Você está na página 1de 15

da junção ureteropélvica e do colo vesical e vasos aberrantes.

Entre as causas
funcionais, têm-se distúrbios neurogênicos (bexiga neurogênica), como na espinha
Hidronefrose bífida, na paraplegia, na esclerose múltipla e na tabe dorsal.

Hidronefrose é a dilatação da pelve e dos cálices provocada por aumento da Há também compressão vascular e distúrbios no fluxo sanguíneo, especialmente
pressão urinária por obstrução mecânica ou funcional no trato urinário; em na medular. Os glomérulos mantêm-se íntegros por mais tempo.
consequência, surge hipotrofia progressiva do parênquima, transformando o rim Essas modificações dependem do tempo de instalação, do grau e local da obstrução
em um órgão cístico. Quando se associa a pielonefrite aguda, com acúmulo de e da existência de infecção associada.
material purulento, fala-se em hidropionefrose. A obstrução ocorre em qualquer  Se a obstrução é parcial, a função renal não se deteriora de imediato, havendo
nível das vias urinárias e pode ser súbita ou lenta, uni ou bilateral, intrínseca ou dilatação progressiva e constante das cavidades pielocaliciais.
extrínseca, parcial ou total.  Se a obstrução instala-se rapidamente, as lesões tubulares logo se estabelecem,
seguindo-se as alterações vasculares e glomerulares, determinando perda mais
precoce da função.
 Se a obstrução é bilateral e súbita, pode acontecer parada imediata da filtração
glomerular, por mecanismos pouco esclarecidos, surgindo insuficiência renal
aguda.

Aspectos morfológicos

Os rins encontram-se aumentados de volume. A alteração mais evidente é a


dilatação da pelve e dos cálices, às vezes pronunciada, com hipotrofia do
parênquima; as papilares tornam-se achatadas. Se existe pielonefrite crônica,
aparecem as cicatrizes características. Ao microscópio, veem-se hipotrofia
tubular, infiltrado inflamatório de mononucleares e fibrose intersticial.

MORFOLOGIA: QUANDO A OBSTRUÇÃO É SÚBITA E COMPLETA A TFG É REDUZIDA. LEVA A


DILATAÇÃO BRANDA DA PELVE E DOS CÁLICES E AS VEZES A ATROFIA DO PARÊNQUIMA .
Etiologia | Patogênese
QUANDO A OBSTRUÇÃO É SUBTOTAL OU INTERMITENTE , FILTRAÇÃO NÃO É SUPRIMIDA, TEM
DILATAÇÃO PROGRESSIVA.
Os obstáculos mecânicos são a causa mais importante de hidronefrose; os mais
O RIM PODE ESTAR LEVEMENTE OU MASSIVAMENTE AUMENTADO . AS CARACTERÍSTICAS
importantes são hiperplasia ou câncer da próstata, tumores da bexiga, câncer do
INICIAIS SÃO DILATAÇÃO SIMPLES DA PELVE E CÁLICES , MAS ADICIONALMENTE , HÁ
colo ou do corpo uterinos quando invade o ureter, cálculos urinários, tumores
INFLAMAÇÃO INTERSTICIAL . N OS CASOS CRÔNICOS TEM ATROFIA TUBULAR CORTICAL E
pélvicos e retroperitoneais e inflamações (prostatites, ureterites, fibrose
FIBROSE INTERSTICIAL DIFUSA EVIDENTE . O ACHATAMENTO PROGRESSIVO DOS ÁPICES DAS
retroperitoneal). Em crianças, as causas principais são anomalias congênitas do
PIRÂMIDES , AS VEZES FICAM CÔNCAVOS. N OS CASOS MUITO AVANÇADOS RIM FICA CÍSTICO ,
trato urinário e do rim, especialmente do ureter (válvulas, estreitamentos,
COM PAREDE FINA , TENDO ATROFIA PARENQUIMAL SURPREENDENTE , OBLITERAÇÃO TOTAL
megaureter), da uretra (válvula da uretra posterior, estenose do meato), obstrução
DAS PIRÂMIDES E REDUÇÃO DO CÓRTEX.
E DILATADOS ESTÃO PRESENTES EM ÂNGULOS RETOS COM A SUPERFÍCIE CORTICAL . AO
Doença renal policística autossômica recessiva MICROSCÓPIO , HÁ DILATAÇÃO CILÍNDRICA OU, MENOS COMUMENTE , SACULAR DE TODOS
OS TUBULOS COLETORES . C ISTOS TEM REVESTIMENTO DE CELULAS CUBOIDES, ORIGEM NOS
Trata-se de doença de herança autossômica recessiva, rara e bilateral, DUCTOS COLETORES . O FIGADO TEM CISTOS ASSOCIADO A FIBROSE PORTAL E PROLIFERAÇÃO
que causa morte em poucas horas por insuficiência renal (forma DOS DUCTOS BILIARES PORTAIS.
perinatal), nas primeiras semanas (forma neonatal) ou, mais raramente,
em meses ou poucos anos de vida (formas infantil e juvenil).

Doença renal policística autossômica dominante


Ambos os rins são volumosos, com forma normal; ao corte, têm aspecto esponjoso
e contêm inúmeros pequenos cistos enfileirados caracteristicamente em sentido
radial na cortical e na medular. Também conhecida como doença policística renal do adulto, é
Como os pacientes apresentam também malformações hepáticas, esta entidade relativamente comum (1 em cada 500 a 1.000 nascidos vivos), familial e
constitui uma coleção heterogênea de condições monogênicas sob a designação transmitida por herança autossômica dominante, com alta penetrância;
de síndrome fibrocística hepatorrenal. pode também associar-se a mutação adquirida. A doença parece resultar
de transtorno na nefrogênese por alterações na proteína policistina, o
que resulta em distúrbios na proliferação e na diferenciação do epitélio
O gene defeituoso responsável pela doença é o PKHD, localizado em 6p21, que tubular, modificações na matriz extracelular e na secreção de fluidos,
codifica a fibrocistina. levando à formação dos cistos.

Os cistos têm parede delgada, são revestidos por células cuboides ou achatadas
e contêm líquido claro. Podem coexistir cistos pancreáticos, hepáticos e As mutações envolvem os genes PKD1, localizado no cromossomo 16p13.3 (85%
pulmonares; no fígado, além de cistos pode associar-se à fibrose hepática dos casos), PKD2, no cromossomo 4q13-23 (10% dos casos) ou PKD3 (poucos
congênita. casos), que codificam as proteínas policistina 1 e 2.

Em crianças que sobrevivem por mais tempo (formas infantil e juvenil), pode haver
Aspectos morfológicos
fibrose hepática congênita, frequentemente com hipertensão portal e
esplenomegalia; nesse caso, o quadro renal tem menor importância.
O aspecto do rim é característico. É sempre aumentado de volume, podendo atingir
1.500 g ou mais. É ocupado por inúmeros cistos, que deformam a superfície externa
• MUTAÇOES NO GENE PKHD1 QUE CODIFICA A PROTEINA FIBROCISTINA
e localizam-se na medular e na cortical; seu tamanho varia de microscópicos até 4
• A GRANDE MAIORIA É HETEROZIGOTO COMPOSTO , OU SEJA, RECEBE UM ALELO
a 5 cm de diâmetro. Os cistos são uni ou multiloculares e contêm líquido (ora
MUTADO DA MAE E OUTRO ALELO MUTADO , DIFERENTE , DO PAI
incolor e límpido, ora azulado, esverdeado, avermelhado ou cor de chocolate) ou
substância gelatinosa, amarelada ou perolácea. Por isso, além de policístico, o rim
MORFOLOGIA: RINS AUMENTADOS COM APARÊNCIA EXTERNA LISA. EM CORTE NUMEROSOS
CISTOS PEQUENOS NO CÓRTEX E MEDULA , APARÊNCIA ESPONJOSA . OS CANAIS ALONGADOS
é também policromático. Muitas vezes, quase não se observa parênquima renal, e Importante é a associação com aneurismas cerebrais (10 a 30% dos casos), cuja ruptura é
o limite corticomedular é apagado. A pelve e os cálices são normais. responsável pelo óbito de 5 a 10% dos pacientes com rim policístico. Em certos casos, a
Os cistos em geral são revestidos por epitélio achatado, às vezes colunar. Os doença associa-se a prolapso da valva mitral, em geral assintomática.
cistos originam-se em qualquer parte do néfron, sobretudo nos túbulos ou no
sistema coletor, mas também no espaço de Bowman. Entre os cistos, são • MUTAÇÕES NO GENE PKD1 OU PKD2, RESPONSÁVEIS PELA SÍNTESE DE POLISTINA
encontradas ilhotas de parênquima renal, em geral comprimidas e isquêmicas (por 1 E 2, A MUTAÇÃO EM PKD1 É OCORRE EM 85% DOS CASOS, SENDO MAIS GRAVE
E LEVANDO A DOENÇA TERMINAL AOS 53 ANOS EM MÉDIA, ENQUANTO MUTAÇÕES
espessamento intimal das arteríolas). O parênquima renal remanescente e o
EM PKD2 LEVAM A ESSA CONDIÇÃO EM MÉDIA AOS 69 ANOS.
acometimento parcial dos néfrons mantêm a função renal por décadas;
manifestação clínica tardia deve-se, portanto, ao lento dano estrutural, agravado • SUA PATOGENIA SE RELACIONA COM O COMPLEXO CILIO-CENTROSSOMO DA
CÉLULA EPITELIAL DO RIM . AS POLICISTINAS ESTÃO PRESENTES NO CÍLIO PRIMÁRIO ,
pelo comprometimento vascular e outras complicações.
O QUAL É UM MECANORRECEPTOR, ESSES CÍLIOS PODEM INDUZIR O FLUXO DE
CÁLCIO , DESSA FORMA , DEFEITOS NESSES GENES RESULTARIAM NUMA
TRANSDUÇÃO DE SINAL ALTERADO E FORMAÇÃO CÍSTICA
• TANTO FATORES AMBIENTAIS QUANTO GENÉTICOS INFLUENCIAM NA GRAVIDADE,
A PROGRESSÃO É ACELERADA EM NEGROS ( RELACIONADO A HERANÇA
FALCIFORME ) E HOMENS NA PRESENÇA DE HAS.

MORFOLOGIA: COM O AUMENTO DOS CISTOS PODEM PASSAR PARA OS CÁLICES E PELVE,
PRODUZINDO EFEITO DE PRESSÃO . OCASIONALMENTE , FORMAÇÕES EPITELIAIS PAPILARES E
PÓLIPOS SE PROJETAM PARA O LÚMEN. AS CAPSULAS DE BOWMAN OCASIONALMENTE
ENVOLVIDAS NA FORMAÇÃO DE CISTOS E OS TUFOS GLOMERULARES PODEM SER VISTOS NO
ESPAÇO CÍSTICO .

A doença policística do adulto é bilateral, permanece assintomática por longo


Pielonefrite xantogranulomatosa
tempo e manifesta-se, em geral, após a quarta década de vida, com hematúria,
proteinúria discreta, poliúria, insuficiência renal progressiva, hipertensão arterial
Trata-se de inflamação pielocaliceal acentuada, com infiltrado
e suas complicações. Com frequência, permite sobrevida longa, até 70 a 80 anos.
inflamatório rico em macrófagos xantomatosos. Quase sempre é
Em cerca de 2% dos casos, leva ao óbito até a segunda década de vida. Algumas
unilateral.
condições alteram ou agravam o curso da doença, sobretudo infecções
(pielonefrites, abscessos), hemorragias espontâneas ou traumáticas e litíase renal.
Os métodos de imagem, especialmente a tomografia computadorizada, são muito
Obstrução do trato urinário e cálculos renais estão frequentemente associados.
eficazes no diagnóstico.
Infecção por Proteus (60% dos casos), Klebsiella, E. coli e Pseudomonas são as mais
frequentes, embora outras bactérias possam estar envolvidas.
Em cerca de um terço dos casos, encontram-se cistos no fígado (fígado policístico),
geralmente assintomáticos, menos frequentes no pâncreas, no baço e nos pulmões.
Aspectos morfológicos • A FUSÃO DOS POLOS SUPERIOR OU INFERIOR DOS RINS PRODUZ UMA ESTRUTURA
EM FORMA DE FERRADURA QUE É CONTINUA ATRAVÉS DA LINHA MÉDIA ANTERIOR
Macroscopicamente, os rins apresentam-se grandes e firmemente aderidos ao AOS GRANDES VASOS . ESTA ANOMALIA ANATÔMICA É COMUM E É ENCONTRADA
tecido adiposo perirrenal. São encontrados espessamento da cápsula, dilatação do EM CERCA DE 1 EM CADA 500 A 1000 NECROPSIAS .
sistema pielocaliceal, deformidades das papilas e, muitas vezes, grandes cálculos
com aspecto em “chifre de veado”. Placas de material amarelado e friável estão
presentes em torno dos cálices. Os aspectos macroscópicos simulam tuberculose Cistos solitários
renal e carcinoma de células renais.
Ao microscópio, identificam-se macrófagos espumosos (xantomizados) contendo Também chamados cistos simples ou urinosos, são muito comuns,
lipídeos neutros e colesterol, linfócitos, plasmócitos, neutrófilos e eventuais especialmente em idosos; quando descobertos, mesmo incidentalmente,
células gigantes. Associam-se áreas de necrose do parênquima, abscessos, entram no diagnóstico diferencial com os tumores renais. Em geral, os
pequenas calcificações e fibrose. A cortical mostra-se reduzida e firme. O cistos são pequenos (1 a 4 cm) e residem quase sempre na cortical. São
conjunto dessas lesões origina nódulos amareloalaranjados confundíveis com constituídos por parede fina, semitransparente, com superfície interna
carcinoma renal. lisa ou finamente trabeculada, revestida por epitélio cuboide ou
achatado ( que pode ser atrófico). Os cistos contêm líquido incolor,
límpido, raramente gelatinoso ou hemorrágico.
Rim em ferradura

Anomalias de posição (ectopias) são as mais comuns. Resultam da falta de


migração (“subida”) do rim desde a pelve até sua posição definitiva e da falta da Os cistos urinosos são assintomáticos e desprovidos de importância prática, exceto
rotação lateromedial que acompanha a ascensão. em casos muito raros em que se infectam ou quando, por seu maior volume,
simulam tumores ou comprimem estruturas hilares, inclusive a artéria renal. Sua
Consequências: patogênese parece relacionada com divertículos tubulares adquiridos, originados
em pontos de enfraquecimento da membrana basal.
(1) o rim se encontra em situação baixa (lombar, ilíaca ou pélvica);
(2) a forma é alterada, pois o órgão se torna reniforme durante a rotação; o rim
ectópico é quase sempre discoide, com pelve e ureter em posição anterior;  MÚLTIPLOS OU ÚNICOS
(3) o ureter é sempre mais curto que o normal, porém retilíneo;  GERALMENTE CORTICAIS , QUE VARIAM AMPLAMENTE EM DIÂMETRO .
(4) a artéria renal origina-se em ponto mais baixo na aorta.  SÃO TRANSLÚCIDOS, REVESTIDOS POR UMA MEMBRANA CINZA, BRILHOSA E LISA,
E PREENCHIDOS COM UM FLUIDO CLARO .
Rins ectópicos podem fundir-se. Mais comumente, a fusão ocorre nos polos
inferiores dos dois rins (90%) (rim em ferradura); trata-se de anomalia
relativamente comum (1:500 a 1.000 necrópsias). A fusão predispõe o rim a várias A PRINCIPAL IMPORTÂNCIA DOS CISTOS ESTÁ NA SUA DIFERENCIAÇÃO A PARTIR DE
afecções. TUMORES RENAIS QUANDO SÃO DESCOBERTOS ACIDENTALMENTE OU POR CAUSA DA
HEMORRAGIA E DA DOR . ESTUDOS RADIOLÓGICOS MOSTRAM QUE
• ANOMALIA CONGÊNITA CONTRARIAMENTE AOS TUMORES RENAIS , OS CISTOS RENAIS TÊM CONTORNOS
LISOS, QUASE SEMPRE AVASCULARES E DÃO MAIS SINAIS FLUIDOS DO QUE SÓLIDOS mesangiólise, depósitos hialinos (proteínas plasmáticas) e ruptura da membrana
NA ULTRASSONOGRAFIA . basal glomerular. Em casos de longa evolução, pode haver esclerose global ou
segmentar do glomérulo, além de áreas de desdobramento da membrana basal
glomerular. Nas arteríolas, nas artérias interlobulares e nas arqueadas, há
espessamento intimal por edema, neoformação colágena e elástica e
proliferação de fibroblastos e células musculares lisas (arteriolosclerose
hiperplásica e hiperplasia da íntima), que formam lamelas concêntricas (em “casca
Nefroesclerose vascular maligna de cebola”), obstruindo a luz vascular. Essa lesão persiste mesmo após o
tratamento com hipotensores. Também frequente é a necrose fibrinoide das
arteríolas aferentes, com deposição de material granular e eosinofílico na parede
Nefroesclerose vascular maligna constitui a base morfológica renal da vascular, às vezes com infiltrado inflamatório e fragmentos de hemácias, como
hipertensão essencial maligna ou a fase acelerada de hipertensão arterial na síndrome hemolítico-urêmica; hipertensão acelerada é uma das causas de
de qualquer etiologia. Hipertensão acelerada pode surgir em indivíduos microangiopatia trombótica.
normotensos mas, mais comumente, em pacientes com hipertensão As lesões vasculares levam a isquemia, com alterações glomerulares, tubulares e
arterial prévia, essencial ou secundária. intersticiais que resultam em hipotrofia do parênquima.
Tais lesões vasculares são vistas também em outros órgãos, sobretudo nas suprarrenais, no
fígado, no pâncreas, nos testículos e no encéfalo.

A hipertensão maligna é uma síndrome definida por:


PATOGENIA: DANO VASCULAR NOS RINS AUMENTA A PERMEABILIDADE AO FIBRINOGÊNIO E
PROTEÍNAS PLASMÁTICAS , A INJURIA ENDOTELIAL , A MORTE FOCAL DE CÉLULAS DA PAREDE
(a) pressão arterial média elevada (> 140 mmHg), com pressão sistólica > 220
VASCULAR E A DEPOSIÇÃO PLAQUETÁRIA LEVA AO APARECIMENTO DE NECROSE FIBRINOIDE ,
mmHg e/ou diastólica > 120 mmHg, que são suficientes para causar dano endotelial
INCHAÇO DA INTIMA E TROMBOSE INTRAVASCULAR . OS FATORES MITOGÊNICOS DAS
agudo;
PLAQUETAS , O PLASMA E OUTRAS CÉLULAS CAUSAM HIPERPLASIA DO MUSCULO LISO DA
(b) retinopatia hipertensiva (hemorragias retinianas, exsudatos e papiledema);
INTIMA, RESULTANDO EM ARTERIOSCLEROSE HIPERPLÁSICA . OS RINS SE TORNAM
(c) encefalopatia hipertensiva;
EVIDENTEMENTE ISQUÊMICOS. O SRAA É ESTIMULADO LEVANDO A VASOCONSTRICÇÃO
(d) em geral, acompanha-se de lesões acentuadas nos órgãos-alvo; nos rins, leva a
INTRARENAL E ISQUEMIA RENAL , RESULTANDO EM MAIS ATIVAÇÃO DO SRAA
insuficiência renal progressiva.
MORFOLOGIA: TAMANHO DO RIM DEPENDE DA DURAÇÃO E DA GRAVIDADE . APRESENTA
PEQUENAS HEMORRAGIAS PETEQUIAIS NA SUPERFICIE CORTICAL , APARENCIA DE “PICADA
Aspectos morfológicos
DE PULGA ”.
HISTOLOGIA : APRESENTA NECROSE FIBRINOIDE , COM MUDANÇA GRANULAR EOSINOFILICA
Nos indivíduos anteriormente normotensos, os rins têm volume normal ou pouco
NA PAREDE DOS VASOS , CORA PARA FIBRINA . PODE SER ACOMPANHADO POR INFILTRADO
aumentado, superfície lisa e numerosas petéquias . Quando há hipertensão prévia,
INFLAMATORIO LIMITADO DENTRO DA PAREDE , MAS A INFLAMAÇÃO PREDOMINANTEMENTE
são encontrados também os achados descritos anteriormente.
NÃO É OBSERVADA , ALGUMAS VEZES OS GLOMERULOS SE TORNAM NECROTICOS E
Microscopicamente, há lesões agudas e crônicas em glomérulos, túbulos e vasos.
INFILTRADOS COM NEUTROFILOS E O CAPILARES GLOMERULARES PODE TROMBOSAR. N AS
As lesões são necrose fibrinoide de arteríolas, que pode estender-se aos
ARTERIAS E ARTERIOLAS INTERLOBULARES , HÁ ESPESSAMENTO DA INTIMA, PELA
glomérulos, os quais apresentam também retração dos tufos, hiperemia,
PROLIFERAÇÃO DE MUSCULO LISO ARRANJADO CONCENTRICAMENTE JUNTO A FINA CAMADA
CONCENTRICA DE COLAGENOE ACUMULO DE MATERIAL PALIDO COMPOSTO DE
PROTEOGLICANOS E PROTEINAS PLASMATICAS . E SSA ALTERAÇÃO É A CHAMADA APARENCIA
DE BULBO DE CEBOLA , TAMBEM CHAMADA DE ARTERIOLITE HIPERPLASICA. PODE HAVER Aspectos morfológicos
TROMBOSE INTRALUMINAL SOBREPOSTA . COMO RESULTADO EXISTE UM ESTREITAMENTO
DOS LUMENS VASCULARES, ATROFIA ISQUEMICA E AS VEZES INFARTO DISTAL DOS VASOS Em 0,5 a 1,5% dos casos, o CCR é bilateral; em menos de 5%, é multicêntrico. A
ANORMAIS. lesão é esférica ou ovoide, tem tamanho variado (até 30 cm de diâmetro) e faz
saliência na superfície do rim. Ao corte, tem coloração amarelada ou branco-
acinzentada e pode apresentar áreas de necrose e de hemorragia. Algumas vezes,
Neoplasias malignas existem cavidades císticas e calcificações. Nos tumores menores, forma-se
pseudocápsula ou cápsula fibrosa. Encontram-se também áreas de necrose ou de
 O tumor pode ser esporádico ou ter caráter familial. hemorragia. Nos casos avançados, a lesão se infiltra e deforma cálices e pelve,
 O tabagismo é o principal fator de risco, sendo o tumor duas vezes mais alcançando o ureter. Aspecto muito característico é sua tendência a invadir a veia
frequente em fumantes. renal.
 Hipertensão arterial, obesidade e rim em estágio terminal são também fatores
de risco. CCR do tipo células claras
 Vírus, cádmio, arsenicais, compostos do chumbo, estrógenos, asbesto e
hidrocarbonetos aromáticos são também implicados. A associação de tumores Corresponde a 70% dos casos. Em 95% deles, o tumor é esporádico; nos restantes,
renais com a doença cística adquirida da hemodiálise crônica é relativamente está associado à síndrome de von Hippel-Lindau ou é familial. Em 98% de todos os
comum (25%), sendo quase sempre de comportamento biológico favorável casos (esporádicos ou não), existe perda de uma sequência genômica no braço
(metástases ocorrem apenas em 5% dos casos). curto do cromossomo 3 (–3p). As células são colunares, cuboides ou poligonais,
apresentam citoplasma claro ou granular e contêm glicogênio e lipídeos (estes
conferem a coloração dourada ao tumor). A distribuição arquitetural é acinar,
Síndrome de von Hippel-Lindau alveolar, tubular, em pequenos cistos ou cordões sólidos, envolvidos por delgada
rede capilar e fibras reticulares. Os núcleos são redondos e uniformes, às vezes
Hemangioblastoma do sistema nervoso central e da retina, com nucléolos.
feocromocitoma, tumores pancreáticos e do ouvido interno, cistos múltiplos em
vários órgãos, CCR é encontrado em 35 a 50% dos pacientes. Nesses casos, o
tumor em geral é bilateral e frequentemente múltiplo, associa-se a cistos, surge Cerca de 5% dos CCR de células claras são do subtipo multilocular cístico, de
mais precocemente e é responsável pelo óbito em um terço dos pacientes. evolução favorável quando comparado ao CCR do tipo células claras clássico.

O CCR associa-se a algumas anormalidades genômicas O perfil imuno-histoquímico mais consistente é a expressão de ceratinas (CK) de
baixo peso molecular (CK 8,18, 19 e CAM 5.2), EMA e vimentina. Em menor
Mutações no proto-oncogene MET, cujo produto é o receptor do HGF, têm sido número de casos, é positivo para CD10 e proteína S-100.
associadas ao carcinoma papilar hereditário, em ambos os rins. CCR de células
claras associa-se à leiomiomatose (útero e pele).
• SÃO COMPOSTOS DE CELULAS COM CITOPLASMA CLARO E GRANULAR E SÃO NÃO quantidade de macrófagos contendo lipídeos e/ou hemossiderina. As células
PAPILARES . neoplásicas, que se dispõem em torno de eixo fibrovascular formando papilas,
• COMO TODOS OS TUMORES RENAIS SURGEM DO EPITÉLIO TUBULAR ELES SÃO são pequenas e basófilas (tipo 1, em dois terços dos casos) ou grandes e acidófilas
ADENOCARCINOMAS E PODEM SURGIR EM QUALQUER PORÇÃO DO RIM , AFETANDO (tipo 2). A distinção entre os tipos 1 e 2 tem importância prognóstica, pois o tipo
COMUMENTE OS POLOS . 1 tem evolução favorável.
• MORFOLOGIA: SURGEM MAIS PROVAVELMENTE DO EPITÉLIO TUBULAR PROXIMAL ,
GERALMENTE SÃO LESÕES UNILATERAIS E SOLITÁRIAS . PODEM SER MASSAS O perfil imuno-histoquímico é semelhante ao do CCR de células claras, com
ESFÉRICAS , COMPOSTAS DE UM TECIDO BRILHANTE , AMARELO , CINZA E BRANCO positividade maior para CK 7 no papilar tipo I.
QUE DISTORCE O CONTORNO RENAL . A COR AMARELA É PELO DE LIPÍDEOS.
GRANDES ÁREAS DE NECROSE ISQUÊMICA, OPACA E BRANCO -ACINZENTADA E Há formas esporádicas de carcinoma papilar em indivíduos jovens ou crianças, com
FOCOS DE DESCOLORAÇÃO HEMORRÁGICA. AS MARGENS GERALMENTE SÃO translocações no cromossomo X (carcinomas tipo translocação Xp 11), que
NITIDAMENTE DEFINIDAS E CONFINADAS NA CAPSULA RENAL . resultam em fusão do gene TFE-3, o que leva a segregação anormal dos
• O PADRÃO DE CRESCIMENTO VARIA DE SOLIDO A TRABECULAR (TIPO CORDÃO) OU cromossomos. Por imuno-histoquímica, pode ser demonstrada imunorreatividade
TUBULAR . nuclear aberrante da proteína TFE-3.
• AS CÉLULAS TUMORAIS TEM FORMA POLIGONAL ARREDONDADA E CITOPLASMA
ABUNDANTE CLARO OU GRANULAR, QUE CONTEM GLICOGÊNIO E LIPÍDEOS. OS • AFETA MAIS COMUMENTE OS POLOS.
TUMORES TÊM VASCULATURA RAMIFICADA DELICADA E PODE TER ÁREAS • MORFOLOGIA: TEM ORIGEM NOS TÚBULOS CONTORNADOS DISTAIS , SÃO
CÍSTICA OU SOLIDA, A MAIORIA É BEM DIFERENCIADA, MAS ALGUNS APRESENTAM TIPICAMENTE HEMORRAGICOS E CISTICOS , ESPECIALMENTE QUANDO SÃO
ATIPIA NUCLEAR MARCANTE COM NÚCLEOS BIZARROS E CÉLULAS GIGANTE GRANDES. É O TIPO MAIS COMUM DE CANCER RENAL EM PACIENTES QUE
• À MEDIDA QUE OS TUMORES CRESCEM , ELES PODEM SE PROJETAR PARA OS CÁLICES DESENVOLVEM UMA DOENÇA CISTICA ASSOCIADA A DIALISE . O CARCINOMA
E PARA A PELVE E EVENTUALMENTE CRESCER ATRAVÉS DAS PAREDES DO SISTEMA PAPILAR É COMPOSTO POR CELULAS CUBOIDES OU COLUNARES BAIXAS
COLETOR PARA SE ESTENDER PARA O URETER . UMA DAS CARACTERÍSTICAS ARRANJADAS EM FORMAÇÕES PAPILARES . AS CÉLULAS ESPUMOSAS INTERSTICIAIS
MARCANTES DO CARCINOMA DE CÉLULAS RENAIS É A SUA TENDÊNCIA PARA SÃO COMUNS NOS NÚCLEOS PAPILARES. O S CORPOS DE PSAMONAS PODEM ESTAR
INVADIR A VEIA RENAL , ONDE ELE PODE CRESCER COMO UMA COLUNA SÓLIDA DE PRESENTES. O ESTROMA É ESCASSO , MAS ALTAMENTE VASCULARIZADO
CÉLULAS QUE SE ESTENDE PARA A VEIA CAVA INFERIOR E , ÀS VEZES, ATÉ AS • O CRESCIMENTO DOS TUMORES PODE SE PROJETAR PARA OS CÁLICES E PELVE E
CÂMARAS DIREITAS DO CORAÇÃO . URETER. UMA CARACTERÍSTICA DOS CARCINOMAS DE CÉLULAS RENAIS É A
TENDÊNCIA A INVADIR A VEIA RENAL E SEU CRESCIMENTO COMO UMA COLUNA
SOLIDA DE CÉLULAS, PODE CHEGAR COMO UMA CORDA NA VEIA CAVA INFERIOR
CCR do tipo papilar
Pielonefrite com hidronefrose
Constitui 10 a 15% dos CCR e pode coexistir com o adenoma papilar; é o tipo mais
associado a multicentricidade e bilateralidade. A alteração citogenética mais
Uma grande variedade de lesoes patologicas pode obstruir os ureteres e originar
comum, tanto nos casos esporádicos quanto nos familiares, é a trissomia do
hidroureter, hidronefrose e algumas vezes pielonefrite. A dilatação ureteral não
cromossomo 7. Nas formas esporádicas, há também associação com trissomia dos
tem importância nestes casos, e sim o consequente envolvimento dos rins. As
cromossomos 16 e 17 e perda do cromossomo Y em homens. A coloração do tumor
causas mais importantes, dividas naquelas de origem intrínseca ou extrínseca. A
varia de acinzentada, marromavermelhada a amarelada, dependendo da
obstrução unilateral tipicamente resulta de causas proximais, enquanto a É um distúrbio no qual a inflamação túbulo-intersticial crônica e a cicatrização
obstrução bilateral resulta de causas distais, como a hiperplasia nodular da renal está associada com o envolvimento patológico dos cálices e da pelve.
próstata.
Dividida em duas formas: nefropatia de refluxo (mais comum) e pielonefrite
Pielonefrite aguda: obstrutiva crônica.

Inflamação supurativa do rim por infecções bacterianas e algumas vezes virais, seja Morfologia: rins irregularmente cicatrizados, se for bilateral é assimétrico.
hematógena e induzida por um espalhamento septicêmico ou ascendente e Cicatrizes grosseiras, nítidas e corticomedulares sobrepondo os cálices dilatados,
associada ao refluxo vesicoureteral. grosseiros e deformados e o achatamento das papilas. A maioria está nos polos
superior e inferior, consistente com a frequencia do refluxo.
Morfologia: inflamação supurativa em áreas, agregados intratubulares de
neutrófilos e necrose tubular. A supuração pode ser abcessos focais em um ou Microscopia: envolvem principalmente os túbulos e o interstício. Os túbulos têm
ambos os rins, o que pode se estender para grandes áreas de supuração em forma atrofia em algumas áreas e hipertrofia e dilatação em outras. Os túbulos dilatados
de cunha. Na associada ao refluxo os danos são comuns nos polos superior e com o epitélio achatado podem estar preenchidos com grumos de coloide
inferior, no estágio inicial a inflamação neutrofílica está limitada ao tecido (tireoidização). Na presença de infecções ativas pode haver neutrofilos no
intersticial. No entanto a reação atinge prontamente os túbulos e produz um intersticio e grumos de pus nos tubulos. Vasos arqueados e interlobulares
abcesso característico com a destruição dos túbulos. Os lumens pela via imediata demonstram esclerose da intima obliterativa nas áreas cicatrizadas, na presença
de extensão da infecção apresentam grandes massas de neutrófilos intraluminais de hipertensao, uma arteriosclerose hialina é vista no rim inteiro. Ocorre
frequentemente se estendem com o nefron envolvido até os túbulos coletores. Os frequentemente fibrose ao redor do epitélio caliceal e infiltrados inflamatórios
glomérulos parecem relativamente resistentes a infecção. No entanto grandes crônicos evidentes. Glomérulos parecem normais, existe fibrose periglomerular ou
áreas de necrose grave, eventualmente destroem os glomérulos, e a pielonefrite exibir obliteração fibrose isquêmica e alterações secundárias relacionadas a
fungica (candida) frequentemente os afeta. hipertensão.
Aspectos Clínicos: a pielonefrite obstrutiva crônica pode ser insidiosa no início ou apresentar
Complicaçoes da pielonefrite aguda: manifestações clínicas de pielonefrite aguda recorrente, como dor nas costas, febre, piúria
e bacteriúria
Necrose papilar- principalmente em diabéticos e naqueles com obstrução.
Pielonefrite crônica
Geralmente é bilateral, ocorre em uma ou em todas as pirâmides, nas quais suas
pontas ou 2/3 distais tem áreas de necrose branco-acinzentadas ou amarelas,  O achado macroscópico característico são cicatrizes renais.
constituindo necrose coagulativa. A resposta leucocítica é limitada as junções  Nos casos mais graves, o órgão torna-se bastante reduzido de peso e
entre o tecido preservado e o destruído.
volume.
Pielonefrose: ocorre quando há obstrução total ou quase completa
 A cápsula descola-se com dificuldade e rompe-se em correspondência com
particularmente alta. Exsudato supurativo é incapaz de drenar, enchendo a
pelve, os cálices e o ureter de pus as cicatrizes.
Abcesso perinefrico: extensão da inflamação supurativa através da capsula  Ao corte, as cicatrizes são afuniladas, têm forma de U e podem chegar até
a pelve, deformando os cálices por retração. Estes são dilatados, e as
papilas encontram-se achatadas (apagadas); tais elementos são
importantes no diagnóstico por imagem da PNC.
Pielonefrite crônica
 Se o rim é contraído, há aumento do tecido gorduroso peripélvico.

Microscopia: a inflamação é quase sempre zonal e tem correspondência com


cicatrizes. O infiltrado é predominantemente de mononucleares, às vezes com TRATO GENITAL FEMININO
folículos linfoides. Quando o infiltrado neutrofílico é considerável, fala-se em PNC
em atividade. A fibrose é grosseira e de extensão variada. O processo tem caráter
destrutivo, sendo os néfrons substituídos progressivamente por inflamação e
fibrose.

Outros achados incluem: Leiomioma

(a) hipotrofia e desaparecimento dos túbulos; os remanescentes mostram-se Neoplasia uterina mais comum, estando presente em até 75% das mulheres acima de
dilatados e contêm cilindros hialinos e homogêneos, e o conjunto adquire 30 anos, sendo mais comuns na raça negra; no entanto, pode surgir desde a
semelhança com a tireoide; na luz tubular, encontram-se leucócitos e hemácias, adolescência até a menopausa.
isolados ou formando cilindros;
São neoplasias benignas de músculo liso, que podem ocorrer isoladamente, porém
(b) fibrose periglomerular concêntrica;
são mais frequentemente múltiplas.
(c) fibrose intracapsular, por neoformação conjuntiva a partir da cápsula de
Bowman, em geral com colapso ou esclerose do tufo capilar; A maioria dos leiomiomas apresenta cariótipo normal, mas aproximadamente 40%
possuem uma anormalidade cromossômica simples - rearranjos no braço curto do
(d) fibrose glomerular, por isquemia;
cromossomo 6 e deleções no braço longo do cromossomo 7.
(e) as pequenas artérias mostram espessamento intimal, às vezes com redução
acentuada da luz. Quando a PNC evolui com hipertensão arterial, surgem as lesões Destacam-se alterações nos genes da família high mobility group (HMG), em especial
vasculares desta. a subfamília HMGA, responsáveis por alterações conformacionais no DNA que
favorecem a transcrição, replicação, recombinação e reparo. Mutações no gene
MED12, estimulador de expressão gênica, são também relatadas

O crescimento do tumor é afetado pelos hormônios sexuais, pois suas células


possuem receptores para estrógenos e progesterona. O tumor pode aumentar de
tamanho durante terapia com estrógenos ou progesterona e durante a gravidez,
quando sofre crescimento rápido e hemorragias, e tende a reduzir de volume após a
menopausa.

Macroscopia: o leiomioma, único ou múltiplo, é nodular, bem delimitado, firme,


fasciculado e brancacento. O tamanho varia de poucos milímetros até grandes massas,
podendo atingir 15 kg de peso.
De acordo com sua localização no miométrio, o leiomioma pode ser: Leiomioma em parturição

 Subseroso Rodrigo:
 Intramural
 Submucoso. • Leiomioma em partiruição
• O leiomima surgiu submucoso, cresceu e saiu pelo colo uterino
• O que aconteceu? Infartou, esquemiou e infartou e ficou preto
Microscopia: a neoplasia é constituída por células musculares lisas dispostas em feixes
entrecruzados, de aspecto homogêneo, sem atipias e com raras mitoses.

Teratoma maduro Morfologia


O número de figuras de mitose (até 5 por 10 campos de
grande aumento no leiomioma) é um dos critérios para o diagnóstico
diferencial com liomiossarcoma bem diferenciado. Os teratomas benignos são bilaterais em 10% a 15% dos casos. Caracteristicamente,
são cistos uniloculares contendo pelos e material sebáceo. O seccionamento revela
uma fina parede revestida de uma epiderme opaca, branco-acinzentada e enrugada,
Algumas variantes de leiomioma podem trazer dificuldades na distinção com que frequentemente apresenta pelos. No interior da parede, é comum encontrar
leiomossarcomas, como o leiomioma celular, o de núcleos bizarros e o leiomioma estruturas dentárias e áreas de calcificação.
mitoticamente ativo.
Histologia: a parede do cisto é composta por epitélio escamoso estratificado com
A leiomiomatose é condição na qual todo o miométrio é substituído por inúmeros glândulas sebáceas subjacentes, pelos e outras estruturas de anexos cutâneos. Na
pequenos nódulos constituídos por músculo liso sem atipias, disposto em feixes que se maioria dos casos, é possível identificar estruturas de outras camadas germinativas,
fundem com a musculatura do miométrio, resultando em aumento como cartilagem, osso, tecido tireoidiano e tecidos neurais. Algumas vezes os cistos
de volume do útero dermoides são incorporados na parede de um cistadenoma mucinoso. Cerca de 1%
dos cistos dermoides passa por uma transformação maligna, mais comumente para
Rodrigo: o carcinoma de células escamosas, mas também para outros cânceres (p. ex.,
carcinoma da tireoide, melanoma).
• empurra o tecido adjacente
• parece musculo Em raros casos, um teratoma benigno é sólido e composto inteiramente por coleções
• podem ser classificados, baseados na topografia em: submucosos, heterogêneas de aspecto benigno de tecidos e estruturas organizadas, derivadas das
intramurais ou subserosos três camadas germinativas. Esses tumores supostamente têm a mesma origem
• o submucoso na peça é o menor, bem abaixo do endométrio, o que acontece, histogenética que os cistos dermoides, mas não apresentam uma diferenciação
sangra. preponderante em derivados ectodérmicos. Pode ser difícil diferenciar essas
• Por que você diz que é benigno, qual a característica macroscópica? neoplasias, na inspeção macroscópica, dos teratomas imaturos malignos.
• É bem delimitado, se fizer força você tira ele
Teratoma imaturo
Teratoma imaturo é neoplasia maligna pouco frequente (1% dos cânceres ovarianos), • Cistodermoide, vc abre e sai coisa amarelada e mal cheirosa , ele é gelatinoso,
constituída por tecidos imaturos, derivados de um ou mais folhetos embrionários, aquilo é sebo, la sua, já que faz todas as camadas da pele, ate mesmo ceratina
ocorrendo sobretudo nas duas primeiras décadas de vida (média = 18 anos).
Cistoadenocarcinoma
Macroscopia: o tumor é predominantemente sólido, tem tamanho variado e
apresenta zonas de necrose, hemorragia e amolecimento. Rodrigo:

Histologia: o aspecto dominante é uma mistura de tecidos indiferenciados/imaturos, • Cistoadenocarcinoma ou carcinoma seroso
sendo o mais comum o neuroectodérmico (reproduz estruturas nervosas primitivas). • Pode ser de baixo grau ou de alto grau
Outras áreas do tumor podem mostrar elementos mesenquimais, inclusive cartilagem • As peças são de alto grau
imatura, osteoide e rabdomioblastos. Quanto maior a quantidade do componente • Neoplasia epitelial maligna cística do ovário
imaturo, pior o prognóstico. O teratoma imaturo pode conter áreas com outros tipos • Observar as bolas tumorais
de tumor maligno de células germinativas, como coriocarcinoma ou carcinoma • Para onde da metástase? O mais comum é para o peritoneo.
embrionário (tumor misto de células germinativas). • Como ele da metástase pro peritoneo, qual a via de disseminação? Via
canalicular
Morfologia: Os tumores são volumosos, têm uma superfície externa lisa, e tendem a • Quais as vias de disseminação de um tumor? Via linfática, via hematogenica e
ter aparência sólida aos cortes. Podem estar presentes pelos, material sebáceo, via canalicular
cartilagem, osso e calcificação, junto com áreas de necrose e hemorragia. • Apresenta necrose, isso é ruim pois indica proliferação celular
Ao exame microscópico, existem quantidades variáveis de elementos imaturos de • Ki67 mede proliferação celular, quando se olha a mitose ela está na fase m
neuroepitélio, cartilagem, osso, músculo e outros. Um risco importante para a • Essas peças tem um ki67 alto
subsequente disseminação extraovariana é o grau histológico do tumor (I a III), que • Quais são as fases do ciclo celular? G0 G1, G2 S e M
se baseia na proporção de tecido contendo neuroepitélio imaturo. • Nos só vemos a fase m, só contamos mitose, mas com um marcador do ciclo
celular, nos vemos todas as células em proliferação, uma noção muito melhor
Os teratomas imaturos crescem rapidamente, com frequente penetração na cápsula para ver a atividade proliferativa da neoplasia
e disseminação local ou a distância. Contudo, os tumores em estágio I, • Pra que vc faz ki67 pra ver o índice de proliferação celular
particularmente aqueles com histologia de baixo grau (grau 1), têm
um prognóstico excelente. Os tumores de maior grau confinados ao ovário geralmente Tumores serosos
são tratados com quimioterapia profilática. A maioria das recorrências se desenvolve
nos primeiros 2 anos, e a ausência de doença além desse período indica uma excelente Tumores serosos do ovário, geralmente císticos e revestidos por epitélio colunar
possibilidade de cura. ciliado (tipo tubário), representam 40% das neoplasias ovarianas, das quais 60% são
benignas, 10% são borderline e 30% são malignas (cistadenocarcinomas). Os
Rodrigo: tumores benignos são encontrados sobretudo na faixa etária reprodutiva, enquanto
os malignos predominam em idade mais avançada (56 anos em média).
• Forma pêlo, forma dente, qualquer coisa menos, qualquer tecido menos tecido
ovariano e testicular
• Quando so tem pele como chama?
Cistadenocarcinoma seroso é o câncer ovariano mais comum. Na maioria dos casos,  Os tumores de alto grau têm uma frequência alta de mutações do TP53 e
tumor benigno é assintomático, sendo achado incidental; lesões volumosas e tumores não apresentam mutações nem no KRAS, nem no BRAF. Desequilíbrios
malignos podem causar dor pélvica crônica, aguda quando associada à torção. genômicos são muito comuns, e incluem amplificações em um grande
número de oncogenes (p. ex., PIK3CA, o gene que codifica a subunidade
Nuliparidade e história familiar parecem ter algum papel na gênese dos tumores catalítica do PI3K) e deleções de genes supressores de tumores (p. ex., o RB).
malignos, enquanto contraceptivos orais e laqueadura tubária parecem exercer efeito Quase todos os casos relatados de carcinoma de ovário originados em
protetor. mulheres com mutações de BRCA1 ou BRCA2 são carcinomas serosos de alto
grau com mutações no TP53. É interessante notar que as mutações no
As neoplasias serosas podem apresentar implantes na cavidade peritoneal, levando a BRCA1/2 são raras em carcinomas serosos de alto grau
ascite e aderências entre vísceras, com obstrução intestinal. As neoplasias borderline esporádicos
geralmente produzem implantes superficiais sem caráter infiltrativo, denominados
implantes não invasivos, de curso clínico indolente e melhor prognóstico. Os Macroscopicamente, o cistadenoma apresenta-se como neoplasia cística, uni ou
carcinomas serosos, especialmente os de alto grau, produzem implantes invasivos, multiloculada, com diâmetro entre 5 e 20 cm, de parede fina, superfície interna lisa e
com evolução clínica mais rápida e pior prognóstico. conteúdo seroso, em geral cristalino ou citrino. São comuns papilas na face interna da
parede, constituindo o cistadenoma papilífero.
O carcinoma ovariano seroso é dividido em dois grupos principais:
As formas maligna ou borderline mostram maior número de excrescências papilíferas
(1) carcinoma de baixo grau (bem diferenciado) internas e/ou externas, parede de espessura irregular, áreas sólidas e nodularidade na
cápsula, que pode estar rompida; encontram-se também áreas de necrose e
(2) carcinoma de alto grau (moderadamente a pouco diferenciado). hemorragia. Os tumores são bilaterais em 20% dos casos benignos e em 60% dos
malignos.
Essa distinção é feita com base no grau de atipia nuclear e se correlaciona com a Microscopia: o cistadenoma é formado por cistos revestidos por epitélio colunar
sobrevida dos pacientes.
simples, ciliado e sem atipias, podendo existir papilas pequenas. Quando coexiste
componente de estroma, o tumor é chamado cistadenofibroma ou adenofibroma. A
Carcinomas de baixo grau podem surgir em associação com tumores serosos
forma borderline exibe papilas mais complexas, ramificadas (arboriformes),
borderline, enquanto os carcinomas de alto grau surgem a partir de:
revestidas por epitélio estratificado e atípico, mas sem invasão do estroma. Hoje,
esta categoria é subclassificada em tumor proliferativo seroso atípico e carcinoma
• lesões in situ nas fímbrias das tubas uterinas ou a partir de cistos de inclusão
micropapilar seroso não invasivo. O cistadenocarcinoma mostra nítida invasão do
serosa no ovário
estroma, atipias celulares mais acentuadas e mitoses frequentes, podendo existir
papilas, ninhos, trabéculas e pseudoácinos. O estroma das neoplasias serosas
Independentemente de sua origem, estudos têm mostrado que os carcinomas serosos
frequentemente contém corpos psamomatosos.
de alto e baixo grau têm perfis mutacionais distintos, conforme se segue:

Rodrigo:
 Os tumores de baixo grau que surgem em tumores serosos borderline têm
mutações nos oncogenes KRAS, BRAF e ERBB2, e geralmente têm genes TP53
• Como se chama a neoplasia epitelial (de glândula) benigna cística?
do tipo selvagem.
Cistoadenoma, é liso
• Neoplasia epitelial benigna de glândula? Adenoma (a) carcinoma endometrial tipo I, que é o mais comum (70% dos casos) e se acha
• Ovario é uma glândula? É uma glândula, ele secreta associado a fatores hormonais e a hiperplasia de endométrio (carcinoma
• Como as neoplasias císticas de ovário podem ser classificadas? Mucinosa ou endometrioide); tipo mais comum, respondendo por mais de 80% de todos os casos.
serosa
• Quanto pesa o útero? Ate 50 g (b) tipo II, não relacionado com fatores hormonais ou hiperplasia endometrial, que
• Qual a neoplasia benigna do endométrio? Tumor seroso borderline ou aparece em idade mais avançada e tem pior prognóstico (carcinoma seroso).
limítrofe
• Pode dar implante no peritoneo? pode dar implante e mesmo assim não é Carcinomas tipo I, mutações no gene supressor de tumor PTEN é a alteração mais
maligno comum, seguida de instabilidade de microssatélites e de mutações nos genes da β-
• Qual o nome dessas projeçoes? Papilas ou vegetações catenina, da fosfatidilinositol-trifosfato cinase (PI3K) e no K-RAS. Em carcinomas tipo
II, são comuns mutações nos genes TP53, PI3K, FBXW7 e PPP2R1A.
Adenocarcinoma do endométrio
Maior profundidade de invasão no miométrio e metástases em linfonodos também
O adenocarcinoma do endométrio é o sétimo tumor maligno mais frequente em estão relacionadas com o grau histológico e com prognóstico pior. O carcinoma tipo II
mulheres, sendo a neoplasia invasiva do trato genital feminino mais comum. aparece, em geral, em idade mais avançada, tem maior risco de metástases e
apresenta prognóstico pior do que o do tipo I. Existe uma lesão precursora, chamada
A lesão manifesta-se na maioria dos casos entre 55 e 65 anos, sendo incomum antes carcinoma intraepitelial endometrial seroso, cuja morfologia é semelhante à do
de 40 anos. carcinoma seroso, porém sem infiltração do estroma.

Os fatores de risco são semelhantes aos das hiperplasias endometriais e incluem: Carcinomas tipo I: A maioria é bem diferenciada e imita as glândulas endometriais
terapia estrogênica sem contraposição de progesterona, ovários policísticos, tumores proliferativas, e como tais, são chamados de carcinomas endometrioides. Eles
produtores de estrógenos, infertilidade, nuliparidade, ciclos menstruais surgem tipicamente nas condições de hiperplasia endometrial, e como a hiperplasia
irregulares, menarca precoce, menopausa tardia, obesidade, diabetes melito e endometrial, são associados com (1) obesidade, (2) diabetes (a tolerância anormal à
hipertensão arterial. glicose é encontrada em mais de 60%), (3) hipertensão, (4) infertilidade e (5)
estimulação estrogênica sem antagonismo.
Vários estudos demonstram aumento da incidência de carcinoma endometrial em
irmãs, mães ou tias de mulheres com esse tumor, sugerindo predisposição genética. O sequenciamento dos genomas dos carcinomas endometrioides tipo I tem
mostrado que as mutações mais comuns agem de maneira a aumentar a sinalização
Em cerca de um terço dos casos, o tumor surge em mulheres após a menopausa, sem através da via PI3K/AKT, que é a marca desse tipo específico de tumor.
evidência de exposição exógena ou endógena aos estrógenos, nas quais o endométrio
adjacente é inativo ou atrófico. Estes últimos são em geral tumores pouco Carcinoma Tipo II (Seroso) Geralmente ocorre em mulheres que são em torno de 10
diferenciados, mais agressivos, insensíveis à terapia com progesterona e têm anos mais velhas do que aquelas com os carcinomas tipo I; em contraste com o
prognóstico desfavorável. carcinoma tipo I, geralmente surge no contexto de atrofia endometrial . Os tumores
tipo II por definição são pouco diferenciados (grau 3) e representam
Carcinoma endometrial é subdividido em dois grandes tipos: aproximadamente 15% dos casos de carcinoma endometrial. O subtipo mais comum
é o carcinoma seroso, citado deste modo devido à sua sobreposição morfológica e
biológica com os carcinomas serosos do ovário. Vários subtipos histológicos menos • Uma peça esta vegetando
comuns (carcinoma das células claras e tumor mülleriano misto maligno) também se • A outra cresceu pra baixo e esta infiltrando
incluem nessa categoria. As mutações no supressor de tumores TP53 estão presentes • Saber os critérios de malignidade mais avançada
em pelo menos 90% dos carcinomas endometriais serosos. • Invade mais da metade
• Tem invasão vascular
O precursor do carcinoma seroso, o carcinoma intraepitelial endometrial seroso, • Tem área solida (quanto mais área solida pior, G1 mais área glandular, G2
consiste em células idênticas às do carcinoma seroso, porém não possui invasão mais ou menos a partir de 50% G3,Adenocarcinoma do endométrio tipo
estromal identificável. As mutações no TP53 também são encontradas em endometrioide FIGO G3)
aproximadamente 75% dos carcinomas intraepiteliais endometriais, sugerindo que a
mutação do TP53 é um evento inicial na evolução do carcinoma endometrial seroso. Leiomiossarcoma
Portanto, o carcinoma seroso supostamente começa como uma neoplasia epitelial de
superfície, que se estende para estruturas glandulares adjacentes, e mais tarde invade
o estroma endometrial. Frequentemente apresentam disseminação para fora do útero O leiomiossarcoma representa entre 1 e 2% das neoplasias malignas do útero e ocorre
no momento do diagnóstico. sobretudo em mulheres acima de 50 anos. A maioria dos leiomiossarcomas é
intramural, podendo acometer também o colo uterino. Em menos de 1% dos casos em
Carcinoma endometrial apresenta-se como massa polipoide de tamanho variado ou que se suspeita de leiomioma, tem-se um leiomiossarcoma. Aberrações
como tumor difuso envolvendo toda a superfície do endométrio; a lesão é cromossômicas complexas, numéricas e estruturais, são encontradas em
frequentemente friável e contém áreas de necrose. leiomiossarcomas, sugerindo instabilidade genética como marcador de malignidade.
No entanto, não existe um marcador específico do tumor.
Microscopia: o carcinoma tipo I ou endometrioide reproduz estruturas do
endométrio normal, sendo classificado em grau 1 (bem diferenciado, com padrão O quadro clínico é inespecífico: sangramento vaginal anormal, dor pélvica e massa
glandular predominante e menos de 5% de arranjos celulares sólidos), grau 2 palpável representam as manifestações mais frequentes, podendo ser confundidos
(moderadamente diferenciado, com menos de 50% de áreas sólidas) e grau 3 (pouco com o próprio leiomioma, mas também entram no diagnóstico diferencial hemorragia
diferenciado, com padrão de crescimento predominantemente sólido – mais de 50% uterina disfuncional, pólipos ou hiperplasia de endométrio ou adenocarcinoma
do componente sólido). Mais de 20% desses tumores têm focos de diferenciação endometrial.
escamosa. Os leiomiossarcomas ocorrem tanto antes como após a menopausa, com uma
O carcinoma tipo II tem padrão histológico semelhante ao do carcinoma seroso ou de incidência máxima entre 40 e 60 anos de idade. Esses tumores geralmente recorrem
células claras do ovário, podendo ter padrão papilífero. O tumor progride com invasão após a cirurgia, e mais da metade acaba metastatizando pela corrente sanguínea até
direta do miométrio e, por contiguidade, atinge estruturas periuterinas; por via órgãos distantes, como pulmões, ossos e cérebro. A disseminação pela cavidade
linfática, acomete linfonodos inguinais, pélvicos e para-aórticos. Tardiamente, pode abdominal também é encontrada.
disseminar-se por via hematogênica, causando metástases em pulmões, peritônio,
ovários, fígado, intestinos, vagina e bexiga. Morfologia

Rodrigo: Os leiomiossarcomas crescem no interior do útero em dois padrões um tanto


distintos:
• Adenocarcinoma de endometrio
(1) massas volumosas e carnosas que invadem a parede uterina

(2) massas polipoides que se projetam para a luz da cavidade uterina.

Eles exibem uma grande variedade de atipias citológicas, de extremamente bem


diferenciados altamente anaplásicos.

A distinção dos leiomiomas é baseada: na atipia nuclear, no índice


mitótico e na necrose zonal.

Com poucas exceções, a presença de 10 ou mais mitoses por 10 campos de grande


aumento (400 ×) indica malignidade, particularmente se acompanhadas de atipias
citológicas e/ou necrose. Se o tumor contém atipias nucleares ou células grandes
(epitelioides), cinco mitoses por 10 campos de maior aumento (400 ×) são suficientes
para justificar um diagnóstico de malignidade.

Raras exceções incluem os leiomiomas mitoticamente ativos em mulheres jovens ou


gestantes, e deve-se ter cuidado ao interpretar essas neoplasias como malignas. Pode
ser impossível classificar uma certa proporção de neoplasias de músculos lisos, e elas
são chamadas de tumores de músculo liso de “potencial maligno indeterminado”

O leiomiossarcoma forma tumor com dimensões usualmente maiores do que as do


leiomioma e apresenta-se como massa única, com limites pouco definidos, de
coloração amarelo-acinzentada ou rósea, frequentemente com áreas de necrose e
hemorragia. A neoplasia é formada por células fusiformes com citoplasma
eosinofílico, núcleos hipercromáticos e cromatina grosseira.

Os principais critérios para o diagnóstico de leiomiossarcoma são: hipercelularidade,


atipias nucleares, 10 ou mais figuras de mitose em 10 campos de grande aumento e
necrose.

Tamanho do tumor, índice mitótico, invasão vascular, necrose e estadiamento


são os principais fatores prognósticos.

Você também pode gostar