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7 SÉRIE 8 ANO
ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS
Caderno do Professor
Volume 1

EDUCAÇÃO
FÍSICA
Linguagens
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
SECRETARIA DA EDUCAÇÃO

MATERIAL DE APOIO AO
CURRÍCULO DO ESTADO DE SÃO PAULO
CADERNO DO PROFESSOR

EDUCAÇÃO FÍSICA
ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS
7a SÉRIE/8o ANO
VOLUME 1

Nova edição

2014 - 2017

São Paulo
Governo do Estado de São Paulo
Governador
Geraldo Alckmin
Vice-Governador
Guilherme Afif Domingos
Secretário da Educação
Herman Voorwald
Secretário-Adjunto
João Cardoso Palma Filho
Chefe de Gabinete
Fernando Padula Novaes
Subsecretária de Articulação Regional
Rosania Morales Morroni
Coordenadora da Escola de Formação e
Aperfeiçoamento dos Professores – EFAP
Silvia Andrade da Cunha Galletta
Coordenadora de Gestão da
Educação Básica
Maria Elizabete da Costa
Coordenadora de Gestão de
Recursos Humanos
Cleide Bauab Eid Bochixio
Coordenadora de Informação,
Monitoramento e Avaliação
Educacional
Ione Cristina Ribeiro de Assunção
Coordenadora de Infraestrutura e
Serviços Escolares
Ana Leonor Sala Alonso
Coordenadora de Orçamento e
Finanças
Claudia Chiaroni Afuso
Presidente da Fundação para o
Desenvolvimento da Educação – FDE
Barjas Negri
Senhoras e senhores docentes,

A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo sente-se honrada em tê-los como colabo-
radores nesta nova edição do Caderno do Professor, realizada a partir dos estudos e análises que
permitiram consolidar a articulação do currículo proposto com aquele em ação nas salas de aula
de todo o Estado de São Paulo. Para isso, o trabalho realizado em parceria com os PCNP e com
os professores da rede de ensino tem sido basal para o aprofundamento analítico e crítico da abor-
dagem dos materiais de apoio ao currículo. Essa ação, efetivada por meio do programa Educação
— Compromisso de São Paulo, é de fundamental importância para a Pasta, que despende, neste
programa, seus maiores esforços ao intensificar ações de avaliação e monitoramento da utilização
dos diferentes materiais de apoio à implementação do currículo e ao empregar o Caderno nas ações
de formação de professores e gestores da rede de ensino. Além disso, firma seu dever com a busca
por uma educação paulista de qualidade ao promover estudos sobre os impactos gerados pelo uso
do material do São Paulo Faz Escola nos resultados da rede, por meio do Saresp e do Ideb.

Enfim, o Caderno do Professor, criado pelo programa São Paulo Faz Escola, apresenta orien-
tações didático-pedagógicas e traz como base o conteúdo do Currículo Oficial do Estado de São
Paulo, que pode ser utilizado como complemento à Matriz Curricular. Observem que as atividades
ora propostas podem ser complementadas por outras que julgarem pertinentes ou necessárias,
dependendo do seu planejamento e da adequação da proposta de ensino deste material à realidade
da sua escola e de seus alunos. O Caderno tem a proposição de apoiá-los no planejamento de suas
aulas para que explorem em seus alunos as competências e habilidades necessárias que comportam
a construção do saber e a apropriação dos conteúdos das disciplinas, além de permitir uma avalia-
ção constante, por parte dos docentes, das práticas metodológicas em sala de aula, objetivando a
diversificação do ensino e a melhoria da qualidade do fazer pedagógico.

Revigoram-se assim os esforços desta Secretaria no sentido de apoiá-los e mobilizá-los em seu


trabalho e esperamos que o Caderno, ora apresentado, contribua para valorizar o ofício de ensinar
e elevar nossos discentes à categoria de protagonistas de sua história.

Contamos com nosso Magistério para a efetiva, contínua e renovada implementação do currículo.

Bom trabalho!

Herman Voorwald
Secretário da Educação do Estado de São Paulo
SUMÁRIO
Orientação sobre os conteúdos do volume 6
Tema 1 – Esporte – Modalidade individual: atletismo (corridas, arremessos e
lançamentos) 8
Situação de Aprendizagem 1 – Corridas com barreiras e obstáculos 10
Atividade Avaliadora 17
Proposta de Situações de Recuperação 17
Situação de Aprendizagem 2 – Bola arremessada ao cesto ou ao gol 18
Atividade Avaliadora 25
Proposta de Situações de Recuperação 26
Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão
do tema 28
Tema 2 – Luta: caratê 30
Situação de Aprendizagem 3 – Identificação do conhecimento a respeito do
conceito de luta 34
Atividade Avaliadora 42
Proposta de Situações de Recuperação 43
Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão
do tema 43
Tema 3 – Organismo humano, movimento e saúde – Capacidades físicas: aplicações
no atletismo e na luta 46
Situação de Aprendizagem 4 – “Se ficar, tem arremesso; se correr, tem
lançamento” 47
Atividade Avaliadora 51
Proposta de Situações de Recuperação 51
Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão
do tema 51
Tema 4 – Esporte – Modalidade coletiva a escolher 52
Situação de Aprendizagem 5 – Desenvolvendo algumas estratégias de jogo
do esporte coletivo (futsal, handebol, basquetebol) 54
Situação de Aprendizagem 6 – Organizando as funções ofensivas e defensivas
do esporte coletivo 60
Atividade Avaliadora 65
Proposta de Situações de Recuperação 65
Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a
compreensão do tema 66
Tema 5 – Ginástica – Práticas contemporâneas, princípios orientadores,
técnicas e exercícios 68
Situação de Aprendizagem 7 – Vivenciando e entendendo a ginástica 69
Situação de Aprendizagem 8 – Estudando mais ginástica 75
Atividade Avaliadora 77
Proposta de Situações de Recuperação 78
Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a
compreensão do tema 80
Quadro de conteúdos do Ensino Fundamental – Anos Finais 82

5
ORIENTAÇÃO SOBRE OS CONTEÚDOS DO VOLUME
Até a 4a série/5o ano do Ensino Fundamen- pos socioculturais a que se vinculam (família,
tal, os alunos vivenciaram um amplo conjunto amigos, comunidade local etc.). Agora, entre
de experiências de Se-Movimentar, acumula- a 5a série/6o ano e a 8a série/9o ano, trata-se
ram informações e conhecimentos sobre jogo, de evidenciar os significados, os sentidos e as
esporte, ginástica, luta, atividade rítmica etc., intencionalidades presentes em tais experiên-
decorrentes não só da participação nas aulas cias, cotejando-os com os presentes nas codifi-
de Educação Física, mas do contato com as cações das culturas esportiva, lúdica, gímnica,
mídias e com a Cultura de Movimento dos gru- rítmica e das lutas.

Por Cultura de Movimento entende-se o conjunto de significados, sentidos, símbolos e códigos que
se produzem e reproduzem dinamicamente nos jogos, esportes, danças e atividades rítmicas, lutas,
ginásticas etc., os quais influenciam, delimitam, dinamizam e/ou constrangem o Se-Movimentar dos
sujeitos, base de nosso diálogo expressivo com o mundo e com os outros.
O Se-Movimentar é a expressão individual e/ou grupal no âmbito de uma Cultura de Movimento;
é a relação que o sujeito estabelece com essa cultura a partir de seu repertório (informações, conheci-
mentos, movimentos, condutas etc.), de sua história de vida, de suas vinculações socioculturais e de
seus desejos.

Assim, pretende-se que as Situações de cípios técnicos e táticos, as principais regras e o


Aprendizagem aqui sugeridas para os temas processo histórico dessa modalidade esportiva.
“Esporte”, “Luta”, “Ginástica” e “Organis- Os alunos precisam identificar diferentes carac-
mo humano, movimento e saúde” possibili- terísticas e compreender a evolução dos princí-
tem que os alunos diversifiquem, sistematizem pios técnicos relacionados às provas de corridas
e aprofundem suas experiências do Se-Movi- com barreiras e obstáculos e às de arremessos e
mentar no âmbito das culturas lúdica, espor- lançamentos.
tiva, gímnica e de lutas. Isso proporcionará
novas experiências de Se-Movimentar, nas Também serão abordados os princípios
quais eles estabelecerão novas significações operacionais, e está prevista a escolha de uma
e ressignificarão experiências já vivenciadas. modalidade esportiva coletiva por parte da
Espera-se que o enfoque adotado para o de- escola.
senvolvimento dos conteúdos deste volume
seja compatível com as intencionalidades do As orientações contidas neste volume indi-
projeto político-pedagógico de cada escola. cam a abordagem que se espera para tratar das
técnicas e táticas como fatores de aumento da
No tema “Esporte – Modalidade individual”, complexidade do jogo e proporcionar aos alu-
serão abordados as corridas, os arremessos e os nos noções de arbitragem, exemplificando com
lançamentos no atletismo, enfatizando os prin- algumas modalidades esportivas.

6
Educação Física – 7ª série/8º ano – Volume 1

O tema “Luta” tomará o caratê como reconhecer sua importância no desempenho


exemplo e abordará os princípios, as regras das provas de corrida com barreiras e obstá-
e o processo histórico dessa manifestação da culos, de arremessos e lançamentos e também
cultura de movimento. O objetivo principal é em lutas.
que os alunos expressem opiniões acerca de
termos e condutas cotidianas associadas à No tema “Ginástica”, serão tratados os
luta, reconhecendo e valorizando as diferen- princípios orientadores, técnicas e exercí-
tes características pessoais e interpessoais pro- cios de algumas práticas contemporâneas,
porcionadas por esse elemento cultural, além com destaque para a ginástica aeróbica e
de compreender e comparar seus estilos. a ginástica localizada, com base em uma
abordagem que trabalha com seus princí-
No estudo do tema “Organismo humano, pios técnico-táticos, suas principais regras
movimento e saúde”, serão enfocadas algu- e seu processo histórico. Porém, o projeto
mas capacidades físicas no tocante às suas político-pedagógico da escola poderá optar
aplicações no atletismo e no caratê. Nesse mo- por outra manifestação de ginástica asso-
mento, os alunos deverão identificar as impli- ciada à cultura jovem.
cações das capacidades físicas, comparar os
diferentes grupos musculares mencionados e Isso posto, professor, bom trabalho!

7
TEMA 1 – ESPORTE – MODALIDADE INDIVIDUAL:
ATLETISMO (CORRIDAS, ARREMESSOS E LANÇAMENTOS)

Neste volume da 7a série/8o ano, terá con- que para as modalidades que têm a bola como
tinuidade o trabalho com a modalidade indi- implemento principal.
vidual atletismo, relacionada com o tema “Es-
porte”, com destaque para as corridas com Torna-se necessário, portanto, criar estraté-
barreiras e obstáculos, além das provas de ar- gias de ensino que possibilitem ao atletismo fa-
remesso e lançamento. Tal abordagem reforça zer sentido, ter significado para a vida do aluno,
a importância da compreensão e da vivência mobilizando seus desejos e potencialidades, sem
dessa modalidade por parte dos alunos, diver- se restringir ao aspecto do rendimento técnico,
sificando suas experiências no âmbito da cul- embora o treino ou o exercício continuado de
tura esportiva. determinadas habilidades também sejam impor-
tantes na realização de algumas atividades, visto
Na atualidade, é no atletismo, sobretudo, que “servem, também, para corrigir deficiências
que são realizados e estimulados movimentos ou fragilidades no condicionamento físico e não
como correr, saltar e lançar ou arremessar ob- apenas técnico” (KUNZ, 2006, p. 141).
jetos a distância, embora tais movimentos es-
tejam sistematizados e incorporados à maio- No caso particular do atletismo, o significa-
ria das modalidades esportivas, a exemplo do do do Se-Movimentar nas corridas é exatamente
futebol, do basquetebol, do voleibol e do han- a experiência de correr o mais velozmente pos-
debol, entre outras. sível ou arremessar/lançar implementos o mais
longe possível – e não correr ou arremessar
Como modalidade esportiva, a iniciação para vencer outra pessoa simplesmente. Além
ao atletismo, tal como em outros esportes, disso, deve-se aliar uma perspectiva lúdica ao
ocorre (ou deveria ocorrer), principalmente, ensino dessas habilidades, e ao atletismo em ge-
na escola, como atividade curricular ligada ral, dentro do ambiente escolar.
à disciplina de Educação Física. No entanto,
sabemos que essa modalidade está pouco pre- As habilidades expressas nas corridas e nos
sente nas aulas e, quando isso ocorre, busca-se arremessos e lançamentos têm significados,
melhor rendimento técnico em detrimento de sentidos e intencionalidades que não se restrin-
um possível valor pedagógico-educacional, o gem, exclusivamente, ao universo do atletis-
que a torna pouco atrativa para muitos pro- mo. É preciso notar que o desenvolvimento de
fessores e para os próprios alunos. seus fundamentos técnicos pode ser transferi-
do a várias modalidades esportivas, bem como
Em alguns países, como a Jamaica, atribui- à resolução de situações relacionadas com a
-se grande destaque sociocultural à prática do realização de atividades cotidianas (deslocar-
atletismo, em especial às corridas rasas em -se rapidamente para atravessar uma rua ou
distâncias curtas, o que motiva os alunos em avenida, arremessar ou lançar um objeto etc.).
idade escolar a se envolverem com esse uni-
verso desde cedo. No Brasil, há predileção por O ensino do atletismo como elemento da
modalidades esportivas coletivas, que possibi- Cultura de Movimento no meio escolar apre-
litam maior relação interpessoal, com desta- senta certas dificuldades. Isso ocorre, principal-

8
Educação Física – 7ª série/8º ano – Volume 1

mente, quando há ausência de espaço e de ma- cacional. Vale ressaltar que espaços no entorno
teriais específicos. Entretanto, essa dificuldade da comunidade também podem ser utilizados.
poderia ser atenuada mediante a adaptação de
espaços comuns à maioria das escolas (qua- Matthiesen e colaboradores (2005) su-
dras, pátios) ou pela utilização de materiais gerem a utilização de diferentes tipos de
alternativos para confecção dos implementos obstáculo durante o processo de ensino e
próprios do atletismo. Tais adaptações devem aprendizagem das corridas com obstáculos,
envolver a colaboração participativa e criativa nos quais o aluno possa apoiar os pés se as-
dos alunos na elaboração de condições que fa- sim precisar. Podem ser utilizados materiais
voreçam a vivência do atletismo na escola, tor- como caixas de madeira ou papelão, pneus,
nando-os também agentes desse processo edu- banco sueco, cordas e barbantes.

© Conexão Editorial

Figura 1 – Obstáculos adaptados.

Possibilidades interdisciplinares

Professor, o tema “Esporte” poderá ser desenvolvido de modo integrado com a disciplina de His-
tória, na medida em que envolve conteúdos relacionados à história do atletismo e das suas provas em
diferentes contextos. Converse com o professor responsável por essa disciplina em sua escola. Essa
iniciativa facilitará a compreensão dos conteúdos de forma mais global e integrada pelos alunos.

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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1
CORRIDAS COM BARREIRAS E OBSTÁCULOS

Pular um muro para apanhar uma pipa as infinitas possibilidades de Se-Movimen-


ou saltar uma poça de água na calçada são tar. A intenção é que os alunos vivenciem,
alguns desafios cotidianos que envolvem a percebam, identifiquem, analisem e compreen-
corrida e o salto. A compreensão dos movi- dam alguns aspectos característicos das
mentos demanda a mobilização de alguns corridas com barreiras e obstáculos, além
conhecimentos e vivências significativas. de outras possibilidades de saltar “obstá-
Experimentar diferentes maneiras de saltar culos” com diferentes alturas, percorrendo
um obstáculo pode ser mais prazeroso e sig- diversas distâncias e imprimindo variações
nificativo para o aluno quando ele percebe de velocidades.

Conteúdo e temas: corridas com barreiras e corridas com obstáculos – evolução técnica e prin-
cipais regras; formas de passagem sobre barreiras e obstáculos; velocidade de deslocamento
nas diferentes distâncias percorridas; características pessoais e interpessoais para saltar bar-
reiras e obstáculos.

Competências e habilidades: identificar diferentes possibilidades de saltar obstáculos e rela-


cioná-las com a evolução das técnicas das corridas atuais; identificar ajustes na corrida e no
posicionamento do corpo para ultrapassar barreiras e obstáculos em diferentes alturas; per-
ceber e analisar as características pessoais e interpessoais para a transposição de barreiras e
obstáculos; identificar e compreender princípios técnicos relacionados às provas de corrida
com barreiras e obstáculos.

Sugestão de recursos: caixa de papelão; cordas; bastões de madeira; garrafas PET; arcos; cones.

Desenvolvimento da Situação de ta, de campo, de marcha atlética, combina-


Aprendizagem 1 das, de cross country, de pedestrianismo e
corridas em montanhas, conforme divulga,
Professor, antes de iniciar a Situa- oficialmente, a Confederação Brasileira de
ção de Aprendizagem 1, realize Atletismo (CBAt). Neste Caderno, você terá
com os alunos a leitura da ativida- a oportunidade de conhecer mais de perto
de “Para começo de conversa”, as corridas com barreiras e com obstáculos,
que consta no Caderno do Aluno, levantan- além das provas de arremesso e lançamento.
do os conhecimentos prévios dos alunos so- Será que você conhece alguma dessas provas?
bre o conteúdo atletismo. Nessa ocasião, so- Vamos conferir?
licite o registro das questões norteadoras.
1. O que diferencia a corrida normal da corri-
Você já ouviu falar em atletismo, não é? da com obstáculos ou barreiras?
É uma modalidade olímpica, individual, que Espera-se que o aluno consiga dizer que na corrida nor-
tem tradição no esporte brasileiro. As provas mal não há nenhum tipo de obstáculo que o atleta deva
de atletismo são agrupadas em provas de pis- transpor.

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Educação Física – 7ª série/8º ano – Volume 1

2 Você já viu ou praticou alguma prova Etapa 2 – Correr e saltar sem derrubar os
de arremesso ou de lançamento? Onde? obstáculos
Qual?
Resposta pessoal. Após algumas passagens pelo circuito, su-
gira aos alunos que percorram o trajeto o mais
3. Você poderia dar alguns exemplos de pro- rápido possível sem que toquem ou derrubem
vas de arremesso ou de lançamento dispu- os obstáculos. Em seguida, eleve a altura de
tadas no atletismo? alguns obstáculos e proponha aos alunos que
Espera-se que o aluno cite pelo menos um tipo de prova de tentem ajustar os movimentos para ultrapas-
arremesso ou lançamento do atletismo: arremesso de peso, sá-los, sem saltá-los nem tocá-los, procurando
lançamento de martelo, lançamento de dardo ou lançamen- apenas passar próximo a eles.
to de disco.
Para finalizar esta etapa, sugira aos alu-
4. Você saberia listar os nomes dos implemen- nos que comentem em grupo as dificuldades
tos que os atletas arremessam e lançam em e as facilidades encontradas na realização
provas de atletismo? das tarefas. Aproveite também para discutir
Espera-se que o aluno cite pelo menos um ou dois dos im- com os alunos as dificuldades e adaptações
plementos utilizados nas provas de arremesso e lançamento para realização das tarefas por pessoas com
do atletismo: martelo, peso, disco ou dardo. deficiência, por exemplo, visual.

5. O que precisamos fazer para que os lança- Professor, oriente os alunos a rea-
mentos ou os arremessos alcancem maior lizarem a “Pesquisa em grupo”,
distância? que consta no Caderno do Aluno.
Espera-se que o aluno associe a técnica de execução
ao bom desempenho/resultado, relacionando também Vamos saber um pouco mais sobre as pro-
com algumas características pessoais de quem realiza os vas de atletismo?
movimentos.
Reúna-se com seu grupo e, com o auxílio de
seu professor, escolha uma ou duas das ques-
Etapa 1 – Circuito de obstáculos tões sugeridas a seguir e faça uma pesquisa.

Organize, nos limites de uma quadra ou Para realizá-la, vocês podem visitar alguns
área correspondente, um circuito formado sites e pesquisar em revistas e jornais ou livros
por obstáculos diversos (caixas de papelão de na biblioteca da escola ou na biblioteca públi-
tamanhos variados, cordas ou bastões apoia- ca mais próxima.
dos sobre cones ou garrafas PET preenchidas
com areia), cordas delimitando zonas de sal- Vejam algumas sugestões de sites:
to e/ou arcos utilizados como referência para
as passadas até os obstáculos. Procure incluir f Comitê Paralímpico Brasileiro. Disponível
obstáculos com alturas e formatos variados e em: <http://www.cpb.org.br/>. Acesso em:
próximos das medidas oficiais, para motivar 9 out. 2013.
ou desafiar os alunos. f Confederação Brasileira de Atletismo. Dis-
ponível em: <http://www.cbat.org.br>.
Solicite que experimentem maneiras di- Acesso em: 23 maio 2013.
ferentes de ultrapassar os obstáculos e que f Federação Paulista de Atletismo. Disponí-
procurem não tocá-los, deslocá-los ou der- vel em: <http://www.atletismofpa.org.br/>.
rubá-los. Acesso em: 23 maio 2013.

11
f PUCRS – Campus Uruguaiana. Disponí- decatlo. Foram excluídas as provas de: luta livre, pancrácio, corrida
vel em: <http://www.pucrs.campus2.br/>. de bigas e corrida de cavalos.
Acesso em: 23 maio 2013. Algumas respostas específicas sobre como provas antigas se
f Revista Atletismo. Disponível em: <http:// apresentam hoje:
www.revistaatletismo.com/index.php/ tcorrida: as corridas de 192,27 m evoluíram para corridas de
artigos-tecnicos> Acesso em: 23 maio 2013. 100 m, 200 m, 400 m, 800 m, 1 500 m (masculina), 3 000 m
(feminina), 5 000 m (masculina), 10 000 m, 100/110 m com
Questões para pesquisa barreiras, 400 m com barreiras, 3 000 m com obstáculos (mas-
culina) e revezamentos 4×100 m e 4×400 m;
Como surgiram as provas de corrida com tpentatlo: na Grécia Antiga a prova era composta de: salto
barreiras e com obstáculos? em distância, corrida, lançamento de dardo e disco e luta li-
Segundo informações disponíveis no site da CBAt, as provas de vre. O pentatlo moderno, inspirado nos Jogos Olímpicos da
corrida com barreiras surgiram na Inglaterra, em meados do sé- Antiguidade, inclui: hipismo (concurso de saltos), esgrima
culo XIX, possivelmente como tentativa de imitar as competições (espada), natação (200 m livre), tiro esportivo (pistola de ar 10
hípicas. No início, usavam-se, como barreiras, toras enterradas no m) e corrida (3 000 m).
solo. Quanto às corridas com obstáculos, sabe-se que a primeira No atletismo moderno temos:
foi realizada em Edimburgo, na Escócia, em 1928. tdecatlo masculino composto de dez provas: corridas de 100 m,
400 m e 1 500 m e de 110 m com barreiras; saltos em distân-
E as provas de arremesso e de lançamento? cia, em altura e com vara; arremesso de peso, lançamento de
disco e de dardos;
Como eram praticadas essas provas nas tpentatlo feminino composto de cinco provas: corridas de
Olimpíadas da Grécia Antiga? 200 m e de 80 m com barreiras, saltos em distância e em altu-
Relativamente aos Jogos Olímpicos na Grécia Antiga, a pri- ra, arremesso de peso;
meira prova da qual se tem notícia é uma corrida cujo per- theptatlo feminino composto de sete provas: corridas de
curso se estendia por cerca de 192 m. Posteriormente, foram 200 m, 800 m e 100 m com barreiras, saltos em distância e em
incluídas outras provas, além da corrida: pentatlo, lançamen- altura, arremesso de peso e lançamento de dardo.
to de disco, salto em distância, lançamento de dardo, luta li-
vre, boxe, pancrácio (mistura de boxe e luta livre), corrida de Na arte, que expressões artísticas (esculturas,
bigas e corrida de cavalos. pinturas etc.) podem ser associadas a essas provas?
Exemplo de escultura: Discóbolo, obra de Míron, século V a.C. Dis-
Como evoluíram as regras nessas provas? ponível em: <http://greciantiga.org/img/index.asp?num=0783>.
Das Olimpíadas da Grécia Antiga às Olimpíadas da Era Moderna, Acesso em: 5 set. 2013.
uma mudança significativa foi a inclusão das mulheres no atletis-
mo, vetadas na Antiguidade. Foram também adicionadas outras Quais são as melhores marcas nessas provas?
provas: arremesso de peso, corridas de revezamento, marcha Professor, note que alguns recordes já podem ter sido me-
atlética (masculina e feminina), heptatlo/pentatlo feminino, salto lhorados em competições recentes. No caso de dúvida, veri-
com vara, salto em altura, salto triplo, lançamento de martelo e fique os sites indicados neste volume.

Melhores marcas nessas provas

Provas Masculino Feminino


100 m 9.58 10.64
200 m 19.19 21.88
Corridas
400 m 44.06 48.83
800 m 1:42.01 1:55.45
1 500 m 3:29.47 3:56:55

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Educação Física – 7ª série/8º ano – Volume 1

Provas Masculino Feminino


1 500 m 3:29.47 3:56:55
110 m com barreiras 13.04 –
100 m com barreiras – 12.21
Corridas
400 m com barreiras 47.91 52.34
4×100 m 37.31 40.82
4×200 m 1:20.32 1:27,46
4×400 m 2:57.86 3:15,17
em distância 8.74 m 7.10 m
Saltos em altura 2.35 m 2.08 m
triplo 17.73 m 15.14 m
com vara 6.01 m 5.06 m
Arremesso de peso 22.16 m 21.07 m
de disco 71.64 m 66.40 m
Lançamentos
de dardo 91.28 m 68.92 m
Fonte: International Association of Athletics Federations. Disponível em:
<http://www.iaaf.org/statistics/toplists/inout=o/age=n/season=2009/sex=W/all=n/legal=A/disc=4X4/detail.html>. Acesso em: 9 out. 2013.

Como são praticadas essas provas nas Pa- Há diferenças entre as capacidades físicas
ralimpíadas? nas provas de corrida com barreiras e nas de
Nas Paralimpíadas participam atletas com deficiência física corrida com obstáculos para adultos?
e visual. As provas são organizadas segundo o grau de defi- Sim. As corridas com barreiras são de curta distância (100
ciência dos atletas, a partir de uma classificação funcional. m/110 m, 200 m e 400 m), e a capacidade física predomi-
No atletismo são realizadas as provas de corridas, arremessos, nante necessária para essas provas é a velocidade. As corri-
lançamentos e saltos. das com obstáculos percorrem uma distância de 3 000 m,
portanto, são de longa duração, de modo que a capacidade
Que tipos de corrida fazem parte das pro- predominante necessária é a resistência.
vas combinadas (decatlo e heptatlo)?
tdecatlo: corridas de 100 m, 400 m e 1 500 m e de 110 m
com barreiras; Etapa 3 – Vencendo as barreiras e
theptatlo: corridas de 200 m, 800 m e 100 m com compreendendo as vivências
barreiras.
Pergunte aos alunos se eles reconhecem a
Quais as principais características das pro- relação entre variação na velocidade e dis-
vas quanto às solicitações das capacidades fí- tâncias percorridas entre as barreiras e obs-
sicas dos atletas? táculos, se associam características pessoais
tcorridas de velocidade: velocidade; dos corredores às exigências na ultrapassa-
tcorridas de longa distância: resistência; gem e se percebem quais são as dificulda-
tcorridas com barreiras: velocidade; des para transpor barreiras e obstáculos em
tcorridas com obstáculos: resistência; atividades da vida cotidiana. Forme grupos
tcorridas de revezamento: velocidade; de alunos (misturando meninas e meninos),
tarremessos e lançamentos: força; distribua imagens de pessoas ou atletas re-
tsaltos: força e velocidade. alizando saltos sobre barreiras ou obstácu-

13
los e peça para que os grupos identifiquem e Etapa 4 – Modificações e regras
analisem algumas características das provas relacionadas às corridas com barreiras
em questão. É importante que as imagens se- e obstáculos
lecionadas facilitem a tarefa de identificação
e análise a ser realizada.
Peça para os alunos levantarem, na inter-
Estimule-os para que relacionem as pró- net ou em outras fontes, informações sobre
prias situações vivenciadas com as imagens: as modificações das barreiras e obstáculos
altura das barreiras e obstáculos, vestimentas, e as alterações nas regras ao longo da evo-
condições dos locais das provas, característi- lução das corridas. Os dados coletados po-
cas das pessoas, expressões faciais, entre ou- derão ser referidos nas etapas seguintes. É
tros, para enriquecer o repertório individual. importante sugerir aos alunos alguns sites,
livros ou locais para orientar a pesquisa.

Provas com barreiras Provas com obstáculos

Feminina Masculina Feminina e masculina Feminina e masculina

100 m 110 m 400 m 3 000 m

Nessas provas, há cinco obstáculos


Nessas provas, há dez barreiras a serem transpostas; o que
a serem transpostos. Há diferença
varia é a distância entre elas. Há diferença de altura nas
de altura nas provas femininas e
provas femininas e masculinas e não é permitido apoiar os
masculinas e é permitido apoiar os
pés nas barreiras.
pés nas barreiras.

Neste momento, após a realização da pesqui- Para encerrar este conteúdo, solicite que,
sa e da discussão, você poderá considerar a ati- para a próxima aula, os alunos realizem a
vidade “Divulgando o resultado da pesquisa”, atividade “Lição de casa” e leiam a seção
sugerida no Caderno do Aluno, para elaboração “Você sabia?”.
de um mural ou de uma história em quadrinhos,
para fins de instrumento de avaliação.
© Kevin R. Morris/Bohemian
Nomad Picturemakers/Corbis/Latinstock

© Album/Akg-Images/Latinstock

Figura 2 – Corrida com obstáculos masculina. Figura 3 – Corrida com barreiras feminina.

14
Educação Física – 7ª série/8º ano – Volume 1

Divulgando os resultados da pesquisa arremessos. Faça uma seleção de imagens (da


internet, de revistas ou de jornais) sobre corri-
O atletismo é uma das modalidades espor- das com barreiras e com obstáculos, lança-
tivas que vem projetando o Brasil nas compe- mentos e arremessos. Caso prefira, desenhe
tições internacionais, por isso merece maior você mesmo as imagens.
divulgação. De posse das informações que
vocês pesquisaram, conversem com os cole- Escolha a forma que desejar para expressar
gas dos outros grupos e troquem informações a mensagem do conjunto das imagens que você
com eles. Que tal fazer uma reportagem, uma selecionou ou desenhou sobre as provas de
HQ (história em quadrinhos) ou um mural atletismo estudadas neste volume. Pode ser
para divulgar um pouco mais as provas dessa um desenho, uma história em quadrinhos, um
modalidade esportiva? poema, uma história, uma maquete, a letra de
uma música ou outra forma de expressão. Peça
ajuda a professores e amigos se for necessário.
Eu sou o artista... o poeta... o escritor...
Após a realização desta atividade, convi-
Você fez pesquisas sobre as corri- de outros colegas de turma para fazer uma
das com barreiras e com obstácu- sessão de apresentação dos trabalhos criados
los e também sobre lançamentos e por vocês.

© Agência Istoé
Você sabia?
Há diferenças entre as corridas de velocidade e as corridas com barreiras?
CORRIDAS DE VELOCIDADE
‡100 m rasos ‡200 m rasos ‡400 m rasos
Saída Aceleração Passada Chegada
2YHORFLVWDGHL[DRVWDFRVFRP -RHOKRVSDUDFLPDEUDoRV 2YHORFLVWDHVWiUHOD[DGR 2WURQFRGHYHFUX]DUDOLQKD
XPIRUWHLPSXOVRPDQWpPR PRYHQGRVHUDSLGDPHQWHGH HFRUUHDWRGDYHORFLGDGH GHFKHJDGDSDUDJDQKDU
WURQFRLQFOLQDGRHSHUWRGRVROR FLPDSDUDEDL[RFRUSRHUJXLGR VREUHDSRQWDGRVSpV

CORRIDAS COM BARREIRAS 2DWOHWDLQLFLDDFRUULGDGDPHVPDPDQHLUD


‡100 m barreira PXOKHUHV  ‡400 m barreira TXHRYHORFLVWDHVXSHUDXPQ~PHURGHWHU
‡110 m barreira KRPHQV  ‡3 000 m obstáculos PLQDGRGHEDUUHLUDV

‡&HQWURGHJUDYLGDGH ‡RSDVVR ‡RSDVVR ‡RSDVVR

Ação:RDWOHWDWUDQVS}HD (QWUHDVEDUUHLUDVRDWOHWDGiWUrV BARREIRAS


EDUUHLUDHPYH]GHVDOWiOD SDVVDGDVFRPRVMRHOKRVDOWRV 6mRPXLWROHYHVHVXDDOWXUDYDULD
XVDQGRDPHVPDSHUQDGHDWDTXHHP VHJXQGRDFRUULGD
WRGDVDVEDUUHLUDV

Fonte: ISTOÉ Online. Set. 2000.

15
As provas de campo, de arremessos e lançamentos masculinas e femininas têm diferenças quan-
to aos implementos utilizados. Por exemplo, o martelo usado pelos homens pesa 7,26 kg e o usado
pelas mulheres pesa 4 kg. Confira as características desses implementos.

A EQUIPE
Todas as provas acontecem na zona central do
estádio.
3 O MARTELO
3HVRNJ
© Agência Istoé

1 3
Comprimento
GRFDERGH
DP
Empunhadura:
Jaula: SDUDJDUDQWLUD FPSRQWD
VHJXUDQoDGRVHVSHFWDGRUHVR
lançamento é realizado dentro Diâmetro: de 10 a
1 O DISCO GHXPDMDXODGHSURWHomR$ FPUHYHVWLGD
MDXODWHPXPDDEHUWXUDGHo de ferro sólido
'HPDGHLUDRX¿EUDGHYLGUR em frente dos lançadores. RXFKXPER
FRPERUGDVXDYHGHPHWDO
3LVWDGHLPSXOVRP
2 4

Homens
FP
NJ

Mulheres
FP 4 O PESO
NJ
'HDoRODWmRRXPHWDOVyOLGR
QmRPHQRVPDFLoRTXHRDoR
2 O DARDO
De metal ou madeira.
+RPHQVPJ NJ NJ
FP 10 cm
0XOKHUHVPJ
Ponta de metal
Homens Mulheres

Fonte: ISTOÉ Online. Set. 2000.

Deve-se atentar para a boa utilização de todo material empregado nas aulas de atletismo, principal-
mente, quando fazemos adaptações para que os alunos possam saltar e transpor barreiras e obstáculos
com segurança. Aproveite mais esse momento para que os alunos com alguma deficiência possam de-
monstrar todas as suas potencialidades. Portanto, é importante que eles elaborem, com você, as estratégias
de utilização dos materiais. Os alunos costumam ser “destemidos”, por isso, é preciso conscientizá-los de
que, para testar seus “limites”, também precisam pensar na segurança. Da mesma forma, essa recomen-
dação vale para arremessos e lançamentos. É sempre prudente alertar: “Cuidado! Lá vem um disco, um
dardo (lança) e uma bola pesada!”.

16
Educação Física – 7ª série/8º ano – Volume 1

© Conexão Editorial
Figura 4 – Corrida com obstáculos.

ATIVIDADE AVALIADORA

Após a atividade relacionada às corridas de medidas (formato, peso, tamanho, altura


com barreiras e obstáculos, solicite aos alu- etc.) das barreiras e dos obstáculos, os alunos
nos uma análise sobre as dificuldades indi- poderão formar grupos para elaborar e cons-
viduais em sua realização, além de sugestões truir tais implementos.
de variações para minimizar tais dificulda- Os próprios alunos poderão apresentar
des. Observe a participação dos alunos na alguns critérios para avaliar os materiais con-
discussão. Poderá ser avaliada, também, a feccionados segundo sua praticidade e origina-
apresentação das pesquisas solicitadas. lidade (criatividade), bem como em relação ao
Tomando por base as características gerais ambiente, entre outros aspectos.

PROPOSTA DE SITUAÇÕES DE RECUPERAÇÃO

Durante o percurso pelas várias etapas as aulas ou em outros momentos, individual-


da Situação de Aprendizagem, alguns alu- mente ou em pequenos grupos, com todos os
nos poderão não apreender os conteúdos da alunos ou apenas os que apresentaram dificul-
forma esperada. É necessário, então, pro- dades. Por exemplo:
fessor, que novas Situações de Aprendiza-
gem sejam propostas, permitindo ao aluno f roteiro de estudos com perguntas nortea-
revisitar o processo de outra maneira. Tais doras elaboradas por você, para poste-
estratégias podem ser desenvolvidas durante rior apresentação por escrito;

17
f apreciação e análise de filmes ou documentá- ferentes a técnicas e táticas das corridas com
rios, orientadas por você, professor; barreiras e obstáculos;
f apreciação e registro, por parte do aluno, de f atividade-síntese de um determinado con-
movimentos próprios e dos colegas; teúdo em que as várias atividades serão
f pesquisas em sites ou em outras fontes, refeitas e discutidas posteriormente (por
para posterior apresentação e análise; exemplo: circuito que contemple diferen-
f elaboração e apresentação (desenhos ou tes provas de corridas com barreiras e
maquetes) de pequenos circuitos de cor- obstáculos);
ridas com barreiras e obstáculos, a partir f avaliação com questões de múltipla escolha
de referenciais e elementos sugeridos por referentes à história e à evolução técnica das
você, professor; provas com barreiras e obstáculos, ou elabo-
f resolução de outras situações-problema, não ração, por parte dos alunos, de um jogo de
contempladas na Atividade Avaliadora, re- perguntas e respostas.

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2
BOLA ARREMESSADA AO CESTO OU AO GOL

Perceber a realização de determinados realizarão diferentes possibilidades de arre-


movimentos não é uma tarefa simples se não messos e lançamentos com bolas de diversos
formos incentivados e sensibilizados a fazê- tamanhos e pesos, além de outros objetos
-lo. Arremessar e lançar são movimentos que como argolas e bambolês. Em seguida, serão
caracterizam algumas modalidades esporti- motivados a analisar e comparar as provas de
vas, como o basquetebol ou o handebol, por arremesso e lançamentos do atletismo e a per-
exemplo, mas como perceber, identificar e ceber os diferentes estilos do Se-Movimentar,
associar os movimentos arremesso e lança- considerando as possíveis adaptações de espa-
mento característicos do atletismo e presentes ços e materiais como forma de compreender
em outras modalidades esportivas? Os alunos a evolução da técnica e das regras.

Conteúdo e temas: adaptação e adequação de espaços e materiais para a prática de arremesso e lan-
çamentos; formas e estilos de deslocamentos para o arremesso e lançamentos; arremesso de peso
e lançamentos de disco, dardo e martelo: processo histórico, evolução técnica e principais regras.

Competências e habilidades: identificar os princípios técnicos relacionados às provas de arremesso


e lançamentos; identificar e perceber a presença das diferentes possibilidades de arremesso e lança-
mentos em outras modalidades esportivas; identificar diferentes formas de arremesso e lançamen-
tos; reconhecer qual estilo de arremesso permite maior facilidade de execução; apontar diferenças e
semelhanças entre as três modalidades de lançamentos; adaptar e selecionar locais para realizar os
diferentes tipos de arremesso e lançamento.

Sugestão de recursos: bolas diversas – de borracha, de folhas de jornal, de tênis, basquetebol, futsal,
voleibol, handebol, medicine ball; bastonetes de giz; argolas; arcos ou bambolês; frisbee; corda; cabos
de vassouras.

18
Educação Física – 7ª série/8º ano – Volume 1

Desenvolvimento da Situação de círculos, cabos de vassouras ou folhas de jor-


Aprendizagem 2 nal enroladas, proponha aos alunos que ex-
perimentem diferentes formas de lançamento
Etapa 1 – Quero ver quem consegue! tentando acertá-los ou encaixá-los em alvos
como cones, garrafas PET cheias de areia, bo-
Pergunte aos alunos: É possível que uma las, postes de voleibol ou varas fixadas ao chão,
pessoa posicionada de costas, em relação à ta- distribuídos na quadra ou pátio.
bela do basquete ou à trave do handebol, acerte
a cesta ou o gol? Como tais arremessos podem Após livre experimentação, sugira varia-
ser realizados? ções quanto ao distanciamento em relação
aos alvos e algumas propostas de deslocamen-
Sugira aos alunos que se organizem em tos, como a realização de semigiros (seme-
dois grupos. Inicialmente, os integrantes de lhante ao que ocorre no lançamento de disco)
cada grupo, posicionados de costas para a e giros completos (como no lançamento de
tabela de basquete ou para o gol do hande- martelo) e também a corrida com um objeto
bol, próximos ao centro da quadra, tenta- empunhado (como no lançamento de dardo),
rão acertar a cesta ou o gol arremessando permitindo aos alunos identificar a melhor
diferentes tipos de bola (basquetebol, fut- forma de atingir a meta.
sal, vôlei, handebol, borracha ou folhas de
jornal). Oriente-os para que os arremessos Dentre os implementos ou objetos a se-
sejam realizados acima da cabeça, com am- rem manipulados, o disco é o que pode
bas as mãos. oferecer ao aluno maior dificuldade no que
se refere à “técnica”, mas isso pode ser su-
Solicite aos alunos que identifiquem perado quando desafios são lançados aos
qual pé posicionado à frente lhes permite alunos: O dardo foi lançado como uma lança,
maior apoio no momento do arremesso. como se estivéssemos caçando? O martelo foi
Após experimentar distâncias variadas e lançado como se estivéssemos atingindo um
diferentes tipos de bola, os alunos tentarão objeto no ar? O peso, como se estivéssemos
novos arremessos. Na primeira tentativa, arremessando uma pedra para bem longe? E
eles devem ficar de frente para a cesta ou como se deve lançar o disco?
para o gol, executando o arremesso por so-
bre a cabeça e, posteriormente, a partir do Na utilização do dardo, é importante que
tórax (passe de peito). os alunos sejam auxiliados a perceber a re-
lação entre o corredor de lançamento (área
Oriente-os para que recuperem as bolas so- de lançamento) e a área ou o alvo. Pode-se
mente após todas terem sido arremessadas, para relacionar a velocidade, a força e o equilí-
que não sejam atingidos durante a atividade. brio necessários antes, durante e após a exe-
cução. Na falta do objeto específico, o aluno
Solicite aos alunos a elaboração de varia- poderá simular o lançamento de dardo com
ções na realização da atividade, estabelecen- objetos que permitam perceber a trajetória
do novas metas ou alvos para os arremessos. do dardo e comparar com outros objetos
lançados anteriormente, para verificar se há
Etapa 2 – Jogo das argolas e lanças diferença. Por exemplo: Qual é a diferença
ao lançar uma bola e um cabo de vassoura?
Utilizando arcos, bambolês, argolas ou Que tipos de ajuste são necessários para cada
mangueiras cortadas e presas em forma de tipo de lançamento? Os objetos manipulados

19
sofrem interferência de que tipo? Há diferença rede. Além de sugerir essas práticas, é preciso
entre manipular e lançar uma bola e um cabo fazer questionamentos a todo momento, tais
de vassoura? como: Quais são as capacidades físicas envolvi-
das na realização do lançamento do “martelo”?
Não há por que temer o ensino do lança- O movimento ou lançamento realizado pode
mento de martelo, se forem estabelecidas as ser comparado ao movimento de lançamento
orientações de segurança, pois é um dos im- do dardo ou arremesso do peso? Quais são as
plementos mais fáceis de ser adaptado. Essa semelhanças e as diferenças?
é uma das provas que requer intervenção
de sua parte quanto ao nível de complexidade Nas competições esportivas oficiais para
no momento de execução, com combinação ambos os gêneros, as provas dessa modali-
de giros e lançamentos. Por isso, é importante dade são constituídas de: arremesso de peso,
sugerir diferentes formas de giros, orientar lançamento de disco, lançamento de martelo
para percepção dos movimentos axiais, pro- e lançamento de dardo.
por a execução de giros com apenas uma das
mãos pelo lado direito e depois, pelo esquer- Etapa 3 – Perceber e compreender o
do, bem como lançamentos sem giros e com arremesso
giros com a mão direita, com a mão esquerda
e com ambas as mãos (alternando saída pelo Procure questionar os alunos se conseguem
lado direito e lado esquerdo). Uma possibili- identificar quais estratégias são necessárias
dade de vivência prática é utilizar uma bola para arremessar mais longe ou mais alto e
de handebol dentro de uma sacola plástica também se percebem as dificuldades que en-
(fixada com um nó). Segurando nas alças, o contram ao arremessar ou lançar e a que as
aluno poderá realizar as variações sugeridas atribuem.
até a execução do lançamento. Em relação ao
arremesso de peso, pode-se colocar o aluno Sugira aos alunos que observem e relacio-
de costas para a rede de voleibol, com uma nem as semelhanças e as diferenças entre o
bola sobre o ombro, amparada pela mão arremesso realizado no atletismo e os arremessos
correspondente. Peça para o aluno executar realizados em outros esportes, para posterior
meio giro e arremessar a bola por cima da análise em grupo.

Feminino Masculino Adaptação Imagem


© Planet News Archive/SSPL/Getty Images

4 kg 7,26 kg

Peso Nas competições oficiais, cada Bolas ou


atleta tem direito a três arremes- medicine ball.
sos. Os arremessos são realizados
dentro de uma área própria com
2,13 m de diâmetro.

20
Educação Física – 7ª série/8º ano – Volume 1

Feminino Masculino Adaptação Imagem

© Patrik Giardino/Corbis/Latinstok
1 kg e 18 cm de 2 kg e 22 cm de
diâmetro diâmetro

Tampas redondas
Nas provas oficiais, cada lançador
de vasilhas
Disco tem direito a três lançamentos.
plásticas ou um
O lançamento é realizado dentro
frisbee.
de um círculo com 2,5 m com
uma “gaiola” de proteção de,
aproximadamente, 4 m de altura.

© Jun Tsukida/Aflo Sport/Latinstok


4 kg 7,26 kg

Bola amarrada
É constituído por cabeça (esfera
a uma corda ou
Martelo concreta), cabo e empunhadura.
presa dentro de
Aqui também há uma “gaiola” de
uma meia.
segurança a fim de proteger os es-
pectadores.

© Dimitri Iundt/TempSport/Corbis/Latinstock
600 g e compri- 800 g e compri-
mento entre mento entre
2,20 m e 2,30 m 2,60 m e 2,70 m

Os lançamentos de dardo são rea-


lizados em um corredor com 4 m Cabo de vassoura
Dardo de largura e, aproximadamente, ou folhas de
36,5 m de comprimento. O dardo jornal enroladas.
é constituído por cabeça (ponta
que atinge o chão primeiro),
corpo e empunhadura (local onde
o lançador manipula e segura o
dardo).

21
Etapa 4 – Olha o arremesso! Olha o lado adversário. Todas as vezes que as bolas
lançamento! Lá vem bola! do centro ultrapassarem os limites da zona de
tiro, deverão ser recolocadas no centro.
Oriente os alunos a formarem dois grupos
(preferencialmente, com meninas e meninos) Uma alternativa para esta atividade é ofere-
dispostos em lados opostos de uma quadra cer alvos móveis aos “atiradores”, fazendo que
de voleibol, ou área correspondente, em cujo bolas de basquete ou de handebol atravessem o
centro serão dispostas bolas pesadas (bolas centro da quadra ou do pátio, rolando no chão
de exercício, medicine ball, bolas de basque- ou quicando.
te ou de futsal). A partir da linha central, se-
rão traçadas duas linhas (uma de cada lado), Cordas ou bastonetes de giz podem ser úteis
distantes de 3 a 4 metros do centro, as quais para demarcar os arremessos feitos pelos alu-
limitarão a chamada “zona de tiro”. Os inte- nos, para que estes tenham a noção de quanto
grantes de cada equipe, de posse de bolas mais estão conseguindo acertar e, assim, estabelecer
leves que as do centro (de borracha, de tênis metas individuais e coletivas (grupos), além de
ou de meia), tentarão deslocar (lançar ou ati- perceber a influência de certas capacidades fí-
rar) as bolas localizadas no centro para além sicas nos arremessos de peso (essa informação
do limite da zona de lançamento ou de tiro do será útil também para os lançamentos).

O lançamento de disco e o arremesso de peso apresentam uma particularidade no que se refere


às mulheres. Em meados da década de 1920, essas provas contaram, pela primeira vez, com a
participação feminina, fato que coincide com o movimento de emancipação deflagrado na França
(berço do movimento). A prova feminina de lançamento de disco foi incluída nos Jogos Olímpi-
cos de Amsterdã, em 1928. No Brasil, qual é o histórico do lançamento de disco? Quando essa mo-
dalidade começou a ser praticada? Vocês já ouviram falar da famosa estátua Discóbolo, de Míron?
© Pirozzi/Album/akg-images/Latinstock

Figura 5 – Discóbolo, de Míron.

22
Educação Física – 7ª série/8º ano – Volume 1

Etapa 5 – Perceber e compreender o Sugira aos alunos que observem e relacio-


lançamento nem semelhanças e diferenças entre os lança-
mentos realizados no atletismo e aqueles ob-
Procure questionar os alunos se conseguem servados em outros esportes, para posterior
identificar: as estratégias necessárias para análise em grupo.
lançar mais longe ou as dificuldades que en-
contram ao lançarem e a que as atribuem; as Professor, aproveite e apresente, durante a
diferenças ou semelhanças entre os três tipos Situação de Aprendizagem, informações re-
de lançamentos do atletismo; as diferenças ou ferentes à existência das provas combinadas
semelhanças entre os lançamentos do atletis- (masculinas e femininas), que podem servir
mo com os realizados em outras modalidades como possibilidades a serem vivenciadas em
esportivas e que características dos objetos um festival na escola. Tais informações permi-
lançados (peso, formato e dimensão) influen- tem aos alunos tomar conhecimento de outras
ciaram os resultados conquistados por meni- provas do atletismo que contemplam as vivên-
nas e meninos. cias realizadas.

Provas combinadas
Corridas com barreiras e obstáculos, arremessos, lançamentos e saltos

Feminina – Heptatlo Masculina – Decatlo

1o dia: 100 m com barreiras, salto em al- 1o dia: 100 m rasos, salto em distância, arremesso
tura, arremesso de peso e 200 m rasos. de peso, salto em altura e 400 m rasos.
2o dia: salto em distância, lançamento 2o dia: 110 m com barreiras, arremesso de disco, sal-
de dardo e 800 m rasos. to com vara, lançamento de dardo e 1 500 m rasos.

Professor, instrua os alunos para que rea- para retomar o que foi estudado sobre o
lizem as atividades “Desafio!” e “Você apren- tema “Esporte – Modalidade individual:
deu?”, que constam no Caderno do Aluno, Atletismo”.

Desafio!
As fotos a seguir são relacionadas às seguintes provas do atletismo:

( A ) lançamento de martelo. ( D ) lançamento de disco.

( B ) corrida com obstáculos. ( E ) lançamento de dardo.

( C ) arremesso de peso. ( F ) corrida com barreiras.

Indique nos parênteses a letra correspondente a cada imagem:

23
24
© Bohemian Nomad Picturemakers/ © Jun Tsukida/Aflo Sport/
Corbis-Latinstock Latinstock

3. (

5. (

7. (
1. (
© B. Pepone/zefa/Corbis/Latinstock

B
A

E
C
© Dimitri Iundt/TempSport/

)
)

)
)
Corbis/Latinstock

© Patrick Giardino/ © Mark A. Johnson/


Corbis/Latinstock Corbis/Latinstock © Michael Steele/Getty Images

8. (
2. (

6. (
4. (

D
F

F
B
)

)
)
)
© Photolibrary/Latinstock
Educação Física – 7ª série/8º ano – Volume 1

1. Nas corridas com barreiras, os 3. Entre as provas combinadas (decatlo e


atletas: heptatlo) estão as de corrida com barreira.
Corresponde a um dos eventos do decatlo:
I – têm que saltar as barreiras;
II – só são desclassificados quando derru- a) 100 m com barreira.
bam, deliberadamente, uma barreira;
III – transpõem um total de 10 barreiras; b) 110 m com barreira.
IV – masculinos percorrem 110 metros ou
400 metros. c) 400 m.
Dessas alternativas, estão corretas:
d) 800 m.
a) I e II apenas.
e) 3 000 m com obstáculos.
b) II e III apenas.
4. Dos objetos citados, qual é usado na prova
c) III e IV apenas.
denominada arremesso?
d) I e IV apenas.
a) peso.
e) I, II, III e IV.
b) dardo.
2. A corrida com obstáculos:
c) martelo.
I – inclui saltar fossos com água;
II – tem 3 000 m; d) disco.
III – não tem raias específicas;
IV – é prova tanto masculina como feminina. 5. Entre as diferentes provas de arremesso e
lançamento, a que tem a marca mundial
Dessas alternativas, estão corretas: de maior distância é a de:
a) I, II e III apenas.
a) peso.
b) II, III e IV apenas.
b) dardo.
c) I, III e IV apenas.
d) I, II e IV apenas. c) martelo.

e) I, II, III e IV. d) disco.

ATIVIDADE AVALIADORA
Poderão ser analisadas a apresentação e a Ao término das vivências relacionadas,
discussão das pesquisas solicitadas sobre as observe a participação dos alunos na ela-
semelhanças e as diferenças entre os arremes- boração de outras atividades associadas ao
sos e lançamentos realizados no atletismo e tema, adequando-as aos espaços alternati-
em outras modalidades esportivas. vos presentes na escola.

25
A criatividade dos alunos na elaboração ou Considerando as distâncias alcançadas pe-
confecção de materiais e implementos alter- los implementos lançados no atletismo, orien-
nativos, a serem utilizados nos lançamentos, te os alunos a pesquisar possíveis espaços em
também poderá ser avaliada. sua escola onde seja possível realizá-los.

Verifique se os alunos têm condições de A partir da identificação das características


adaptar objetos do cotidiano e criar ou re- gerais (formato, peso, tamanho etc.) dos obje-
criar os implementos para os lançamentos e tos utilizados nas provas de arremesso e lança-
arremessos. Sugira materiais adaptados: sa- mentos, proponha aos alunos que se agrupem
cos com areia amarrados com corda (mar- para a confecção desses objetos utilizando
telo), cabos de vassoura e folhas de jornal material alternativo. As adaptações podem
enroladas (dardo), tampas redondas de reci- ser avaliadas, pois fazê-las requer dos alunos
pientes plásticos (disco). a mobilização dos conhecimentos elaborados
durante a Situação de Aprendizagem.

PROPOSTA DE SITUAÇÕES DE RECUPERAÇÃO

Durante o percurso pelas várias etapas f pesquisas em sites ou em outras fontes,


da Situação de Aprendizagem, alguns alu- para posterior apresentação e análise;
nos poderão não apreender os conteúdos f resolução de outras situações-problema,
da forma esperada. É necessário, então, não contempladas na Atividade Avaliado-
professor, que novas Situações de Apren- ra, referentes a técnicas e táticas do arremes-
dizagem sejam propostas, permitindo ao so e dos lançamentos;
aluno revisitar o processo de outra manei- f atividade-síntese de um determinado con-
ra. Tais estratégias podem ser desenvol- teúdo em que as várias atividades serão
vidas durante as aulas ou em outros mo- refeitas em uma única aula e discutidas
mentos, individualmente ou em pequenos posteriormente (por exemplo: circuito que
grupos, envolvendo todos os alunos ou contemple diferentes possibilidades de ar-
apenas os que apresentaram dificuldades. remesso e lançamentos);
Por exemplo: f avaliação com questões de múltipla esco-
lha referentes à história e à evolução téc-
f roteiro de estudos com perguntas nortea- nica das provas com barreiras e obstáculos
doras elaboradas por você, para posterior ou elaboração, por parte dos alunos, de um
apresentação por escrito; jogo de perguntas e respostas.
f apreciação e análise de filmes ou documentá-
rios, orientadas por você; Professor, leia agora com a classe a
f apreciação e registro, por parte do aluno, de seção “Aprendendo a aprender”, do
movimentos próprios e dos colegas; Caderno do Aluno. Procure mos-
f elaboração e apresentação (pode-se optar trar aos seus alunos que se trata de
por registro escrito, representação gráfica, um texto com informações extras, o qual não
produção de artefato audiovisual etc.) de está diretamente ligado às Situações de
exercícios e jogos que envolvam o arremes- Aprendizagem. Caso haja necessidade, você
so e os lançamentos, a partir de referenciais e pode contextualizar a informação utilizan-
elementos sugeridos pelo professor; do-se de seus próprios conhecimentos.

26
Educação Física – 7ª série/8º ano – Volume 1

Para você não perder a postura! muitas compensações para man-


ter o equilíbrio, o que provoca
alterações na postura.
Neste volume, vamos dar dicas muito
importantes para você, que é estudante e

© Conexão Editorial
carrega a responsabilidade (ou seja, a sua
mochila) nas costas.

São algumas dicas para você não perder


a postura e aprender a organizar e trans-
portar a mochila.

Ao preparar a sua mochila, procu-


re colocar os objetos mais pesados no
fundo e tente distribuir o peso de forma
equilibrada, sem deixar todo o peso só de 1 2 3
um lado. Distribua-o bem! Caso existam
repartições internas, coloque o que for A mochila não deve causar dores ou in-
mais pesado na parte que ficar próxima cômodos ao corpo. Se isso ocorrer, signifi-
ao corpo. ca que o peso é superior ao que você pode
transportar.
Agora observe na figura a melhor ma-
neira de transportar a sua mochila. O melhor mesmo é evitar carregar uma
carga superior a 10% do seu peso corporal.
Exemplo: se você pesa 50 kg, o peso da
Efeito das formas de carregar a mochila, ou de outra carga que você trans-
mochila sobre a coluna vertebral portar, não deve ser superior a 5 kg.

Uma alternativa é optar por malas


Figura 1 – Mostra a forma correta de car- escolares com rodinhas. São as mais in-
regar a mochila: mantendo o dicadas.
peso equilibrado pelas duas al-
ças colocadas nos ombros. Evite carregar objetos desnecessários
ou substitua-os por materiais mais leves.
Figura 2 – Mostra a mochila transpassada
de um lado ao outro. É a segun- Outra dica é procurar alternar o braço
da opção mais indicada. de transporte.

Figura 3 – Procure evitar esta forma de E lembre-se de cuidar bem da sua coluna!
transportar a mochila. Exige Ela vai acompanhar você por toda a vida!

27
RECURSOS PARA AMPLIAR A PERSPECTIVA DO PROFESSOR
E DO ALUNO PARA A COMPREENSÃO DO TEMA

Livros Dissertação

KUNZ, Elenor. Reflexões didáticas a partir ARAÚJO, Ana C. Correr, saltar, lançar, dia-
de práticas concretas. In: ______. Transforma- logar: uma reflexão sobre corpo e aprendi-
ção didático-pedagógica do esporte. 7. ed. Ijuí: zagem nas aulas de Educação Física. Natal,
Unijuí, 2006. p. 117-151. O capítulo sugere 2005. Dissertação (Mestrado em Educação)
uma ressignificação das experiências com o – Centro de Ciências Sociais e Aplicadas,
atletismo, na intenção de que os alunos su- Universidade Federal do Rio Grande do
perem os limites das vivências. Norte (UFRN). Disponível em: <http://
ftp.ufrn.br/pub/biblioteca/ext/bdtd/AnaCA.
MATTHIESEN, Sara Q. (Org.). Atletismo se pdf>. Acesso em: 10 set. 2013. Discute as
aprende na escola. Jundiaí: Fontoura, 2005. relações de aprendizagem sobre diferentes
Sistematização das experiências de um gru- movimentos característicos das provas de
po de estudos, cuja preocupação é estudar e atletismo na prática pedagógica da Educa-
ressignificar pedagogicamente o atletismo no ção Física em uma escola pública.
cotidiano das aulas de Educação Física.
Artigos
MATTHIESEN, Sara Q.; GINCIENE, Guy. His-
tória das corridas. Jundiaí: Fontoura, 2013. Este FARIA, Nuno Miguel R. P. A execução
volume é o primeiro da coleção “História do atle- do arco no lançamento do dardo. Lisboa:
tismo: da teoria à aplicação”, destinada aos inte- Instituto Superior Técnico. Trabalho de
ressados no atletismo, em particular, os professo- Biome cânica do Movimento, 2005/2006.
res de Educação Física. Relaciona as histórias das Disponível em: <http://pdfcast.org/pdf/
corridas, dos saltos, arremessos e lançamentos. dardo>. Acesso em: 24 maio 2013. Procura
identificar as principais fases de um lan-
ORO, Ubirajara. Iniciação ao atletismo no çamento, analisando-as com base em con-
Brasil: problemas e possibilidades didáticas. In: ceitos de biomecânica.
KIRSCH, August; KOCH, Karl; ORO, Ubira-
jara. Antologia do atletismo. Rio de Janeiro: Ao MATTHIESEN, Sara Q. Atletismo para
Livro Técnico, 1984. Apresenta critérios para crianças e jovens: relato de uma experiência
o trabalho pedagógico com o atletismo em di- educacional na Unesp-Rio Claro. Lecturas:
ferentes faixas etárias, permitindo contextua- Educación Física y Deportes, Buenos Aires.
lizar a modalidade esportiva nas várias séries/ v. 10, n. 83. 2005. Disponível em: <www.
anos da Educação Básica. efdeportes.com/efd83/unesp.htm>. Acesso
em: 24 maio 2013. Relato de experiência que,
SCHMOLINSKY, Gherardt. Atletismo. Lis- entre outras coisas, procura desmistificar,
boa: Estampa, 1982. Apresenta métodos de por meio de uma prática educativa, a imagem
treinamento para diferentes provas do atle- transmitida pela mídia que, na maioria das
tismo, com indicações que variam desde a vezes, faz do atletismo um esporte para pou-
iniciação à modalidade esportiva até exigên- cos e bem-dotados campeões.
cias mais rigorosas de rendimento.

28
Educação Física – 7ª série/8º ano – Volume 1

Sites

Comitê Paralímpico Brasileiro. Disponível em: técnicas de várias modalidades esportivas,


<http://cpb.org.br/>. Acesso em: 9 out. 2013. com regras e treinamentos específicos. Para
Apresenta informações sobre diferentes mo- atletismo, consulte o no 35 – Atletismo: bar-
dalidades paralímpicas, dentre elas, as provas reiras e obstáculos.
de atletismo.
Carruagens de fogo (Chariots of fire). Dire-
Confederação Brasileira de Atletismo. Dis- ção: Hugh Hudson. EUA, 1981. 123 min. Os
ponível em: <www.cbat.org.br>. Acesso melhores corredores da Inglaterra iniciam sua
em: 24 maio 2013. Apresenta informações busca pela glória nos Jogos Olímpicos de 1924.
sobre o histórico das provas, regras oficiais, O sucesso honra sua pátria, mas para dois
ídolos brasileiros, recordes nacionais, mun- corredores a honra em questão é pessoal: um
diais e olímpicos, artigos técnicos e normas judeu inglês rico que estuda em Cambridge e
antidoping. o filho de um missionário escocês. Destaque
para antológica cena final, com os atletas cor-
Portal do Professor/Ministério da Educação. rendo na praia.
Disponível em: <http://portaldoprofessor.mec.
gov.br/index.html>. Acesso em: 1 ago. 2013. Duro aprendizado (Higher learning). Dire-
Apresenta informações e sugestões sobre cen- ção: John Singleton. EUA, 1995. 127 min.
tenas de temas de aulas sobre o atletismo. Estudante recebe bolsa como atleta para
ingressar no Ensino Superior e busca apro-
Filmes veitar a oportunidade de ser o primeiro
membro de sua família a cursar a univer-
Campeões! Espanha, 1990. 13 min. Televisión sidade. Durante o curso, enfrenta diversos
de Catalunya. Disponível no Acervo da Secre- problemas e tem de decidir se vale a pena
taria da Educação do Estado de São Paulo. seu esforço nas provas acadêmicas além das
Série de 39 programas que apresenta as bases provas de atletismo.

29
TEMA 2 – LUTA: CARATÊ
As lutas e as artes marciais (budo) apre- tas de origem oriental, é preservada a ima-
sentam, em suas origens, características gem do mestre, o qual, por sua vez, apresen-
atribuídas à sobrevivência, ao exercício fí- ta uma postura de educador, ensinando aos
sico, ao treinamento militar, à defesa e ao seus “discípulos” vários preceitos que vão
ataque pessoal, além das implicações das além da própria prática da luta, ou seja, li-
tradições culturais, religiosas e filosóficas. ções que serviriam para a vida.
Com o surgimento de outras necessidades e o
desenvolvimento de novas técnicas, o ser hu- A expansão do caratê e de outras lutas
mano atribuiu outro significado às lutas, as é percebida em desenhos animados, brin-
quais, hoje, passam por um processo de es- quedos, jogos de cartas e tabuleiros e nos
portivização. mangás, histórias em quadrinhos conheci-
das pelo público adolescente que aprecia
As lutas orientais são originárias de paí- o gênero.
ses como Índia, China, Japão e Coreia. Em
sua formação, tinham um caráter voltado Nesse sentido, as artes marciais pos-
tanto para a defesa da nação quanto para suem um caráter introspectivo que pode ser
a do próprio praticante. Com o passar dos muito benéfico à educação. As metas sem-
anos, principalmente após o contato dessas pre dizem respeito aos limites, às possibi-
lutas com o Ocidente, surgiram alguns mes- lidades e às peculiaridades de cada indiví-
tres que perceberam nelas potenciais pos- duo em ação. Apesar de, aparentemente, o
sibilidades educativas, como autodomínio, foco estar no oponente, o objetivo dessa
superação de limites, aumento de concen- prática é olhar e transformar a si mesmo,
tração, exercício físico e atividades de lazer, independentemente do outro. Para o pra-
situações que vão muito além dos preceitos ticante, é como se o “inimigo” fosse ele
observados em sua origem. mesmo, com seus limites, medos, defeitos e
fraquezas. A evolução desse “eu” depende
Drigo e colaboradores (2005) apresentam do treinamento contínuo, da ação ininter-
alguns aspectos que podem ser utilizados para rupta de lapidar a integralidade do ser.
diferenciar luta e artes marciais. As artes mar-
ciais, para esses autores, são práticas corporais A seleção das lutas como conhecimento
de ataque e defesa, podendo ser também ca- a ser ensinado e discutido na escola ainda é
racterizadas como lutas. A principal diferen- recente, e muitas discussões surgem em rela-
ça entre as duas é que os praticantes de artes ção à forma ideal como o assunto deve ser
marciais, principalmente as de origem orien- tratado. Mas há muitas possibilidades de
tal, consideram que os conteúdos da cultura apresentação das lutas na escola, median-
de origem da atividade teriam uma orientação te uma abordagem intencional, de caráter
filosófica que determinaria a sua diferença pe- pedagógico, já que o ambiente escolar é um
rante as lutas. dos espaços onde os alunos experimentam,
vivenciam, criticam, compreendem e atri-
Atualmente, percebemos que, em boa buem significados às suas experiências no
parte dos filmes a que assistimos sobre lu- âmbito da Cultura de Movimento.

30
Educação Física – 7ª série/8º ano – Volume 1

Um pouco da história do caratê

O caratê tem sua origem ligada à ilha de uma roupa de algodão composta por uma
Okinawa, atualmente uma província japonesa calça e uma blusa (semelhante a um quimo-
localizada no extremo sul do país. A localiza- no), amarrada por uma faixa colorida (que
ção estratégica de Okinawa caracteriza uma simboliza o nível de conhecimento do pratican-
peculiaridade das tradições culturais mais te). Atualmente, o aprendizado das técnicas é
próximas da China do que do próprio Japão. dividido em três elementos:
Preceitos culturais, filosóficos e religiosos
também influenciaram o caratê e outras for- f kihon (técnica fundamental) – base, defe-
mas de combate no Japão. sas, socos e pontapés;
f katas (exercícios ou movimentos formais,
A palavra japonesa karate, derivada do com “um ou dois inimigos imaginários”).
termo original to te, significa “mãos vazias”. Esses exercícios apresentam cinco caracte-
A luta tem como característica a utilização rísticas: 1) sequência: movimentos e dire-
das mãos, dos pés, dos braços e de qualquer ção dos golpes; 2) respiração: alternância
outra parte do corpo como arma de defesa entre momentos de inspiração e expira-
pessoal. No século XVI, Okinawa foi inva- ção, com intensidades diferentes; 3) com-
dida e perdeu sua independência. Ninguém binações e tempo: sequência de movimen-
podia portar ou utilizar armas, fato que pode tos combinados que dão “vida” ao kata;
ser considerado importante para o surgimen- 4) forma e significado: posição dos golpes
to do caratê. (mãos e pés) e significado da intenção de
cada movimento; 5) olhos: significam con-
Por volta de 1920, Gichin Funakoshi (1868- centração e indicam a direção de execução
1957) levou o caratê à capital, Tóquio. Após dos movimentos e golpes;
conviver com outros mestres e inúmeros prati- f kumite (combate) – no qual se utilizam as
cantes de aiquidô, judô e quendô, Funakoshi técnicas do kihon e dos katas.
tornou-se professor em escolas de Tóquio. Ele
foi o responsável pela divulgação da luta por Os estilos ou escolas de caratê apresen-
todo o território japonês. tam diferentes combinações e aplicações das
técnicas, utilizando força, velocidade e re-
A colônia japonesa foi responsável pela sistência, percebidos na movimentação das
introdução do caratê no Brasil em meados da mãos e dos pés. As condutas para praticar o
década de 1950. O Estado de São Paulo foi caratê são baseadas no respeito mútuo. Al-
o primeiro a ter contato com essa luta, que, guns movimentos do esporte assemelham-se
anos depois, se expandiu para outros Esta- aos de animais em seus hábitats.
dos brasileiros.
No quadro a seguir, são apresentadas
Identificando o caratê algumas particularidades das cinco escolas
predominantes ou estilos que constituem o
O caratê é praticado em um local chama- caratê moderno: Goju-Ryu, Shotokan, Shi-
do dojo (que significa “lugar onde se estuda to-Ryu, Wado-Ryu e Shorin-Ryu. As dife-
o caminho”), e seus praticantes usam o gui, renças entre os estilos estão relacionadas às
suas origens.

31
32
© Mitch Diamond/Alamy/Glow Images © Mark Boulton/Alamy/Glow Images © Ilian/Alamy/Glow Images

Figura 8 - Aula de caratê.


Figuras 6 e 7 - Golpes de caratê.
Educação Física – 7ª série/8º ano – Volume 1

Alguns estilos (escolas) de caratê

Goju-Ryu: o nome advém de go (força) e ju (flexibilidade). Esse estilo foi desenvolvido


pelo mestre Chojun Miyagi e a técnica aqui empregada lança mão do bloqueio para
conferir mais rapidez ao ataque, exigindo muita resistência e força.

Shotokan: desenvolvido pelo mestre Gichin Funakoshi quando divulgou o caratê nas
outras partes do Japão. Seus alunos criaram a Japan Karate Association, que passou a ser o
berço do estilo. Em japonês, shotokan significa “academia de shoto”; e shoto é “o som que
o vento faz quando passa no pinheiro”, pseudônimo utilizado pelo mestre Funakoshi
para assinar suas poesias. É um estilo com bases mais amplas, de movimentação rápida
e com grande aproveitamento da movimentação dos quadris, sendo o equilíbrio uma
habilidade muito importante.

Shito-Ryu: criado por Kenwa Mabuni, é caracterizado por uma grande riqueza de
movimentos (katas) que combinam velocidade, agilidade, força e contração muscular.

Wado-Ryu: significa estilo do caminho da paz e foi criado pelo mestre Hironori Otsuka. Di-
fere dos demais estilos por usar o mínimo de esforço, imobilizações, esquivas e golpes de im-
pacto com os membros, além de arremessos e projeções. O bloqueio como técnica de defesa
é transformado em movimento de ataque.

Shorin-Ryu: tem suas origens no caratê de Sokon Matsumura. Shorin significa “floresta de
pinheiros”. Caracteriza-se por sugerir a respiração mais natural possível e por suas bases
(posturas) mais altas.

Possibilidades interdisciplinares

Professor, o tema “Luta” poderá ser desenvolvido de modo integrado com as disciplinas de
História e Geografia, na medida em que envolve conteúdos relacionados à história e à origem do
caratê em diferentes contextos. Converse com os professores responsáveis por essas disciplinas
em sua escola. Essa iniciativa facilitará a compreensão dos conteúdos de forma mais global e
integrada pelos alunos.

33
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3
IDENTIFICAÇÃO DO CONHECIMENTO A RESPEITO
DO CONCEITO DE LUTA

A luta é um elemento cultural que causará vida cotidiana (desenhos animados, filmes, se-
certo estranhamento nos alunos com pouca riados de TV, novelas, história em quadrinhos,
experiência no assunto. No entanto, será de- videogames, jogos de tabuleiros, de cartas etc.)
safiador descobrir as possibilidades de am- é um fato que não podemos desconsiderar.
pliar os conhecimentos referentes às lutas. Os Partindo desse pressuposto, das adaptações
alunos serão motivados a trocar informações cabíveis e das condutas dos grupos, os alunos
e apreciar imagens. O contato com diferentes realizarão golpes de ataque e defesa e viven-
modalidades de lutas em vários contextos da ciarão outros aspectos peculiares do caratê.

Conteúdo e temas: processo histórico do caratê; semelhanças e diferenças do caratê em relação a


outras lutas; a questão do gênero no caratê; sequência de movimentos característicos do caratê;
condutas pessoais e interpessoais; elaboração de sequência criativa de movimentos.

Competências e habilidades: expressar opiniões a respeito dos termos briga, violência, sobrevi-
vência e luta, relacionando-os com outras condutas do cotidiano; apreciar, identificar e compa-
rar as diferenças entre uma luta e outra e compreender o processo histórico de desenvolvimento
do caratê; reconhecer e valorizar as diferentes características pessoais e interpessoais a partir do caratê,
a fim de compreender e comparar os variados estilos dessa luta.

Sugestão de recursos: imagens de diferentes lutas; quimonos (ou roupões de banho); filmado-
ra; aparelho de DVD.

Desenvolvimento da Situação de As lutas, enquanto práticas esportivizadas


Aprendizagem 3 como as que conhecemos hoje, são muito re-
centes e resultam do surgimento de novas téc-
Oriente a turma na leitura e na nicas e das necessidades da própria humani-
produção da atividade “Para co- dade ao longo de sua história. No passado, as
meço de conversa”. Para que o lutas e as artes marciais (budo) estavam asso-
aluno realize a atividade “Pesquisa ciadas à sobrevivência, ao exercício físico, ao
em grupo”, oriente-o a consultar o material treinamento militar, à defesa e ao ataque pes-
sugerido na seção “Para saber mais”. soal, entre outros motivos, sofrendo diferentes
influências culturais, religiosas e filosóficas.
Neste volume, além das provas de atle-
tismo, você vai ter a oportunidade de enri- As lutas orientais tiveram origem em paí-
quecer seu conhecimento sobre o tema lu- ses como Índia, China, Japão e Coreia, sendo
tas. Para essa aproximação com o tema foi utilizadas tanto para a defesa da nação quan-
escolhido o caratê, cuja palavra japonesa to para a do próprio praticante. Alguns mes-
karate, que vem do termo to te, significa tres perceberam, entretanto, que por meio das
“mãos vazias”. lutas era possível trabalhar o autodomínio, a

34
Educação Física – 7ª série/8º ano – Volume 1

superação de limites, o aumento da concen- tas e às artes marciais que vocês conseguem
tração, além do exercício físico e sua utiliza- lembrar. A seguir, agrupem-nas segundo cate-
ção como atividade de lazer, o que trouxe o gorias. Exemplo: capacidades físicas exigidas;
caráter educativo à sua prática. Atualmente, nomes das modalidades de lutas e dos golpes;
boa parte dos filmes que tratam das lutas de país de origem e transformações; graus, vesti-
origem oriental exibe mestres com postura mentas, acessórios etc.
de educador, que ensinam a seus “discípulos”
muito mais que a prática da luta, isto é, ensi- Tendo por base essa lista, escrevam a res-
nam lições para a vida. peito do caratê e de sua relação com outras
lutas, como judô, jiu-jítsu, sumô, kung fu, tae
Mas qual é a diferença, afinal, entre as ar- kwon do, aikido, capoeira etc. Se desejarem,
tes marciais e as lutas? Seriam a mesma coisa? ilustrem a redação com mangás e outras figu-
ras, como as apresentadas a seguir.
Segundo os praticantes das artes marciais,

© Absodels/Getty Images
principalmente as de origem oriental, elas se
diferenciam das lutas porque têm uma orien-
tação filosófica nos conteúdos de sua cultura
de origem.

Tendo por base essas informações e o que


você já aprendeu em aula, vejamos o que você
sabe a respeito desse tema:

1. Cite um filme a que você tenha assistido e


que trata de artes marciais.
Resposta pessoal.

2. Quais destas palavras representam os três

© Absodels/Getty Images
elementos do aprendizado das técnicas do
caratê?

( X ) kihon.
( ) dojo.
( X ) katas.
( ) gui.
( X ) kumite.

O caratê moderno é constituído


por cinco escolas predominantes
ou estilos, cujas diferenças estão
baseadas em suas origens. São
elas: Goju-Ryu, Shotokan, Shito-Ryu, Wado-Ryu Espera-se que os alunos consigam resgatar conhecimentos
e Shorin-Ryu. trabalhados em séries anteriores ou que foram vivenciados
por eles fora da escola (em clubes, academias ou vistos em
Com um ou dois amigos da sala, listem o filmes, lidos em revistas etc.), para estabelecerem as relações
maior número de palavras relacionadas às lu- solicitadas na pesquisa.

35
Etapa 1 – O que é luta? lutas? O caratê é praticado em quais regiões do
mundo? No Brasil há muitos praticantes?
Procure fazer uma “tempestade de ideias”
ou uma chamada temática com os alunos para Caro professor, nesta etapa oriente os
alunos a realizarem a “Lição de casa”,
que falem a respeito do tema, por exemplo, uma
que consta no Caderno do Aluno.
palavra que se associe à luta. Poderão surgir ex-
pressões do tipo: briga, violência, sobrevivência, A luta tem como característica a utiliza-
judô, caratê, sumô, práticas orientais, treina- ção das mãos, dos pés, dos braços e de qual-
mento, concentração, defesa pessoal, jiu-jítsu, quer outra parte do corpo como arma de de-
vale-tudo, força, agilidade, agressão, “coisa pra fesa pessoal.
homem”, capoeira, disciplina, ringue, boxe, fra-
turas, cabo de guerra, lesões, socos, pontapés Experimente executar os movimentos das
(chutes), quimono, faixa preta, nomes de golpes, sequências apresentadas:
de atletas ou de filmes que abordem o tema.
1. Execute a forma correta de fechar a mão
para aplicar o tzuki.
As informações coletadas podem ser agrupa- © Conexão Editorial
das em categorias: nomes das modalidades de lu-
tas e dos golpes, origem e história das lutas (país
de origem e transformações), características das 1 2 3 4 5
lutas (princípios, categorias, vestimentas, acessó-
rios), capacidades físicas exigidas (força, agilidade, 2. Exercite os socos (oizuki) com deslocamento.
equilíbrio, resistência, flexibilidade e velocidade).
Veja esta sequências de bases:
Etapa 2 – Identificando e reconhecendo o
© Conexão Editorial

A B C
caratê

Apresente em aula várias imagens de di-


ferentes lutas sem a indicação de suas origens
(extraídas de revistas, jornais, histórias em qua-
drinhos etc.). É importante que sejam incluídas A – Zenkutsu Dachi (base com 60% do
imagens da prática do caratê. peso à frente);
B – Kokutsu Dachi (base recuada com
Motive os alunos para que consigam iden- 70% do peso para trás);
tificar, relacionar e comparar as técnicas do C – Kiba Dachi (base do cavaleiro com
caratê com as de outras lutas, além de reco- 50% do peso em cada perna).
nhecer movimentos e regras (condutas) do
esporte. Após a apresentação das imagens, os 3. Experimente realizar os chutes (Mae-Gueri).
Verifique agora a sequência de chutes:
alunos se organizarão em grupos para ana-
lisar e sistematizar (escrever) as diferenças e
© Conexão Editorial

A B C
semelhanças entre as lutas e caracterizar as
particularidades do caratê. Por exemplo: O
caratê é uma luta com que tipo de movimenta-
ção? Os lutadores utilizam quais partes do cor-
po para realizar os golpes? O espaço para prá-
tica do caratê é semelhante ao de outras lutas?
Homens e mulheres praticam o caratê? Que A – Mae-Gueri (chute frontal);
vestimentas utilizam os lutadores de caratê? As B – Mawashi Gueri (chute semicircular);
vestimentas são semelhantes às usadas em outras C – Yoko Gueri (chute lateral).
36
execução.

© Fernando Favoretto © Fernando Favoretto

© Fernando Favoretto

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4. Tente realizar a sequência deste kata. Para relembrar, seguem algumas imagens que orientam a
Educação Física – 7ª série/8º ano – Volume 1

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© Fernando Favoretto

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Espera-se que os alunos, com base nas aulas e nas ilustrações apresentadas, exercitem os movimentos propostos, individualmente ou
com algum colega.

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Etapa 3 – Adaptação e experimentação do (guiaku-zuki). Ainda na mesma posição
caratê: preparando o cenário do combate inicial, os alunos executam chutes à frente
(mae-gueri), com grande elevação do joe-
Após a análise das características do ca- lho, alternando as pernas. Todas essas téc-
ratê, os alunos precisam vivenciar alguns nicas podem ser combinadas e variadas à
movimentos característicos e mostrar os conhe- medida que os alunos melhorem as execu-
cimentos elaborados. Peça para que eles iden- ções. Sugere-se uma transição da execução
tifiquem possibilidades de adaptação das individual para os exercícios em dupla.
vestimentas. Por exemplo: roupão de banho,
camisetas e calças de moletom ou de malha Proponha trocas constantes das duplas,
de algodão (de tamanho grande, para facilitar inclusive entre meninas e meninos, para con-
a realização dos movimentos característicos tinuar com as discussões sobre coeducação,
do caratê.) As atividades podem ser realiza- gênero e capacidades físicas, iniciadas na Situa-
das em duplas e devem propor a vivência das ção de Aprendizagem anterior.
seguintes situações:
Etapa 4 – Criação, vivência, apreciação e
f desequilíbrios: tentar desequilibrar o cole- análise dos golpes e das condutas do caratê
ga usando somente os pés. Começar a luta
em pé; Na prática do caratê, existe uma forma de
f conquista de território: demarcar o espaço movimentos conhecida como kata (pronuncia-
com duas linhas, quem conseguir “empur- se catá). Trata-se de uma espécie de luta contra
rar” o outro até o espaço demarcado ganha um inimigo imaginário expressa em sequências
o combate; fixas de movimentos, sistematicamente orga-
f ataque e defesa: verificar quem consegue nizados, com técnicas ofensivas (ataque) e de-
tocar mais vezes no joelho do colega com fensivas (defesa). Quando executado correta-
as mãos; mente, o kata tem início e término na mesma
f ataque e defesa: em duplas, um dos alu- posição espacial, revelando sua simetria. Do
nos deverá elevar e estender os braços, en- mesmo modo, sempre se inicia com uma defe-
quanto o outro tentará atingir com os pés sa, o que simboliza a preservação da paz. Ape-
as mãos do colega; depois, invertem-se as sar dessa movimentação ser peculiar à prática
funções; do caratê, pode ser modificada para atender às
f soco e chute: individualmente, cada alu- necessidades específicas de aprendizado dos
no fica em pé, parado, com as pernas um alunos, ou seja, criar uma sequência embasada
pouco afastadas lateralmente, e executa nas técnicas mais simples aprendidas anterior-
socos (tzuki) em linha reta, à frente, al- mente e apresentá-la de forma livre.
ternando os braços. A seguir, cada aluno
fica numa postura com um dos membros A formação de grupos é uma boa estratégia
inferiores mais à frente, flexionado, com nesse ponto. Cada grupo deverá registrar em
o peso corporal concentrado, e executa um papel uma sequência de movimentos pró-
socos (oizuki) em deslocamento, combi- prios, sem a necessidade de classificar os gol-
nando movimentos de braço e perna do pes, apenas indicar a execução do movimento.
mesmo lado do corpo. Na mesma posição, Os grupos devem apresentar uma sequência de
os alunos repetem os socos ora usando o movimentos que utilizem braços e pernas com-
braço do mesmo lado da perna que está à binados com giros e saltos, socos defensivos e
frente (kizami-zuki), ora usando o braço ofensivos para compor uma sequência de kata
do lado oposto à perna que está à frente original (criação de movimentos).

40
Educação Física – 7ª série/8º ano – Volume 1

Uma variação possível é apresentar um Se a escola tiver equipamentos como câmera


kata original e propor uma combinação deste de vídeo, elabore pequenos filmes com as ima-
com os gestos criados pelos alunos. Esclare- gens dos movimentos dos alunos. Esse material
ça que golpes, chutes, socos e bloqueios apa- servirá como registro para a análise e a leitura
recem em uma combinação lógica no kata. crítica dos movimentos realizados (utilizadas
O primeiro e mais simples kata é o heian 1, como recurso na Atividade Avaliadora).
que se destina ao bloqueio dos golpes desfe-
ridos contra a cabeça e o tronco. O heian 1 é Professor, este é o momento de
composto por 21 movimentos e estima-se que realizar as atividades “Desafio!”
o tempo de execução, para o executante trei- e “Você aprendeu?”, que cons-
nado, não ultrapasse 40 segundos. Observe tam no Caderno do Aluno, a fim
os movimentos nas imagens do exercício 4 da de retomar o que foi estudado sobre o tema
“Lição de Casa”. “Luta: caratê”.

Desafio!

Com as letras a seguir indicadas, forme o maior número de palavras ou expressões relaciona-
das às lutas ou às artes marciais.

J – judô

K–

S–

D–

F–

Q–

A–

C–

B–

Algumas possibilidades de respostas: briga, sobrevivência, judô, caratê, sumô, concentração, defesa pessoal, jiu-jítsu, força, agilidade,
agressão, capoeira, disciplina, boxe, fraturas, cabo de guerra, socos, chutes, quimono, faixa preta, kihon, dojo, katas, gui, kumite,
Shotokan, Shito-Ryu.

41
1. Relacione a palavra da coluna à esquerda ao seu respectivo significado na coluna à direita:

a) Dojo (_________) técnica fundamental (base, defesas, socos e pontapés).

b) Gui (_________) combate.

c) Kihon (_________) local onde se estuda o caminho.

d) Katas (_________) roupa semelhante a um quimono.

(_________) exercícios ou movimentos formais com “um ou dois inimigos


e) Kumite
imaginários”.

Sequência: (c); (e); (a); (b) e (d).

2. Você aprendeu que uma sequência de mo- de ataque e defesa, quase que simultâneos, para três oponen-
vimentos do kata simula um combate com tes exige certa criatividade e percepção do próprio corpo e dos
um ou dois inimigos imaginários. Se você demais para resolver a situação proposta. Sugere-se ao professor
tivesse um terceiro inimigo imaginário, e aos alunos, se possível, que filmem ou fotografem as iniciativas
quais seriam os movimentos que utilizaria dos alunos e de posse do registro discutam as diferentes possibi-
para ataque e defesa? lidades encontradas. Vale ressaltar que essa questão permitirá ao
Espera-se que o aluno elabore diferentes movimentos já que o 3º aluno potencializar sua própria condição de criar e realizar deter-
oponente/adversário não estava previsto nas situações propostas minados movimentos e não ficar restrito a movimentos/gestos
anteriormente. A possibilidade de o aluno elaborar movimentos exigidos pela luta tomada como exemplo. 

ATIVIDADE AVALIADORA
Enquanto desenvolve a Situação de Aprendi- f Esses locais são públicos ou privados?
zagem, aproveite para avaliar os alunos quanto f Quem frequenta esses espaços (identifi-
à capacidade de identificar e organizar informa- car o gênero): homens, mulheres? Qual a
ções a respeito do caratê. Cada grupo poderá faixa etária desse público: jovens, adul-
ficar responsável por organizar e apresentar os tos, idosos?
conhecimentos elaborados. Em grupos, os alu- f O caratê pode ser praticado por homens e
nos podem responder às seguintes questões: mulheres?
f Quais são as formas de pontuação no caratê?
f Aponte uma semelhança e uma diferença f Os golpes de ataque são executados com
entre o caratê e outras lutas. quais partes do corpo?
f Cite o nome das escolas predominantes de f Quais condutas não são permitidas em
caratê. uma luta de caratê?
f Qual foi a maior dificuldade que vocês en-
frentaram para realizar as vivências? As respostas podem ser analisadas por to-
f Perto da escola, quantos locais existem dos os grupos (avaliação pelos pares) e pelo
para a prática de caratê ou outra luta de professor, para verificar sua coerência.
origem oriental?

42
Educação Física – 7ª série/8º ano – Volume 1

PROPOSTA DE SITUAÇÕES DE RECUPERAÇÃO

Durante o percurso pelas várias etapas da f apreciação e registro, por parte do aluno,
Situação de Aprendizagem, alguns alunos po- dos próprios movimentos e dos colegas;
derão não apreender os conteúdos da forma f pesquisas em sites ou em outras fontes,
esperada. É necessário, então, que novas Situa- para posterior apresentação e análise;
ções de Aprendizagem sejam propostas, per- f elaboração e apresentação (pode-se op-
mitindo ao aluno revisitar o processo de outra tar pelo registro com uso de palavras,
maneira. Tais estratégias podem ser desenvolvi- desenhos, recurso audiovisual etc.) de se-
das durante as aulas ou em outros momentos, quências de movimentos, a partir de refe-
individualmente ou em pequenos grupos, com renciais e elementos sugeridos por você,
todos os alunos ou apenas os que apresenta- professor;
ram dificuldades. Por exemplo: f resolução de outras situações-problema,
não contempladas na Atividade Avaliado-
f roteiro de estudos com perguntas nortea- ra, referentes a técnicas e táticas do caratê;
doras elaboradas por você para posterior f reapresentação da Atividade Avaliado-
apresentação por escrito; ra desenvolvida em outra linguagem (por
f apreciação e análise de filmes ou documentá- exemplo, descrever verbalmente ou com
rios sob sua orientação; desenhos as atividades realizadas).

RECURSOS PARA AMPLIAR A PERSPECTIVA DO PROFESSOR


E DO ALUNO PARA A COMPREENSÃO DO TEMA

Livros NAKAYAMA, Masatoshi. O melhor do caratê:


visão abrangente-prática. São Paulo: Cultrix,
CARREIRO, Eduardo A. Lutas. In: DA- 1999. Apresenta sequências de movimentos,
RIDO, Suraya C.; RANGEL, Irene C. com várias fotos do esporte.
Educação Física na escola: implicações
para a prática pedagógica. Rio de Janei- OLIVIER, Jean-Claude. Das brigas aos jogos
ro: Guanabara Koogan, 2005. p. 244-261. com regras: enfrentando a indisciplina na es-
Aborda a temática das lutas nas aulas de cola. Porto Alegre: Artmed, 2000. Propõe di-
Educação Física, discutindo as implicações ferentes situações de jogos e estratégias para o
das dimensões atitudinal, procedimental e ensino das lutas.
conceitual dos conteúdos.
Artigos
FUNAKOSHI, Gichin. Caratê-do: o meu
modo de vida. São Paulo: Cultrix, 1994. BARREIRA, Cristiano R. A.; MASSIMI, Ma-
Apresenta a biografia e a filosofia de vida do rina. O caminho espiritual do corpo: a dinâmica
mestre de caratê Shotokan. Permite analisar as psíquica no caratê-do Shotokan. Memorandum,
diferenças no processo histórico dessa luta no Belo Horizonte, v. 11, p.85-101, 2006. Disponí-
Ocidente e no Oriente. vel em: <www.fafich.ufmg.br/~memorandum/

43
a11/barreiramassimi03.pdf.> Acesso em: 24 SO, Marcos R.; BETTI, Mauro. Lutas na
maio 2013. O texto explora percursos históri- Educação Física escolar: relação entre conteú-
cos, técnicos, conceituais e vivenciais das ideias do, pedagogia e currículo. Disponível em:
inerentes ao estilo Shotokan do caratê, idealiza- <http://www.efdeportes.com/efd178/lutas-na-
do por Gichin Funakoshi, analisando-o a par- educacao-fisica-escolar.htm>. Acesso em: 25
tir do pensamento de seu discípulo Masatoshi out. 2013. Apresenta reflexões sobre o tratamen-
Nakayama, um dos responsáveis pela diáspora to das lutas nas aulas e aborda diferentes pontos
mundial dessa arte marcial. de vista de professores de Educação Física.

______. As ideias psicopedagógicas e a es- Sites


piritualidade no caratê-do segundo a obra
de Gichin Funakoshi. Psicologia: Reflexão e Artes Marciais. Disponível em: <www.
Crítica, Porto Alegre, v. 16, n. 2, p. 379-388, discoverybrasil.com/artes_marciais_home>.
2003. Disponível em: <www.scielo.br/pdf/ Acesso em: 24 maio 2013. Origem e história
prc/v16n2/a18v16n2.pdf>. Acesso em: 24 de diversas lutas e artes marciais, informações
maio 2013. Procura fazer um resgate teórico a respeito das manifestações das lutas nos di-
das ideias psicopedagógicas e da espirituali- ferentes continentes, além de indicação de fil-
dade próprias do caratê, sob a luz dos para- mes e programação com matérias específicas.
digmas culturais de maior influência no pen-
samento do mestre Gichin Funakoshi. Federação Brasileira de Karatê. Disponível em:
<www.fbk.com.br>. Acesso em: 24 maio 2013.
DRIGO, Alexandre J.; OLIVEIRA, Paulo Informações a respeito da origem e da história do
R.; CESANA, Juliana; NOVAES, Caio R. B.; caratê e calendário de eventos nacionais e progra-
SOUZA NETO, Samuel. A cultura oriental mação de espetáculos nas diferentes categorias.
e o processo de especialização precoce nas
artes marciais. Lecturas: Educación Fisica y Federação Paulista de Karate. Disponível em:
Deportes, Buenos Aires, v. 10, n. 86, jul. 2005. <http://fpk.org.br>. Acesso em: 24 maio 2013.
Disponível em: <www.efdeportes.com/efd86/ Informações a respeito da origem e da história
artm.htm>. Acesso em: 24 maio 2013. Trata do caratê, calendário de eventos regionais nas
de elementos da cultura oriental, japonesa e diferentes categorias.
chinesa e sua relação com o processo de es-
pecialização precoce nas modalidades de lutas Japan Karate Association – Brasil. Disponível
e de artes marciais que são influenciadas por em: <www.nkkbrasil.com.br>. Acesso em: 24
essas culturas. maio 2013. Apresenta as características do ca-
ratê, incluindo regras e aspectos históricos.
NASCIMENTO, Paulo R. B. do; ALMEIDA,
Luciano de. A tematização das lutas na Educa- Jornal Nippo-Brasil. Disponível em: <www.
ção Física escolar: restrições e possibilidades. nippobrasil.com.br>. Acesso em: 24 maio
Movimento, Porto Alegre, v. 13, n. 3, p. 91-110, 2013. Jornal on-line que contém informações a
set./dez. 2007. Disponível em: <http://www. respeito da cultura japonesa e de artes marciais.
seer.ufrgs.br/index.php/Movimento/article/
view/3567/1968>. Acesso em: 24 maio 2013. World Karate Federation. Disponível em: <http://
Apresenta reflexões e propostas para o trata- www.wkf.net/>. Acesso em: 24 maio 2013. In-
mento pedagógico das lutas na Educação Fí- formações a respeito do número de praticantes
sica escolar. nos cinco continentes, vídeos sobre o esporte e
calendário de eventos internacionais.

44
Educação Física – 7ª série/8º ano – Volume 1

Filmes Miyagi resolve ensinar a Daniel os princí-


pios do caratê, para que ele possa se defen-
Karatê kid – A hora da verdade (The kara- der melhor de seus adversários.
te kid). Direção: John G. Avildsen. EUA,
1984. 126 min. Após se mudar com sua Kung Fu Panda. Direção: Mark Osborne,
mãe, o adolescente Daniel Larusso tem John Stevenson. EUA, 2008. 90 min. Essa
dificuldades para se adaptar ao novo am- animação sobre o kung fu evidencia algumas
biente. Quando conhece uma linda jovem escolas (estilos) que tiveram suas origens ba-
chamada Ali, tudo fica mais tranquilo, até seadas nas características e nos movimentos
a gangue do ex-namorado da moça come- de certos animais, que podem servir para am-
çar a perturbar Daniel. É quando o senhor pliar o tratamento pedagógico nas aulas.

45
TEMA 3 – ORGANISMO HUMANO, MOVIMENTO E
SAÚDE – CAPACIDADES FÍSICAS: APLICAÇÕES NO
ATLETISMO E NA LUTA
O ser humano elabora uma compreensão piciar aos alunos um conjunto de experiên-
em torno de seu próprio organismo quando cias significativas que possibilitem melhor
se percebe inserido em fenômenos que conse- compreensão das mudanças de estado e das
gue interpretar e aos quais é capaz de atribuir interações do organismo quando submetidos
significados em consonância com sua própria a certos regimes de exercitação.
história. Nessa perspectiva, o Se-Movimentar
pressupõe “um diálogo” para conhecer e vi- No tema “Organismo humano, movimen-
venciar os mecanismos da vida (vitais), dentre to e saúde”, o objetivo é propiciar a correla-
os quais se destacam a percepção e o desenvol- ção entre a percepção e a compreensão das
vimento das capacidades físicas. capacidades físicas do organismo, que se au-
togere, mas só o faz na relação com os outros
Muitas vezes, deficiências em algumas ca- (MATURANA, 1998). Assim sendo, o trabalho
pacidades físicas podem levar uma pessoa a com o tema, neste volume, deve ser integrado
experimentar dificuldades para participar de com o desenvolvimento dos temas “Esporte –
certas manifestações da Cultura de Movi- Modalidade individual: Atletismo” e “Luta”, de
mento. Contudo, não se propõe aqui que as modo que os alunos possam identificar as impli-
aulas de Educação Física sejam destinadas à cações das capacidades físicas nessas manifesta-
prática de exercícios e atividades para o desen- ções da Cultura de Movimento.
volvimento das capacidades físicas, mas que
possibilitem a compreensão dos fundamentos De acordo com Barbanti (2003), as capa-
relativos a essas capacidades. Trata-se de pro- cidades físicas podem ser assim sintetizadas:

Agilidade Flexibilidade Força Resistência Velocidade

“Capacidade de “Capacidade de “Capacidade de “Capacidade de “Capacidade de


executar movi- realizar movi- exercer tensão sustentar uma executar movi-
mentos rápidos mentos em cer- contra uma dada carga de mentos cíclicos
e ligeiros com tas articulações resistência, que atividade o mais na mais alta
mudanças de com amplitude ocorre por meio longo tempo velocidade indi-
direções” (p. 15). de movimento de ações muscu- possível sem vidual possível”
apropriada” lares” fadiga” (p. 215). (p. 615).
(p. 270). (p. 273-274).

BARBANTI, Valdir José. Dicionário de Educação Física e esporte. 2. ed. São Paulo: Manole, 2003.

46
Educação Física – 7ª série/8º ano – Volume 1

No caso particular das provas de cor- sária nos movimentos preparatórios para
ridas com barreiras e obstáculos e nos os lançamentos.
arremessos e lançamentos, pode-se iden-
tificar, em especial, a mobilização das No caratê, os golpes envolvem a flexibilidade
capacidades físicas, flexibilidade, veloci- e a agilidade, a força e a velocidade, assim como
dade e força. Também a agilidade é neces- a resistência durante um combate prolongado.

Possibilidades interdisciplinares
Professor, o tema “Organismo humano, movimento e saúde” poderá ser desenvolvido de modo
integrado com a disciplina de Ciências, na medida em que envolve conteúdos relacionados com o orga-
nismo humano e suas implicações na relação com o atletismo e com a luta. Converse com o professor
responsável por essa disciplina em sua escola. Essa iniciativa facilitará a compreensão dos conteúdos
de forma mais global e integrada pelos alunos.

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4
“SE FICAR, TEM ARREMESSO; SE CORRER, TEM LANÇAMENTO”
Os alunos necessitam compreender que as ca- capacidades físicas são mais mobilizadas que
pacidades físicas permitem otimizar algumas vi- outras, em função das necessidades, estratégias
vências e experiências. É importante que, durante e características da luta. No caso do caratê, a
as experimentações de arremessos e lançamen- intenção é que os alunos consigam identificar
tos, o professor ressalte essa questão, mas sem quais são as capacidades físicas mais requeridas
desmotivar os alunos. Sugere-se que a primeira e as possíveis implicações na execução dos ges-
etapa desta Situação de Aprendizagem seja de- tos da luta. Sugere-se que a segunda etapa desta
senvolvida conjuntamente com o tema “Esporte Situação de Aprendizagem seja desenvolvida em
– Modalidade individual: atletismo”. Algumas conjunto com o tema “Luta”.

Conteúdo e temas: capacidades físicas e aplicações no atletismo; capacidades físicas e aplicações no caratê.
Competências e habilidades: identificar alguns exercícios específicos que mobilizem as capacidades físicas
relacionadas ao atletismo; identificar as implicações das capacidades físicas predominantes nas provas de
corridas com barreiras e obstáculos, arremessos e lançamentos; reconhecer a importância das capacida-
des físicas no desempenho das provas de corrida com barreiras e obstáculos, arremessos e lançamentos;
identificar alguns exercícios específicos que mobilizem as capacidades físicas relacionados ao caratê; iden-
tificar e comparar os diferentes grupos musculares mobilizados nas sequências de movimentos do caratê;
identificar as implicações das capacidades físicas predominantes no caratê; reconhecer a importância das
capacidades físicas nos movimentos do caratê.
Sugestão de recursos: caixa de papelão, cordas; bastões de madeira; garrafas PET; arcos; cones (Situação
de Aprendizagem 1); bolas diversas: de borracha, tênis, basquetebol, futsal, voleibol, handebol, medicine
ball; bastonetes de giz; folhas de jornal; argolas; arcos; bambolês; frisbee; corda; cabo de vassoura (Si-
tuação de Aprendizagem 2); imagens de diferentes lutas; quimonos (ou roupões de banho), filmadora,
aparelho de DVD (Situação de Aprendizagem 3); papel sulfite; canetas.

47
Desenvolvimento da Situação de 2. Em modalidades individuais, como o atle-
Aprendizagem 4 tismo, as capacidades aparecem de forma
isolada, ou seja, para cada modalidade uti-
lizamos uma única capacidade.
Professor, antes de iniciar a Situa-
ção de Aprendizagem 4, faça a lei- ( ) Verdadeiro
tura, junto com seus alunos, da ( X ) Falso
atividade “Para começo de conversa”.
3. Nas lutas, para a execução dos golpes, bas-
Durante as aulas de Educação Física e no ta que o praticante desenvolva as capacida-
seu dia a dia, você utiliza as capacidades des de força e agilidade.
físicas para a realização de diferentes tare-
fas. Vamos relembrar essas capacidades: ( ) Verdadeiro
( X ) Falso
a) agilidade: é a capacidade de executar
movimentos rápidos com mudança de
direção, como as fintas nos esportes co- Etapa 1 – Invadindo e defendendo
letivos e as coreografias na dança. território

b) flexibilidade: é a capacidade de realizar Sugira aos alunos que utilizem os materiais


movimentos com amplitude adequada, produzidos ou adaptados para essa atividade:
como nos alongamentos. dardos, pesos, discos e martelos, barreiras e
obstáculos. As barreiras e os obstáculos po-
c) força: é a capacidade de vencer uma re- dem ser dispostos na quadra ou em outro es-
sistência por meio das ações musculares. paço disponível para a aula.

d) resistência: é a capacidade de perma- Organize a turma em quatro grupos, forma-


necer o maior tempo possível numa dos, preferencialmente, por meninos e meninas,
atividade sem fadiga, por exemplo, e distribua os equipamentos para arremessos e
correr grandes distâncias. lançamentos igualmente entre os grupos. Cada
grupo deve ter um “território próprio”, por
e) velocidade: é a capacidade de executar exemplo: um dos cantos da quadra.
movimentos no menor tempo possível,
como em uma corrida de curta distância Alternadamente, os grupos podem se desa-
em alta velocidade. fiar para correr no espaço repleto de barrei-
ras e obstáculos e tentar chegar primeiro ao
Baseado nas suas experiências e nessas de- território do grupo oponente. Enquanto isso,
finições indique com X se as afirmações a se- os dois grupos que não participam do desafio
guir são verdadeiras ou falsas: tentarão lançar/arremessar seus objetos nos
territórios “abandonados” pelos grupos.
1. Em modalidades coletivas, como o futebol,
utilizamos uma combinação das capacida- O objetivo para os grupos que correm é
des físicas. chegar primeiro ao território do grupo adver-
sário e o objetivo dos grupos que arremessam
( X ) Verdadeiro e lançam é livrar-se dos objetos a cada desafio.
( ) Falso Opcionalmente, podem ser atribuídos pontos a

48
Educação Física – 7ª série/8º ano – Volume 1

cada rodada (para quem chegou primeiro e para Solicite, nas apresentações, que os alunos
quem arremessou e lançou com mais precisão). explorem os movimentos dos membros supe-
Os objetos que não atingirem o alvo (território) riores e inferiores, relacionando-os às capaci-
devem ser recolhidos pelo grupo que os lançou e dades físicas.
arremessou para que seja reiniciada a atividade.
Professor, solicite aos alunos
Solicite, após ter completado algumas ro- que realizem a “Pesquisa em
dadas, que os alunos comparem as capacida- grupo”, que consta no Cader-
des utilizadas ao correr e ao lançar/arremes- no do Aluno, a fim de retomar
sar. Peça também que cada grupo registre suas o que foi estudado sobre os temas “Esporte
percepções em uma folha de papel (o registro – Modalidade individual: atletismo” e
facilitará a avaliação posteriormente). “Luta”, relacionando-os com o tema “Or-
ganismo humano, movimento e saúde”.
Etapa 2 – Análise das capacidades físicas a Para finalizar, peça a eles que completem as
partir dos golpes do caratê: nem tudo é força seções “Lição de casa”, “Desafio!” e “Você
aprendeu?”.
No caratê, os pontos são obtidos confor-
me as diferentes técnicas associadas aos es-
tilos. Organize os alunos em grupos, solici- Vocês executaram movimentos pertinen-
tando que cada grupo pesquise e analise uma tes ao atletismo e ao caratê. Pesquise entre
das técnicas em relação aos grupamentos seus colegas as atividades vivenciadas, as di-
musculares e identifique o tipo de capacidade ficuldades que encontraram na execução des-
física mais exigida para a sua execução. ses movimentos (cada componente do grupo
sugere uma) e as capacidades envolvidas.
Os alunos poderão demonstrar como se Apresentem uma proposta para melhorar es-
executa a técnica pesquisada e expor aos ou- sas capacidades. Feito isso, preencha a tabela
tros grupos o resultado de sua análise. de acordo com o exemplo:

Nome Ana

Atividade Corrida

Dificuldade Manter a velocidade até a chegada

Capacidade(s) Velocidade e resistência

Proposta Corridas de curta e média duração

O resultado da pesquisa depende dos gestos escolhidos pelos alunos. Utilize o exemplo como referência.

Escolha um arremesso, uma corrida Capacidade(s) Velocidade e força.


e um golpe do caratê que você Corrida Depende do conteúdo desenvolvido e da es-
aprendeu e registre as capacidades colha do aluno.
físicas envolvidas em cada um deles: Capacidade(s) Velocidade e/ou resistência.
Golpe Depende do conteúdo desenvolvido e da esco-
Arremesso Depende do conteúdo desenvolvido e da lha do aluno.
escolha do aluno. Capacidade(s) Força, flexibilidade e/ou agilidade.

49
Desafio!
Observe as figuras a seguir e identifique a capacidade física predominante em cada caso.

© Dimitri Iundt/TempSport/Corbis/
Latinstock a) No momento do lançamento, a
capacidade predominante é: Força.
© Mark A. Johnson/Corbis/
Latinstock

b) Nesta modalidade de corrida há


uma combinação das capacidades:
Velocidade, força e flexibilidade.
© Patrick Giardino/Corbis/
Latinstock

c) Além da força, a capacidade


utilizada na preparação do
arremesso é: Agilidade.

Vamos ver se você consegue iden- 2. Na execução de um kata, espera-se


tificar as capacidades físicas rela- que o praticante execute movimentos
cionadas ao atletismo e ao caratê: diversos, pois combate um ou dois
inimigos imaginários. As capacidades
1. Nas corridas de curta distância as veloci- necessárias para que o confronto seja
dades são muito altas. A fim de manter es- satisfatório são:
sas velocidades pelo maior tempo possível,
a capacidade que se deve desenvolver é a: a) agilidade e força.
a) agilidade.
b) força, resistência e agilidade.
b) força.
c) flexibilidade, força e agilidade.
c) resistência.
d) velocidade. d) resistência e força.

50
Educação Física – 7ª série/8º ano – Volume 1

ATIVIDADE AVALIADORA

Solicite aos alunos que registrem em uma físicas. De posse dessa ficha, auxilie os alu-
ficha individual as atividades de corridas, nos para que, em grupos, discutam os dados
arremessos e lançamentos realizadas, assim com os colegas e identifiquem, em seguida,
como as referentes ao caratê, assinalando exercícios que auxiliem no desenvolvimento
as principais facilidades e dificuldades en- de determinadas capacidades físicas para as
contradas e sua relação com as capacidades referidas atividades.

PROPOSTA DE SITUAÇÕES DE RECUPERAÇÃO


Durante o percurso pelas várias etapas da apresentação por escrito;
Situação de Aprendizagem, alguns alunos po- f apreciação e análise de filmes ou docu-
derão não apreender os conteúdos da forma mentários, orientadas por você, professor;
esperada. É necessário, então, que novas Situa- f pesquisas em sites ou em outras fontes,
ções de Aprendizagem sejam propostas, per- para posterior apresentação e análise;
mitindo ao aluno revisitar o processo de outra f resolução de outras situações-problema,
maneira. Tais estratégias podem ser desenvolvi- não contempladas na Atividade Avalia-
das durante as aulas ou em outros momentos, dora, referentes ao atletismo e ao caratê;
individualmente ou em pequenos grupos, com f atividade-síntese de um determinado
todos os alunos ou apenas os que apresenta- conteúdo em que as várias atividades
ram dificuldades. Por exemplo: sejam refeitas numa única aula e discu-
tidas posteriormente (por exemplo: cir-
f roteiro de estudos com perguntas nortea- cuito que contemple diferentes capaci-
doras elaboradas por você, para posterior dades físicas).

RECURSOS PARA AMPLIAR A PERSPECTIVA DO PROFESSOR


E DO ALUNO PARA A COMPREENSÃO DO TEMA
Livros

BARBANTI, Valdir José. Dicionário de Educa- senvolvimento ao longo da vida. Destacam-se


ção Física e esporte. 2. ed. São Paulo: Manole, aspectos relacionados à infância, à adolescên-
2003. Apresenta definições para vários concei- cia e ao envelhecimento.
tos pertinentes à Educação Física e ao esporte.
MATURANA, Humberto. A corporalidade.
GOBBI, Sebastião; VILLAR, Rodrigo; ZAGO, In: Emoções e linguagem na educação e na po-
Anderson S. Bases teórico-práticas do condi- lítica. Belo Horizonte: UFMG, 1998. p. 53-54.
cionamento físico. Rio de Janeiro: Guanabara Aborda como o corpo e o ambiente não po-
Koogan, 2005. Extensa abordagem sobre as dem ser dissociados ao se buscar a compreen-
diversas capacidades físicas, caracterizando são de aspectos do organismo humano, entre
sua relação com a condição de saúde e seu de- eles as capacidades físicas.

51
TEMA 4 – ESPORTE – MODALIDADE COLETIVA
A ESCOLHER

Nas 5a e 6a séries/6o e 7o anos do Ensino Em situação de defesa:


Fundamental foram desenvolvidas as quatro
modalidades esportivas mais tradicionais da 1. recuperação da posse de bola;
Educação Física escolar: futsal, handebol,
basquetebol e voleibol. Não se pretende nes- 2. contenção da bola e da equipe adversária
te Currículo restringir-se a elas. Professor e em direção ao próprio alvo;
alunos podem eleger outras de interesse do
grupo ou mesmo retomar, dentre as modali- 3. proteção do alvo.
dades trabalhadas, alguma que não tenha sido
devidamente explorada ou aquela pela qual O interessante dessa concepção é que os
os alunos tenham preferência. O importan- princípios operacionais do esporte coletivo
te neste momento não é a modalidade em si, são generalizáveis, ou seja, podem ser utili-
mas a forma como se pretende trabalhar com zados com as devidas variações em outras
o esporte coletivo ao longo de todo o Ensino modalidades. Por exemplo, para conseguir a
Fundamental. finalização para o alvo adversário com mais
chance de êxito, é necessário que a equipe ata-
Como visto nas outras séries/anos, o es- cante realize a circulação da bola com maior
porte coletivo é tomado como categoria que velocidade. Para obter maior velocidade na
engloba várias modalidades, uma vez que circulação, são necessários o domínio de bola
todas apresentam a mesma estrutura de fun- e a constante desmarcação dos jogadores em
cionamento, com pequenas variações entre relação aos adversários.
elas. Duas equipes se enfrentam, disputando
uma bola e tentando fazê-la alcançar o alvo O objetivo da Educação Física escolar não é
adversário, enquanto defendem o próprio fazer que os alunos pratiquem uma modalida-
alvo das investidas da equipe adversária. Essa de esportiva com virtuosismo, mas propiciar o
mesma estrutura sugere princípios operacio- conhecimento dos princípios gerais de algumas
nais comuns, tanto de ataque como de defe- modalidades e a capacidade de praticá-las nas
sa, princípios esses que, se apreendidos pelos aulas e também nos momentos de lazer duran-
alunos, darão a estes autonomia para a práti- te toda a vida. Se compreenderem o jogo na
ca de várias modalidades esportivas coletivas sua estrutura, todos poderão praticá-lo de uma
(BAYER, 1994, p. 99 e p. 117). São eles: forma melhor. Além disso, o melhor conheci-
mento do esporte permitirá ao aluno assistir às
Em situação de ataque: transmissões esportivas realizadas pelos veícu-
los midiáticos e compreendê-las.
1. conservação da posse de bola;
Cabe à Educação Física estimular os alu-
2. progressão da bola e da equipe em direção nos a entender a dinâmica tática do esporte
ao alvo adversário; coletivo, sabendo, em uma situação real de
jogo, qual seria a melhor estratégia, tanto em
3. finalização em direção ao alvo. termos individuais como coletivos.

52
Educação Física – 7ª série/8º ano – Volume 1

Nessa concepção de esporte coletivo, prati- a forma mais simples de jogo, o anárquico,
car uma modalidade esportiva coletiva consti- é aquele em que os praticantes se aglutinam
tui-se na realização de um conjunto de ações em torno da bola, não utilizam adequada-
inteligentes que devem ser ensinadas aos alu- mente os espaços da quadra ou do campo,
nos nas aulas de Educação Física. Não se tra- movimentam-se somente em torno da bola
ta apenas de fazê-los repetir os fundamentos e comunicam-se prioritariamente de forma
técnicos das várias modalidades, mas levá-los verbal. A intenção é que os alunos avancem
a compreender que para jogar são necessárias nas fases do jogo, compreendendo-o me-
algumas ações técnico-táticas. lhor e executando ações mais inteligentes.

A questão principal que se coloca no ensi- A forma mais elaborada de jogo prevê pra-
no do esporte coletivo não se resume à força ticantes com melhor relação com a bola, os
do chute no futebol ou à altura do salto para quais, mesmo sem a posse dela, movimentam-se
a cortada no voleibol ou à precisão do taticamente pelo espaço de jogo, antecipan-
arremesso no basquetebol, mas a levar o do os passes, tentando se deslocar para onde
aluno a decidir qual é a melhor ação numa a bola deverá ir, sem tanta necessidade da
situação real de jogo, quando executá-la e linguagem verbal quando se trata de pedir a
como se adaptar às situações imprevisíveis bola. Enfim, fazem uma leitura mais completa
que acontecem a todo instante nesse tipo de do jogo, permitindo que haja comunicação e
prática esportiva. movimentação inteligentes não só de jogador
para jogador, mas no grupo como um todo
Dessa forma, a técnica e a tática são vistas (GARGANTA, 1995).
como partes de um mesmo processo, indisso-
ciáveis na dinâmica do jogo, uma vez que o Segundo o autor, o jogo mais fraco em
modo de fazer (técnica) depende das razões termos de qualidade é aquele em que todos
para fazer (tática). A técnica não existe sem a se aglutinam em torno da bola, todos que-
tática e vice-versa. O que deve ser feito numa rem a bola para si, os alunos não procuram
determinada situação de jogo é demandado espaços para facilitar o passe do colega, não
pelas exigências da situação. defendem, precisam gritar para ser notados e
receber a bola. Os fatores de desenvolvimento
Nessa concepção, jogar melhor uma de- de um jogo mais organizado são: fazer a bola
terminada modalidade esportiva coletiva não correr, afastar-se do colega que tem a bola, di-
implica somente acertar o alvo ou fazer mais rigir-se para espaços vazios com o objetivo de
pontos, mas realizar de forma coletiva ações receber a bola, fazer sempre a leitura do jogo,
que levem a um jogo mais inteligente do pon- movimentar-se após o passe.
to de vista tático.
É importante ressaltar que as quatro fa-
Considerando três indicadores, (a) a co- ses do jogo não estão condicionadas a faixas
municação entre os jogadores, (b) a estrutu- etárias ou fases do desenvolvimento motor,
ração no espaço de jogo e (c) a relação com mas a níveis de compreensão do jogo. Des-
a bola, Júlio Garganta (1995) definiu quatro sa forma, pode haver grupos de crianças e
fases de compreensão e desenvolvimento do adolescentes que já conseguem praticar o
jogo esportivo coletivo, as quais devem nor- esporte de forma mais elaborada e adultos
tear o processo de aprendizagem dos alunos. ainda presos a formas anárquicas de prática
São elas: “(1) anárquica, (2) descentração, (GARGANTA, 1998 apud SILVA; ROSE
(3) estruturação e (4) elaboração”. Assim, JUNIOR, 2005).

53
A intenção em desenvolver o esporte cole- alunos da fase anárquica para conduzi-los à
tivo na 7a série/8o ano é qualificar a prática es- fase de elaboração do jogo esportivo. As Situa-
portiva dos alunos do ponto de vista técnico- ções de Aprendizagem apresentadas a seguir
-tático. Se na 5a série/6o ano o jogo praticado dão alguns exemplos de intervenção, podendo
era, prioritariamente, anárquico, é possível ser modificadas em decorrência da modalida-
agora estimular os alunos a formas de jogo de escolhida.
mais elaboradas, conforme a classificação
apresentada anteriormente. Nesse sentido, Inicialmente, serão sugeridas atividades
não será destacada neste volume uma modali- com grupos reduzidos, a fim de otimizar as
dade de esporte coletivo. Debata com os alu- ações tanto de defesa como de ataque, esti-
nos e considere as especificidades locais tanto mulando todos os alunos ao contato com a
da escola como do grupo para eleger a moda- bola e à comunicação com os colegas. Após
lidade a ser trabalhada, que poderá ser uma a prática dos jogos com equipes reduzidas,
das quatro já vistas nas séries/anos anteriores haverá oportunidade de realização de jogos
(futsal, handebol, basquetebol e voleibol) ou com equipes completas, ocasião em que po-
alguma ainda não trabalhada sobre a qual os derão ser praticadas algumas situações vi-
alunos tenham curiosidade, desde que haja venciadas anteriormente. No momento dos
condições de prática na escola. Pode-se tam- jogos com equipes completas, as modalida-
bém enfatizar as Situações de Aprendizagem des poderão ser relembradas, inclusive com
propostas para qualificar o desenvolvimento atuação de “arbitragem” por parte dos pró-
do jogo, revisitando as várias modalidades prios alunos. Além disso, serão retomados
trabalhadas nas séries/anos anteriores, porém alguns sistemas de jogo das modalidades
de forma mais qualificada, tentando tirar os em questão.

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 5
DESENVOLVENDO ALGUMAS ESTRATÉGIAS DE JOGO DO
ESPORTE COLETIVO (FUTSAL, HANDEBOL, BASQUETEBOL)

A intenção é desenvolver algumas estra- de todos os alunos e também otimizar sua ca-
tégias de jogo em situações reduzidas, no pacidade de ação nas situações técnico-táticas
intuito de proporcionar a participação ativa do esporte coletivo.

Conteúdo e temas: técnicas e táticas como fatores de aumento da complexidade do jogo; es-
tratégias de jogo do esporte coletivo.

Competências e habilidades: compreender e valorizar as ações técnico-táticas do esporte co-


letivo; qualificar as ações necessárias para a prática do esporte coletivo.

Sugestão de recursos: bolas de basquetebol, futsal e handebol.

54
Educação Física – 7ª série/8º ano – Volume 1

© Wilson Dias/ABr
Desenvolvimento da Situação de
Aprendizagem 5
Professor, antes de iniciar a Situa-
ção de Aprendizagem 5, peça aos
alunos que façam a atividade “Para
começo de conversa”, que consta
no Caderno do Aluno, para diagnosticar seus
conhecimentos sobre o tema.
Uma das características dos esportes co-
letivos é o enfrentamento de duas equipes na
disputa de uma bola, com o objetivo de che-
gar ao alvo do adversário. Ao mesmo tempo, c) Ataque: equipe azul-escura
as equipes procuram defender o seu próprio Defesa: equipe verde e amarela
alvo das ações ofensivas do adversário.
Essas situações são conhecidas como ataque
(sistemas ofensivos) e defesa (sistemas defensivos).

© Wilson Dias/ABr
1. Analise as imagens a seguir e indique a equi-
pe que está no ataque e a que está na defesa.
© Frank Paul/Alamy/Glow Images

d) Ataque: equipe verde e amarela


Defesa: equipe azul e branca
a) Ataque: equipe verde
Defesa: equipe laranja
© Dennis Mac Donald/Alamy/Glow Images
Chris Cole/Bridge/Duomo/Corbis/Latinstock

b) Ataque: equipe azul e) Ataque: equipe verde e branca


Defesa: equipe vermelha Defesa: equipe branca e azul

55
As situações de ataque e defesa compõem o Pretende-se com essa atividade oportu-
que chamamos de tática de jogo. Nas aulas de nizar a movimentação rápida e inteligente
Educação Física, quando você aprendeu a jo- dos alunos, tanto no ataque como na de-
gar as modalidades coletivas, o professor deve fesa. No ataque, a movimentação é neces-
ter alertado para a importância da tomada de sária para a desmarcação, gerando melho-
decisão dos jogadores durante a partida e da res oportunidades para a finalização. Na
necessidade de cada um e de todos encontra- defesa, a movimentação é necessária para
rem as melhores saídas para as situações que se impedir ou dificultar a finalização. Todos
apresentarem durante um jogo. Isso tudo por- os alunos devem passar pelas situações de
que, nos esportes coletivos, os acontecimentos ataque e defesa.
são imprevisíveis. Embora os jogadores estejam
posicionados segundo o sistema de jogo adota- Etapa 2 – Saindo em contra-ataque
do (disposição dos jogadores na área de jogo),
a forma como cada jogador reage ao desloca- Três alunos colocam-se no ataque contra
mento da bola ou aos adversários depende de dois alocados na defesa. Os alunos do ataque,
sua capacidade de escolher a melhor opção posicionados na zona central da quadra, re-
(tocar a bola para a frente ou para o lado, por cebem um lançamento do professor e partem
exemplo). Portanto, a tática de jogo depende para o ataque. Os dois alunos defensores, po-
da capacidade individual de cada jogador e da sicionados na área de defesa próxima ao seu
capacidade da equipe para que, coletivamente, alvo, tentam impedir a finalização, interceptan-
escolham a alternativa mais vantajosa a fim de do os passes ou roubando a bola dos atacantes
alcançar o resultado desejado. sem cometer infração.

2. Nas situações de jogo, os jogadores realizam Pretende-se com essa atividade oportuni-
situações e movimentações de ataque e de- zar um rápido ataque, em virtude da vantagem
fesa. Coloque A para a ação de ataque e D numérica de atacantes. Pretende-se também
para a ação de defesa: que os defensores tentem marcar um número
maior de atacantes, desenvolvendo ações de
(A) conservar a posse de bola. cobertura. Todos os alunos devem passar pe-
(D) proteger o alvo. las situações de ataque e defesa.
(A) progredir em direção ao alvo adversário.
(D) recuperar a posse de bola. Etapa 3 – Recuperando na defesa
(D) impedir a progressão da equipe
adversária em direção ao alvo. Três alunos realizam o ataque contra três
( A ) finalizar em direção ao alvo. alunos defensores. Quando os atacantes fi-
nalizarem em direção ao alvo, retornarão,
Etapa 1 – Fazendo a “trança” no ataque imediatamente, à sua quadra para realizar a
próxima defesa, enquanto outros três alunos,
Três alunos devem posicionar-se no ataque posicionados fora da quadra, na linha cen-
contra três alunos alocados na defesa, todos tral, entram para realizar o ataque seguinte.
dispostos na meia quadra. Os alunos do ataque Todos os alunos passam, inicialmente, pela
procuram trocar passes rapidamente, passando situação de ataque e, posteriormente, pela si-
a bola e ocupando o lugar de quem a recebeu, tuação de defesa.
criando uma dinâmica conhecida como “tran-
ça”. Quando surgir a oportunidade, devem se Pretende-se nesse jogo estimular a rápida
infiltrar em direção ao alvo. Os três alunos de- recuperação dos alunos na organização de
fensores tentam impedir a movimentação. sua defesa.

56
Educação Física – 7ª série/8º ano – Volume 1

© Ultimate Group,LLC/Alamy/Glow Images


Figura 9 – Basquetebol.

Etapa 4 – Ataque e defesa na quadra mente, para o ataque na quadra contrária,


inteira enfrentando o trio que se posicionou na de-
fesa. Todos os alunos passam, inicialmente,
Três alunos realizam o ataque contra três pela situação de defesa e, posteriormente,
alunos defensores. Semelhante à etapa ante- pela de ataque.
rior, esse exercício, realizado na totalidade
da quadra, estimula a organização da equi- Caro professor, oriente os alu-
pe defensora para realizar a transição em di- nos a realizarem a “Pesquisa
reção ao ataque. Um trio sai de sua defesa e em grupo”, sugerida no Cader-
ataca um trio defensor; este, após recuperar no do Aluno, como suporte
a bola ou sofrer a finalização, parte, rapida- para a próxima etapa.

57
Em um jogo, cada um dos jogadores da que é o gol ou a cesta, por exemplo. A equipe
equipe ocupa uma posição na quadra ou no pode, ainda, interceptar o ataque do adver-
campo, segundo o sistema definido, previa- sário. Essa disposição dos jogadores é defi-
mente, pelo professor, pelo técnico ou pelos nida por números que indicam a posição e a
integrantes do grupo. Essas posições levam localização de cada um na área de ataque ou
em conta, entre outras coisas, as habilida- defesa e também a sua função. Na primeira
des de cada um, bem como os pontos fortes figura, por exemplo, temos a organização 3-5-
e fracos da equipe e do adversário. Quando 2 do futebol, com um goleiro, três zagueiros,
a equipe prepara o ataque ou a defesa, deve três meio-campistas (dois volantes e um meia
observar como está organizada a equipe ad- ou vice-versa), dois alas e dois atacantes. Já
versária e procurar encontrar os pontos vul- na figura seguinte, temos o sistema defensi-
neráveis, ou seja, os espaços ou falhas, para vo 6:0 do handebol, com todos os jogadores
aproveitar-se deles e alcançar o objetivo final, distribuídos ao longo da linha da área de gol.
© Conexão Editorial

Futebol: Sistema 3-5-2.

58
Educação Física – 7ª série/8º ano – Volume 1

Linha de fundo

© Conexão Editorial
Linha lateral

Linha da área do gol


Linha de tiro livre

Linha de 7 metros
Linha central

Handebol: Sistema 6:0 (defesa).

1. Com base nos exemplos dados, pesquise

© Conexão Editorial
com os seus colegas pelo menos uma po-
sição tática do basquetebol e uma posição
tática do voleibol. Assinale as posições nas
quadras a seguir reproduzidas e indique a
respectiva numeração (como foi feito nos
exemplos anteriores: 3-5-2; 6:0):
© Estúdio Amarelo

Basquetebol e voleibol: Resposta pessoal. Espera-se


que os alunos consigam registrar algumas variações das
posições táticas do basquetebol e do voleibol (por exem-
plo: 1x2x2 no basquetebol ou 5x1 no voleibol).

59
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 6
ORGANIZANDO AS FUNÇÕES OFENSIVAS E DEFENSIVAS
DO ESPORTE COLETIVO
Após a realização de algumas estratégias marcação individual e por zona no futsal,
de jogo em situações reduzidas, pretende-se no basquetebol e no handebol. Organize
agora montar a organização das equipes, os alunos a fim de que eles se revezem para
tanto em relação ao posicionamento ofen- arbitrar os jogos. As etapas desenvolvidas
sivo quanto ao defensivo, chegando ao jogo a seguir oferecem exemplos para as quatro
com equipes completas em toda a quadra. modalidades já tratadas anteriormente (vo-
Pretende-se também o desenvolvimento da leibol, basquetebol, handebol e futsal).

Conteúdo e temas: técnicas e táticas como fatores de aumento da complexidade do jogo; posicionamento
ofensivo e defensivo no esporte coletivo; noções de arbitragem.

Competências e habilidades: compreender e valorizar as ações técnico-táticas do esporte coletivo;


qualificar as ações necessárias para a prática do esporte coletivo; compreender os sistemas de jogo
do esporte coletivo; compreender as principais regras de jogo do esporte coletivo, necessárias tanto
para a prática como para a arbitragem.

Sugestão de recursos: bolas de voleibol, basquetebol, handebol e futsal; rede de voleibol.

Desenvolvimento da Situação de saques, cortadas e bloqueios, além de orienta-


Aprendizagem 6 ções em relação ao posicionamento ofensivo e
defensivo das equipes na quadra.
Etapa 1 – Voleibol
Etapa 2 – Basquetebol
Disponha duas equipes na quadra de vo-
leibol, cada uma com três alunos. Lance uma Disponha duas equipes em cada meia
bola no fundo da quadra a fim de que um dos quadra em situação de ataque e defesa.
alunos faça a recepção e, na sequência, o le- Solicite, inicialmente, que a equipe defensora
vantamento e a passagem para a outra quadra, realize marcação individual. Posteriormente,
por meio de toque ou manchete, ainda sem a recomende a marcação por zona, orientando
realização da cortada. Se a equipe adversária os alunos em relação ao seu posicionamento.
conseguir receber, o jogo segue; se errar, lance Inicie a defesa por zona 2×1×2, alternando
outra bola para o fundo da quadra, a fim de a seguir para 2×3, 3×2 e 1×2×2. No ataque,
que a outra equipe realize o processo dos três estimule as jogadas sem pivô e, depois, com
passes. Conforme avança a sequência de joga- um e com dois pivôs. Após a prática em meia
das, aumente o número de jogadores de cada quadra, realize jogos em toda a quadra, solici-
equipe para quatro, depois cinco, até chegar aos tando às equipes diferentes tipos de marcação.
seis jogadores. Com a melhoria do jogo em vir- É importante que os alunos se alternem nas
tude da repetição, poderá haver a realização de diversas funções das diferentes defesas.

60
Educação Física – 7ª série/8º ano – Volume 1

© David Madison/Allsport Concepts/Getty Images

© Wilson Dias/ABr
Figura 10 – Voleibol. Figura 11– Handebol.

Etapa 3 – Handebol Etapa 4 – Futsal

Disponha duas equipes em cada meia quadra Disponha duas equipes em cada meia
em situação de ataque e defesa. Solicite, inicial- quadra na situação de ataque e defesa. So-
mente, que a equipe defensora realize marcação licite, inicialmente, que a equipe defensora
individual. Posteriormente, recomende a marca- realize marcação individual. Posteriormen-
ção por zona, orientando os alunos em relação te, recomende a marcação por zona, orien-
ao seu posicionamento. Inicie pela defesa 6:0, tando os alunos em relação ao seu posicio-
mudando em seguida para as defesas 5:1 e 4:2. No namento. Oriente as equipes em relação aos
ataque, varie o posicionamento: inicialmente, sem sistemas de jogo 2-2, 3-1, 1-3 e 1-2-1. Após
pivô e, depois, com um e com dois pivôs. Após a a prática em meia quadra, realize jogos em
prática em meia quadra, realize jogos em toda a toda a quadra, solicitando às equipes dife-
quadra, solicitando às equipes diferentes tipos de rentes tipos de marcação. É importante que
marcação. É importante que os alunos se alter- os alunos se alternem nas diversas funções
nem nas diversas funções das diferentes defesas. das diferentes defesas.

© Haroldo Palo Jr./Kino

Figura12 – Futsal.

61
© Peter Beavis/Stone/Getty Images
Professor, quando encerrar este
conteúdo indique, para a próxima
aula, a realização da “Lição de
casa”, sugerida no Caderno do
Aluno. Aproveite para recomendar os sites
das confederações para que a turma amplie
seus conhecimentos. Trabalhe com os alunos
as atividades “Você aprendeu?” e “Desafio!”,
também disponíveis no Caderno do Aluno.

Você estudou e vivenciou algumas formas


de deslocamento que podem ser realizadas E quando o professor pediu que você apli-
nos esportes coletivos. Você se lembra das vi- casse uma tática de ataque ou de defesa no jogo?
vências e correrias nos contra-ataques?

© Randy Faris/Corbis/Latinstock
Você não deve ter esquecido também as
tentativas de recuperação de bola (às vezes,
desesperadas) quando o adversário tomou a
bola de sua equipe, não é?
© Jayme Thornton Photography/Getty Images

1. Selecione uma das situações que você viven-


ciou e descreva-a. Você pode pedir ajuda aos
colegas mais experientes, pesquisar em sites,
revistas, jornais etc. Assinale a sua opção e
faça uma redação, descrevendo como se dá
o movimento escolhido e em que esporte ele
é usado. Pode também ilustrar com dese-
nhos, recortes de jornais ou outro meio.

Eu escolhi escrever sobre (marque um X):

( ) contra-ataque.
( ) recuperação da posse de bola.
( ) ataque e contra-ataque – o jogo.

Espera-se que, a partir da vivência em sala de aula, o alu-


no consiga selecionar uma das situações e descrevê-la ou
ilustrá-la, tendo como base uma das modalidades coletivas
praticadas (basquetebol, futsal, handebol, voleibol).

62
Educação Física – 7ª série/8º ano – Volume 1

Até agora foram estudados al- tenha sido trabalhado, pode responder também
guns dos sistemas táticos usa- (parabéns por se interessar pela prática esporti-
dos em modalidades coletivas. va!). Vamos lá, então?
Responda às questões a seguir
conforme a modalidade trabalhada. Se você Coloque em cada quadra a disposição dos
souber as respostas, mesmo que o esporte não atletas conforme o sistema solicitado.

1. Handebol: sistema 6:0 2. Voleibol: sistema 5×1

© Conexão Editorial
© Conexão Editorial

3. Futsal: sistema 2×2 4. Basquetebol: sistema 2×1×2

© Estúdio Amarelo
© Conexão Editorial

63
Desafio!

Escreva no diagrama as palavras listadas a seguir, respeitando os cruzamentos.

Atletas de seleções brasileiras


4 letras 5 letras 6 letras 7 letras 9 letras 11 letras
Ciço Bruno Amaury Robinho Garrincha Bernardinho
Giba Chana Branca Romário Jaqueline
Kaká Moser Carlão Ronaldo Venturini
Mari Dante Falcão
Pelé Marta Wlamir 8 letras 10 letras
Zico Oscar Janeth Ubiratan Ronaldinho
Paula Neymar Vinícius
Tande
Xandó
J A N E T H
A G
Q A
U M A R T A
D A N T E P A U L A R
W L B I
L V I N I C I U S N
A N R B R A N C A
M F E A E H
G I B A T R M A R I
R L C A N
C H O R T Ê N C I A
C A R L Ã O A A R
O O N N D
M K A K Á D Z I C O
A M P E L É N
R A H R
I U R O B I N H O
O S C A R N
I Y A
Ç M L
R O N A L D O N D
S V E N T U R I N I
E Y N
B R U N O M H
A X A N D O
R

64
Educação Física – 7ª série/8º ano – Volume 1

ATIVIDADE AVALIADORA
Proponha situações ocorridas nas várias f Qual a melhor estratégia para uma equipe
modalidades que constituem o esporte coleti- de handebol numa situação de defesa na
vo, apresentadas como problemas a serem dis- qual estivesse em desvantagem numérica
cutidos, vivenciados e solucionados pelos alu- de jogadores?
nos (divididos em grupos de número igual aos f Como uma equipe de futsal deveria se com-
jogadores de cada modalidade), por escrito ou portar se estivesse perdendo o jogo e faltasse
mediante demonstração na quadra. Com isso, pouco tempo para o término da partida?
será possível avaliar, inicialmente, a capacida-
de dos alunos de pensar taticamente o esporte Ao final de cada situação de jogo proposta,
coletivo e, posteriormente, realizar na quadra discuta com os alunos as alternativas apresen-
as ações pensadas. Não valorize a execução tadas pelas equipes e realize as correções ne-
perfeita das ações específicas do jogo nem veri- cessárias. É importante garantir que os alunos
fique se a ação proposta culminou na consecu- atentem para a organização tática coletiva,
ção de ponto. Avalie a compreensão, por parte em vez de recorrerem às iniciativas individuais
dos alunos, da situação de jogo proposta e das para a solução das situações propostas.
iniciativas para solucioná-la. Alguns exemplos:
Descreva para os alunos situações reais de
f Como uma equipe de voleibol, de posse da jogo de várias modalidades esportivas, fazendo-
bola, deveria agir para proporcionar um -os colocarem-se como árbitros e pedindo que
ataque mais rápido de meio de rede? opinem. Isso pode ser feito na forma de uma
f Qual a melhor estratégia para uma equipe gincana a que os vários grupos devem responder
de basquetebol numa situação de ataque a questões propostas, contando pontos para as
em que dispusesse de superioridade numé- respostas certas. O objetivo é que os alunos re-
rica de jogadores? lembrem as regras das modalidades esportivas.

PROPOSTA DE SITUAÇÕES DE RECUPERAÇÃO


Durante o percurso pelas Situações de rentes aos princípios técnico-táticos ou às
Aprendizagem, alguns alunos poderão não regras do esporte coletivo, para posterior
apreender os conteúdos da forma esperada. apresentação em registro escrito;
É necessário, então, que novas Situações de f resolução de outras situações-problema,
Aprendizagem sejam propostas, permitindo não contempladas na atividade-avaliado-
ao aluno revisitar de novas maneiras o pro-
ra, referentes aos processos técnico-táticos
cesso. Essas estratégias podem ser desenvol-
do esporte coletivo;
vidas durante as aulas ou em outros momen-
tos, envolvendo todos os alunos ou apenas f atividade-síntese de um determinado con-
aqueles que apresentaram dificuldades. Po- teúdo, em que as várias atividades sejam
dem ser desenvolvidas individualmente ou refeitas em apenas uma aula e discutidas
em pequenos grupos. Por exemplo: posteriormente. Por exemplo: circuito
que contemple diferentes preceitos e sis-
f roteiro de estudos com perguntas nortea- temas táticos das modalidades do espor-
doras elaboradas por você, professor, refe- te coletivo.

65
RECURSOS PARA AMPLIAR A PERSPECTIVA DO PROFESSOR
E DO ALUNO PARA A COMPREENSÃO DO TEMA
Livros Artigos

BAYER, Claude. O ensino dos desportos colecti- DAOLIO, Jocimar. Jogos esportivos coletivos:
vos. Lisboa: Dinalivros, 1994. O autor discute o dos princípios operacionais aos gestos técnicos
processo de ensino dos esportes coletivos, apre- – modelo pendular a partir das ideias de Claude
sentando os princípios operacionais comuns às Bayer. Revista Brasileira de Ciência e Movimen-
modalidades esportivas. to, v. 10, n. 4, p. 99-103, 2002. Disponível em:
<http://portalrevistas.ucb.br/index.php/RBCM/
GARGANTA, Júlio. Para uma teoria dos article/view/478/503>. Acesso em: 24 maio
jogos desportivos colectivos. In: OLIVEI- 2013. O artigo parte das ideias de Claude Bayer
RA, José; GRAÇA, Amândio. O ensino dos sobre o esporte coletivo e propõe um modelo
jogos desportivos. 2. ed. Porto: Universidade para abordá-las do ponto de vista pedagógico.
do Porto, 1995. O autor propõe uma discus-
são sobre o processo de ensino-aprendizagem SILVA, Thatiana A. F.; ROSE JUNIOR,
das modalidades esportivas coletivas. Dante de. Iniciação nas modalidades esportivas
coletivas: a importância da dimensão tática.
GRECO, Pablo J. (Org.). Iniciação espor- Revista Mackenzie de Educação Física e
tiva universal: metodologia da iniciação Esporte, v. 4, n. 4, p. 71-93, 2005. Disponível
esportiva na escola e no clube. Belo Horizon- em: <http://editorarevistas.mackenzie.br/index.
te: UFMG, 2007. v. 2. O autor trata da inicia- php/remef/article/view/1310/1020>. Acesso em:
ção esportiva na escola e no clube, mostrando 1 ago. 2013. O artigo defende a importância
as particularidades técnicas e os métodos de do desenvolvimento da dimensão tática na
treinamento para o esporte coletivo. iniciação nas modalidades esportivas coletivas,
levando em consideração as características de
OLIVEIRA, Júlio; GRAÇA, Amândio. O ensino cada modalidade e das crianças.
dos jogos desportivos. 2. ed. Porto: Universidade
do Porto, 1995. Os autores abordam vários as- Sites
pectos do processo de ensino-aprendizagem
das modalidades esportivas coletivas. O site do Comitê Olímpico Brasileiro e os sites
das confederações esportivas brasileiras podem
PIRES, Giovani de L.; NEVES, Annabel das. auxiliar tanto o aluno quanto o professor em
O trato com o conhecimento esporte na forma- seus estudos e pesquisas para aprofundamento
ção em Educação Física: possibilidades para do assunto esporte coletivo, com informações
sua transformação didático-metodológica. In: oficiais sobre competições e transmissões pela
KUNZ, Elenor (Org.). Didática da Educação televisão. Também apresentam as regras oficiais
Física. 2. ed. Ijuí: Unijuí, 2004. p. 53-97. v. 2. Os da modalidade, algumas informações históricas,
autores discutem as implicações de uma pos- as principais conquistas das seleções nacionais
sível transformação do esporte no âmbito da em várias categorias e acesso para outros sites,
Educação Física escolar. Propõem ações pe- bem como alguns pequenos vídeos. Confira:
dagógicas na perspectiva da totalidade técnica,
interativa e comunicativa, consideradas neces- Comitê Olímpico Brasileiro. Disponível em:
sárias para que os alunos aprendam o esporte <http://www.cob.org.br>. Acesso em: 24
com autonomia e competência. maio 2013.

66
Educação Física – 7ª série/8º ano – Volume 1

Confederação Brasileira de Basquetebol. Dis- em: <http://www.cbv.com.br>. Acesso em: 24


ponível em: <http://www.cbb.com.br>. Aces- maio 2013.
so em: 24 maio 2013.
Outros esportes coletivos
Confederação Brasileira de Futebol. Disponí-
vel em: <http://www.cbf.com.br>. Acesso em: Confederação Brasileira de Beisebol e Softbol.
24 maio 2013. Disponível em: <http://www.cbbs.com.br>.
Acesso em: 24 maio 2013.
Confederação Brasileira de Futebol de Salão.
Disponível em: <http://www.cbfs.com.br>. Confederação Brasileira de Futevôlei.
Acesso em: 24 maio 2013. Disponível em: <http://www.cbfv.com.br>.
Acesso em: 24 maio 2013.
Confederação Brasileira de Handebol. Dispo-
nível em: <http://www.brasilhandebol.com. Confederação Brasileira de Hóquei e
br>. Acesso em: 24 maio 2013. Patinação. Disponível em: <http://www.
cbhpvelocidade.com.br>. Acesso em: 24
Confederação Brasileira de Voleibol. Disponível maio 2013.

67
TEMA 5 – GINÁSTICA – PRÁTICAS CONTEMPORÂNEAS,
PRINCÍPIOS ORIENTADORES, TÉCNICAS E EXERCÍCIOS

A ginástica aeróbica expandiu-se na dé- perdem de vista a heterogeneidade e a indivi-


cada de 1980, tendo sido beneficiada pela dualidade dos praticantes.
popularidade obtida na década anterior em
função do conceito de “exercício aeróbi- Outra tendência são as chamadas ginásti-
co”, difundido pelo médico estadunidense cas “alternativas”, como a ginástica natural
Kenneth Cooper (criador do que ficou conhe- (que se baseia nos movimentos dos animais),
cido como “Método Cooper”). As esteiras ro- e o Método Pilates, criado nas primeiras
lantes e bicicletas ergométricas logo chegaram décadas do século XX, com foco na postura e
como alternativas para a exercitação aeróbica. no fortalecimento muscular conjugado à flexi-
bilidade, mediante utilização de equipamentos
A ginástica localizada, em obediência especialmente concebidos para esses fins.
a princípios biomecânicos, fisiológicos e
anatômicos, busca isolar os grupamentos De modo geral, todas as modalidades de gi-
musculares que se deseja atingir e atender a nástica que se valem de exercícios contra resis-
diferentes finalidades: emagrecimento, deli- tência, como a musculação e a ginástica locali-
neamento ou hipertrofia muscular, resistên- zada, acompanharam a evolução dos métodos
cia muscular etc. Com isso, promete atender de treinamento, em especial aqueles relaciona-
aos interesses estéticos dos praticantes. Nela dos às alterações sobre a estrutura músculo-
os exercícios podem valer-se do peso do pró- -articular, e são regidas pelos princípios mais
prio corpo ou requerer o uso de pequenos gerais do treinamento físico-esportivo, além de
pesos (halteres, caneleiras etc.) como sobre- princípios específicos, entre os quais:
carga. Por isso, às vezes essa modalidade
é confundida com aquela prática ginástica a) Princípio da estruturação das séries
batizada de “musculação”, embora esta se de exercícios
caracterize mais pelo uso de máquinas sofis-
ticadas, de alta eficiência no isolamento dos Os grandes grupamentos musculares devem
músculos e na graduação da carga. ser exercitados antes dos pequenos, em virtude
da tendência de esses pequenos grupamentos
Tanto a ginástica aeróbica como a ginás- chegarem à fadiga antes dos grandes quando
tica localizada experimentaram variações submetidos a cargas proporcionais. No caso
e ramificações, muitas vezes atendendo a dos iniciantes, as séries de exercícios devem
“modismos”: cardiofunk, power yoga, step, alternar os segmentos corporais requisitados
aeroboxe etc. Nos últimos anos, cresceram durante a realização dos exercícios, visando
em larga escala os programas padronizados a retardar a fadiga muscular. O número de
de ginástica, concebidos e comercializados repetições dos exercícios deve ser organizado
por empresas especializadas, com forte apoio em blocos, denominados “séries”. Quando o
de estratégias de marketing, como o sistema objetivo é a força (hipertrofia muscular), as
“body” – aulas coreografadas que podem uti- séries devem ter poucas repetições com maior
lizar barras, pesos (pump) e steps, entre ou- carga; se o objetivo é desenvolver resistência
tros. A desvantagem desses programas é que, muscular, deve-se realizar maior número de
ao padronizar os exercícios e sua progressão, repetições com pouca carga.

68
Educação Física – 7ª série/8º ano – Volume 1

b) Princípio da sobrecarga aqueles em que os dois pés saem do solo si-


multaneamente, pois podem ocasionar lesões
Diz respeito à graduação adequada dos nos tornozelos e nos joelhos.
fatores do treinamento (intensidade e volume),
de modo a estimular o aumento das capa- A ginástica aeróbica tornou-se também
cidades funcionais do organismo. Ou seja, uma modalidade esportiva (ginástica aeró-
significa obedecer à progressividade da carga bica esportiva) ligada às federações e confe-
de trabalho, a partir do volume e da intensi- derações de ginástica, além de ligas e fede-
dade do programa, objetivando o alcance de rações próprias, que promovem competições
novos níveis de adaptações morfofisiológicas nas quais as séries de exercícios executadas
não alcançados com a utilização de cargas pelos ginastas são avaliadas com base em re-
constantes. ferenciais de desempenho padronizados, por
meio de um código de pontuação. Contudo,
A progressividade da carga deve conside- a ginástica aeróbica como esporte não será
rar a individualidade do praticante quanto tratada neste tema.
à sua condição orgânica, à sua capacidade
de recuperação pós-esforço e à sua capacida-
de de adaptação a novos estímulos. Em linhas
gerais, o volume e a intensidade no início de Intensidade é o grau de esforço momentâ-
qualquer programa devem ser baixos, au- neo necessário à realização de um exercício,
mentados com a evolução da condição física traduzido pela quantidade de energia utiliza-
de cada pessoa. Tal princípio também atende da na sua execução e representado, no caso
à necessidade de adaptação dos músculos e da ginástica localizada, pelo peso (quilagem)
dos tendões para prevenir lesões. em cada série, pela duração dos intervalos
entre as séries e pelo percentual da frequên-
Na ginástica aeróbica, é importante aten-
cia cardíaca máxima (FCM), no caso da gi-
tar para os seguintes parâmetros: frequência
(três a cinco vezes por semana); intensidade nástica aeróbica.
(de 60% a 85% da frequência cardíaca máxi-
Volume é a quantidade de trabalho reali-
ma, respectivamente, para sedentários e trei-
zado, representado pela duração e pela fre-
nados); e duração (de 20 a 60 minutos por
sessão). Além disso, é preciso cautela com quência das sessões.
os chamados “exercícios de alto impacto”,

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 7
VIVENCIANDO E ENTENDENDO A GINÁSTICA

Os alunos vivenciarão três práticas distintas de ginástica e, em seguida, discutirão as vivências,


com base em questões propostas por você, para perceber semelhanças e diferenças.

69
Conteúdo e temas: alongamento; ginástica aeróbica; ginástica localizada: princípios orientado-
res, técnicas e exercícios.

Competências e habilidades: discriminar diversos tipos de ginástica; identificar as principais


características do alongamento, da ginástica aeróbica e da ginástica localizada; reconhecer a
participação na ginástica como possibilidade do Se-Movimentar.

Sugestão de recursos: papel sulfite; canetas; garrafas PET; borrachas elásticas; aparelho de
som; CD; vídeo sobre ginástica (opcional).
© Ian Thraves/Alamy/Glow Images

Figura 13 – Ginástica localizada.

70
Educação Física – 7ª série/8º ano – Volume 1

Professor, antes de realizar a Situa- da saúde e da qualidade de vida, propondo


ção de Aprendizagem 7, faça com práticas de caminhada, corrida, ginástica ae-
os alunos a leitura da atividade róbica, dança e outras atividades que melho-
“Para começo de conversa”, que rassem a capacidade aeróbia. Muitos diziam,
consta no Caderno do Aluno. Isso permitirá quando iam caminhar ou correr, que estavam
que sejam levantados os conhecimentos pré- fazendo cooper, mostrando, nitidamente, a in-
vios dos alunos sobre o conteúdo ginástica. fluência dos estudos do médico na difusão dos
exercícios aeróbicos. Teve início um verda-
Quem não ouviu falar em ginástica? É deiro efeito dominó.
possível presenciar alguém que ganhou uns
quilinhos a mais e dizer: “Preciso fazer gi- A adesão à prática dos exercícios aeró-
nástica pra perder essa barriguinha” ou “na bicos, em busca da manutenção da saúde e
minha época, nas aulas de Educação Física, de melhor qualidade de vida, associada à
se fazia muita ginástica. Era muita flexão, diminuição na quantidade de espaços livres
abdominal, corrida...”. Sim, essas ativida- nos grandes centros urbanos, à redução da
des representavam a forma tradicional da segurança nas ruas, ao aumento do sedenta-
ginástica. rismo, à difusão da modalidade pela mídia
e ao avanço dos estudos nas áreas da saú-
Hoje, há uma série de práticas de ginás- de e atividade física, a um maior acesso às
tica adaptadas aos valores e estilos de vida informações e outros avanços ocorridos no
contemporâneos, aos avanços tecnológicos, final do século passado e início deste século,
às descobertas resultantes de estudos e pes- gerou um verdadeiro boom na área da ginás-
quisas nessa área. tica, resultando numa diversificação nunca
antes vista.
As diferentes práticas corporais na área da
ginástica realizadas, principalmente, em acade- Segundo a revista Veja, o Brasil é o segun-
mias são um fenômeno relativamente novo. Na do país do mundo em número de academias,
década de 1980, um médico estadunidense cha- perdendo apenas para os Estados Unidos.
mado Kenneth Cooper difundiu a importância Confira a seguir como a onda do fitness vem
do “exercício aeróbico” para a manutenção afetando a vida dos brasileiros.

© Revista Veja – Edição especial "Saúde e forma física"/Editora Abril – Dez. 2003.

71
© Leo Feltran/Editora Abril

© Revista Veja – Edição especial “Saúde e forma física”/Editora Abril – Dez. 2003.

Há tantas opções, que provavelmente al- roupas, esteiras, bicicletas, colchonetes, apare-
guma delas você já deve ter visto, experi- lhos para musculação etc.), imprimindo um
mentado ou ouvido falar. Temos ginástica novo comportamento no consumidor e tam-
localizada, aeróbica, natural, power yoga, bém na moda, só para citar um dos segmentos.
step, musculação, os sistemas “Body”, Pila-
tes etc. No entanto, com diversificação da 1. Com tanta divulgação e informação, você é
ginástica, proliferaram as indústrias de equi- capaz de dizer que nome se dá, hoje, a esses
pamentos e trajes esportivos (tênis, bonés, tipos de prática corporal?
© Juriah Mosin/Hemera/Thinkstock/
Getty Images

© Altrendo Collection-Getty Images

© Chad Ehlers/Alamy/Glow Images

a) Alongamento. b) Musculação. c) Step.

72
Educação Física – 7ª série/8º ano – Volume 1

2. Você conhece os equipamentos utilizados na ginástica?


a) b) c)

© Fernando Favoretto

© Fernando Favoretto

© Altrendo Collection/Getty Images


d) e)
© Fernando Favoretto

© Fernando Favoretto
f) g)
© Fernando Favoretto

© Fernando Favoretto

Coloque nos parênteses a letra da figura que corresponda ao nome do equipamento:

( D ) colchonetes. ( B ) bicicleta ergométrica.


( F ) halteres. ( C ) fitball.
( A ) esteira ergométrica. ( G ) step.
( E ) tornozeleira.

73
Desenvolvimento da Situação de
Aprendizagem 7
Etapa 1 – Vivenciando a ginástica entre esforço (volume e intensidade), recu-
peração e capacidade física desenvolvida. O
Proponha a vivência de três atividades de circuito poderá ser realizado uma ou duas
ginástica: vezes, dependendo do tempo disponível, da
condição física dos alunos e do nível de exi-
f alongamento: 5 a 10 minutos; gência dos exercícios.
f uma sequência (rotina) de exercícios típicos
da ginástica aeróbica: 10 a 15 minutos; Etapa 2 – Entendendo a ginástica
f um circuito com exercícios típicos da ginás-
tica localizada, envolvendo várias partes do Proponha aos alunos que reflitam e res-
corpo: 20 a 25 minutos. pondam (em pequenos grupos ou com toda
a turma) a algumas questões a respeito das
No alongamento, privilegie os grupos situações vivenciadas: O que as ginásticas
musculares que serão exigidos nos exercícios realizadas têm em comum? Quais capacida-
subsequentes. A rotina da ginástica aeróbica des físicas foram exigidas? No circuito, foi
pode ser comandada por você ou por alunos possível perceber a relação entre tempo de
que tenham experiência e facilidade para tal esforço, tempo de recuperação e as capaci-
(nesse caso, combine a rotina, previamente, dades físicas envolvidas? Com que objetivo
com os alunos). Caso essas alternativas não as pessoas fazem ginástica? De qual das gi-
sejam possíveis, pode-se apresentar um vídeo násticas vivenciadas vocês mais gostaram?
com uma sessão de ginástica aeróbica ou con- O que entendem por ginástica? Todos se es-
vidar um profissional de academia para desen- forçam da mesma forma em uma sessão de
volvê-la na aula. Utilize uma música sugerida ginástica? Qual das ginásticas vivenciadas
pelos próprios alunos. foi mais cansativa? Quais os tipos de ginás-
tica que conhecem?
O circuito de ginástica localizada poderá
ter de seis a oito estações, com a utilização Procure levar os alunos a perceber que:
do peso do próprio corpo (abdominais, aga-
chamentos etc.) ou com materiais alternati- f existem pontos comuns e diferenciados
vos para servir de sobrecarga, como garra- entre as ginásticas realizadas, em termos
fas PET de vários tamanhos cheias de areia de objetivos, capacidades físicas envolvi-
ou de água. Para exercícios de braço e ante- das, tipos de exercícios e nível de esforço
braço, borrachas elásticas (“tripa de mico”, físico exigido;
por exemplo) com um dos lados afixados f há diferenças no desempenho individual
em algum local podem servir de resistência. nas ginásticas vivenciadas, dependendo do
Sugere-se um tempo de execução em cada nível de condição física, dos interesses e
estação de 30 segundos a 1 minuto, com dois das preferências de cada aluno;
a três minutos para troca de estação e des- f há, atualmente, grande diversidade de gi-
canso. Sugerem-se variações quanto ao tem- násticas, algumas ligadas a “modismos”:
po de recuperação de uma estação a outra, aeroboxe, cardiofunk, bodypump, hidro-
para que o aluno possa identificar a relação ginástica etc.

74
Educação Física – 7ª série/8º ano – Volume 1

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 8
ESTUDANDO MAIS GINÁSTICA
A fim de aprofundar o estudo da ginás- uma modalidade indicada por você. Após a
tica, os alunos apresentarão uma pesquisa divulgação dos resultados da pesquisa, os alu-
realizada em diversas fontes (revistas, livros, nos discutirão sobre as informações apresen-
sites) sobre objetivos, princípios orientadores tadas. Por fim, você explicitará os princípios
e principais exercícios e técnicas das modali- orientadores e organizacionais de uma sessão
dades de ginástica vivenciadas, e também de de ginástica.

Conteúdo e temas: diversificações das ginásticas aeróbica e localizada; ginásticas “alternati-


vas” – princípios orientadores, técnicas e exercícios.

Competências e habilidades: discriminar os diversos tipos de ginástica; identificar as principais


características de algumas variações das ginásticas aeróbica e localizada e de algumas ginás-
ticas “alternativas”; analisar os princípios orientadores da ginástica aeróbica e da ginástica
localizada; identificar as partes de uma sessão de ginástica aeróbica ou ginástica localizada.

Sugestão de recursos: computador com acesso à internet; livros e revistas sobre ginástica;
cartolina; canetas.

Desenvolvimento da Situação de Após as apresentações, proponha uma


Aprendizagem 8 discussão sobre as diferenças e semelhanças
entre as ginásticas apresentadas: objetivos,
Etapa 1 – Pesquisar e compartilhar principais características, público pratican-
conhecimentos sobre ginástica te, dificuldades, local e equipamentos neces-
sários para a prática; relação com a saúde e
Peça aos alunos que, em grupos, pesqui- outros aspectos que julgar pertinentes.
sem na internet, em livros e revistas especia-
lizadas sobre uma das ginásticas vivenciadas, Ao final, explicite os princípios orientado-
além de outra modalidade de ginástica suge- res e a organização de uma sessão de ginástica
rida por você, e, quando possível, entrevistem localizada ou de ginástica aeróbica.
profissionais em academias a esse respeito.
O trabalho deve ser recomendado a todos Caro professor, a seção “Pesqui-
os alunos. A pesquisa poderá ser apresenta- sa em grupo”, disponível no Ca-
da em forma de seminários, cartazes, slides derno do Aluno, sistematiza a
ou vídeos, procurando enfatizar objetivos, atividade sugerida nesta etapa.
princípios orientadores e principais exercí-
cios e técnicas das modalidades. Para evitar Reúna-se com seus colegas e, juntos, pesqui-
grupos com trabalhos iguais, indique os tipos sem sobre uma das ginásticas que vocês estão
de ginástica a serem pesquisados (ginástica estudando e outra forma de ginástica que vocês
natural, Pilates, hidroginástica, aeroboxe, não viram ainda. Procurem em sites, revistas e
bodypump etc.), sorteando-os entre os grupos. jornais (vejam algumas dicas na seção “Para

75
saber mais”). Vocês também poderão fazer en- 7. Qualquer academia pode oferecer essa gi-
trevistas com profissionais da área em alguma nástica ou é preciso obter alguma licença?
academia das proximidades. Por quê?

Para orientar a pesquisa, respondam às 8. Perguntem aos praticantes por que opta-
questões a seguir: ram por essa ginástica e não por outra. Se
já fizeram outros tipos de ginástica, qual
1. Como é essa ginástica que vocês pesquisaram? preferem e por quê?

2. Quem criou essa prática e com que finalidade? Coletadas as informações, organizem-
-nas para uma apresentação aos demais
3. Que tipos de exercícios são realizados? colegas de sala. Sejam criativos e ousados!
Qualquer um consegue praticar essa ginás- Procurem fotos da ginástica pesquisada, dos
tica ou há alguma restrição? É recomenda- aparelhos e equipamentos utilizados em sua
da para algum grupo específico de pessoas? prática. Se for possível, improvisem o mate-
rial que se usa nessa ginástica. Por exemplo,
4. Há alguma técnica especial para desen- no lugar de halteres, podemos utilizar garra-
volver esses exercícios e executá-los da fas PET, de tamanhos variados, com areia.
melhor maneira? Escolham alguns exercícios para apresentar
e, se estes puderem ser realizados sem mui-
5. Que orientações devem ser seguidas para ta dificuldade, convidem os demais colegas
garantir os objetivos da proposta dessa gi- para participar.
nástica e assim obter melhores resultados? Espera-se que os alunos escolham uma manifestação da
ginástica (localizada, natural, bodycombat etc.) e descu-
6. Essa prática requer equipamento ou local bram a sua origem, o idealizador e as principais caracte-
específico? Quais? rísticas dessa prática.

Uma sessão de ginástica localizada:


Aquecimento
Objetiva a adaptação muscular, articular e orgânica. Com duração aproximada de 10 minutos, é composto
por exercícios de baixa intensidade e alongamentos, direcionados aos grupos musculares que serão exigidos.
Exercícios para os grandes grupos musculares
Objetiva trabalhar os grandes grupos musculares – membros inferiores, membros superiores e tó-
rax. Com duração de 30 a 40 minutos, caracteriza-se pela alta intensidade, utilizando sobrecarga a
partir de equipamentos como halteres, caneleiras e barras para exercitar os grandes grupos musculares.
Exercícios de solo
Exercícios para o abdômen, glúteos e adutores das pernas. Com duração de 15 a 20 minutos, utiliza
sobrecargas para aumentar a intensidade do esforço.
Relaxamento
Composto por exercícios de alongamento de leve intensidade e baixa amplitude articular, com duração
de 5 a 10 minutos, busca a desaceleração gradual dos parâmetros fisiológicos, como a frequência cardíaca.
Fonte: DE PAOLI, 2007.

76
Educação Física – 7ª série/8º ano – Volume 1

Para encerrar este conteúdo indi- Aquecimento: toda vez que vamos praticar
que para a próxima aula a realiza- alguma atividade física, devemos fazer exercí-
ção da “Lição de casa”, sugerida cios leves (baixa intensidade) e alongamentos
no Caderno do Aluno. para a musculatura da região a ser trabalhada
por, aproximadamente, 10 minutos.
Que tal preparar uma sessão de ginástica
localizada? Ou, se você preferir a ginástica Exercícios localizados para os grupos mus-
aeróbica, tudo bem. O importante é lem- culares (pernas, braços e tórax): devemos al-
brar que você está na 7a série/8o ano e tem ternar o trabalho – ora pernas, ora braços, ora
diferentes preocupações com o desenvolvi- tórax. O número de repetições varia de acordo
mento e alterações do seu corpo. A ativida- com a condição física de cada um.
de física é importante quando se busca me-
lhor qualidade de vida e a ginástica é uma Exercícios de relaxamento: devem ser leves,
possibilidade de melhorar as capacidades de pouca amplitude, visando desacelerar a
físicas, como já foi visto nas séries/anos an- frequência cardíaca, por exemplo.
teriores, e também auxilia no delineamento
da musculatura. Isso posto, vamos ao trabalho? Você pode
pesquisar e conversar com colegas de sua tur-
Como já foi comentado, geralmente, se pra- ma ou de outras mais avançadas, perguntar a
tica a ginástica nas academias, mas nem sem- pessoas de fora da escola que fazem ginástica.
pre foi e não precisa ser assim. Você pode fazer Você também pode basear-se nas atividades
ginástica em casa ou em algum espaço público que já fez em aulas de Educação Física.
no bairro. Por isso, é importante aprender a es-
truturar uma sessão básica de ginástica. Então, Minha sessão de ginástica
vamos tentar escolher os exercícios.
1. aquecimento;
Recordaremos agora alguns aspectos im- 2. exercícios localizados;
portantes para uma aula de ginástica, que 3. relaxamento.
você deve ter estudado em suas aulas de Edu- Espera-se que o aluno, a partir das pesquisas, debates e expe-
cação Física, e que vão ajudá-lo a escolher as riências vivenciadas em aula, consiga propor atividades apro-
atividades. priadas às três partes de uma sessão de ginástica.

ATIVIDADE AVALIADORA

Criando uma sessão de ginástica

Organize os alunos em quatro grupos res- também consultar outros textos e/ou sites a fim
ponsáveis por momentos distintos de uma de aprofundar a temática. Será necessário que
sessão de ginástica aeróbica ou localizada: os grupos conversem entre si, de modo que os
um grupo responderá pelo aquecimento; ou- momentos distintos da aula ou outro ambiente
tros dois grupos, pelos exercícios específicos adequado tenham uma relação com os propósi-
(dividir em duas partes) e o último, pelo re- tos de cada grupo. O plano da sessão deverá ser
laxamento. Os alunos, além de utilizar os apresentado por escrito e vivenciado na quadra,
conhecimentos elaborados nas aulas, poderão com a participação de todos os alunos.

77
Observe, em relação à modalidade de ginás- a) body medicin.
tica em questão, se as partes da sessão atendem b) body pam.
aos objetivos preconizados, se os exercícios esco-
c) body capacity.
lhidos são característicos e se a estruturação das
séries está adequada ao objetivo proposto. d) bodycombat.
e) bodyjump.
Professor, trabalhe com a
turma a seção “Você apren-
deu?”, disponível no Cader- 3. Toda “aula” ou sessão de ginástica locali-
no do Aluno. zada deve ter:

1. Pertencem à ginástica contemporânea as a) Aquecimento.


seguintes práticas (pode assinalar mais b) Exercícios localizados.
de uma):
c) Exercícios de relaxamento.
a) ginástica artística.
b) aeroboxe.
4. Recomenda-se que a frequência cardíaca
c) step.
durante a sessão de ginástica aeróbica,
d) ginástica natural. para sedentários e treinados, seja, respec-
e) treinamento. tivamente, de:
f) ginástica aeróbica.
a) 20% e 45% da frequência cardíaca máxima.
g) bodyjump.
b) 45% e 60% da frequência cardíaca máxima.
2. O body system é um sistema composto por
diferentes programas de exercícios, cada c) 60% e 85% da frequência cardíaca máxima.
qual com uma característica diferente. As-
sinale pelo menos dois desses programas. d) 85% e 95% da frequência cardíaca máxima.

PROPOSTA DE SITUAÇÕES DE RECUPERAÇÃO

Durante o percurso pelas Situações de f roteiro de estudos com perguntas norteado-


Aprendizagem, alguns alunos poderão não ras elaboradas por você, professor, referen-
apreender os conteúdos da forma esperada. tes aos princípios orientadores, às técnicas
É necessário, então, que novas Situações de e aos exercícios das diversas modalidades
Aprendizagem sejam propostas, permitindo de ginástica, para posterior apresentação
ao aluno revisitar de outra maneira o proces- em registro escrito;
so. Tais estratégias podem ser desenvolvidas f reelaboração da sessão de ginástica apre-
durante as aulas ou em outros momentos, sentada (no todo ou em partes);
com todos os alunos ou apenas aqueles que f atividades-síntese de um determinado
apresentaram dificuldades. Podem ser desen- conteúdo em que as várias Situações de
volvidas individualmente ou em pequenos Aprendizagem sejam refeitas em apenas
grupos. Por exemplo: uma aula e discutidas posteriormente. Por
exemplo: circuito que contemple uma ou
mais modalidades de ginástica.

78
Educação Física – 7ª série/8º ano – Volume 1

Professor, junto com a turma, faça formações extras e não está diretamente li-
a leitura da seção “Aprendendo a gado às Situações de Aprendizagem. Caso
aprender”, disponível no Caderno haja necessidade, você pode contextualizar
do Aluno. Procure mostrar aos a informação utilizando-se de seus próprios
alunos que se trata de um texto que traz in- conhecimentos.

Cuidando da sua postura pegar e transportar peso corretamente. Você


também pode orientar outras pessoas, se elas
assim desejarem.

© Conexão Editorial
Quando você for carregar alguma coisa,
procure transportar o peso bem perto do
corpo. Veja na figura a seguir uma mulher
segurando um peso de 5 kg. O número que
aparece sob os pés mostra o esforço muscu-
lar que ela faz (N = newton, medida de for-
ça). Veja como esse esforço aumenta quando
o mesmo peso é carregado mais distante do
corpo. Quanto maior a distância, maior o
esforço muscular realizado e maior a ten-
são nas costas.

© Conexão Editorial
0 cm 35 cm 70 cm

Cuidado ao pegar ou transportar algum


peso!
5 Kg
Quem é que nunca pegou alguma coisa
do chão ou de cima de um armário? 5 Kg

Você já viu um adulto reclamar de dor 5 Kg


nas costas?

Viu alguém se abaixando e, ao se le-


vantar, segurar na parede, colocando 450 N 700 N 950 N
uma das mãos nas costas, com aquela ex- Ao aumentar a distância entre as mãos e o corpo,
pressão de dor? há um aumento da tensão nas costas.

Essas situações são mais comuns do que É por isso que devemos transportar o
parecem. Muitas dessas dores são consequên- peso junto ao corpo.
cia de repetidas ações e posturas inadequadas
no dia a dia. Por isso, tome cuidado com o Para você não perder a postura, preste
que você faz. Aqui vai uma dica para dimi- atenção às dicas de como se posicionar para
nuir os riscos de dores nas costas: aprenda a pegar objetos no chão:

79
f mantenha a coluna reta;
f flexione os joelhos;
f acomode as mãos, adequadamente, ao objeto;
f não estufe o abdome: contraia-o ligeiramente para proteger a coluna;
f se o objeto for pesado, faça o movimento em dois tempos: coloque o objeto sobre a coxa e
depois eleve-o com a ajuda das pernas.

9 certo 8 errado 9 certo 8 errado


© Conexão Editorial

RECURSOS PARA AMPLIAR A PERSPECTIVA DO PROFESSOR


E DO ALUNO PARA A COMPREENSÃO DO TEMA
Livros NOVAES, Jefferson; SILVEIRA NETO, Eduar-
do. Ginástica de academia: teoria e prática. Rio
GOBBI, Sebastião; VILLAR, Rodrigo; ZAGO, de Janeiro: Sprint, 1996. Apresenta conceitos
Anderson S. Bases teórico-práticas do condicio- sobre a ginástica de academia e a diversidade de
namento físico. Rio de Janeiro: Guanabara suas manifestações, relacionando a fundamenta-
Koogan, 2005. Aborda as diversas capacida- ção teórica às diferentes formas de intervenção.
des físicas, caracterizando sua relação com
a condição de saúde e seu desenvolvimento Artigos
ao longo da vida, com destaque para aspec-
tos relacionados à infância, à adolescência CENTRO DE REFERÊNCIA VIRTUAL DO
e ao envelhecimento. Traz ainda propostas PROFESSOR. Alongamento e flexibilidade.
de avaliação para indivíduos em diferentes In: _____. Orientações pedagógicas: Educação
idades, bem como referências a parâmetros Física – Ensino Médio. Disponível em: <http://
gerais e específicos que devem ser levados em crv.educacao.mg.gov.br/SISTEMA_CRV/
consideração ao elaborar programas de con- documentos/op/em/educacaofisica/2010-08/
dicionamento destinados ao desenvolvimen- op-em-ef-24.pdf>. Acesso em: 27 maio 2013.
to das várias capacidades físicas. Aborda conceitos de ginástica geral, ginástica

80
Educação Física – 7ª série/8º ano – Volume 1

de academia e exercícios físicos. Enfatiza de academia no Brasil e apresenta alguns prin-


o valor do alongamento antes e depois do cípios para o planejamento de uma sessão de
exercício físico, bem como a importância ginástica localizada.
da flexibilidade para a qualidade de vida,
e exemplifica vivências direcionadas ao Site
alongamento de diferentes grupos musculares.
Cooperativa do Fitness. Disponível em: <http://
DE PAOLI, Marco Paulo. Ginástica localizada. www.cdof.com.br>. Acesso em: 27 maio 2013.
Disponível em: <http://www.saudeemmovimento. Apresenta diversas informações sobre alonga-
com.br/conteudos/conteudo_frame.asp?cod_ mento, ginástica aeróbica, ginástica localiza-
noticia=829>. Acesso em: 27 maio 2013. Trata, da e outros tipos de ginástica: objetivos, prin-
brevemente, do processo histórico da ginástica cípios, exercícios, estrutura de aula etc.

81
QUADRO DE CONTEÚDOS DO
ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS
5a série/6o ano 6a série/7o ano 7a série/8o ano 8a série/9o ano
Jogo e esporte: competição Esporte Esporte Luta
e cooperação Modalidade individual: atletismo Modalidade individual: atletismo Modalidade: capoeira
Jogos populares (corridas e saltos) (corridas, arremessos e lançamentos) – Capoeira como luta, jogo e
Jogos cooperativos – Princípios técnicos e táticos – Princípios técnicos e táticos esporte
Jogos pré-desportivos – Principais regras – Principais regras – Princípios técnicos e táticos
Esporte coletivo: princípios gerais – Processo histórico – Processo histórico – Processo histórico
– Ataque Atividade rítmica Luta Atividade rítmica
– Defesa Manifestações e representações Modalidade: caratê. Manifestações rítmicas ligadas
– Circulação da bola da cultura rítmica nacional – Princípios técnicos e táticos à cultura jovem: hip-hop e
Organismo humano, movi- – Danças folclóricas/regionais – Principais regras street dance
mento e saúde – Processo histórico – Processo histórico – Coreografias
Capacidades físicas: noções – A questão do gênero Organismo humano, movimento – Diferentes estilos como
gerais (agilidade, velocidade e Organismo humano, movimento e saúde expressão sociocultural
Volume 1

flexibilidade) e saúde Capacidades físicas: aplicações no – Principais passos e


– A importância do alonga- Capacidades físicas: aplicações no atletismo e na luta movimentos
mento e do aquecimento atletismo e na atividade rítmica Esporte
Esporte
Esporte Esporte Modalidade coletiva: a escolher Modalidade coletiva: futebol
Modalidade coletiva: futsal Modalidade coletiva: basquetebol – Técnicas e táticas como fatores de de campo
– Princípios técnicos e táticos – Princípios técnicos e táticos aumento da complexidade do jogo – Técnicas e táticas como fato-
– Principais regras – Principais regras – Noções de arbitragem res de aumento da complexida-
– Processo histórico – Processo histórico de do jogo
Ginástica – Noções de arbitragem
Organismo humano, movi- Organismo humano, movimento Práticas contemporâneas
mento e saúde – Processo histórico
e saúde – Princípios orientadores – O esporte na comunidade
Capacidades físicas: noções Capacidades físicas e aplicações – Técnicas e exercícios
gerais (força e resistência) escolar e em seu entorno: espa-
no basquetebol ços, tempos e interesses
– A importância da postura
adequada – Espetacularização do esporte
e o esporte profissional
– O esporte na mídia
– Os grandes eventos esportivos

Esporte Esporte Atividade rítmica Esporte


Modalidade individual: ginás- Modalidade individual: ginástica Manifestações e representações de Jogo e esporte: diferenças
tica artística rítmica outros países conceituais e na experiência
– Principais gestos técnicos – Principais gestos técnicos – Danças folclóricas dos jogadores
– Principais regras – Principais regras – Processo histórico – Modalidade “alternativa”
– Processo histórico – Processo histórico – A questão do gênero ou popular em outros países:
Organismo humano, movi- Ginástica Ginástica beisebol
mento e saúde Ginástica geral Práticas contemporâneas: ginásticas – Princípios técnicos e táticos
Aparelho locomotor e seus – Fundamentos e gestos de academia – Principais regras
sistemas – Processo histórico: dos – Padrões de beleza corporal, ginás- – Processo histórico

Esporte métodos ginásticos à ginástica tica e saúde Atividade rítmica


Modalidade coletiva: handebol contemporânea Organismo humano, movimento Organização de festivais de
Volume 2

– Princípios técnicos e táticos Esporte e saúde dança


– Principais regras Modalidade coletiva: voleibol Princípios e efeitos do treinamento Esporte
– Processo histórico – Princípios técnicos e táticos físico Organização de campeonatos
Organismo humano, movi- – Principais regras Esporte
mento e saúde – Processo histórico Modalidade individual ou coletiva
Noções gerais sobre ritmo: Luta (ainda não contemplada)
jogos rítmicos Princípios de confronto e – Princípios técnicos e táticos
oposição – Principais regras
– Classificação e organização – Processo histórico
– A questão da violência Organismo humano, movimento
e saúde
Atividade física/exercício físico:
implicações na obesidade e no
emagrecimento
Doping: substâncias proibidas

82
CONCEPÇÃO E COORDENAÇÃO GERAL Química: Ana Joaquina Simões S. de Matos Rosângela Teodoro Gonçalves, Roseli Soares
NOVA EDIÇÃO 2014-2017 Carvalho, Jeronimo da Silva Barbosa Filho, João Jacomini, Silvia Ignês Peruquetti Bortolatto e Zilda
Batista Santos Junior e Natalina de Fátima Mateus. Meira de Aguiar Gomes.
COORDENADORIA DE GESTÃO DA
EDUCAÇÃO BÁSICA – CGEB Área de Ciências Humanas Área de Ciências da Natureza
Filosofia: Emerson Costa, Tânia Gonçalves e Biologia: Aureli Martins Sartori de Toledo, Evandro
Coordenadora
Teônia de Abreu Ferreira.
Maria Elizabete da Costa Rodrigues Vargas Silvério, Fernanda Rezende
Geografia: Andréia Cristina Barroso Cardoso, Pedroza, Regiani Braguim Chioderoli e Rosimara
Diretor do Departamento de Desenvolvimento Santana da Silva Alves.
Débora Regina Aversan e Sérgio Luiz Damiati.
Curricular de Gestão da Educação Básica
João Freitas da Silva História: Cynthia Moreira Marcucci, Maria Ciências: Davi Andrade Pacheco, Franklin Julio
Margarete dos Santos e Walter Nicolas Otheguy de Melo, Liamara P. Rocha da Silva, Marceline
Diretora do Centro de Ensino Fundamental Fernandez. de Lima, Paulo Garcez Fernandes, Paulo Roberto
dos Anos Finais, Ensino Médio e Educação
Orlandi Valdastri, Rosimeire da Cunha e Wilson
Profissional – CEFAF Sociologia: Alan Vitor Corrêa, Carlos Fernando de
Luís Prati.
Valéria Tarantello de Georgel Almeida e Tony Shigueki Nakatani.

Coordenadora Geral do Programa São Paulo PROFESSORES COORDENADORES DO NÚCLEO Física: Ana Claudia Cossini Martins, Ana Paula
faz escola PEDAGÓGICO Vieira Costa, André Henrique GhelÅ RuÅno,
Valéria Tarantello de Georgel Cristiane Gislene Bezerra, Fabiana Hernandes
Área de Linguagens
M. Garcia, Leandro dos Reis Marques, Marcio
Coordenação Técnica Educação Física: Ana Lucia Steidle, Eliana Cristine
Bortoletto Fessel, Marta Ferreira Mafra, Rafael
Roberto Canossa Budisk de Lima, Fabiana Oliveira da Silva, Isabel
Plana Simões e Rui Buosi.
Roberto Liberato Cristina Albergoni, Karina Xavier, Katia Mendes
Smelq Cristina de 9lbmimerime :oeÅe e Silva, Liliane Renata Tank Gullo, Marcia Magali
Química: Armenak Bolean, Cátia Lunardi, Cirila
Rodrigues dos Santos, Mônica Antonia Cucatto da
EQUIPES CURRICULARES Tacconi, Daniel B. Nascimento, Elizandra C. S.
Silva, Patrícia Pinto Santiago, Regina Maria Lopes,
Lopes, Gerson N. Silva, Idma A. C. Ferreira, Laura
Área de Linguagens Sandra Pereira Mendes, Sebastiana Gonçalves
C. A. Xavier, Marcos Antônio Gimenes, Massuko
Arte: Ana Cristina dos Santos Siqueira, Carlos Ferreira Viscardi, Silvana Alves Muniz.
S. Warigoda, Roza K. Morikawa, Sílvia H. M.
Eduardo Povinha, Kátia Lucila Bueno e Roseli Língua Estrangeira Moderna (Inglês): Célia Fernandes, Valdir P. Berti e Willian G. Jesus.
Ventrela. Regina Teixeira da Costa, Cleide Antunes Silva,
Ednéa Boso, Edney Couto de Souza, Elana Área de Ciências Humanas
Educação Física: Marcelo Ortega Amorim, Maria
Simone Schiavo Caramano, Eliane Graciela Filosofia: Álex Roberto Genelhu Soares, Anderson
Elisa Kobs Zacarias, Mirna Leia Violin Brandt,
dos Santos Santana, Elisabeth Pacheco Lomba Gomes de Paiva, Anderson Luiz Pereira, Claudio
Rosângela Aparecida de Paiva e Sergio Roberto
Kozokoski, Fabiola Maciel Saldão, Isabel Cristina Nitsch Medeiros e José Aparecido Vidal.
Silveira.
dos Santos Dias, Juliana Munhoz dos Santos,
Língua Estrangeira Moderna (Inglês e Kátia Vitorian Gellers, Lídia Maria Batista Geografia: Ana Helena Veneziani Vitor, Célio
Espanhol): Ana Paula de Oliveira Lopes, Jucimeire BomÅm, Lindomar Alves de Oliveira, Lúcia Batista da Silva, Edison Luiz Barbosa de Souza,
de Souza Bispo, Marina Tsunokawa Shimabukuro, Aparecida Arantes, Mauro Celso de Souza, Edivaldo Bezerra Viana, Elizete Buranello Perez,
Neide Ferreira Gaspar e Sílvia Cristina Gomes Neusa A. Abrunhosa Tápias, Patrícia Helena Márcio Luiz Verni, Milton Paulo dos Santos,
Nogueira. Passos, Renata Motta Chicoli Belchior, Renato Mônica Estevan, Regina Célia Batista, Rita de
José de Souza, Sandra Regina Teixeira Batista de Cássia Araujo, Rosinei Aparecida Ribeiro Libório,
Língua Portuguesa e Literatura: Angela Maria
Campos e Silmara Santade Masiero. Sandra Raquel Scassola Dias, Selma Marli Trivellato
Baltieri Souza, Claricia Akemi Eguti, Idê Moraes dos
e Sonia Maria M. Romano.
Santos, João Mário Santana, Kátia Regina Pessoa, Língua Portuguesa: Andrea Righeto, Edilene
Mara Lúcia David, Marcos Rodrigues Ferreira, Roseli Bachega R. Viveiros, Eliane Cristina Gonçalves
Ramos, Graciana B. Ignacio Cunha, Letícia M. História: Aparecida de Fátima dos Santos
Cordeiro Cardoso e Rozeli Frasca Bueno Alves.
de Barros L. Viviani, Luciana de Paula Diniz, Pereira, Carla Flaitt Valentini, Claudia Elisabete
Área de Matemática Márcia Regina Xavier Gardenal, Maria Cristina Silva, Cristiane Gonçalves de Campos, Cristina
Matemática: Carlos Tadeu da Graça Barros, Cunha Riondet Costa, Maria José de Miranda de Lima Cardoso Leme, Ellen Claudia Cardoso
Ivan Castilho, João dos Santos, Otavio Yoshio Nascimento, Maria Márcia Zamprônio Pedroso, Doretto, Ester Galesi Gryga, Karin Sant’Ana
Yamanaka, Rodrigo Soares de Sá, Rosana Jorge Patrícia Fernanda Morande Roveri, Ronaldo Cesar Kossling, Marcia Aparecida Ferrari Salgado de
Monteiro, Sandra Maira Zen Zacarias e Vanderley Alexandre Formici, Selma Rodrigues e Barros, Mercia Albertina de Lima Camargo,
Aparecido Cornatione. Sílvia Regina Peres. Priscila Lourenço, Rogerio Sicchieri, Sandra Maria
Fodra e Walter Garcia de Carvalho Vilas Boas.
Área de Ciências da Natureza Área de Matemática
Biologia: Aparecida Kida Sanches, Elizabeth Matemática: Carlos Alexandre Emídio, Clóvis Sociologia: Anselmo Luis Fernandes Gonçalves,
Reymi Rodrigues, Juliana Pavani de Paula Bueno e Antonio de Lima, Delizabeth Evanir Malavazzi, Celso Francisco do Ó, Lucila Conceição Pereira e
Rodrigo Ponce. Edinei Pereira de Sousa, Eduardo Granado Garcia, Tânia Fetchir.
Ciências: Eleuza Vania Maria Lagos Guazzelli, Evaristo Glória, Everaldo José Machado de Lima,
Gisele Nanini Mathias, Herbert Gomes da Silva e Fabio Augusto Trevisan, Inês Chiarelli Dias, Ivan Apoio:
Maria da Graça de Jesus Mendes. Castilho, José Maria Sales Júnior, Luciana Moraes Fundação para o Desenvolvimento da Educação
Funada, Luciana Vanessa de Almeida Buranello, - FDE
Física: Carolina dos Santos Batista, Fábio Mário José Pagotto, Paula Pereira Guanais, Regina
Bresighello Beig, Renata Cristina de Andrade Helena de Oliveira Rodrigues, Robson Rossi, CTP, Impressão e acabamento
Oliveira e Tatiana Souza da Luz Stroeymeyte. Rodrigo Soares de Sá, Rosana Jorge Monteiro, Esdeva Indústria GráÅca Ltda.
GESTÃO DO PROCESSO DE PRODUÇÃO CONCEPÇÃO DO PROGRAMA E ELABORAÇÃO DOS Filosofia: Paulo Miceli, Luiza Christov, Adilton Luís
EDITORIAL 2014-2017 CONTEÚDOS ORIGINAIS Martins e Renê José Trentin Silveira.

COORDENAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO Geografia: Angela Corrêa da Silva, Jaime Tadeu


FUNDAÇÃO CARLOS ALBERTO VANZOLINI DOS CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS DOS Oliva, Raul Borges Guimarães, Regina Araujo e
CADERNOS DOS PROFESSORES E DOS Sérgio Adas.
Presidente da Diretoria Executiva CADERNOS DOS ALUNOS
Antonio Rafael Namur Muscat Ghisleine Trigo Silveira História: Paulo Miceli, Diego López Silva,
Glaydson José da Silva, Mônica Lungov Bugelli e
CONCEPÇÃO
Vice-presidente da Diretoria Executiva Raquel dos Santos Funari.
Guiomar Namo de Mello, Lino de Macedo,
Alberto Wunderler Ramos Luis Carlos de Menezes, Maria Inês Fini Sociologia: Heloisa Helena Teixeira de Souza
coordenadora! e Ruy Berger em memória!.
Martins, Marcelo Santos Masset Lacombe,
GESTÃO DE TECNOLOGIAS APLICADAS
Melissa de Mattos Pimenta e Stella Christina
À EDUCAÇÃO AUTORES
Schrijnemaekers.

Direção da Área Linguagens


Coordenador de área: Alice Vieira. Ciências da Natureza
Guilherme Ary Plonski
Arte: Gisa Picosque, Mirian Celeste Martins, Coordenador de área: Luis Carlos de Menezes.
Geraldo de Oliveira Suzigan, Jéssica Mami Biologia: Ghisleine Trigo Silveira, Fabíola Bovo
Coordenação Executiva do Projeto
Makino e Sayonara Pereira. Mendonça, Felipe Bandoni de Oliveira, Lucilene
Angela Sprenger e Beatriz Scavazza
Aparecida Esperante Limp, Maria Augusta
Educação Física: Adalberto dos Santos Souza, Querubim Rodrigues Pereira, Olga Aguilar Santana,
Gestão Editorial
Carla de Meira Leite, Jocimar Daolio, Luciana Paulo Roberto da Cunha, Rodrigo Venturoso
Denise Blanes
Venâncio, Luiz Sanches Neto, Mauro Betti, Mendes da Silveira e Solange Soares de Camargo.
Renata Elsa Stark e Sérgio Roberto Silveira.
Equipe de Produção
Ciências: Ghisleine Trigo Silveira, Cristina Leite,
LEM – Inglês: Adriana Ranelli Weigel Borges, João Carlos Miguel Tomaz Micheletti Neto,
Editorial: Amarilis L. Maciel, Angélica dos Santos
Alzira da Silva Shimoura, Lívia de Araújo Donnini Julio Cézar Foschini Lisbôa, Lucilene Aparecida
Angelo, Bóris Fatigati da Silva, Bruno Reis, Carina
Rodrigues, Priscila Mayumi Hayama e Sueli Salles Esperante Limp, Maíra Batistoni e Silva, Maria
Carvalho, Carla Fernanda Nascimento, Carolina Fidalgo. Augusta Querubim Rodrigues Pereira, Paulo
H. Mestriner, Carolina Pedro Soares, Cíntia Leitão,
Rogério Miranda Correia, Renata Alves Ribeiro,
Eloiza Lopes, Érika Domingues do Nascimento, LEM – Espanhol: Ana Maria López Ramírez, Isabel
Ricardo Rechi Aguiar, Rosana dos Santos Jordão,
Flávia Medeiros, Gisele Manoel, Jean Xavier, Gretel María Eres Fernández, Ivan Rodrigues
Simone Jaconetti Ydi e Yassuko Hosoume.
Karinna Alessandra Carvalho Taddeo, Leandro Martin, Margareth dos Santos e Neide T. Maia
Calbente Câmara, Leslie Sandes, Mainã Greeb González.
Física: Luis Carlos de Menezes, Estevam Rouxinol,
Vicente, Marina Murphy, Michelangelo Russo, Guilherme Brockington, Ivã Gurgel, Luís Paulo
Língua Portuguesa: Alice Vieira, Débora Mallet
Natália S. Moreira, Olivia Frade Zambone, Paula de Carvalho Piassi, Marcelo de Carvalho Bonetti,
Pezarim de Angelo, Eliane Aparecida de Aguiar,
Felix Palma, Priscila Risso, Regiane Monteiro Maurício Pietrocola Pinto de Oliveira, Maxwell
José Luís Marques López Landeira e João
Pimentel Barboza, Rodolfo Marinho, Stella Roger da PuriÅcação Siqueira, Sonia Salem e
Henrique Nogueira Mateos.
Assumpção Mendes Mesquita, Tatiana F. Souza e Yassuko Hosoume.
Tiago Jonas de Almeida. Matemática
Coordenador de área: Nílson José Machado. Química: Maria Eunice Ribeiro Marcondes, Denilse
Direitos autorais e iconografia: Beatriz Fonseca Matemática: Nílson José Machado, Carlos Morais Zambom, Fabio Luiz de Souza, Hebe
Micsik, Érica Marques, José Carlos Augusto, Juliana Eduardo de Souza Campos Granja, José Luiz Ribeiro da Cruz Peixoto, Isis Valença de Sousa
Prado da Silva, Marcus Ecclissi, Maria Aparecida Pastore Mello, Roberto Perides Moisés, Rogério Santos, Luciane Hiromi Akahoshi, Maria Fernanda
Acunzo Forli, Maria Magalhães de Alencastro e Ferreira da Fonseca, Ruy César Pietropaolo e Penteado Lamas e Yvone Mussa Esperidião.
Vanessa Leite Rios. Walter Spinelli.
Caderno do Gestor
Edição e Produção editorial: R2 Editorial, Jairo Souza Ciências Humanas Lino de Macedo, Maria Eliza Fini e Zuleika de
Design GráÅco e Occy Design projeto gráÅco!. Coordenador de área: Paulo Miceli. Felice Murrie.

Catalogação na Fonte: Centro de Referência em Educação Mario Covas

* Nos Cadernos do Programa São Paulo faz escola são


indicados sites para o aprofundamento de conhecimen- S2+1m São Paulo Estado! Secretaria da Educação.
tos, como fonte de consulta dos conteúdos apresentados
e como referências bibliográficas. Todos esses endereços Material de apoio ao currículo do Estado de São Paulo: caderno do professor; educação física,
eletrônicos foram checados. No entanto, como a internet é ensino fundamental ¹ anos Ånais, 7© série ' 0ª ano ' Secretaria da Educação; coordenação geral, Maria
um meio dinâmico e sujeito a mudanças, a Secretaria da Inês Fini; equipe, Adalberto dos Santos Souza, Jocimar Daolio, Luciana Venâncio, Luiz Sanches Neto,
Educação do Estado de São Paulo não garante que os sites Mauro Betti, Sérgio Roberto Silveira. - São Paulo : SE, 2014.
indicados permaneçam acessíveis ou inalterados. v. 1, 00 p.
Edição atualizada pela equipe curricular do Centro de Ensino Fundamental dos Anos Finais, Ensino
* Os mapas reproduzidos no material são de autoria de Médio e Educação ProÅssional ¹ CEFAF, da Coordenadoria de Gestão da Educação Básica - CGEB.
terceiros e mantêm as características dos originais, no que
ISBN 170-0--7041--0.-2
diz respeito à grafia adotada e à inclusão e composição dos
elementos cartográficos (escala, legenda e rosa dos ventos). 1. Ensino fundamental anos Ånais 2. Educação física +. Atividade pedagógica I. Fini, Maria Inês.
II. Souza, Adalberto dos Santos. III. Daolio, Jocimar. IV. Venâncio, Luciana. V. Neto, Luiz Sanches. VI.
* Os ícones do Caderno do Aluno são reproduzidos no Betti, Mauro. VII. Silveira, Sérgio Roberto. VIII. Título.
Caderno do Professor para apoiar na identificação das CDU: +71.+:00..10
atividades.
Validade: 2014 – 2017

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