Durante as corridas, existem diversos fatores que interferem na

performance; os principais são: velocidade de reação (capacidade de

reagir o mais rápido possível a um estímulo), força e velocidade de sprint
(capacidade de se conseguir a maior aceleração no menor tempo
possível) e resistência de sprint (capacidade de manter a velocidade
máxima o maior tempo possível).

As corridas podem ser classificadas de diversas formas. Entre as

mais utilizadas temos:

• De acordo com a distância do percurso de prova (100 m, 800 m,

10.000 m etc.).

• De acordo com a existência ou não de obstáculos.

• De acordo com o local de sua realização (pista, rua ou campo).

• De acordo com a participação na prova (individual ou coletiva).

• De acordo com o balizamento: corrida raiada – todo o percurso

é na mesma raia (exemplo 100 m), parcialmente raiada - parte do
percurso numa mesma raia (exemplo 800 m) e não raiada – quando a
raia é livre (exemplo 1500 m).

• De acordo com o formato da prova, separadas em quatro principais

grupos: as corridas rasas, as com barreiras, as com obstáculos e as de
revezamento.

Para facilitar o aprendizado, iremos utilizar a divisão de acordo com

o formato de prova.

CORRIDAS RASAS
Figura 2.1 | Corridas rasas

Fonte: <https://www.istockphoto.com/br/foto/atletas-correndo-na-pista-de-esporte-gm129179533-18682431>. Acesso

em: 16 nov. 2017.

48 U2 - Principais Provas do Atletismo

 As corridas rasas são aquelas que não têm nenhum obstáculo e são
divididas de acordo com as distâncias percorridas (os valores à seguir
são baseados na categoria adulto masculino e feminino):

• Corridas rasas de velocidade: provas de 100 m, 200 m e 400 m.

• Corridas rasas de meio-fundo: provas de 800 m e 1.500 m.

• Corridas rasas de fundo: provas de 5.000 m e 10.000 m.

As corridas de velocidade podem ser divididas em três fases:

as saídas (partidas), que se referem ao posicionamento inicial; o
desenvolvimento, que é a etapa do movimento de corrida propriamente
dito; e a chegada, que é o último movimento para ultrapassagem da
linha final.

As saídas são divididas em baixa (usada nas provas de velocidade

(de 100 m a 400 m e auxiliadas pelo bloco de partida), média (utilizada
por corredores intermediários das provas de revezamento ou em
treinamentos para aprimoramento da saída baixa de corredores de
velocidade) e alta (utilizadas nas provas de fundo).

O posicionamento da saída baixa é feito com as mãos no solo

(pouco mais afastadas que os ombros), o polegar e indicador afastados
e paralelos à linha de partida e o peso do corpo distribuído em cinco
apoios (dois pés, duas mãos e um joelho).
Assimile
As saídas baixas também apresentam as seguintes variações:

SAÍDA CURTA (ou GRUPADA): refere-se à pequena distância (algo entre

20 a 24 cm) entre o corpo do corredor e a linha de saída. O corredor fica
praticamente encolhido.

SAÍDA MÉDIA: nesse caso, a distância entre o pé que está à frente e a linha
de saída é de aproximadamente duas vezes o tamanho do pé do atleta;
no entanto, a distância entre o pé que está atrás e a linha de saída é de
aproximadamente três vezes o tamanho do pé do atleta. O pé que está na
frente fica na altura dos gastrocnêmios da perna que está atrás.

SAÍDA LONGA: nessa outra saída baixa, a distância entre o pé que está à

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