Você está na página 1de 11

Documentação disponibilizada para a resolução do teste de dia 29 de Março de

2020 e do teste 25 de Março de 2020 ( teste aplicado somente a alunos com atestado
médico)
FONTE: http://esdr.moodle3.edu.azores.gov.pt/mod/book/view.php?id=17

Voleibol
Introdução
O Voleibol é um desporto colectivo praticado por duas equipas, compostas por seis
elementos cada, em jogo, mais seis suplentes.
O jogo realiza-se num campo rectangular (cuja dimensão é de 18 x 9 metros), limitado
por duas linhas laterais e duas linhas de fundo, dividido ao meio por uma rede.
O Voleibol é um jogo onde não existe contacto algum entre os jogadores das duas
equipas.
Breve História
William C.MorganO voleibol foi criado no ano de 1895 pelo americano William
C.Morgan, director de educação física da Associação Cristã de Moços (ACM), na
cidade de Holyoke, em Massachusets, nos Estados Unidos. O nome original do novo
desporto era mintonette. Nessa época, o desporto em moda era o basquetebol, que tinha
sido instituído apenas há três anos pôr Nasmith e que rapidamente se difundira. Era
muito enérgico e cansativo para homens de idade. Pôr sugestão do Pastor Lawrece
Rinder, Morgan idealizou um jogo menos fatigante que o basquetebol para os
associados mais velhos da ACM e colocou uma rede semelhante à do ténis, a uma altura
de 1,83cm, sobre a qual uma câmara de bola de basquetebol era batida surgindo assim o
desporto que seria mais tarde denominado Voleibol .
Objectivo do jogo
O objectivo do jogo é fazer com que uma equipa consiga o envio regulamentar da bola,
por cima da rede, para cair no campo do adversário, procurando simultaneamente evitar
que a mesma caia no seu próprio terreno.

Campo de jogo
É um rectângulo de 18 x 9 metros, com uma rede no meio colocada a uma altura
variável, conforme o sexo e a categoria dos jogadores (exemplo dos séniores e juniores:
masculino -2,43 m; femininos 2,24 m).
Desde a rede, para cada lado do campo, existe uma linha a 3 metros de distância que
separa a zona de ataque da zona de defesa.
As equipas
Jogadores
As equipas de Voleibol são constituidas por 12 jogadores, 6 efectivos e 6 suplentes.

Árbitros
A competição é dirigida por:
 primeiro árbitro - coloca-se de pé ou sentado sobre uma plataforma colocada
num dos extremos da rede. Tem autoridade sobre toda a equipa de arbitragem,
outros responsáveis e membros das equipas;
 segundo árbitro - coloca-se de pé, próximo do poste fora do campo, do lado
contrário e de frente para o primeiro árbitro. É o assistente do primeiro árbitro e
controla o trabalho do marcador;
 um marcador - encontra-se sentado na mesa de controlo. Tem como funções o
preenchimento do boletim de jogo (no que é auxiliado por um dos árbitros), o
registo dos pontos marcados, o controlo da ordem de rotação dos jogadores, e de
comunicar aos árbitros o final de cada set;

Caracterização do jogo

As posições dos jogadores no campo são numeradas, sendo que os três jogadores
colocados junto da rede, os atacantes, ocupam respectivamente, as posições 4, 3 e 2. Os
outros três jogadores são os defesas e ocupam as posições 5, 6 e 1. O jogador da posição
1 é que efectua o serviço.

Caracterização do jogo
 No início de cada set (partida), o jogador que ocupa a posição 1 realiza o serviço
de modo a fazer passar a bola, por cima da rede, para o campo adversário. A
outra equipa deve fazer regressar a bola tocando-a no máximo três vezes, e
evitando que o mesmo jogador a toque por duas vezes consecutivas.
 O primeiro contacto com a bola, após o serviço, denomina-se recepção, e tem
por objectivo evitar que ela atinja uma área válida do campo e diminuir a sua
velocidade, proporcionando melhor controlo aos toques que lhe seguem. O
segundo toque tem por finalidade preparar a bola para que um terceiro jogador
realize o ataque, normalmente por um remate ou colocação precisa da bola no
campo adversário, conquistando deste modo o ponto.
 No momento em que a equipa adversária vai atacar, os jogadores que ocupam as
posições 2, 3 e 4 podem saltar e estender os braços, numa tentativa de impedir
ou dificultar a passagem da bola por sobre a rede. Este movimento é
denominado bloco, e não é permitido para os outros três jogadores das posições
1, 5 e 6.
 Pode-se conseguir ponto fazendo tocar a bola, cumprindo as regras, no campo
adversário, ou fazendo com que este cometa um erro e viole uma regra.

 Se a equipa que conquistou o ponto não foi a mesma que efectuou o serviço, os
jogadores devem deslocar-se no sentido dos ponteiros do relógio, passando a
ocupar a próxima posição no campo, conforme mostra a figura abaixo. A este
movimento chama-se rotação.

Pontuação

Em cada jogada é ganho um ponto (sistema de ponto por jogada). Quando uma equipa
que recebe ganha a jogada, ganha um ponto e o direito a servir e os seus jogadores
efectuam uma rotação. Cada jogo é disputado no máximo em 5 sets. A equipa que
ganhar 3 sets será a vencedora. Um set é ganho quando uma equipa atingir 25 pontos e
existir pelo menos uma diferença de dois pontos em relação à outra.

Regras
Pontuação
Um jogo é ganho pela equipa que vencer três sets. O set é ganho pela equipa que fizer
primeiro 25 pontos, com uma diferença mínima de 2 pontos. Em caso de igualdade a
24-24, o jogo continua até haver uma diferença de 2 pontos (26-24, 27-25). Em cada
jogada é ganho um ponto (sistema de ponto por jogada). Quando a equipa que recebe
ganha a jogada, ganha um ponto e o direito de servir. Em caso de igualdade de sets 2-2,
o set decisivo (o quinto) é jogado até aos 15 pontos com uma diferença mínima de 2
pontos.

Toques
Cada equipa pode realizar até um número máximo de 3 toques até devolver a bola para
o campo adversário. Os jogadores podem tocar com todas as partes do corpo (incluindo
os pés) na bola. Um jogador que toque a bola mais do que uma vez sem que, entretanto,
outro jogador a tenha tocado, comete falta - 2 toques. Exceptua-se o toque no bloco, isto
é, quando os jogadores avançados de uma equipa tentam impedir, por cima da rede, que
a bola passe para o seu campo.

Faltas no bloco
É considerado falta quando:

 o jogador bloqueia o serviço do adversário;


 um defesa (ou o libero) participa num bloco ou realiza-o;
 o bloqueador toca a bola por cima de rede, no espaço da equipa adversária, antes
do seu ataque.

Bloco e toques da equipa


O toque na bola no bloco, não conta como um toque de equipa. Depois de um toque no
bloco, a equipa tem direito a três toques para reenviar a bola para o campo adversário. O
primeiro toque depois do bloco pode ser efectuado por qualquer jogador, inclusive pelo
que tocou a bola no bloco.
Rotação
Para executar o serviço, a equipa que adquire o direito de servir deve efectuar,
previamente, uma rotação dos jogadores no sentido dos ponteiros do relógio. A cada
mudança de serviço corresponde uma rotação.

Faltas do jogador à rede


É considerada falta sempre que um jogador tocar na rede ou na vareta, tocar a bola ou o
adversário no espaço contrário antes ou durante o ataque do adversário.

Zona de serviço
A zona de serviço corresponde a toda área atrás da linha de fundo.

Bola fora
A bola é considerada fora quando toca no chão ou num objecto fora dos limites do
terreno.

Fundamentos técnicos
Neste capítulo vamos estudar a execução técnica dos principais movimentos do
Voleibol:

 Serviço;
 Passe;
 Manchete;
 Remate;
 Bloco.

Fundamentos técnicos
Serviço
O serviço pode ser curto ou comprido, conforme a colocação da bola no campo do
adversário, ou junto ou mais afastada da rede, e pode ser executado por
baixo ou por cima.

O objectivo do serviço é colocar a bola numa zona de difícil recepção (ou em


profundidade) para a outra equipa.

Serviço por baixo


O serviço por baixo deve ser executado cumprindo os seguintes elementos:
 o tronco ligeiramente inclinado à frente
 os membros inferiores (MI) devem estar flectidos e um deve estar à frente do
outro;
 a bola deve estar na mão do mesmo lado do MI que está avançado;
 o membro superior (MS) oposto está estendido atrás e mantém-se assim quando
avança para bater a bola;
 a bola é batida na sua parte inferior, com a mão aberta, com força e direcção
suficientes para ultrapassar a rede.

Serviço por cima


Na execução do serviço por cima devem ter-se em conta os seguintes aspectos:
 o tronco deve estar direito, virado para o campo adversário;
 os apoios devem estar afastados à largura dos ombros;
 o MI do mesmo lado do MS que segura a bola está ligeiramente avançado;
 a bola é segura pelo pela mão, ao nível da cabeça;
 a bola é lançada acima da cabeça e, simultaneamente, o MS oposto ao que fez o
lançamento é flectido atrás;
 a bola é batida à frente e acima da cabeça, no ponto mais alto que a extensão do
MS permite;
 a bola é batida com a palma da mão (rija).

Fundamentos técnicos
Recepção
A recepção ao serviço pode ser feita de duas formas:

 a recepção alta / passe;


 a recepção baixa / manchete

A utilização da passe e da manchete também se aplica para tocar a bola de modo a


direccioná-la para um companheiro, ou para colocar a bola no campo contrário.

Fundamentos técnicos
Passe
Na execução do passe por cima devem ser respeitados os seguintes elementos:

 os membros superiores (MS) devem estar flectidos, ficando os cotovelos mais


altos do que os ombros;
 as mãos devem colocar-se à frente da cabeça (sobre a testa), com os dedos bem
afastados;
 o corpo encontra-se colocado sob a direcção da bola;
 a bola deve ser batida com a parte interna dos dedos e, logo após, o jogador deve
acompanhar o batimento, estendendo as pernas e os braços.

Fundamentos técnicos
Manchete
A execução da manchete deve respeitar os seguintes princípios:

 os membros inferiores (MI) devem estar ligeiramente flectidos, paralelos ou com


uma apoio adiantado em relação ao outro;
 o tronco de estar ligeiramente flectido à frente;
 os membros superiores (MS) são estendidos à frente, de modo a unir os
antebraços;
 o batimento na bola deve ser feito com os antebraços, acompanhado,
simultaneamente, pela extensão das pernas;
 a intensidade deste movimento e a elevação dos MS determinam a força e a
direcção do movimento da bola.

Fundamentos técnicos
Remate
No remate a coordenação entre as acções de correr, saltar e bater a bola, são
absolutamente essenciais.
Fases do movimento de remate:
 corrida preparatória de um a três passos de balanço, com aproximação em
direcção à rede;
 chamada a dois pés, impulsionando o tronco para cima, na vertical, através da
flexão dos joelhos com a ajuda dos braços, preparando o braço que vai efectuar
o remate;
 batimento na bola efectuado no seu ponto mais alto, à frente da testa, com o
braço em extensão completa, de cima para baixo, com uma forte acção do pulso
e da mão;
 amortecer o impacto da queda após o remate, pela flexão dos joelhos.

[A] corrida;
[B] chamada a dois pés, atrás da vertical da bola;
[C] salto, torção da linha de ombros e batimento na bola;
[D] remate:

 o ângulo de remate é influenciado pela altura a que a bola é batida e pela


distância a que está da rede;
 durante a sua aplicação, nunca se deve perder a bola de vista;
 bater a bola com a mão bem "rija".

Fundamentos técnicos
Bloco
Trata-se de uma acção que pretende evitar que a bola transponha a rede para o campo de
quem realiza o bloco, implicando a coordenação do tempo de salto do blocador com o
tempo de remate do adversário.
 o jogador eleva-se na vertical, junto à rede, com impulsão sobre os dois pés,
extensão de braços (no prolongamento dos ombros) feita durante a suspensão,
mãos abertas com as palmas viradas para a frente e mantendo sempre o olhar
atento na bola e no adversário;
 o bloco é efectivo quando a bola toca nas mãos do bloqueador, sendo
concretizado apenas pelos avançados.

Há dois tipos de bloco:

 O bloco ofensivo, que tem por objectivo ganhar a jogada directamente. Pode ser
feito passando as mãos por cima da rede ou sem invasão do campo do
adversário. As palmas das mãos estão ligeiramente viradas para a frente de
modo a que o ressalto da bola aconteça para o campo adversário;
 O bloco defensivo, que tem por objectivo diminuir a força da bola. As palmas
das mãos estão orientadas para cima, procurando assim que a bola venha para o
seu próprio campo, para organizar o contra-ataque;

Fundamentos tácticos
O voleibol é caracterizado por um tipo de conduta que determina uma adaptação
sistemática a certas situações, que se interligam ciclicamente com:

 o objectivo do jogo;
 os limites do terreno do jogo;
 a trajectória da bola;
 a cooperação;
 a táctica dos adversários.

também exige:

 uma táctica colectiva coerente;


 escolha da técnica apropriada às situações;
 colocação em jogo de todo o potencial atlético que permita superar a equipa
contrária.

No entanto, fazendo uma análise ao jogo, é importante observar que este contém
situações básicas que se repetem. Mas a sua sequência é rápida e depende do tipo de
combinação táctica.
Podemos dividir as acções tácticas no Voleibol (como na generalidade dos desportos)
em 3 tipos:

 acções ofensivas;
 acções de transição;
 acções defensivas.

Fundamentos tácticos
Acções ofensivas
O início da acção ofensiva é feito através do serviço, que é considerado uma acção de
ataque quando bem executado, ou seja, quando é feito com força e a bola é colocada nos
espaços vazios.

O remate, também é uma das fazes ofensivas do voleibol. Pode ou não coincidir como
o terceiro toque, mas o objectivo é o de colocar no campo adversário a bola em
velocidade e em condições de difícil recepção.

O bloco ofensivo, tal como a sua designação indica, pode ser considerado uma acção
atacante, embora seja praticada ao remate do adversário, e por isso, ser também uma
acção defensiva. É uma acção de contra-ataque rápido.

Acções de transição
As acções de transição no voleibol são todas aquelas que permitem passar de uma
situação de ataque, para uma de defesa e vice-versa. Por exemplo, após o serviço ou o
remate, toda a equipa deve desenvolver acções que conduzam à defesa do ataque
adversário (preparação de blocos, protecção ao bloco, deslocamento de jogadores para a
zona defensiva).

Do mesmo modo, após a recepção de um serviço ou remate, a equipa deve preparar-se


para atacar, começando por colocar a bola perto da rede para que possa ser distribuída a
jogadores com melhor capacidade de finalização. O segundo toque é o verdadeiro
momento de contra-ataque. É a fase que antecede a finalização e por isso deve ser
preciso e facilitador da conclusão da jogada.

Acções defensivas
A recepção a um serviço ofensivo (ténis), ou a um remate, em geral, é utilizado o toque
de bola por baixo com os dois braços, batimento mais conhecido por manchete.

A recepção da bola consiste em:

 amortecer a velocidade da bola com os antebraços;


 dirigir a bola em condições jogáveis para o companheiro de equipa mais bem
colocado perto da rede, para as possíveis combinações de ataque.
No momento em que o jogador contrário inicia o serviço, é fundamental a atitude de
expectativa para a recepção. Assim, durante a trajectória da bola deves:

 colocar os pés na direcção da bola;


 seguidamente, realizar uma série de pequenos deslocamentos para ajustar a
posição;
 evitar cruzar as pernas nesses deslocamentos.

A posição base defensiva deve ser semelhante à da figura e caracteriza-se pelo seguinte:

 o corpo deve estar ligeiramente inclinado à frente;


 as membros inferiores devem devem estar ligeiramente flectidos e afastados;
 os membros superiores devem estar em posição que facilite a sua utilização para
uma manchete ou passe.

Você também pode gostar