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Fraturas de arcos costais (princip. 4º - 10º): 1 – 2 arcos sem lesão pleural ou pulmonar analgesia
1. PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO
Trauma contuso ou penetrante
Colabamento do pulmão
“Bola” de ar empurra o mediastino (desvio de traqueia e turgência jugular)
1.1.Clínica:
MV ↓↓ ou abolido
dist. ventilatório
Hipertimpanismo
Desvio de traqueia (contralateral ao pneumotórax) dist. hemodinâmico choque obstrutivo
Turgência jugular (dobra vasos da base pq empurra o
Hipotensão mediastino)
1.2.Diagnóstico:
Clínico
Não pedir exames complementares
1.3.Conduta imediata:
Toracocentese de alívio
o 4º - 5º EIC entre linha axilar média e anterior
o Criança: 2º EIC linha hemiclavicular
2. PNEUMOTÓRAX ABERTO
Lesão > 2/3 do diâmetro da traqueia
Ar entra pelo buraco da lesão pq não encontra resistência – como há na traqueia – e acumula no parênquima
Distúrbio ventilatório não tem distúrbio hemodinâmico
Menos grave que o hipertensivo
2.1.Conduta imediata:
Curativo em 3 pontas
o Tampar a lesão com uma superfície que impeça a passagem de ar (saco de soro, papel alumínio, etc) e
prende com fita em 3 lados – deixa um aberto
o Inspiração: impede a entrada de ar
o Expiração: favorece a saída de ar pela ponta aberta
Se fechar todas as pontas faz pneumotórax hipertensivo
2.2.Conduta definitiva:
Drenagem em selo d’água + fechamento após
3. PNEUMOTÓRAX SIMPLES
Não tem indicação de drena se for pequeno (20 – 30% da ocupação do hemitórax)
Drenar se tiver risco de aumentar ou virar hipertensivo:
o Transporte aéreo
o Ventilação mecânica
4. TÓRAX INSTÁVEL
Fraturas em pelo menos 2 arcos costais consecutivos em pelo menos 2 pontos em cada arco
Terá fragmento de osso solto
Ao colidir com a caixa torácica (durante o acidete) o osso quebrado pode machucar o parênquima contusão
pulmonar
4.1.Clínica:
Dor ao respirar
o Paciente tende a diminuir o drive respiratório para tentar diminuir a dor
Respiração paradoxal
o Seguimento instável (fratura) não acompanha a dinâmica da caixa torácica
Inspiração: caixa expande para a pressão intratorácica diminuir seguimento instável se retrai
Expiração: caixa volta ao normal para pressão intratorácica aumentar seguimento instável se
abaúla
4.2.Conduta:
Suporte
Analgesia com opióide+ O2
5. CONTUSÃO PULMONAR
Pode ou não acontecer simultaneamente ao tórax instável
Lesão no parênquima
5.1.Diagnóstico:
Rx tórax: consolidações
o Devido ao fechamento do pulmão + falta de expansão + debris inflamatório
o Geralmente demora 24h para aparecer
o Ausculta pode ser normal
o Diagnóstico diferencial com atelectasia
Atelectasia na contusão: na região lesionada e não respeita a seguimentação pulmonar
5.2.Conduta:
Suporte
Analgesia + O2
Oximetria
Gasometria
Se hipoxemia: IOT + VM
o SpO2 < 90% ou PaO2 < 60 mmHg
6. HEMOTÓRAX
Lesão de vasos intercostais ou parênquima “auto-limitado”
o Vasos de baixa pressão (param de sangrar espontaneamente)
Sangue no espaço pleural
6.1.Clínica:
MV ↓
Macicez à percussão
6.2.Conduta:
Drenagem em selo d’água sempre
o 4º e 5º EIC entre linha axilar média e anterior
Avaliar débito de sangramento
6.3.Hemotórax maciço:
Drenagem > 1500 mL ou constante > 200 – 300 mL/h
o Se continua sangrando 200 ml/h nas próximas 2 – 4 horas, preocupar com outras lesões vasculares
Provavelmente não tem só lesão de vasos de baixa pressão – outra lesão vascular
Necessidade persistente de transfusão é a grande indicação da conduta
o Ex: se sangrou 1500 mL mas não necessitou de mais transfusões
6.3.1. Conduta:
Toracotomia
Autotransfusão (filtra o sangue que está no espaço pleural - “dreno” -, coloca em uma bolsa e faz transfusão com
esse sangue do próprio paciente)
o Necessidade de dispositivo adequado
7. QUILOTÓRAX
Presença de linfa em cavidade pleural
Linfa intestinal: triglicerídeos, linfócitos, eletrólitos, vitaminas lipossolúveis, imunoglobulinas e proteínas
Quando existe lesão ou obstrução do ducto torácico a linfa pode extravasar para a cavidade pleural = quilotórax
Rx: linfa = derrame pleural diagnóstico pela análise do líquido drenado
7.1. Tratamento:
Drenagem selo d’água
Suporte nutricional nutrição parenteral total ou dieta com alto teor proteico
Reposição agressiva de líquidos, eletrólitos e nutrientes
8. TAMPONAMENTO CARDÍACO
Acúmulo de líquido no saco pericárdico
Durante relaxamento ventricular tem enchimento ventricular a “carapaça” de sangue ao redor dos
ventrículos vai impedi-los de relaxar não acomodam retorno venoso da cabeça (turg. Jugular) e do abdome
(hipotensão)
8.1.Clínica:
Turgência jugular
Hipotensão TRÍADE DE BECK
Hipofonese de bulhas
8.2.Diagnóstico:
Clínica + e-FAST
8.3.Conduta imediata:
Pericardiocentese
o Tirar 15 – 20 mL (já melhora hemodinâmica)
Se tiver cirurgião habilitado na sala de trauma não precisa
8.4.Conduta definitiva:
Toracotomia + reparo da lesão
Se tiver cirurgia habilitado na sala de trauma pode fazer direto a definitiva
8.5.Contusão miocárdica:
A colisão pode machucar o VD
Insuficiência cardíaca as custas de lesão direita = IVD (insuf. Ventricular direita) e bloqueio de ramo direito
Suporte + monitorização por 24h em observação (se evolui com arritmia)
9. LESÃO DE AORTA
Laceração
80% dos casos = morte
20% dos casos = estabiliza por 24h (tudo ou nada – se não morreu, estabiliza por 24h)
Colisão frontal
Hematoma ao nível do ligamento arterioso
o Aorta se insere em 3 porções no tórax: coração, ligamento arterioso e mediastino
9.1.Clínica:
É pobre
Pulsos MMSS “normais” e diminuídos em MMII
Se história compatível: investigar
9.3.Diagnóstico:
Angiotomo: mais realizado na prática (alta acurácia)
Aortografia: padrão ouro
9.4.Tratamento:
Tratar primeiro outras lesões
o Aorta geralmente fica estável com o hematoma por 24h
FC < 80 bpm
PAM 60 – 70 mmHg
o Pode usar B-bloq para manter PAM e FC
Toracotomia ou reparo endovascular