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BADMINTON

INTRODUÇÃO

O presente Modelo de Estrutura do Conhecimento de Badminton é realizado no âmbito do


Estágio Pedagógico, inserido no plano de estudos do 2º ano do 2º Ciclo em Ensino da
Educação Física nos Ensinos Básico e Secundário da Universidade da Beira Interior. A
elaboração deste tem por base o Modelo proposto por Vickers (1990).
Pretende-se com este documento facilitar o processo de ensino e aprendizagem através da
criação de um conjunto de orientações sustentadas e tendo em conta a especificidade dos
alunos para o qual se dirige: turma 11ºBD da Escola Secundária Frei Heitor Pinto.
Este modelo apresenta um conjunto de princípios que ajudam a perceber a sua importância
para o professor:
 Pode ser aplicado a todos os desportos e atividades físicas (jogos desportivos
coletivos; desportos individuais);

 Requer o desenvolvimento de estruturas de conhecimento (E.C.). Uma E.C. reflete


uma rede de conhecimentos transdisciplinar que é o que identifica as habilidades e estratégias
num determinado desporto, e mostra como os conceitos das ciências do desporto influenciam
a performance, o ensino, ou o treino.

 O corpo de conhecimentos identificado no módulo 1 torna-se generativo,


conduzindo o processo de análise do ambiente de ensino e dos alunos, determinando o alcance
e a sequência da matéria, determinando os objetivos e avaliação, e selecionando as atividades
a propor aos alunos. Há portanto uma grande valorização do conhecimento, e a análise das
matérias de ensino é vista como uma das mais importantes fases do processo.

 O domínio do conteúdo é considerado capacitante e subjacente a uma capacidade


de resolver problemas, pensar e ser criativo.

 Este modelo subdivide-se em três fases: 1-Análise; 2-Decisão; 3-Aplicação.

Sendo assim, referente à Fase de Análise, é apresentado no módulo 1 a Análise da modalidade


(Badminton) em Estruturas do Conhecimento, fazendo referência apenas aos conteúdos
programados e os selecionados para serem abordados e tendo em conta o planeamento anual
já efetuado pela escola, e as análises posteriores do envolvimento (módulo 2) e dos alunos
(módulo 3). Relativamente ao módulo 1 é importante ter em conta que a determinação do
número e tipo de categorias transdisciplinares e a sua ordem depende:
 A quem se dirige a estrutura do conhecimento;
 Questões de segurança, fatores de risco;
 Natureza da matéria (por exemplo a complexidade);
 Objetivos do programa;
 Finalidades do ensino e aprendizagem;
 Tempo disponível para a instrução e prática.

Na Fase de Decisão é determinada a extensão e a sequência da matéria (módulo 4), bem como
a sua justificação tendo em conta a análise prévia dos alunos (avaliação diagnóstica). Só a
partir daí é possível o estabelecimento de objetivos de aprendizagem para os alunos (módulo
5) com a prática da modalidade. De seguida é necessário determinar os momentos e processos
de avaliação (módulo 6) de modo a analisar os alunos em relação aos objetivos estabelecidos.
Nesta fase são também apresentadas as atividades de aprendizagem/Progressões de ensino
(módulo 7) que englobam um conjunto de exercícios que têm como finalidade auxiliar os
alunos a atingir os objetivos definidos.
Por fim, a Fase de Aplicação (Módulo 8), resulta de todo este processo anterior, e consiste na
sua aplicação real a diferentes níveis: Plano Anual; Plano de Unidade Didática; Plano de
Aula, entre outros. Portanto, há que ter em consideração a existência de múltiplos
constrangimentos que, ao longo do tempo, obrigam a uma tomada de decisão e capacidade de
adaptação constantes. Nesse sentido será fundamental uma atitude de reflexão permanente,
como forma de dar sentido ao processo e potenciar a aprendizagem dos alunos.

MÓDULO 1 – ANÁLISE DA MODALIDADE DESPORTIVA

A análise da modalidade desportiva constitui-se como a primeira tarefa a desempenhar pelo


professor, na sua estruturação e organização do processo de ensino e aprendizagem. O
conteúdo surge aqui como ponto de partida para a planificação estratégica da sua intervenção,
sendo por via de um conhecimento declarativo e profundo da modalidade que se definem os
objetivos e instrumentos de atuação junto dos alunos.
Assumindo um conhecimento transdisciplinar da matéria em estudo, esta fase ajuda o
professor a conhecer e a relacionar as diversas áreas de conhecimento, englobando conceitos
como a caracterização da modalidade a ensinar, a condição física, as habilidades motoras da
modalidade e os conceitos psicossociais.
Contudo, este conhecimento específico e diversificado, só terá significado se aplicado em
congruência com o contexto a que se propõe impor.
Assim, a estrutura de conhecimento apresentada de seguida reflete uma intrínseca relação com
a realidade a intervir, invocando aquilo a que a Vickers denomina,”Personalized Knowledge
Structure” (1990,p.55).

1.1 – CULTURA DESPORTIVA


1.1.1 HISTÓRIA
O Badminton apresenta a sua origem em três locais distintos, nomeadamente: Europa, Ásia e
América do Sul. Desta feita, na China foram encontrados vasos de cerâmica no ano de 3500
a.c. com desenhos de uma rapariga com uma bola com penas, com um objeto semelhante a
um tamborim.
No continente americano, mais concretamente na América do Sul, os Aztecas praticavam um
jogo com uma bola adornada de belas e ondulantes penas coloridas.
Apesar disso o nascimento da modalidade aconteceu na Índia, com o nome de “Poona”.
Oficiais Ingleses, em serviço neste país, gostaram do jogo e trouxeram-no para a Europa.
O “Poona” passou a chamar-se Badminton quando, na década de 1870, uma nova versão
desta modalidade foi jogada na propriedade de Badmínton House, pertencente ao Duque de
Beauford, em Gloucestershire, Inglaterra, utilizando raquetes de ténis e um volante muito
parecido com o usado atualmente. Este jogo ficou para sempre como “aquele jogo em
Badminton”. Assim, surgiu o nome da modalidade.
Foi ainda na Índia, na cidade de Karachi, que em 1877 se deram as primeiras tentativas de
formulação de um conjunto de leis para regerem esta atividade física.
No ano de 1883 apareceu a primeira estrutura associativa – Badminton Association of
England – que cria o primeiro conjunto de leis oficiais do jogo.
A Federação Internacional de Badmínton (IBF) foi fundada em 1934, sendo constituída pelo
Canadá, Dinamarca, Escócia, França, Holanda, Inglaterra, Nova Zelândia e País de Gales. A
sua sede situa-se em Gloucestershire.
Nos anos seguintes, outros países ficaram a fazer parte da associação, sobretudo depois da
estreia desta modalidade nos Jogos Olímpicos de Barcelona, em 1992. Hoje em dia, existem
130 países membros da IBF e o tende a crescer.
Na atualidade, existem seis torneios principais promovidos pela IHF: Thomas Cup
(campeonato mundial masculino por equipas), Uber Cup (campeonato mundial femininos por
equipas), Sudirman Cup (equipas mistas), World Championship, World Juniors e World
Grand Prix Finals.
O Badmínton foi incluído nos XII Jogos Pan-Americanos em 1995, em Mar del Plata,
Argentina, e foi jogado novamente, em 1999, nos XIII Jogos Pan-Americanos, em Winnipeg,
Canadá.
A primeira vez em que o Badmínton figurou numa olimpíada, foi nos Jogos Olímpicos de
Munique, em 1972, ainda como desporto de demonstração. Depois, em Seul, 1988, este
desporto foi jogado como modalidade de exibição. O Comité Olímpico reconheceu a
magnitude do Badmínton e, a partir dos Jogos Olímpicos de Barcelona, em 1992, passou a
integrar a fase competitiva. Nos Jogos Olímpicos de Atlanta, em 1996, a categoria de duplas
mistas foi incluída nas competições.
Relativamente a Portugal, não existem dados concretos quanto à data de introdução da
modalidade. Apesar disso, a primeira notícia sobre a modalidade é de 1895, no ano em que
foi oferecido um par de raquetes ao Professor Dr. João de Barros.
A divulgação do Badminton em Portugal iniciou-se em 1953, através de Henrique Pinto, com
a organização do primeiro torneio pelo Lisboa Ginásio Clube.
A Federação Portuguesa de Badminton foi fundada no dia 1 de Julho de 1954, sendo o seu
primeiro Presidente o próprio Henrique Pinto.

ANOS MARCANTES

1.1.2 CARACTERIZAÇÃO DA MODALIDADE


O Badminton é um desporto de raquete, que pode ser praticado individualmente ou em pares,
sendo disputado num court por dois ou quatro jogadores, respetivamente singulares e pares.
Os jogadores utilizam raquetas para baterem o volante de um lado para o outro sobre a rede
que divide o court em duas áreas iguais.
O volante pode ser sintético ou de plumas: o primeiro é utilizado na iniciação do desporto, e o
outro para atletas de alto nível competitivo. Nos dois casos, a sua base de cortiça é recoberta
de pele.
A raqueta pode ser metálica ou de carbono: a primeira é mais pesada e menos flexível. As
cordas são de fibra sintética e estão presas na armação da raqueta.

O objetivo do jogo é fazer passar o volante por cima da rede, respeitando as regras do jogo,
fazendo-o tocar no campo do adversário – ação ofensiva, e impedir que o volante toque no
seu próprio campo – ação defensiva.

REGRAS BÁSICAS DA MODALIDADE

Campo
O campo deverá ser um retângulo e disposto como consta na figura abaixo apresentada.
Todas as linhas são parte integrante da área que definem.

Postes
Os postes deverão ter 1,55 metros de altura, contada a partir da superfície do campo. Deverão
ser suficientemente fortes, de modo a permanecerem na vertical e a manter a rede esticada, e
deverão estar colocados sobre as linhas laterais de pares, como mostra a figura abaixo.

Rede
A rede deverá ser feita de corda fina, de cor escura, de espessura constante e com uma malha
não inferior a l5mm e não superior a 20mm. A rede deverá ter 760mm de profundidade.
O cimo da Rede deverá ser rolado por uma tira de lona branca de 75mm de largura. A
distância entre a superfície do solo e o centro da Rede deverá ser de 1,524 metros, medida do
centro do campo, e de 1,55metros, medida nos postes colocados sobre a linha lateral de pares.

Toda a prática desportiva, a nível competitivo, só tem fundamento quando é apoiada em


normas que lhe estão subjacentes, normas essas que devem ser respeitadas. No caso do
Badminton, de seguida estão apresentadas as regras que consideramos serem as mais
importantes para proporcionar uma mais elevada e eficaz aprendizagem dos alunos.

Início do jogo
Antes do início do jogo, o árbitro realiza o sorteio entre os adversários. O vencedor pode
escolher entre o serviço ou o campo. Após o apito do árbitro, a equipa que escolheu ou que
ficou com o serviço inicia o jogo.
Depois de decidir sobre quem serve primeiro, o aluno na área de serviço do lado direito inicia
o jogo, servindo para o aluno na área de serviço diagonalmente oposta. Se este devolver o
volante antes de ele tocar no chão, os batimentos seguintes podem ser feitos, indistintamente,
para qualquer direção.
Jogadores
O Badminton pratica-se em cinco variantes relativamente ao número e ao género dos
jogadores. Assim existem as competições de Singulares Masculinos e Singulares Femininos,
em que se defrontam dois jogadores, e as competições em que se defrontam quatro jogadores
(equipas), Pares Masculinos, Pares Femininos e Pares Mistos.
O lado a que pertence o direito de servir designa-se por “servidor” e o lado oposto deverá ser
chamado “recebedor”.

Serviço
Sempre que a pontuação do servidor estiver em 0 ou número par, os alunos servem e recebem
o serviço na área de serviço do seu lado direito. Quando a pontuação estiver em número
impar, procede-se de igual forma para o lado esquerdo. Quem determina a pontuação é o
servidor.

Num serviço correto:


Nenhum dos lados deverá causar um atraso indevido na execução do serviço; tanto o servidor
como o recebedor deverão encontrar-se
dentro das áreas de serviço diagonalmente
opostas, sem pisar as linhas-limite. Uma
parte de ambos os pés do servidor e
recebedor deve permanecer em contato com
a superfície do campo, numa posição
estacionária, até que o serviço seja
executado.
A raqueta do servidor deverá contactar, inicialmente, a base do volante enquanto toda a
cabeça da raqueta estiver posicionada
abaixo do nível da cintura do servidor.
Assim que os jogadores tomam as suas
posições, o primeiro movimento, de trás
para diante, executado pela cabeça da
raqueta do servidor é considerado o início
do serviço.

Mudança de serviço
Sempre que o aluno executa um serviço e faz falta, ou o volante toca em qualquer superfície
dentro dos limites do seu campo.
Erros na área de serviço
Um erro na área de serviço é feito quando um jogador:
 Serve fora da sua vez;

 Serve da área de serviço errada;

 Se posiciona na área de serviço errada, estando preparado para receber o serviço e este
já tenha sido executado.

Singulares
Os jogadores devem servir e receber dentro da área de serviço do lado direito
respetiva, sempre que a pontuação do servidor seja par nesse jogo, ou ainda não tenha
sido marcado nenhum ponto;

Os jogadores devem servir e receber dentro da área de serviço do lado esquerdo


respetiva, sempre que o servidor tenha um número ímpar de pontos nesse jogo;

O volante é batido, alternadamente, pelo servidor e pelo recebedor, até ser cometida
uma “falta”, ou até que o volante deixe de estar em jogo;
Se o recebedor comete uma “falta” ou o volante deixa de estar em jogo, devido a tocar
a superfície do campo dentro da área do recebedor, o servidor marca um ponto. Então,
o servidor volta a servir da sua outra área de serviço;
Se o servidor comete uma “falta” ou o volante deixa de estar em jogo, devido a tocar a
superfície do campo dentro da área do servidor, o recebedor marca um ponto. Então, o
recebedor passa a ser o novo servidor.

Pontuação
Os jogadores deverão jogar à melhor de três jogos, a menos que outra modalidade tenha sido
previamente estabelecida. Um jogo é disputado à melhor de 3 sets de 21 pontos, com pontos
em todas as jogadas. Pontuação continua.
Caso um jogo chegue à pontuação de 20-20, o set será ganho pelo jogador que primeiro
consiga uma vantagem de 2 pontos. Caso um jogo chegue a 29-29, o set será ganho pelo
jogador que ganhar o ponto seguinte. O jogador que ganhar um set começará a servir no set
seguinte.

Mudanças de campo
No fim do primeiro set;
Antes do início do terceiro jogo (se o houver);
No terceiro set, quando um dos lados atingir os 11 pontos.
Duração e interrupções de jogo
O jogo de Badminton não tem duração previamente definida. O jogo deve ser contínuo desde
o primeiro serviço até à sua conclusão. Entre o primeiro e o segundo jogo existe um intervalo
de 1 minuto e 30 segundos. Um intervalo não superior a 5 minutos é permitido entre o
segundo e o terceiro jogo, quando este existir.

Equipa de Arbitragem
O jogo é dirigido por uma equipa de arbitragem, composta por:
O juiz árbitro, responsável pela competição (tem como funções assegurar o
cumprimento das regras do jogo);
O árbitro principal, responsável pelo jogo;
O juiz de serviço, responsável pelas faltas de serviço;
Os juízes de linha verificam e indicam se o volante toca dentro ou fora do campo ou
cai no chão.

Faltas
Uma falta cometida pelo aluno do lado do servidor implica a perda de serviço, mas se for
cometida pelo aluno que recebe implica a marcação de um ponto a favor do lado de quem
serve. Durante o jogo, o aluno não pode tocar a rede ou os seus suportes com a raqueta, com o
corpo ou com o equipamento.
O volante não pode ficar preso na raqueta durante a execução de um batimento, nem pode ser
batido duas vezes seguidas pelo mesmo aluno. No serviço, o volante não pode ser batido, pela
raqueta, acima do nível da cintura do servidor.

Algumas faltas
É falta se:
Um serviço não for correto;
O servidor, na tentativa de servir, falhar o volante;
No serviço, depois de passar por cima da rede, o volante ficar preso na rede ou em
cima dela;
O volante, quando em jogo:
Cair fora das linhas-limite do campo;
Passar através ou sob a rede;
Não conseguir passar sobre a rede para o campo adversário;
Tocar o teto ou as paredes laterais;
Tocar o corpo ou o vestuário de um dos jogadores;
Tocar qualquer objeto ou pessoa fora da área de jogo;
Um jogador, quando o volante está em jogo:
Tocar na rede com a raqueta, o corpo ou o equipamento;
Invadir o campo do adversário com a raqueta ou o corpo (exceto quando o jogador
segue o volante por cima da rede com a raqueta, na sequência de um batimento);
Impedir o adversário de executar um batimento legal;
Bater duas vezes consecutivas no volante.

Volante dentro e volante fora


Todas as linhas que limitam o campo fazem parte integrante do mesmo. Considera-se volante
fora, quando este toca no solo para além das linhas ou, ainda, se tocar no teto. Considera-se
volante dentro, quando este toca nas linhas ou no interior do campo.
Os postes fazem parte integrante do campo e, assim, considera-se volante jogável quando este
bate nos postes acima da rede.

1.2 – HABILIDADES MOTORAS


Pega da Raquete

Tipos de Pega
Pega Direita
Pega Esquerda
Pega Universal
Fundamentos de Execução
Pega de direita – apontar a raqueta de perfil, para frente e para baixo com os dedos a envolver o
cabo da raqueta sobre a diagonal (com polegar em oposição) Esta pega utiliza-se normalmente
nos batimentos do lado direito e nos batimentos à esquerda acima da cabeça em basculação.
Pega de esquerda – Partir da pega da direita, rodar a raqueta ligeiramente para fora sobre o dedo
indicador. A face mais larga do cabo da raqueta deve ficar voltada para cima, em contacto com o
polegar. Esta pega utiliza-se principalmente nos batimentos da esquerda
Pega universal – a mão envolve o cabo da raqueta com o polegar, entre o indicador e os
restantes dedos. Nesta o polegar e o indicador devem formar um “v”, no bordo superior do cabo
da raqueta; a armação da cabeça da raqueta deve estar perpendicular ao solo.
Erros Mais Comuns
 Pegar a raqueta junto à haste ou muito junto à base do cabo;
 Muito dos erros na pega estão relacionados com problemas de deslocamento – pés ao lado um
do outro.
Posição Base

Tipos de Posição Base


Posição básica: é uma posição de espera dinâmica que lhe possibilita entrar em ação em
qualquer parte do campo;
Posição para receção do serviço: segundo o tipo de serviço, curto ou alto, a perna direita apoia-
se sobre a parte anterior do pé, descontraída, pronta para fazer o deslocamento à frente ou à
retaguarda;
Posição defensiva: esta posição verifica-se quando um jogador espera o ataque do adversário.
Fundamentos de Execução
 Procura-se uma posição que permite entrar em ação e executar batimentos precisos.
 Fletir ligeiramente os membros inferiores;
 Colocar os pés à largura dos ombros;
 Avançar o membro inferior correspondente ao lado da mão da raqueta;
 Distribuir o peso do corpo igualmente pelos dois apoios;
 Dirigir o olhar para a frente.
Erros Mais Comuns
 Pés juntos
 Pés ao lado um do outro.
 MI em extensão
 Incorreta colocação dos MS

Deslocamentos
Tipos de Deslocamentos
 À frente (lado direito e lado esquerdo)
 Laterais (lado direito e lado esquerdo)
 À retaguarda
 Passo caçado (nas várias direções e sem cruzar os apoios) – este é o deslocamento mais
equilibrado e rentável
Fundamentos de Execução
 Fletir ligeiramente os membros inferiores;
 Pés afastados, sensivelmente à largura dos ombros, com um apoio mais avançado;
 Tronco ligeiramente inclinado à frente;
 Olhar dirigido para o volante.
Erros Mais Comuns
 Cruzar os apoios
 Levantar os apoios dos solos
 Não adotar a posição básica

Clear

Fundamentos de Execução
 Utilizado na devolução do volante, com trajetórias altas;
 Rodar os ombros e os membros inferiores;
 Fletir o membro superior que tem a raquete com a mão ao nível da nuca;
 Bater de modo explosivo, por cima e à frente da cabeça, com extensão final do membro
superior;
 Bloquear o pulso e a rotação do tronco no momento final do batimento;
 Imprimir ao volante uma trajetória alta e longa de modo que caia perto da linha final do
campo adversário.
Erros Mais Comuns
 Não rodar os ombros e os membros inferiores;
 Não executar correta ação do MS
 Não bater por cima e à frente da cabeça
 Não bloquear o movimento no final do batimento
 Não promover uma trajetória alta e em profundidade
Lob

Fundamentos de Execução
 Colocar o pé correspondente ao lado da mão da raquete à frente;
 Bater de modo explosivo, à frente do corpo e abaixo da cintura;
 Fazer um movimento de chicotada ao nível do pulso;
 Imprimir ao volante uma trajetória ascendente, alta e profunda, para que o volante caia perto
da linha de fundo do campo adversário.
Erros Mais Comuns
 Não avançar corretamente o MI
 Não executar corretamente o batimento e o movimento de pulso
 Não promover uma trajetória ascendente, alta e em profundidade

Amorti
Alto Baixo

Fundamentos de Execução
- Colocação debaixo do volante com a raquete - Batimento semelhante ao lob, com a diferença
atrás do plano da cabeça e o antebraço em de que a pancada é muito mais suave, a fim de
flexão (cotovelo para cima); colocar o volante no campo adversário o mais
- Rotação do tronco para o batimento; junto possível da rede;
- Desaceleração do movimento, antes da altura - Extensão do braço batedor no final do
do impacto, terminando o braço batedor em movimento.
extensão;
- O ponto de impacto situa-se um pouco à
frente do corpo do jogador, com uma
inclinação da raquete à frente;
- O batimento deve ser suave e ajustado o mais
possível à altura da rede;
- Bater o volante, imprimindo-lhe uma
trajetória descendente e lenta para que caia
perto da rede do campo adversário.
Erros Mais Comuns
 MS batedor fletido  Não avançar corretamente o MI
 Não armar o MS  Não executar corretamente o batimento e o
 Bater ao lado do corpo movimento de pulso
 Trajetória alta e queda do volante longe da  Trajetória alta e queda do volante longe da
rede rede
 Não executar corretamente a ação do MS e  Não executar corretamente a ação do MS e
batimento batimento
 Não promover a trajetória pretendida  Não promover a trajetória pretendida

Remate (Smash)

Fundamentos de Execução
- Avanço do pé contrário ao do braço batedor;
- Flexão do antebraço e elevação da raquete atrás da cabeça;
- Rotação rápida do tronco;
- Bater em movimento explosivo, no ponto mais alto da trajetória com o braço batedor em
extensão, e realizando uma flexão do pulso no final do movimento;
- Batimento de cima para baixo com a raquete inclinada à frente, por forma a imprimir ao volante
uma trajetória descendente e rápida;
- Dirigir o batimento para um espaço desprotegido.
Erros Mais Comuns
 Não fletir o antebraço e elevar a raquete atrás da cabeça.
 Não fazer a flexão do pulso no momento do batimento.

Serviço

Tipos de Serviço
Curto Longo
Fundamentos de Execução
 Colocar-se de lado, com o ombro e o pé  Mesmos aspetos contemplados no serviço
contrário à mão da raqueta voltados curto
diagonalmente para o adversário;  Segurar o volante pela cabeça entre o polegar
 Colocar o pé contrário à mão da raqueta à e o indicador, com o membro superior estendido
frente, com o peso do corpo sobre o membro à altura do ombro;
inferior da retaguarda;  Acelerar o movimento de trás para a frente e
 Segurar o volante pela cabeça entre o debaixo para cima, batendo o volante com um
polegar e o indicador, com o membro superior movimento de chicotada;
fletido.  Imprimir ao volante uma trajetória alta e
 Bater o volante com o movimento profunda, de modo que este caia perto da linha
contínuo da raqueta final do campo adversário.
 Bloquear o pulso no final do batimento
 Imprimir ao volante uma trajetória baixa e
tensa de forma a passar junto à rede e a cair
perto desta no campo adversário.
Erros Mais Comuns
 Batimento com a raquete acima da cintura  Batimento com a raquete acima da cintura.
 M. S. em flexão  M. S. em flexão
 Trajetória alta  Paragem do M.S. batedor após o batimento
 Colocação incorreta dos pés  Colocação incorreta dos pés
 Incorreta colocação dos apoios e ombros
 Incorreto batimento
 Trajetória incorreta

Resumidamente, podemos apresentar batimentos acima da cabeça e batimentos abaixo da


linha da cintura. De seguida, faremos uma síntese dos batimentos do Badminton.

Batimentos Técnica Objetivos Táticos Trajetória


Enviar o volante o mais alto
e longe possível, para a
linha de fundo contrária de
forma a fazer cair o volante
Clear verticalmente, dificultando
as possibilidades de ataque a
este batimento e deslocando
o opositor para o fundo do
campo.
Colocar o volante, através
Acima da de um batimento curto,
Cabeça Amorti numa zona imediatamente a
Alto seguir à rede, fora do
alcance do adversário.

Batimento explosivo de
cima para baixo, de modo a
Remate colocar o volante fora do
(Smash) alcance do adversário.

Colocar o volante na zona


de serviço adversário,
Serviço fazendo cair o volante o
Curto mais perto possível da linha
de serviço curto.
Colocar o volante na zona
de serviço adversário,
Serviço fazendo cair o volante
Longo verticalmente, perto da linha
de fundo.

Batimento destinado a
colocar o volante alto e no
fundo do campo.
Abaixo da Lob
Cintura

Enviar o volante que se


encontra aproximadamente
à altura da rede, numa
trajetória tensa e plana,
Drive
ligeiramente descendente
para o fundo do campo
adversário;

Batimento executado
quando o volante está
Amorti
abaixo do nível da rede. O
Baixo
objetivo é devolver o
volante para junto da rede.
Trajetória dos Volantes – Batimentos

Trajetória dos Volantes – Serviços


1.3 FISIOLOGIA DO TREINO E CONDIÇÃO FÍSICA

Aquecimento

Como parte essencial e com uma importância fulcral, o aquecimento tem que ser vigoroso e
contemplar uma mobilização eficaz das principais articulações a serem solicitadas no decurso
da aula, intervindo na prevenção de lesões.
Os exercícios da parte inicial da aula assumem sobretudo um lugar importante para ativar as
estruturas corporais essenciais à modalidade a abordar, assim como, a execução de ações
motoras da técnica mais complexas constituintes da parte fundamental.
Uma das funções desta parte da aula é a de comunicar aos alunos os objetivos e as atividades
a desenvolver no decorrer da aula, não esquecendo de estabelecer ligação com as aulas
anteriores, fazendo os alunos compreenderem a sequência dos conteúdos a abordar.
O aquecimento tem que contemplar uma mobilização geral e específica e ser adaptada aos
conteúdos e exigências dos exercícios realizados durante a aula. Nesta modalidade a
articulação escapulo-umeral é o principal alvo.
A ativação geral deve possuir uma característica lúdica e divertida, de modo a motivar os
alunos para a aula, através de jogos pré-desportivos, percursos e jogos de equipa.

Condição Física

Por condição física entende-se o nível de capacidades motoras que cada aluno possui para a
realização de uma tarefa, num determinado momento. A condição física está diretamente
relacionada com o desenvolvimento das capacidades motoras. Estas dividem-se em
condicionais (relacionadas com os processos de obtenção e transformação de energia, isto é,
os processos metabólicos nos músculos e sistemas orgânicos) e coordenativas (relacionadas,
essencialmente, com os processos de controlo do movimento, dependentes do sistema
nervoso central).
A análise de posições de vários autores remete-nos para a escolha da velocidade, da
resistência e da força – como capacidades condicionais – e a escolha da capacidade de
orientação e reação – como capacidades coordenativas – a desenvolver nesta matéria.
No entanto, em todas as aulas queremos proporcionar aos nossos alunos um trabalho
completo no que concerne à exercitação de todas as capacidades motoras. A seguir
abordaremos um pouco de cada uma dessas capacidades.

 Força

Capacidade motora que permite superar ou contrair as resistências ao movimento, com base
em forças internas (produzidas por contração muscular, ações dos tendões e ligamentos) e
forças externas (gravidade, atrito, oposição).

A prática desportiva evidenciou uma diversidade de tipos de força definidos como: força
máxima, força explosiva e força resistente. No caso do Badminton, a força explosiva é a mais
importante. Este tipo de força é necessária nos membros inferiores para os deslocamentos
rápidos e nos membros superiores para a realização de movimentos e batimentos rápidos e
fortes.

 Resistência

Capacidade motora que permite realizar um esforço relativamente longo, resistindo à fadiga,
com uma rápida recuperação depois dos esforços, evitando a perda de qualidade de execução.
A Resistência pode ser aeróbia (quando há equilíbrio entre o oxigénio que está a ser
necessário para o trabalho muscular, e o que está a ser transportado pela circulação até esse
tecido) ou anaeróbia (devido à grande intensidade de carga, a quantidade de oxigénio capaz
de ser utilizado pelo organismo é insuficiente para a combustão oxidativa e o metabolismo
energético processa-se em dívida de oxigénio). No caso do Badminton que se caracteriza por
esforços intermitentes, a resistência anaeróbia láctica acaba por ter um grande peso no
desenrolar do jogo.

 Velocidade

Capacidade motora que permite realizar movimentos (ações motoras) no mínimo tempo
possível. É uma capacidade que, apear de condicionada pela herança genética de cada um,
pode ser melhorada se exercitada desde as idades mais baixas. Trata-se de uma capacidade
motora que diminui com a idade. A velocidade pode ser de reação, execução ou
deslocamento. No Badminton, uma maior velocidade de execução dos movimentos é
determinante para realizar os batimentos com uma maior eficácia.

 Flexibilidade

Disponibilidade de uma articulação em ser movimentada ao longo de toda a amplitude natural


do movimento. É utilizada para prevenir lesões face aos movimentos rápidos e bruscos que
esta modalidade impõe. Esta prevenção deve ser efetuada através de um trabalhos de
mobilização articular no início da aula.

 Reação

Capacidade motora que permite reagir o mais rápido e corretamente a um determinado


estímulo, seja ele visual, auditivo ou cinestésico.

 Orientação Espacial

Capacidade de reagir a um estímulo externo em termos de deslocação ou de estabilização da


postura.

 Coordenação Óculo-manual

Visa o aperfeiçoamento da ligação do campo visual à motricidade da mão e dos dedos,


desenvolvendo a habilidade e a precisão de movimentos, tendo em atenção a natureza do
objeto (bolas grandes/pequenas, pesadas/leves), o tipo de trajetória (horizontal, parabólica,
vertical), e a posição do aluno (de pé, deitado, parado e em movimento).

Retorno à Calma

O retorno à calma deve-se verificar após cada treino, cada jogo, seja ele em que contexto que
for. No domínio escolar, esta fase é importante que seja inserida na parte final da aula. Depois
de uma solicitação física intensa na aula, é necessário repor os mecanismos de ação a um
nível equilibrado. Assim, o final da aula deve ser preenchido com exercícios de menor
solicitação física ou mesmo nenhuma. Podem ser propostos exercícios de recuperação ativa,
de relaxação total do corpo ou até uma breve conversa com os alunos acerca das dificuldades
sentidas na aula.
No entanto, é importante não confundir a relaxação do corpo com a diminuição do estado de
motivação. Pelo contrário, incluir numa aula diversos picos de motivação, um destes
particularmente no final, é o ideal.
É importante na Educação Física que os alunos saiam da aula com um nível alto de
motivação, aliciando-os e entusiasmando-os para a aula seguinte.

1.4 CONCEITOS PSICOSSOCIAIS

As características específicas desta modalidade conferem-lhe condições especialmente


favoráveis ao desenvolvimento da autonomia. Ao longo das aulas será valorizada a
capacidade de continuar a realizar, individualmente ou em grupo, as tarefas solicitadas pelo
professor, de forma adequada, mesmo na sua ausência. Esta modalidade implica que os
alunos efetuem diferentes sequências de batimentos, havendo variadíssimos pares a realizar
em simultâneo. Desta forma, não estarão constantemente sobre o olhar atento do professor. É
essencial que demonstrem esta autonomia para que as aulas se possam realizar com sucesso e
eu possa propor exercícios cada vez mais ambiciosos.
Neste sentido a responsabilidade e o respeito deverem estar sempre presentes. Na
continuidade do citado anteriormente, o aluno terá que ser responsável, efetuando as
sequências de batimentos ou outro tipo de exercícios propostos de forma empenhada e séria,
cumprindo as regras estabelecidas, assim como demonstrar respeito pelo material e colaborar
na arrumação e preservação do mesmo.
O empenhamento na realização de tarefas propostas pelo professor e na modalidade em si é
um aspeto essencial, já que apesar de ser uma modalidade lúdica, fruto da manipulação de
materiais que os alunos não tem acesso no dia-a-dia, como a raquete e volante, necessita de
dedicação por parte dos alunos, atenção nas explicações e compromisso na realização das
atividades.
A cooperação deve estar presente em todas as situações da aula, escolhendo sempre as ações
mais favoráveis para o seu melhor aproveitamento e da turma, admitindo assim as indicações
que lhe dirigem e aceitando as opções e possíveis falhas de seus colegas.

MÓDULO II – ANÁLISE DO ENVOLVIMENTO

2.1 RECURSOS ESPACIAIS

Para o ensino da modalidade de Badminton existe o espaço exterior (A1), para os dias em que
está bom tempo e sem vento, e o espaço interior (G1) para os dias em que temos condições
atmosféricas adversas.
2.2 RECURSOS HUMANOS

Na prática desta modalidade, estarão presentes nas aulas 16 alunos (14 rapazes e 2 raparigas),
da turma do 11º BD. Assim como, o professor cooperante Carlos Elavai e os dois estagiários
(António Sousa e Vasco Ensinas) que observarão as aulas, e eu (estagiária Helena Gil) que
lecionarei as aulas a esta turma.
No ginásio encontram-se dois funcionários (D. Emília e Sr. José), responsáveis pelo recinto.

2.3 RECURSOS TEMPORAIS

A unidade didática referente ao ensino da modalidade de Badminton está inserida no conjunto


de matérias a lecionar durante o 3º Período, sendo-lhe destinadas dois blocos de noventa
minutos.

A carga horária semanal é de:

Nº de Horas por Semana Dias da Semana Horário das Aulas


3 horas (2x90’) Terça e Sexta-feira 11:50 às 13:20

2.4 RECURSOS MATERIAIS

BADMINTON
ESTADO DE CONSERVAÇÃO TOTAL
MATERIAL
Novo Bom Razoável Mau
Azuis 10
Coletes 20
Verdes 10
Raquetes 15 10 25
Volantes 15 5 20
Redes de Badminton 2 1 3
MÓDULO III – ANÁLISE DOS ALUNOS

A combinação da análise do envolvimento e dos alunos permite uma perfeita adaptação das
sequências metodológicas aos níveis iniciais manifestados para que seja possível dirigi-los no
sentido de uma evolução coerente e real. Assim, a evolução das propostas deve possuir bases
sólidas para que os alunos assimilem novos conhecimentos, mais complexos e suscetíveis de
serem consolidados, uma vez que se as propostas forem demasiado difíceis os alunos nunca
conseguirão passar para a aprendizagem seguinte.
Considerar este aspeto equivale, por assim dizer, à valorização da
individualidade do sujeito e da sua cognição, das atitudes e valores, ao respeito
pelas diferenças individuais e à procura de um desenvolvimento global e
contínuo. A aplicação destes critérios supõe, pelo menos, uma dupla exigência:
por um lado, a salvaguarda dos interesses dos alunos, por outro, a definição de
pré-requisitos de aprendizagem, isto é, de indicadores dos níveis de
desenvolvimento do aluno. (Pacheco, 2001)
Assim sendo, nenhum tipo de planeamento deverá ser desenvolvido sem que uma avaliação
diagnóstica tenha lugar, bem como, a sua posterior análise. A sua análise deve ser feita tendo
em conta o nível de cada aluno e o nível de cada conteúdo. Importa perceber qual a média da
turma em cada conteúdo, para perceber quais os erros mais comuns e quais as potencialidades
a serem aproveitadas.
Deste modo, na avaliação diagnóstica centramo-nos nas habilidades motoras relativas a esta
modalidade. Desta forma, as ações técnicas e táticas irão ser avaliadas em situação de jogo
1x1. No entanto, existirá uma apreciação global do aluno, tendo em conta que se torna difícil
observar todas as ações técnicas e táticas. Para a avaliação de cada um dos parâmetros foi
utilizada avaliação quantitativa de 1 a 5, à qual corresponde uma avaliação qualitativa.

Cotação Descrição
1 Não realiza
2 Cumpre apenas algumas das componentes críticas
Realiza o movimento apresentando algumas
3
dificuldades
4 Apresenta algumas falhas
5 Realiza com rigor
Justificação da Avaliação Diagnóstica de Badminton

Tendo em conta a avaliação diagnóstico realizada verificamos que a maioria dos


alunos da turma se encontram no nível 3 de execução dos movimentos (entre 2,50 e 3,50), ou
seja, cumprem as competências mínimas na realização do movimento, mas com algumas
dificuldades. Relativamente à média por determinante técnica, podemos verificar existem
duas determinantes técnicas que apresentam média negativa, a posição básica (2,33) e o
serviço curto (2,43). E podemos verificar que em termos de deslocamentos, estes também se
encontram um pouco fracos por parte dos alunos. Em relação aos gestos técnicos próprios da
modalidade, podemos verificar que em média apresentam-se razoáveis, encontrando-se no
nível 3 de habilidade motora. Através desta análise podemos verificar que os alunos que vão
necessitar de mais auxílio nas aulas de Educação Física são a Catarina Serra, o João Abrantes,
o Diogo Paiva, o Francisco Santos, o João Arroz, o José Mota, e o Marco Mourão, pois são os
alunos que se encontram num nível mais frágil. Por outro lado, aquilo em que vamos ter de
insistir mais durante a lecionação das aulas é que os alunos adotem a posição básica ( posição
de espera dinâmica que lhes possibilita entrar em ação em qualquer parte do campo) e sobretudo que
se mexam em campo (que não fiquei a olhar para o volante quando este vai para mais longe). Em
termos de gestos técnicos do Badminton, vamos ter de insistir mais no serviço curto, pois é onde os
alunos parecem apresentar mais dificuldades.
MÓDULO IV – EXTENSÃO E SEQUÊNCIA DOS CONTEÚDOS

A Unidade Didática de Badminton será então formulada tendo em conta a caracterização da


turma, o número de alunos; o número de aulas disponíveis; as características
comportamentais dos alunos, e as competências a desenvolver previstas na planificação anual
do grupo de Educação Física. Contudo, estará sempre sujeita a alterações mediante a própria
evolução dos alunos ou o aparecimento de novas situações que alterem as condições
existentes neste momento.

AD – Avaliação Diagnóstica TI – Transmissão e Iniciação E – Exercitação C - Consolidação


AS – Avaliação Sumativa AA – Auto-Avaliação

MÓDULO V – DEFINIÇÃO DE OBJETIVOS

No sentido de manter a coerência nos objetivos delineados é necessário ter em consideração


quer o programa da disciplina e as competências definidas pela área disciplinar para o ano em
questão, quer o desempenho inicial (avaliação diagnóstica) demonstrado pelos alunos na
primeira aula da unidade.
Estes objetivos sendo por um lado metas a atingir, servem também de referência à ação quer
do professor quer dos alunos no decorrer do processo de ensino e aprendizagem. Os objetivos
a alcançar contemplam sobretudo e de forma mais explícita os tradicionais e específicos
objetivos da Educação Física no âmbito das quatro categorias transdisciplinares do Modelo de
Estrutura de Conhecimentos: Habilidades Motoras, Cultura Desportiva, Fisiologia do Treino,
e Conceitos Psicossociais.

Habilidades motoras
Pega Direita - segurar a raquete pelo cabo, com a palma da mão a encaixar na face
reta mais pequena. O polegar e indicador formam um “V”, abraçando o cabo da
raquete com os dedos. Após segurar a raquete, o polegar situa-se entre o indicador e o
dedo médio.
Pega Esquerda - segurar a raquete pelo cabo e realizando um pequeno ajuste da pega
de direita, onde o polegar assenta na face mais larga.
Deslocamentos - Movimentar – se ao longo do campo de forma rápida, voltando
sempre à posição base
Posição Básica - movimentos para a frente, deslocar-se em passo caçado, se
necessário mais que um passo, terminando sempre com o MI direito à frente; - nos
movimentos para trás, deslocar-se em passo cassado, colocando o pé direito atrás e
depois realizando o avanço deste, juntamente com uma rotação do tronco. O regresso
à posição base é em corrida normal.
Serviço curto - Colocar um dos apoios à frente, com o peso do corpo sobre o apoio de
trás; segurar o volante entre o polegar e o indicador com o M.S. fletido; puxar atrás o
M.S. executor (semi-fletido) de forma a bater no volante à frente e abaixo do nível da
bacia, num movimento contínuo; promover uma trajetória do volante baixa e tensa.
Serviço longo - colocar um dos apoios à frente, com o peso do corpo sobre o apoio de
trás; segurar o volante entre o polegar e o indicador com o M.S. fletido; puxar atrás o
M.S. executor (semi-fletido) de forma a bater no volante à frente e abaixo do nível da
bacia, num movimento contínuo e com uma trajetória alta e em profundidade.
Amorti - contactar o volante com o MS executor acima do nível da cabeça no ponto
mais alto, em que o batimento é feito à frente do corpo com rotação do tronco, sendo a
trajetória baixa e junto a rede, caindo no chão antes da linha de serviço.
Clear - contactar o volante com o MS executor acima do nível da cabeça no ponto
mais alto, em que o batimento é feito à frente do corpo com rotação do tronco e com
trajetória alta e em profundidade.
Lob - avançar um dos M.I; executar o batimento no volante energicamente à frente do
corpo e abaixo do nível da bacia, com flexão do pulso e com uma trajetória tensa.
Encosto - avançar o MI direito (destros) e contactar o volante o mais acima possível,
junto à rede. A pega deve variar consoante a posição do volante em relação ao corpo.
Jogo 1x1 - É capaz de realizar os vários gestos técnicos (clear, lob, amorti, e serviço)
em função da intenção tática:
o Alterna jogo curto com jogo longo (lob, clear), tanto à direita como à
esquerda;
o É capaz de retomar a posição base, ocupando sempre o espaço da forma mais
racional possível;
o Reconhece o posicionamento do adversário e coloca o volante para os espaços
vazios e para as zonas de difícil acesso;
o Alterna o serviço curto com longo, tornando o seu jogo mais imprevisível.
Sequência - O aluno deve realizar com sucesso as sequências pedidas, colocando em
prática os conteúdos aprendidos anteriormente.

Cultura desportiva
O aluno conhece o objetivo do jogo, terreno de jogo, volante dentro e fora, sistema de
pontuação.

O aluno conhece e aplica o vocabulário específico da modalidade presente nas aulas


(ex: lob, amorti, serviço, etc).

Conheça as regras a cumprir na execução do serviço: deve ser cruzado, tem de cair
atrás da linha do serviço, deve ser executado abaixo do nível da anca e os pés não se
devem levantar ou impulsionar como meio de imprimir maior força à pancada;

Saiba que qualquer toque na rede é falta, assim como jogar o volante no campo do
adversário – sem deixar que a trajetória descendente termine;

Saiba que é proibido invadir o campo adversário.

Fisiologia e Condição Física


O aluno desenvolve a resistência mantendo-se em constante movimento durante as
situações de aprendizagem propostas.

O aluno realiza com correção, em exercícios de treino, com volume e intensidade


definidas pela professora, exercícios de força superior, média e inferior.

O aluno desenvolve a coordenação dinâmica geral através das situações de


aprendizagem da modalidade.
O aluno desenvolve a velocidade de execução e de reação através dos exercícios
propostos em cada aula, quer em situações de aprendizagem da modalidade, quer
através do treino de condição física

O aluno desenvolve a capacidade condicional de flexibilidade para realizar as ações


motoras referentes a cada tarefa a uma amplitude adequada.
O aluno pratica as capacidades coordenativas orientação espacial, reação, coordenação
óculo-manual interligando adequadamente as suas ações durante a execução de
exercícios propostos na aula.

Conceitos Psicossociais
O aluno colabora com os colegas de turma com o intuito de atingir os objetivos do
exercício.

O aluno revela respeito pelos colegas de turma, professora e materiais utilizados na


aula.

O aluno executa o que a professora propõe, com ou sem a sua supervisão ativa.

O aluno realiza os exercícios propostos com o máximo empenho e compromisso.

MÓDULO VI – CONFIGURAÇÃO DA AVALIAÇÃO

A avaliação é uma ação contínua, indispensável ao processo de ensino e aprendizagem. É


através dela que se determina o progresso dos alunos para, consequentemente, se
reformularem as estratégias. Assim, em cada modalidade, é essencial o planeamento de três
momentos de avaliação, sendo eles a avaliação diagnóstica, a avaliação formativa e a
avaliação sumativa.

Avaliação Diagnóstica
É o primeiro momento de avaliação. A Professora serve-se dele para averiguar e registar em
que nível de aprendizagem se encontra a turma numa determinada matéria. É a partir desta
avaliação que se faz todo o trabalho de planeamento das aulas. Com base nos seus resultados
podemos ter uma ideia mais lúcida acerca das capacidades da turma, onde podem os alunos
chegar, e das dificuldades mais presentes.

Avaliação Formativa
Este momento de avaliação aparece durante todo o processo. Podemos dizer que se trata de
uma contínua recolha de dados sobre a prestação dos alunos que vai auxiliar na regulação de
todo o planeamento inicial. Esta recolha é que nos vai mostrar claramente o estado de
evolução na aprendizagem dos alunos e indicar a necessidade de modificar, ou não, as
estratégias inicialmente definidas.
Avaliação Sumativa
É o momento mais formal de avaliação realizado no final da unidade temática. Esta avaliação
fornece dados relativos ao nível de aprendizagem e respetiva evolução dos alunos,
demonstrando ainda se foram capazes de alcançar os objetivos propostos.
No que diz respeito à avaliação, na Escola Secundária Frei Heitor Pinto, a área disciplinar de
Educação Física oferece duas opções de avaliação, sendo que deve ser escolhida uma delas no
início do ano letivo com reconhecimento dos Encarregados de Educação, sendo que esta se
mantém inalterável até ao final do ano letivo. A Opção 1 é composta por – Teste escrito
(20%) + Avaliação Prática (60%) + Socio-afetivos (20%), ou a Opção 2 que é composta por –
Avaliação Prática (80%) + Socio-afetivos (20%).

  BADMINTON
Gestos Socio-
  Técnicos Jogo Total afetivos Nota
  70% 30% 100% Nota 0-20 80% Total 20%    
Catarina Serra 36,3 14,0 50,3 10,06 8,05 17 3,40 11,45 11
Eduardo M. 37 17,5 54,5 10,9 8,72 15 3,00 11,72 12
Henrique N. 39 21,5 60,5 12,1 9,68 13 2,60 12,28 12
João Abrantes 38,5 21,5 60 12 9,60 14 2,80 12,40 12
João Simões 47,3 22,0 69,3 13,86 11,09 16 3,20 14,29 14
Tatiana Pires 44,5 23,0 67,5 13,5 10,80 19 3,80 14,60 15
Pedro Amaral 70,7
47,75 23,0 5 14,15 11,32 18 3,60 14,92 15
César Gaiola 72,2
48,25 24,0 5 14,45 11,56 19 3,80 15,36 15
Diogo Paiva 37 21,5 58,5 11,7 9,36 18 3,60 12,96 13
Francisco B. 49 24,0 73 14,6 11,68 16 3,20 14,88 15
Francisco S. 68,7
44,75 24,0 5 13,75 11,00 14 2,80 13,80 14
João Arroz 39,5 20,0 59,5 11,9 9,52 16 3,20 12,72 13
José Mota 42 17,0 59 11,8 9,44 17 3,40 12,84 13
Marco Morão 36,5 19,0 55,5 11,1 8,88 17 3,40 12,28 12
Rafael Lagos 75,6
50,15 25,5 5 15,13 12,10 15 3,00 15,10 15

MÓDULO VII – PROGRESSÕES DE ENSINO

Uma das habilidades pedagógicas essenciais do professor é a capacidade em quebrar o


conteúdo e sequenciá-lo em experiências de aprendizagem apropriadas, estabelecendo
progressões com base nos seus objetivos instrucionais, no seu conhecimento do conteúdo, na
sua capacidade para o analisar e na avaliação das necessidades dos estudantes em relação a
este, levando a que progridam de um nível de performance para outro.
MÓDULO VIII – APLICAÇÃO

Existem várias formas de organizar o conhecimento adquirido e identificado até aqui. Este
último módulo alberga os “veículos” para a aplicação do ensino, materializando na prática
todas as informações que se revestem de grande importância para o processo de ensino –
aprendizagem. Os seguintes documentos complementam a informação acerca da aplicação:
a. Planos de aula;
b. Planos de Unidades Didáticas;
c. Documentos Relativos à Avaliação;
d. Documentos de apoio às aulas;
e. Planeamento Anual de Atividades.

Bibliografia
 Azevedo, A. Batista, P. Rêgo, L. (2004) Em movimento - 3º ciclo do ensino básico –
7º/8º/9º anos. Edições ASA

 Correia, L. (1997) Educação física e desportiva no ensino secundário 10º ano. Porto
Editora

 Hernández, M. (1995). Iniciacion al Badminton. Madrid: Gymnos Editorial

 Mesquita, I. (2000): A Pedagogia do Treino – A formação em jogos desportivos


colectivos. Lisboa. Livros Horizonte.

 Pais, S. Romão, P. (2004) Educação física 7º/8º/9º anos. Porto editora

 Quinaz, L. (1986). Badminton: a criança e o jogo. Rev. Horizonte, III (13): Dossier I -
XII.

 Quinaz, L. (1986). Badminton: o jogo de singulares. Rev. Horizonte, III (15): 103-
105.

 Vickers, J. (1989). Instructional Design for Teaching Physical Activities. Human


Kinetics Books. Champaign, Illinois.

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