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Educação Física
MODALIDADE
Atletismo
Sabias que…
- Os blocos de partida impulsionam as duas pernas, mas é a da frente que ganha maior velocidade;
- Um corredor de 100 m não inspira uma só vez durante toda a corrida. Durante esse tempo, os músculos são alimentados
anaerobiamente.
- Não é o atleta que atinge maior velocidade durante um “sprint” que ganha mas sim aquele que abranda menos;
- O Atletismo é a modalidade que reúne maior número de participantes portugueses nos Jogos Olímpicos.
- Em Portugal, e a 21 de Novembro de 1921 é criada a Federação Portuguesa de Sports Atléticos (FPSA), somente com 6
clubes. A 12 de Março de 1922 organizou o 1º Campeonato de Lisboa de corta-mato e, no mesmo ano, o 1º Campeonato de
Portugal, com atletas de Lisboa e Porto. Mais tarde passou a designar-se Federação Portuguesa de Atletismo (F.P.A.).
2. Ficha de Identificação
O Atletismo é uma modalidade desportiva que compreende corridas planas e de obstáculos, concursos de saltos e lançamentos,
estafetas e provas combinadas e ainda a marcha e o corta-mato.
Estádio de
Atletismo
O calendário oficial é constituído por provas dentro e fora do estádio. O atletismo pode ser dividido em 4 sectores: corridas,
saltos, lançamentos e provas combinadas (heptatlo e decatlo)
Corridas planas: 100 m, 200 m, 400 m, 800 m, 1500 m, 5 000 m, 10 000 m, para ambos os sexos;
Provas realizadas Corridas com obstáculos: Feminino: 100 m barreiras, 400 m barreiras e 3000 obstáculos; Masculino: 110
dentro do estádio m barreiras, 400 m barreiras e 3000 obstáculos;
Corridas de Estafetas: 4 x 100 m e 4 x 400 m para ambos os sexos
Saltos e Lançamentos
Provas realizadas Marcha desportiva:
somente com 20 Km e 50 Km para ambos os sexos
partida e chegada Corrida pedestre:
no estádio Maratona (42, 195 m) para ambos os sexos
3. Regulamentos Específicos
3.1. CORRIDAS
São provas de curta distância, tendo como objetivo percorrer a distância definida no menor tempo possível.
- Do princípio ao fim da corrida, o concorrente tem de correr dentro dos limites do seu corredor, caso contrário é
desclassificado;
Velocidade - Na posição “aos seus lugares”, em cinco apoios, os dedos não podem calcar ou transpor a linha de partida;
- Se um concorrente levantar a mão ou o pé das marcas, depois da voz de “prontos” fará falsa partida;
- Sempre que um concorrente abandone o seu lugar antes de ser dado o sinal de partida (tiro), faz falsa partida;
- O atleta que fizer falsa partida será desclassificado (nem que seja logo na 1ª partida).
São corridas de velocidade, em que cada equipa transporta um testemunho desde o início ao fim da prova.
- O atleta que fizer falsa partida será desclassificado (desclassificação da equipa);
- O testemunho só pode ser passado na zona de transmissão, pois só aqui é que é tomado em consideração;
- Não é permitido atirar o testemunho;
Estafetas
- Sempre que o testemunho cair, o último a transportá-lo é quem deverá apanhar;
- Não é permitido sair da pista sorteada durante todo o percurso. Depois da transmissão do testemunho, o atleta
deve permanecer no seu corredor e só poderá abandoná-lo quando não prejudicar os outros concorrentes;
- Não é permitido a um atleta realizar dois percursos.
São corridas de velocidade, em que os atletas transpõem barreiras afastadas entre si á mesma distância.
- O atleta que fizer falsa partida será desclassificado (nem que seja logo na 1ª partida).
Barreiras - O atleta tem de manter-se no seu corredor, durante todo o percurso;
- Não se pode passar nem a perna nem o pé pelo exterior da barreira;
- Desde que não seja com intenção, o atleta não pode tombar a barreira;
- Não é permitido prejudicar o adversário, especialmente no momento da passagem da barreira.
3.2. SALTOS
Comprimento É um salto horizontal cujo objetivo é atingir a maior distância possível entre a chamada e a queda.
- A prova do salto em comprimento disputa-se na pista de atletismo numa zona específica que compreende um
corredor de balanço, uma tábua de chamada e uma caixa de areia para a queda. O objetivo desta prova é saltar
o mais longe possível;
- Cada atleta tem três tentativas, após as quais, os oito atletas com melhores resultados têm direito a mais três
tentativas;
- A chamada para o salto em comprimento deve ser feita antes da linha de chamada (linha que separa a tábua
de chamada da zona de plasticina ou de areia molhada), que deve estar a um, dois ou três metros da caixa de
areia;
- Para que o salto seja válido, o atleta não pode tocar o terreno para além da tábua de chamada nem, após a
queda, andar na areia na direção da mesma;
- Tanto na corrida como no salto propriamente dito não é permitido utilizar qualquer forma de salto mortal;
- O salto é medido na perpendicular desde a tábua de chamada até à marca mais próxima deixada pelo atleta
na área de queda (feita por qualquer parte do corpo).
É um salto vertical cujo objetivo é atingir a maior altura possível sobre a fasquia sem a derrubar.
- Os saltos são realizados num espaço com uma pista de balanço e uma área de queda;
- O atleta pode decidir a que altura vai iniciar o seu concurso e pode prescindir de saltar determinadas alturas;
- A fasquia sobe, no mínimo, 2 cm entre cada altura e, depois de definido este intervalo, tem de se manter até ao
final da prova;
- Para cada altura, o atleta dispõe de 3 tentativas, sendo excluído do concurso quando falha 3 vezes seguidas a
sua tentativa de salto.
- A chamada tem que ser realizada só com um pé. Na classificação final cada atleta será creditado com o melhor
dos seus saltos. A pista de balanço tem de ter, no mínimo, 15 metros;
Altura - A zona de receção do salto, deve ser um colchão com pelo menos 5 metros de comprimento e 3 de largura ou
profundidade. A medição da altura saltada é realizada medindo-se a distância entre o solo e o bordo superior da
fasquia na sua zona central;
- O salto é considerado nulo quando:
A fasquia cai dos suportes por ação do atleta durante o salto.
O atleta tocar o solo ou a zona de receção (colchão) para além do plano vertical dos postes, antes de
ultrapassar a fasquia.
- A medição da altura é feita desde o nível do chão até à zona superior do centro da fasquia.
- O salto é válido quando o atleta passa a fasquia sem a derrubar, mesmo que lhe toque.
É um salto horizontal cujo objetivo é atingir a maior distância possível entre a chamada e a queda, devendo o
atleta realizar um salto a pé-coxinho (“hop”), uma passada saltada (“step”) e um salto final “jump”).
- Os saltos são realizados num espaço com pista de balanço, zona de chamada e área de queda, aplicando-se
Triplo
as regras gerais do salto em comprimento
- O primeiro salto deve ser efetuado com o pé de chamada, a passada saltada com o outro pé e, por fim, a
receção a dois pés.
4. Fundamentos Técnicos
4.8. Altura
- Para isso, a melhor maneira é tomar balanço sem atingir a velocidade máxima, mas efetuando uma curva no final da corrida, que
te irá ajudar a rodar o corpo sobre a fasquia após a chamada, que tem de ser feita com um só pé. Com a rotação que ganhas irás
transpor a fasquia de costas e cair, também de costas, sobre um colchão. Este estilo de salto chama-se: Fosbury Flop (porque o
primeiro campeão a utilizá-lo foi o americano Dick Fosbury, em 1964);
- O objetivo deste salto é transformar a velocidade adquirida na corrida na maior distância vertical que for possível;
As Técnicas: Rolamento Ventral, Tesoura e Fosbury Flop
Rolamento Ventral:
- Técnica utilizada nos anos 40, 50 e 60 do séc. xx;
- Consistia basicamente em transpor a fasquia rolando ventralmente sobre ela;
- Esta técnica caiu em desuso a partir dos finais da década de 60 com o surgimento do flop.
Tesoura:
- Esta técnica foi das primeiras a ser utilizada para transpor a fasquia;
- Consiste basicamente num movimento de pernas em que estes passam a fasquia de forma a parecer um movimento de uma
tesoura:
- A nível competitivo caiu completamente em desuso, mas ainda hoje é utilizada nas formas de aprendizagem do salto.
4.9. Peso
Há duas técnicas diferentes para o lançamento do peso, a técnica retilínea e a técnica em rotação, e embora haja muitos pontos
comuns entre essas duas técnicas, elas distinguem-se exatamente pela diferença que existe no percurso de aceleração do
engenho, em linha reta na técnica retilínea e num percurso circular na técnica em rotação.
O peso tem de ser lançado do pescoço apenas com uma mão.
Se observarmos os diferentes percursos dos pés podemos distinguir as duas técnicas.
A Técnica Retilínea começou a realizar-se em 1952, sendo o seu precursor o atleta americano Perry O Brien. ́ Esta técnica deve
ser ensinada na iniciação dos jovens atletas, por ser menos complexa na sua estrutura de movimentos, mais segura e permitir uma
aprendizagem mais fácil por parte dos atletas.
Técnica Retilínea - pode dividir-se em quatro fases:
- O atleta deve segurar o engenho com os três dedos centrais, servindo o polegar e o mindinho apenas
para o equilibrar;
- O peso é colocado junto ao pescoço entre a orelha e o queixo e o atleta deve colocar-se de costas
Preparação para o setor, numa posição relaxada;
- O olhar deve estar dirigido para o local oposto ao sector de queda;
- O lançador inicia de seguida o movimento, inclinando o tronco para a frente (ficando quase na
posição horizontal) e equilibrando-se num só MI (a direita para lançadores destros).
- O lançador flete o MI de apoio e lança a perna livre para trás de forma explosiva, ficando o MI de
apoio em extensão sobre o calcanhar que se mantém em contacto com o solo durante a maior parte do
deslizamento;
Deslizamento - O tronco continua inclinado para a frente com os ombros paralelos à antepara, sempre voltados para
o ponto de partida;
- É fundamental que este deslizamento não se realize de forma brusca ou demasiado rápida. Tem de
haver o cuidado de iniciar o movimento de forma lenta e procurar que o ritmo seja progressivo.
Arremesso - Na primeira parte do arremesso o atleta passa pela posição de força com o peso do corpo sobre o MI
direito (lançadores destros) que deve estar fletido.
- Os ombros mantêm-se paralelos à antepara, mas a linha das ancas já rodou para a esquerda. O olhar
mantém-se num ponto imaginário oposto ao setor de queda;
- A partir desta posição deve haver uma rotação da bacia na direção do lançamento, que termina com o
atleta orientado/virado para o setor de queda, ao mesmo tempo que o lado esquerdo (perna, anca e
braço) resiste, bloqueando o movimento.
- Após a ação dos MI e do tronco o movimento termina com uma extensão agressiva do braço
lançador, mantendo-se os pés em contacto com o solo até o atleta perder o contato com o engenho;
- Através desta sequência de ações dá-se uma transferência da velocidade do lançador para o
engenho.
- Esta é uma fase que surge normalmente quando a velocidade de execução dos atletas é grande e
consiste numa troca rápida dos MI no sentido de estabilizar o atleta e evitar lançamentos nulos;
Recuperação - De salientar que mesmo no alto nível existem atletas que não utilizam esta mesma recuperação.
No seguimento do atrás exposto conclui-se que esta fase não tem relevância na iniciação ao
lançamento do peso.