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7 SÉRIE 8 ANO
ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS
Caderno do Professor
Volume 1
EDUCAÇÃO
FÍSICA
Linguagens
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
SECRETARIA DA EDUCAÇÃO
MATERIAL DE APOIO AO
CURRÍCULO DO ESTADO DE SÃO PAULO
CADERNO DO PROFESSOR
EDUCAÇÃO FÍSICA
ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS
7a SÉRIE/8o ANO
VOLUME 1
Nova edição
2014 - 2017
São Paulo
Governo do Estado de São Paulo
Governador
Geraldo Alckmin
Vice-Governador
Guilherme Afif Domingos
Secretário da Educação
Herman Voorwald
Secretário-Adjunto
João Cardoso Palma Filho
Chefe de Gabinete
Fernando Padula Novaes
Subsecretária de Articulação Regional
Rosania Morales Morroni
Coordenadora da Escola de Formação e
Aperfeiçoamento dos Professores – EFAP
Silvia Andrade da Cunha Galletta
Coordenadora de Gestão da
Educação Básica
Maria Elizabete da Costa
Coordenadora de Gestão de
Recursos Humanos
Cleide Bauab Eid Bochixio
Coordenadora de Informação,
Monitoramento e Avaliação
Educacional
Ione Cristina Ribeiro de Assunção
Coordenadora de Infraestrutura e
Serviços Escolares
Ana Leonor Sala Alonso
Coordenadora de Orçamento e
Finanças
Claudia Chiaroni Afuso
Presidente da Fundação para o
Desenvolvimento da Educação – FDE
Barjas Negri
Senhoras e senhores docentes,
A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo sente-se honrada em tê-los como colabo-
radores nesta nova edição do Caderno do Professor, realizada a partir dos estudos e análises que
permitiram consolidar a articulação do currículo proposto com aquele em ação nas salas de aula
de todo o Estado de São Paulo. Para isso, o trabalho realizado em parceria com os PCNP e com
os professores da rede de ensino tem sido basal para o aprofundamento analítico e crítico da abor-
dagem dos materiais de apoio ao currículo. Essa ação, efetivada por meio do programa Educação
— Compromisso de São Paulo, é de fundamental importância para a Pasta, que despende, neste
programa, seus maiores esforços ao intensificar ações de avaliação e monitoramento da utilização
dos diferentes materiais de apoio à implementação do currículo e ao empregar o Caderno nas ações
de formação de professores e gestores da rede de ensino. Além disso, firma seu dever com a busca
por uma educação paulista de qualidade ao promover estudos sobre os impactos gerados pelo uso
do material do São Paulo Faz Escola nos resultados da rede, por meio do Saresp e do Ideb.
Enfim, o Caderno do Professor, criado pelo programa São Paulo Faz Escola, apresenta orien-
tações didático-pedagógicas e traz como base o conteúdo do Currículo Oficial do Estado de São
Paulo, que pode ser utilizado como complemento à Matriz Curricular. Observem que as atividades
ora propostas podem ser complementadas por outras que julgarem pertinentes ou necessárias,
dependendo do seu planejamento e da adequação da proposta de ensino deste material à realidade
da sua escola e de seus alunos. O Caderno tem a proposição de apoiá-los no planejamento de suas
aulas para que explorem em seus alunos as competências e habilidades necessárias que comportam
a construção do saber e a apropriação dos conteúdos das disciplinas, além de permitir uma avalia-
ção constante, por parte dos docentes, das práticas metodológicas em sala de aula, objetivando a
diversificação do ensino e a melhoria da qualidade do fazer pedagógico.
Contamos com nosso Magistério para a efetiva, contínua e renovada implementação do currículo.
Bom trabalho!
Herman Voorwald
Secretário da Educação do Estado de São Paulo
SUMÁRIO
Orientação sobre os conteúdos do volume 6
Tema 1 – Esporte – Modalidade individual: atletismo (corridas, arremessos e
lançamentos) 8
Situação de Aprendizagem 1 – Corridas com barreiras e obstáculos 10
Atividade Avaliadora 17
Proposta de Situações de Recuperação 17
Situação de Aprendizagem 2 – Bola arremessada ao cesto ou ao gol 18
Atividade Avaliadora 25
Proposta de Situações de Recuperação 26
Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão
do tema 28
Tema 2 – Luta: caratê 30
Situação de Aprendizagem 3 – Identificação do conhecimento a respeito do
conceito de luta 34
Atividade Avaliadora 42
Proposta de Situações de Recuperação 43
Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão
do tema 43
Tema 3 – Organismo humano, movimento e saúde – Capacidades físicas: aplicações
no atletismo e na luta 46
Situação de Aprendizagem 4 – “Se ficar, tem arremesso; se correr, tem
lançamento” 47
Atividade Avaliadora 51
Proposta de Situações de Recuperação 51
Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão
do tema 51
Tema 4 – Esporte – Modalidade coletiva a escolher 52
Situação de Aprendizagem 5 – Desenvolvendo algumas estratégias de jogo
do esporte coletivo (futsal, handebol, basquetebol) 54
Situação de Aprendizagem 6 – Organizando as funções ofensivas e defensivas
do esporte coletivo 60
Atividade Avaliadora 65
Proposta de Situações de Recuperação 65
Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a
compreensão do tema 66
Tema 5 – Ginástica – Práticas contemporâneas, princípios orientadores,
técnicas e exercícios 68
Situação de Aprendizagem 7 – Vivenciando e entendendo a ginástica 69
Situação de Aprendizagem 8 – Estudando mais ginástica 75
Atividade Avaliadora 77
Proposta de Situações de Recuperação 78
Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a
compreensão do tema 80
Quadro de conteúdos do Ensino Fundamental – Anos Finais 82
5
ORIENTAÇÃO SOBRE OS CONTEÚDOS DO VOLUME
Até a 4a série/5o ano do Ensino Fundamen- pos socioculturais a que se vinculam (família,
tal, os alunos vivenciaram um amplo conjunto amigos, comunidade local etc.). Agora, entre
de experiências de Se-Movimentar, acumula- a 5a série/6o ano e a 8a série/9o ano, trata-se
ram informações e conhecimentos sobre jogo, de evidenciar os significados, os sentidos e as
esporte, ginástica, luta, atividade rítmica etc., intencionalidades presentes em tais experiên-
decorrentes não só da participação nas aulas cias, cotejando-os com os presentes nas codifi-
de Educação Física, mas do contato com as cações das culturas esportiva, lúdica, gímnica,
mídias e com a Cultura de Movimento dos gru- rítmica e das lutas.
Por Cultura de Movimento entende-se o conjunto de significados, sentidos, símbolos e códigos que
se produzem e reproduzem dinamicamente nos jogos, esportes, danças e atividades rítmicas, lutas,
ginásticas etc., os quais influenciam, delimitam, dinamizam e/ou constrangem o Se-Movimentar dos
sujeitos, base de nosso diálogo expressivo com o mundo e com os outros.
O Se-Movimentar é a expressão individual e/ou grupal no âmbito de uma Cultura de Movimento;
é a relação que o sujeito estabelece com essa cultura a partir de seu repertório (informações, conheci-
mentos, movimentos, condutas etc.), de sua história de vida, de suas vinculações socioculturais e de
seus desejos.
6
Educação Física – 7ª série/8º ano – Volume 1
7
TEMA 1 – ESPORTE – MODALIDADE INDIVIDUAL:
ATLETISMO (CORRIDAS, ARREMESSOS E LANÇAMENTOS)
Neste volume da 7a série/8o ano, terá con- que para as modalidades que têm a bola como
tinuidade o trabalho com a modalidade indi- implemento principal.
vidual atletismo, relacionada com o tema “Es-
porte”, com destaque para as corridas com Torna-se necessário, portanto, criar estraté-
barreiras e obstáculos, além das provas de ar- gias de ensino que possibilitem ao atletismo fa-
remesso e lançamento. Tal abordagem reforça zer sentido, ter significado para a vida do aluno,
a importância da compreensão e da vivência mobilizando seus desejos e potencialidades, sem
dessa modalidade por parte dos alunos, diver- se restringir ao aspecto do rendimento técnico,
sificando suas experiências no âmbito da cul- embora o treino ou o exercício continuado de
tura esportiva. determinadas habilidades também sejam impor-
tantes na realização de algumas atividades, visto
Na atualidade, é no atletismo, sobretudo, que “servem, também, para corrigir deficiências
que são realizados e estimulados movimentos ou fragilidades no condicionamento físico e não
como correr, saltar e lançar ou arremessar ob- apenas técnico” (KUNZ, 2006, p. 141).
jetos a distância, embora tais movimentos es-
tejam sistematizados e incorporados à maio- No caso particular do atletismo, o significa-
ria das modalidades esportivas, a exemplo do do do Se-Movimentar nas corridas é exatamente
futebol, do basquetebol, do voleibol e do han- a experiência de correr o mais velozmente pos-
debol, entre outras. sível ou arremessar/lançar implementos o mais
longe possível – e não correr ou arremessar
Como modalidade esportiva, a iniciação para vencer outra pessoa simplesmente. Além
ao atletismo, tal como em outros esportes, disso, deve-se aliar uma perspectiva lúdica ao
ocorre (ou deveria ocorrer), principalmente, ensino dessas habilidades, e ao atletismo em ge-
na escola, como atividade curricular ligada ral, dentro do ambiente escolar.
à disciplina de Educação Física. No entanto,
sabemos que essa modalidade está pouco pre- As habilidades expressas nas corridas e nos
sente nas aulas e, quando isso ocorre, busca-se arremessos e lançamentos têm significados,
melhor rendimento técnico em detrimento de sentidos e intencionalidades que não se restrin-
um possível valor pedagógico-educacional, o gem, exclusivamente, ao universo do atletis-
que a torna pouco atrativa para muitos pro- mo. É preciso notar que o desenvolvimento de
fessores e para os próprios alunos. seus fundamentos técnicos pode ser transferi-
do a várias modalidades esportivas, bem como
Em alguns países, como a Jamaica, atribui- à resolução de situações relacionadas com a
-se grande destaque sociocultural à prática do realização de atividades cotidianas (deslocar-
atletismo, em especial às corridas rasas em -se rapidamente para atravessar uma rua ou
distâncias curtas, o que motiva os alunos em avenida, arremessar ou lançar um objeto etc.).
idade escolar a se envolverem com esse uni-
verso desde cedo. No Brasil, há predileção por O ensino do atletismo como elemento da
modalidades esportivas coletivas, que possibi- Cultura de Movimento no meio escolar apre-
litam maior relação interpessoal, com desta- senta certas dificuldades. Isso ocorre, principal-
8
Educação Física – 7ª série/8º ano – Volume 1
mente, quando há ausência de espaço e de ma- cacional. Vale ressaltar que espaços no entorno
teriais específicos. Entretanto, essa dificuldade da comunidade também podem ser utilizados.
poderia ser atenuada mediante a adaptação de
espaços comuns à maioria das escolas (qua- Matthiesen e colaboradores (2005) su-
dras, pátios) ou pela utilização de materiais gerem a utilização de diferentes tipos de
alternativos para confecção dos implementos obstáculo durante o processo de ensino e
próprios do atletismo. Tais adaptações devem aprendizagem das corridas com obstáculos,
envolver a colaboração participativa e criativa nos quais o aluno possa apoiar os pés se as-
dos alunos na elaboração de condições que fa- sim precisar. Podem ser utilizados materiais
voreçam a vivência do atletismo na escola, tor- como caixas de madeira ou papelão, pneus,
nando-os também agentes desse processo edu- banco sueco, cordas e barbantes.
© Conexão Editorial
Possibilidades interdisciplinares
Professor, o tema “Esporte” poderá ser desenvolvido de modo integrado com a disciplina de His-
tória, na medida em que envolve conteúdos relacionados à história do atletismo e das suas provas em
diferentes contextos. Converse com o professor responsável por essa disciplina em sua escola. Essa
iniciativa facilitará a compreensão dos conteúdos de forma mais global e integrada pelos alunos.
9
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1
CORRIDAS COM BARREIRAS E OBSTÁCULOS
Conteúdo e temas: corridas com barreiras e corridas com obstáculos – evolução técnica e prin-
cipais regras; formas de passagem sobre barreiras e obstáculos; velocidade de deslocamento
nas diferentes distâncias percorridas; características pessoais e interpessoais para saltar bar-
reiras e obstáculos.
Sugestão de recursos: caixa de papelão; cordas; bastões de madeira; garrafas PET; arcos; cones.
10
Educação Física – 7ª série/8º ano – Volume 1
2 Você já viu ou praticou alguma prova Etapa 2 – Correr e saltar sem derrubar os
de arremesso ou de lançamento? Onde? obstáculos
Qual?
Resposta pessoal. Após algumas passagens pelo circuito, su-
gira aos alunos que percorram o trajeto o mais
3. Você poderia dar alguns exemplos de pro- rápido possível sem que toquem ou derrubem
vas de arremesso ou de lançamento dispu- os obstáculos. Em seguida, eleve a altura de
tadas no atletismo? alguns obstáculos e proponha aos alunos que
Espera-se que o aluno cite pelo menos um tipo de prova de tentem ajustar os movimentos para ultrapas-
arremesso ou lançamento do atletismo: arremesso de peso, sá-los, sem saltá-los nem tocá-los, procurando
lançamento de martelo, lançamento de dardo ou lançamen- apenas passar próximo a eles.
to de disco.
Para finalizar esta etapa, sugira aos alu-
4. Você saberia listar os nomes dos implemen- nos que comentem em grupo as dificuldades
tos que os atletas arremessam e lançam em e as facilidades encontradas na realização
provas de atletismo? das tarefas. Aproveite também para discutir
Espera-se que o aluno cite pelo menos um ou dois dos im- com os alunos as dificuldades e adaptações
plementos utilizados nas provas de arremesso e lançamento para realização das tarefas por pessoas com
do atletismo: martelo, peso, disco ou dardo. deficiência, por exemplo, visual.
5. O que precisamos fazer para que os lança- Professor, oriente os alunos a rea-
mentos ou os arremessos alcancem maior lizarem a “Pesquisa em grupo”,
distância? que consta no Caderno do Aluno.
Espera-se que o aluno associe a técnica de execução
ao bom desempenho/resultado, relacionando também Vamos saber um pouco mais sobre as pro-
com algumas características pessoais de quem realiza os vas de atletismo?
movimentos.
Reúna-se com seu grupo e, com o auxílio de
seu professor, escolha uma ou duas das ques-
Etapa 1 – Circuito de obstáculos tões sugeridas a seguir e faça uma pesquisa.
Organize, nos limites de uma quadra ou Para realizá-la, vocês podem visitar alguns
área correspondente, um circuito formado sites e pesquisar em revistas e jornais ou livros
por obstáculos diversos (caixas de papelão de na biblioteca da escola ou na biblioteca públi-
tamanhos variados, cordas ou bastões apoia- ca mais próxima.
dos sobre cones ou garrafas PET preenchidas
com areia), cordas delimitando zonas de sal- Vejam algumas sugestões de sites:
to e/ou arcos utilizados como referência para
as passadas até os obstáculos. Procure incluir f Comitê Paralímpico Brasileiro. Disponível
obstáculos com alturas e formatos variados e em: <http://www.cpb.org.br/>. Acesso em:
próximos das medidas oficiais, para motivar 9 out. 2013.
ou desafiar os alunos. f Confederação Brasileira de Atletismo. Dis-
ponível em: <http://www.cbat.org.br>.
Solicite que experimentem maneiras di- Acesso em: 23 maio 2013.
ferentes de ultrapassar os obstáculos e que f Federação Paulista de Atletismo. Disponí-
procurem não tocá-los, deslocá-los ou der- vel em: <http://www.atletismofpa.org.br/>.
rubá-los. Acesso em: 23 maio 2013.
11
f PUCRS – Campus Uruguaiana. Disponí- decatlo. Foram excluídas as provas de: luta livre, pancrácio, corrida
vel em: <http://www.pucrs.campus2.br/>. de bigas e corrida de cavalos.
Acesso em: 23 maio 2013. Algumas respostas específicas sobre como provas antigas se
f Revista Atletismo. Disponível em: <http:// apresentam hoje:
www.revistaatletismo.com/index.php/ tcorrida: as corridas de 192,27 m evoluíram para corridas de
artigos-tecnicos> Acesso em: 23 maio 2013. 100 m, 200 m, 400 m, 800 m, 1 500 m (masculina), 3 000 m
(feminina), 5 000 m (masculina), 10 000 m, 100/110 m com
Questões para pesquisa barreiras, 400 m com barreiras, 3 000 m com obstáculos (mas-
culina) e revezamentos 4×100 m e 4×400 m;
Como surgiram as provas de corrida com tpentatlo: na Grécia Antiga a prova era composta de: salto
barreiras e com obstáculos? em distância, corrida, lançamento de dardo e disco e luta li-
Segundo informações disponíveis no site da CBAt, as provas de vre. O pentatlo moderno, inspirado nos Jogos Olímpicos da
corrida com barreiras surgiram na Inglaterra, em meados do sé- Antiguidade, inclui: hipismo (concurso de saltos), esgrima
culo XIX, possivelmente como tentativa de imitar as competições (espada), natação (200 m livre), tiro esportivo (pistola de ar 10
hípicas. No início, usavam-se, como barreiras, toras enterradas no m) e corrida (3 000 m).
solo. Quanto às corridas com obstáculos, sabe-se que a primeira No atletismo moderno temos:
foi realizada em Edimburgo, na Escócia, em 1928. tdecatlo masculino composto de dez provas: corridas de 100 m,
400 m e 1 500 m e de 110 m com barreiras; saltos em distân-
E as provas de arremesso e de lançamento? cia, em altura e com vara; arremesso de peso, lançamento de
disco e de dardos;
Como eram praticadas essas provas nas tpentatlo feminino composto de cinco provas: corridas de
Olimpíadas da Grécia Antiga? 200 m e de 80 m com barreiras, saltos em distância e em altu-
Relativamente aos Jogos Olímpicos na Grécia Antiga, a pri- ra, arremesso de peso;
meira prova da qual se tem notícia é uma corrida cujo per- theptatlo feminino composto de sete provas: corridas de
curso se estendia por cerca de 192 m. Posteriormente, foram 200 m, 800 m e 100 m com barreiras, saltos em distância e em
incluídas outras provas, além da corrida: pentatlo, lançamen- altura, arremesso de peso e lançamento de dardo.
to de disco, salto em distância, lançamento de dardo, luta li-
vre, boxe, pancrácio (mistura de boxe e luta livre), corrida de Na arte, que expressões artísticas (esculturas,
bigas e corrida de cavalos. pinturas etc.) podem ser associadas a essas provas?
Exemplo de escultura: Discóbolo, obra de Míron, século V a.C. Dis-
Como evoluíram as regras nessas provas? ponível em: <http://greciantiga.org/img/index.asp?num=0783>.
Das Olimpíadas da Grécia Antiga às Olimpíadas da Era Moderna, Acesso em: 5 set. 2013.
uma mudança significativa foi a inclusão das mulheres no atletis-
mo, vetadas na Antiguidade. Foram também adicionadas outras Quais são as melhores marcas nessas provas?
provas: arremesso de peso, corridas de revezamento, marcha Professor, note que alguns recordes já podem ter sido me-
atlética (masculina e feminina), heptatlo/pentatlo feminino, salto lhorados em competições recentes. No caso de dúvida, veri-
com vara, salto em altura, salto triplo, lançamento de martelo e fique os sites indicados neste volume.
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Educação Física – 7ª série/8º ano – Volume 1
Como são praticadas essas provas nas Pa- Há diferenças entre as capacidades físicas
ralimpíadas? nas provas de corrida com barreiras e nas de
Nas Paralimpíadas participam atletas com deficiência física corrida com obstáculos para adultos?
e visual. As provas são organizadas segundo o grau de defi- Sim. As corridas com barreiras são de curta distância (100
ciência dos atletas, a partir de uma classificação funcional. m/110 m, 200 m e 400 m), e a capacidade física predomi-
No atletismo são realizadas as provas de corridas, arremessos, nante necessária para essas provas é a velocidade. As corri-
lançamentos e saltos. das com obstáculos percorrem uma distância de 3 000 m,
portanto, são de longa duração, de modo que a capacidade
Que tipos de corrida fazem parte das pro- predominante necessária é a resistência.
vas combinadas (decatlo e heptatlo)?
tdecatlo: corridas de 100 m, 400 m e 1 500 m e de 110 m
com barreiras; Etapa 3 – Vencendo as barreiras e
theptatlo: corridas de 200 m, 800 m e 100 m com compreendendo as vivências
barreiras.
Pergunte aos alunos se eles reconhecem a
Quais as principais características das pro- relação entre variação na velocidade e dis-
vas quanto às solicitações das capacidades fí- tâncias percorridas entre as barreiras e obs-
sicas dos atletas? táculos, se associam características pessoais
tcorridas de velocidade: velocidade; dos corredores às exigências na ultrapassa-
tcorridas de longa distância: resistência; gem e se percebem quais são as dificulda-
tcorridas com barreiras: velocidade; des para transpor barreiras e obstáculos em
tcorridas com obstáculos: resistência; atividades da vida cotidiana. Forme grupos
tcorridas de revezamento: velocidade; de alunos (misturando meninas e meninos),
tarremessos e lançamentos: força; distribua imagens de pessoas ou atletas re-
tsaltos: força e velocidade. alizando saltos sobre barreiras ou obstácu-
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los e peça para que os grupos identifiquem e Etapa 4 – Modificações e regras
analisem algumas características das provas relacionadas às corridas com barreiras
em questão. É importante que as imagens se- e obstáculos
lecionadas facilitem a tarefa de identificação
e análise a ser realizada.
Peça para os alunos levantarem, na inter-
Estimule-os para que relacionem as pró- net ou em outras fontes, informações sobre
prias situações vivenciadas com as imagens: as modificações das barreiras e obstáculos
altura das barreiras e obstáculos, vestimentas, e as alterações nas regras ao longo da evo-
condições dos locais das provas, característi- lução das corridas. Os dados coletados po-
cas das pessoas, expressões faciais, entre ou- derão ser referidos nas etapas seguintes. É
tros, para enriquecer o repertório individual. importante sugerir aos alunos alguns sites,
livros ou locais para orientar a pesquisa.
Neste momento, após a realização da pesqui- Para encerrar este conteúdo, solicite que,
sa e da discussão, você poderá considerar a ati- para a próxima aula, os alunos realizem a
vidade “Divulgando o resultado da pesquisa”, atividade “Lição de casa” e leiam a seção
sugerida no Caderno do Aluno, para elaboração “Você sabia?”.
de um mural ou de uma história em quadrinhos,
para fins de instrumento de avaliação.
© Kevin R. Morris/Bohemian
Nomad Picturemakers/Corbis/Latinstock
© Album/Akg-Images/Latinstock
Figura 2 – Corrida com obstáculos masculina. Figura 3 – Corrida com barreiras feminina.
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Educação Física – 7ª série/8º ano – Volume 1
© Agência Istoé
Você sabia?
Há diferenças entre as corridas de velocidade e as corridas com barreiras?
CORRIDAS DE VELOCIDADE
100 m rasos 200 m rasos 400 m rasos
Saída Aceleração Passada Chegada
2YHORFLVWDGHL[DRVWDFRVFRP -RHOKRVSDUDFLPDEUDoRV 2YHORFLVWDHVWiUHOD[DGR 2WURQFRGHYHFUX]DUDOLQKD
XPIRUWHLPSXOVRPDQWpPR PRYHQGRVHUDSLGDPHQWHGH HFRUUHDWRGDYHORFLGDGH GHFKHJDGDSDUDJDQKDU
WURQFRLQFOLQDGRHSHUWRGRVROR FLPDSDUDEDL[RFRUSRHUJXLGR VREUHDSRQWDGRVSpV
15
As provas de campo, de arremessos e lançamentos masculinas e femininas têm diferenças quan-
to aos implementos utilizados. Por exemplo, o martelo usado pelos homens pesa 7,26 kg e o usado
pelas mulheres pesa 4 kg. Confira as características desses implementos.
A EQUIPE
Todas as provas acontecem na zona central do
estádio.
3 O MARTELO
3HVRNJ
© Agência Istoé
1 3
Comprimento
GRFDERGH
DP
Empunhadura:
Jaula: SDUDJDUDQWLUD FPSRQWD
VHJXUDQoDGRVHVSHFWDGRUHVR
lançamento é realizado dentro Diâmetro: de 10 a
1 O DISCO GHXPDMDXODGHSURWHomR$ FPUHYHVWLGD
MDXODWHPXPDDEHUWXUDGHo de ferro sólido
'HPDGHLUDRX¿EUDGHYLGUR em frente dos lançadores. RXFKXPER
FRPERUGDVXDYHGHPHWDO
3LVWDGHLPSXOVRP
2 4
Homens
FP
NJ
Mulheres
FP 4 O PESO
NJ
'HDoRODWmRRXPHWDOVyOLGR
QmRPHQRVPDFLoRTXHRDoR
2 O DARDO
De metal ou madeira.
+RPHQVPJ NJ NJ
FP 10 cm
0XOKHUHVPJ
Ponta de metal
Homens Mulheres
Deve-se atentar para a boa utilização de todo material empregado nas aulas de atletismo, principal-
mente, quando fazemos adaptações para que os alunos possam saltar e transpor barreiras e obstáculos
com segurança. Aproveite mais esse momento para que os alunos com alguma deficiência possam de-
monstrar todas as suas potencialidades. Portanto, é importante que eles elaborem, com você, as estratégias
de utilização dos materiais. Os alunos costumam ser “destemidos”, por isso, é preciso conscientizá-los de
que, para testar seus “limites”, também precisam pensar na segurança. Da mesma forma, essa recomen-
dação vale para arremessos e lançamentos. É sempre prudente alertar: “Cuidado! Lá vem um disco, um
dardo (lança) e uma bola pesada!”.
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Educação Física – 7ª série/8º ano – Volume 1
© Conexão Editorial
Figura 4 – Corrida com obstáculos.
ATIVIDADE AVALIADORA
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f apreciação e análise de filmes ou documentá- ferentes a técnicas e táticas das corridas com
rios, orientadas por você, professor; barreiras e obstáculos;
f apreciação e registro, por parte do aluno, de f atividade-síntese de um determinado con-
movimentos próprios e dos colegas; teúdo em que as várias atividades serão
f pesquisas em sites ou em outras fontes, refeitas e discutidas posteriormente (por
para posterior apresentação e análise; exemplo: circuito que contemple diferen-
f elaboração e apresentação (desenhos ou tes provas de corridas com barreiras e
maquetes) de pequenos circuitos de cor- obstáculos);
ridas com barreiras e obstáculos, a partir f avaliação com questões de múltipla escolha
de referenciais e elementos sugeridos por referentes à história e à evolução técnica das
você, professor; provas com barreiras e obstáculos, ou elabo-
f resolução de outras situações-problema, não ração, por parte dos alunos, de um jogo de
contempladas na Atividade Avaliadora, re- perguntas e respostas.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2
BOLA ARREMESSADA AO CESTO OU AO GOL
Conteúdo e temas: adaptação e adequação de espaços e materiais para a prática de arremesso e lan-
çamentos; formas e estilos de deslocamentos para o arremesso e lançamentos; arremesso de peso
e lançamentos de disco, dardo e martelo: processo histórico, evolução técnica e principais regras.
Sugestão de recursos: bolas diversas – de borracha, de folhas de jornal, de tênis, basquetebol, futsal,
voleibol, handebol, medicine ball; bastonetes de giz; argolas; arcos ou bambolês; frisbee; corda; cabos
de vassouras.
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Educação Física – 7ª série/8º ano – Volume 1
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sofrem interferência de que tipo? Há diferença rede. Além de sugerir essas práticas, é preciso
entre manipular e lançar uma bola e um cabo fazer questionamentos a todo momento, tais
de vassoura? como: Quais são as capacidades físicas envolvi-
das na realização do lançamento do “martelo”?
Não há por que temer o ensino do lança- O movimento ou lançamento realizado pode
mento de martelo, se forem estabelecidas as ser comparado ao movimento de lançamento
orientações de segurança, pois é um dos im- do dardo ou arremesso do peso? Quais são as
plementos mais fáceis de ser adaptado. Essa semelhanças e as diferenças?
é uma das provas que requer intervenção
de sua parte quanto ao nível de complexidade Nas competições esportivas oficiais para
no momento de execução, com combinação ambos os gêneros, as provas dessa modali-
de giros e lançamentos. Por isso, é importante dade são constituídas de: arremesso de peso,
sugerir diferentes formas de giros, orientar lançamento de disco, lançamento de martelo
para percepção dos movimentos axiais, pro- e lançamento de dardo.
por a execução de giros com apenas uma das
mãos pelo lado direito e depois, pelo esquer- Etapa 3 – Perceber e compreender o
do, bem como lançamentos sem giros e com arremesso
giros com a mão direita, com a mão esquerda
e com ambas as mãos (alternando saída pelo Procure questionar os alunos se conseguem
lado direito e lado esquerdo). Uma possibili- identificar quais estratégias são necessárias
dade de vivência prática é utilizar uma bola para arremessar mais longe ou mais alto e
de handebol dentro de uma sacola plástica também se percebem as dificuldades que en-
(fixada com um nó). Segurando nas alças, o contram ao arremessar ou lançar e a que as
aluno poderá realizar as variações sugeridas atribuem.
até a execução do lançamento. Em relação ao
arremesso de peso, pode-se colocar o aluno Sugira aos alunos que observem e relacio-
de costas para a rede de voleibol, com uma nem as semelhanças e as diferenças entre o
bola sobre o ombro, amparada pela mão arremesso realizado no atletismo e os arremessos
correspondente. Peça para o aluno executar realizados em outros esportes, para posterior
meio giro e arremessar a bola por cima da análise em grupo.
4 kg 7,26 kg
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Educação Física – 7ª série/8º ano – Volume 1
© Patrik Giardino/Corbis/Latinstok
1 kg e 18 cm de 2 kg e 22 cm de
diâmetro diâmetro
Tampas redondas
Nas provas oficiais, cada lançador
de vasilhas
Disco tem direito a três lançamentos.
plásticas ou um
O lançamento é realizado dentro
frisbee.
de um círculo com 2,5 m com
uma “gaiola” de proteção de,
aproximadamente, 4 m de altura.
Bola amarrada
É constituído por cabeça (esfera
a uma corda ou
Martelo concreta), cabo e empunhadura.
presa dentro de
Aqui também há uma “gaiola” de
uma meia.
segurança a fim de proteger os es-
pectadores.
© Dimitri Iundt/TempSport/Corbis/Latinstock
600 g e compri- 800 g e compri-
mento entre mento entre
2,20 m e 2,30 m 2,60 m e 2,70 m
21
Etapa 4 – Olha o arremesso! Olha o lado adversário. Todas as vezes que as bolas
lançamento! Lá vem bola! do centro ultrapassarem os limites da zona de
tiro, deverão ser recolocadas no centro.
Oriente os alunos a formarem dois grupos
(preferencialmente, com meninas e meninos) Uma alternativa para esta atividade é ofere-
dispostos em lados opostos de uma quadra cer alvos móveis aos “atiradores”, fazendo que
de voleibol, ou área correspondente, em cujo bolas de basquete ou de handebol atravessem o
centro serão dispostas bolas pesadas (bolas centro da quadra ou do pátio, rolando no chão
de exercício, medicine ball, bolas de basque- ou quicando.
te ou de futsal). A partir da linha central, se-
rão traçadas duas linhas (uma de cada lado), Cordas ou bastonetes de giz podem ser úteis
distantes de 3 a 4 metros do centro, as quais para demarcar os arremessos feitos pelos alu-
limitarão a chamada “zona de tiro”. Os inte- nos, para que estes tenham a noção de quanto
grantes de cada equipe, de posse de bolas mais estão conseguindo acertar e, assim, estabelecer
leves que as do centro (de borracha, de tênis metas individuais e coletivas (grupos), além de
ou de meia), tentarão deslocar (lançar ou ati- perceber a influência de certas capacidades fí-
rar) as bolas localizadas no centro para além sicas nos arremessos de peso (essa informação
do limite da zona de lançamento ou de tiro do será útil também para os lançamentos).
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Educação Física – 7ª série/8º ano – Volume 1
Provas combinadas
Corridas com barreiras e obstáculos, arremessos, lançamentos e saltos
1o dia: 100 m com barreiras, salto em al- 1o dia: 100 m rasos, salto em distância, arremesso
tura, arremesso de peso e 200 m rasos. de peso, salto em altura e 400 m rasos.
2o dia: salto em distância, lançamento 2o dia: 110 m com barreiras, arremesso de disco, sal-
de dardo e 800 m rasos. to com vara, lançamento de dardo e 1 500 m rasos.
Professor, instrua os alunos para que rea- para retomar o que foi estudado sobre o
lizem as atividades “Desafio!” e “Você apren- tema “Esporte – Modalidade individual:
deu?”, que constam no Caderno do Aluno, Atletismo”.
Desafio!
As fotos a seguir são relacionadas às seguintes provas do atletismo:
23
24
© Bohemian Nomad Picturemakers/ © Jun Tsukida/Aflo Sport/
Corbis-Latinstock Latinstock
3. (
5. (
7. (
1. (
© B. Pepone/zefa/Corbis/Latinstock
B
A
E
C
© Dimitri Iundt/TempSport/
)
)
)
)
Corbis/Latinstock
8. (
2. (
6. (
4. (
D
F
F
B
)
)
)
)
© Photolibrary/Latinstock
Educação Física – 7ª série/8º ano – Volume 1
ATIVIDADE AVALIADORA
Poderão ser analisadas a apresentação e a Ao término das vivências relacionadas,
discussão das pesquisas solicitadas sobre as observe a participação dos alunos na ela-
semelhanças e as diferenças entre os arremes- boração de outras atividades associadas ao
sos e lançamentos realizados no atletismo e tema, adequando-as aos espaços alternati-
em outras modalidades esportivas. vos presentes na escola.
25
A criatividade dos alunos na elaboração ou Considerando as distâncias alcançadas pe-
confecção de materiais e implementos alter- los implementos lançados no atletismo, orien-
nativos, a serem utilizados nos lançamentos, te os alunos a pesquisar possíveis espaços em
também poderá ser avaliada. sua escola onde seja possível realizá-los.
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Educação Física – 7ª série/8º ano – Volume 1
© Conexão Editorial
carrega a responsabilidade (ou seja, a sua
mochila) nas costas.
Figura 3 – Procure evitar esta forma de E lembre-se de cuidar bem da sua coluna!
transportar a mochila. Exige Ela vai acompanhar você por toda a vida!
27
RECURSOS PARA AMPLIAR A PERSPECTIVA DO PROFESSOR
E DO ALUNO PARA A COMPREENSÃO DO TEMA
Livros Dissertação
KUNZ, Elenor. Reflexões didáticas a partir ARAÚJO, Ana C. Correr, saltar, lançar, dia-
de práticas concretas. In: ______. Transforma- logar: uma reflexão sobre corpo e aprendi-
ção didático-pedagógica do esporte. 7. ed. Ijuí: zagem nas aulas de Educação Física. Natal,
Unijuí, 2006. p. 117-151. O capítulo sugere 2005. Dissertação (Mestrado em Educação)
uma ressignificação das experiências com o – Centro de Ciências Sociais e Aplicadas,
atletismo, na intenção de que os alunos su- Universidade Federal do Rio Grande do
perem os limites das vivências. Norte (UFRN). Disponível em: <http://
ftp.ufrn.br/pub/biblioteca/ext/bdtd/AnaCA.
MATTHIESEN, Sara Q. (Org.). Atletismo se pdf>. Acesso em: 10 set. 2013. Discute as
aprende na escola. Jundiaí: Fontoura, 2005. relações de aprendizagem sobre diferentes
Sistematização das experiências de um gru- movimentos característicos das provas de
po de estudos, cuja preocupação é estudar e atletismo na prática pedagógica da Educa-
ressignificar pedagogicamente o atletismo no ção Física em uma escola pública.
cotidiano das aulas de Educação Física.
Artigos
MATTHIESEN, Sara Q.; GINCIENE, Guy. His-
tória das corridas. Jundiaí: Fontoura, 2013. Este FARIA, Nuno Miguel R. P. A execução
volume é o primeiro da coleção “História do atle- do arco no lançamento do dardo. Lisboa:
tismo: da teoria à aplicação”, destinada aos inte- Instituto Superior Técnico. Trabalho de
ressados no atletismo, em particular, os professo- Biome cânica do Movimento, 2005/2006.
res de Educação Física. Relaciona as histórias das Disponível em: <http://pdfcast.org/pdf/
corridas, dos saltos, arremessos e lançamentos. dardo>. Acesso em: 24 maio 2013. Procura
identificar as principais fases de um lan-
ORO, Ubirajara. Iniciação ao atletismo no çamento, analisando-as com base em con-
Brasil: problemas e possibilidades didáticas. In: ceitos de biomecânica.
KIRSCH, August; KOCH, Karl; ORO, Ubira-
jara. Antologia do atletismo. Rio de Janeiro: Ao MATTHIESEN, Sara Q. Atletismo para
Livro Técnico, 1984. Apresenta critérios para crianças e jovens: relato de uma experiência
o trabalho pedagógico com o atletismo em di- educacional na Unesp-Rio Claro. Lecturas:
ferentes faixas etárias, permitindo contextua- Educación Física y Deportes, Buenos Aires.
lizar a modalidade esportiva nas várias séries/ v. 10, n. 83. 2005. Disponível em: <www.
anos da Educação Básica. efdeportes.com/efd83/unesp.htm>. Acesso
em: 24 maio 2013. Relato de experiência que,
SCHMOLINSKY, Gherardt. Atletismo. Lis- entre outras coisas, procura desmistificar,
boa: Estampa, 1982. Apresenta métodos de por meio de uma prática educativa, a imagem
treinamento para diferentes provas do atle- transmitida pela mídia que, na maioria das
tismo, com indicações que variam desde a vezes, faz do atletismo um esporte para pou-
iniciação à modalidade esportiva até exigên- cos e bem-dotados campeões.
cias mais rigorosas de rendimento.
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Educação Física – 7ª série/8º ano – Volume 1
Sites
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TEMA 2 – LUTA: CARATÊ
As lutas e as artes marciais (budo) apre- tas de origem oriental, é preservada a ima-
sentam, em suas origens, características gem do mestre, o qual, por sua vez, apresen-
atribuídas à sobrevivência, ao exercício fí- ta uma postura de educador, ensinando aos
sico, ao treinamento militar, à defesa e ao seus “discípulos” vários preceitos que vão
ataque pessoal, além das implicações das além da própria prática da luta, ou seja, li-
tradições culturais, religiosas e filosóficas. ções que serviriam para a vida.
Com o surgimento de outras necessidades e o
desenvolvimento de novas técnicas, o ser hu- A expansão do caratê e de outras lutas
mano atribuiu outro significado às lutas, as é percebida em desenhos animados, brin-
quais, hoje, passam por um processo de es- quedos, jogos de cartas e tabuleiros e nos
portivização. mangás, histórias em quadrinhos conheci-
das pelo público adolescente que aprecia
As lutas orientais são originárias de paí- o gênero.
ses como Índia, China, Japão e Coreia. Em
sua formação, tinham um caráter voltado Nesse sentido, as artes marciais pos-
tanto para a defesa da nação quanto para suem um caráter introspectivo que pode ser
a do próprio praticante. Com o passar dos muito benéfico à educação. As metas sem-
anos, principalmente após o contato dessas pre dizem respeito aos limites, às possibi-
lutas com o Ocidente, surgiram alguns mes- lidades e às peculiaridades de cada indiví-
tres que perceberam nelas potenciais pos- duo em ação. Apesar de, aparentemente, o
sibilidades educativas, como autodomínio, foco estar no oponente, o objetivo dessa
superação de limites, aumento de concen- prática é olhar e transformar a si mesmo,
tração, exercício físico e atividades de lazer, independentemente do outro. Para o pra-
situações que vão muito além dos preceitos ticante, é como se o “inimigo” fosse ele
observados em sua origem. mesmo, com seus limites, medos, defeitos e
fraquezas. A evolução desse “eu” depende
Drigo e colaboradores (2005) apresentam do treinamento contínuo, da ação ininter-
alguns aspectos que podem ser utilizados para rupta de lapidar a integralidade do ser.
diferenciar luta e artes marciais. As artes mar-
ciais, para esses autores, são práticas corporais A seleção das lutas como conhecimento
de ataque e defesa, podendo ser também ca- a ser ensinado e discutido na escola ainda é
racterizadas como lutas. A principal diferen- recente, e muitas discussões surgem em rela-
ça entre as duas é que os praticantes de artes ção à forma ideal como o assunto deve ser
marciais, principalmente as de origem orien- tratado. Mas há muitas possibilidades de
tal, consideram que os conteúdos da cultura apresentação das lutas na escola, median-
de origem da atividade teriam uma orientação te uma abordagem intencional, de caráter
filosófica que determinaria a sua diferença pe- pedagógico, já que o ambiente escolar é um
rante as lutas. dos espaços onde os alunos experimentam,
vivenciam, criticam, compreendem e atri-
Atualmente, percebemos que, em boa buem significados às suas experiências no
parte dos filmes a que assistimos sobre lu- âmbito da Cultura de Movimento.
30
Educação Física – 7ª série/8º ano – Volume 1
O caratê tem sua origem ligada à ilha de uma roupa de algodão composta por uma
Okinawa, atualmente uma província japonesa calça e uma blusa (semelhante a um quimo-
localizada no extremo sul do país. A localiza- no), amarrada por uma faixa colorida (que
ção estratégica de Okinawa caracteriza uma simboliza o nível de conhecimento do pratican-
peculiaridade das tradições culturais mais te). Atualmente, o aprendizado das técnicas é
próximas da China do que do próprio Japão. dividido em três elementos:
Preceitos culturais, filosóficos e religiosos
também influenciaram o caratê e outras for- f kihon (técnica fundamental) – base, defe-
mas de combate no Japão. sas, socos e pontapés;
f katas (exercícios ou movimentos formais,
A palavra japonesa karate, derivada do com “um ou dois inimigos imaginários”).
termo original to te, significa “mãos vazias”. Esses exercícios apresentam cinco caracte-
A luta tem como característica a utilização rísticas: 1) sequência: movimentos e dire-
das mãos, dos pés, dos braços e de qualquer ção dos golpes; 2) respiração: alternância
outra parte do corpo como arma de defesa entre momentos de inspiração e expira-
pessoal. No século XVI, Okinawa foi inva- ção, com intensidades diferentes; 3) com-
dida e perdeu sua independência. Ninguém binações e tempo: sequência de movimen-
podia portar ou utilizar armas, fato que pode tos combinados que dão “vida” ao kata;
ser considerado importante para o surgimen- 4) forma e significado: posição dos golpes
to do caratê. (mãos e pés) e significado da intenção de
cada movimento; 5) olhos: significam con-
Por volta de 1920, Gichin Funakoshi (1868- centração e indicam a direção de execução
1957) levou o caratê à capital, Tóquio. Após dos movimentos e golpes;
conviver com outros mestres e inúmeros prati- f kumite (combate) – no qual se utilizam as
cantes de aiquidô, judô e quendô, Funakoshi técnicas do kihon e dos katas.
tornou-se professor em escolas de Tóquio. Ele
foi o responsável pela divulgação da luta por Os estilos ou escolas de caratê apresen-
todo o território japonês. tam diferentes combinações e aplicações das
técnicas, utilizando força, velocidade e re-
A colônia japonesa foi responsável pela sistência, percebidos na movimentação das
introdução do caratê no Brasil em meados da mãos e dos pés. As condutas para praticar o
década de 1950. O Estado de São Paulo foi caratê são baseadas no respeito mútuo. Al-
o primeiro a ter contato com essa luta, que, guns movimentos do esporte assemelham-se
anos depois, se expandiu para outros Esta- aos de animais em seus hábitats.
dos brasileiros.
No quadro a seguir, são apresentadas
Identificando o caratê algumas particularidades das cinco escolas
predominantes ou estilos que constituem o
O caratê é praticado em um local chama- caratê moderno: Goju-Ryu, Shotokan, Shi-
do dojo (que significa “lugar onde se estuda to-Ryu, Wado-Ryu e Shorin-Ryu. As dife-
o caminho”), e seus praticantes usam o gui, renças entre os estilos estão relacionadas às
suas origens.
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© Mitch Diamond/Alamy/Glow Images © Mark Boulton/Alamy/Glow Images © Ilian/Alamy/Glow Images
Shotokan: desenvolvido pelo mestre Gichin Funakoshi quando divulgou o caratê nas
outras partes do Japão. Seus alunos criaram a Japan Karate Association, que passou a ser o
berço do estilo. Em japonês, shotokan significa “academia de shoto”; e shoto é “o som que
o vento faz quando passa no pinheiro”, pseudônimo utilizado pelo mestre Funakoshi
para assinar suas poesias. É um estilo com bases mais amplas, de movimentação rápida
e com grande aproveitamento da movimentação dos quadris, sendo o equilíbrio uma
habilidade muito importante.
Shito-Ryu: criado por Kenwa Mabuni, é caracterizado por uma grande riqueza de
movimentos (katas) que combinam velocidade, agilidade, força e contração muscular.
Wado-Ryu: significa estilo do caminho da paz e foi criado pelo mestre Hironori Otsuka. Di-
fere dos demais estilos por usar o mínimo de esforço, imobilizações, esquivas e golpes de im-
pacto com os membros, além de arremessos e projeções. O bloqueio como técnica de defesa
é transformado em movimento de ataque.
Shorin-Ryu: tem suas origens no caratê de Sokon Matsumura. Shorin significa “floresta de
pinheiros”. Caracteriza-se por sugerir a respiração mais natural possível e por suas bases
(posturas) mais altas.
Possibilidades interdisciplinares
Professor, o tema “Luta” poderá ser desenvolvido de modo integrado com as disciplinas de
História e Geografia, na medida em que envolve conteúdos relacionados à história e à origem do
caratê em diferentes contextos. Converse com os professores responsáveis por essas disciplinas
em sua escola. Essa iniciativa facilitará a compreensão dos conteúdos de forma mais global e
integrada pelos alunos.
33
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3
IDENTIFICAÇÃO DO CONHECIMENTO A RESPEITO
DO CONCEITO DE LUTA
A luta é um elemento cultural que causará vida cotidiana (desenhos animados, filmes, se-
certo estranhamento nos alunos com pouca riados de TV, novelas, história em quadrinhos,
experiência no assunto. No entanto, será de- videogames, jogos de tabuleiros, de cartas etc.)
safiador descobrir as possibilidades de am- é um fato que não podemos desconsiderar.
pliar os conhecimentos referentes às lutas. Os Partindo desse pressuposto, das adaptações
alunos serão motivados a trocar informações cabíveis e das condutas dos grupos, os alunos
e apreciar imagens. O contato com diferentes realizarão golpes de ataque e defesa e viven-
modalidades de lutas em vários contextos da ciarão outros aspectos peculiares do caratê.
Competências e habilidades: expressar opiniões a respeito dos termos briga, violência, sobrevi-
vência e luta, relacionando-os com outras condutas do cotidiano; apreciar, identificar e compa-
rar as diferenças entre uma luta e outra e compreender o processo histórico de desenvolvimento
do caratê; reconhecer e valorizar as diferentes características pessoais e interpessoais a partir do caratê,
a fim de compreender e comparar os variados estilos dessa luta.
Sugestão de recursos: imagens de diferentes lutas; quimonos (ou roupões de banho); filmado-
ra; aparelho de DVD.
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Educação Física – 7ª série/8º ano – Volume 1
superação de limites, o aumento da concen- tas e às artes marciais que vocês conseguem
tração, além do exercício físico e sua utiliza- lembrar. A seguir, agrupem-nas segundo cate-
ção como atividade de lazer, o que trouxe o gorias. Exemplo: capacidades físicas exigidas;
caráter educativo à sua prática. Atualmente, nomes das modalidades de lutas e dos golpes;
boa parte dos filmes que tratam das lutas de país de origem e transformações; graus, vesti-
origem oriental exibe mestres com postura mentas, acessórios etc.
de educador, que ensinam a seus “discípulos”
muito mais que a prática da luta, isto é, ensi- Tendo por base essa lista, escrevam a res-
nam lições para a vida. peito do caratê e de sua relação com outras
lutas, como judô, jiu-jítsu, sumô, kung fu, tae
Mas qual é a diferença, afinal, entre as ar- kwon do, aikido, capoeira etc. Se desejarem,
tes marciais e as lutas? Seriam a mesma coisa? ilustrem a redação com mangás e outras figu-
ras, como as apresentadas a seguir.
Segundo os praticantes das artes marciais,
© Absodels/Getty Images
principalmente as de origem oriental, elas se
diferenciam das lutas porque têm uma orien-
tação filosófica nos conteúdos de sua cultura
de origem.
© Absodels/Getty Images
elementos do aprendizado das técnicas do
caratê?
( X ) kihon.
( ) dojo.
( X ) katas.
( ) gui.
( X ) kumite.
35
Etapa 1 – O que é luta? lutas? O caratê é praticado em quais regiões do
mundo? No Brasil há muitos praticantes?
Procure fazer uma “tempestade de ideias”
ou uma chamada temática com os alunos para Caro professor, nesta etapa oriente os
alunos a realizarem a “Lição de casa”,
que falem a respeito do tema, por exemplo, uma
que consta no Caderno do Aluno.
palavra que se associe à luta. Poderão surgir ex-
pressões do tipo: briga, violência, sobrevivência, A luta tem como característica a utiliza-
judô, caratê, sumô, práticas orientais, treina- ção das mãos, dos pés, dos braços e de qual-
mento, concentração, defesa pessoal, jiu-jítsu, quer outra parte do corpo como arma de de-
vale-tudo, força, agilidade, agressão, “coisa pra fesa pessoal.
homem”, capoeira, disciplina, ringue, boxe, fra-
turas, cabo de guerra, lesões, socos, pontapés Experimente executar os movimentos das
(chutes), quimono, faixa preta, nomes de golpes, sequências apresentadas:
de atletas ou de filmes que abordem o tema.
1. Execute a forma correta de fechar a mão
para aplicar o tzuki.
As informações coletadas podem ser agrupa- © Conexão Editorial
das em categorias: nomes das modalidades de lu-
tas e dos golpes, origem e história das lutas (país
de origem e transformações), características das 1 2 3 4 5
lutas (princípios, categorias, vestimentas, acessó-
rios), capacidades físicas exigidas (força, agilidade, 2. Exercite os socos (oizuki) com deslocamento.
equilíbrio, resistência, flexibilidade e velocidade).
Veja esta sequências de bases:
Etapa 2 – Identificando e reconhecendo o
© Conexão Editorial
A B C
caratê
A B C
semelhanças entre as lutas e caracterizar as
particularidades do caratê. Por exemplo: O
caratê é uma luta com que tipo de movimenta-
ção? Os lutadores utilizam quais partes do cor-
po para realizar os golpes? O espaço para prá-
tica do caratê é semelhante ao de outras lutas?
Homens e mulheres praticam o caratê? Que A – Mae-Gueri (chute frontal);
vestimentas utilizam os lutadores de caratê? As B – Mawashi Gueri (chute semicircular);
vestimentas são semelhantes às usadas em outras C – Yoko Gueri (chute lateral).
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execução.
© Fernando Favoretto
© Fernando Favoretto
4. Tente realizar a sequência deste kata. Para relembrar, seguem algumas imagens que orientam a
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© Fernando Favoretto
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© Fernando Favoretto © Fernando Favoretto
© Fernando Favoretto
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© Fernando Favoretto
© Fernando Favoretto
© Fernando Favoretto
© Fernando Favoretto
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© Fernando Favoretto
Espera-se que os alunos, com base nas aulas e nas ilustrações apresentadas, exercitem os movimentos propostos, individualmente ou
com algum colega.
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Etapa 3 – Adaptação e experimentação do (guiaku-zuki). Ainda na mesma posição
caratê: preparando o cenário do combate inicial, os alunos executam chutes à frente
(mae-gueri), com grande elevação do joe-
Após a análise das características do ca- lho, alternando as pernas. Todas essas téc-
ratê, os alunos precisam vivenciar alguns nicas podem ser combinadas e variadas à
movimentos característicos e mostrar os conhe- medida que os alunos melhorem as execu-
cimentos elaborados. Peça para que eles iden- ções. Sugere-se uma transição da execução
tifiquem possibilidades de adaptação das individual para os exercícios em dupla.
vestimentas. Por exemplo: roupão de banho,
camisetas e calças de moletom ou de malha Proponha trocas constantes das duplas,
de algodão (de tamanho grande, para facilitar inclusive entre meninas e meninos, para con-
a realização dos movimentos característicos tinuar com as discussões sobre coeducação,
do caratê.) As atividades podem ser realiza- gênero e capacidades físicas, iniciadas na Situa-
das em duplas e devem propor a vivência das ção de Aprendizagem anterior.
seguintes situações:
Etapa 4 – Criação, vivência, apreciação e
f desequilíbrios: tentar desequilibrar o cole- análise dos golpes e das condutas do caratê
ga usando somente os pés. Começar a luta
em pé; Na prática do caratê, existe uma forma de
f conquista de território: demarcar o espaço movimentos conhecida como kata (pronuncia-
com duas linhas, quem conseguir “empur- se catá). Trata-se de uma espécie de luta contra
rar” o outro até o espaço demarcado ganha um inimigo imaginário expressa em sequências
o combate; fixas de movimentos, sistematicamente orga-
f ataque e defesa: verificar quem consegue nizados, com técnicas ofensivas (ataque) e de-
tocar mais vezes no joelho do colega com fensivas (defesa). Quando executado correta-
as mãos; mente, o kata tem início e término na mesma
f ataque e defesa: em duplas, um dos alu- posição espacial, revelando sua simetria. Do
nos deverá elevar e estender os braços, en- mesmo modo, sempre se inicia com uma defe-
quanto o outro tentará atingir com os pés sa, o que simboliza a preservação da paz. Ape-
as mãos do colega; depois, invertem-se as sar dessa movimentação ser peculiar à prática
funções; do caratê, pode ser modificada para atender às
f soco e chute: individualmente, cada alu- necessidades específicas de aprendizado dos
no fica em pé, parado, com as pernas um alunos, ou seja, criar uma sequência embasada
pouco afastadas lateralmente, e executa nas técnicas mais simples aprendidas anterior-
socos (tzuki) em linha reta, à frente, al- mente e apresentá-la de forma livre.
ternando os braços. A seguir, cada aluno
fica numa postura com um dos membros A formação de grupos é uma boa estratégia
inferiores mais à frente, flexionado, com nesse ponto. Cada grupo deverá registrar em
o peso corporal concentrado, e executa um papel uma sequência de movimentos pró-
socos (oizuki) em deslocamento, combi- prios, sem a necessidade de classificar os gol-
nando movimentos de braço e perna do pes, apenas indicar a execução do movimento.
mesmo lado do corpo. Na mesma posição, Os grupos devem apresentar uma sequência de
os alunos repetem os socos ora usando o movimentos que utilizem braços e pernas com-
braço do mesmo lado da perna que está à binados com giros e saltos, socos defensivos e
frente (kizami-zuki), ora usando o braço ofensivos para compor uma sequência de kata
do lado oposto à perna que está à frente original (criação de movimentos).
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Educação Física – 7ª série/8º ano – Volume 1
Desafio!
Com as letras a seguir indicadas, forme o maior número de palavras ou expressões relaciona-
das às lutas ou às artes marciais.
J – judô
K–
S–
D–
F–
Q–
A–
C–
B–
Algumas possibilidades de respostas: briga, sobrevivência, judô, caratê, sumô, concentração, defesa pessoal, jiu-jítsu, força, agilidade,
agressão, capoeira, disciplina, boxe, fraturas, cabo de guerra, socos, chutes, quimono, faixa preta, kihon, dojo, katas, gui, kumite,
Shotokan, Shito-Ryu.
41
1. Relacione a palavra da coluna à esquerda ao seu respectivo significado na coluna à direita:
2. Você aprendeu que uma sequência de mo- de ataque e defesa, quase que simultâneos, para três oponen-
vimentos do kata simula um combate com tes exige certa criatividade e percepção do próprio corpo e dos
um ou dois inimigos imaginários. Se você demais para resolver a situação proposta. Sugere-se ao professor
tivesse um terceiro inimigo imaginário, e aos alunos, se possível, que filmem ou fotografem as iniciativas
quais seriam os movimentos que utilizaria dos alunos e de posse do registro discutam as diferentes possibi-
para ataque e defesa? lidades encontradas. Vale ressaltar que essa questão permitirá ao
Espera-se que o aluno elabore diferentes movimentos já que o 3º aluno potencializar sua própria condição de criar e realizar deter-
oponente/adversário não estava previsto nas situações propostas minados movimentos e não ficar restrito a movimentos/gestos
anteriormente. A possibilidade de o aluno elaborar movimentos exigidos pela luta tomada como exemplo.
ATIVIDADE AVALIADORA
Enquanto desenvolve a Situação de Aprendi- f Esses locais são públicos ou privados?
zagem, aproveite para avaliar os alunos quanto f Quem frequenta esses espaços (identifi-
à capacidade de identificar e organizar informa- car o gênero): homens, mulheres? Qual a
ções a respeito do caratê. Cada grupo poderá faixa etária desse público: jovens, adul-
ficar responsável por organizar e apresentar os tos, idosos?
conhecimentos elaborados. Em grupos, os alu- f O caratê pode ser praticado por homens e
nos podem responder às seguintes questões: mulheres?
f Quais são as formas de pontuação no caratê?
f Aponte uma semelhança e uma diferença f Os golpes de ataque são executados com
entre o caratê e outras lutas. quais partes do corpo?
f Cite o nome das escolas predominantes de f Quais condutas não são permitidas em
caratê. uma luta de caratê?
f Qual foi a maior dificuldade que vocês en-
frentaram para realizar as vivências? As respostas podem ser analisadas por to-
f Perto da escola, quantos locais existem dos os grupos (avaliação pelos pares) e pelo
para a prática de caratê ou outra luta de professor, para verificar sua coerência.
origem oriental?
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Educação Física – 7ª série/8º ano – Volume 1
Durante o percurso pelas várias etapas da f apreciação e registro, por parte do aluno,
Situação de Aprendizagem, alguns alunos po- dos próprios movimentos e dos colegas;
derão não apreender os conteúdos da forma f pesquisas em sites ou em outras fontes,
esperada. É necessário, então, que novas Situa- para posterior apresentação e análise;
ções de Aprendizagem sejam propostas, per- f elaboração e apresentação (pode-se op-
mitindo ao aluno revisitar o processo de outra tar pelo registro com uso de palavras,
maneira. Tais estratégias podem ser desenvolvi- desenhos, recurso audiovisual etc.) de se-
das durante as aulas ou em outros momentos, quências de movimentos, a partir de refe-
individualmente ou em pequenos grupos, com renciais e elementos sugeridos por você,
todos os alunos ou apenas os que apresenta- professor;
ram dificuldades. Por exemplo: f resolução de outras situações-problema,
não contempladas na Atividade Avaliado-
f roteiro de estudos com perguntas nortea- ra, referentes a técnicas e táticas do caratê;
doras elaboradas por você para posterior f reapresentação da Atividade Avaliado-
apresentação por escrito; ra desenvolvida em outra linguagem (por
f apreciação e análise de filmes ou documentá- exemplo, descrever verbalmente ou com
rios sob sua orientação; desenhos as atividades realizadas).
43
a11/barreiramassimi03.pdf.> Acesso em: 24 SO, Marcos R.; BETTI, Mauro. Lutas na
maio 2013. O texto explora percursos históri- Educação Física escolar: relação entre conteú-
cos, técnicos, conceituais e vivenciais das ideias do, pedagogia e currículo. Disponível em:
inerentes ao estilo Shotokan do caratê, idealiza- <http://www.efdeportes.com/efd178/lutas-na-
do por Gichin Funakoshi, analisando-o a par- educacao-fisica-escolar.htm>. Acesso em: 25
tir do pensamento de seu discípulo Masatoshi out. 2013. Apresenta reflexões sobre o tratamen-
Nakayama, um dos responsáveis pela diáspora to das lutas nas aulas e aborda diferentes pontos
mundial dessa arte marcial. de vista de professores de Educação Física.
44
Educação Física – 7ª série/8º ano – Volume 1
45
TEMA 3 – ORGANISMO HUMANO, MOVIMENTO E
SAÚDE – CAPACIDADES FÍSICAS: APLICAÇÕES NO
ATLETISMO E NA LUTA
O ser humano elabora uma compreensão piciar aos alunos um conjunto de experiên-
em torno de seu próprio organismo quando cias significativas que possibilitem melhor
se percebe inserido em fenômenos que conse- compreensão das mudanças de estado e das
gue interpretar e aos quais é capaz de atribuir interações do organismo quando submetidos
significados em consonância com sua própria a certos regimes de exercitação.
história. Nessa perspectiva, o Se-Movimentar
pressupõe “um diálogo” para conhecer e vi- No tema “Organismo humano, movimen-
venciar os mecanismos da vida (vitais), dentre to e saúde”, o objetivo é propiciar a correla-
os quais se destacam a percepção e o desenvol- ção entre a percepção e a compreensão das
vimento das capacidades físicas. capacidades físicas do organismo, que se au-
togere, mas só o faz na relação com os outros
Muitas vezes, deficiências em algumas ca- (MATURANA, 1998). Assim sendo, o trabalho
pacidades físicas podem levar uma pessoa a com o tema, neste volume, deve ser integrado
experimentar dificuldades para participar de com o desenvolvimento dos temas “Esporte –
certas manifestações da Cultura de Movi- Modalidade individual: Atletismo” e “Luta”, de
mento. Contudo, não se propõe aqui que as modo que os alunos possam identificar as impli-
aulas de Educação Física sejam destinadas à cações das capacidades físicas nessas manifesta-
prática de exercícios e atividades para o desen- ções da Cultura de Movimento.
volvimento das capacidades físicas, mas que
possibilitem a compreensão dos fundamentos De acordo com Barbanti (2003), as capa-
relativos a essas capacidades. Trata-se de pro- cidades físicas podem ser assim sintetizadas:
BARBANTI, Valdir José. Dicionário de Educação Física e esporte. 2. ed. São Paulo: Manole, 2003.
46
Educação Física – 7ª série/8º ano – Volume 1
No caso particular das provas de cor- sária nos movimentos preparatórios para
ridas com barreiras e obstáculos e nos os lançamentos.
arremessos e lançamentos, pode-se iden-
tificar, em especial, a mobilização das No caratê, os golpes envolvem a flexibilidade
capacidades físicas, flexibilidade, veloci- e a agilidade, a força e a velocidade, assim como
dade e força. Também a agilidade é neces- a resistência durante um combate prolongado.
Possibilidades interdisciplinares
Professor, o tema “Organismo humano, movimento e saúde” poderá ser desenvolvido de modo
integrado com a disciplina de Ciências, na medida em que envolve conteúdos relacionados com o orga-
nismo humano e suas implicações na relação com o atletismo e com a luta. Converse com o professor
responsável por essa disciplina em sua escola. Essa iniciativa facilitará a compreensão dos conteúdos
de forma mais global e integrada pelos alunos.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4
“SE FICAR, TEM ARREMESSO; SE CORRER, TEM LANÇAMENTO”
Os alunos necessitam compreender que as ca- capacidades físicas são mais mobilizadas que
pacidades físicas permitem otimizar algumas vi- outras, em função das necessidades, estratégias
vências e experiências. É importante que, durante e características da luta. No caso do caratê, a
as experimentações de arremessos e lançamen- intenção é que os alunos consigam identificar
tos, o professor ressalte essa questão, mas sem quais são as capacidades físicas mais requeridas
desmotivar os alunos. Sugere-se que a primeira e as possíveis implicações na execução dos ges-
etapa desta Situação de Aprendizagem seja de- tos da luta. Sugere-se que a segunda etapa desta
senvolvida conjuntamente com o tema “Esporte Situação de Aprendizagem seja desenvolvida em
– Modalidade individual: atletismo”. Algumas conjunto com o tema “Luta”.
Conteúdo e temas: capacidades físicas e aplicações no atletismo; capacidades físicas e aplicações no caratê.
Competências e habilidades: identificar alguns exercícios específicos que mobilizem as capacidades físicas
relacionadas ao atletismo; identificar as implicações das capacidades físicas predominantes nas provas de
corridas com barreiras e obstáculos, arremessos e lançamentos; reconhecer a importância das capacida-
des físicas no desempenho das provas de corrida com barreiras e obstáculos, arremessos e lançamentos;
identificar alguns exercícios específicos que mobilizem as capacidades físicas relacionados ao caratê; iden-
tificar e comparar os diferentes grupos musculares mobilizados nas sequências de movimentos do caratê;
identificar as implicações das capacidades físicas predominantes no caratê; reconhecer a importância das
capacidades físicas nos movimentos do caratê.
Sugestão de recursos: caixa de papelão, cordas; bastões de madeira; garrafas PET; arcos; cones (Situação
de Aprendizagem 1); bolas diversas: de borracha, tênis, basquetebol, futsal, voleibol, handebol, medicine
ball; bastonetes de giz; folhas de jornal; argolas; arcos; bambolês; frisbee; corda; cabo de vassoura (Si-
tuação de Aprendizagem 2); imagens de diferentes lutas; quimonos (ou roupões de banho), filmadora,
aparelho de DVD (Situação de Aprendizagem 3); papel sulfite; canetas.
47
Desenvolvimento da Situação de 2. Em modalidades individuais, como o atle-
Aprendizagem 4 tismo, as capacidades aparecem de forma
isolada, ou seja, para cada modalidade uti-
lizamos uma única capacidade.
Professor, antes de iniciar a Situa-
ção de Aprendizagem 4, faça a lei- ( ) Verdadeiro
tura, junto com seus alunos, da ( X ) Falso
atividade “Para começo de conversa”.
3. Nas lutas, para a execução dos golpes, bas-
Durante as aulas de Educação Física e no ta que o praticante desenvolva as capacida-
seu dia a dia, você utiliza as capacidades des de força e agilidade.
físicas para a realização de diferentes tare-
fas. Vamos relembrar essas capacidades: ( ) Verdadeiro
( X ) Falso
a) agilidade: é a capacidade de executar
movimentos rápidos com mudança de
direção, como as fintas nos esportes co- Etapa 1 – Invadindo e defendendo
letivos e as coreografias na dança. território
48
Educação Física – 7ª série/8º ano – Volume 1
cada rodada (para quem chegou primeiro e para Solicite, nas apresentações, que os alunos
quem arremessou e lançou com mais precisão). explorem os movimentos dos membros supe-
Os objetos que não atingirem o alvo (território) riores e inferiores, relacionando-os às capaci-
devem ser recolhidos pelo grupo que os lançou e dades físicas.
arremessou para que seja reiniciada a atividade.
Professor, solicite aos alunos
Solicite, após ter completado algumas ro- que realizem a “Pesquisa em
dadas, que os alunos comparem as capacida- grupo”, que consta no Cader-
des utilizadas ao correr e ao lançar/arremes- no do Aluno, a fim de retomar
sar. Peça também que cada grupo registre suas o que foi estudado sobre os temas “Esporte
percepções em uma folha de papel (o registro – Modalidade individual: atletismo” e
facilitará a avaliação posteriormente). “Luta”, relacionando-os com o tema “Or-
ganismo humano, movimento e saúde”.
Etapa 2 – Análise das capacidades físicas a Para finalizar, peça a eles que completem as
partir dos golpes do caratê: nem tudo é força seções “Lição de casa”, “Desafio!” e “Você
aprendeu?”.
No caratê, os pontos são obtidos confor-
me as diferentes técnicas associadas aos es-
tilos. Organize os alunos em grupos, solici- Vocês executaram movimentos pertinen-
tando que cada grupo pesquise e analise uma tes ao atletismo e ao caratê. Pesquise entre
das técnicas em relação aos grupamentos seus colegas as atividades vivenciadas, as di-
musculares e identifique o tipo de capacidade ficuldades que encontraram na execução des-
física mais exigida para a sua execução. ses movimentos (cada componente do grupo
sugere uma) e as capacidades envolvidas.
Os alunos poderão demonstrar como se Apresentem uma proposta para melhorar es-
executa a técnica pesquisada e expor aos ou- sas capacidades. Feito isso, preencha a tabela
tros grupos o resultado de sua análise. de acordo com o exemplo:
Nome Ana
Atividade Corrida
O resultado da pesquisa depende dos gestos escolhidos pelos alunos. Utilize o exemplo como referência.
49
Desafio!
Observe as figuras a seguir e identifique a capacidade física predominante em cada caso.
© Dimitri Iundt/TempSport/Corbis/
Latinstock a) No momento do lançamento, a
capacidade predominante é: Força.
© Mark A. Johnson/Corbis/
Latinstock
50
Educação Física – 7ª série/8º ano – Volume 1
ATIVIDADE AVALIADORA
Solicite aos alunos que registrem em uma físicas. De posse dessa ficha, auxilie os alu-
ficha individual as atividades de corridas, nos para que, em grupos, discutam os dados
arremessos e lançamentos realizadas, assim com os colegas e identifiquem, em seguida,
como as referentes ao caratê, assinalando exercícios que auxiliem no desenvolvimento
as principais facilidades e dificuldades en- de determinadas capacidades físicas para as
contradas e sua relação com as capacidades referidas atividades.
51
TEMA 4 – ESPORTE – MODALIDADE COLETIVA
A ESCOLHER
52
Educação Física – 7ª série/8º ano – Volume 1
Nessa concepção de esporte coletivo, prati- a forma mais simples de jogo, o anárquico,
car uma modalidade esportiva coletiva consti- é aquele em que os praticantes se aglutinam
tui-se na realização de um conjunto de ações em torno da bola, não utilizam adequada-
inteligentes que devem ser ensinadas aos alu- mente os espaços da quadra ou do campo,
nos nas aulas de Educação Física. Não se tra- movimentam-se somente em torno da bola
ta apenas de fazê-los repetir os fundamentos e comunicam-se prioritariamente de forma
técnicos das várias modalidades, mas levá-los verbal. A intenção é que os alunos avancem
a compreender que para jogar são necessárias nas fases do jogo, compreendendo-o me-
algumas ações técnico-táticas. lhor e executando ações mais inteligentes.
A questão principal que se coloca no ensi- A forma mais elaborada de jogo prevê pra-
no do esporte coletivo não se resume à força ticantes com melhor relação com a bola, os
do chute no futebol ou à altura do salto para quais, mesmo sem a posse dela, movimentam-se
a cortada no voleibol ou à precisão do taticamente pelo espaço de jogo, antecipan-
arremesso no basquetebol, mas a levar o do os passes, tentando se deslocar para onde
aluno a decidir qual é a melhor ação numa a bola deverá ir, sem tanta necessidade da
situação real de jogo, quando executá-la e linguagem verbal quando se trata de pedir a
como se adaptar às situações imprevisíveis bola. Enfim, fazem uma leitura mais completa
que acontecem a todo instante nesse tipo de do jogo, permitindo que haja comunicação e
prática esportiva. movimentação inteligentes não só de jogador
para jogador, mas no grupo como um todo
Dessa forma, a técnica e a tática são vistas (GARGANTA, 1995).
como partes de um mesmo processo, indisso-
ciáveis na dinâmica do jogo, uma vez que o Segundo o autor, o jogo mais fraco em
modo de fazer (técnica) depende das razões termos de qualidade é aquele em que todos
para fazer (tática). A técnica não existe sem a se aglutinam em torno da bola, todos que-
tática e vice-versa. O que deve ser feito numa rem a bola para si, os alunos não procuram
determinada situação de jogo é demandado espaços para facilitar o passe do colega, não
pelas exigências da situação. defendem, precisam gritar para ser notados e
receber a bola. Os fatores de desenvolvimento
Nessa concepção, jogar melhor uma de- de um jogo mais organizado são: fazer a bola
terminada modalidade esportiva coletiva não correr, afastar-se do colega que tem a bola, di-
implica somente acertar o alvo ou fazer mais rigir-se para espaços vazios com o objetivo de
pontos, mas realizar de forma coletiva ações receber a bola, fazer sempre a leitura do jogo,
que levem a um jogo mais inteligente do pon- movimentar-se após o passe.
to de vista tático.
É importante ressaltar que as quatro fa-
Considerando três indicadores, (a) a co- ses do jogo não estão condicionadas a faixas
municação entre os jogadores, (b) a estrutu- etárias ou fases do desenvolvimento motor,
ração no espaço de jogo e (c) a relação com mas a níveis de compreensão do jogo. Des-
a bola, Júlio Garganta (1995) definiu quatro sa forma, pode haver grupos de crianças e
fases de compreensão e desenvolvimento do adolescentes que já conseguem praticar o
jogo esportivo coletivo, as quais devem nor- esporte de forma mais elaborada e adultos
tear o processo de aprendizagem dos alunos. ainda presos a formas anárquicas de prática
São elas: “(1) anárquica, (2) descentração, (GARGANTA, 1998 apud SILVA; ROSE
(3) estruturação e (4) elaboração”. Assim, JUNIOR, 2005).
53
A intenção em desenvolver o esporte cole- alunos da fase anárquica para conduzi-los à
tivo na 7a série/8o ano é qualificar a prática es- fase de elaboração do jogo esportivo. As Situa-
portiva dos alunos do ponto de vista técnico- ções de Aprendizagem apresentadas a seguir
-tático. Se na 5a série/6o ano o jogo praticado dão alguns exemplos de intervenção, podendo
era, prioritariamente, anárquico, é possível ser modificadas em decorrência da modalida-
agora estimular os alunos a formas de jogo de escolhida.
mais elaboradas, conforme a classificação
apresentada anteriormente. Nesse sentido, Inicialmente, serão sugeridas atividades
não será destacada neste volume uma modali- com grupos reduzidos, a fim de otimizar as
dade de esporte coletivo. Debata com os alu- ações tanto de defesa como de ataque, esti-
nos e considere as especificidades locais tanto mulando todos os alunos ao contato com a
da escola como do grupo para eleger a moda- bola e à comunicação com os colegas. Após
lidade a ser trabalhada, que poderá ser uma a prática dos jogos com equipes reduzidas,
das quatro já vistas nas séries/anos anteriores haverá oportunidade de realização de jogos
(futsal, handebol, basquetebol e voleibol) ou com equipes completas, ocasião em que po-
alguma ainda não trabalhada sobre a qual os derão ser praticadas algumas situações vi-
alunos tenham curiosidade, desde que haja venciadas anteriormente. No momento dos
condições de prática na escola. Pode-se tam- jogos com equipes completas, as modalida-
bém enfatizar as Situações de Aprendizagem des poderão ser relembradas, inclusive com
propostas para qualificar o desenvolvimento atuação de “arbitragem” por parte dos pró-
do jogo, revisitando as várias modalidades prios alunos. Além disso, serão retomados
trabalhadas nas séries/anos anteriores, porém alguns sistemas de jogo das modalidades
de forma mais qualificada, tentando tirar os em questão.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 5
DESENVOLVENDO ALGUMAS ESTRATÉGIAS DE JOGO DO
ESPORTE COLETIVO (FUTSAL, HANDEBOL, BASQUETEBOL)
A intenção é desenvolver algumas estra- de todos os alunos e também otimizar sua ca-
tégias de jogo em situações reduzidas, no pacidade de ação nas situações técnico-táticas
intuito de proporcionar a participação ativa do esporte coletivo.
Conteúdo e temas: técnicas e táticas como fatores de aumento da complexidade do jogo; es-
tratégias de jogo do esporte coletivo.
54
Educação Física – 7ª série/8º ano – Volume 1
© Wilson Dias/ABr
Desenvolvimento da Situação de
Aprendizagem 5
Professor, antes de iniciar a Situa-
ção de Aprendizagem 5, peça aos
alunos que façam a atividade “Para
começo de conversa”, que consta
no Caderno do Aluno, para diagnosticar seus
conhecimentos sobre o tema.
Uma das características dos esportes co-
letivos é o enfrentamento de duas equipes na
disputa de uma bola, com o objetivo de che-
gar ao alvo do adversário. Ao mesmo tempo, c) Ataque: equipe azul-escura
as equipes procuram defender o seu próprio Defesa: equipe verde e amarela
alvo das ações ofensivas do adversário.
Essas situações são conhecidas como ataque
(sistemas ofensivos) e defesa (sistemas defensivos).
© Wilson Dias/ABr
1. Analise as imagens a seguir e indique a equi-
pe que está no ataque e a que está na defesa.
© Frank Paul/Alamy/Glow Images
55
As situações de ataque e defesa compõem o Pretende-se com essa atividade oportu-
que chamamos de tática de jogo. Nas aulas de nizar a movimentação rápida e inteligente
Educação Física, quando você aprendeu a jo- dos alunos, tanto no ataque como na de-
gar as modalidades coletivas, o professor deve fesa. No ataque, a movimentação é neces-
ter alertado para a importância da tomada de sária para a desmarcação, gerando melho-
decisão dos jogadores durante a partida e da res oportunidades para a finalização. Na
necessidade de cada um e de todos encontra- defesa, a movimentação é necessária para
rem as melhores saídas para as situações que se impedir ou dificultar a finalização. Todos
apresentarem durante um jogo. Isso tudo por- os alunos devem passar pelas situações de
que, nos esportes coletivos, os acontecimentos ataque e defesa.
são imprevisíveis. Embora os jogadores estejam
posicionados segundo o sistema de jogo adota- Etapa 2 – Saindo em contra-ataque
do (disposição dos jogadores na área de jogo),
a forma como cada jogador reage ao desloca- Três alunos colocam-se no ataque contra
mento da bola ou aos adversários depende de dois alocados na defesa. Os alunos do ataque,
sua capacidade de escolher a melhor opção posicionados na zona central da quadra, re-
(tocar a bola para a frente ou para o lado, por cebem um lançamento do professor e partem
exemplo). Portanto, a tática de jogo depende para o ataque. Os dois alunos defensores, po-
da capacidade individual de cada jogador e da sicionados na área de defesa próxima ao seu
capacidade da equipe para que, coletivamente, alvo, tentam impedir a finalização, interceptan-
escolham a alternativa mais vantajosa a fim de do os passes ou roubando a bola dos atacantes
alcançar o resultado desejado. sem cometer infração.
2. Nas situações de jogo, os jogadores realizam Pretende-se com essa atividade oportuni-
situações e movimentações de ataque e de- zar um rápido ataque, em virtude da vantagem
fesa. Coloque A para a ação de ataque e D numérica de atacantes. Pretende-se também
para a ação de defesa: que os defensores tentem marcar um número
maior de atacantes, desenvolvendo ações de
(A) conservar a posse de bola. cobertura. Todos os alunos devem passar pe-
(D) proteger o alvo. las situações de ataque e defesa.
(A) progredir em direção ao alvo adversário.
(D) recuperar a posse de bola. Etapa 3 – Recuperando na defesa
(D) impedir a progressão da equipe
adversária em direção ao alvo. Três alunos realizam o ataque contra três
( A ) finalizar em direção ao alvo. alunos defensores. Quando os atacantes fi-
nalizarem em direção ao alvo, retornarão,
Etapa 1 – Fazendo a “trança” no ataque imediatamente, à sua quadra para realizar a
próxima defesa, enquanto outros três alunos,
Três alunos devem posicionar-se no ataque posicionados fora da quadra, na linha cen-
contra três alunos alocados na defesa, todos tral, entram para realizar o ataque seguinte.
dispostos na meia quadra. Os alunos do ataque Todos os alunos passam, inicialmente, pela
procuram trocar passes rapidamente, passando situação de ataque e, posteriormente, pela si-
a bola e ocupando o lugar de quem a recebeu, tuação de defesa.
criando uma dinâmica conhecida como “tran-
ça”. Quando surgir a oportunidade, devem se Pretende-se nesse jogo estimular a rápida
infiltrar em direção ao alvo. Os três alunos de- recuperação dos alunos na organização de
fensores tentam impedir a movimentação. sua defesa.
56
Educação Física – 7ª série/8º ano – Volume 1
57
Em um jogo, cada um dos jogadores da que é o gol ou a cesta, por exemplo. A equipe
equipe ocupa uma posição na quadra ou no pode, ainda, interceptar o ataque do adver-
campo, segundo o sistema definido, previa- sário. Essa disposição dos jogadores é defi-
mente, pelo professor, pelo técnico ou pelos nida por números que indicam a posição e a
integrantes do grupo. Essas posições levam localização de cada um na área de ataque ou
em conta, entre outras coisas, as habilida- defesa e também a sua função. Na primeira
des de cada um, bem como os pontos fortes figura, por exemplo, temos a organização 3-5-
e fracos da equipe e do adversário. Quando 2 do futebol, com um goleiro, três zagueiros,
a equipe prepara o ataque ou a defesa, deve três meio-campistas (dois volantes e um meia
observar como está organizada a equipe ad- ou vice-versa), dois alas e dois atacantes. Já
versária e procurar encontrar os pontos vul- na figura seguinte, temos o sistema defensi-
neráveis, ou seja, os espaços ou falhas, para vo 6:0 do handebol, com todos os jogadores
aproveitar-se deles e alcançar o objetivo final, distribuídos ao longo da linha da área de gol.
© Conexão Editorial
58
Educação Física – 7ª série/8º ano – Volume 1
Linha de fundo
© Conexão Editorial
Linha lateral
Linha de 7 metros
Linha central
© Conexão Editorial
com os seus colegas pelo menos uma po-
sição tática do basquetebol e uma posição
tática do voleibol. Assinale as posições nas
quadras a seguir reproduzidas e indique a
respectiva numeração (como foi feito nos
exemplos anteriores: 3-5-2; 6:0):
© Estúdio Amarelo
59
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 6
ORGANIZANDO AS FUNÇÕES OFENSIVAS E DEFENSIVAS
DO ESPORTE COLETIVO
Após a realização de algumas estratégias marcação individual e por zona no futsal,
de jogo em situações reduzidas, pretende-se no basquetebol e no handebol. Organize
agora montar a organização das equipes, os alunos a fim de que eles se revezem para
tanto em relação ao posicionamento ofen- arbitrar os jogos. As etapas desenvolvidas
sivo quanto ao defensivo, chegando ao jogo a seguir oferecem exemplos para as quatro
com equipes completas em toda a quadra. modalidades já tratadas anteriormente (vo-
Pretende-se também o desenvolvimento da leibol, basquetebol, handebol e futsal).
Conteúdo e temas: técnicas e táticas como fatores de aumento da complexidade do jogo; posicionamento
ofensivo e defensivo no esporte coletivo; noções de arbitragem.
60
Educação Física – 7ª série/8º ano – Volume 1
© Wilson Dias/ABr
Figura 10 – Voleibol. Figura 11– Handebol.
Disponha duas equipes em cada meia quadra Disponha duas equipes em cada meia
em situação de ataque e defesa. Solicite, inicial- quadra na situação de ataque e defesa. So-
mente, que a equipe defensora realize marcação licite, inicialmente, que a equipe defensora
individual. Posteriormente, recomende a marca- realize marcação individual. Posteriormen-
ção por zona, orientando os alunos em relação te, recomende a marcação por zona, orien-
ao seu posicionamento. Inicie pela defesa 6:0, tando os alunos em relação ao seu posicio-
mudando em seguida para as defesas 5:1 e 4:2. No namento. Oriente as equipes em relação aos
ataque, varie o posicionamento: inicialmente, sem sistemas de jogo 2-2, 3-1, 1-3 e 1-2-1. Após
pivô e, depois, com um e com dois pivôs. Após a a prática em meia quadra, realize jogos em
prática em meia quadra, realize jogos em toda a toda a quadra, solicitando às equipes dife-
quadra, solicitando às equipes diferentes tipos de rentes tipos de marcação. É importante que
marcação. É importante que os alunos se alter- os alunos se alternem nas diversas funções
nem nas diversas funções das diferentes defesas. das diferentes defesas.
Figura12 – Futsal.
61
© Peter Beavis/Stone/Getty Images
Professor, quando encerrar este
conteúdo indique, para a próxima
aula, a realização da “Lição de
casa”, sugerida no Caderno do
Aluno. Aproveite para recomendar os sites
das confederações para que a turma amplie
seus conhecimentos. Trabalhe com os alunos
as atividades “Você aprendeu?” e “Desafio!”,
também disponíveis no Caderno do Aluno.
© Randy Faris/Corbis/Latinstock
Você não deve ter esquecido também as
tentativas de recuperação de bola (às vezes,
desesperadas) quando o adversário tomou a
bola de sua equipe, não é?
© Jayme Thornton Photography/Getty Images
( ) contra-ataque.
( ) recuperação da posse de bola.
( ) ataque e contra-ataque – o jogo.
62
Educação Física – 7ª série/8º ano – Volume 1
Até agora foram estudados al- tenha sido trabalhado, pode responder também
guns dos sistemas táticos usa- (parabéns por se interessar pela prática esporti-
dos em modalidades coletivas. va!). Vamos lá, então?
Responda às questões a seguir
conforme a modalidade trabalhada. Se você Coloque em cada quadra a disposição dos
souber as respostas, mesmo que o esporte não atletas conforme o sistema solicitado.
© Conexão Editorial
© Conexão Editorial
© Estúdio Amarelo
© Conexão Editorial
63
Desafio!
64
Educação Física – 7ª série/8º ano – Volume 1
ATIVIDADE AVALIADORA
Proponha situações ocorridas nas várias f Qual a melhor estratégia para uma equipe
modalidades que constituem o esporte coleti- de handebol numa situação de defesa na
vo, apresentadas como problemas a serem dis- qual estivesse em desvantagem numérica
cutidos, vivenciados e solucionados pelos alu- de jogadores?
nos (divididos em grupos de número igual aos f Como uma equipe de futsal deveria se com-
jogadores de cada modalidade), por escrito ou portar se estivesse perdendo o jogo e faltasse
mediante demonstração na quadra. Com isso, pouco tempo para o término da partida?
será possível avaliar, inicialmente, a capacida-
de dos alunos de pensar taticamente o esporte Ao final de cada situação de jogo proposta,
coletivo e, posteriormente, realizar na quadra discuta com os alunos as alternativas apresen-
as ações pensadas. Não valorize a execução tadas pelas equipes e realize as correções ne-
perfeita das ações específicas do jogo nem veri- cessárias. É importante garantir que os alunos
fique se a ação proposta culminou na consecu- atentem para a organização tática coletiva,
ção de ponto. Avalie a compreensão, por parte em vez de recorrerem às iniciativas individuais
dos alunos, da situação de jogo proposta e das para a solução das situações propostas.
iniciativas para solucioná-la. Alguns exemplos:
Descreva para os alunos situações reais de
f Como uma equipe de voleibol, de posse da jogo de várias modalidades esportivas, fazendo-
bola, deveria agir para proporcionar um -os colocarem-se como árbitros e pedindo que
ataque mais rápido de meio de rede? opinem. Isso pode ser feito na forma de uma
f Qual a melhor estratégia para uma equipe gincana a que os vários grupos devem responder
de basquetebol numa situação de ataque a questões propostas, contando pontos para as
em que dispusesse de superioridade numé- respostas certas. O objetivo é que os alunos re-
rica de jogadores? lembrem as regras das modalidades esportivas.
65
RECURSOS PARA AMPLIAR A PERSPECTIVA DO PROFESSOR
E DO ALUNO PARA A COMPREENSÃO DO TEMA
Livros Artigos
BAYER, Claude. O ensino dos desportos colecti- DAOLIO, Jocimar. Jogos esportivos coletivos:
vos. Lisboa: Dinalivros, 1994. O autor discute o dos princípios operacionais aos gestos técnicos
processo de ensino dos esportes coletivos, apre- – modelo pendular a partir das ideias de Claude
sentando os princípios operacionais comuns às Bayer. Revista Brasileira de Ciência e Movimen-
modalidades esportivas. to, v. 10, n. 4, p. 99-103, 2002. Disponível em:
<http://portalrevistas.ucb.br/index.php/RBCM/
GARGANTA, Júlio. Para uma teoria dos article/view/478/503>. Acesso em: 24 maio
jogos desportivos colectivos. In: OLIVEI- 2013. O artigo parte das ideias de Claude Bayer
RA, José; GRAÇA, Amândio. O ensino dos sobre o esporte coletivo e propõe um modelo
jogos desportivos. 2. ed. Porto: Universidade para abordá-las do ponto de vista pedagógico.
do Porto, 1995. O autor propõe uma discus-
são sobre o processo de ensino-aprendizagem SILVA, Thatiana A. F.; ROSE JUNIOR,
das modalidades esportivas coletivas. Dante de. Iniciação nas modalidades esportivas
coletivas: a importância da dimensão tática.
GRECO, Pablo J. (Org.). Iniciação espor- Revista Mackenzie de Educação Física e
tiva universal: metodologia da iniciação Esporte, v. 4, n. 4, p. 71-93, 2005. Disponível
esportiva na escola e no clube. Belo Horizon- em: <http://editorarevistas.mackenzie.br/index.
te: UFMG, 2007. v. 2. O autor trata da inicia- php/remef/article/view/1310/1020>. Acesso em:
ção esportiva na escola e no clube, mostrando 1 ago. 2013. O artigo defende a importância
as particularidades técnicas e os métodos de do desenvolvimento da dimensão tática na
treinamento para o esporte coletivo. iniciação nas modalidades esportivas coletivas,
levando em consideração as características de
OLIVEIRA, Júlio; GRAÇA, Amândio. O ensino cada modalidade e das crianças.
dos jogos desportivos. 2. ed. Porto: Universidade
do Porto, 1995. Os autores abordam vários as- Sites
pectos do processo de ensino-aprendizagem
das modalidades esportivas coletivas. O site do Comitê Olímpico Brasileiro e os sites
das confederações esportivas brasileiras podem
PIRES, Giovani de L.; NEVES, Annabel das. auxiliar tanto o aluno quanto o professor em
O trato com o conhecimento esporte na forma- seus estudos e pesquisas para aprofundamento
ção em Educação Física: possibilidades para do assunto esporte coletivo, com informações
sua transformação didático-metodológica. In: oficiais sobre competições e transmissões pela
KUNZ, Elenor (Org.). Didática da Educação televisão. Também apresentam as regras oficiais
Física. 2. ed. Ijuí: Unijuí, 2004. p. 53-97. v. 2. Os da modalidade, algumas informações históricas,
autores discutem as implicações de uma pos- as principais conquistas das seleções nacionais
sível transformação do esporte no âmbito da em várias categorias e acesso para outros sites,
Educação Física escolar. Propõem ações pe- bem como alguns pequenos vídeos. Confira:
dagógicas na perspectiva da totalidade técnica,
interativa e comunicativa, consideradas neces- Comitê Olímpico Brasileiro. Disponível em:
sárias para que os alunos aprendam o esporte <http://www.cob.org.br>. Acesso em: 24
com autonomia e competência. maio 2013.
66
Educação Física – 7ª série/8º ano – Volume 1
67
TEMA 5 – GINÁSTICA – PRÁTICAS CONTEMPORÂNEAS,
PRINCÍPIOS ORIENTADORES, TÉCNICAS E EXERCÍCIOS
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Educação Física – 7ª série/8º ano – Volume 1
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 7
VIVENCIANDO E ENTENDENDO A GINÁSTICA
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Conteúdo e temas: alongamento; ginástica aeróbica; ginástica localizada: princípios orientado-
res, técnicas e exercícios.
Sugestão de recursos: papel sulfite; canetas; garrafas PET; borrachas elásticas; aparelho de
som; CD; vídeo sobre ginástica (opcional).
© Ian Thraves/Alamy/Glow Images
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Educação Física – 7ª série/8º ano – Volume 1
© Revista Veja – Edição especial "Saúde e forma física"/Editora Abril – Dez. 2003.
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© Leo Feltran/Editora Abril
© Revista Veja – Edição especial “Saúde e forma física”/Editora Abril – Dez. 2003.
Há tantas opções, que provavelmente al- roupas, esteiras, bicicletas, colchonetes, apare-
guma delas você já deve ter visto, experi- lhos para musculação etc.), imprimindo um
mentado ou ouvido falar. Temos ginástica novo comportamento no consumidor e tam-
localizada, aeróbica, natural, power yoga, bém na moda, só para citar um dos segmentos.
step, musculação, os sistemas “Body”, Pila-
tes etc. No entanto, com diversificação da 1. Com tanta divulgação e informação, você é
ginástica, proliferaram as indústrias de equi- capaz de dizer que nome se dá, hoje, a esses
pamentos e trajes esportivos (tênis, bonés, tipos de prática corporal?
© Juriah Mosin/Hemera/Thinkstock/
Getty Images
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Educação Física – 7ª série/8º ano – Volume 1
© Fernando Favoretto
© Fernando Favoretto
© Fernando Favoretto
f) g)
© Fernando Favoretto
© Fernando Favoretto
73
Desenvolvimento da Situação de
Aprendizagem 7
Etapa 1 – Vivenciando a ginástica entre esforço (volume e intensidade), recu-
peração e capacidade física desenvolvida. O
Proponha a vivência de três atividades de circuito poderá ser realizado uma ou duas
ginástica: vezes, dependendo do tempo disponível, da
condição física dos alunos e do nível de exi-
f alongamento: 5 a 10 minutos; gência dos exercícios.
f uma sequência (rotina) de exercícios típicos
da ginástica aeróbica: 10 a 15 minutos; Etapa 2 – Entendendo a ginástica
f um circuito com exercícios típicos da ginás-
tica localizada, envolvendo várias partes do Proponha aos alunos que reflitam e res-
corpo: 20 a 25 minutos. pondam (em pequenos grupos ou com toda
a turma) a algumas questões a respeito das
No alongamento, privilegie os grupos situações vivenciadas: O que as ginásticas
musculares que serão exigidos nos exercícios realizadas têm em comum? Quais capacida-
subsequentes. A rotina da ginástica aeróbica des físicas foram exigidas? No circuito, foi
pode ser comandada por você ou por alunos possível perceber a relação entre tempo de
que tenham experiência e facilidade para tal esforço, tempo de recuperação e as capaci-
(nesse caso, combine a rotina, previamente, dades físicas envolvidas? Com que objetivo
com os alunos). Caso essas alternativas não as pessoas fazem ginástica? De qual das gi-
sejam possíveis, pode-se apresentar um vídeo násticas vivenciadas vocês mais gostaram?
com uma sessão de ginástica aeróbica ou con- O que entendem por ginástica? Todos se es-
vidar um profissional de academia para desen- forçam da mesma forma em uma sessão de
volvê-la na aula. Utilize uma música sugerida ginástica? Qual das ginásticas vivenciadas
pelos próprios alunos. foi mais cansativa? Quais os tipos de ginás-
tica que conhecem?
O circuito de ginástica localizada poderá
ter de seis a oito estações, com a utilização Procure levar os alunos a perceber que:
do peso do próprio corpo (abdominais, aga-
chamentos etc.) ou com materiais alternati- f existem pontos comuns e diferenciados
vos para servir de sobrecarga, como garra- entre as ginásticas realizadas, em termos
fas PET de vários tamanhos cheias de areia de objetivos, capacidades físicas envolvi-
ou de água. Para exercícios de braço e ante- das, tipos de exercícios e nível de esforço
braço, borrachas elásticas (“tripa de mico”, físico exigido;
por exemplo) com um dos lados afixados f há diferenças no desempenho individual
em algum local podem servir de resistência. nas ginásticas vivenciadas, dependendo do
Sugere-se um tempo de execução em cada nível de condição física, dos interesses e
estação de 30 segundos a 1 minuto, com dois das preferências de cada aluno;
a três minutos para troca de estação e des- f há, atualmente, grande diversidade de gi-
canso. Sugerem-se variações quanto ao tem- násticas, algumas ligadas a “modismos”:
po de recuperação de uma estação a outra, aeroboxe, cardiofunk, bodypump, hidro-
para que o aluno possa identificar a relação ginástica etc.
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Educação Física – 7ª série/8º ano – Volume 1
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 8
ESTUDANDO MAIS GINÁSTICA
A fim de aprofundar o estudo da ginás- uma modalidade indicada por você. Após a
tica, os alunos apresentarão uma pesquisa divulgação dos resultados da pesquisa, os alu-
realizada em diversas fontes (revistas, livros, nos discutirão sobre as informações apresen-
sites) sobre objetivos, princípios orientadores tadas. Por fim, você explicitará os princípios
e principais exercícios e técnicas das modali- orientadores e organizacionais de uma sessão
dades de ginástica vivenciadas, e também de de ginástica.
Sugestão de recursos: computador com acesso à internet; livros e revistas sobre ginástica;
cartolina; canetas.
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saber mais”). Vocês também poderão fazer en- 7. Qualquer academia pode oferecer essa gi-
trevistas com profissionais da área em alguma nástica ou é preciso obter alguma licença?
academia das proximidades. Por quê?
Para orientar a pesquisa, respondam às 8. Perguntem aos praticantes por que opta-
questões a seguir: ram por essa ginástica e não por outra. Se
já fizeram outros tipos de ginástica, qual
1. Como é essa ginástica que vocês pesquisaram? preferem e por quê?
2. Quem criou essa prática e com que finalidade? Coletadas as informações, organizem-
-nas para uma apresentação aos demais
3. Que tipos de exercícios são realizados? colegas de sala. Sejam criativos e ousados!
Qualquer um consegue praticar essa ginás- Procurem fotos da ginástica pesquisada, dos
tica ou há alguma restrição? É recomenda- aparelhos e equipamentos utilizados em sua
da para algum grupo específico de pessoas? prática. Se for possível, improvisem o mate-
rial que se usa nessa ginástica. Por exemplo,
4. Há alguma técnica especial para desen- no lugar de halteres, podemos utilizar garra-
volver esses exercícios e executá-los da fas PET, de tamanhos variados, com areia.
melhor maneira? Escolham alguns exercícios para apresentar
e, se estes puderem ser realizados sem mui-
5. Que orientações devem ser seguidas para ta dificuldade, convidem os demais colegas
garantir os objetivos da proposta dessa gi- para participar.
nástica e assim obter melhores resultados? Espera-se que os alunos escolham uma manifestação da
ginástica (localizada, natural, bodycombat etc.) e descu-
6. Essa prática requer equipamento ou local bram a sua origem, o idealizador e as principais caracte-
específico? Quais? rísticas dessa prática.
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Educação Física – 7ª série/8º ano – Volume 1
Para encerrar este conteúdo indi- Aquecimento: toda vez que vamos praticar
que para a próxima aula a realiza- alguma atividade física, devemos fazer exercí-
ção da “Lição de casa”, sugerida cios leves (baixa intensidade) e alongamentos
no Caderno do Aluno. para a musculatura da região a ser trabalhada
por, aproximadamente, 10 minutos.
Que tal preparar uma sessão de ginástica
localizada? Ou, se você preferir a ginástica Exercícios localizados para os grupos mus-
aeróbica, tudo bem. O importante é lem- culares (pernas, braços e tórax): devemos al-
brar que você está na 7a série/8o ano e tem ternar o trabalho – ora pernas, ora braços, ora
diferentes preocupações com o desenvolvi- tórax. O número de repetições varia de acordo
mento e alterações do seu corpo. A ativida- com a condição física de cada um.
de física é importante quando se busca me-
lhor qualidade de vida e a ginástica é uma Exercícios de relaxamento: devem ser leves,
possibilidade de melhorar as capacidades de pouca amplitude, visando desacelerar a
físicas, como já foi visto nas séries/anos an- frequência cardíaca, por exemplo.
teriores, e também auxilia no delineamento
da musculatura. Isso posto, vamos ao trabalho? Você pode
pesquisar e conversar com colegas de sua tur-
Como já foi comentado, geralmente, se pra- ma ou de outras mais avançadas, perguntar a
tica a ginástica nas academias, mas nem sem- pessoas de fora da escola que fazem ginástica.
pre foi e não precisa ser assim. Você pode fazer Você também pode basear-se nas atividades
ginástica em casa ou em algum espaço público que já fez em aulas de Educação Física.
no bairro. Por isso, é importante aprender a es-
truturar uma sessão básica de ginástica. Então, Minha sessão de ginástica
vamos tentar escolher os exercícios.
1. aquecimento;
Recordaremos agora alguns aspectos im- 2. exercícios localizados;
portantes para uma aula de ginástica, que 3. relaxamento.
você deve ter estudado em suas aulas de Edu- Espera-se que o aluno, a partir das pesquisas, debates e expe-
cação Física, e que vão ajudá-lo a escolher as riências vivenciadas em aula, consiga propor atividades apro-
atividades. priadas às três partes de uma sessão de ginástica.
ATIVIDADE AVALIADORA
Organize os alunos em quatro grupos res- também consultar outros textos e/ou sites a fim
ponsáveis por momentos distintos de uma de aprofundar a temática. Será necessário que
sessão de ginástica aeróbica ou localizada: os grupos conversem entre si, de modo que os
um grupo responderá pelo aquecimento; ou- momentos distintos da aula ou outro ambiente
tros dois grupos, pelos exercícios específicos adequado tenham uma relação com os propósi-
(dividir em duas partes) e o último, pelo re- tos de cada grupo. O plano da sessão deverá ser
laxamento. Os alunos, além de utilizar os apresentado por escrito e vivenciado na quadra,
conhecimentos elaborados nas aulas, poderão com a participação de todos os alunos.
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Observe, em relação à modalidade de ginás- a) body medicin.
tica em questão, se as partes da sessão atendem b) body pam.
aos objetivos preconizados, se os exercícios esco-
c) body capacity.
lhidos são característicos e se a estruturação das
séries está adequada ao objetivo proposto. d) bodycombat.
e) bodyjump.
Professor, trabalhe com a
turma a seção “Você apren-
deu?”, disponível no Cader- 3. Toda “aula” ou sessão de ginástica locali-
no do Aluno. zada deve ter:
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Educação Física – 7ª série/8º ano – Volume 1
Professor, junto com a turma, faça formações extras e não está diretamente li-
a leitura da seção “Aprendendo a gado às Situações de Aprendizagem. Caso
aprender”, disponível no Caderno haja necessidade, você pode contextualizar
do Aluno. Procure mostrar aos a informação utilizando-se de seus próprios
alunos que se trata de um texto que traz in- conhecimentos.
© Conexão Editorial
Quando você for carregar alguma coisa,
procure transportar o peso bem perto do
corpo. Veja na figura a seguir uma mulher
segurando um peso de 5 kg. O número que
aparece sob os pés mostra o esforço muscu-
lar que ela faz (N = newton, medida de for-
ça). Veja como esse esforço aumenta quando
o mesmo peso é carregado mais distante do
corpo. Quanto maior a distância, maior o
esforço muscular realizado e maior a ten-
são nas costas.
© Conexão Editorial
0 cm 35 cm 70 cm
Essas situações são mais comuns do que É por isso que devemos transportar o
parecem. Muitas dessas dores são consequên- peso junto ao corpo.
cia de repetidas ações e posturas inadequadas
no dia a dia. Por isso, tome cuidado com o Para você não perder a postura, preste
que você faz. Aqui vai uma dica para dimi- atenção às dicas de como se posicionar para
nuir os riscos de dores nas costas: aprenda a pegar objetos no chão:
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f mantenha a coluna reta;
f flexione os joelhos;
f acomode as mãos, adequadamente, ao objeto;
f não estufe o abdome: contraia-o ligeiramente para proteger a coluna;
f se o objeto for pesado, faça o movimento em dois tempos: coloque o objeto sobre a coxa e
depois eleve-o com a ajuda das pernas.
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Educação Física – 7ª série/8º ano – Volume 1
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QUADRO DE CONTEÚDOS DO
ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS
5a série/6o ano 6a série/7o ano 7a série/8o ano 8a série/9o ano
Jogo e esporte: competição Esporte Esporte Luta
e cooperação Modalidade individual: atletismo Modalidade individual: atletismo Modalidade: capoeira
Jogos populares (corridas e saltos) (corridas, arremessos e lançamentos) – Capoeira como luta, jogo e
Jogos cooperativos – Princípios técnicos e táticos – Princípios técnicos e táticos esporte
Jogos pré-desportivos – Principais regras – Principais regras – Princípios técnicos e táticos
Esporte coletivo: princípios gerais – Processo histórico – Processo histórico – Processo histórico
– Ataque Atividade rítmica Luta Atividade rítmica
– Defesa Manifestações e representações Modalidade: caratê. Manifestações rítmicas ligadas
– Circulação da bola da cultura rítmica nacional – Princípios técnicos e táticos à cultura jovem: hip-hop e
Organismo humano, movi- – Danças folclóricas/regionais – Principais regras street dance
mento e saúde – Processo histórico – Processo histórico – Coreografias
Capacidades físicas: noções – A questão do gênero Organismo humano, movimento – Diferentes estilos como
gerais (agilidade, velocidade e Organismo humano, movimento e saúde expressão sociocultural
Volume 1
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CONCEPÇÃO E COORDENAÇÃO GERAL Química: Ana Joaquina Simões S. de Matos Rosângela Teodoro Gonçalves, Roseli Soares
NOVA EDIÇÃO 2014-2017 Carvalho, Jeronimo da Silva Barbosa Filho, João Jacomini, Silvia Ignês Peruquetti Bortolatto e Zilda
Batista Santos Junior e Natalina de Fátima Mateus. Meira de Aguiar Gomes.
COORDENADORIA DE GESTÃO DA
EDUCAÇÃO BÁSICA – CGEB Área de Ciências Humanas Área de Ciências da Natureza
Filosofia: Emerson Costa, Tânia Gonçalves e Biologia: Aureli Martins Sartori de Toledo, Evandro
Coordenadora
Teônia de Abreu Ferreira.
Maria Elizabete da Costa Rodrigues Vargas Silvério, Fernanda Rezende
Geografia: Andréia Cristina Barroso Cardoso, Pedroza, Regiani Braguim Chioderoli e Rosimara
Diretor do Departamento de Desenvolvimento Santana da Silva Alves.
Débora Regina Aversan e Sérgio Luiz Damiati.
Curricular de Gestão da Educação Básica
João Freitas da Silva História: Cynthia Moreira Marcucci, Maria Ciências: Davi Andrade Pacheco, Franklin Julio
Margarete dos Santos e Walter Nicolas Otheguy de Melo, Liamara P. Rocha da Silva, Marceline
Diretora do Centro de Ensino Fundamental Fernandez. de Lima, Paulo Garcez Fernandes, Paulo Roberto
dos Anos Finais, Ensino Médio e Educação
Orlandi Valdastri, Rosimeire da Cunha e Wilson
Profissional – CEFAF Sociologia: Alan Vitor Corrêa, Carlos Fernando de
Luís Prati.
Valéria Tarantello de Georgel Almeida e Tony Shigueki Nakatani.
Coordenadora Geral do Programa São Paulo PROFESSORES COORDENADORES DO NÚCLEO Física: Ana Claudia Cossini Martins, Ana Paula
faz escola PEDAGÓGICO Vieira Costa, André Henrique GhelÅ RuÅno,
Valéria Tarantello de Georgel Cristiane Gislene Bezerra, Fabiana Hernandes
Área de Linguagens
M. Garcia, Leandro dos Reis Marques, Marcio
Coordenação Técnica Educação Física: Ana Lucia Steidle, Eliana Cristine
Bortoletto Fessel, Marta Ferreira Mafra, Rafael
Roberto Canossa Budisk de Lima, Fabiana Oliveira da Silva, Isabel
Plana Simões e Rui Buosi.
Roberto Liberato Cristina Albergoni, Karina Xavier, Katia Mendes
Smelq Cristina de 9lbmimerime :oeÅe e Silva, Liliane Renata Tank Gullo, Marcia Magali
Química: Armenak Bolean, Cátia Lunardi, Cirila
Rodrigues dos Santos, Mônica Antonia Cucatto da
EQUIPES CURRICULARES Tacconi, Daniel B. Nascimento, Elizandra C. S.
Silva, Patrícia Pinto Santiago, Regina Maria Lopes,
Lopes, Gerson N. Silva, Idma A. C. Ferreira, Laura
Área de Linguagens Sandra Pereira Mendes, Sebastiana Gonçalves
C. A. Xavier, Marcos Antônio Gimenes, Massuko
Arte: Ana Cristina dos Santos Siqueira, Carlos Ferreira Viscardi, Silvana Alves Muniz.
S. Warigoda, Roza K. Morikawa, Sílvia H. M.
Eduardo Povinha, Kátia Lucila Bueno e Roseli Língua Estrangeira Moderna (Inglês): Célia Fernandes, Valdir P. Berti e Willian G. Jesus.
Ventrela. Regina Teixeira da Costa, Cleide Antunes Silva,
Ednéa Boso, Edney Couto de Souza, Elana Área de Ciências Humanas
Educação Física: Marcelo Ortega Amorim, Maria
Simone Schiavo Caramano, Eliane Graciela Filosofia: Álex Roberto Genelhu Soares, Anderson
Elisa Kobs Zacarias, Mirna Leia Violin Brandt,
dos Santos Santana, Elisabeth Pacheco Lomba Gomes de Paiva, Anderson Luiz Pereira, Claudio
Rosângela Aparecida de Paiva e Sergio Roberto
Kozokoski, Fabiola Maciel Saldão, Isabel Cristina Nitsch Medeiros e José Aparecido Vidal.
Silveira.
dos Santos Dias, Juliana Munhoz dos Santos,
Língua Estrangeira Moderna (Inglês e Kátia Vitorian Gellers, Lídia Maria Batista Geografia: Ana Helena Veneziani Vitor, Célio
Espanhol): Ana Paula de Oliveira Lopes, Jucimeire BomÅm, Lindomar Alves de Oliveira, Lúcia Batista da Silva, Edison Luiz Barbosa de Souza,
de Souza Bispo, Marina Tsunokawa Shimabukuro, Aparecida Arantes, Mauro Celso de Souza, Edivaldo Bezerra Viana, Elizete Buranello Perez,
Neide Ferreira Gaspar e Sílvia Cristina Gomes Neusa A. Abrunhosa Tápias, Patrícia Helena Márcio Luiz Verni, Milton Paulo dos Santos,
Nogueira. Passos, Renata Motta Chicoli Belchior, Renato Mônica Estevan, Regina Célia Batista, Rita de
José de Souza, Sandra Regina Teixeira Batista de Cássia Araujo, Rosinei Aparecida Ribeiro Libório,
Língua Portuguesa e Literatura: Angela Maria
Campos e Silmara Santade Masiero. Sandra Raquel Scassola Dias, Selma Marli Trivellato
Baltieri Souza, Claricia Akemi Eguti, Idê Moraes dos
e Sonia Maria M. Romano.
Santos, João Mário Santana, Kátia Regina Pessoa, Língua Portuguesa: Andrea Righeto, Edilene
Mara Lúcia David, Marcos Rodrigues Ferreira, Roseli Bachega R. Viveiros, Eliane Cristina Gonçalves
Ramos, Graciana B. Ignacio Cunha, Letícia M. História: Aparecida de Fátima dos Santos
Cordeiro Cardoso e Rozeli Frasca Bueno Alves.
de Barros L. Viviani, Luciana de Paula Diniz, Pereira, Carla Flaitt Valentini, Claudia Elisabete
Área de Matemática Márcia Regina Xavier Gardenal, Maria Cristina Silva, Cristiane Gonçalves de Campos, Cristina
Matemática: Carlos Tadeu da Graça Barros, Cunha Riondet Costa, Maria José de Miranda de Lima Cardoso Leme, Ellen Claudia Cardoso
Ivan Castilho, João dos Santos, Otavio Yoshio Nascimento, Maria Márcia Zamprônio Pedroso, Doretto, Ester Galesi Gryga, Karin Sant’Ana
Yamanaka, Rodrigo Soares de Sá, Rosana Jorge Patrícia Fernanda Morande Roveri, Ronaldo Cesar Kossling, Marcia Aparecida Ferrari Salgado de
Monteiro, Sandra Maira Zen Zacarias e Vanderley Alexandre Formici, Selma Rodrigues e Barros, Mercia Albertina de Lima Camargo,
Aparecido Cornatione. Sílvia Regina Peres. Priscila Lourenço, Rogerio Sicchieri, Sandra Maria
Fodra e Walter Garcia de Carvalho Vilas Boas.
Área de Ciências da Natureza Área de Matemática
Biologia: Aparecida Kida Sanches, Elizabeth Matemática: Carlos Alexandre Emídio, Clóvis Sociologia: Anselmo Luis Fernandes Gonçalves,
Reymi Rodrigues, Juliana Pavani de Paula Bueno e Antonio de Lima, Delizabeth Evanir Malavazzi, Celso Francisco do Ó, Lucila Conceição Pereira e
Rodrigo Ponce. Edinei Pereira de Sousa, Eduardo Granado Garcia, Tânia Fetchir.
Ciências: Eleuza Vania Maria Lagos Guazzelli, Evaristo Glória, Everaldo José Machado de Lima,
Gisele Nanini Mathias, Herbert Gomes da Silva e Fabio Augusto Trevisan, Inês Chiarelli Dias, Ivan Apoio:
Maria da Graça de Jesus Mendes. Castilho, José Maria Sales Júnior, Luciana Moraes Fundação para o Desenvolvimento da Educação
Funada, Luciana Vanessa de Almeida Buranello, - FDE
Física: Carolina dos Santos Batista, Fábio Mário José Pagotto, Paula Pereira Guanais, Regina
Bresighello Beig, Renata Cristina de Andrade Helena de Oliveira Rodrigues, Robson Rossi, CTP, Impressão e acabamento
Oliveira e Tatiana Souza da Luz Stroeymeyte. Rodrigo Soares de Sá, Rosana Jorge Monteiro, Esdeva Indústria GráÅca Ltda.
GESTÃO DO PROCESSO DE PRODUÇÃO CONCEPÇÃO DO PROGRAMA E ELABORAÇÃO DOS Filosofia: Paulo Miceli, Luiza Christov, Adilton Luís
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