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DOCUMENTO DE APOIO

Educação Física

MODALIDADE
Basquetebol

Área Disciplinar de Educação Física


Departamento Curricular de Ciências
Experimentais e Educação Física

Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares Área Disciplinar de Educação Física


Direção de Serviços da Região Centro

DOCUMENTO APOIO – BASQUETEBOL

Breve Origem Histórica


O nascimento do Basquetebol, enquanto modalidade, teve lugar em Massachussets (EUA), em 1891. O seu inventor foi James
Naismith que acedeu a um pedido do Departamento de Educação Física do Springfield College, no sentido de inventar um jogo
que ocupasse os alunos durante o Inverno.
Naismith fixou 5 princípios básicos de jogo, que deram origem às 13 regras fundamentais do basquetebol, publicadas em
novembro de 1892: a) A bola só podia ser jogada com as mãos; b) O alvo devia ser horizontal e elevado; c) Era proibido correr
com a bola nas mãos; d) Era proibido o contacto pessoal e e) Os jogadores podiam apoderar-se da bola em qualquer momento.
Sabias que…
- Um aluno, Frank Mahan, propôs a James Naismith o nome de basketball, pelo facto de ser jogado com cestos e bola, obtendo a
sua concordância?
- O primeiro jogo realizou-se em dezembro de 1891, no Springfield College, nos EUA, e foi um êxito, com a particularidade de se
utilizar uma escada sempre que era necessário retirar a bola do cesto, o que interrompia o ritmo do jogo?
- Só mais tarde foi introduzido um cordel que, ao ser puxado, entornava o cesto e deitava a bola para o chão. Porém, o destino
veio retirar o fundo ao cesto. Em 1893 foram introduzidas as primeiras tabelas, feitas já com um arame em substituição dos cestos
de fruta?
- Em Portugal, esta modalidade foi apresentada em Lisboa em 1913, pela mão do Prof. Rodolfo Horney no Ginásio da Associação
Cristã da Mocidade?
Ficha de Identificação
O Basquetebol é um Jogo Desportivo Colectivo praticado por duas equipas, cada uma delas com cinco jogadores de campo mais
sete suplentes no máximo.
Introduzir a bola no cesto da equipa adversária e impedir que a bola entre no nosso cesto, respeitando as
Objectivo do Jogo
regras de jogo.
Terreno de Jogo

O jogo é realizado num campo retangular cuja dimensão é 28m x 15m, limitado por duas linhas laterais e
duas linhas finais.
Outras linhas:
- Área restritiva – é o espaço que fica junto de cada cesto, limitado pela linha final, linha de lance livre e
pelas linhas que unem a linha final às extremidades da linha de lance livre;
- Linha de lance livre – Linha paralela à linha final a uma distância de 5,80m e apresenta um
comprimento de 3,60m. É o local onde são realizados os lançamentos livres;
- Área dos três pontos – é a área do campo, com exceção da área mais próxima do cesto adversário
delimitada por um semicírculo de 6,75m de raio;
- Linha central – linha que separa os dois meios campos.

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- Área de semicírculo de não carga – Um semicírculo com 1,25 m de raio medido do ponto no chão
abaixo do centro exacto do cesto ao bordo interior do semicírculo.
Nº de jogadores Uma equipa é constituída no máximo por 12 jogadores (5 efetivos e 7 suplentes).
40 minutos de tempo útil divididos em quatro períodos de dez minutos.
Entre o primeiro e o segundo período e entre o terceiro e o quarto período há um intervalo de dois
minutos.
Entre o segundo e o terceiro período há um intervalo de quinze minutos.
Duração do Jogo O jogo inicia-se quando a bola é legalmente tocada, na bola ao ar, por um jogador.
Os outros períodos de jogo começam quando a bola é tocada por um jogador após reposição da bola em
jogo no ponto de interseção entre a linha central e a linha lateral, sendo a posse de bola dada
alternadamente às duas equipas em cada período seguinte ou em situações de bola presa.
Ganha o jogo a equipa que no final, tenha obtido o maior número de pontos. Em caso de empate, há que
realizar um ou vários prolongamentos de 5 minutos. Em algumas competições, do desporto escolar e do
Resultado Final
desporto federado, o regulamento permite que o jogo possa terminar empatado em situações
excecionais.
O jogo é dirigido por 1 árbitro principal mais 1 ou 2 árbitros auxiliares, acompanhados por 1 marcador, 1
Arbitragem
marcador auxiliar, 1 comissário, 1 cronometrista e 1 operador de 24 segundos.
A bola pode ser jogada com as mãos, podendo ser passada, lançada e driblada.
Não se pode:
- Correr com a bola nas mãos;
Como jogar a bola
- Dar pontapés na bola;
- Interceptar a bola com qualquer parte da perna (excepto se a tocar acidentalmente);
- Socar a bola com os punhos.
Considera-se cesto sempre que a bola passa dentro do aro da tabela.
Os cestos podem ter vários valores:
Cesto - Um cesto de lance livre – conta 1 ponto;
- Um cesto da área de dois pontos (a menos de 6,75 metros inclusive) – conta 2 pontos;
- Um cesto da área de três pontos (a mais de 6,75 metros) – conta 3 pontos.
A bola deve ser recolocada em jogo por um jogador colocado fora das linhas limite, no local mais próximo
onde o jogo foi interrompido.
Reposição da bola O jogador dispõe de cinco segundos para repor a bola em jogo e os seus adversários têm de se
encontrar a uma distância de mais de um metro, quando a distância exterior à linha final é inferior a 2
metros.
É um período de tempo de um minuto em que o jogo é interrompido por ordem dos responsáveis
técnicos das equipas.
Cada equipa tem direito:
Descontos de Tempo
- Dois descontos de tempo durante a primeira parte do jogo (dois primeiros períodos);
- Três descontos de tempo durante a segunda parte do jogo (terceiro e quarto períodos);
- Um desconto de tempo em cada período suplementar (prolongamento).
As substituições só se podem fazer com a autorização do árbitro.
Quando:
Substituições
- A bola está morta e o cronómetro de jogo parado;
- Na marcação de um cesto.
Violações - Um jogador está fora de campo quando, com qualquer parte do seu corpo, tocar o
solo ou um objecto sobre ou fora das linhas delimitadoras (laterais e finais);
Jogador e bola - A bola é considerada fora quando: a) tocar no solo, num jogador, numa pessoa ou
fora do campo objecto colocado sobre ou fora das linhas delimitadoras (laterais ou finais); b) tocar
nos suportes da tabela ou na sua parte de trás; c) tocar qualquer objecto colocado
sobre o campo de jogo.
Dribles Entende-se por drible o acto de fazer ressaltar a bola no solo. Um drible termina
quando um jogador toca a bola com as duas mãos simultaneamente. Um jogador não
pode efectuar dois dribles consecutivos, ou seja, driblar parar e voltar a driblar.

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Um jogador só pode dar até dois apoios com a bola nas mãos sem driblar, (ex:
Passos
lançamento na passada).
Transição Um jogador com posse de bola na sua zona de ataque, não pode regressar à sua
ataque/defesa zona de defesa nem passá-la a um colega aí colocado.
Um jogador não pode estar mais do que três segundos consecutivos dentro da área
3 segundos restritiva do adversário, enquanto a sua equipa, na zona de ataque, está com a posse
de bola;
Um jogador tem cinco segundos para repor a bola em jogo, assim como, após parar
5 segundos com a bola na mão, tem o mesmo tempo para passá-la, dribla-la, caso ainda não o
tenha feito, ou lançá-la;
Quando um jogador ganha a posse de bola na sua zona de defesa, tem oito
8 segundos
segundos para a fazer passar para a sua zona de ataque;
Quando uma equipa tem a posse de bola dispõe de vinte e quatro segundos para
lançar ao cesto.
Regras de Tempo
- Se a reposição de bola fora de campo tem lugar na zona de defesa, o aparelho de
24 segundos deve ser reposto em vinte e quatro (24) segundos.
- Se a reposição de bola fora de campo tem lugar na zona de ataque, o aparelho de
24 segundos deve ser reposto da seguinte forma:
24 segundos
• Se estão indicados no aparelho de 24 segundos, 14 segundos ou mais, no momento
em que o jogo é parado, o aparelho de 24 segundos não deve ser reposto e deve
continuar com o tempo indicado quando foi parado.
• Se estão indicados no aparelho de 24 segundos, menos de 14 segundos, no
momento em que o jogo é parado, o aparelho de 24 segundos deve ser reposto a 14
segundos.
O que é?
Considera-se falta pessoal quando há um contacto ilegal entre um jogador e um
adversário. Um jogador não pode agarrar, carregar, obstruir, empurrar, impedir a
progressão de um adversário, usando as mãos, ou qualquer outra parte do corpo.
Penalizações:
– Se a falta for cometida sobre um adversário que não está a lançar ao cesto, atribui-
se reposição de bola fora do campo, para a equipa que sofreu a falta (caso o total das
Falta Pessoal faltas da equipa infratora, seja inferior a cinco)
- Se a falta for cometida sobre um adversário que está a lançar ao cesto, concedem-
-se lances livres para a equipa do jogador que sofreu a falta;
- Se o jogador que lança a bola ao cesto sofre falta e o cesto é concretizado, é
considerado válido e esse jogador tem direito a mais um lance livre;
- Se o jogador que lança a bola ao cesto sofre falta e o cesto não é concretizado, são
concedidos dois ou três lances livres, conforme os lançamentos forem efectuados das
áreas dos dois ou três pontos, respectivamente.
Faltas
O que é?
Considera-se falta dupla quando dois jogadores adversários cometem falta, um sobre
Falta dupla
o outro, em simultâneo. Assinala-se falta pessoal a cada um. O jogo recomeça com a
posse de bola para a equipa que a tinha, ou para a equipa que sofreu cesto, ou,
quando nenhuma equipa tinha a posse de bola, recorre-se à posse de bola alternada.
Falta
antidesportiva O que é?
Considera-se falta antidesportiva quando o contacto que um jogador promove, não é
uma tentativa legítima de jogar a bola diretamente dentro do espírito e intenção das
regras (ex: contacto excessivo; provoca o contacto com um adversário por detrás ou
lateralmente na tentativa de impedir um contra-ataque e não há qualquer adversário
entre o jogador atacante e o cesto adversário).

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Penalizações:
- São concedidos dois lances livres ao jogador que sofre a falta, seguido de posse de
bola para a sua equipa;

O que é?
Considera-se falta técnica quando um jogador:
- Não respeitar a advertência dos árbitros;
- Dirigir-se de forma incorrecta aos árbitros, oficiais e adversários;
- Obstruir o adversário, agitando as mãos perto dos seus olhos;
Falta técnica
- Retardar o jogo intencionalmente;
- Simular contacto faltoso.
Penalização:
- São concedidos dois lances livres, seguida de uma reposição de bola, fora do
campo, no prolongamento da linha central, oposta à mesa dos oficiais.
O que é?
Considera-se falta desqualificante quando é uma ação flagrantemente antidesportiva,
cometida por um jogador, um substituto, um jogador excluído, um treinador, um
Falta treinador adjunto ou um acompanhante da equipa.
desqualificante Penalização:
- O infractor terá de abandonar o terreno de jogo.
- Igual à penalização de uma falta antidesportiva seguida de uma reposição de bola
fora de campo no prolongamento da linha central, oposta à mesa dos oficiais.
5 faltas de um Quando um jogador atingir a sua quinta falta pessoal e/ou técnica tem de abandonar
jogador o jogo e ser substituído no período máximo de trinta segundos.
Fundamentos Técnicos
Posição Básica Defensiva Posição Básica Ofensiva
Componentes críticas: Componentes críticas:
- Fletir ligeiramente os Membros Inferiores (MI) com - Flectir ligeiramente os MI com um pé colocado à
um pé colocado à frente do outro e à largura dos frente do outro e à largura dos ombros;
ombros; - Distribuir o peso do corpo pelos 2 apoios;
Posição - Distribuir o peso do corpo pelos 2 apoios; - Fazer a pega da bola com as duas mãos junto ao
Fundamental - Inclinar o tronco ligeiramente para a frente; abdómen;
- Colocar os Membros Superiores (MS) à frente do - Manter a cabeça levantada (observar os colegas e
tronco com um em posição mais elevada; adversários).
- Adoptar uma posição dinâmica com a cabeça
levantada (observar os colegas e adversários).

Objectivo: Amortecer e agarrar a bola com segurança e determinação dando continuidade à ação atacante.

Componentes críticas:
Recepção - Realizada predominantemente com as duas mãos (dedos afastados);
- Atitude dinâmica indo ao encontro da bola através da movimentação de todo o corpo
e extensão dos MS;
- No momento do contacto com a bola, devem-se fletir os MS para promover o seu amortecimento e proteção.
O passe é um meio de transmissão da bola, sendo os mais utilizados: passe de peito, picado (com uma ou duas
mãos) ou por cima da cabeça (com as duas mãos e com uma mão por cima do ombro).

Passe de Peito: Este tipo de passe é normalmente utilizado em distâncias curtas ou médias, quando não existe
um adversário entre o passador e o receptor da bola.
Componentes críticas:

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- Segurar a bola à frente do peito, com os cotovelos junto ao tronco;


- Estender os MS energicamente para a frente rodando os pulsos para fora;
Passe - Dirigir a bola para o peito do colega recetor (trajectória rectilínea);
- Dissociar as mãos na última fase do movimento de envio da bola, imprimindo maior força à bola com a última
mão que tocar nela.

Passe Picado: Passe utilizado para distâncias curtas ou médias principalmente


quando existe um adversário entre o passador e o receptor da bola.
Componentes críticas:
- Enviar energicamente a bola para o solo para uma zona próxima do recetor;
- Cumprir os mesmos aspectos apresentados no passe de peito, excepto no que diz respeito à direcção da bola;

Passe de Ombro: Passe utilizado em grandes distâncias que, na maioria das vezes, é realizado com uma só
mão em situação de contra-ataque.
Componentes críticas:
- Segurar a bola por cima dos ombros com o cotovelo elevado;
Passe - Enviar a bola através da extensão enérgica do MS, que é acompanhada de uma torção do tronco para a frente
(cont.) e trabalho de pulso e dedos no final do movimento;
- Acompanhar o movimento com todo o corpo.
É a acção que permite ao jogador manter a posse de bola através de batimentos sucessivos no solo com uma ou
outra mão. Gesto técnico que nos permite deslocar em qualquer direcção do campo. Antes de executar o drible,
o jogador deverá certificar-se de que não pode lançar e não tem linhas de passe, uma vez que a circulação da
bola faz-se mais rapidamente em passe do que em drible.
Existem 2 tipos de drible: de progressão e de proteção.

Drible de Progressão: utilizado para progredir no terreno.


Componentes críticas:
- Bater a bola à altura da cintura e ligeiramente ao lado;
Drible - Impulsionar a bola para a frente pela flexão e extensão do MS;
- Contactar a bola com os dedos estendidos e afastados e não com a palma da mão;
- Envolver a bola pela flexão e extensão do pulso;
- Libertar o olhar da bola.
Drible de Proteção: utilizado para proteger a bola do adversário.
Componentes críticas:
- Cumprir os aspetos mencionados para o drible de progressão no contacto e impulsão da bola para o solo;
- Bater a bola mais baixa (à altura do joelho);
- Proteger a bola da intervenção do adversário com os MI e MS contrários à mão do batimento;
- Libertar o olhar da bola.
É um elemento técnico-tático de simulação, que visa movimentar o adversário numa determinada direcção para
deixar um espaço livre, podendo ser executada com ou sem bola. Quando é executada pelo jogador portador da
bola que inicia o drible, surge o chamado arranque em drible. Este pode ser directo ou cruzado, dependendo da
oposição do defensor e do pé definido como pé-eixo.
Fintas e
Componentes críticas:
Arranque em
- Simular o movimento para um dos lados;
Drible
- Realizar o primeiro drible ligeiramente para o lado e para a frente, com a mão mais afastada do defensor
(interpor o seu corpo entre a bola e o defensor);
- Avançar em simultâneo o MI e MS do lado do drible (drible directo).
- Avançar em simultâneo o MI contrário à mão que dribla de forma a proteger a bola (drible cruzado).
O Lançamento é a finalidade última de todas as acções individuais e colectivas de uma equipa na posse de bola,
tendo como objectivo a introdução da bola no cesto. Os lançamentos podem ser executados em apoio ou em
salto (suspensão).
Lançamento em Apoio

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Componentes críticas:
- Partir da posição base ofensiva;
- Orientar os apoios para o cesto (enquadramento com o cesto);
- Flectir ligeiramente os MI com o pé do lado da mão que lança
Lançamento ligeiramente avançado;
- Agarrar a bola com as duas mãos, à altura da testa, colocando a mão
lançadora atrás e por baixo da bola e a outra mão na posição lateral;
- Participar com todo o corpo no acto do lançamento, iniciando-se com uma extensão dos MI e terminando com
uma extensão dos MS.
- Fletir o pulso e dedos na fase final do lançamento, ficando com a mão direcionada para a frente e para baixo;
- Executar o movimento de forma contínua.
Lançamento em Salto (suspensão)
Na execução deste lançamento deve-se cumprir os aspectos mencionados para o lançamento em apoio e
executar o movimento do lançamento no momento mais alto do
salto.
Lançamento na Passada
Utilizado em zonas próximas do cesto, após drible ou corte na sua
direção, com recepção da bola durante o deslocamento.
Componentes críticas:
Lançamento - Dirigir o olhar para a tabela;
(cont.) - Fazer o 1º apoio após a paragem do drible ou receção da bola fazendo o 2º apoio e impulsão com o outro pé;
- Elevar o joelho do lado do MS lançador após impulsão;
- Estender o corpo executando o lançamento no ponto mais alto do salto;
- Direcionar a bola para a tabela através da extensão do MS e movimento de flexão do pulso;
- Lançamento do lado direito: apoio do pé direito, seguido do esquerdo, com elevação do joelho direito;
- Lançamento do lado esquerdo: apoio do pé esquerdo, seguido do direito, com elevação do joelho esquerdo;
A mudança de direcção realizada pelo jogador portador da bola tem por objectivo ultrapassar o adversário
directo, criando uma situação de vantagem. As mudanças de direcção podem ser efectuadas pela frente, entre
os MI, por trás das costas e com rotação sobre um apoio (inversão).
Componentes críticas:
- Executar o batimento de mudança de mão mais baixo, na oblíqua e o mais rapidamente possível;
Mudanças de
- Proteger a bola com os MS e MI contrários à mão receptora.
Direcção
Drible de Progressão com mudanças de direcção pela frente
Componentes críticas:
- Realizar um drible cruzado (à frente do corpo), mudando de mão com um batimento de bola mais baixo e tenso;
- Acompanhar o movimento com flexão dos MI e inclinação do corpo no sentido da bola;
- Continuar o drible com a mão receptora, ajustando os apoios no sentido do deslocamento.

Fundamentos Táticos
Ataque
O Ataque é a fase do jogo onde a equipa é detentora da posse de bola. Quando uma equipa recupera a posse da bola deve:
Jogador com bola Jogador sem bola
- Fazer um passe rápido, utilizando a linha de passe mais - Desmarcar-se rapidamente para abrir linhas de passe
ofensiva; ofensivas;
- Efetuar drible de progressão, rápido e pelo corredor central - Desmarcar-se em corte para a bola ou para o cesto;
(de preferência), para se aproximar do cesto e procurar lançar; - Ocupar racionalmente o espaço de jogo, evitando
- Lançar ou driblar até encontrar uma linha de passe que concentrações de jogadores na mesma zona do terreno;
permita aproximar a bola do cesto; - Aclarar em movimento rápido (deslocar-se para outro espaço,
- Explorar situações de superioridade numérica (3x2 ou 2x1), tentando levar consigo um defensor, deixando um espaço livre
em coordenação com os colegas de equipa, para decidir a ação para ser aproveitado pelo jogador com bola ou por outro colega
mais adequada para uma finalização rápida; de equipa;
- Desequilibrar o adversário directo (1x1) e, se não o conseguir, - Procurar finalizar em vantagem numérica ou posicional.

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continuar a driblar ou passar a um colega em posição mais


favorável;
- Passar e cortar para o cesto para abrir nova linha de passe;
- Participar no ressalto ofensivo após o lançamento.
Contra Ataque
O contra-ataque é a primeira ação ofensiva que uma equipa deve desencadear após a recuperação da posse de bola, caracteriza-
se por ser uma rápida transição da zona defensiva para a zona ofensiva e tem como objectivos surpreender o adversário quando
este tem a sua defesa desorganizada e em inferioridade numérica. O contra-ataque é consubstanciado em três momentos ou
fases:
1 – Início – É a fase da abertura, da ocupação de zonas de receção da bola e da realização do primeiro passe. Após o ressalto
defensivo ou qualquer outra forma de recuperação da posse da bola, os jogadores devem posicionar-se de uma forma equilibrada
e racional, abrindo linhas de passe que facilitem um rápido primeiro passe.
2 – Desenvolvimento – É fase do regresso da bola ao corredor central por posse e/ou drible e ocupação dos corredores laterais por
parte dos jogadores sem bola. Após a conquista da bola devem ser garantidas sempre linhas de passe. A bola deve ser conduzida
em drible pelo corredor central, com uma ocupação equilibrada dos corredores laterais pelos jogadores sem bola, de forma a
proporcionar, o maior número de linhas de passe e várias possibilidades de concluir o contra-ataque.
3 – Finalização – É a fase do lançamento. É o consubstanciar do processo, a acção de ataque desenrolou-se rapidamente e o
finalizador vai concluir a jogada numa situação de superioridade numérica (4x3, 3x2, 2x1 ou de preferência 1x0 por ser a mais
simples de concluir).
Ataque Posicional
Sempre que não é possível concretizar o contra-ataque, inicia-se outra fase usualmente designada por ataque propriamente dito,
ataque planeado ou ataque posicional. A equipa deve organizar-se para realizar as ações que lhe permitam finalizar com sucesso:
- Controlando a posse de bola, penetrando no meio campo adversário;
- Organizando os seus esquemas de ataque;
- Ocupando as posições ofensivas definidas (base, extremo, poste);
- Efetuando constantes circulações de bola e dos jogadores;
- Libertando jogadores para lançar ao cesto.

Fundamentos Táticos
Defesa
A defesa é a fase do jogo que se caracteriza quando a equipa não tem a posse de bola e a procura recuperar o mais rapidamente
possível. Quando uma equipa perde a posse da bola deve:
- Assumir, de imediato, uma atitude defensiva;
- Colocar-se entre a linha da bola e o cesto;
- Tentar recuperar a posse de bola;
- Dificultar as acções ofensivas do adversário.
Defesa ao jogador com bola Defesa ao jogador sem bola
- Triplo enquadramento: adversário com a bola, a bola e o cesto; - Tentar intercetar o passe, impedindo a receção;
- Recuperar o triplo enquadramento se for ultrapassado pelo - Colocar-se entre o jogador e a bola, para dificultar a abertura de
adversário; linhas de passe;
- Posição base defensiva a uma distância de 1 braço do - Ajudar um colega que tenha sido ultrapassado pelo adversário
adversário. direto, dificultando a ação ofensiva desse jogador; Aumentar a
pressão sobre o adversário;
- Participar no ressalto defensivo.
Defesa Homem a homem
Sistema defensivo que se caracteriza pela marcação individual, cada defensor é responsável por marcar o seu adversário direto. Quando
o defensor marca o atacante com bola deve colocar-se de forma a cumprir com o triplo enquadramento (adversário, bola, cesto),
procurando contrariar a posição de tripla ameaça do adversário com bola (passe, drible, lançamento). Quando a marcação é feita a um
adversário sem bola, o defensor deve posicionar-se para que o atacante tenha muitas dificuldades em receber a bola, cortando as linhas
de passe.

Defesa à zona
Sistema defensivo que se caracteriza por cada jogador ser responsável por determinada zona, próxima do cesto. A sua movimentação,

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ao contrário da defesa individual, depende primeiramente das deslocações da bola, para de seguida, surgir a preocupação com os
atacantes. Neste sistema os defensores deverão:
- Manter sempre os braços levantados;
- Pressionar o atacante com bola;
- Não abrir espaços no interior da zona;
- Efetuar uma permanente ajuda aos colegas de equipa, avisando-os, inclusive, sobre a movimentação e os cortes adversários;
- Movimentar-se em bloco;
- Nunca deixar de ver a bola;
- Manter-se atentos para a realização do ressalto defensivo.

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