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Emergências Cardiorrespiratórias

Emergências Respiratórias
• Pneumotórax
• Tromboembolismo pulmonar
• Trauma pulmonar
Pneumotórax
• Penetração de ar no espaço pleural
• Causas mais comuns
– Punção da pleura visceral pulmonar
– Ruptura da parede torácica
• Pequenas lesões pleurais permitem acúmulo de
ar pleural mas se fecham rapidamente
• Grandes lesões são persistentes provocando
colabamento pulmonar e risco de óbito
Causas
• Trauma: após lesão, o pulmão ou a pleura
funcionam como válvula unidirecional,
permitindo o bombeamento do ar para o espaço
pleural mas não permite seu retrofluxo. Pressões
elevam-se drasticamente (fratura de costela,
objetos penetrantes, trauma de tórax)
• Cistos pulmonares, neoplasias e abscessos
• Iatrogênico: toracocentese, biopsia pulmonar,
broncoscopia, ventilação mecânica (barotrauma)
Diagnóstico
• Histórico e RX
• Manifestações clínicas: dispneia, taquicardia,
cianose e hipotensão
• Sons auscultatórios reduzidos ou ausentes
Tratamento
• Toracocentese para remoção do ar pleural
• Reexpansão pulmonar
• Presença de cisto, abscesso ou torção pulmonar
a indicação é cirúrgica imediata
Tromboembolismo Pulmonar
• Obstrução aguda das artérias e arteríolas
pulmonares
• Partículas ou êmbolos circulantes, bactérias,
cateteres intravenosos, ar
• Trombos:
– Estase sanguínea (cardiopatias)
– Lesões endoteliais
– Hipercoagulabilidade sanguínea
Principais Doenças Associadas
• Dirofilariose
• Síndrome nefrótica
• Endocardite bacteriana
• Hiperadrenocorticismo
• Anemia hemolítica imunomediada
• Gatos com hipertireoidismo
Manifestações Clínicas
• Ataque hiperagudo de angústia respiratória e
taquipnéia muito grave não responsiva aos
tratamentos de rotina
• Desdobramento de segunda bulha facilmente
audível devido à hipertensão pulmonar
• Tosse e hemoptise
• Hipoxemia e acidose metabólica
• Raio x normalmente sem maiores alterações
com sintoma grave de disfunção respiratória
deve ser suspeito imediato de TP
Tratamento
• Suporte a vida
• Trombolítico
• Tratar causa primária
Trauma Pulmonar
• Interno: lesão causada por inalação ou
aspiração de material lesivo
• Externo: atropelamento, agressão, tiro,
facada, mordidas
• Caracterizado por hemorragia e edema no
interior do pulmão
• Colapso pulmonar por anormalidade
ventilação/perfusão
Manifestações Clínicas
• Ausculta pulmonar úmida com estertores com
a presença de sangue e ou ausculta surda em
caso de consolidação do lobos pulmonares
• Enfisema subcutâneo
Emergências Respiratórias em
Equinos
Emergência = Obstrução
• Trauma
• Condrite das cartilagens aritenoides
• Hemiplegia laringeana bilateral
• Empiema das bolsas guturais
• Colapso de traqueia
• Pleuropneumonia
• Picada de cobra (jararaca)
Sinais Clínicos
• Taquipneia
• Dispneia
• Respiração abdominal
• Pescoço estendido
• Narinas dilatadas
• Cianose
Trauma
Hemiplegia Laringeana
Condrite das Aritenoides
Picada de Jararaca
Pleuropneumonia (toracocentese)
Traqueotomia
• Estabelecer uma passagem de ar emergencial
• Alternativa para intubação traqueal quando o
campo operatório é parte do trato respiratório
superior
Preparo
• Tricotomia do 1/3 proximal da linha média
• Desinfecção com clorexidine ou PVP
• Preparo do traqueotubo
• Animal em estação, com sedação e anestesia
local
Técnica

• Incisão de pele e tecido subcutâneo na linha


média ventral, de 6-8 cm (evitar incisões
extensas para melhor fixação do traqueotubo)
• Separar o músculo esternotireoideo
• Incisar o tecido entre 2 anéis traqueais
• Colocar o traqueotubo
Manejo do traqueotubo

• Curativo 2 vezes por dia


• Remover o traqueotubo e lavá-lo com água e
sabão neutro
• Desinfecção do traqueotubo com clorexidine
alcoólico ou esterilização
• Retirar a secreção da ferida com clorexidine
aquoso ou iodo PVP tópico
• Vaselina na pele distalmente à incisão
Intubação Traqueal
PARADA
CARDIORRESPIRATÓ
RIA
Parada Cardiorrespiratória
• Súbita interrupção da circulação e respiração
• Classificada em: respiratória e
cardiorrespiratória
• Respiratória: ventilação cessa, mas o ritmo
cardíaco é mantido
• Cardiorrespiratória: parada da ventilação e do
coração
Parada Respiratória
• Pode progredir para a parada cardíaca
• Causas: anestésicos, obstruções das via aéreas,
doenças pulmonares e pleurais e iatrogênicas
• Parada cardíaca -> hipoxemia e hipercapnia ->
acidose -> liberação de catecolaminas ->
arritmias cardíacas (fibrilação ventricular,
assistolia) -> morte
Parada Cardíaca

• Doenças prévias no próprio coração


• Evolução da parada respiratória
Ressuscitação Cardio-pulmonar-
cerebral (RCPC)
Suporte Básico de Vida (SBV)
• Reconhecimento da PCR
• Massagem cardíaca
• Ventilação
• Compressões torácicas

Pacientes em PCR não possuem fluxo


sanguíneo -> compressões imediatamente
Suporte Básico de Vida
• Verificar sinais vitais
• ABC
• A = desobstruir as vias aéreas (remover vômito,
sangue, muco e líquidos da boca, faringe e
traqueia). Intubação orotraqueal ou
traqueotomia
• B = aparelho de anestesia (O2 a 100%) ou ambu
com ar ambiente (21% O2) ou ligado numa fonte
de O2 puro. Ventilar 20 a 40 vezes por minuto
• C = compressão cardíaca externa
O fluxo sanguíneo gerado durante a compressão
cardíaca externa é de 6 a 20 % do normal. Sua
eficácia é dependente da transmissão de força
no esqueleto torácico, através dos pulmões,
coração e vasos intratorácicos.
• Cães pequenos, filhotes e gatos devem ser
posicionados em decúbito lateral e cães acima
de 20 kg, em decúbito dorsal
• 80 a 100 compressões por minuto
• Mais que 5 minutos sem efetividade ->
isquemia cerebral
Suporte Avançado de Vida (SAV)
• Fármacos = aumento do fluxo sanguíneo no
miocárdio, restabelece a pressão arterial e
corrige as arritmias cardíacas e a acidose
(adrenalina, dopamina, dobutamina,
lidocaína, bicarbonato de sódio)
• Fluidoterapia
• Eletrocardiograma
Equipe
• Treinamento das habilidades de ressuscitação
• Padronização das funções da equipe
• Líder
• Fácil acesso aos materiais e fármacos
• Organização dos materiais e do ambiente
• Conferir:
– Materiais e fármacos
– Funcionamento dos aparelhos

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