo letramento corporal é inovador e intrínseco da experiência corporal.
abrange muito mais que a educação física
nas escolas ou atividades esportivas, Confiança
oferecendo uma concepção de movimentos
corporais em harmonia com a vida.
Competência Motivação
Letramento
Corporal

Compreensão Competência

Fonte: Autores

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PLANEJAMENTO EM EDUCAÇÃO
FÍSICA
É muito importante o professor entender De acordo com Libâneo “o planejamento
que o planejamento é o instrumento de escolar é uma tarefa docente que inclui tanto
trabalho onde o docente especifica o quê e a previsão das atividades didáticas em
como serão realizados os trabalhos na sala termos de organização e coordenação em
de aula, procurando sempre uma face dos objetivos propostos, quanto a sua
metodologia didático- pedagógica que prima revisão e adequação no decorrer do
pelo aprendizado do aluno. O planejamento processo de ensino”. Portanto, o
de aula é de fundamental importância para planejamento de aula é um instrumento
que se atinja êxito no processo de ensino e essencial para o professor elaborar sua
aprendizagem. A sua ausência pode ter metodologia conforme o objetivo a ser
como consequência, aulas monótonas e alcançado, tendo que ser criteriosamente
desorganizadas, desencadeando o adequado para as diferentes turmas,
desinteresse dos alunos pelo conteúdo havendo flexibilidade caso necessite de
retirando o sentido algum. alterações. O professor ao elaborar seu
A organização das atividades de ensino e planejamento anual precisa recorrer ao
aprendizagem que serão executadas no referencial curricular do Estado de Rondônia
decorrer do ano precisam estar bem definidas e ainda se atentar para as competências
no planejamento, que por sua vez deve estar gerais, específicas e competências do
vinculado com o currículo e com os objetivos componente Educação Física.
definidos no Projeto Político Pedagógico Não queremos aqui engessar e nem tão
(PPP) da escola. pouco dizer como o professor deverá fazer
O planejamento é composto de diversas seu planejamento, mas nosso objetivo é
atividades: planejamento de longo, médio e orientar para que cada professor possa
curto prazo, criação de sequências didáticas, adaptar nossas sugestões de acordo com
adaptação dos objetos de conhecimento em suas necessidades.
função das características dos alunos (seus
interesses, idades, conhecimento prévio), a
escolha de exemplos, a preparação de
exercícios e materiais adequados. O bom
planejamento das aulas aliado à utilização de
novas metodologias (filmes, mapas,
equipamentos tecnológicos, poesias,
músicas, computador, jogos, aulas práticas,
atividades dinâmicas, etc.) contribui para a
realização de aulas satisfatórias em que os
estudantes e professores se sintam
estimulados, tornando o conteúdo mais Figura 01.
agradável com vistas a facilitar a Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em
CC BY-SA-NC
compreensão e consequentemente o
aprendizado.

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METODOLOGIAS ATIVAS

Para Coll (2000), Metodologias Ativas Villarini (1998) diz que as


de Aprendizagem, são aquelas que levam à características das Metodologias são
autonomia do aluno e ao autogerenciamento. essenciais porque:
O estudante é corresponsável por seu próprio • Motivam os estudantes por serem
processo de formação, o autor da sua própria significativas para eles;
aprendizagem. Participa de atividades, como
leitura, escrita, discussão ou resolução de • Fazem com que os mesmos estejam
problemas, promovendo síntese, análise e ativos e reflexivos;
avaliação do conteúdo. • Permitem a colaboração (porque são
É importante o professor ao pensar no desenhadas para que um aluno auxilie o
planejamento utilizar as metodologias ativas. outro, construindo o conhecimento
coletivamente);
Moran (2014) diz que estamos vivendo
em um momento diferenciado do ponto de • Facilitam o desenvolvimento de
vista do ensinar e aprender. Aprendemos de competências e habilidades cognitivas
várias maneiras: em redes, sozinhos, por superiores; estão ligadas ao conhecimento
intercâmbios, em grupos etc. Para o autor, do mundo real;
essa liberdade de tempo e de espaço • Fazem os estudantes tomarem para si a
configura um cenário educacional novo, onde responsabilidade de aprender; colocam o
várias situações de aprendizagem são professor no papel de mentor;
possíveis com a ajuda das chamadas • Buscam aproximar as discussões da
metodologias ativas. escola com o mundo real.
Segundo Moran o papel do professor é
alterado, passa daquele que ensina para
aquele que faz aprender e que também
aprende, criando um ambiente capaz de
tornar o aluno motivado para o aprendizado.

• Figura 03-NOVA ESCOLA -25 de Junho | 2018

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Educação Física: O fazer como
conhecimento
Movimentar-se é um ato inerente a qualquer ser humano sendo o objeto da educação física
através da tematização das práticas corporais. A aprendizagem dar-se-á pela compreensão do
saber fazer.
O enfoque lúdico das práticas corporais está intrínseco na caracterização e
desenvolvimento das habilidades, permitindo aos alunos não apenas saber executar
movimentos e sim pensar sobre como, onde, porque e para quê realizam a ação de
movimentar-se. Nessa ótica a educação física se ressignifica, pois não se limita a sistematizar
um deslocamento espaço-temporal de um segmento ou de um corpo todo, passa então a
refletir e a reproduzir novos sentidos para a prática da cultura corporal.

Uma hipótese... Na hora do


almoço após retornar da escola No dia seguinte nas mesmas
João é indagado pela mãe circunstâncias o menino é
sobre sua manhã na escola: indagado novamente: João
“João o que você aprendeu hoje na aula de educação
na aula de matemática da Tia física você FEZ o que?
Clau? O menino respondeu: -
Subtração mamãe!

Fazendo uma análise simplória da


conversa acima, nota-se o senso comum nas
aulas de educação física no que concerne só
se realiza, faz... Não há aprendizado..
Somente execução. Essa nova vertente da
educação física pós BNCC indica que o
SABER FAZER é uma forma de
conhecimento e precisa ser aprendido.
A Educação Física estuda o movimentar-se do ser
humano inserido no âmbito da cultura,
direcionando as práticas corporais, atividades
físicas, exercício físico e todos os movimentos que
realizamos em nosso dia a dia.

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RAIO X DA EDUCAÇÃO FÍSICA NO
REFERENCIAL DE RO

10 COMPETÊNCIAS
10 COMPETÊNCIAS GERAIS
ESPECÍFICAS

78 HABILIDADES 06 UNIDADES TEMÁTICAS

“Os professores de Educação Física precisam pensar suas aulas a partir do


compromisso com o desenvolvimento integral dos alunos, ou seja, os alunos precisam
ter oportunidades de desenvolver as dimensões físicas, corporais, cognitivas, afetivas,
sociais e culturais associadas às práticas corporais.” (IMPULSIONA, 2019) .
É necessário que as aulas sejam comprometidas em desenvolver as competências
gerais em consonância com as especificas da área.
“Competência é a mobilização de conhecimentos (conceitos e procedimentos),
habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores para resolver
demandas complexas da vida cotidiana, do exercício da cidadania e do mundo do
trabalho” (BNCC,2017)

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COMPETÊNCIAS GERAIS

A proposta de idealização de um currículo envolvido com o desenvolvimento de


competências oferece momentos de reflexão e construção de valores, conceitos e
atitudes.
O trabalho por competências valoriza o saber fazer. Nesse âmbito, tornar o
aluno um cidadão crítico e reflexivo também é papel do componente curricular de
Educação Física.

Figura 05. fonte: site Movimento pela Base, disponível


em http://movimentopelabase.org.br/wp-
content/uploads/2018/03/BNCC_Competencias_Progressao.pdf ac
esso em junho de 2019.

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COMPETÊNCIAS DA EDUCAÇÃO
FÍSICA

COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DA EDUCAÇÃO


DIRECIONAMENTO (FOCO)
FÍSICA

COMPETÊNCIA 01 - Compreender a
origem da cultura corporal de
movimento e seus vínculos com a CORPO EM MOVIMENTO.
organização da vida coletiva e
individual.

COMPETÊNCIA 02 - Planejar e empregar


estratégias para resolver desafios e
aumentar as possibilidades de
aprendizagem das práticas corporais, PRÁTICAS CORPORAIS E CULTURA
além de se envolver no processo de
ampliação do acervo cultural nesse
campo.

COMPETÊNCIA 03 - Refletir,
criticamente, sobre as relações entre
a realização das práticas corporais e
os processos de saúde/doença, VIDA E SAÚDE
inclusive no contexto das atividades
laborais.

COMPETÊNCIA 04 - Identificar a
multiplicidade de padrões de
desempenho, saúde, beleza e estética
FORMAÇÃO DO CIDADÃO
corporal, analisando, criticamente, os
modelos disseminados na mídia e discutir
posturas consumistas e preconceituosas.

COMPETÊNCIA 05 - Identificar as formas de


produção dos preconceitos, compreender
seus efeitos e combater posicionamentos COMBATE AO BULLYNG
discriminatórios em relação às práticas
corporais e aos seus participantes.

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COMPETÊNCIAS DA EDUCAÇÃO
FÍSICA

COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DA EDUCAÇÃO


DIRECIONAMENTO (FOCO)
FÍSICA

COMPETÊNCIA 06 - Interpretar e recriar


os valores, sentidos e significados
atribuídos às diferentes práticas EDUCAÇÃO PAUTADA EM VALORES
corporais, bem como aos sujeitos que
delas participam.

COMPETÊNCIA 07 - Reconhecer as
práticas corporais como elementos
constitutivos da identidade cultural dos
povos e grupos, com base na análise IDENTIDADE E CULTURA
dos marcadores sociais de gênero,
raça, geração, padrões corporais,
etnia, religião.

COMPETÊNCIA 08 - Usufruir das


práticas corporais de forma autônoma
para potencializar o envolvimento em
contextos de lazer, ampliar as redes AUTONOMIA
de sociabilidade e a promoção da
saúde.

COMPETÊNCIA 09 - Reconhecer o
acesso às práticas corporais como
direito do cidadão, propondo e INCLUSÃO
produzindo alternativas para sua
realização no contexto comunitário.

COMPETÊNCIA 10 - Utilizar, desfrutar e


apreciar diferentes brincadeiras, jogos,
danças, ginásticas, esportes, lutas e
EXPERIMENTAÇÃO E VALORIZAÇÃO
práticas corporais de aventura e
paraolímpicas, valorizando o trabalho
coletivo e o protagonismo.

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DIMENSÕES DO CONHECIMENTO

De acordo com a BNCC (2017), a organização das unidades


temática é baseada na compreensão de que o caráter lúdico está
intrínseco em todas as práticas corporais. Todavia, essa não é a
finalidade fundamental manifestada na educação física dentro do
ambiente escolar, além de brincar, os estudantes se apropriam
das lógicas existentes como regras, códigos, organização tática,
sistemas de jogo etc. Por esse motivo a delimitação das
habilidades são dirimidas em oito dimensões que são:
OBJETIVOS

CONCEITUAIS PROCEDIMENTAIS
ATITUDINAIS
SABER FAZER SABER SER E
SABER SOBRE
CONVIVER

• Reflexão sobre a • Experimentação


ação • Construção de
• Uso e valores
• Análise apropriação
• Protagonismo
• Compreensão comunitário
• Fruição

DIMENSÕES DO CONHECIMENTO
DA EDUCAÇÃO FÍSICA

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ANÁLISE DO QUADRO CURRICULAR

O quadro curricular é a organização didático metodológica das


aprendizagens essenciais dos alunos. Especificadamente no
quadro curricular de educação física encontra-se assim dividido:

Unidades Objetos de
Habilidades
temáticas conhecimento

De uma forma bem simplificada podemos afirmar que as


unidades temáticas (eixos) organizam os objetos de
conhecimento (conteúdos) trabalhados pelo professor para
resultar na aquisição de determinadas habilidades (objetivos).
Essa mobilização das habilidades evidenciam o desenvolvimento
das Competências Gerais e Específicas da Educação Física.
.
Educação física 1° e 2° ANOS
Unidades temáticas Objetos de Habilidades
Conhecimento
Brincadeiras e jogos da (EF12EF01)
cultura popular
Experimentar, fruir e
BRINCADEIRAS E JOGOS presentes no contexto
recriar diferentes
comunitário e regional;
brincadeiras e jogos da
cultura popular
presentes no contexto
comunitário e regional,
reconhecendo e
respeitando as diferenças
individuais de
desempenho dos
colegas.
CÓDIGO ALFANUMÉRICO: Sinaliza a etapa,
o bloco de ano, o componente curricular
e a posição numérica da habilidade.

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Plano de Aula
O professor é o responsável por Tormena e Figueiredo (2010) propõe
elaborar seu plano de aula, onde o uma reflexão e uma ação
mesmo servirá para detalhar e orientar a conscientizadora da importância do
prática pedagógica na sala de aula planejamento na era da globalização,
acerca de uma determinada unidade apontando a dificuldade dessa ação por
temática. O plano de aula deverá ser parte dos professores diante a dinâmica
específico e alinhado com o globalizada.
planejamento, que por sua vez deve está Dessa forma não há como falarmos de
alinhado com o PPP da escola. um plano de aula ideal. O importante é
Trata-se do roteiro para as atividades ou que todo professor tenha consciência da
ações durante a execução da aula e com necessidade de se planejar.
o uso especifico de recursos, A seguir, apresentamos dois modelos
conhecimentos prévios, atividades propostos por nós redatores do
avaliativas, competências e habilidades componente em Rondônia.
que deverão ser desenvolvidas pelos
estudantes no decorrer das aulas. É estritamente necessário informar
que tratam-se de modelos, um norte.
Sendo o plano de aula um documento Como dito anteriormente não existe o
de grande importância dentro do plano ideal, cada docente deverá produzir
processo de ensino e aprendizagem na esse documento atento a realidade e
qual o professor consegue sistematizar a contexto escolar no qual está inserido.
sua prática pedagógica, organizar o
cronograma de atividades, manter o
registro das dificuldades e a evolução da
turma.
Não há como o docente ministrar
aulas sem que haja um planejamento
bem elaborado das atividades que serão
desenvolvidas.
Não existe um modelo fechado, pois
o plano qualitável é aquele que leva em
conta a realidade da escola, a estrutura
física, recursos disponíveis, a prática do
professor e ainda as características da
turma.
Este deve se adequar à realidade de
cada escola e não a escola se adequar a
realidade do plano.

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Propostas

Plano de aula 01

20
Propostas

Plano de aula 02- p. 01

21
Propostas

Plano de aula 02 – p. 02

22
Propostas

Plano de aula 02- p. 03

23
Propostas

Plano de aula 02- p. 04

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Análise planos de aula

O primeiro exemplo do plano de aula O segundo plano é um pouco mais


proposto tem com eixo de estruturação: extenso porém com a descrição na
A identificação do bloco de ano, espaço íntegra das competências gerais a serem
utilizado, duração e data, além da desenvolvidas na aula, um maior
descrição da Unidade temática, os detalhamento da sequência didática e
objetos de conhecimentos, as dimensões descrição dos materiais utilizados.
do conhecimento; a habilidade a ser
desenvolvida na aula; as competências
gerais e específicas do componente.
Já o eixo de estruturação está dividido
em 03 (três) partes:

• Contextualização ou primeiro
momento: parte inicial da aula, o
professor tematizará a habilidade a ser
desenvolvida, explica as experimentações
e organiza a dinâmica da aula;
http://educacaofisicaconceitos.blogspot.c
• Experimentação ou segundo om/2012/11/psicomotricidade-nas-aulas-
momento: Esta é a parte principal da de-educacao.html Acesso em :fev/2020
aula, onde serão desenvolvidas a (s)
sequências didáticas de todas as ações
pedagógicas ministradas. A seguir apresentaremos sugestões
• Avaliação ou terceiro momento: referentes a propostas de plano anual
Parte final da aula, onde haverá o sobre o componente curricular de
“feedback” e a interação entre as educação física.
manifestações dos alunos, incentivar o
protagonismo e a recriação das práticas
desenvolvidas na aula ao menos
oralmente.

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26
UNIDADE TEMÁTICA OBJETOS DE CONHECIMENTO HABILIDADES
Brincadeiras e jogos da cultura Linguagem da Cultura Esportiva:
popular presentes no contexto Jogos de perseguição e
comunitário e regional; brincadeiras trabalhados com
regras de convivência;
Conceito de jogos de perseguição
Entendimento de atitudes positivas (EF12EF01)
Tipos de jogos de perseguição e em valores humanos através de
jogos populares (em círculo, com jogos Cooperativos; Jogos
deslocamento de um lado para o populares da região como : Rouba
outro, individual e em duplas); bandeira, esconde-esconde, perna
de pau, amarelinha, bets.
Brincadeiras e jogos da cultura Conceitos e características;
popular presentes no contexto Caracterização dos jogos
comunitário e regional; Recreativos: Ativo, Moderado e
Calmo;
Histórico de brincadeiras e jogos;
BRINCADEIRAS E JOGOS

Linguagem da Cultura Esportiva:


Nomenclatura e regras; Brincadeiras e jogos tradicionais (EF12EF02)
realizados em ambientes diversos
Formas de vivência: Individual, em (resgate das vivências
dupla e variações; familiares).Jogos motores de correr
e pegar;

Brincadeiras e jogos da cultura Linguagem da Cultura Esportiva:


popular presentes no contexto A linguagem dos movimentos
comunitário e regional; do corpo em jogos infantis
populares (jogos que a criança
Construção das regras; brinca com outras crianças em
ambientes sociais).
Formas de vivências com variações
(individual, em dupla, coletivo, (EF12EF03)
cabo de guerra, em deslocamento,
salto em altura e em distância de
forma recreativa);

Saltos com elásticos e suas


variações;

Brincadeiras e jogos da cultura Linguagem da Cultura Esportiva:


popular presentes no contexto Vivência e reconstrução dos
comunitário e regional; esportes
socialmente aprendidos
Linguagem da Cultura Esportiva: (peteca/bolinha de gude, pipa/
Regras dentro da diversidade social papagaio, bets, boliche); (EF12EF04)
através de jogos de disputa. Reconhecimento dos Jogos
(Estafetas e competições em outros Cooperativos como possibilidades
formatos como em círculo). de ação motora prazerosa e
Perder e ganhar. solidária.

27
UNIDADE TEMÁTICA OBJETOS DE CONHECIMENTO HABILIDADES

Esportes de marca :
Histórico, Estafetas
(corridas com ou sem Experimentos de conjunto
objetos, com ou sem de modalidades e ou
obstáculos); movimentos como: acertar
o alvo, lançar e aparar,
Pega-bandeira; girar, lançar e aparar;
fundamentos do atletismo;
Linguagem da Cultura
(EF12EF05)
Esportes de precisão: Esportiva:
Histórico, Rolamentos para Possibilidades, recriação e
frente e para trás, - Parada criação de brincadeiras e
ESPORTES

de mãos de três apoios, de jogos em ambientes


dois apoios, ponte, estrela abertos e fechados
e vela;

Esportes de marca:
Esportes de precisão:
Histórico do atletismo,
Histórico, Nomenclatura e
Nomenclatura e regras, -
regras Formas de vivência:
Formas de vivência:
Individual, em dupla e
Individual, em dupla e (EF12EF06)
variações de esportes
variações;
como: tiro ao alvo
(adaptação), bocha, boliche

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UNIDADE TEMÁTICA OBJETOS DE CONHECIMENTO HABILIDADES
Ginástica geral : Histórico, Coordenação motora
Variações de rolamentos, fina, esquema corporal,
parada de cabeça e de mão com estruturação
apoio, ponte, estrela e vela com espaço temporal e outras;
apoio, saltos, saltitos, giros;
Dança e Expressões Rítmicas:
Linguagem Corporal: A utilização do corpo para
Vivências motoras que ampliem produzir (EF12EF07)
o repertório coeso do diferentes sons.
movimento
através da coordenação motora
ampla,

Ginástica Geral: Histórico da Linguagem Corporal:


classificação da ginástica, Desenvolvimento da
conhecer fundamentos da compreensão corporal do
ginástica com Variações, parada equilíbrio em diferentes tipos
de mão sem apoio e com de relevos e ambientes naturais (EF12EF08)
variações, ponte, estrela e vela e ambientes produzidos pelo
sem apoio e com variações, homem
saltos, saltitos, giros.
GINÁSTICAS

Ginástica Geral: Concepções de Linguagem Corporal:


equilíbrio corporal, conceitos e Ampliação das vivências
vivências de lateralidade, corporais das condutas
reconhecer a dominância lateral psicomotoras básicas
dos membros superiores e compreendendo os elementos
inferiores, locomoção através constituintes das múltiplas
do andar, caminhar e correr; linguagens da estruturação
espacial, temporal, da
Conhecer o corpo e seus limites: organização espaço-temporal e
vivenciar movimentos com demais ações psicomotoras.
sequência de movimentos (EF12EF09)
corporais, experimentar
movimentos livre e variados,
valorizar os movimentos e
vivências do dia a dia;

Explanações com oralidade e


Ginásticos gerais: Movimentos por utilizando recursos
com balanceio, rotações, audiovisuais sobre sequências
manipulações com e sem de elementos corporais
objetos; salientando que esses (EF12EF10)
elementos caracterizam e
subsidiam todo trabalho da
ginástica.
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UNIDADE TEMÁTICA OBJETOS DE CONHECIMENTO HABILIDADES
Danças do contexto Dança e Expressões
comunitário e regional; Rítmicas:
A corporeidade através de
Conhecimentos sobre as movimento rítmicos;
danças da região,
brincadeiras cantadas, Possibilidades de expressão
expressão corporal, tipos corporal através de
de sons, encenações de Mímicas representando os
contos e histórias regionais, diferentes povos,
mímicas, dramatizações; profissões e etnias;
Representação de
(EF12EF11)
Conhecimentos do seu atividades sociais através
corpo e vivências com a da dramatização;
dança; aspectos do corpo
dançante; aspectos rítmicos Dança e Expressões
e de movimentos; aspectos Rítmicas:
do corpo dançante em Percepção e representação
grupos. de histórias dramatizando
com o corpo.
DANÇAS

Danças do contexto Linguagem da Cultura


comunitário e regional; Esportiva:
A linguagem dos
Movimentos e expressão movimentos do corpo em
corporal, teatro, mímica, jogos infantis populares
dança e seus elementos; (jogos que a criança brinca
Conhecimentos sobre com outras crianças em
espaço, tempo, ambientes sociais);
conhecimento sobre
aspectos coreográficos e Dança e Expressões
contextuais da dança; Rítmicas:
O corpo como elemento
Linguagem Corporal: rítmico em atividades (EF12EF12)
Ampliação das vivências lúdicas individuais, em
das condutas psicomotoras duplas, e jogos coletivos
e o reconhecimento de com destaque a produção
criação do corpo no espaço de sons e ritmos através da
(organização espacial, imitação de sons (animais e
organização temporal e personalidades)
estruturação espaço e criação de sons com a
temporal), do corpo em boca;
movimento nas ações óculo O movimento rítmico do
pedal; corpo

30
31
UNIDADE
TEMÁTICA OBJETOS DE CONHECIMENTO HABILIDADES
Brincadeiras e jogos Conceitos e tipos de jogos de Possibilitar conhecimentos
populares do Brasil e do perseguição e populares em sobre jogos africanos através
mundo; círculo, deslocamento, de vídeos;
individual e em dupla;
Brincadeiras e jogos de Vivenciar brincadeiras dos
matriz indígena e africana; Brincadeiras com ritmos povos indígenas como: arranca
Possibilitar o conhecimento variados, jogos com e sem mandioca, perna de pau, piões (EF35EF01)
da história dos jogos materiais como: pega pega, dos gabili do Oiapoque,
indígenas e africanos através queimada; brincadeiras dos Yudja.
de vídeos e adaptações para
vivências;

Brincadeiras e jogos Torneios recreativos de jogos Vivenciar jogos indígenas como


populares do Brasil e do populares; arco e flecha (adaptação),
mundo; corrida com tora (adaptação),
Linguagem da Cultura cabo de guerra, corrida;
Brincadeiras e jogos de Esportiva:
matriz indígena e africana; Utilização e reaproveitamento Fazer adaptações para
de materiais através da vivenciar jogos Africanos como:
Jogos Populares: Discussão construção de brinquedos Mancala (um dos jogos mais
construção das regras dos (sucatoteca); antigo do mundo), marabaraba
jogos: variações (velocidade, ou um labalaba, zamma jogo (EF35EF02)
ritmos de execução, Vivência e reconstrução dos parecido com a dama).
BRINCADEIRAS E JOGOS

diversificação da esportes socialmente Reconhecimento dos Jogos


estruturação); aprendidos Cooperativos como
(peteca/bolinha de gude, possibilidade de ação motora
pipa/ prazerosa e solidária;
papagaio, bets, boliche);

Brincadeiras e jogos Breve histórico do bet’s, Linguagem da Cultura


populares do Brasil e do Regras (discussão e Esportiva:
mundo; reconstrução) Bets com Jogos de perseguição (vivência,
variações (balaustra, cabo de criação e estabelecimento de
Brincadeiras e jogos de guerra); regras);
matriz indígena e africana;
Linguagem Corporal: Possibilitar o conhecimento da
Jogos Populares: O corpo humano nas cultura Africana e Indígena
Históricos, regras, discussões diferentes através de vídeo-aulas;
e reconstrução; manifestações da velocidade,
agilidade e força (as diferenças Conhecer os jogos Africanos (EF35EF03)
Histórico da queimada; destas manifestações no ser como: jogos de memória, de
Regras (discussão e humano). tabuleiro entre outros.
reconstrução); queimada de
pet, com os pés, de Rei,
queimada de três ou quatro
cantos e queima troca;

Linguagem da Cultura Vídeos de Jogos Africanos e


Brincadeiras e jogos Esportiva: Indígenas com adaptações para
populares do Brasil e do Linguagem dos movimentos do a prática;
mundo; corpo em jogos populares
coletivos de disputa e jogos Exposição de pesquisas sobre
Brincadeiras e jogos de pré-desportivos; jogos africanos e indígenas e (EF35EF04)
matriz indígena e africana; exposição para conhecimento
Vivenciar variações, criar e do público escolar e
modificar regras; comunidade.

32
UNIDADE TEMÁTICA OBJETOS DE CONHECIMENTO HABILIDADES

Esportes de campo e taco


Breve histórico dos jogos
Esportes de rede/parede
olímpicos, jogos pré-
Esportes de invasão;
desportivos;
Conhecimentos e participação
Vivenciar variações, criar
(EF35EF05)
em jogos
e modificar regras de
esportivos/atletismo(invasão);
esportes de rede/parede
e de invasão;
ESPORTES

Esportes de campo e taco


Vivenciar de todas as
Esportes de rede/parede
formas possíveis os
Esportes de invasão;
esportes de campo, taco,
rede/parede e invasão
Linguagem da Cultura
como: Futebol, beisebol,
Esportiva:
tapembol, futsal,
Reconhecimento, práticas e
handebol, ultimate
(EF35EF06)
análise de situações pré-
frisbee, basquete,
desportivas de modalidades
handebol, badminton,
esportivas dos Esportes Básicos
peteca, tênis de campo,
Comuns;
tênis de mesa, voleibol
entre outros.

33
UNIDADE
TEMÁTICA OBJETOS DE CONHECIMENTO HABILIDADES
GINÁSTICA GERAL
Espacate, rolamentos para frente com pernas estendidas e pernas (EF35EF07)
afastadas
GINÁSTICA GERAL Linguagem Corporal: Conhecimentos e
Parada de mãos, Aprimoramento da compreensão sobre
montagem de séries coordenação ginástica; Classificação da
utilizando os movimentos motora para através do ginástica e a
já trabalhados refinamento dos intencionalidade dos sujeitos (EF35EF08)
anteriormente; movimentos locomotores (saúde, estética,
melhorar as habilidades apresentação da ginástica
complexas manipulativas; geral e rendimento).

Danças do Brasil e do
Dança e Expressões
mundo;
Rítmicas:
Montagem de coreografia e
Danças de matriz indígena
confecção de vestimentas
e africana
Sequenciamento didático das danças folclóricas;
Conhecimento das danças
para vivenciar as danças Dança e Expressões (EF35EF09)
GINÁSTICA - DANÇA

folclóricas locais e
populares; Rítmicas:
regionais;
- Ginástica rítmica (bolas e
cordas) movimentos
diversos e montagem de
coreografias.

Danças do Brasil e do Danças de matriz indígena e


Vivências das diferentes
mundo; africana;
Exploração das diversas
formas de manifestação da (EF35EF10)
cultura brasileira.
danças da região norte;

Danças de matriz indígena e


Danças do Brasil e do
africana Conhecer através de vídeos e
mundo;
Vivenciar danças folclóricas vivenciar com adaptações (EF35EF11)
das regiões brasileiras danças indígenas e africanas.
através de vídeos;
Danças do Brasil e do
mundo;

Danças de matriz indígena


e africana
Dança e Expressões Tematizar danças africanas
Montagem e criação de
Rítmicas: como: o ahouach, o guedra,
coreografias dos vários
Dramatização de situações o schikatt, a gnawa, a
estilos de dança;
cotidianas que envolvam a kizomba e o semba. e
diversidade cultural e o meio danças indígenas (EF35EF12)
Criação e apresentações
ambiente valorizando o como:Acyigua, Atiaru,
de coreografias retratando
contexto regional (lendas e Buzoa, Da onça, Da onça,
fatos históricos através
rituais). Kahê-Tuagê, Uariuaiú
das dramatizações;

34
UNIDADE
TEMÁTICA OBJETOS DE CONHECIMENTO HABILIDADES
Lutas do contexto
comunitário e
regional;

Lutas de matriz
As diversas linguagens
indígena e africana
das lutas
Apresentação das
e artes marciais
modalidades de Conhecer as
dentro de uma
lutas;
abordagem lúdica e
características gerais (EF35EF13)
das lutas indígenas e
crítica levando em
Conhecimentos dos africanas.
consideração a
fundamentos
realidade local;
básicos e as ações
motoras da
modalidade;

Lutas do contexto
comunitário e
LUTAS

regional;
Caracterização das
Preconceitos sobre as
Lutas de matriz
lutas regionais,
diferentes lutas;
(EF35EF14)
indígenas e africanas;
indígena e africana

Lutas do contexto
comunitário e
regional;
Classificação das
Lutas de matriz distâncias das lutas;
indígena e africana; Conhecer as lutas
Classificação das Contextualizar e indígenas e Africanas.
(EF35EF15)
lutas com ênfase nas diferenciar brigas e
lutas regionais; luta

35
36
UNIDADE
OBJETOS DE CONHECIMENTO HABILIDADES
TEMÁTICA

Contribuição dos
Jogos eletrônicos;
jogos eletrônicos
Estratégias de
de movimento
Jogos eletrônicos transformação nas
BRINCADEIRAS E JOGOS

para a saúde e
de movimento; regras idealizando
bem-estar;
o trabalho coletivo
Jogos e o protagonismo;
Jogos de outras
Cooperativos;
culturas; (EF67EF01)
Evolução dos jogos
(EF67EF01.1R0)
Jogos dos Povos eletrônicos;
Jogos e (EF67EF02)
indígenas;
brincadeiras
Jogos eletrônicos x
aquáticas;
Jogos populares, Jogos de
Jogos de Tabuleiro; movimento e sua
O Tapembol:
relação
sistemática do
hipocinética;
jogo e principais
regras.

37
UNIDADE
OBJETOS DE CONHECIMENTO HABILIDADES
TEMÁTICA

O esporte como forma


Fundamentos básicos
integrante do
dos esportes;
repertório motor
identificando e
Estratégias de jogo;
Esportes de marca; executando os
Esportes de precisão; movimentos esportivos;
Riscos e benefícios
das práticas
Esportes de invasão; A importância dos
esportivas;
meios de segurança e (EF67EF03)
Esportes técnico- higiene para a prática (EF67EF04)
ESPORTES

Regras: significados;
combinatórios do esporte e da (EF67EF04.1RO)
Esportes atividade física (EF67EF05
Eventos: olimpíadas,
cooperativos; Riscos e benefícios da (EF67EF06)
festivais
prática esportiva; (EF67EF06.1RO)
campeonatos;
A contextualização (EF67EF07)
histórica dos esportes O potencial do esporte (EF67EF07.1RO)
Práticas esportivas
básicos comuns e sua no desenvolvimento de
vivenciadas na
relação com as atitudes e valores éticos
comunidade e em
experiências corporais e democráticos;
outras culturas;
adquiridas;
A inclusão no contexto
A cooperação e
esportivo: o esporte
hipercompetitividade
como ferramenta
no esporte;
educacional para todos.

38
UNIDADE
OBJETOS DE CONHECIMENTO HABILIDADES
TEMÁTICA

Análise das diferentes


possibilidades sociais da
dança e sua
A Ginástica e suas
manifestação na
diferentes modalidades Diferenças entre
sociedade;
e suas contribuições flexibilidade e
para o alongamento;
Dança e relações de
desenvolvimento das
gênero;
habilidades motoras de Elementos
base; constitutivos da dança:
A dança como
Função dos ossos, formas, espaço, tempo;
possibilidade de
músculos e articulações O corpo na dança e nos
superação de
GINÁSTICA E DANÇA

na execução dos movimentos


preconceitos dentro das
movimentos ginásticos; expressivos; (EF67EF08)
relações sociais entre
homens e mulheres; (EF67EF09)
Ginástica de Dança como meio de (EF67EF10)
condicionamento desenvolvimento de
A interação com EF67EF11)
físico; valores e atitudes;
diferentes grupos sociais (EF67EF11. 1RO
Conhecimentos das Vivências,
e étnicos na dança; EF67EF12)
estruturas físico- conhecimento e
anatômicas envolvidas identificação dos (EF67EF13)
Vivenciar as (EF67EF13.1RO)
no movimento (função diferentes tipos de
manifestações da cultura
nos movimentos danças urbanas
popular brasileira em
ginásticos). Danças (elementos básicos);
particular da Região
urbanas;
Norte para
O estudo do
aprendizagem de
Danças Regionais; movimento e das
movimentos e
As vivências corporais habilidades motoras
expressões corporais;
dos movimentos específicas envolvidas
culturais de Rondônia nas danças urbanas;
A ressignificação dos
(quadrilha, Boi-Bumbá,
grupos sociais e as
e etc.); As danças como
atividades rítmicas e
representação da
expressivas para
cultura: Afro-brasileira;
compreensão do
respeito às diferenças.

39
UNIDADE
OBJETOS DE CONHECIMENTO HABILIDADES
TEMÁTICA

Formas de
Classificação das
Lutas;

As lutas baseadas nas


distâncias:
LUTAS E PRÁTICAS CORPORAIS DE AVENTURA

Lutas no Brasil; Capacidades de


Práticas corporais de
Jogos de Ataque e enfrentamento físico
aventura urbanas;
defesa; direto;
A natureza como fonte
As diferenças entre
e local para a realização
lutas e brigas; As ações de caráter (EF67EF14)
de esportes;
simultâneo e (EF67EF15)
Os diversos esportes imprevisibilidade na (EF67EF16)
As diversas atividades
de luta e suas luta; (EF67EF17)
físicas e práticas de
peculiaridades (ações (EF67EF18)
esportes em contato
motoras de acordo Interações nas luta (EF67EF18.1RO)
com a natureza;
com a realidade); estabelecendo (EF67EF19)
relações equilibradas (EF67EF20)
Conhecimento, vivência
Apresentação das e construtivas com os (EF67EF21)
e montagem de
principais artes outros;
percurso de Corrida de
marciais, do boxe e
Orientação (Enduro a
demais lutas Respeito às
pé) e participação em
praticadas no Brasil; características físicas
trilhas ecológicas e etc.
e de desempenho de
si próprio e dos
outros, sem
discriminar por
características
pessoais, físicas,
sexuais ou sociais;

40
41
UNIDADE
OBJETOS DE CONHECIMENTO HABILIDADES
TEMÁTICA

O esporte como forma


integrante do
repertório cultural,
conhecendo e
Fundamentos básicos
executando o
do tapembol:
refinamento das
Estratégias de jogo;
estratégias de jogo de
Riscos e benefícios
cada modalidade;
dos esportes;
Esportes de Regras: significados;
Identificação e
rede/parede;
realização das
Eventos: olimpíadas,
diferentes formas de
Esportes de campo e festivais
organização de eventos
taco; campeonatos;
esportivos na
(EF89EF01)
ESPORTES

comunidade escolar e
Esportes de invasão; Práticas esportivas (EF89EF02)
na comunidade em
vivenciadas na
geral; (EF89EF03)
Esportes de combate; comunidade e em
outras culturas; (EF89EF04)
Compreender o esporte (EF89EF05)
A contextualização
como uma opção de
histórica dos esportes; A cooperação e
lazer (esporte
(EF89EF06)
hipercompetitividade
participação) e o
O Tapembol: Esporte no esporte;
entendimento do
Alternativo que
esporte como espaço de
evidencia o jogo Riscos e benefícios da
respeito às diferenças;
coletivo; prática esportiva;
Esporte e inclusão
Entendimento de
(Paraolímpicos);
preenchimento de
súmulas dos Esportes
Análise e compreensão
Básicos Comuns.
do esporte de
rendimento em seus
múltiplos aspectos
(positivos e negativos).

42
UNIDADE
OBJETOS DE CONHECIMENTO HABILIDADES
TEMÁTICA

Os efeitos do exercício
Ginástica em grupo e
físico sobre o
suas possibilidades no
organismo e a saúde:
ambiente escolar;
benefícios, riscos,
Ginástica de indicações e
A Ginástica como
condicionamento contraindicações;
promotora de saúde,
físico;
lazer e qualidade de
O exercício físico e sua
vida;
Ginástica de relação com a cultural
conscientização corporal e
A Importância da
corporal; conhecimento das
ginástica corretiva como
GINÁSTICAS

potencialidades do
meio prevenção à
(EF89EF07)
Perceber o corpo e o corpo em movimento; (EF89EF08)
desvios posturais como
desempenho físico
(escoliose, lordose e (EF89EF09)
motor como referência - Os tipos de força:
cifose); (EF89EF10)
do esforço realizado; estática, dinâmica,
isométrica, explosiva (EF89EF11)
Ginástica e mídia:
A importância dos entre
Análise crítica dos
(EF89EF11.1RO
exercícios e métodos outras;
padrões de beleza,
de alongamento e as
estética e desempenho
estruturas Reconhecimento do
em detrimento à saúde e
neuromusculares exercício físico para a
as dietas como recursos
envolvidas para o prevenção e
para atingir estes
desenvolvimento da reabilitação das
padrões impostos pela
cultura corporal; doenças crônico-
mídia;
degenerativas
(diabetes,
O Sedentarismo e seus
dislipidemias, entre
efeitos.
outros);

43
UNIDADE
OBJETOS DE CONHECIMENTO HABILIDADES
TEMÁTICA

Danças de salão;

O corpo na dança e
Lutas no Mundo;
nos movimentos
expressivos;
Contextualização
histórica das Lutas;
Composição de
pequenas
Tipos de lutas
coreografias a partir
praticadas no mundo;
de temas, materiais
ou músicas;
As lutas de
demonstração;
DANÇAS E LUTAS

Dramatização, Vivências práticas das


através do artes marciais (karatê, (EF89EF12)
As diferenças entre
movimento das
lutas e brigas;
judô, taekwondo, do (EF89EF13)
danças de salão, boxe entre outras); (EF89EF14
através de fatos, de
histórias e fantasias;
A luta profissional
Festival de Jogos de (EF89EF15)
como ferramenta de (EF89EF16)
lutas;
ascensão social;
A contextualização da (EF89EF17)
dança na mídia; Lutas, trabalho e
As principais técnicas
consumo;
(EF89EF18)
e estratégias de
Organização de
desequilíbrio,
situações que
contusão,
possibilitam a
imobilização, ou
promoção e
exclusão de um
realização de mostras
determinado espaço
de danças para a
na combinação de
comunidade escolar e
ações de ataque e
comunidade geral;
defesa;
Experimentos de
ritmos de outros
Países;

44
UNIDADE
OBJETOS DE CONHECIMENTO HABILIDADES
TEMÁTICA
PRÁTICAS CORPORAIS DE AVENTURA

Análise de
Opções de lazer
atividades
com a natureza, as
corporais
oportunidades
praticadas em
Práticas corporais reais do estado de
ambientes
de aventura na Rondônia; (EF89EF19)
abertos e
natureza; (EF89EF19.1
próximos da
O meio ambiente e
A importância da
natureza;
as possibilidades de
RO)
prática Esportiva vivências em (EF89EF20)
Conhecimento e (EF89EF21)
na natureza; esportes de
vivência da região
aventura (tirolesa,
amazônica e a
rapel, escalada,
possibilidade do
canoagem e
turismo ecológico;
outros).

45
Para Haroow (1984) o movimento primitivo é inerente do ser humano
desde o ventre, após o nascimento as ações como: correr, pular, subir,
levantar, carregar, pendurar e lançar são constantes na criança da educação
infantil. O refinamento desse comportamento motor deve ser evidenciado na
primeira transição (ensino infantil para o fundamental) .
É extremamente importante que a criança tenha adquirido um know-how
motor estruturante com as atividades recreativas desenvolvidas na educação
infantil. Não obstante respeitando os movimentos oriundos do dia a dia deles.
Os alunos do ensino fundamental – Anos Iniciais possuem modos próprios
de vida e múltiplas experiências pessoais e sociais, o que torna necessário
reconhecer a existência de infâncias no plural e, consequentemente, a
singularidade de qualquer processo escolar e sua interdependência com as
características da comunidade local. O brincar ainda é extremamente
necessário, pois trata-se de um vínculo com as atividades desenvolvidas na
educação Infantil, entretanto os alunos começam a protagonizar situações do
cotidiano dentro do ambiente escolar.
A educação física será o alicerce de fundamentação do saber brincar com o
saber fazer, proporcionando ao aluno experienciar vivências novas dentro do
contexto da cultura corporal do movimento, fazendo-o compreender –se como
sujeito ativo no meio em que vive.
São nos anos finais que os estudantes se deparam com inúmeras
situações que podem afetar significativamente todo o seu desenvolvimento
pessoal. A sistematização dos estudos, o aumento do número de
professores, a complexidade nas interações, as mudanças fisiológicas e
psicossociais que discorrem uma gama de processos que devem ser
compreendidos e organizados dentro de um contexto escolar e social.
A educação física nos anos finais visa proporcionar aos estudantes uma
maior inter-relação com todo o ambiente escolar, aliando todos os processos
cognitivos com o movimento corporal.
Tornando-o sujeito participante, transformador e crítico em todas as
relações existentes no ambiente escolar.
Constata-se que o aluno passa apenas 04 horas diárias dentro da escola,
as outras 20h do dia ela executa uma gama de movimentos dentro de casa e
da comunidade. Cabe ao professor incentivá-lo a otimizar as ações motrizes
com a tematização das práticas corporais.

46
Torna-se imprescindível para a Educação Física escolar o
direcionamento que a BNCC proporcionou para o componente.
Vislumbrando um cenário histórico a educação física já passou por
diversas tendências e abordagens didático-metodológicas porém faltava-
nos material didático, que possivelmente deixava aberto ao professor a
iniciativa de quais metodologias utilizar e a melhor prática pedagógica
para sua ação. Nessa ótica a educação física no contexto escolar tinha
como objetivo a replicação de movimentos otimizados visando
resultados esportivos em sua maioria.
A BNCC propõe as aprendizagens essenciais, ou seja, o que seria o
mínimo necessário para os alunos aprenderem ao final da
educação básica, e um ensino por competências que valoriza o
saber fazer, que é um conhecimento muito presente nas aulas de
Educação Física, ela propõe uma progressão entre os anos
organizados em biênios e triênios, ou seja os mesmos objetos de
conhecimento e temáticas são propostos em grupos de dois ou
três anos.
Infelizmente a educação física está em atraso no que diz respeito a
conceitos sobre progressão quando comparados aos demais
componentes. Vide o contexto que já citamos. Tudo ainda é muito novo
e vai demandar de muita reflexão e análise das práticas pedagógicas.
Levaremos em consideração a citação a seguir:

”Progressão das aprendizagens, que se explicita na


comparação entre os quadros relativos a cada ano (ou bloco
de anos), pode tanto estar relacionada aos processos
cognitivos em jogo – sendo expressa por verbos que indicam
processos cada vez mais ativos ou exigentes – quanto aos
objetos de conhecimento – que podem apresentar crescente
sofisticação ou complexidade –, ou, ainda, aos modificadores
– que, por exemplo, podem fazer referência a contextos mais
familiares aos alunos e, aos poucos, expandir-se para
contextos mais amplos.”(BNCC,pag.31)

47
A citação da BNCC acima evidencia a progressão através de uma
comparação com os quadro curriculares durantes os anos, progressão dos
verbos que direcionarão os aprendizados (TAXONOMIA DE BLOOM).
Porém a educação física encontra-se distribuída em blocos com
biênios e triênios.
Alguns textos relacionados especificadamente a educação física
denotam alguns critérios para trabalhar a progressão:

• Complexidade na execução das ações motrizes, escolha de modalidades


menos familiares ou que exijam diferentes solicitações físicas.

• Complemento ou aprofundamento dos modificadores das habilidades, de


acordo com a sua escola.

“Por exemplo: (EF35EF13) Experimentar, fruir e recriar diferentes lutas


presentes no contexto comunitário e regional e lutas de matriz indígena e
africana.

Como complemento e aprofundamento dessa habilidade, poderíamos


propor uma progressão dessa habilidade complementando seu
modificador, assim:

Experimentar, fruir e recriar diferentes lutas presentes no contexto


comunitário e regional e lutas de matriz indígena e africana, reconhecendo
as habilidades motoras requisitadas nessas lutas em outras práticas
corporais e em outras situações do dia a dia.” (IMPULSIONA, 2019).

48
• Protagonismo e organização coletiva;
• Possibilitar os alunos a organizarem atividades baseadas nos
conhecimentos tácitos onde eles possam pesquisar sobre
espaços, materiais utilizados, essencialidade motora e as ações
que ocorrem tanto no espaço em que vivem quanto na escola.
• Transferir para o dia a dia aprendizagens das aulas de
Educação Física e compará-las com as ações motrizes do
cotidiano.

49
AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO
FÍSICA

A Educação Física teve diferentes objetivos pedagógicos e avaliativos desde a sua


implementação na escola, originando as tendências Higienista, Militarista, Esportivista,
Popular e Pedagógica, sendo essa última diversificada em abordagens de ensino que
contemplam antigas e novas propostas de trabalhar os conteúdos, mas que apresentam
embasamento pedagógico, o que dificilmente ocorria no passado.

A avaliação do ensino-aprendizagem foi utilizada nas diversas tendências conforme quadro


abaixo:

• Tabela 1. Objetivos de ensino e as práticas avaliativas na Educação Física escolar

Tendências Objetivos de Critérios de Aspectos Forma de


ensino avaliação Avaliativos Avaliação
Controle médico- Hábitos de higiene Capacidades físicas Cultura do exame
sanitarista e aptidão física
relacionada ao
Higienista desempenho
Formação do corpo Aptidão física Capacidade físicas Cultura do exame
Militarista forte e saudável relacionada ao
desempenho
Aprimoramento Técnicas de Capacidade físicas Cultura do exame
das técnicas execução dos
esportivas e movimentos e
Esportivistas capacidades físicas aptidão física
relacionado ao
desempenho
Formação politico - Atitudes críticas Capacidades sócio- Cultura de
Popular social nas relações efetivas avaliação
sociais
Desenvolver Atitudes sócio – Capacidades
competências e afetivas e físicas, sócio-
habilidades sobre educativas; afetivas e
os temas aptidão física cognitivas, Cultura da
Pedagógico relacionados ás relacionada á dependendo da avaliação
práticas corporais saúde; abordagem de
conhecimento ensino
tm
teórico-prático

50
AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO
FÍSICA
Sabemos que a avaliação durante a aula é Para Jussara Hoffmann (2012),
tão importante quanto os objetivos a avaliação mediadora propõe um modelo
estabelecidos. Na Educação Física não é baseado no diálogo e aproximação do
diferente, pois é avaliando que podemos professor com o seu aluno de forma que
diagnosticar experiências e reorientá-la
as práticas de ensino sejam repensadas e
buscando assim um melhor resultado.
modificadas de acordo com a realidade
Devemos ter consciência que avaliar deve
servir para subsidiar o professor a constatar sociocultural de seus alunos, nesta
se sua prática pedagógica foi ou está sendo perspectiva o erro é considerado como
realmente efetiva. parte do processo na construção do
De acordo com Luckesi (1995), a prática conhecimento.
escolar usualmente denominada avaliação da As transformações de processo
aprendizagem tem pouco a ver com aprovar. avaliativo são multidimensionais. Uma
Ela é basicamente constituída de grande questão é envolve valor, e valor
provas/exames, sendo que esse processo envolve pessoa. Hoffmann entende que há
refere-se a um acompanhamento da quatro tipos de avaliação nas escolas
aprendizagem. Daí a importância de atuais: diagnóstica, formativa, comparativa
entendermos que avaliar na Educação Física e somativa.
deve ser um processo de diagnosticar uma
experiência buscando reorientá-la para
produzir resultados melhores, mas não com
intuito classificatório, seletivo e/ou
excludente.

Avaliação diagnóstica: é usada para “diagnosticar” o que um aluno sabe e o que não sabe.
Normalmente acontece no início de uma nova fase da educação e abrange tópicos que serão ensinados
aos alunos nas próximas aulas;
Avaliação formativa: usada para medir a aprendizagem do aluno durante a aula. Ela é informal, vale
pouca nota, é utilizada ao longo de uma palestra e é desenvolvida para dar aos alunos a oportunidade de
mostrarem que compreenderam o assunto.
Avaliação comparativa: Utilizada para Verificar se os alunos dominam um tópico do conteúdo. Aplicada
durante ou depois de uma aula e abrange uma parte do material. Ao contrário das avaliações
diagnósticas, os alunos devem dominar o conteúdo desse processo formativo.
Avaliação somativa: é utilizada como uma forma de controle no final do ano ou do curso para avaliar
quantos conteúdos os alunos aprenderam no geral. Esse tipo de avaliação é semelhante à avaliação
comparativa, mas abrange tudo o que os alunos aprenderam ao longo do ano.

51
CRITÉRIOS PARA AVALIAÇAO DE
APRENDIZAGEM EM EDUCAÇÃO FÍSICA
Na avaliação em Educação Física alguns critérios devem ser
observados levando em consideração as dimensões de conhecimentos
para o componente Curricular Educação Física como podemos observar
no quadro abaixo:

DIMENSÕES DO CONHECIMENTO

Aspectos de habilidades procedimentais de


utilização, aplicação, experimentação, uso e
Saber fazer apropriação dos conhecimentos em relação
aos movimentos realizados em diversas
situações do cotidiano, lazer e outras práticas
corporais.

Aspectos de habilidades de compreensão,


Saber sobre análise e reflexão sobre os movimentos
realizados nas práticas corporais..

Compreende a capacidade de demonstrar a


Saber mudança de comportamento, respeitando e
valorizando as diferenças no movimentar -se
relacionar - se contido no contexto cultural para atuação em
sociedade.

Capacidade de demonstrar gosto, prazer,


fruição e apreço em movimentar -se
considerando diversos contextos sociais e
Saber situações presentes nas práticas corporais,
transformando e adaptando o meio social
relacionar - se para realiza – las de forma individual ou
coletiva.

Adaptado de:
Livro Encontros Educação Física - FTD

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CRITÉRIOS PARA AVALIAÇAO DE
APRENDIZAGEM EM EDUCAÇÃO FÍSICA
A LDB estabelece que o caráter qualitativo na escola deve prevalecer
sobre o quantitativo, ela está determinando justamente um repensar
SUGESTÕES DE FERRAMENTAS PARA AVALIAÇÃO DE APRENDIZAGEM
sobre a questão de atribuição de notas e de médias aritméticas, mas os
professores convivem com um dilema com a questão das notas. Eles
atribuem notas por determinação das escolas, que justificam o agir de
acordo com determinação do sistema. Assim, avaliar é um ato
criterioso, difícil e de muita responsabilidade que deve levar em conta
as habilidades trabalhadas nas sequências didáticas e a individualidade
de cada aluno.

RODA DE PAINÉIS GRAVAÇÕES DE SITUAÇÕES


CONVERSA COLETIVOS VÍDEOS PROBLEMA

APRESENTAÇÃO REDAÇÃO DE
REGISTROS(visuais PRODUÇÃO DE
DE ATIVIDADES MATERIAIS
e escritos) MURAIS
PRÁTICAS ESCRITOS

OBSERVAÇÃO
EXPOSIÇÃO DE ELABORAÇÃO DE
DENTRO E FORA AUTO AVALIAÇÃO
CARTAZES PORTFÓLIOS
DA ESCOLA

Adaptado de:
Livro Encontros Educação Física - FTD

Assim temos a possibilidade de realizar uma avaliação onde não devemos


exigir a perfeição dos movimentos, mas sim considerar a participação e
envolvimento de cada aluno nas atividades propostas, buscando uma avaliação
contínua no processo ensino e aprendizagem.
As avaliações mais importantes são as que orientam o ensino, integradas ao
processo de aprendizagem, e não simples provas periódicas que exigem notas ou
resultados.

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Todo nosso percurso desde a redação dos conteúdos no
referencial curricular de Rondônia direcionados pela Base
Nacional Comum Curricular até a construção desse caderno de
apoio, foi pautada na construção coletiva.
Apesar dos pesares, sempre fomos a procura de colegas da área
e de outras objetivando produzir materiais de qualidade para
apoiá-los. A escassez de materiais didático-pedagógicos para o
nosso componente, aumenta ainda mais a responsabilidade com
esse conteúdo.
Nessa construção coletiva, todas as sugestões foram enviadas
por professores de educação física de todo o estado de
Rondônia e até de fora dele, são profissionais que estão dentro
das escolas na linha de frente, vivenciando diariamente as
dificuldades e obstáculos que o caminho docente nos
proporciona. Aproveitamos para agradecer a todos que
colaboraram com esse trabalho, a ajuda de vocês foi primordial!
Gratidão é a palavra que resume isso! Como diz a Mara: “Juntos
somos mais fortes”! Obrigado!

Alan Raniere e Cleidimara Alves.

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O Tapembol foi criado em 2007, na cidade de Caeté em Minas Gerais,
pelo professor de Educação Física Marco Aurélio Cândido Rocha. O jogo
tem como objetivo gerar inclusão social justamente por permitir que todas as
pessoas, independente de privações físicas ou idade possam participar. O
esporte surgiu por meio de experiências com os estudantes nas aulas de
Educação Física do Colégio CEW PROMOVE, o Centro Educacional
Washington de Paula e Silva. Os primeiros toques na bola aconteceram em
uma roda de “Peruzinho”, conhecido em outras regiões como “Bobinho”
(TAPEMBOL, 2017).
A modalidade chegou em Rondônia- através do IV Congresso de Educação
Física e esporte Escolar no ano de 2018, onde os professores da rede
pública municipal e estadual de Rondônia receberam formação específica
da modalidade. O tapembol foi inserido como objeto de conhecimento no
Referencial Curricular de Rondônia na temática “Brincadeiras e Jogos” do 1º
ao 5° ano,(anos iniciais) e na temática “Esportes” nos anos finais 6º ao 9°
ano.
As atividades sugeridas a seguir foram idealizas e disponibilizadas pelo
criador da modalidade o Professor Marco Aurélio Cândido Rocha a qual
estendemos nossos imensos agradecimentos.

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Links

TAPEMBOL
• A história do Tapembol e os fatos de sua criação
• Link: https://www.youtube.com/watch?v=cWrkf9fDjr0&t=17s
• As Regras Gerais do Tapembol (Como se joga)
• Link: https://www.youtube.com/watch?v=Id4Deghx3Fo&t=4s
• O Tapembol na Televisão
• Link: https://www.youtube.com/watch?v=rX2gC6x6yD0&list=PLnujF-o6-TVaRWMjOORo4_4HCJMtGK-uQ
• RODA DE TOQUES
• Link: https://youtu.be/mWv1GXZMkMA
• TAPEMBOL BRINCANTE
• Link: https://youtu.be/smjVo4DqoKA
• GRUPO DE TOQUES:
• Link: https://www.youtube.com/watch?v=8q9NSXp-eXI&t=45s
• TAPEM DUPLA:
• Acesse o link https://www.youtube.com/watch?v=vT2dhqpo0h8
• CONDUÇÃO AO GOL:
• Recreação e Fundamentos - Link: https://youtu.be/fsrBnKJaaIk
• Assista uma partida: https://www.youtube.com/watch?v=0hDaRijRLsU
• A história do Tapembol e o Tapembol na Televisão
• Link: https://www.youtube.com/watch?v=cWrkf9fDjr0&t=17s
• Link:https://www.youtube.com/watch?v=rX2gC6x6yD0&list=PLnujF-o6-TVaRWMjOORo4_4HCJMtGK-uQ
• As Regras Gerais do Tapembol (Como se joga)
• Link: https://www.youtube.com/watch?v=Id4Deghx3Fo&t=4s
• Recreação e Fundamentos - Link: https://youtu.be/fsrBnKJaaIk
• Regras Gerais do Tapembol (A quadra, a bola e os jogadores)
• Link: https://tapembol.com.br/como-se-joga/
• A arbitragem (Componentes e a súmula de partida)
• Link: https://www.youtube.com/watch?v=ZjLakNmeMHI&t=4s
• GRUPO DE TOQUES:
• Link: https://www.youtube.com/watch?v=8q9NSXp-eXI&t=45s
• Mini Tapem
• Link: https://youtu.be/8q9NSXp-eXI
• Tapembol Brincante: Tapem Dupla (https://www.youtube.com/watch?v=vT2dhqpo0h8
• Recreação e Fundamentos - Link: https://youtu.be/fsrBnKJaaIk
• Tapem da Velha: Link: https://www.youtube.com/watch?v=-Yk_97-5NYY
• Derruba Tapem link https://www.youtube.com/watch?v=aHPwduqncKI

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Links

EDUCAÇÃO FÍSICA

Nova Escola:
https://novaescola.org.br/conteudo/461/10-livros-essenciais-para-o-professor-de-educacao-fisica
https://novaescola.org.br/conteudo/1231/4-etapas-para-trabalhar-dancas-na-educacao-fisica
https://novaescola.org.br/bncc/conteudo/115/a-bncc-e-a-educacao-fisica-na-escola-passos-a-frente
https://novaescola.org.br/conteudo/1544/a-dispensa-em-educacao-fisica-quer-dizer-que-o-aluno-nao-precisa-praticar-atividades-nem-
comparecer-a-aula
https://novaescola.org.br/conteudo/7740/a-educacao-fisica-mudou-para-melhor-agora-ela-e-de-todos
https://novaescola.org.br/conteudo/5419/adaptacao-de-observacao-e-representacao-da-paisagem-nas-aulas-de-educacao-fisica
https://novaescola.org.br/conteudo/8616/a-educacao-fisica-mudou-e-sua-aula
https://novaescola.org.br/conteudo/1400/atividades-em-video-nas-aulas-de-educacao-fisica
https://novaescola.org.br/conteudo/3923/aulas-de-educacao-fisica-na-eja
https://novaescola.org.br/conteudo/12980/bncc-e-educacao-fisica-o-que-voce-precisa-saber
https://novaescola.org.br/bncc/conteudo/116/veja-referencias-para-planejar-suas-aulas
https://novaescola.org.br/conteudo/5695/circo-na-educacao-fisica
https://novaescola.org.br/conteudo/1219/como-avaliar-na-educacao-fisica
https://novaescola.org.br/bncc/conteudo/112/passo-a-passo-para-planejar-suas-aulas

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GLOSSÁRIO BNCC

Determina a colaboração entre as três esferas do governo: a União; os


REGIME DE COLABORAÇÃO
estados e o Distrito Federal; e os municípios.

EAD Educação a Distância


EJA Educação Jovens e Adultos
Destina-se aos educandos com deficiências e deve ser oferecida
EDUCAÇÃO ESPECIAL
preferencialmente na rede regular de ensino.

EDUCAÇÃO PRESENCIAL É o ensino convencional, no qual estão presentes o aluno e o professor

Em seu texto, a BNCC compreende a educação integral como o direito da


EDUCAÇÃO INTEGRAL
formação e desenvolvimento global do estudante
Conforme a legislação educacional, trata-se do que os estudantes devem
aprender na Educação Básica, em cada ano, garantindo um conjunto de
conhecimentos comuns (essencial) e um conjunto de competências, para
DIREITOS E OBJETIVOS DE que tenham a capacidade de mobilizar e aplicar o conhecimento dentro de
APRENDIZAGEM E seu contexto. Conforme a legislação educacional, trata-se do que os
DESENVOLVIMENTO estudantes devem aprender na Educação Básica, em cada ano, garantindo
um conjunto de conhecimentos comuns (essencial) e um conjunto de
competências, para que tenham a capacidade de mobilizar e aplicar o
conhecimento dentro de seu contexto.
DESENVOLVIMENTO COGNITIVO E O desenvolvimento cognitivo contempla os processos mentais pelos quais
SOCIOEMOCIONAL o indivíduo adquire conhecimento

Currículo é entendido como todas as atividades e experiências das crianças


CURRÍCULO e jovens que resultam nas aprendizagens estabelecidas para uma etapa da
escolaridade
A organização curricular consiste em formas de organização que imprimam
ORGANIZAÇÃO CURRICULAR um determinado sentido ao ensino e à aprendizagem, de acordo com a
concepção filosófica e curricular adotada.
É a forma adotada pela BNCC que organiza o conteúdo por unidade
ORGANIZAÇÃO POR TEMAS E
temática, ou seja, adota como critério organizador o conteúdo a ser
OBJETOS DE CONHECIMENTOS
aprendido para promover competências e habilidades

O termo eixo é empregado como critério organizador do currículo, que


ORGANIZAÇÃO POR EIXO quase sempre se refere a conteúdos agrupados de acordo com tipos de
atividades e situações de aprendizagem ou uma finalidade específica

209
GLOSSÁRIO BNCC

A BNCC adota o termo componente, e não disciplina, para dar


mais flexibilidade aos desenvolvedores de currículos nos
COMPONENTE
estados, municípios ou escolas particulares e para favorecer o
desenvolvimento de projetos ou atividades interdisciplinares
Os conteúdos formam parte dos currículos. É para enfatizar
essa missão formativa da escola que a BNCC prefere utilizar o
CONTEÚDOS termo conteúdos curriculares em lugar de conhecimentos
curriculares, para que se possam abranger valores, crenças e
concepções
É dado o nome de conceito à abstração que se forma a partir
CONCEITO
da experiência com um objeto
A atividade intelectual procura organizar o conhecimento do
modo como melhor ele explica a realidade. Esse esforço ao
ORGANIZAÇÃO DE
longo de séculos resultou na organização das áreas de
CONHECIMENTO
conhecimento hoje existentes, as mesmas que organizam a
BNCC e outros currículos escolares pelo mundo
CONSTRUÇÃO DO Esse processo de construção do conhecimento parte de um
CONHECIMENTO problema, de uma situação a ser explicada
Na área do currículo, a progressão do conhecimento indica uma
PROGRESSÃO DO
maneira de organizá-lo para ser aprendido de acordo com o
CONHECIMENTO
desenvolvimento de quem vai aprender
Para que as aprendizagens conduzam às competências e
habilidades, como propõe a BNCC, é fundamental que os
conteúdos do currículo façam sentido para os alunos, que
APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA
sejam entendidos, assumidos, internalizados e armazenados
para serem aplicados na compreensão e solução de novos
problemas
A contextualização é o movimento pedagógico pelo qual os
conteúdos curriculares são tratados de modo que o aluno, ao
CONTEXTUALIZAÇÃO entender a conexão entre esses conteúdos e a realidade ou o
contexto em que ele está vivendo, aprenda-os de maneira
significativa, para que o aprendido faça sentido

No Ensino Fundamental e no Ensino Médio, os quadros de


organização das habilidades trazem para cada componente um
OBJETOS DE CONHECIMENTO conjunto de objetos de conhecimento. Esses objetos são
compreendidos como conteúdos, conceitos e processos, que,
por sua vez, são organizados em unidades temáticas

210
GLOSSÁRIO BNCC

Reúne as atividades organizadas pelas crianças, que acontecem


muitas vezes de forma voluntária, com regras específicas e um
BRINCADEIRA E JOGOS
contrato coletivo – em que todos assumem a responsabilidade de
seguir o que foi acordado previamente

Essa unidade temática está relacionada às práticas corporais mais


institucionalizadas, caracterizadas pela presença de regras formais e
ESPORTES
pelas comparações de desempenho entre indivíduos ou grupos que
competem entre si.

Engloba as práticas de ginástica geral, de condicionamento físico e


GINÁSTICA
de conscientização corporal.
Trata das práticas corporais caracterizadas por movimentos rítmicos,
DANÇAS com passos ou evoluções específicas, podendo ou não incluir
coreografias

Foca as disputas corporais, com emprego de técnicas e estratégias


LUTAS específicas para imobilizar, atingir ou excluir o oponente de um
espaço específico, por meio de ações de ataque e defesa.

Trata das formas de experimentação corporal em ambientes


desafiadores para o praticante, seja na natureza, seja em espaços
PRÁTICAS CORPORAIS DE
urbanos. Algumas dessas práticas costumam receber outras
AVENTURA
denominações, como esportes de risco, esportes alternativos e
esportes extremos.

Os esportes de marca são aqueles que comparam resultados


registrados em segundos, metros ou quilos. As modalidades de
atletismo são um exemplo: as provas podem ser realizadas com os
ESPORTE DE MARCA
participantes simultaneamente, como uma corrida, observando
aquele que chega primeiro; ou individualmente e comparando a
marca, como no caso do salto em distância.

São caracterizados pelo arremesso ou lançamento de um objeto


com o objetivo de acertá-lo ou aproximá-lo de um alvo específico,
ESPORTE DE PRECISÃO
estático ou em movimento. Exemplos são o boliche, a bocha, o arco
e flecha e o tiro ao alvo.

211
GLOSSÁRIO BNCC

Nesses esportes, é preciso rebater a bola lançada pelo


adversário o mais longe possível para tentar percorrer o
maior número de vezes as bases ou a maior distância
ESPORTE DE CAMPO E TACO
entre as bases, enquanto os defensores não recuperam
o controle da bola. Incluem modalidades como o
beisebol, o softbol e o críquete.

São caracterizados pelo lançamento ou rebatimento da


bola em direção à quadra adversária quando os
ESPORTE DE REDE oponentes não podem devolvê-la da mesma forma.
Como exemplo, temos o vôlei e as suas variações, o
tênis de campo, o tênis de mesa e a peteca.

São esportes semelhantes aos de rede, porém, não


contam com a utilização desse elemento que divide a
ESPORTE DE PAREDE quadra. Os participantes posicionam-se de frente a uma
parede. Incluem modalidades como o squash, o
raquetebol e a pelota basca.

Estão agrupados dessa forma os esportes que trabalham


a capacidade de uma equipe introduzir ou levar uma
bola (ou outro objeto) a uma meta ou setor da quadra
ESPORTE DE INVASÃO ou do campo defendida pelos adversários (gol, cesta,
touchdown etc.), protegendo, simultaneamente, o
próprio alvo ou setor do campo. O futebol, o basquete,
o rúgbi e o handebol são exemplos desses esportes.

212
GLOSSÁRIO BNCC

São modalidades nas quais o importante é a realização


técnica do movimento. Este é analisado e comparado aos
movimentos realizados por outros e julgado segundo
ESPORTE TÉCNICO-COMBINATÓRIO padrões técnicos estabelecidos de acordo com a
modalidade. Alguns exemplos são a ginástica artística, a
ginástica rítmica, o nado sincronizado, a patinação
artística e os saltos ornamentais.

São as lutas transformadas em esporte. Caracterizam-se


pelo enfrentamento de dois adversários no corpo a
ESPORTE DE COMBATE
corpo. Judô, taekwondo e Karatê podem ser incluídos
nesse grupo.

Descreve a motivação, a confiança, a competência, o


conhecimento e a compreensão que as pessoas
LETRAMENTO CORPORAL desenvolvem ao se movimentarem para além das
necessidades diárias tornando as atividades físicas parte
importante de suas vidas e durante toda vida.

213
REFERÊNCIAS

ALAGOAS. Caderno de Desenvolvimento Humano sobre Escolas


Ativas em Maceió – Tornando Escolas mais Ativas:2019. Brasília:
PNUD:SEMED: MEC, 2019.
https://www.undp.org/content/dam/brazil/docs/IDH/WEB%20EA
%20MACEIO_baixa.pdf Acesso em 23 de mar. 2020.

BERNSTEIN, Basil. A estruturação do discurso pedagógico: classe,


códigos e controle. Vozes: Petrópolis, 1996

BRASIL. BNCC-Glossário Digital-SOMOS EDUCAÇÃO –KROTON


EDUCACIONAL

BRASIL. BNCC na prática : ensino fundamental: anos finais /


Equipe Educacional FTD. São Paulo: FTD, 2019

BRASIL. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Educação é a


Base. Brasília, MEC/CONSED/UNDIME, 2017. Disponível em:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_publicacao
pdf>. Acesso em: 02 jun. 2017.

214
REFERÊNCIAS

FREIRE ES. Preparação profissional em Educação Física. REMEFE.


2007; 6:147-54.26.

GAMBOA, SS. Epistemologia da educação física. Maceió: Edufal,


2007.

GONZÁLEX, Fernando Jaime. DARIDO, Suraya Cristina et al (orgs.).


Esportes de invasão: basquetebol, futebol, futsal, handebol,
ultimate frisbee. Maringá: Eduem, 2014.

HARROW, Anita J. Taxionomia do domínio psicomotor: manual


para a elaboração de objetivos comportamentais em educação
física. Tradução de Maria Angela Vinagre de Almeida. Rio de
Janeiro: Globo, 1983.

LUDKE, Menga. O professor, seu saber e sua pesquisa. Educação


& Sociedade, Campinas, v.22, n.74, p.77-96, 2001.

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REFERÊNCIAS

MANOEL, Edison de Jesus. SILVEIRA, Sergio Roberto. DANTAS, Luiz


Eduardo Pinto Basto Tourinho (orgs.). A Avaliação na (da)
educação física escolar. Curitiba: CRV, 2017.

MANOEL, Edison de Jesus. Luiz Eduardo Pinto Basto Tourinho


(orgs.). A construção do conhecimento na educação física
escolar: ensaios e experiências. Curitiba: CRV, 2017.

MANOEL, Edison de Jesus. Luiz Eduardo Pinto Basto Tourinho


(orgs.). Professor, leitor, escritor: fazendo a educação física.
Curitiba: CRV, 2017.

MATURANA, H. & VARELA, F. El árbol del conocimiento. Santiago:


Editorial Universitaria, 1987, p. 13.

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NASCIMENTO, JV. RAMOS, V. MARCON, D. SAAD, MA. COLLET, C.


Formação acadêmica e intervenção pedagógica nos esportes.
Motriz. 2009;15(2):358-66.

UNESCO. Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência


e Cultura. Educação: um tesouro a descobrir. Relatório para a
UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o século
XXI. UNESCO do Brasil, 2010.

WHITEHEAD. Margaret Letramento corporal: atividades físicas e


esportivas para toda a vida. Tradução: Leonardo Pinto Silva;
revisão técnica: Luiz Eduardo Pinto Basto Tourinho Dantas, Edison
de Jesus Manoel. Porto Alegre: Penso,2019.

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Você também pode gostar