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Universidade Federal de Pelotas

Escola Superior de Educação Física

Grupo de Estudos em Epidemiologia da Atividade Física

7ª Série

Pelotas-RS

2012
Universidade Federal de Pelotas

Escola Superior de Educação Física

Grupo de Estudos em Epidemiologia da Ativ idade Física

Educação Física +
Praticando Saúde na Escola

Coordenação do projeto e revisão final do material didático

Prof. Dr. Airton José Rombaldi (Educação Física/UFPel)

Prof. Dr. Mario Renato de Azevedo Júnior (Educação Física/UFPel)

Profa. Dra. Samanta Winck Madruga (Nutrição/UFPel)

Equipe responsável pela elaboração do material didático

Docentes do Curso de Mestrado em Educação Física/UFPel

Prof. Dr. Alexandre Carriconde Marques

Alunos do Curso de Mestrado em Educação Física/UFPel

Profa. Carla Francieli Spohr

Profa. Carolina Bohns Mattea

Profa. Daiana Lopes da Rosa

Prof. Jorge Otte

Profa. Laura Garcia Jung

Profa. Milena de Oliveira Fortes

Profa. Nicole Gomes Gonzales

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Contextualizando

O quadro atual de saúde pública na população em geral tem


fomentado o debate sobre intervenções que possam vir a mudar o
quadro adverso em relação às elevadas taxas de obesidade,
hipertensão arterial, diabetes, entre outras doenças. No cerne deste
problema, reconhece-se a contribuição dos altos índices de
sedentarismo já observados desde a infância e adolescência. Sendo
assim, surge a escola como possível foco de intervenção que tenha
entre seus objetivos promover a saúde dos alunos e da comunidade
em geral.

A relação da saúde com a disciplina de Educação Física é


histórica. Contudo, tal conteúdo assume diferentes olhares de acordo
com as diferentes concepções pedagógicas e metodológicas. Por
outro lado, percebe-se que nunca antes o debate sobre a temática
saúde no ambiente escolar esteve tão presente. Portanto, ao assumir
a promoção da atividade física e saúde enquanto um conteúdo, a
disciplina de Educação Física também assume a responsabilidade de
viabilizar formas de problematizar tais temáticas no espaço de sua
aula.

Há anos a Educação Física vem sendo debatida e várias são as


críticas quanto aos conteúdos que a disciplina vem trabalhando na
escola. Grande parte dos estudos tem mostrado a supremacia das
modalidades esportivas e, além das experiências corporais, pouco
tem sido mostrado em relação a outros conhecimentos que vão além
das técnicas, táticas e regras dos esportes. Além disso, urge também
a necessidade da disciplina buscar diferentes estratégias
metodológicas para o trato de seus conteúdos, de forma a apresentar
alternativas para além dos tradicionais exercícios técnicos e jogos no
ensino do esporte.

No âmbito desta discussão e acompanhando a tendência de


algumas propostas pedagógicas, conteúdos direcionados às práticas
corporais e sua relação com a saúde, assim como diferentes
estratégias metodológicas, surgem como possibilidades para que o
enfoque da disciplina seja ampliado.

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“Educação Física+ : Praticando Saúde na Escola”

O Grupo de Estudos em Epidemiologia da Atividade Física


(GEEAF), da Escola Superior de Educação Física da Universidade
Federal de Pelotas vem desenvolvendo estudos visando à promoção
da Atividade Física e Saúde para a população em geral. Dentre suas
possibilidades, entende-se o espaço escolar, especialmente a aula de
Educação Física, como oportuno para a difusão do conhecimento
acerca da promoção da saúde.

Neste contexto, o GEEAF apresenta esta proposta de trabalho


para ser pensada junto à disciplina de Educação Física no espaço
escolar. O Projeto “Educação Física + : Praticando Saúde na Escola”
resume-se numa proposta curricular simplificada para a disciplina de
Educação Física, a ser acrescentada e adaptada ao planejamento das
escolas envolvidas, a partir da sistematização de conteúdos
relacionados à prática de atividades físicas e saúde em geral. Além de
sugerir uma distribuição dos conteúdos para cada série, o projeto traz
sugestões práticas de estratégias metodológicas a serem utilizadas
em aula, de forma que os diferentes conteúdos possam ser
abordados sob diversificadas maneiras.

Quanto aos conteúdos, o projeto apresenta uma relação de


temas que foram planejados para cada série, fruto de extensa
pesquisa a partir de propostas concretas para a disseminação de
conhecimentos relacionados à prática de atividade física em geral e
sua relação com a saúde. Além disso, sugestões de professores
ligados ao projeto foram também discutidas e incorporadas.

No mesmo sentido, várias foram as obras que auxiliaram na


concretização desta proposta. Pautado sempre pela idéia de
aproximarmos a teoria da prática, várias são as estratégias sugeridas
para o trato pedagógico dos diferentes conteúdos. Entre estas
referências fundamentais destacamos a Proposta Curricular para a
disciplina de Educação Física dos estados do Rio Grande do Sul
(2009) e de São Paulo (2008), assim como as publicações específicas
para a disciplina de Educação Física dos Parâmetros Curriculares
Nacionais. As obras de Nahas (2006), Darido e Souza Júnior (2007),
Palma e colegas (2010), o artigo de Ribeiro e Florindo (2009) e
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algumas propostas encontradas na Revista Nova Escola também
foram fontes inspiradoras para a construção deste material.

Contudo, cabe destacar que as possibilidades são infinitas e que


acreditamos ser fundamental a adequação a cada realidade. Sendo
assim, descrevemos abaixo diferentes possibilidades de estratégias a
serem utilizadas no sentido de apresentar e problematizar as
diferentes temáticas identificadas na literatura e/ou elaboradas pelo
projeto:

• Aulas práticas
• Aulas expositivas
• Jogos e brincadeiras
• Debates
• Vídeos
• Trabalhos de pesquisa
• Confecção de materiais (cartazes, folders, etc)
• Seminários
• Dramatizações
• Músicas (elaboração de paródias, por exemplo)
• Entrevistas
• Produção textual
• Saídas de campo

Acima de qualquer objetivo, esperamos que este material sirva


como incentivo para a diversificação e qualificação da intervenção da
disciplina de Educação Física na escola. Assim, nosso esforço foi
direcionado em direção a uma perspectiva de problematização das
práticas corporais e sua relação com a saúde no seu aspecto
individual e coletivo, contribuindo para a disseminação destes
conhecimentos entre nossos alunos e comunidade. Mais que isso,
acreditamos que a partir da experiência de cada docente e das
diferentes realidades de nossas escolas, possamos também aprender
e avançar através de novas possibilidades metodológicas para
aproximarem os alunos de conhecimentos tão importantes e
significativos em suas vidas.

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Referências Fundamentais

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação. Parâmetros


curriculares nacionais: ensino médio. Brasília, MEC/SEF, 1998. Disponível
em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/fisica.pdf . Acesso em: 18
ago. 2011.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação. Parâmetros


curriculares nacionais: ensino fundamental. Brasília, MEC/SEMTEC, 2000.
Disponível em: portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/blegais.pdf. Acesso em:
29 abr. 2011.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação. Parâmetros


curriculares nacionais: ensino médio. Brasília, MEC/SEMTEC, 2006.
Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/book_volume_02_internet.pdf
. Acesso em: 04 fev. 2012.

DARIDO, SC; SOUZA JÚNIOR, OM. Para ensinar Educação Física -


Possibilidades de intervenção na escola. 3. ed. Campinas, SP: Papirus
Editora, 2007.

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, Secretaria Estadual de Educação. Lições


do Rio Grande: Linguagens Códigos e suas Tecnologias - Artes e
Educação Física. Volume II. SEE, 2009.

ESTADO DE SÃO PAULO, Secretaria Estadual de Educação do Estado de São


Paulo. Proposta Curricular do Estado de São Paulo: Educação Física
(Ensino Fundamental Ciclo II e Médio). SEE, 2008.

NAHAS, MV. Atividade Física, saúde e qualidade de vida: Conceitos e


sugestões para um estilo de vida ativo. 4 ed. Londrina: Midiograf,
2006.

PALMA, APTV; OLIVEIRA, AAB; PALMA, J AV. Educação Física e a


Organização Curricular. 2ª ed. Londrina: Eduel, 2010.

REVISTA NOVA ESCOLA. Planos de aula. Editora Abril, 2011. Disponível


em: http://revistaescola.abril.com.br/planos-de-aula/. Acesso em 04 fev.
2012.

RIBEIRO, EH; FLORINDO, AA. Efeitos de um programa de intervenção no


nível de atividade física de adolescentes de escolas públicas de uma região
de baixo nível: descrição dos métodos utilizados. Revista Brasileira de
Atividade Física e Saúde, 2010; 15(1): 28-34.

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Praticando Saúde na 7ª série

O presente material é dirigido às atividades da 7ª série,


apresentando conteúdos, sugestões de planos de aula, textos de
apoio ao professor, tarefas e processos de avaliação a serem
desenvolvidos. Cabe salientar que esta proposta não se apresenta
como um “novo” currículo, e sim uma sugestão de conteúdos e
métodos a serem acrescidos ao planejamento de cada professor ou
escola.

A apostila está organizada em capítulos e, em cada um deles,


há um texto de apoio para o professor, sugestão de plano(s) de
aula(s) para o trato de cada temática, bem como sugestões de
atividades complementares ou de avaliação a serem desenvolvidas.

No volume da 7ª série os temas norteadores objetivam


proporcionar aos alunos aprender e refletir sobre:

a) A importância do aquecimento e alongamento nas práticas de


atividades físicas;

b) Conceitos fundamentais relacionados às capacidade físicas e


aptidão física, bem como suas implicações para a saúde e o
desempenho esportivo;

c) A importância da postura correta e da prática regular de


atividades físicas na prevenção de problemas posturais;

d) As recomendações para uma alimentação saudável e sua


relação com a saúde de adolescentes e adultos.

Este projeto, especialmente por seu caráter inovador, encontra-


se em constante avaliação e reestruturação. Toda e qualquer
sugestão ou retorno de parte do professor será sempre bem-vinda.
Contamos com teu apoio!

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Capítulo 1- Alongamento e Aquecimento na Atividade
Física

Texto de Apoio
O alongamento e o aquecimento são muito importantes para a
melhora na qualidade da prática de atividades físicas. Contudo,
diferente do que o senso comum às vezes aponta, alongamento e
aquecimento não são sinônimos.

Antes de começar uma atividade física, seja na prática de


esportes, treinamento ou jogos no período de lazer, o ideal é realizar
um aquecimento, iniciando com exercícios de baixa intensidade,
envolvendo todas as partes do corpo e enfatizando a musculatura que
será envolvida na prática seguinte com maior intensidade. O objetivo
deste momento é preparar o corpo para realização da atividade e
prevenir lesões.

Os objetivos fisiológicos são: aumentar a temperatura corporal


geral e da musculatura, além de preparar o sistema cardiovascular e
pulmonar. Nos dias frios nossos músculos demoram mais tempo para
atingir a temperatura ideal e o aquecimento é fundamental para
prevenir lesões.

O aquecimento pode ser feito de variadas formas, como


brincadeiras, jogos recreativos, caminhadas ou trotes leves,
movimentos amplos envolvendo membros superiores e inferiores. Se
a atividade principal envolver uma musculatura específica, como no
caso da musculação, podem ser realizados exercícios com cargas
leves para cada grupo muscular que será trabalhado.

Já o alongamento é mais útil ao organismo ao final do exercício,


como uma atividade de volta à calma e de relaxamento. O
estiramento muscular (alongamento), quando realizado além do
limite habitual (sem dor), proporciona também ganhos de
flexibilidade. Com esse propósito, ele deve ser realizado como uma
atividade específica e não antes ou depois de outro exercício e o
objetivo é chegar até a maior amplitude possível do movimento. A
flexibilidade promove o aumento da elasticidade da fibra muscular.
Quanto mais alongado o músculo, maior a mobilidade da articulação
e assim maior será a amplitude de movimento.
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A flexibilidade promove o aumento da elasticidade da fibra
muscular. Quanto mais alongado o músculo, maior a mobilidade da
articulação e assim maior será a amplitude de movimento.

Na escola, o ideal é criar uma rotina de aquecimento antes de


iniciar a aula de Educação Física. É importante que o professor
reforce estes conceitos salientando que o aquecimento deve ser
realizado antes de qualquer atividade física e o alongamento pode ser
mais benéfico após o exercício.

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Plano de Aula

Aula 1- A importância do aquecimento e alongamento para a prática


de atividade física e suas diferenças.

Objetivos

Proporcionar aos alunos o conhecimento sobre as diferenças entre


aquecimento e alongamento, e ainda desenvolver a prática de cada
uma delas.

Dinâmica

Primeira Etapa

Esta aula pode ser agregada a qualquer conteúdo previamente


planejado.
Na fase inicial da aula, exponha a importância do aquecimento
antes de realizar qualquer atividade física, especialmente aquelas que
exigirão maior intensidade nos movimentos. Entre seus objetivos,
deve-se enfatizar que o aquecimento é o responsável pelo “aviso” ao
corpo sobre uma atividade física que será executada.
Outra informação importante, diz respeito à necessidade de
fazer o aquecimento com maior cuidado nos dias frios. A explicação é
simples: partindo do repouso, em temperaturas mais baixas, os
músculos demoram um tempo mais longo para atingir a temperatura
ideal para o exercício.

Segunda Etapa

Inicialmente, ainda em repouso, peça para os alunos realizarem


a verificação da freqüência cardíaca. (ver modelo na apostila 5ª
série).
Em seguida, inicie o aquecimento através de atividades
coordenativas envolvendo membros superiores e inferiores. São
exemplos de atividades:

- Corrida em diferentes velocidades;


- Deslocamento em sobrepasso (com ou sem elevação alternada dos
braços);
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- Deslocamento de costas em diferentes velocidades;
- Deslocamento tocando alternadamente os calcanhares;
- Deslocamento com elevação dos joelhos;
- Polichinelo;
- Etc.
Ao término da última atividade, peça para os alunos medirem
novamente a freqüência cardíaca. Além disso, questione aos alunos
sobre a temperatura corporal (quem está aquecido?). A modificação
esperada é a elevação da temperatura corporal e o aumento da
freqüência cardíaca.
Imediatamente, após brevemente discutir os efeitos do
aquecimento, inicie a aula correspondente ao conteúdo que você
planejou.

Terceira Etapa

Finalize a aula com uma grande roda, com a execução de


exercícios variados de alongamento, discutindo o seu propósito
principal de relaxar a musculatura após a atividade física, prevenindo
ou minimizando desconfortos musculares e lesões.

Sugestão de Atividade para Avaliação

a) Esse conteúdo pode ser trabalhado a partir de pesquisa


complementar sobre o alongamento e aquecimento. A partir das
informações apresentadas pelos alunos, organize um breve material e
disponibilize para a turma como fonte de estudos e possível conteúdo
de prova.

Com o seu auxílio, os alunos podem elaborar uma sequência de


exercícios de alongamento para serem aplicados em aula. Além disso,
repasse aos alunos (em grupo), a responsabilidade de propor,
pequenas brincadeiras ou jogos a serem desenvolvidos em aula como
aquecimento.

Informações Complementares

Esse conteúdo pode ser reforçado em todas as aulas práticas a


seguir.

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Nota sobre alunos com deficiência:

- Os alunos com deficiências devem obedecer os mesmos critérios na


execução dos exercícios de aquecimento e alongamento, levando em
consideração o tipo de deficiência de cada indivíduo.

- Um número significativo de alunos com Síndrome de Down possuem


frouxidão ligamentar e hipotonia muscular, apresentando uma maior
amplitude articular. Nesses casos é importante ao alongar, observar
que não haja desconforto ou dor.

- Alunos com Paralisia Cerebral podem apresentar rigidez muscular e


contrações involuntárias na musculatura. Dependendo do tipo de
paralisia apresentada (espástica, atáxica ou atetóide) é necessário
verificar a forma de alongamento adequado (passivo ou ativo). Cuide
especificamente os limites de movimento e, se necessário, ajude na
realização dos exercícios apoiando os membros ou facilitando o
equilíbrio. O ideal é deixar que o aluno tenha cada vez maior
independência e autonomia para realizar as tarefas propostas (PIN,
2006).

Referências

DARIDO, SC; SOUZA JUNIOR, OM. Para ensinar a Educação


Física: Possibilidades de intervenção na escola. Campinas, SP:
Papirus, 2007.

PIN, T; DYKE, P; CHAN, M. The effectiveness of passive


stretching in children with cerebral palsy. Dev Med Child
Neurol.;48(10) :855-62. 2006.

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Capítulo 2 - Capacidades Físicas - Saúde e
Desempenho

Texto de Apoio
Quando estamos realizando uma atividade física colocamos em
prática diferentes capacidades físicas. Atividade física e aptidão física
têm sido associadas ao bem estar, à saúde e a qualidade de vida das
pessoas em todas as faixas etárias.

Capacidades físicas são ações musculares e processos motores


que dizem respeito à formação corporal e a técnica de movimentos,
ou seja, qualidades que fazem parte do nosso corpo, essenciais para
uma vida ativa e saudável (PITANGA, 2010). O bom desempenho
dessas capacidades é avaliado pela aptidão física, a qual está
relacionada à saúde e ao desempenho esportivo.

A aptidão física relacionada à saúde é a capacidade de realizar


atividades do cotidiano com vigor e energia, associada a um baixo
risco de desenvolver doenças crônico-degenerativas. Tais
capacidades são:

- Capacidade aeróbia (ou resistência aeróbia): é a capacidade


dos sistemas respiratório e cardiocirculatório fornecerem oxigênio
para os músculos em exercício. Está associada com a capacidade de
realização de exercícios de média e longa duração.

- Resistência muscular/ (ou resistência de força): é a


capacidade de um grupo muscular realizar repetidas contrações
musculares. Elas podem ser realizadas em esforços estáticos, como
segurar um objeto por um longo período, ou em esforços dinâmicos
como realizar flexões abdominais.

- Flexibilidade: amplitude ou extensão dos movimentos de


diversas partes corporais. Ela depende da elasticidade dos músculos e
tendões e da estrutura das articulações;

- Composição corporal: é um componente da aptidão física


relacionada à saúde que demonstra a quantidade relativa de
músculos, ossos, gordura e outros componentes corporais (NAHAS,
2006).

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Estudos vêm mostrando que baixos níveis de aptidão física
estão associados à uma série de problemas de saúde. Por exemplo,
baixos níveis de flexibilidade representam aumento na chance do
indivíduo ter problemas posturais. Ainda, baixa capacidade aeróbia
está diretamente associada à ocorrência de problemas cardíacos,
assim níveis baixos de resistência muscular tornam os indivíduos
mais propensos a lesões musculares e articulares.

Por outro lado, a aptidão relacionada ao desempenho está


relacionada à melhora na performance esportiva. Para este fim,
como no esporte, por exemplo, devemos considerar os componentes
da aptidão física relacionada à saúde, além de outras variáveis
importantes, tais como:

- Força explosiva: é a capacidade de exercer o máximo de


energia num ato explosivo. A força explosiva é realizada com
movimentos e força e precisam ser feitos com o máximo de
velocidade (MARINS et al., 2003);

- Capacidade anaeróbia: é a capacidade física que permite a um


atleta sustentar, o maior tempo possível, uma atividade física em
condições anaeróbias, ou seja, são solicitadas condições superiores
de oxigênio à sua capacidade de consumo, provocando um acúmulo
de débito de oxigênio (TUBINO, 1984);

- Velocidade: é a capacidade de realizar um movimento no


menor tempo possível (BARBANTI, 1979 apud MARINS; GIANNICHI,
2003);

- Agilidade: é a capacidade que permite mudar a posição do


corpo no menor tempo possível (TUBINO, 1984);

- Equilíbrio: é a capacidade física conseguida por uma


combinação de ações musculares com o propósito de assumir e
sustentar o corpo sobre uma base contra a lei da gravidade (TUBINO,
1984).

Em relação à avaliação da aptidão física, tanto sob a ótica da


saúde como do desempenho, destacamos o trabalho desenvolvido
pelo Projeto Esporte Brasil (PROESP), coordenado pela Escola de
Educação Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
(UFRGS). O PROESP apresenta-se como um observatório permanente
de indicadores de crescimento e desenvolvimento corporal, motor e

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do estado nutricional de crianças e jovens entre 7 e 17 anos. Com o
objetivo de auxiliar os professores de educação física na avaliação
desses indicadores, o PROESP-BR propõe, através de um método, a
realização de programa cujas medidas e testes podem ser realizados
na maioria das escolas brasileiras.

Considerando a importância do tema, poderá o aluno, a partir


do maior conhecimento acerca das capacidades físicas, interpretar e
atuar de forma mais crítica em relação ao conhecimento sobre as
capacidades que envolvem a prática de atividade física, bem como
noções introdutórias sobre os métodos de treinamento e a
importância de níveis adequados de aptidão física para a saúde e
desempenho esportivo.

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Plano de Aula
Aula 1 - Conceitos das capacidades físicas relacionadas à saúde e ao
desempenho.

Objetivo

Discutir conceitos e vivenciar atividades que exemplifiquem as


capacidades físicas relacionadas à saúde.

Recursos Necessários

- Cronômetro
- Colchonetes
- Cadeiras ou banco.

Dinâmica

Primeira Etapa

Em sala de aula ou no espaço destinado às atividades práticas


(quadra, ginásio, campo, sala de ginástica ou dança, etc):

Apresente os conceitos das capacidades físicas relacionadas à saúde e


desempenho, utilizando exemplos práticos de como tais capacidades
são importantes nas atividades diárias ou na prática esportiva.

Exemplos:

a) Capacidade aeróbia – conseguir manter uma corrida ou jogar


por um bom tempo sem cansar, ou ainda;

b) Resistência muscular/força – conseguir realizar esforços com


a suspensão de pesos, sem resultar em lesões (carregar objetos no
trabalho ou em casa, por exemplo);

c) Flexibilidade – conseguir abaixar-se, virar-se ou alcançar


objetos com maior facilidade nas tarefas da casa ou do trabalho, bem
como ter maior amplitude de movimentos para ações no esporte
(exemplo: defesas do goleiro de futsal ou handebol, rebote no
basquete, ataque no voleibol, etc);
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d) Composição corporal – pessoas com menor percentual de
gordura tendem a ter melhor capacidade aeróbia e desempenho
esportivo.

e) Resistência anaeróbia – capacidade de sustentar esforços


intensos por mais tempo. Por exemplo, jogar uma partida de futsal
em nível competitivo; suportar a realização de uma sequência de
cortadas no voleibol ou contra-ataques no handebol.

f) Velocidade – capacidade de realizar os esforços no menor


tempo possível, como nas ações durante a prática de qualquer jogo
ou esporte.

g) Agilidade – capacidade de realizar movimentos que exigem


mudanças de direção, mas sem perder de vista a maior velocidade
possível. Por exemplo, na realização de fintas e dribles no futebol,
saltar e pegar a bola num rebote do basquetebol, etc.

h) Equilíbrio – condição de sustentar uma posição corporal para


o bom desempenho dos movimentos. O equilíbrio é observado em
todos os movimentos que realizamos, desde a prática esportiva,
como nas ações realizadas em casa e no trabalho, como andar de
bicicleta, levantar ou carregar objetos pesados, etc.

Segunda Etapa

Em um espaço adequado, organize um circuito com diferentes


atividades em cada estação. Explique a realização do exercício de
cada estação, enfatizando qual(is) capacidades físicas estarão sendo
trabalhadas nas atividades: (exemplo de circuito)

1- Abdominal (força/resistência muscular)

2- Apoio de frente sobre o solo (joelhos no chão) (força/resistência


muscular)

3- Polichinelo (equilíbrio, resistência aeróbia)

4- Dorsal (força/resistência muscular)

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5- Agachamento sem salto (força/resistência muscular)

6- Flexibilidade de tronco - em pé, com as pernas juntas, estender as


mãos na direção dos pés (flexibilidade)

7- Flexibilidade de tronco – em pé, com pernas afastadas, deslocar


tronco lateralmente (flexibilidade)

8- Extensão de braços (partindo da posição sentado e apoio no


assento da cadeira às costas) (força/resistência muscular)
* Observar se a cadeira e o piso oferecem condições de segurança ao aluno

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* Tempo de 30 segundos por estação (2 séries)

* Intervalo ativo entre as estações com trote ou caminhada rápida de


1 minuto

Terceira Etapa

Para finalizar a aula, discuta com os alunos sobre as


dificuldades na realização de cada exercício e quais capacidades
precisam ser melhoradas. Além disso, reforce a necessidade de cada
indivíduo praticar regularmente atividades físicas para a manutenção
ou melhora de sua capacidade de realizar os movimentos exigidos na
vida diária ou no esporte, bem como ajudar a prevenir uma série de
doenças ou agravos à saúde.

Sugestão de Atividades para Avaliação

1- Estimule os alunos a pesquisarem na internet, revistas ou jornais


por imagens que retratem a realização de atividades físicas na prática
esportiva ou nas atividades de trabalho, de forma a identificarem a
exigência das capacidades físicas.

2- Solicite aos alunos pesquisarem ou elaborarem, com a ajuda de


pais, familiares ou amigos, um circuito com exercícios físicos que
trabalhem determinadas capacidades físicas. Tanto podem ser
apresentados circuitos com atividades diversas ou pode ser definida
uma capacidade física principal a ser explorada.

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Plano de Aula

Aula 2 – As capacidades físicas envolvidas nas diferentes


modalidades esportivas

Objetivos

Identificar, através da prática esportiva, as capacidades físicas


requeridas nas diferentes modalidades.

Recursos utilizados

- Bolas
- Rede
- Bastão
- Apito

Dinâmica

Primeira Etapa

Divida a turma em duas ou três equipes (conforme o número de


alunos). Após a realização de breve aquecimento, os alunos irão
experimentar diferentes modalidades esportivas. Destine o tempo de
até 10 minutos para a prática de cada modalidade (sugere-se até três
modalidades), sendo que na transição entre cada jogo, os alunos
deverão reunir-se e analisar, mediante a lista das capacidades físicas
trabalhadas anteriormente, quais foram exigidas em cada jogo.

Segunda Etapa

Como sugestão, para utilizar o espaço de uma quadra


poliesportiva, use a seguinte sequência: voleibol (com a rede já
preparada), corrida de revezamento e futsal. A opção por estas
modalidades justifica-se pelas marcantes diferenças nas exigências
físicas de cada modalidade.

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Terceira Etapa

Faça uma avaliação final das atividades desenvolvidas e


comentários sobre as respostas dos alunos.
Destaque que a prática esportiva auxilia na melhoria ou
manutenção das capacidades físicas relacionadas à saúde, assim
como aqueles indivíduos que se envolverem em treinamentos
esportivos com vistas à competição poderão realizar treinamentos
específicos para melhorar as capacidades relacionadas ao
desempenho esportivo.

Sugestão de Atividade para Avaliação

Estimule os alunos a pesquisar, individualmente ou em grupo,


sobre modalidades esportivas pouco comuns em nosso cotidiano,
analisando-as quanto às principais capacidades físicas exigidas
durante a prática. Através desta mesma pesquisa explore outros
aspectos como informações sobre regiões onde o esporte é praticado,
histórico da modalidade, atletas de destaque, curiosidades, etc.

Os trabalhos poderão ser apresentados de diferentes formas,


como exposição oral dos alunos, utilização de recortes, fotos e
cartazes e/ou trabalho impresso.

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Plano de Aula

Aula 3 – Aptidão física relacionada à saúde: avaliação

Objetivos

Proporcionar, a partir da avaliação da aptidão física dos alunos,


a consolidação do conhecimento sobre as capacidades físicas
relacionadas à saúde, bem como problematizar a importância da
prática regular de atividades físicas para a saúde em geral.

Recursos Necessários

- Cronômetro
- Colchonete
- Fita métrica
- Cones
- Fichas para anotação.

Dinâmica

Primeira Etapa

Exponha sobre a importância da prática regular de atividades


físicas para a saúde. Uma das formas de avaliar os riscos para
diferentes problemas em saúde é através da avaliação da aptidão
física (capacidade de realizar movimentos). Estas avaliações
envolvem a realização de algumas tarefas, onde algumas capacidades
físicas serão exigidas. Para esta aula (sugestão), realize dois testes
simples que ajudarão cada aluno a ter uma idéia sobre sua condição
física.

Segunda Etapa

Os alunos podem ser divididos em duplas, de forma a facilitar a


realização dos testes. Para que os alunos não fiquem muito tempo
parados, organize uma prática esportiva recreativa ou relacionada ao
conteúdo principal para o período, chamando aos poucos os alunos

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para realizarem a avaliação em local próximo (ao lado da quadra, por
exemplo).

Para atender ao tempo e espaço de uma aula, sugerem-se dois


testes de aptidão das capacidades físicas relacionadas à saúde.

1)Teste de Resistência Muscular

Teste abdominal: A partir da posição de decúbito dorsal, braços


cruzados sobre o tórax, joelhos flexionados a 90 graus, pés apoiados
no solo e fixados pelo avaliador efetuar o maior número de repetições
possíveis em até 1 minuto.

2) Teste de flexibilidade - Sentar e Alcançar

Fixe a fita métrica no chão. Após cortar um pedaço de fita


adesiva de 30cm e colá-la no ponto de 38cm da fita métrica, ficando
15cm da fita para cada lado.

Para realização do teste o aluno deve estar com os pés


descalços. Ele deve sentar-se e posicionar os calcanhares sobre cada
uma das pontas da fita adesiva, com os joelhos estendidos e pernas
unidas. Oriente o aluno para colocar as mãos uma sobre as outras, e
alongue o troco levando os braços para cima e após flexione o tronco
para frente encostando a ponta dos dedos na fita métrica.

Cada aluno fará duas tentativas. Permaneça ao lado do aluno,


mantendo-lhe os joelhos em extensão. O resultado é medido a partir
da posição mais longínqua que o aluno pode alcançar na escala com
as pontas dos dedos. Realiza-se a segunda tentativa após um breve
período de intervalo. Registra-se o melhor dos resultados.
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Terceira Etapa

Após a realização de cada teste, os alunos deverão registrar


seus resultados para, num próximo momento oportuno, observar as
tabelas normativas (Anexo I) e obter a sua avaliação. Mantenha esta
avaliação no âmbito individual e conduza as discussões de forma
genérica. Além disso, comente sobre o teste de caminhada/corrida
que avalia a capacidade aeróbia.

Independente do resultado obtido estimule os alunos a se


envolverem com atividades físicas de forma regular. Em relação aos
testes realizados, reforce a importância de uma boa resistência
muscular abdominal e flexibilidade de tronco para a prevenção de
problemas posturais (coluna), por exemplo.

Além disso, faça-os pensar sobre seus hábitos de lazer para que
busquem uma autocrítica, reconhecendo barreiras para praticar
atividade física e apontando soluções possíveis para uma mudança de
comportamento.

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Plano de Aula

Aula 4 – Aptidão física relacionada ao desempenho: avaliação

Objetivos

Oportunizar, a partir da avaliação da aptidão física dos alunos,


a consolidação do conhecimento sobre as capacidades físicas
relacionadas ao desempenho, assim como problematizar sobre as
exigências físicas da prática esportiva de competição.

Recursos Necessários

- Cronômetro
- Colchonete
- Fita métrica
- Cones
- Fichas para anotação

Dinâmica

Primeira Etapa

Divida os alunos em duplas, de forma a facilitar a realização dos


testes. Para que os alunos não fiquem muito tempo parados, organize
uma prática esportiva recreativa ou relacionada ao conteúdo principal
para o período, chamando aos poucos os alunos para realizarem a
avaliação em local próximo (ao lado da quadra, por exemplo).

Para atender ao tempo e espaço de uma aula, sugerem-se dois


testes de aptidão paras capacidades físicas relacionadas ao
desempenho.

1) Teste de agilidade

Organize um quadrado de 4 metros de lado, com um cone ou


garrafa pet em cada canto do quadrado.

Teste do quadrado ou dos quatro cantos: O estudante parte da


posição de pé, com um pé avançado à frente imediatamente atrás da

25
linha de partida ao lado de um dos cones; Ao sinal do avaliador
deverá deslocar-se até o próximo cone em direção diagonal.

Toca com uma das mãos o cone e corre em direção ao cone à sua
esquerda. Toca novamente o cone com uma das mãos e retorna para
o cone em diagonal (atravessa o quadrado em diagonal). Finalmente
corre em direção ao último cone, que corresponde ao ponto de
partida, tocando-o.

Anote o melhor tempo decorrido para percorrer o percurso


completo em duas oportunidades. Inicie a cronometragem quando o
aluno completar o primeiro passo após a sinalização de partida.
(quando o primeiro pé tocar o solo após a partida).

2) Teste de velocidade

Para realização desta atividade, demarque três linhas paralelas


no chão da seguinte forma. A primeira (linha de partida/referência); a
segunda linha será marcada a 20 metros da primeira linha (linha de
cronometragem) e a terceira linha será marcada a 1 metro da
terceira (linha de chegada).

Teste de Velocidade de deslocamento (corrida de 20 metros): O


estudante parte da posição de pé, com um pé avançado à frente
imediatamente a trás da 1ª linha e será informado que deverá cruzar
a terceira linha o mais rápido possível. Ao sinal do avaliador o aluno
deverá deslocar-se, o mais rápido possível, em direção à linha de
chegada. Quando o aluno cruzar a segunda linha (dos 20 metros)
será interrompido o cronômetro.

26
Marque as linhas inicial e final (1ª e 3ª linha) com cones ou outros
sinalizadores visíveis; O cronometrista situado junto à segunda linha
indicará o tempo do percurso no momento em que o aluno ultrapasse
esta linha; A terceira linha serve apenas como referência de chegada
para o aluno na tentativa de evitar que ele inicie a desaceleração
antes de cruzar a linha de cronometragem nos 20 metros; O tempo
será registrado em segundos e centésimos de segundos.

Terceira Etapa

Após a realização de cada teste, os alunos deverão registrar


seus resultados para, num próximo momento oportuno, observar as
tabelas normativas (Anexo I) e obter a sua avaliação. Mantenha esta
avaliação no âmbito individual e conduza as discussões de forma
genérica. Além disso, comente sobre e demonstre os testes de
impulsão horizontal (salto horizontal) e força explosiva de braços
(lançamento de medicineball), que expressam a potência de
membros superiores e inferiores.

Em relação aos testes realizados, reforce a importância do


treinamento para o melhor desempenho em cada velocidade. Por
exemplo, a velocidade é fundamental em ações de contra-ataque no
futsal, handebol ou basquete, bem como a agilidade é requerida a
todo momento nas defesas do jogador de voleibol.

Informações Complementares

Maiores informações sobre o PROESP podem ser encontradas


no endereço eletrônico: http://www.proesp.ufrgs.br/proesp/

O site do PROESP contém todas as informações necessárias


sobre o projeto, com detalhes sobre a bateria de testes e a forma de

27
utilização da ferramenta de avaliação que o professor pode utilizar a
partir de avaliações sistemáticas dos seus alunos.

Links de vídeos

- Teste de Sentar e Alcançar:

http://www.proesp.ufrgs.br/proesp/index.php?option=com_con
tent&view=article&id=38&Itemid=15

- Teste Abdominal:

http://www.proesp.ufrgs.br/proesp/index.php?option=com_con
tent&view=article&id=39&Itemid=15

- Teste de Agilidade:

http://www.proesp.ufrgs.br/proesp/index.php?option=com_con
tent&view=article&id=43&Itemid=15

- Teste de Velocidade:

http://www.proesp.ufrgs.br/proesp/index.php?option=com_con
tent&view=article&id=44&Itemid=15

Nota sobre alunos com deficiência:

- A bateria de testes do PROESP pode ser realizada por qualquer


pessoa com deficiência. Os exercícios deverão ser realizados até o
limite do aluno, tanto físico como intelectual. O aluno deverá ser
comparado com os seus próprios resultados referentes à pré-teste e
pós-teste, ou seja, ele vai ser comparado com ele mesmo e, dessa
forma, será possível acompanhar seu rendimento e adequar as
atividades nas aulas para que proporcionem evolução nas
capacidades físicas.

- Para as pessoas com Síndrome de Down com idades entre 10 e 20


anos, há o PRODOWN. Este programa sugere tabelas normativas no
que se refere ao desenvolvimento de crianças e jovens brasileiros
com Síndrome de Down (SD), sendo parte do PROESP-BR. As normas
estão disponíveis no site:

http://www.proesp.ufrgs.br/proesp/index.php?option=com_content&
view=category&id=34&Itemid=35
28
Referências:

MARINS, JCB; GIANNICHI, RS. Avaliação e prescrição de


atividade física: guia prático. 3ª Ed, Rio de Janeiro: Shape, 2003.

NAHAS, MV. Atividade Física, saúde e qualidade de vida:


Conceitos e sugestões para um estilo de vida ativo. 4 ed. rev. e
atual., Londrina: Midiograf, 2006.

PITANGA, F. Epidemiologia da atividade física, exercício físico e


saúde. 3ª Ed, São Paulo: Phorte, 2010.

PROJETO ESPORTE BRASIL: manual. Disponível em:


http://www.proesp.ufrgs.br. Acesso em: 28 de julho de 2011.

TUBINO, MJG. Metodologia do treinamento desportivo. 3ª Ed,


São Paulo: Ibrasa, 1984.

29
Anexo I:

Tabelas Normativas (Adaptadas do PROESP)

Teste de Flexibilidade

Avaliação/idade 10 11 12 13 14 15 16
SEXO F M F M F M F M F M F M F M
Muito Fraco 16 15 16 15 14 16 14 13 19 15 20 18 12 20
Fraco 21 20 21 20 21 20 20 18 22 21 23 22 16 21
Razoável 24 24 25 24 24 23 26 23 26 25 29 27 30 27
Bom 29 28 29 28 28 28 28 28 32 30 36 34 33 30
Muito Bom 32 30 32 31 30 30 34 32 36 32 39 36 41 36

Teste de Abdominal

Avaliação/idade 10 11 12 13 14 15 16
SEXO F M F M F M F M F M F M F M
Muito Fraco 18 23 18 24 13 25 16 26 19 27 14 20 16 29
Fraco 23 29 23 29 20 29 20 31 23 31 22 25 21 30
Razoável 26 33 27 34 25 33 26 36 28 35 28 36 23 33
Bom 31 38 31 39 32 38 30 40 31 42 31 44 30 38
Muito Bom 37 40 33 42 36 43 33 44 35 48 35 54 32 40

30
Teste de Agilidade (teste do quadrado)

Avaliação/idade 10 11 12 13 14 15
SEXO F M F M F M F M F M F M
Muito Fraco 8.27 7.79 8.25 7.55 7.79 7.23 7.71 7.11 7.64 6.81 8.58 6.55
Fraco 8.05 7.51 7.79 7.25 7.48 7.00 7.31 6.72 7.33 6.65 7.60 6.40
Razoável 7.43 7.10 7.40 6.92 7.02 6.70 7.07 6.44 6.99 6.32 6.96 6.35
Bom 7.23 6.78 7.05 6.57 6.67 6.34 6.65 6.19 6.76 6.10 6.49 6.00
Muito Bom 6.89 6.42 6.68 6.30 6.24 6.01 6.39 5.94 6.46 5.87 6.22 5.65

Teste de Velocidade (20m)

Avaliação/idade 10 11 12 13 14 15
SEXO F M F M F M F M F M F M
Muito Fraco 4.56 4.24 4.65 4.23 4.60 4.05 4.42 3.96 4.24 3.92 4.76 3.98
Fraco 4.31 4.03 4.36 4.03 4.27 3.94 4.03 3.74 3.93 3.59 4.03 3.46
Razoável 4.11 3.84 4.09 3.78 4.00 3.73 3.75 3.49 3.73 3.34 3.62 3.23
Bom 3.91 3.69 3.87 3.59 3.78 3.55 3.55 3.32 3.53 3.19 3.36 3.07
Muito Bom 3.75 3.47 3.66 3.38 3.55 3.30 3.40 3.17 3.22 3.04 3.13 2.93

31
Capítulo 3 - Problemas Posturais e Atividades Físicas

Texto de Apoio
Sabemos que a coluna vertebral desempenha um papel
importante tanto para a postura estática como para a movimentação
do corpo, em virtude da posição bípede humana. Dentro de suas
múltiplas funções, observa-se que ela apresenta uma estrutura
essencial que permite o bom desempenho do aparelho locomotor.

A coluna vertebral é dividida em quatro regiões (Figura 1):


cervical, torácica, lombar e sacro-coccígea. Existem quatro curvaturas
normais da coluna vertebral: a lordose cervical, a cifose torácica, a
lordose lombar e a cifose coccígea (sacro e cóccix), todas bem
visualizadas quando se observa a coluna lateralmente. O aumento,
agravamento ou a diminuição destas curvaturas podem representar
doenças que precisam ser tratadas, como o caso da hiperlordose,
hipercifose e escoliose (Figura 2).

Figura 1: regiões da coluna vertebral

Fonte: http://flexuspilates.blogspot.com

32
Figura 2: desvios posturais

Fonte: http://www.mundoeducacao.com.br

Muitos casos de dor nas costas podem ser provocados por


tensões nos músculos e ligamentos que sustentam a coluna.
Geralmente, as causas e os agravantes destas situações são, por
exemplo, as condições inadequadas de trabalho, o levantamento e o
carregamento de peso excessivo, a manutenção de posturas
incorretas por muito tempo e a fadiga muscular. Outro fator
desencadeante das doenças da coluna ocorre devido a obesidade, que
sobrecarrega o peso sobre a coluna vertebral.

A boa postura é definitivamente um dos caminhos mais seguros


para a prevenção e o tratamento dos distúrbios do sistema músculo
esquelético. Já a má postura pode causar várias lesões. Muitas
pessoas são acometidas de dores, principalmente nas costas,
percebendo assim, tardiamente, que a postura estava errada. A
educação postural é algo que se deve iniciar na infância, para evitar
problemas na idade adulta. Para se ter uma postura correta é preciso
praticar atividade física regularmente e corrigi-la sempre durante as
atividades na vida diária, no trabalho e nos exercícios físicos, a fim de
manter a coluna ereta o tempo todo.

Os exercícios físicos, sem dúvida, contribuem muito para evitar


lesões e também corrigir problemas já detectados, pois músculos

33
fortes, treinados e com boa flexibilidade protegem a coluna,
diminuindo o risco de lesões.

As crianças e adolescentes estão expostos a situações que


podem provocar desconfortos na coluna. Uma delas diz respeito ao
tempo excessivo sentado à frente da televisão e do computador.
Quanto a esse aspecto, não só pela questão da postura, crianças e
adolescentes devem ser estimulados à aproveitar do seu tempo de
lazer de outras formas, incluindo a prática de atividades físicas.

Outro foco de preocupação quanto aos problemas posturais diz


respeito às mochilas. O excesso de peso nas mochilas é um problema
grave que, além de dores nas costas, pode ter consequências
irreversíveis em longo prazo para crianças, como escoliose idiopática
infantil, que mesmo sendo congênita pode ser agravada por estes
maus hábitos, além de cifose, hiperlordose da coluna lombar, da
artrose precoce e má postura.

Algumas dicas importantes podem ser divididas com os alunos


sobre a utilização correta da mochila escolar:

- A criança não deve carregar na mochila mais do que 10% de seu


peso;
- Nunca carregá-la com apenas uma das tiras passada pelos ombros,
pois isso pode provocar escoliose;

- As tiras devem ser tensionadas para que a mochila fique bem junto
ao corpo, e cinco centímetros acima da linha da cintura.

- O material deve ser bem distribuído dentro da mochila. Os livros e


cadernos mais pesados ficam bem rentes à coluna. Não deixe os
materiais soltos na mochila, isso provoca movimentos de
desequilíbrio e sobrecarga de impacto.

- Uma parte do peso leve carregado na mão também ajuda a aliviar o


peso. A troca de cadernos por fichário, levando apenas folhas novas à
escola é outra dica.

- Uma boa medida são as mochilas de rodinha. A atenção fica para a


altura da alça: a criança tem que ficar com a coluna retinha e não
curvada para alcançá-la.

Baseado nessas informações básicas, além de incentivar a


prática de atividades físicas entre nossos alunos, poderemos através
34
das aulas de Educação Física escolar contribuir para o conhecimento
do aluno medidas individuais simples que podem repercutir
positivamente na prevenção de problemas posturais.

35
Plano de aula

Aula 1 – Informações sobre problemas posturais e a relação com o


uso de mochilas.

Objetivos

Introduzir informações básicas sobre problemas posturais


comuns e a e discutir a relação entre o uso das mochilas e a postura
adequada.

Recursos necessários

- Balança
- Papel Pardo

Dinâmica

Primeira Etapa

Exponha aos alunos sobre a importância da coluna vertebral,


sua constituição, suas curvaturas e os problemas decorrentes de
possíveis alterações.

Questione os alunos sobre hábitos de vida que podem


influenciar positivamente e negativamente na alteração das
curvaturas da coluna vertebral.

- Destaque a importância da atividade física regular, de uma


boa condição em termos de resistência muscular e flexibilidade da
musculatura abdominal e dorsal e dos cuidados que devemos ter com
as mochilas (Figuras 3 e 4).

36
Figura 3: ilustrações de posições diárias corretas

Fonte: http://saude.hagah.com.br

Figura 4: maneiras de carregar a mochila

Fonte: http://www.fisioweb.com.br

Segunda Etapa

Com a utilização de uma balança, pese as mochilas dos alunos


e peça para que eles anotem o peso de suas mochilas. Após a
pesagem, fale que o peso da mochila não pode ultrapassar 10% do
peso corporal. Peça para que os alunos realizem o cálculo. Por
exemplo, um aluno que pesa 60kg não pode carregar em sua mochila
materiais que, somados, pesem 6kg.

37
Terceira Etapa

Reforce a discussão sobre os problemas que podem acarretar


na coluna vertebral devido ao peso dos materiais que são carregados
diariamente nas costas. Apresente as orientações para uma boa
postura apresentados no texto de apoio.

Sugestão de Atividades para Avaliação:

Divida a turma em grupos. Cada grupo ficará responsável por


procurar sobre os temas: Escoliose, Cifose, Lordose, Hipercifose e
Hiperlordose. Cada grupo deverá montar um cartaz que conste:

- Explicação da curvatura;

- Desenhos ilustrativos;

- Atividades físicas que possam ajudar na prevenção ou tratamento


da doença;

Marque um dia para que os alunos apresentem seus trabalhos


para a turma. Peça também que eles demonstrem exercícios e
alongamentos que podem ser benéficos. Fixe os cartazes na escola,
para que os outros níveis de ensino possam compartilhar deste
conhecimento.

Referências

Proteste. Associação Brasileira de Defesa do Consumidor.


Disponível em: http://www.proteste.org.br/. Acessado dia 13 de
julho de 2011.

Moore, MJ; White, GL; White, Gl; Moore, Dl. Association of relative
backpack weight with reported pain, pain sites, medical utilization,
and lost school time in children and adolescents. Journal of School
Health, 2007; 77(5): 232-39.

38
Capítulo 4 - Alimentação Saudável para adolescentes:
Recomendações

Texto de Apoio
Um hábito alimentar saudável é um fator de grande importância
para a prevenção e manutenção da saúde. O hábito alimentar se
refere aos alimentos que o indivíduo consome com certa freqüência,
que realmente faz parte da sua rotina alimentar. Esse se diferencia
do comportamento alimentar, o qual é definido pelo conjunto de
ações em torno da alimentação, que vai desde a seleção, aquisição
até o consumo dos alimentos.

É importante que se trabalhe com as crianças e adolescentes


esses dois aspectos, uma vez que, com a aquisição de um
comportamento alimentar saudável, no sentido da escolha por um
alimento com menos gordura ou, uma fruta em melhor estado de
conservação, as quais são atitudes que valorizam o alimento e o ato
de se alimentar, acarretando assim, um hábito de consumo alimentar
mais saudável.

É de conhecimento público que o comportamento alimentar de


grande parte de crianças e adolescentes precisa ser mudado. Entre as
conseqüências desse quadro se destaca os elevados índices de
sobrepeso e obesidade. Esse excesso de peso pode ser considerado
como a raiz de uma árvore onde os ramos dessa são as doenças
crônicas não-transmissíveis como: diabetes tipo II, hipertensão,
colesterol elevado, etc. Ou seja, o excesso de peso é um dos
principais fatores que desencadeiam várias doenças.

A alimentação saudável e sua importância na prevenção das


diversas doenças pode ser discutida a partir das variadas situações
do dia-a-dia da escola ou da rotina dos alunos. De forma a embasar
tal discussão, podem ser utilizadas as diretrizes do Ministério da
Saúde chamadas de “10 Passos para uma Alimentação Saudável para
Adolescentes”:

1- Para manter, perder ou ganhar peso procure a orientação de


um profissional da saúde;

2- Se alimente 5 ou 6 vezes ao dia. Coma no café da manhã,


almoço, jantar, e faça lanches saudáveis nos intervalos;

39
3- Tente comer menos salgadinho de pacote, refrigerantes,
biscoitos recheados, lanches de fast-food, alimentos de
preparo instantâneo, doces e sorvetes;

4- Escolha frutas, verduras e legumes de sua preferência;

5- Tente comer feijão todos os dias;

6- Procure comer arroz, massas e pães todos os dias;

7- Procure tomar leite e/ou derivados todos os dias;

8- Evite consumo de bebidas alcoólicas;

9- Movimente-se! Não fique horas em frente à TV ou


computador;

10- Escolha alimentos saudáveis nos lanches da escola e nos


momentos de lazer.

Abaixo se encontra uma ilustração de um prato saudável, onde


se recomenda que a metade do prato seja composta por vegetais e a
outra, pelas porções de arroz, feijão e carne.

40
Plano de Aula
Aula 1 - Hábitos alimentares e alimentação saudável.

Objetivos

Incentivar os alunos a refletir e discutir sobre os hábitos


alimentares com seus familiares, além de traçar novas metas para
busca de uma alimentação saudável dentro de casa.

Dinâmica

Primeira Etapa

No momento inicial da aula, questione os alunos sobre “quem”


acredita ter uma alimentação saudável. Após algumas respostas,
apresente os 10 passos para a alimentação saudável proposto pelo
Ministério da Saúde e novamente questione sobre:

- Quem alcança tais recomendações?

- Quais as principais dificuldades para o alcance das


recomendações?

Organize com os alunos a confecção de folders ilustrativos


sobre os 10 passos da alimentação saudável do adolescente. Sugira a
utilização de imagens, recortes, montagens no computador, etc.

Incentive os alunos a aplicarem junto aos seus pais, demais


familiares ou responsáveis (apenas adultos), o questionário para
avaliação do perfil alimentar proposto pelo Ministério da Saúde
(Anexo I).

Segunda Etapa

Numa aula posterior, de posse das respostas de um ou mais


entrevistados, ajude os alunos a operacionalizar a pontuação final e
obter a classificação individual de cada entrevistado quanto à sua
alimentação (Anexos II e III).

41
Terceira Etapa

Para finalizar, os alunos devem entregar um folheto (produzido por


eles mesmos) com os 10 passos para alimentação saudável de
adultos proposto pelo Ministério da Saúde (Anexo IV).

Nota sobre alunos com deficiência:

- No caso de pessoas com deficiência intelectual que não consigam


responder o questionário, o mesmo pode ser preenchido pelos pais.

Referências

CGAN. Coordenação Geral de Alimentação e Nutrição. Dez passos


da Alimentação Saudável para adolescentes. Disponível em:
http://189.28.128.100/nutricao/docs/geral/10passosAdolescentes.pdf

Ministério da Saúde. Política Nacional de Alimentação e Nutrição.


Alimentação Saudável para Todos: Siga os dez passos.
Disponível em http://nutricao.saude.gov.br/
Link: http://189.28.128.100/nutricao/docs/geral/10passosAdultos.pdf

Ministério da Saúde. Política Nacional de Alimentação e Nutrição.


Alimentação Saudável para Adolescentes: Siga os dez passos.
Disponível em http://nutricao.saude.gov.br/
Link:
http://189.28.128.100/nutricao/docs/geral/10passosAdolescentes.pdf

Portal do Ministério da Saúde. Teste de alimentação. Disponível


em: http://nutricao.saude.gov.br/teste_alimentacao.php

42
Anexo I

TESTE DE ALIMENTAÇÃO

Como está sua alimentação?

• Se você achar que mais de uma resposta está certa, escolha a que
você mais costuma fazer quando come.

• Lembre-se: responda o que você realmente come, e não o que


gostaria ou acha que seria melhor.

• Se você tiver alguma dificuldade para responder, peça ajuda a


alguém próximo da família, amigo ou vizinho.

• Escolha só UMA resposta. Vamos começar!

1) Qual é, em média, a quantidade de frutas


(unidade/fatia/pedaço/copo de suco natural) que você come
por dia?

a) Não como frutas, nem tomo suco de frutas natural todos os dias
b) 3 ou mais unidades/fatias/pedaços/copos de suco natural
c) 2 unidades/fatias/pedaços/copos de suco natural
d) 1 unidade/fatia/pedaço/copo de suco natural

2) Qual é, em média, a quantidade legumes e verduras que


você come por dia?

Atenção! Não considere nesse grupo os tubérculos e as raízes


(por exemplo: batata, mandioca, aipim)

a) Não como legumes nem verduras todos os dias


b) 3 ou menos colheres de sopa
c) 4 - 5 colheres de sopa
d) 6 -7 colheres de sopa
e) 8 mais colheres de sopa

43
3) Qual é, em média, a quantidade que você come dos
seguintes alimentos: feijão de qualquer tipo ou cor, lentilha,
ervilha, grão-de-bico, soja, fava, sementes ou castanhas?

a) Não consumo
b) 2 ou mais colheres de sopa por dia
c) Consumo menos de 5 vezes por semana
d) 1 colher de sopa ou menos por dia

4) Qual a quantidade, em média, que você consome por dia


dos alimentos listados abaixo?

a) Arroz, milho e outros cereais (inclusive os matinais); mandioca/


aipim; macarrão e outras massas; batata-inglesa, batata-doce
COLHERES DE SOPA _______
b) Pães
UNIDADES/FATIAS _______
a) Bolos sem cobertura e/ou recheio
FATIAS_________
b) Biscoito ou bolacha sem recheio
UNIDADES_______

5) Qual é, em média, a quantidade de carnes (gado, porco,


aves, peixes e outras) ou ovos que você come por dia?

a) Não consumo nenhum tipo de carne


b) 1 pedaço/fatia/colher de sopa ou 1 ovo
c) 2 pedaços/fatias/colheres de sopa ou 2 ovos
d) Mais de 2 pedaços/fatias/colheres de sopa ou mais de 2 ovos

6) Você costuma tirar a gordura aparente das carnes, a pele


frango ou outro tipo de ave?

a) Sim
b) Não
c) Não como carne vermelha ou frango

7) Você costuma comer peixes com qual frequência?

a) Não consumo
b) Somente algumas vezes no ano
c) 2 ou mais vezes por semana
d) De 1 a 4 vezes por mês
44
8) Qual é, em média, a quantidade de leite e seus derivados
(iogurtes,bebidas lácteas, coalhada, requeijão, queijos e
outros) que você come por dia?

Pense na quantidade usual que você consome: pedaço, fatia ou


porções em colheres de sopa ou copo grande (tamanho do copo de
requeijão) ou xícara grande, quando for o caso.

a) Não consumo leite, nem derivados


b) 3 ou mais copos de leite ou pedaços/fatias/porções
c) 2 copos de leite ou pedaços/fatias/porções
d) 1 ou menos copos de leite ou pedaços/fatias/porções

9) Que tipo de leite e seus derivados você habitualmente


consome?

a) Integral
b) Com baixo teor de gorduras (semi-desnatado, desnatado ou light)

10) Pense nos seguintes alimentos: frituras, salgadinhos fritos


ou em pacotes, carnes salgadas, hambúrgueres, presuntos e
embutidos (salsicha, mortadela, salame, lingüiça e outros).
Você costuma comer qualquer um deles com que freqüência?

a) Raramente ou nunca
b) Todos os dias
c) De 2 a 3 vezes por semana
d) De 4 a 5 vezes por semana
e) Menos que 2 vezes por semana

11) Pense nos seguintes alimentos: doces de qualquer tipo,


bolos recheados com cobertura, e biscoitos doces,
refrigerantes e sucos industrializados. Você costuma comer
qualquer um deles com que freqüência?

a) Raramente ou nunca
b) Menos que 2 vezes por semana
c) De 2 a 3 vezes por semana
d) De 4 a 5 vezes por semana
e) Todos os dias

45
12) Qual tipo de gordura é mais usada na sua casa para
cozinhar os alimentos?

a) Banha animal ou manteiga


b) Óleo vegetal como: soja, girassol, milho, algodão
c) Margarina ou gordura vegetal

13) Você costuma colocar mais sal nos alimentos quando já


servidos em seu prato?

a) Sim
b) Não

14) Pense na sua rotina semanal: quais as refeições você


costuma fazer habitualmente no dia?

- Café da manhã (a) NÃO (b) SIM


- Lanche da manhã (a) NÃO (b) SIM
- Almoço (a) NÃO (b) SIM
- Lanche ou café da tarde (a) NÃO (b) SIM
- Jantar ou café da noite (a) NÃO (b) SIM
- Lanche antes de dormir (a) NÃO (b) SIM

15) Quantos copos de água você bebe por dia? Inclua no seu
cálculo sucos de frutas naturais ou chás (exceto café, chá
preto e chá mate).

a) Menos de 4 copos
b) 8 copos ou mais
c) 4 a 5 copos
d) 6 a 8 copos

16) Você costuma consumir bebidas alcoólicas (uísque,


cachaça, vinho, cerveja, conhaque, etc) com qual freqüência?

a) Diariamente
b) De 1 a 6 vezes na semana
c) Eventualmente ou raramente (menos de 4 vezes ao mês)
d) Não consome

46
17) Você faz atividade física REGULAR, isto é, pelo menos, 30
minutos por dia, todos os dias da semana, durante o seu
tempo livre?

Atenção: Considere aqui as atividades da sua rotina diária como ir a


pé ou de bicicleta para a escola, subir escadas, atividades doméstica

(em casa), atividades de lazer (brincar, jogar) e atividades


praticadas em academias e clubes. Os 30 minutos podem ser
divididos em 3 etapas de 10 minutos.

a) Não
b) Sim
c) 2 a 4 vezes por semana

18) Você costuma ler a informação nutricional que está


presente no rótulo de alimentos industrializados antes de
comprá-los?

a) Nunca
b) Quase nunca
c) Algumas vezes, para alguns produtos
d) Sempre ou quase sempre para todos os produtos

47
Anexo II

48
Anexo III

Tabela de classificação – Teste de alimentação

QUESTÕES Valores das alternativas


1 a) 0 b)3 c) 2 d)1
2 a) 0 b)1 c) 2 d)3 e)4
3 a) 0 b)3 c) 1 d)2
SOMA DAS PORÇÕES PONTUAÇÃO FINAL
0 0
4 <3 1
3-4,4 2
4,5-7,5 3
>7,5 4
5 a) 1 b) 2 c) 3 d)0
6 a) 3 b) 0 c) 2
7 a) 0 b) 1 c) 3 d)2
8 a) 0 b) 3 c) 2 d)1
9 a) 1 b) 3
10 a) 4 b) 0 c) 2 d)1 e)3
11 a) 4 b) 3 c) 2 d)1 e) 0
12 a) 0 b) 3 c) 0
13 a) 0 b) 3
a) 0 b) 1 (PARA CADA REFEIÇÃO)
14 SOMA DAS REFEIÇÕES PONTUAÇÃO
FINAL
<3 0
3-4 2
5-6 3
15 a) 0 b) 3 c) 1 d) 2
16 a) 0 b) 1 c) 2 d) 3
17 a) 0 b) 3 c) 2
18 a) 0 b) 1 c) 2 d) 3

TOTAL:___________

49
Respostas

- Até 28 pontos

Você precisa tornar sua alimentação mais saudável. Dê mais atenção


a alimentação e atividade física. Verifique os 10 passos para uma
alimentação saudável e adote-os no seu dia a dia. Para iniciar,
escolha aquele que lhe pareça mais fácil, interessante ou desafiador e
procure segui-lo todos os dias.

- 29 a 42 pontos

Fique atento a sua alimentação e outros hábitos, como atividade


física e consumo de líquidos. Verifique os 10 passos para uma
alimentação saudável, qual (is) deles não faz parte do seu dia a dia,
adote-os na sua rotina.

- 43 pontos ou mais

Parabéns, você está no caminho certo para um estilo de vida


saudável. Mantenha um dia a dia ativo e mantenha os 10 passos para
uma alimentação saudável. Se identificar algum que não faz parte da
sua rotina, adote-o.

50
Anexo IV

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